26 de maio de 2007

 

Revista IstoÉ revela envolvimento do DEM (ex-PFL). ACM Neto não sabia de nada.

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Novo escândalo pode abalar meio político baiano

A “Operação Navalha” ainda está em cena, uma nova bomba tende a incendiar o cenário político baiano. A edição da revista IstoÉ, deste final de semana, está incumbida de implodir o novo escândalo, com a publicação de uma reportagem que atinge de frente nomes ligados ao ex-PFL, atual partido Democrata na Bahia.

Trata-se de investigações da Polícia Federal denunciando o empresário do setor de serviços, Clemildo Andrade Rezende, 64 anos, que embora desconhecido pelo povo baiano, é definido como figura conhecida no território das licitações no Estado, além do ex-deputado estadual pelo PFL (atual DEM), Marcelo Guimarães. Ambos são acusados de levarem vantagem em licitações.

Conforme a matéria, as irregularidades na Bahia levaram a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, a recomendar a abertura, no dia 10 de maio, de um inquérito específico sobre o assunto. A operação passou a ser denominada de Octopus (polvo, em inglês).

Segundo a revista - o esquema, como descreve a própria ministra no despacho que cria o novo inquérito, “dedica-se à fraude em processos de licitação na área de prestação de serviços”. São contratos para serviços de limpeza, conservação, saúde e segurança.

O empresário Clemilton, apontado como o chefão, é dono de um grupo de empreiteiras e acusado de ganhar licitações suspeitas. Para isso, contava com a ajuda de autoridades.

No entanto, IstoÉ aponta Guimarães, que também é empresário do setor, como personagem que pode superar Clemilton no esquema. Em despacho do dia 29 de novembro do ano passado, quando ainda não havia o desdobramento dos casos, a ministra Eliana Calmon incluiu Marcelo “no primeiro nível da organização”. Marcelo presidiu por oito anos o Esporte Clube Bahia.

Marcelo Guimarães, não foi encontrado pela Tribuna. No seu escritório, a secretária, ao tomar conhecimento do assunto, passou a ligação para um assessor de prenome Clécio que responderia por ex-deputado. Curiosamente, ao atender Clécio prometeu manter contato com Guimarães. Entretanto, negou trabalhar com ele. “A secretária passou para mim, mas eu não trabalho aqui”, disse.

Pega de surpresa, lideranças locais do DEM, através de suas assessorias, negaram-se a falar sobre o assunto enquanto não tivessem acesso ao teor da reportagem. Segundo a assessoria de Paulo Souto, ele não pode dar nenhuma declaração sem antes tomar conhecimento da acusação. Disse ainda que a ligação de Guimarães com o governo é apenas de deputado aliado e que se não houver nenhuma conivência do governo nas supostas irregularidades, o governador é vítima.

De Nova York, o deputado federal ACM Neto, usou do mesmo discurso. “Além de estar a milhares de quilômetros do Brasil, se trata de um momento de ebulição de informações e não posso me posicionar sem ter clareza dos fatos”, explicou. Questionado se acredita de fato no envolvido do aliado ACM Neto foi enfático: prefiro não opinar. (Por Fernanda Chagas)

 

Luiza Maia e Caetano querem saber o que há por trás da Navalha

LEIA MATÉRIA DA TRIBUNA DA BAHIA

Prefeito: Vou provar inocência

Recepcionado por uma multidão, o prefeito Luiz Caetano chegou, no final da manhã de ontem (25), ao município de Camaçari. Após conseguir um habeas corpus, assinado pelo ministro Gilmar Mendes (STF), o petista retornou à cidade acompanhado da esposa e de amigos e políticos.

Inúmeras faixas de apoio e dois trios elétricos deram as boas-vindas a Caetano, que fez questão de seguir direto para a sede da prefeitura, onde fez discurso de agradecimento e voltou a garantir inocência.

Em seus primeiros minutos na cidade em que foi eleito por duas vezes prefeito, Caetano disse esperar que o tempo pudesse provar a sua inocência. “Passei seis dias e seis noites trancafiado em uma cela, sem qualquer direito de me defender. Sei que sou inocente e sei que toda a minha história e o tempo serão capazes de provar o que digo”.

CAETANO QUER SUA POUPANÇA DE VOLTA

Quanto ao dinheiro encontrado em seu sítio, o prefeito afirmou ser fruto de uma economia iniciada há mais de cinco anos. “Sempre fui um homem simples e nunca liguei muito para o conforto, porém minha esposa me convenceu a fazer economias para que pudéssemos construir uma casa melhor para nós. Tenho juntado esse dinheiro há, mais ou menos, cinco ou seis anos e esperava poder usá-lo na construção da nossa casa. Guardá-lo em casa é um hábito antigo”, afirmou.

Ao relembrar do momento de sua prisão, no último dia 17, o prefeito criticou a ação da Polícia Federal. “A Polícia Federal deve fazer uma reflexão de suas atitudes para evitar os excessos e que prisões sem fundamento sejam realizadas. Nunca imaginei que pudesse passar por um momento desses”, afirmou.

LUIZA MAIA VAI COBRAR A LULA

A presidente da Câmara de Vereadores de Camaçari e esposa do prefeito, Luíza Maia, esteve ao lado de Caetano por todo o tempo e disse que irá exigir a apuração das denúncias. “Nós vamos descobrir o que está por trás de tudo isso, vamos descobrir porque fizeram tudo isso e porque Caetano foi acusado de um modo tão arbitrário”. A primeira medida a ser tomada, afirmou Maia, é o envio de uma carta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Estou com uma carta preparada para cobrar do presidente o motivo de toda essa arbitrariedade em torno dessa operação”, completou.

O advogado de Luiz Caetano, Augusto de Paula, reafirmou a intenção do prefeito em processar a União. “O processo será dado entrada e iremos cobrar da União uma justificativa para uma atitude tão desrespeitosa durante a prisão do prefeito. O dinheiro retirado da casa de Caetano também será cobrado. O dinheiro é dele e precisa ser devolvido”.

PELEGRINO DEFENDE CAETANO

O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) acompanhou a carreata até Camaçari e garantiu apoio a Caetano. “Conheço o Caetano, conheço o trabalho dele, acredito na inocência dele e estou aqui para apóia-lo na retomada de sua gestão para que ele possa voltar a ser o prefeito respeitado e atuante que sempre foi”, disse.

No início da manhã de ontem, cerca de 25 ônibus e centenas de carros deixaram Camaçari em direção ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, na capital baiana, onde aguardavam pela chegada do prefeito. Entre os que ficaram no município, o sentimento foi de solidariedade e expectativa quanto às explicações de Caetano. Por toda a cidade, faixas manifestavam apoio ao petista, enquanto um palanque era montado defronte a prefeitura.

FALA POVO

Nos corredores da prefeitura, Edna Moacir Ribeiro, 42 anos, que é merendeira na escola municipal, lamentou não poder recepcionar o prefeito em sua chegada a Salvador. “Só não fui porque tenho que resolver alguns problemas por aqui. Muita gente da minha rua foi, meus filhos acordaram cedo para ir e estou ansiosa em ver o prefeito em nossa cidade novamente”, afirmou.

Um outro funcionário municipal, que se identificou apenas como Roberto, disse também garantiu apoio a Caetano. “Apoio o prefeito, sou funcionário da prefeitura”. O aposentado Amaro José, 58 anos, preferiu falar em nome de toda a população. “Não posso afirmar se ele é inocente ou não, porém vejo o entusiasmo com que as pessoas demonstram apoio a ele. Não tenho qualquer tipo de queixa quanto a gestão do nosso prefeito, inclusive votei nele, porém - por conta de todo esse escândalo - espero que ele possa nos dar uma justificativa na sua chegada”, disse (Por Lorena Costa)

 

A jornalista da TV Bahia praticamente pediu para levar um tapa

Eu estava lá. Vi com esses olhos que a terra há de comer que o grupo que cantava slogans contra a “TV Bahia, mentira todo dia” estava com camisas do PCdoB. Mas os jornalistas estão dizendo que quem agrediu a repórter estava com camisa do PT. Não muda nada. A moça da TV Bahia afrontou a massa descontrolada, uma imprudência. Povo e polícia é doidice enfrentar. A imprensa que se cuide porque jornalistas não estão com muita popularidade entre o povo. Do Correio da Bahia e da TV Bahia então...

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Pancadaria e agressões a repórteres

Mas o que era para ser uma recepção harmoniosa, acabou se tornando um verdadeiro campo de guerra. Empurra-empurra, as pessoas se jogando para chegar perto do prefeito Luiz Caetano. Tanta confusão que acabou deixando algumas pessoas feridas. Uma senhora, moradora de Camaçari, chegou a ter seus óculos quebrados no meio da multidão.
Tudo isso para conseguir dar um abraço ou aceno para o prefeito de Camaçari, a quem os militantes confiam piamente em sua índole e acreditam que Caetano tenha sido injustiçado, vítima de “politicagem” e da arbitrariedade da Polícia Federal. No entanto, tanta euforia por parte de alguns militantes acabou culminando num fato desolador contra uma repórter. A profissional foi agredida por militantes e pessoas ligadas a movimentos sociais. Um grupo de cinco pessoas fez uma roda em volta da repórter: deram soco, puxaram o cabelo e, ainda, pegaram um dos sapatos da repórter e erguiam como se fosse um troféu ganho em meio a uma batalha.

Somente depois da chegada de alguns organizadores e outros jornalistas é que conseguiram retirar a repórter. Mesmo assim, uma mulher vestida com a camisa do PT recusou a devolver a sandália para repórter, teve que ser retirada à força, pois a militante dizia que “quem estava na guerra era assim mesmo Outra repórter também chegou a desmaiar no meio da multidão. O presidente estadual do PT, Marcelino Galo, condenou a agressão à repórter. “É inadmissível acontecer isto, nós lamentamos o fato”, disse o dirigente que não chegou a ver o episódio.

A desorganização do ato acabou estragando parte da festa do prefeito Luiz Caetano. Muitas pessoas saíram reclamando da falta de segurança em meio a tanta confusão. Até mesmo um deputado pedetista chegou a machucar a mão no meio do povo. O que era para ser uma grande festa acabou virando um ringue, onde quem tem mais força acaba se salvando.

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem, em nota, que é contrário a “qualquer tipo de mordaça sobre a Polícia Federal”, mas que as operações da PF devem acontecer “dentro da legalidade”. Britto também afirmou que é favorável à criação de uma CPI para apurar as denúncias da Operação Navalha, da Polícia Federal. Ele defendeu que a comissão investigue todas as relações entre empreiteiras e grandes obras públicas com o governo. O presidente da OAB defendeu ainda a indicação do nome do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para a presidência da CPI. Segundo ele, o senador é “um político imparcial e de grande confiabilidade”. A Operação Navalha prendeu 48 pessoas acusadas de fraudes em licitações para a realização de obras públicas. No entanto, 38 já foram soltas. (Por Raiane Verissimo)

 

Prefeito de Camaçari quer mudanças na liberação de verbas e nas licitações

A Tribuna da Bahia fez boa cobertura do retorno do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, embora não tenha conseguido de todo se livrar de um certo ranço antipetista. Caetano quer livrar os prefeitos de embaraços como o ocorrido com ele. A verdade é que qualquer prefeito que lute por obras para seu município fica exposto. E como fica.

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Caetano quer mudanças na liberação de verbas

Em entrevista coletiva concedida à imprensa ontem à tarde (25), no auditório da Prefeitura, o prefeito Luiz Caetano afirmou que vai liderar um movimento nacional para promover modificações na forma de liberação dos recursos federais. Ele defende que as verbas já cheguem com a licitação feita e o contrato assinado entre a empresa vencedora e a União.

Visivelmente cansado, por causa da viagem de Brasília a Salvador, da calorosa recepção no aeroporto, onde foi carregado pela multidão, e da manifestação na porta da Prefeitura, que durou mais de 1 hora e meia, Luiz Caetano disse que a pretensão é evitar problemas e embaraços para os prefeitos. Inclusive, chegou a sugerir pregões eletrônicos nas concorrências públicas, por ser um método “indiscutivelmente transparente”.

Luiz Caetano garantiu não ter pago “nem um centavo sequer” à construtora Gautama e explicou que a única licitação que a empreiteira de Zuleido Veras ganhou em Camaçari foi em 1999, na administração passada, e cujo contrato ele revogou em final do ano passado, apesar de ter recebido parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) autorizando-o a utilizá-lo.

DOSSIÊ MOSTRA A VERDADE

Aos jornalistas, ele entregou dossiê com documentos que comprovam as suas declarações, incluindo o convênio assinado com o Ministério das Cidades para obras de infra-estrutura no Morro da Manteiga, a nova licitação que mandou abrir, da qual não participaram nem a Gautama nem a LJA, construtora derivada da Gautama, assim como extrato da Caixa provando que a primeira parcela dos recursos, de R$ 1,950 milhão, continua aplicado no banco.

Ao ser indagado se pretende processar a União por danos morais e políticos, ele não escondeu a pretensão, no entanto explicou se tratar de uma atitude a ser tomada posteriormente, depois de refletir sobre o caso e descobrir os motivos que levaram a Polícia Federal, mesmo sem provas concretas, a pedir a sua prisão preventiva, e a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Eliana Calmon, a concedê-la. “Quero saber o que está por trás de tudo isso”.

QUEM NÃO DEVE NÃO TEME

À pergunta se considerou a prisão abusiva, ele respondeu que o próprio ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao conceder o habeas corpus, afirma na liminar que não havia fatos concretos, nem em tese, para que ele fosse preso. “Todo e qualquer advogado ou jurista sabe perfeitamente que a decisão de Gilmar Mendes funciona como uma espécie de antecipação de sentença”. Disse que, durante todo o processo, encarou os fatos de frente, sem se esconder por nenhum minuto. “Quem não deve não teme”.

O juiz federal Durval Carneiro Neto, acusado de ser o responsável pelo vazamento de informações da Operação Navalha na Bahia, disse ontem em entrevista à televisão que “a culpa pelo vazamento é exclusivamente da Polícia Federal. Na verdade, usaram meu nome para reduzir essa responsabilidade.”

Ele afirmou que “os policiais que estavam sendo investigados por tentativa de corrupção foram avisados de que vinham sendo monitorados.” Um dado novo e no mínimo curioso revelado pelo juiz Durval Carneiro Neto dá conta de que a Operação Navalha “original”, que foi determinada por ele na Bahia, “visava apurar a participação de empresários baianos infiltrados em órgãos federais para conseguir facilidades. Não tinha nada a ver diretamente com a construção civil e muito menos com a Gautama ou Zuleido.”

Conforme o juiz, o nome da Gautama apareceu quando, ao se investigar o superintendente da Polícia Federal de Sergipe, descobriu-se que na sua festa de posse tinha ocorrido a intermediação de um cheque no valor de R$ 7 mil, emitido pela Gautama.”

 

Grampo flagra Cláudio Humberto vendendo notícia para Zuleido Veras da Gautama

Fonte: http://www.grupobeatrice.blogspot.com/

O submundo da mídia.

"Discrição não era o forte do empreiteiro Zuleido Veras, lobista e pagador de propina de sua empresa. Ele mantinha contato direto com políticos, visitava ministérios, participava de almoços e solenidades de assinatura de convênios com prefeituras.

O empresário comandava as negociatas e, apesar de demonstrar certo receio de ser grampeado, não media as palavras em telefonemas. A interceptação telefônica da PF mostra que Zuleido tinha desenvoltura até para ‘plantar’ notícias contra seus desafetos.

Foi o que fez contra seu ex-sócio Latif Abud, com quem brigou. A disputa pelo contrato de uma obra em Brasília foi parar no Tribunal de Contas da União. O jornalista e porta-voz do governo Fernando Collor, Cláudio Humberto, que hoje é colunista e tem um site informativo, publicou nota contrária a Latif e favorável a Zuleido.

A nota, de 7 de julho de 2006, dizia que a movimentação de Latif estava incomodando e que o tribunal até pensava em vetar sua entrada no prédio. Zuleido ligou no mesmo dia para o jornalista e agradeceu. Em seguida, ligou para Maria de Fátima Palmeira, diretora da Gautama, e afirmou: — A nota tá dentro daquilo que a gente acertou."

"Zuleido Veras liga para o jornalista Cláudio Humberto em 7 de julho de 2006 para agradecer a publicação de uma nota em sua coluna que o favorece.

Zuleido: Cláudio?

Humberto: É.

Zuleido: Parabéns, tá?

Humberto: Ficou bom?

Zuleido: Muito bom.

Humberto: Você não imagina a choradeira, viu?

Zuleido: Foi (risos).

Humberto: Rapaz, mas foi pela madrugada.

Zuleido: A hora que bateu na internet, foi?

Humberto: Foi. Rapaz, a coisa é mais grave. O cara tá lá comprando ministros, foi expulso de uma sala. Eu dei a coisa mais amena possível.

Zuleido: Aquela frase final foi terrível.

Humberto: É bom porque constrange, né?
Zuleido: Tá bom, meu amigo. Parabéns, obrigado.

Humberto: Às suas ordens, viu?"

LEIA A NOTA NEGOCIADA POR ZULEIDO VERAS COM CLÁUDIO HUMBERTO:
Aqui a nota:
"07/07/2006 0:00

Estranho
Advogados que circulam no Tribunal de Contas da União estranham as freqüentes visitas do empresário baiano Latif Abud a alguns ministros. Falta pouco para seu acesso ao TCU sofrer restrições."

 

Jornalista Luis Nassif critica abuso da mídia ao esconder uma suspeita: dono da empreiteira pode ser o sobrinho de ACM

Fonte: http://grupobeatrice.blogspot.com/

Abusos de quem?

É curiosa a reação dos jornais contra os abusos da “Operação Navalha”. Acho que há abusos, sim, e tenho manifestado aqui minha opinião, como me insurgi no ano passado contra os abusos da cobertura jornalística; como venho me insurgindo, aliás, há 15 anos.

Mas e os jornalões? Após as loucuras do ano passado, em que se atirou primeiro, se perguntou depois, em que toda a mídia embarcou em uma catarse louca e irresponsável, que matou o jornalismo, o contraditório, quem pode falar em abusos? Quando alertei para o “suicídio da mídia”, me referia especificamente a isso, ao fato da mídia ter liquidado com sua legitimidade para a mediação.

Não se comemore essa desmoralização. Foi uma perda para o país, de um poder que poderia ter sido, e se matou. Continua influente, mas se tornou ilegítimo.

Segundo ponto: os abusos atuais só existem porque são publicados pela mídia. Ou não? Sem as matérias, os “vazamentos” sobre gravatas não teriam nenhuma importância. Ficaram relevantes porque a mídia conferiu tratamento escandaloso a eles. Assim como conferiu tratamento escandaloso a nomes que foram meramente citados em conversas.

O fato de se deixar para segundo plano informações relevantes – como o diálogo em que o deputado Paulo Magalhães é apontado como dono da construtora – não é outro abuso? Os mesmos jornais que fuzilam pessoas que receberam gravatas de presente não têm coragem de investigar indícios relevantes envolvendo pessoas influentes.

Há um abuso que independe da mídia: a prisão preventiva de um eventual inocente. Mas todos os demais abusos que os jornais condenam unanimemente, hoje, são abusos da mídia.

por Luis Nassif

 

Mídia fala de gravatas, lanchas e mimos para desviar o foco da verdade

Fonte: http://www.grupobeatrice.blogspot.com/

Leia a nota de Luiz Nassif divulgado pelo blog grupo Beatrice:

Operação "Navalha"
Depois das primeiras bombas da Operação Navalha, os jornalões passaram a dar uma ênfase curiosa às gravatas dadas de presente a parlamentares e autoridades. Notas com destaque sobre as gravatas, no fundo, serviam apenas para desviar o foco de pistas muito mais relevantes: como a suspeita de que a empreiteira pertence a um sobrinho de Antonio Carlos Magalhães. É o velho estratagema de fazer uma salada, para tirar uma pizza.

http://luisnassif.blig.ig.com.br/

 

PT defende plano de combate à corrupção

A bancada do PT na Câmara Federal elabora um plano de combate à corrupção A idéia é fazer com que o Congresso Nacional tome medidas que ponham fim às sucessivas crises políticas motivadas por escândalos e fraudes nos recursos públicos. Trata-se de um conjunto de ações destinado a evitar fraudes contra o patrimônio público.

Nesta semana, a bancada do PT vai analisar o plano de combate à corrupção, sistematizado pelo deputado Geraldo Magela, do Distrito Federal. A iniciativa da bancada coincide com a decisão tomada por todos os líderes partidários na Câmara, de discutir e elaborar um pacote de ações contra a corrupção. Com a decisão do Colégio de Líderes será possível agilizar a adoção de ações concretas que coíbam a corrupção.

MUDANÇAS NA LEI DA IMPROBIDADE

Os parlamentares do PT, membros da Comissão de Orçamento da Câmara Federal, vão apresentar sugestões de combate à corrupção no âmbito orçamentário. A idéia é tornar o processo eletrônico de elaboração do orçamento mais transparente. O PT entende que é preciso haver mudanças na lei de improbidade administrativa, atualmente muito branda e que já não responde mais ao crescimento da criminalidade na administração pública.

A bancada do PT vai propor inclusive mudanças na Constituição Federal que evitem fraudes, como na lei de foro privilegiado para autoridades do Governo. O foco principal será a proibição de contratos de entes públicos com empresas cujos sócios tenham sido condenados por corrupção. A proposta também prevê o banimento da vida pública de parlamentares e servidores condenados por desvios de verba.

TERRA MAGAZINE TENTA DESCLASSIFICAR A PROPOSTA DO PT

Com matéria assinada pelo jornalista Daniel Bramatti, a revista eletrônica Terra Magazine, do Portal Terra, tenta desclassificar a proposta da bancada do PT de apresentar o plano de combate à corrupção. A matéria vincula a proposta ao fato, segundo o jornalista, de a imagem do PT ter saído arranhada pela Operação Navalha.

O jornalista de Terra Magazine, para forjar um quadro de “arranhamento da imagem” do PT, cita a absurda prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, a já provada inocência do deputado Geraldo Magela, em relação à denúncia em 2004 de um bicheiro que teria feito uma suposta doação na campanha de 2002. Denúncia exaustivamente investigada pelo Ministério Público já arquivada. E até o simples passeio de lancha do governador Jaques Wagner (com a ministra Dilma Roussef) na lancha da Construtora Gautama, na Bahia, apesar do governo do Estado não ter absolutamente nada com o episódio dos contratos e licitações da empreiteira.

Não dá para entender o jonalista Daniel Brumatti. A imprensa denuncia a corrupção e cobra providências, quando os parlamentares se dispõem a tratar o assunto, denuncia a iniciativa.

Não é o PT que está fazendo o ELEITOR de besta.

É Daniel Bramatti e a imprensa dessa laia que estão fazendo o LEITOR de besta.

25 de maio de 2007

 

Wagner vai convidar Luiz Caetano para jantar no Palácio de Ondina

Em entrevista à Folha de S. Paulo (25) o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que vai convidar o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, para jantar na residência oficial. “Ele é meu amigo (...) não vou abrir mão disso”.

Na mesma entrevista Wagner (PT), reconheceu que sabia, mas não se lembrava, que a lancha em que passeou em Salvador com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, era do dono da empreiteira Gautama, Zuleido Soares Veras, preso desde o dia 17 sob acusação de chefiar uma quadrilha corruptora de políticos e funcionários públicos.

Em entrevista na noite de anteontem, Wagner contou ter sido avisado, durante o passeio em 26 de novembro, que a embarcação "Clara" era de Zuleido. Disse que reclamou com o publicitário Guilherme Sodré Martins, seu melhor amigo e quem arrumara a lancha.
A questão é que Wagner relata não se lembrar muito das quatro horas de navegação. "Domingo de sol, você passeando de lancha, uma cervejinha..."

O resto da matéria não vou reproduzir não porque é lixo puro.

 

Jornal O Globo torce declarações de Jaques Wagner

Chega a ser ridículo o modo como o jornal O Globo trata a entrevista que arrancou do governador da Bahia, Jaques Wagner. Claro que se Wagner era ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) seu papel era o de se relacionar com empresários, entre eles empreiteiros que tocam grandes e pequenas obras. Claro que se estava no CDE só podia ser no Planalto o atendimento. Mas o jornalista escreve como se fosse o maior crime Wagner ter recebido o tal Zuleido Veras no Planalto. O repórter se esforça para incriminar o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. Wagner afirma que o seqüestro de dinheiro de Caetano pela Polícia Federal é um complicador. Pode até ser, se alguém puder provar que a origem do dinheiro é ilegal. Wagner também acha que a Polícia Federal se excedeu. Não havia necessidade de entrar daquele jeito na cada do prefeito.

Complicador mesmo é o jornalismo de O Globo

LEIA ENTREVISTA:

'Eu me meti nisso por um diabo de passeio'

Bernardo Mello Franco
O Globo
25/5/2007

DINHEIRO PÚBLICO NO RALO: Segundo Wagner, foi o ex-marido de sua mulher quem pediu a lancha ao empreiteiro

Governador da Bahia admite que, como ministro, recebeu Zuleido no Planalto, mas nega envolvimento no caso
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), admitiu ontem (24) ter recebido o empresário Zuleido Veras, apontado como chefe de um esquema de fraudes em obras públicas, no Palácio do Planalto. Segundo o petista, o encontro aconteceu em "abril ou maio de 2004", quando ele era ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Zuleido teria sido levado pelo publicitário Guilherme Sodré, ex-marido da primeira-dama baiana, Fátima Mendonça. O governador disse não ter tratado de obras com o empreiteiro e reafirmou que Sodré pediu emprestada a lancha de Zuleido em que ele passeou com a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em novembro passado. E defendeu a abertura da CPI da Navalha.

Uma semana depois das prisões, como o senhor analisa o escândalo?
JAQUES WAGNER: A moeda tem dois lados. O ruim é o da constatação (das fraudes). O bom é ver que as instituições estão funcionando. Há um debate sobre se houve ou não exagero da Polícia Federal, mas existe autonomia para a Polícia Federal e o Ministério Público. Aqui na Bahia, o delegado que investigava a pasta rosa foi violentamente tirado e impedido de fazer o seu trabalho. A matriz do governo é investigar, doa a quem doer. É ruim para o PAC? Não acho. Constatar que tem corrupção sempre é ruim, mas isso só foi feito porque há autonomia para investigar.

A PF cometeu excessos?
WAGNER: A mulher do Luiz Carlos Caetano (prefeito de Camaçari, do PT) reclamou de excessos na prisão. Se você entrar num local com traficantes de drogas, vai com colete à prova de balas, sai dando tiro para não tomar antes. Crime do colarinho branco não é maior ou menor que o tráfico. Mas não se entra assim na casa de um prefeito.

Qual é sua opinião sobre a tentativa de instalar uma CPI?
WAGNER: Fui o proponente da CPI do Orçamento no meu primeiro mandato, em 1991. É o instrumento mais nobre para fiscalizar o Poder Legislativo. A investigação da PF é isenta e já tem um ano. Minha dúvida é se a comissão vai aprofundar ou politizar a investigação. Mas essa decisão cabe ao Congresso.

O senhor assinaria o requerimento?
WAGNER: Assinaria, pela violência dos fatos. Sou favorável a que se instale a CPI.

Como recebeu a notícia de que a PF apreendeu R$140 mil em espécie na casa do prefeito de Camaçari?
WAGNER: Aquilo foi uma surpresa. Conversamos quando ele recebeu o habeas corpus, na terça-feira, e essa notícia não existia. Evidentemente, é um elemento complicador para ele. Ele deu uma explicação de que estava guardando em casa para comprar um sítio. Caetano não é um cara patrimonialista. Mora numa casa simples em que eu, como prefeito de Camaçari, não moraria. Se você for ver o sítio (em que o dinheiro foi apreendido), é um gramado, um buraco e uma casinha.

É normal guardar essa quantia em dinheiro?
WAGNER: Não, não acho. Com banco, não acho normal ter R$140 mil em casa. Ele deu a explicação dele. Não sou juiz, mas não acho normal. Sou amigo de Caetano há muito tempo. Evidentemente, na minha posição de governador, tenho que arbitrar. Eu me meti numa porcaria dessa por conta de um diabo de um passeio... O cara pode ter dois, três mil contos. Pode ter 20 mil porque tirou do banco, ia comprar um carro, e o cara diz que só recebe em dinheiro. Evidente que é um elemento que complica. Independentemente do desenrolar, ele é meu amigo. E eu estava sustentando sua inocência, como sustento até que provem o contrário. A Justiça é que vai julgar a explicação dele.

Afinal, o senhor sabia que a lancha usada no passeio com a ministra Dilma Rousseff era de Zuleido Veras?
WAGNER: O Guilherme (Sodré, publicitário) é um amigo de longa data, pai do filho da minha mulher. A Dilma veio me ajudar na transição. Eu tinha prometido levá-la para um passeio, e ele conseguiu a lancha. Só fiquei sabendo que era de quem era no meio do caminho. A história é essa. Estou muito tranqüilo. Se o Zuleido estivesse no passeio, eu estava no "Jornal Nacional". Mas é chato.

O senhor já o conhecia?
WAGNER: Não tinha relação com ele, mas o conhecia. Ele tem uma cara muito característica, e as empresas baianas não são muitas. Diria que ele é uma pessoa conhecida na Bahia. Todo mundo no meio político o conhecia.

Ele contribuiu para alguma campanha sua?
WAGNER: Não.

Como deputado, o senhor fez alguma emenda para obras da Gautama?
WAGNER: Nenhuma.

Numa das gravações, Zuleido diz que o senhor passou o telefone de Luiz Caetano para ele.
WAGNER: Nunca dei um telefone para ele. Ele pode ter usado isso para dizer que tinha prestígio, que tinha contato comigo. Pode ser que Guilherme tenha dado a ele o telefone.

O senhor já o recebeu em audiências?
WAGNER: Uma vez, quando era ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. A mesma coisa de sempre: ele apresentou a empresa, no que precisar quero contar com sua ajuda, blablablá. Como recebo (outros empresários) aqui. A tarefa no conselho era exatamente essa. Ele só apresentou a empresa, até porque eu era um ministro fraco.

Quando ocorreu isso?
WAGNER: Em 2004. Abril ou maio de 2004. Uma vez o Guilherme o levou para apresentá-lo: "Olha, esse aqui é o Zuleido, dono de uma empresa". Tenho muita intimidade com o Guilherme. Com o Zuleido, nenhuma. Até porque o perfil dele já era muito violento. Ele era muito pró-ativo na conquista de aliados. Na minha opinião, ele fez isso com Caetano: "Prefeito, o senhor precisa de uma obra? Pode deixar que eu vou arrumar dinheiro". Embora não haja provas de que ele foi favorecido lá.

O que o senhor pensa sobre a lista de parlamentares que receberam brindes da Gautama?
WAGNER: Você tem que sair da hipocrisia para entrar na democracia. Isso aí (apontando uma escultura sobre a mesa) eu ganhei da Nestlé. Podem te levar para jantar em algum lugar. No Natal, como ministro, eu posso ter recebido cinco, dez, 20 gravatas, uma agenda, uma garrafa de vinho. Pego os cartões e mando a secretária agradecer. Isso é uma bobagem. Mas, se o cara deu um apartamento, não é um mimo.

 

Obras da Gautama em Salvador, na era Imbassahy, serão investigadas pelo Ministério Público

Deu no jornal A tarde (25). O Procurador de Justiça, Lindivaldo Britto, anunciou que o Ministério Público estadual vai investigar as seis obras da Construtora Gautama em Salvador, na administração Antônio Imbassahy e também as obras do governo do estado na administração Paulo Souto. O MP quer saber detalhes dos preços, se foram superfaturados, contratos, se as obras foram executadas e as executadas se foram concluídas. Ofício solicitando informações já foram expedidos para a Prefeitura Municipal de Salvador e o Governo do Estado. As seis obras da Gautama em Salvador passam de R$ 25 milhões.

 

Camaçari recebe Luiz Caetano em festa, a repórter da TV Bahia levou um tapa

Cheguei ao Aeroporto de Salvador às 11hs em ponto. As dezenas de ônibus que conduziram cidadãos de Camaçari já estavam estacionados em fila. Havia centenas de carros particulares ocupando a pista de saída. Milhares de pessoas tomaram de assalto as dependências do Aeroporto. Faixas, cartazes, camisas e adesivos. Como num grande comício. Banda e slogans cantados em corais animados. Cheguei em tempo de ver a repórter Raquel Porto Alegre, da TV Bahia, levar um tabefe de uma enfurecida popular. O grupo gritava com animosidade e muito ritmo: “TV/ Bahia/mentira todo dia/ mentira/ todo dia/. Eram conduzidos por militantes do PCdoB. Então a repórter cometeu a imprudência, enfrentou a plebe:“Me batam. Me dêem um tapa” e mostrou a face. Não deu outra. Uma mulher avançou e a repórter rodopiou. Foi atendida na Emergência do aeroporto.

Luiz Caetano não tinha ainda desembarcado quando ocorreu o incidente. A imprensa ficou aborrecida também com o descontrole popular. Não deu para organizar uma entrevista coletiva, populares agarraram o prefeito Luiz Caetano e o levaram nos ombros. Foi uma comoção. Aos poucos os seguranças tomaram conta. Mas aí Luiz Caetano também já tinha sofrido um bocado. Puxa pra cá, puxa pra lá. Percorreram o saguão do aeroporto, passaram quase levando nos peitos as portas de vidro e ganharam o espaço do estacionamento térreo. Os populares não estavam com olhos de amigos, para desespero da assessoria de imprensa. Por duas vezes Luiz Caetano parou e tentou falar à imprensa. Quase impossível, diante da massa emocionada.

Acompanhei a carreata. Na Via Parafuso, a caminho de Camaçari, parei e contei 732 veículos com a marca “Sou mais Caetano”, fora o meu Escort 99, meio amassado. Desisti de contar e segui a carreata. A estrada CIA/Camaçari engarrafou. Quando cheguei em Camaçari, o povo já ocupava a praça municipal, diante de um palanque armado diante da sede da prefeitura. O prefeito Luiz Caetano, suado mas recomposto, dava entrevista para as TVs.

O palanque já estava cheio. A vereadora Luiza Maia, mulher do prefeito, presidente da Câmara Municipal, convocou a coordenação do ato. Ela mesmo começou o primeiro discurso, inflamada, denunciando a violência sofrida em sua casa pela arbitrária Polícia Federal. "Imaginem, eu estava dormindo com caetano e eles invadiram". As mulheres urravam de indignação. Falaram vereadores, o presidente do PT, Marcelino Gallo, deputados estaduais Javier Alfaya, Zé das Virgens, Bira Coroa e o deputado federal Nelson Pelegrino. A prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, sempre ali, ao lado de Luiz Caetano.

Depois de falar para a última equipe de TV, Luiz Caetano tomou a palavra. Relatou o acontecido, a invasão de sua casa, os abusos da Polícia Federal, a prisão em Salvador com pessoas desconhecidas, a viagem para Brasília, o reencontro com seus advogados. Luiz Caetano confirmou o já anunciado: vai abrir as contas da prefeitura para a Câmara Municipal acompanhar. Vai fazer uma auditoria extra em todos os contratos firmados. Denunciou os adversários políticos no município. A campanha começou, antecipada pela Operação Navalha e a ação desastrada da banda podre da Polícia Federal.

Foi isso que o deputado federal Nelson Pelegrino denunciou: a existência de uma banda podre na Polícia Federal e ouviu da ministra do STJ quase uma desculpa pelo mandado de prisão do prefeito Luiz Caetano. Os responsáveis vão ter que pagar. Os advogados já elaboram uma ação por perdas e danos.

Já passava das 14h30 quando sai de Camaçari. Voltei dirigindo e pensando: como será a manchete da TV Bahia? À noite vou conferir.

24 de maio de 2007

 

Jornal identifica seis obras da Gautama na administração Imbassahy

A matéria do jornal A Tarde é explosiva. Mais que a manchete sensacionalista do dinheiro de Luiz Caetano e Luiza Maia seqüestrado pela Polícia Federal. A Gautama foi responsável por seis obras em Salvador, todas na administração de Antônio Imbassahy, prefeito que era do PFL, do grupo carlista e hoje está no PSDB.

Na relação estão a via que liga Cajazeiras V a Cajazeiras VIII, festivamente inaugurada por Imbassahy; recuperação da drenagem e pavimentação da Rua Pará,, no bairro Pituba; melhoramento da avenida Otávio Mangabeira, também na Pituba; drenagem e infraestrutura da avenida Manoel Dias da Silva, Pituba, e modernização da Praça Nossa Senhora da Luz, na Pituba. Uma fortuna todas elas.

Na época, as obras da avenida Manoel Dias da Silva e Praça Nossa Senhora da Luz causaram polêmica, porque estavam com sinais de luxo, acima do padrão das obras de urbanização de Salvador. Nelas foi usado granito flambado, produto produzido por parentes do então governador Paulo Souto.

As obras foram feitas pouco antes das eleições para o segundo mandato de Imbassahy. Se tudo que a Gautama faz tem problema, tem cheiro de podridão no ar.

 

TCU lista obras da Gautama que "estariam" irregulares

A poeira começa a baixar e a linguagem vai mudando.

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou uma relação de sete obras públicas com indícios de irregularidades que estão sendo executadas ou tem participação da construtora Gautama. Entre elas a Adutora Serra da Batateira, na Bahia. Nada a ver com Camaçari.

Todos os projetos, segundo o TCU, apresentam "indícios" de problemas como superfaturamento ou licenças ambientais irregulares. Os donos da empresa e vários funcionários foram detidos na operação.

Confira a lista do TCU: Adutora Italuis (Maranhão); Infra-estrutura Hídrica (Sergipe); Barragem Poço Verde (Sergipe); Adutora Serra da Batateira (Bahia); Tabuleiro Martins (Acre); Irrigação do Rio Preto (Distrito Federal); Infra-estrutura Turística de Porto Velho (Rondônia).

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon determinou o desbloqueio de uma conta bancária de uma das empresas pertencentes ao Grupo Gautama. Os recursos da Empresa Concessionária de Saneamento Mauá (Ecosama), no entanto, não poderão ser repassados à construtora Gautama nem ao empresário Zuleido Veras.

O desbloqueio ocorreu porque a prefeitura do município de Mauá, localizada na região do ABC Paulista, alegou que, sem o dinheiro, o serviço de água e coleta de esgota ficaria comprometido em pouco tempo.

Os excessos da Operação Navalha vão sendo colocados sob controle, por determinação do presidente Lula. Dos 48 presos pela Navalha, 32 já foram libertados, sob protestos da mídia fascista. O ministroTarso Genro sentiu no fígado o golpe do ministro do STF, Gilmar Mendes, que acusa a Polícia Federal de vazar informações com objetivos políticos.

Agora, a mídia quer criminalizar a relação pessoal do governador Jaques Wagner com o publicitário Guilherme Sodré Martins, dono da GLT, que tem a conta de comunicação da empreiteira Gautama. Sodré Martins é quem pediu emprestado a Zuleido Veras a lancha “Clara”, que Wagner passeou com a ministra Dilma Roussef na Baía de Todos os Santos.

Operação Navalha e TCU são coisas diferentes. Ainda assim fica a impressão que tentaram usar Camaçari como boi-de-piranha.

Não vai dar certo!

 

Ministro Gilmar Mendes acusa PF de "canalhice" e critica Tarso Genro

Deu na Folha Online - 24/05

Gilmar Mendes acusa Polícia Federal de "canalhice"

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes acusou Polícia Federal de agir com métodos "fascistas" na Operação Navalha.

O ministro disse ser uma "canalhice" o vazamento de informações pela PF sobre inquérito que tramita em segredo de Justiça. Mendes responsabilizou o ministro Tarso Genro (Justiça) pelo vazamento de informações da Operação Navalha.

"É responsabilidade do ministro da Justiça responder por esses vazamentos. Eu disse hoje ao ministro Tarso que esse tipo de prática revela uma canalhice. Não podemos brincar com as pessoas sérias do país".

Mendes se encontrou com Tarso na inauguração de uma exposição no STF sobre as constituições brasileiras - e disse ter feito seu desabafo diretamente ao ministro.

Mendes afirmou que a PF vem fazendo "terrorismo com a democracia" ao divulgar informações sigilosas em conta-gotas. "É cinismo falar em segredo de Justiça nesse momento. Cínico é o quadro que vivemos no país. É uma lógica absolutamente totalitária. Então, rasguem a Constituição."

O ministro disse que a PF - assim como o STF e a PGR (Procuradoria Geral da República)- não pode repassar informações de processos que tramitam em segredo de Justiça. "É covardia. Eles usam uma arma desigual. Isso tem que ser revisto", defendeu.

Mendes disse estar disposto a ingressar com representação contra a PF pelo vazamento de informações. Depois de fazer o desabafo a jornalistas, voltou atrás e afirmou que já tinha dado seu recado por meio da imprensa.

REAÇÃO

O desabafo de Mendes foi motivado pela informação de que seu nome teria aparecido em uma suposta lista da PF entre os acusados de receber "mimos e brindes" da empresa Gautama - apontada como a coordenadora do esquema de fraudes em licitações públicas desmontado pela Operação Navalha.

A assessoria do STF divulgou documento para comprovar que o Gilmar Mendes mencionado na suposta lista é um homônimo do ministro - que se chama Gilmar de Melo Mendes e seria engenheiro civil em Sergipe.

A irritação de Mendes teve início quando o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, disse que a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), está "mais informada" sobre Operação Navalha que Mendes.

A ministra é responsável pelo inquérito da Operação Navalha no STJ, mas Mendes cuida de parte do caso no STF referente aos presos que têm foro privilegiado.

O procurador disse que, por esse motivo, a ministra "tem mais condições de conhecer melhor os fatos, o que permite uma interpretação mais segura".

Mendes reagiu e disse que "algumas pessoas deveriam freqüentar aulas elementares de Direito Constitucional para emitir opinião sobre algumas coisas".

 

Confirmado. Caetano chega na sexta-feira às 11hs em Salvador

O prefeito Luiz Carlos Caetano desembarca nesta sexta-feira (25/05), às 11h, no Aeroporto de Salvador, onde concede entrevista coletiva à imprensa. Em seguida ruma em carreata para Camaçari, percorre a cidade e depois participa de manifestação marcada para começar às 15h, na porta da Prefeitura.

O ato está sendo organizado pelos partidos que compõem a coalizão de sustentação ao governo – PT, PSDB, PCdoB, PMDB, PSB, PV, PSC, PTB, PR – mais os movimentos sindical e comunitário, além de associações empresariais e dos evangélicos, que prometem reunir mais de cinco mil pessoas no Centro Administrativo, onde funciona a Prefeitura.

O clima em Camaçari é de entusiasmo e festa não apenas pela libertação de Luiz Caetano, mas também pelo conteúdo do habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reafirma a inocência do prefeito.

Na noite de terça-feira (22/05), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus ao prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano.
De acordo com o documento expedido, não existe nada que comprometa o gestor. Mesmo assim, ele fez questão de prestar depoimento para a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito da Operação Navalha, da Polícia Federal.

Caetano passou quarta-feira (23/05) reunido com advogados. A população de Camaçari, que está mobilizada desde a última quinta-feira (17/05), festejou com fogos de artifício a liberação do prefeito. Ciente da inocência do gestor e do exagero na detenção, a comunidade aguarda ansiosa e prepara uma recepção calorosa para a chegada do prefeito.

Na terça-feira (22/05), na Câmara Municipal de Camaçari, vereadores se reuniram para reafirmar a honestidade do prefeito. Discursos de incentivos e apoio movimentaram a sessão ordinária. Na segunda-feira (21/05), no plenário da Assembléia Legislativa da Bahia, deputados estaduais se emocionaram ao falar da história política e da atuação de Caetano à frente da administração de Camaçari.

Os manifestos de apoio não param por aí. A mobilização em favor do prefeito está em toda parte. Em Camaçari, dezenas de faixas e outdoor de solidariedade foram espalhados pela cidade. Políticos do município, vereadores de cidades vizinhas, associações, cidadão comum, todos se mostram indignados com o ato da Polícia Federal e esperam Caetano de braços abertos.

 

STF comprovou inocência de Luiz caetano

A decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao conceder liminar de soltura no habeas corpus número 91.393-8, mostra a inexistência de provas que incriminem o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, no caso do esquema envolvendo a construtora Gautama na intermediação e execução de obras públicas no município.

A decisão do ministro deixa claro que o prefeito foi vítima de ato injusto que fere os princípios elementares da Constituição Federal e se mostra como uma antecipação de sentença.

No habeas corpus, o ministro afirma que o prefeito Luiz Caetano “teve contra si ato judicial que não indicou fatos concretos que, ao menos em tese, associam-se ao investigado e que justificariam a prisão preventiva nos termos do artigo 312 do Código do Processo Penal (CPP)”.

Impetrado na sexta-feira da semana passada (18/05), o habeas corpus mostra que não existem provas de que o gestor Luiz Caetano tenha praticado qualquer ato ilícito que justificasse a prisão preventiva.

Em vários trechos da decisão do ministro do STF, fica clara a inocência do prefeito e a falta de fundamentação para a prisão preventiva decretada pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

CONSTITUIÇÃO FERIDA

Em toda a decisão, que possui 20 laudas, o ministro do STF deixa claro não existir elementos que justifiquem o ato a ministra do STJ. Essa falta de pressupostos jurídicos apresentados no pedido de prisão é fundamentada pelo ministro em toda a decisão. Ele cita o artigo 312 do Código de Processo Penal.

“A esse respeito, considero que, não é possível conceber como compatível com a garantia constitucional da presunção de inocência qualquer imputação provisória de cumprimento da pena que não esteja devidamente fundamentada.”

Em outro trecho da decisão, Gilmar Mendes afirma: “O cerceamento preventivo da liberdade não pode constituir castigo ou punição àquele que sequer possui contra si juízo formulado pelo Parquet quanto à plausibilidade de persecução penal que deva, ou não, ser instaurada pelo Estado.”

O ministro Gilmar Mendes termina a decisão reconhecendo de forma clara e inequívoca que o prefeito Luiz Caetano foi preso sem provas, “Salvo melhor juízo quanto ao mérito, ressalto que o paciente Luiz Carlos Caetano teve contra si ato judicial que não indicou fatos concretos que, ao menos em tese, associam-se ao investigado e que justificariam a prisão preventiva nos termos do art. 312 do CPP.

ENTENDA O CASO

A decisão do ministro Gilmar Mendes só vem confirmar o que desde o primeiro momento vem sendo dito sobre a honestidade e lisura do gestor Luiz Caetano, que não fez contrato, realizou qualquer obra ou sequer pagou algum dinheiro para a construtora Guatama.

O que existe é uma licitação vencida pela construtora em 1999, na gestão do então prefeito José Tude (PFL), para obras no Morro Nova Vitória e estreito do Rio Camaçari, sob o número 001/99, mas que não teve andamento na atual administração.

A construtora Gautama venceu a licitação e após homologação celebrou contrato de número 405/99, datado de 17 de setembro de 1999. No entanto, como a Prefeitura não emitiu ordem de serviço a obra não foi realizada.

No início da gestão de Luiz Caetano, em 2005, a construtora LJA enviou documento comprovando que a empresa tinha se originado de cisão da Gautama, e que o contrato 405/99 ficará sob a sua responsabilidade, ao tempo em que solicitava o início das obras. Mesmo com a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), liberando o contrato, o prefeito Luiz Caetano resolveu revogá-lo no dia 14 de dezembro de 2006, conforme Diário Oficial do Município, nº 186.

Em 15 de março de 2007, a Prefeitura abriu a concorrência pública de número 013/2006, para obras no Morro da Nova Vitória, incluindo a construção de 150 casas, com base em Contrato de Repasse nº 0192789-61/2006, celebrado entre o Município e a União, por intermédio do Ministério das Cidades, representado pela Caixa Econômica Federal.

Por se achar prejudicada, a construtora LJA (empresa desmembrada da Gautama) entrou na Justiça e conseguiu uma liminar suspendendo a licitação 013/2006. A Prefeitura acatou a decisão judicial e a obra até hoje não foi realizada.

Encontram-se hoje, na Conta Corrente 006.000647011-4, na Caixa, em favor da Prefeitura de Camaçari, R$ 1.968.075,19, referente a 1ª parcela do Contrato de Repasse e que só serão utilizados depois de concluído o litígio judicial envolvendo a licitação nº 013/2006.

Fonte: site http://www.camacari.ba.gov.br/

 

Operação Octopus, origem da Operação Navalha

A Operação Navalha surgiu a partir de outra investigação da Polícia Federal (PF). É uma derivação da Operação Octopus, criada para desarticular um grupo de empresários baiano especializados em fraude à licitação, especialmente nas áreas de segurança privada, construção civil, ensino superior e na prestação de serviços gerais terceirizados.

Os alvos eram as ligações desses empresários, descobertas em novembro no ano passado, com policiais federais acusados de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e prevaricação.

Os policiais implicados, segundo o relatório de inteligência da PF, são: o ex-superintendente Regional de Polícia Federal no Ceará, João Bastista Paiva Santana; o ex-superintendente Regional de Polícia Federal em Sergipe Rubem Paula de Carvalho Patury Filho; o ex-superintendente Regional de Polícia Federal na Bahia Paulo Fernando Bezerra e o ex-delegado Regional Executivo na Bahia Antônio César Fernandes Nunes.

As ligações entre os dois grupos era de responsabilidade do advogado e policial federal aposentado Joel Almeida Lima e do lobista Francisco de Assis Borges Catelino. A PF também aponta o agente federal Francisco Miguel Macedo Gonçalves como um facilitador de ações de contrabando no aeroporto de Salvador.

Foi colocada em campo uma operação com autorização da 2ª Vara Federal da Bahia, instância judicial que autorizou o monitoramento telefônico dos investigados e escuta nos gabinetes dos policiais federais.

No começo das buscas, a PF constatou que Joel Almeida também fazia escutas clandestinas para empresários.

VAZAMENTO

Mas, quando começou a aprofundar as investigações, a Operação Octopus teve seus movimentos vazados assim que se aproximou dos policiais federais. Quando tudo parecia perdido, os investigadores se depararam com o dono da Gautama, Zuleido Veras.

Fonte: Site Congresso em Foco

 

Gautama ficará de fora das licitações até 2009

Em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil de hoje (24), o ministro da CGU, Jorge Hage, revelou que o governo federal proibirá a empreiteira Gautama de participar de licitações públicas até 2009. A Controladoria-Geral da União já estuda a forma jurídica para viabilizar a punição da empresa, acusada pela Polícia Federal de fraudar licitações e desviar verba pública. A expectativa é de que a cassação temporária seja anunciada nos próximos dias.

Jorge Hage disse que o prazo de dois anos será suficiente para que o Tribunal de Contas da União (TCU) conclua os processos sobre a empresa e determine, se for o caso, a cassação definitiva dos direitos da Gautama de executar obras públicas.

Esperamos que todas as empresas com envolvimento comprovado em fraudes sejam suspensas e impedidas de participar de licitações.

Fonte - Post blog Zé Dirceu
http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/

 

Só faltava ele. Grampo envolve assessor de ACM Neto na Operação Octopus, que deu origem à Operação Navalha. E ele não sabia de nada...

Fonte: Da Agência Estado

Bruno Reis, assessor parlamentar do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), aparece nos grampos da Operação Octopus da Polícia Federal, que deu origem à Operação Navalha. O parlamentar disse não acreditar que Reis tenha cometido atos ilícitos.

Nas conversas, o assessor negocia com o ex-superintendente da PF na Bahia, Joel de Almeida de Lima e com o lobista Francisco Catelino, que foram acusados na Operação Navalha de ajudar o dono da Construtora Gautama, Zuleido Soares Veras, com informações privilegiadas, obtidas com grampos ilegais, e de vender privilégios dentro da PF.

A Octopus investigava a atuação dos policiais federais em parceria com um esquema de empresários da Bahia para fraudar licitações em várias áreas. Lima, que é delegado aposentado e Catelino aparecem em diversos grampos da Octopus, na pasta “Eventos fase contra”. Isso porque a operação acabou frustrada, após o vazamento de informações de dentro da PF.

As conversas com o assessor de ACM e as menções a ele, todas de setembro de 2005, não são conclusivas, mas sugerem que pelo menos dois membros da máfia tinham contato com a família Magalhães. Versam sobre um cheque de R$ 10 mil que Catelino queria depositar por um suposto serviço prestado ao assessor de ACM Neto. Os diálogos não provam irregularidades, mas mostram que os investigados tentaram contato com ACM Neto.

Reis foi procurado no gabinete de ACM Neto, mas a assessoria informou que ele só falaria após conversar com o chefe. Em Brasília, o deputado disse não acreditar que Reis tenha cometido atos ilícitos. “Até porque ele sabe que eu não seria complacente com isso", disse o deputado.

ACM Neto contou que não conseguiu identificar o contexto das conversas grampeadas. Ele admitiu ter conhecido Catelino na Faculdade de Direito, na Bahia, mas afirmou ter ficado perplexo ao saber de seu envolvimento em irregularidades. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo.

 

Camaçari desfaz confusões com obras da Gautama

Deu na Tribuna da Bahia, quinta-feira, 24

Processo licitatório é detalhado

De acordo com um documento enviado por militantes petistas à redação, “em 1999, a administração municipal procedeu à abertura de processo licitatório de concorrência pública, tombado sob nº 001/99, que tinha como objetivo a execução de serviços de tratamento pedológico do Morro Nova Vitória (hoje rebatizado de Morro da Manteiga) e estreito do Rio Camaçari.

Ao final do procedimento licitatório, sagrou-se vencedora da licitação a empresa construtora Gautama Ltda. que após a homologação, celebrou Contrato com o município de Camaçari, de nº 405/99, datado de 17 de setembro de 1999”.
Conforme o documento, “o referido contrato dispõe que o prazo de início da primeira etapa dos serviços de execução do contrato como o prazo de conclusão (365 dias) só se daria a partir da expedição da Ordem Inicial de Serviço, o que nunca chegou a ser feito”.

CONTRATO CANCELADO

“Este contrato eu cancelei e fiz uma nova licitação no início do ano para a construção de casas, mas os envelopes ainda nem foram abertos, e a notícia que eu tenho é de que a empresa Gautama não participou deste processo”, explica o petista Caetano.

O documento diz ainda que no início da administração atual, “representantes da empresa Construtora LJA Ltda., enviaram correspondência solicitando ao município que emitisse a Ordem de Serviço Inicial, para que pudesse realizar os serviços constantes no contrato 405/99.

TCM FOI CONSULTADO

Ao tomar conhecimento do pedido feito pela construtora, o município, através da PGM, encaminhou consulta ao Tribunal de Contas dos Municípios, para que o mesmo se manifestasse acerca da possibilidade de continuação do referido contrato”.
O TCM considerou legal a continuidade do contrato, mas o documento afirma que o município teria sido surpreendido com uma manifestação da Gautama de que alguns sócios da construtora não reconheciam os contratos transferidos para a LJA e com isso, resolveu publicar no Diário Oficial a “revogação do contrato 405/99, que além de já estar com os preços apresentados na época da licitação completamente defasados (dependendo de um reajustamento que poderia onerar os cofres públicos), poderia ser objeto de litígio entre a empresa Gautama e a empresa LJA.

Em 22 de janeiro de 2007, o setor competente encaminhou, para o Diário Oficial do Município de Camaçari, a publicação da decisão, dando notícia da Revogação. Por fim, o ato de Revogação foi devidamente publicado no Diário Oficial do Município de nº 186, do período de 20 a 26 de janeiro de 2007”.

150 CASAS POPULARES

Outro processo de licitação citado no documento foi a concorrência 013/2006, que “teve como fato motivador contrato de repasse celebrado entre o município de Camaçari e a União, através de Ministério das Cidades, com execução pela Caixa Econômica Federal. O plano de trabalho que compõe o contrato de repasse, traz como objetivo a construção de 150 unidades habitacionais no bairro do Nova Vitória e tratamento pedológico do Morro do mesmo nome”.

Após iniciado o processo de licitação, segundo o documento, “a LJA se insurgiu de diversas formas contra o procedimento licitatório, sempre argumentando que o contrato era de sua responsabilidade e que o município, ao realizar a concorrência 013/2006, estava repetindo objeto já licitado e contratado. Por fim, ingressou com Mandado de Segurança nº 1388475-3/2007, onde requereu a suspensão da licitação, o que foi acatado pelo Judiciário local, tendo o município cumprido tal decisão e procedido à suspensão, conforme determinado.

Mas não houve repetição de objeto, pois na concorrência 001/99 o objetivo principal era de infra-estrutura. Já o da concorrência 013/2006, o objetivo principal não era o tratamento do morro, e sim, a construção das 150 casas populares para serem entregues aos moradores carentes daquela localidade”. (Por Raiane Verissimo)

 

Luiz Caetano reafirma inocência e critica polícia

Deu na Tribuna da Bahia – quinta-feira, 24

Em entrevista à Tribuna da Bahia, o prefeito Luiz Carlos Caetano (PT), negou as acusações de que o município de Camaçari efetuou pagamento em favor das construtoras Gautama e LJA, se diz inocente e condenou os métodos da Polícia Federal na ação que resultou sua prisão na semana passada.

O prefeito, apesar de ter sido solto na terça-feira à noite, continua em Brasília e deverá retornar a Salvador apenas amanhã (sexcta-feira). Por volta das 11 horas, ele deverá desembarcar no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, onde está programado para ser recepcionado por correligionários e militantes petistas revoltados com a “ação arbitrária da PF”.

Segundo Luiz Caetano, o único contrato celebrado entre o município e a empresa Gautama foi feito durante a gestão do ex-prefeito José Tude, datado de 17 de setembro de 1999. “Eu nunca assinei contrato com a Gautama, não tem licitação concluída com ela e a única que foi feita não foi em minha gestão e sim durante a gestão do prefeito Tude, que eu cancelei. A outra para construção de casas também foi cancelada”.

Apesar de negar que tenha de alguma forma favorecido o empresário Zuleido Veras em licitações direcionadas a empresa Gautama ou de qualquer grupo ligado à construtora, Luiz Caetano confessa que conhecia o empresário, inclusive, já o recebeu em seu gabinete na prefeitura. “Tive alguns contatos com ele sim, ele esteve na prefeitura, sempre solicitando para que o contrato com a Gautama continuasse, mas acabei cancelando. Não recebi nenhuma propina e ele nunca me ofereceu”.

Quanto ao fato das cortesias para o camarote da construtora no Carnaval e passeios de lancha, o petista foi enfático em dizer que já passeou em várias lanchas de amigos, mas nunca conheceu a de Zuleido Veras - usado pelo governador Jaques Wagner no ano passado para um passeio pela Baía de Todos os Santos com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. “O gabinete recebeu alguns convites para o camarote, como também da Petrobras, do governo do Estado. Isso é normal, agora posso garantir que não fui. Se alguém foi, eu não sei dizer quem”.

Questionado se poderia deixar o PT baiano até que fossem esclarecidas todas as suspeitas, Luiz Caetano saiu na defensiva e disse: “Já está tudo esclarecido. Mesmo com o habeas corpus, eu fiz questão de prestar depoimento ontem (anteontem) à noite em Brasília. Não consegui conversar com o PT ainda, mas sair do PT em hipótese alguma e também não foi me pedido isso”.

De acordo com o petista, o seu depoimento durou quase uma hora. “Foi muito tranqüilo, mas ficou tudo esclarecido. Ficarei aqui em Brasília para reuniões com os meus advogados, ainda vou pegar minha mala na Polícia Federal e depois vou para casa de um amigo pessoal de São Paulo. Chegarei na sexta em Salvador. Estou muito cansado, esta prisão me fez passar por constrangimentos, mas o tratamento na Polícia Federal foi muito respeitoso, não tenho o que reclamar.
Apesar de que quando fui preso não precisava da Polícia Federal derrubar a casa da minha chácara. Foi desnecessária a atitude e minha esposa poderia fornecer a chave”, ressaltou Luiz Caetano.

O advogado do prefeito, Augusto de Paula, afirmou ontem que Luiz Caetano deve, em sua opinião, entrar com uma ação contra a União devido a sua prisão, considerada por ele imprópria.

“O próprio ministro Gilmar Mendes (STF), que concedeu o habeas corpus, disse que não existia nada contra Caetano, nem em tese. A minha opinião é de que, depois desse processo todo, de provar que é inocente, o prefeito deve sim entrar com uma ação de indenização contra a União. Um prefeito que tem uma comissão para justamente apurar improbidades administrativas, encaminha quase 80 processos para ser apurados no mês, é preso sem qualquer provas e ainda algemado como chefe de quadrilha.

Cabe uma indenização pelo constrangimento”, desabafou o advogado, que também é coordenador da Comissão Especial de Resgate e Preservação da Probidade Administrativa da prefeitura de Camaçari.

ECONOMIAS PARA CONSTRUIR O SÍTIO

O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), explicou ontem que o dinheiro encontrado na sua casa pela Polícia Federal (R$ 142 mil e US$ 3 mil), eram suas economias pessoais. Ele disse que cultiva um hábito antigo de guardar dinheiro em casa, que a quantia era para construir um imóvel.

A informação sobre o dinheiro encontrado na casa de Luiz Caetano foi veiculada na edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo, em meio a matérias sobre as quantias encontradas com dois dos 46 presos na Operação Navalha.

A polícia também apreendeu R$ 730 mil, em dinheiro vivo, na casa de José Ribamar Hortegal, preso pela Operação Navalha. O valor foi encontrado no dia 17 de maio. A PF suspeita que o dinheiro vem de propina.

Hortegal é acusado de ter reajustado em 20% o valor de um contrato entre a empreiteira Gautama e o governo do Estado do Maranhão em troca de vantagem financeira. Além dos papéis encontrados na Gautama, a PF também apreendeu quase R$ 1 milhão com essas duas pessoas acusadas de serem ligadas ao esquema. (Por Raiane Verissimo)

 

Operação Navalha me convenceu: no Brasil, prisão é espetáculo teatral para TV e jornais que buscam sempre o escândalo do dia

Terra Magazine me convenceu. No Brasil, prisão é espetáculo teatral. O teatro é apresentado no palco da TV e dos jornais. Na matéria da revista eletrônica do Portal Terra, o advogado José Paulo Cavalcanti Filho critica a atuação da Polícia Federal na Operação Navalha. No caso da prisão e da invasão do sítio de Luiz Caetano, prefeito de Camaçari, em Arembepe, isso ficou mais evidente para mim. A mulher de Caetano, Luiza Maia, ofereceu as chaves da casa e das gavetas. A Polícia Federal não aceitou. A horda policial, munida de mandado judicial, precisava de um espetáculo teatral.

Na opinião do criminalista Alberto Toron, que integra o grupo de 12 advogados que assina um documento criticando o Judiciário e a Polícia Federal, o que está ocorrendo é um “escracho”. O que eles faziam antes com preto, pobre e puta estão fazendo contra qualquer um. O sistema democratizou o escracho. No Brasil, prisão não é o fim do processo. O julgamento público começa com a prisão, com a exposição escrachada na mídia, quando o cidadão tem que provar sua inocência, e não o contrário. Então, já é tarde demais.

LEIA ENTREVISTA DA TERRA MAGAZINE:

"No Brasil, prisão é espetáculo teatral"

"Prisão é o fim do processo, não o começo." É dessa forma que o advogado José Paulo Cavalcanti Filho critica a atuação da Polícia Federal nas últimas operações, como a mais recente Navalha. Para ele, isso é fruto também da busca da imprensa por "um escândalo por dia".

Cavalcanti afirma que, no Brasil, "prisão é espetáculo teatral", e isso se deve à busca desenfreada da imprensa por um escândalo a cada dia: "Por um período, vivemos com informações de menos. Agora temos informações demais".

O criminalista Alberto Toron, um dos membros do grupo que entregou um documento ao STF criticando as recentes decisões do Judiciário, afirmou ontem à Folha de S. Paulo que o que tem ocorrido é um "escracho": "O que se fazia, antes, contra preto, pobre e puta é feito com outros presos". José Paulo Cavalcanti concorda, e diz que falta método ao Judiciário brasileiro:

- Num país maduro, a pessoa é acusada, se defende e depois, se culpado, vai preso. Aqui, começa com o julgamento público e o cara tem de provar a inocência. E aí já é tarde demais, ele já foi massacrado.

AQUI A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA:

TERRA MAGAZINE - Qual a opinião do senhor com relação ao modo em que ocorreram as prisões pela Polícia Federal na Operação Navalha?

JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO - A história é um processo dialético. São contradições interligadas, vários matizes. O primeiro matiz é a imprensa. Por um período, vivemos com informações de menos. Agora temos informações demais. A imprensa perdeu todos os limites. A busca de um escândalo por dia, sem a qual os jornais não vivem mais, transforma a imprensa num objeto de estante. Com isso, as pessoas são marginais muito antes de ser julgadas.

TERRA MAGAZINE - E de que forma isso se reflete na atuação da polícia?

JOSÉ PAULO - Isso acontece com relação à imprensa, e ocorre também com relação à impunidade. As elites, especialmente as elites políticas, nunca eram punidas. E foi assim por muito tempo. Agora é a fase da punibilidade absoluta. Eles são presos sem investigação. A democracia que o país espera não é o que estamos vivendo. Falta informação madura, que respeite a integridade. Ninguém é contra que esse povo vá para a prisão, mas a pessoa precisa ser julgada. Prisão é o fim do processo, não o começo.

TERRA MAGAZINE - Documento assinado por 12 advogados criminalistas e entregue ontem ao STJ chama de "escracho" os métodos da PF. O senhor concorda?

JOSÉ PAULO - Sim. No imaginário coletivo, você tem o aplauso a esse tipo de prática. Isso é um horror. O país está se facistizando. Quando você tem invasão de rodovias, greve no serviço público e um monte de gente sofre por falta de atendimento... isso nunca foi punido.

TERRA MAGAZINE - Qual o caminho correto então?

JOSÉ PAULO - A presunção de inocência não pode ser esquecida. Num país maduro, a pessoa é acusada, se defende e depois, se culpado, vai preso. Aqui, começa com o julgamento público e o cara tem de provar a inocência. E aí já é tarde demais, ele já foi massacrado. Um empresário americano nunca é preso quando punido. Ele negocia com o juiz o dia em que começa a cumprir pena, o juiz dá seis meses para ele escolher um substituto e só depois ele é recluso. A prisão exerce função social e deve ser tratada com menos emoção. Aqui, o que acontece é espetáculo teatral.

 

Polícia Federal "questiona" dinheiro guardado em casa por Luiz Caetano

Está na manchete do jornal A Tarde (24). A Polícia Federal apreendeu R$ 142 mil que o prefeito Luiz Caetano guardava em casa. O policial que informou à jornalista Lenilde Pacheco não se identificou porque o processo “corre em segredo de Justiça”.

Não é bem isso não. A Polícia Federal precisa justificar o espetáculo teatral, mesmo que desrespeite a lei, e o jornal precisa apresentar o “mais novo escândalo do dia”. A Polícia Federal agora “questiona” a moeda nacional. Decretou que é ilegal guardar dinheiro em espécie em casa, no mínimo suspeito. Também não se pode comprar dólares para viajar.

O dinheiro confiscado no sítio é a poupança do casal, ele é prefeito de Camaçari, ela é vereadora e presidente da Câmara Municipal. Os dólares são sobras da viagem que Caetano fez a Barcelona.

Não sei mais onde guardar meus trocados. Estou com medo.

LEIA MATÉRIA DO JORNAL A TARDE ON LINE:

Na última quinta-feira, na casa do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT), policiais federais apreenderam R$ 142 mil, guardados em caixas de papelão, e quase US$ 3 mil. A equipe responsável pela apreensão questionou o fato de o prefeito Caetano guardar em casa tanto dinheiro. Em princípio, por uma razão: não é comum que a classe média brasileira mantenha em casa valores elevados. Quem tem quantia semelhante prefere deixá-la no banco por questões de segurança, comentou ontem fonte da Polícia Federal, com reserva do nome porque o inquérito corre em segredo de Justiça.

Aos policiais, o prefeito Caetano disse, durante a apreensão, que considerava mais “confiável“ ter o dinheiro em casa. Os reais e os dólares encontrados em Camaçari foram levados para a sede da Polícia Federal, em Brasília, onde prosseguem as investigações em busca de respostas para a seguinte pergunta: qual é a origem desse dinheiro?

Ao deflagrar a Operação Navalha, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 1 milhão com pessoas relacionadas ao esquema montado pela construtora Gautama. As investigações da PF indicam que estava na Bahia a origem do esquema de fraudes em licitações públicas. O Estado é a base de operações da construtora Gautama, citada como coordenadora do esquema.

23 de maio de 2007

 

Caetano, processe o Correio da Bahia!

Está mais do que na hora das forças democráticas da Bahia prestarem mais atenção ao jornal de Antônio Carlos Magalhães. Não para dar credibilidade ao que ele escreve, pois não tem nenhuma mesmo, mas para fazer valer o direito de respostas e os processos por calúnia e difamação. O Correio acusa como se não tivesse o mínimo compromisso com a verdade, como se achincalhar adversários não tivesse qualquer limite. A imprensa é livre, mas deve ser cobrada quando mente, inventa e alimenta denúncias vazias e baratas.

No episódio da prisão de Luiz Caetano, prefeito de Camaçari, o jornaleco da Paralela cumpriu novamente sua sina: não se limitou a citar o prefeito como suspeito. Acusou e julgou prontamente. Veja esse trecho da matéria publicada hoje (23/05/2007), sobre uma suposta ameaça à unica vereadora de oposição na cidade, durante seção da Câmara de Vereadores:

"(...)As investigações apontam que a quadrilha da qual o prefeito fazia parte pretendia desviar até recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)". (...)

Note-se que o texto não condiciona a relação do prefeito à suposta quadrilha. Afirma que ele fazia parte. Com isso, foi além das suspeitas, incriminou Caetano.

O mesmo panfleto já tinha feito na edição anterior um manchetão que faz lembrar aquela expressão "a montanha pariu um rato", ao dizer que o relatório do STJ destruía a defesa de Caetano. O mesmo relatório que foi considerado inócuo pelo ministro do STF, ao julgar o Habeas Corpus em favor do petista.

Corretíssima a decisão de Caetano de processar a União, mas ele deve também processar os meios de comunicação que expuseram sua imagem ao escárnio público. E não esquecer de processar o Correio da Bahia, não considere insignificante a baixaria dos seus jornalistas.

A impressão que se tem às vezes é que os redatores desse jornal têm uma espécie de "imunidade parlamentar" que lhes garante o direito de falar o que bem entendem, pois despejam suas injúrias e os agredidos nada fazem. Vamos acabar com isso, é preciso buscar na lei a reparação pelas calúnias, quem sabe o único caminho para calar de vez o jornalismo boca suja do coronel falido da Bahia.

 

Prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, já prestou depoimento e retorna para a Bahia sexta-feira às 11hs

O noticiário da mídia domesticada começa a mudar. A Folha On Line informa que a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon terminou de ouvir o depoimento de Everaldo José de Siqueira, subsecretário de obras de Camaçari (BA). Ela ainda deve tomar o depoimento hoje (23) de Iran César de Araújo Filho, secretário de obras de Camaçari (BA). Ambos serão liberados.

O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, libertado por força de habeas corpus na noite de terça-feira (22), prestou depoimento logo após ser liberado. O prefeito vai descansar e sexta-feira, às 11hs, desembarca no Aeroporto de Salvador.

Dos 48 presos pela Operação Navalha, 27 já foram libertados até esta tarde (23). Certa mídia fascista fica fazendo sensacionalismo barato com a soltura dos presos. A mídia, para ganhar leitores com “manchetes indignadas” sugere que a libertação dos suspeitos é errada. A Folha de S. Paulo puxa do carro dos imbecis. Jornalistas, editores, donos de jornais e de TV querem desconhecer que estamos num Estado de Direito. A lei não permite que o Estado mantenha presos cidadãos que não foram condenados pela Justiça. Seria pura ditadura.

 

Prefeito de Camaçari prepara ação contra União por perdas e danos

Passado o desgaste momentâneo causado pela arbitrária prisão na Operação Navalha, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, libertado por força de habeas corpus, anuncia que seus advogados estão preparando uma ação por perdas e danos contra a União. Por União leia-se Polícia federal, que prendeu o prefeito ilegalmente, Superior Tribunal de Justiça (STJ) que mandou prender e Controladoria-Geral da União, por passar informações genéricas e incompletas para a Polícia Federal. Foi um círculo vicioso de desinformações. Agora, é a vez da União pagar, pela incompetência das autoridades constituídas.

Com a Polícia Federal e o Poder Judiciário que temos não há Operação Mãos Limpas que dê certo por muito tempo. O que não se esperava era a CGU trabalhar tão mal. Ainda bem que temos um Supremo Tribunal Federal que está garantindo, embora com certo atraso, os direitos dos cidadãos. Ao contrário do que pensa a oposição, Luiz Caetano vai sair fortalecido politicamente deste embrulho.

A mídia, como sempre, está lentamente caindo na real. Jornalistas e editores repetem na maior cara-de-pau as “informações” da Polícia Federal. Luiz Caetano deveria processar também todo jornal e TV que afirmar que ele está envolvido com quadrilha de qualquer coisa.

LEIA MATÉRIA DA AGÊNCIA ESTADO

Prefeito de Camaçari prepara ação contra União

Fonte: Agencia Estado

A equipe de governo do prefeitura de Camaçari (BA), na região metropolitana de Salvador, comemorou o despacho do ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Federal (STF), que concedeu o habeas-corpus, ontem à noite, ao administrador do município, Luiz Carlos Caetano (PT) - preso na quinta-feira, pela Polícia Federal, acusado de participar do esquema de fraudes em licitações investigado na Operação Navalha. Segundo seu advogado, o prefeito prepara uma ação de perdas e danos contra a União.

"O documento mostra o quanto a prisão foi arbitrária", interpreta o advogado Augusto de Paula, coordenador da Comissão Especial de Resgate e Preservação da Probidade Administrativa da Prefeitura de Camaçari.

De Paula chama a atenção para o trecho final da medida cautelar, onde o ministro do STF ressalta que "salvo melhor juízo quanto ao mérito, Luiz Carlos Caetano teve contra si ato judicial que não indicou fatos concretos que, ao menos em tese, associam-se ao investigado e que justificariam a prisão preventiva".

"A prisão foi irresponsável, ainda mais em se considerando toda a mídia que acompanhou o caso", acusa o advogado. "Parece um prazer mórbido da Polícia Federal expor os investigados, mesmo que não sejam encontradas provas contra eles."

Por isso, conclui De Paula, Caetano, agora, prepara uma ação de perdas e danos contra a União. O prefeito de Camaçari, de acordo com o advogado, fica em Brasília até sexta-feira, preparando sua defesa do caso da Operação Navalha e o processo que pretende mover. "Quando ele chegar aqui, vai ser recepcionado com uma grande festa", promete Augusto de Paula.

 

Em liberdade, prefeito Luiz Caetano de Camaçari volta sexta-feira

O prefeito Luiz Caetano, de Camaçari, prestou depoimento logo após ser libertado por força de habeas corpus, na noite de terça-feira (22)O prefeito prestou depoimento à ministra baiana Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eliana Calmon preside os inquéritos da Operação Navalha. O habeas corpus foi concedido aos procuradores do município, que estão na capital federal desde a última quinta-feira representando o prefeito. Ponto para o advogado Maurício Vasconcelos.

OPERAÇÃO NAVALHA DEGOLA MINISTRO SILAS RONDEAU

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, pediu demissão na noite desta terça-feira (22), em caráter irrevogável. O pedido foi aceito por Lula. A demissão foi motivada pelas denúncias de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro público desmantelado pela Operação Furacão. Assume interinamento o cargo o secretário executivo do ministério, Nelson Hubner.

LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA

"Excelentíssimo senhor presidente da República,

Como é do conhecimento de vossa excelência, estou sendo submetido a um processo que me causou dano pessoal irreparável. A investigação da Polícia Federal em curso perante o Superior Tribunal de Justiça não envolve a minha pessoa, até porque, como ministro de Estado, eu seria objeto de investigação do Supremo Tribunal Federal.

A situação em si se caracteriza por descabidas e injustas inverdades que impõem a mim, neste momento, dedicar-me inteiramente a defender a minha honra e a minha história de vida, jamais questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao País para o desenvolvimento do setor elétrico. Servi ao governo de vossa excelência com a máxima lealdade e correção, seja na presidência de empresas estatais do setor elétrico, seja como ministro de Estado.

A vossa excelência sempre serei grato pela confiança e pela oportunidade de trabalhar pela grandeza de nosso País. Todavia, a injustiça que recaiu sobre a minha pessoa leva-me a solicitar a vossa excelência minha exoneração a fim de melhor proteger e minha pessoa, minha família, minha honra, minha história e permitir ao governo que siga com todas as energias voltada pra o crescimento do País, a implementação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o desenvolvimento do setor energético.

Eu afirmo a vossa excelência minha total inocência e renovo meus desejos de pelo sucesso na condução do destino do Brasil".

 

Navalha tem lista com mais 20 suspeitos

A Polícia Federal tem uma nova lista de acusados de envolvimento com a quadrilha que desviava dinheiro público através de obras superfaturadas. A relação foi enviada à Procuradoria-Geral da República na noite de terça-feira (22)e tem os nomes de 20 pessoas com foro privilegiado. Cem deputados e seis senadores já assinaram o requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar as denúncias apresentadas.

CPI não leva a nada. Os deputados perderam completamente a vergonha!

 

A Súmula do ministro Gilmar Mendes que libertou Caetano

O minucioso relatório de 20 páginas do ministro do STF, Gilmar Mendes, revela as bases da decisão da juíza Eliana Calmon que justificou a prisão de Caetano. Está tudo lá e serve para fugir das conversas inviesadas e do "ouvir dizer". Vale a pena ler. Vale mais ainda pela decisão inequívoca do ministro, que não viu base jurídica alguma que justificasse o cerceamento da liberdade do prefeito de Camaçari, com base nas provas apresentadas nos autos e ainda apontou flagrante agressão aos direitos constituicionais:

"Não é possível conceber como compatível com a garantia constitucional da presunção de inocência qualquer imputação provisória de cumprimento da pena que não esteja devidamente fundamentada. Nesse ponto, para se autorizar a prisão cautelar de qualquer cidadão (CPP, art. 312), é necessário que o juízo competente indique e especifique, de modo minudenciado, elementos concretos que confiram base empírica para legitimar e fundamentar essa medida excepcional de constrição da liberdade".

Ou seja, prisão arbitrária e ilegal!

Clique aqui e leia o texto completo (formato PDF)

22 de maio de 2007

 

STF desmascara justificativa para prisão de Caetano.

O prefeito de Camaçari, Luis Caetano, teve pedido de Habeas Corpus aceito pelo ministro Gilmar Mendes, no final da noite desta terça-feira (22). A decisão do STF confirma as suspeitas deste Blog, da imprensa sadia e da grande maioria da população de Camaçari: a prisão de Caetano não passou de uma grande armação com propósitos que ainda serão revelados.

A motivação que levou a ministra Eliana Calmon a jogar o prefeito de Camaçari entre os "corrompidos" pela Gautama teria sido uma conversa gravada pela Polícia Federal em que funcionários da prefeitura negociavam contratos de obras que beneficiariam a empreiteira. No meio da conversa, citam o nome de Caetano. O Correio da Bahia fez estardalhaço dessas conversas na edição de hoje em sua primeira página. E o fato, qual é?

O ministro Gilmar Mendes foi taxativo em sua decisão em favor de Caetano. "um elemento que me parece decisivo corresponde ao fato de que tais menções não imputam necessariamente a prática de atos delituosos à pessoa do Prefeito", ponderou o ministro, que conclui: Caetano "teve contra si ato judicial que não indicou fatos concretos que, ao menos em tese, associam-se ao investigado e que justificariam a prisão preventiva nos termos do art. 312 do CPP".

Leia a decisão publicada no site do STF (clique aqui) e confirme voce mesmo: Caetano não tem nada a ver com as irregularidades da Gautama e a sua prisão foi arbitrária, ilegal e com propósitos excusos. O Povo de Camaçari apostou na inocência do seu líder e venceu. As raposas sedentas derrotas por Caetano vão se recolher às suas tocas. Agora é preparar a festa para a volta do prefeito!

 

Cada qual faz a leitura mais conveniente da Operação Navalha

Cada qual escreve em seu blog, jornal ou panfleto o que mais lhe convém. Está uma bagunça. O jornalista Cláudio Humberto, famoso pelo método do “bateu, levou” como assessor de imprensa de Collor, registra hoje (22) duas notas sobre Camaçari:

1) A primeira informa que “Prefeitura usa site para defender Caetano”. O que ele quer? Que a prefeitura use o site para combater Caetano? A prefeitura de Camaçari segue informando seu público. Aliás, um dos exemplos citados pelo Cláudio Humberto, o artigo “E se Caetano for inocente? Como fica a PF? Como fica a ministra do STJ?” não é da lavra dos assessores, foi transcrito do blog BAHIA DE FATO, este que lhes informa. O site cita a fonte. É uma opinião. E a prefeitura pode usar como quiser. No site há outro post do blog BAHIA DE FATO: “Prisão de Luiz Caetano de Camaçari é escandalosamente ilegal e abusiva”. É um comentário sobre notícia da Agência Brasil.

2) Uma segunda nota afirma “Relatório desmonta álibi de prefeito baiano”. Errou de novo. A prefeitura não tem mesmo contrato com a empreiteira Gautama. O relatório da Polícia Federal é muito mal feito, mas relata que a verba de R$ 11,5 milhões é do Ministério das Cidades. A Gautama se entendeu diretamente com o Ministério e a verba seria repassada pela CEF. Mas nada foi repassado. Nem mesmo a parcela de R$ 1,95 milhão. Foi bloqueada. O prefeito se envolveu porque o projeto para construção de casas populares era para Camaçari. Não é crime prefeito trabalhar para obras em seu município. Quanto à idiotice do camarote do Carnaval, onde Caetano nunca esteve, não dá nem para comentar. Pois é. Cada qual escreve o que quer em seu blog.

Seguem as duas notas do Claudiohumberto.com.br

Prefeitura usa site para defender Caetano

A seção de notícias do site da prefeitura de Camaçari (www.camacari.ba.gov.br) foi transformada em espaço para a defesa do prefeito Luiz Carlos Caetano, preso desde quinta na Polícia Federal. Matérias como "Ação da PF vai comprovar a honestidade do prefeito Caetano", "E se Caetano for inocente? Como fica a PF?" ou "Deputado federal e presidente do PT convictos da honestidade de Caetano" podem ser lidas no portal, que mais parece uma peça de defesa montada pelo advogado do acusado.


Relatório desmonta álibi de prefeito baiano

Ao contrário do que alegou a Prefeitura de Camaçari, houve sim contato com a Gautama na gestão do atual prefeito Luiz Caetano. É o que mostra o relatório da ministra Eliana Calmon, que cita o relato do Ministério Público Federal de que, em 16 de junho de 2006, um contrato para repasse de R$ 11,5 milhões foi assinado com o Ministério das Cidades. O advogado do prefeito havia declarado que o único contrato com a construtora datava de 1999, e que fora cancelado pelo prefeito Caetano ao assumir. O prefeito teria recebido, como recompensa, uma viagem a Salvador, com convite para o camarote da Gautama no carnaval.

 

Vira essa navalha pra lá

Conversas telefônicas interceptadas pela Operação Navalha revelam pagamento de R$ 20 mil ao deputado federal Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães.

Lembram-se dele? Paulo Magalhães é aquele deputado que está na LISTA DE FURNAS, onde consta ter recebido R$ 250.000,00.

Em 2006, quando o blog de Helena Sthephanovits - Os Amigos do Presidente Lula - fez a denúncia, o deputado foi à tribuna da Câmara e disparou sua metralhadora contra Lula, contra o PT e contra “ Um blog que não merece respeito - www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com (...) São os amigos do Presidente Lula que querem desmoralizar esta Nação”, dizia ele.

É bom lembrar que, o deputado e sobrinho de ACM, disse que se fosse provado que a LISTA DE FURNAS era verdadeira, ele renunciaria. A LISTA DE FURNAS ERA VERDADEIRA, conforme documentos analisados pela Polícia Federal.

O deputado Paulo Magalhães não só não renunciou, como voltou a roubar os cofres públicos. Dessa vez, junto com a Gautama. O senador Antonio Carlos Magalhães ao saber do envolvimento do sobrinho disse: - “ R$ 20 mil é muito barato”.


LEIA TRECHO DO DISCURSO DE PAULO MAGALHÃES PRONUNCIADO EM JANEIRO DE 2006:

“O povo brasileiro não agüenta mais! E nós, Deputados que HONRAMOS nosso mandato, temos a obrigação de assumir e interpelar esses desqualificados, que tentam, mas não vão conseguir, macular a imagem dos que se respeitam.

Eu, por exemplo, Sr. Presidente, sinto-me à vontade para dizer, alto e bom som, que renuncio a meu mandato se encontrarem alguma vinculação minha com Furnas ou qualquer um dos seus fornecedores. Atentem bem: ao contrário deles, que roubaram, junto com Valério, Delúbio e Silvinho, ficam pedindo clemência para não serem cassados - todos metidos na roubalheira.

Ao contrário deles, renuncio ao meu mandato se encontrarem alguma prova, ou até indício de prova, de ligação minha com Furnas ou com qualquer um desses que recebem recursos daquela instituição.

É assim que temos de proceder, Sr. Presidente. Esta Casa está obrigada a nos defender. Vou assumir e interpelar, inclusive, um desqualificado Deputado baiano, escritor frustrado, que atende pelo cognome de Emili, assim como os responsáveis pelo blog www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.

São os amigos do Presidente Lula que querem desmoralizar esta Nação, porque este Governo, com essa base, está desmoralizado. Esses petistas estão todos desmoralizados porque roubaram a consciência e o dinheiro do povo brasileiro.

NOTA DO BLOG – O deputado e escritor baiano, deputado “Emili” a quem o deputado federal Paulo Magalhães se referiu com o nome incompleto, era o então deputado estadual Emiliano José (PT), escritor, autor de oito livros, entre eles “Lamarca, O Capitão da Guerrilha” (em parceria com o redator deste blog), “Marighela, O Inimigo Número Um da Ditadura” e As Asas Invisíveis do Padre Renzo. Este último traduzido em italiano.

O BLOG "OS AMIGOS DO PRESIDENTE LULA" CONTINUOU A FAZER SUCESSO NA INTERNET, EMILIANO JOSÉ CONTINUOU A ESCREVER, PAULO MAGALHÃES CONTINUOU A ROUBAR. NADA MUDA NESTE BRASIL.

 

A Gautama não recebeu nada por obras em Camaçari

A reportagem do correspondente do jornal A Tarde em Brasília, Umberto de Campos, tenta incriminar o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. O título da matéria é "Camaçari era o que menos importava".

A matéria revela que a Gautama estava conseguindo aprovar um projeto no Ministério das Cidades para construção de casas populares em Camaçari. O valor do projeto era de R$ 11,5 milhões, dos quais R$ 9,5 milhões viriam do Governo Federal, através da CEF, e R$ 1,75 milhão viria da própria prefeitura. A história falha quando a Prefeitura de Camaçari prova que não tem contrato com a Gautama.

A reportagem acaba inocentando Luiz Caetano. É que a Gautama sequer pegou na tal parcela de R$ 1,95 milhão, que foi bloqueada na CEF.

Se é isso que a Polícia Federal tem contra Luiz Caetano não tem nada, porque não é crime um prefeito lutar por obras em sua cidade. E se a Gautama não recebeu nada, onde está o "crime"?

Talvez pela inconsistência das investigações é que a Polícia Federal tenha partido para vazar as informações exóticas, do tipo camarote, passagens aéreas, hospedagens e outras bobagens insustentáveis.

Grande palhaçada.

Liberdade para Caetano!

 

Começam a aparecer as obras da Gautama na Bahia

O jornal A Tarde (22), com muita competência, identificou a obra que a empreiteira Gautama construiu em 1996 para a prefeitura de Nazaré das Farinhas. É um hospital que nunca foi utilizado como hospital.

SUGESTÃO DE PAUTA:

Falta ainda identificar a obra da Gautama na prefeitura de Ilhéus.

Também falta contar a história da reurbanização da Orla de Salvador e a modernização da Praça Nossa Senhora da Luz, a praça da Pituba, na gestão de Antônio Imbassahy, à época filiado ao PFL.

E, claro, a imprensa precisa recuperar a história da Gautama junto à CONESC na construção de escolas, nos governos Paulo Souto e César Borges.

E não se esqueçam da BR que liga a Rio-Bahia a Lençóis. Obra cara.

É preciso ir fundo na reportagem, já que a Polícia Federal decidiu ignorar as informações do site da Gautama. Estava tudo lá.

 

Luiz Caetano será ouvido e pode voltar hoje para casa

O prefeito Luiz Caetano, de Camaçari, será ouvido hoje (22) pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como todos que prestaram depoimento ontem (21) foram libertados, aumenta a possibilidade do prefeito de Camaçari voltar hoje para casa. Será recebido por uma multidão no Aeroporto de Salvador, equivocadamente batizado de Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães (ALEM). Do aeroporto será conduzido em carreata para Camaçari onde a população traumatizada com o vandalismo da Polícia Federal o espera nas ruas.

LEIA MATÉRIA DA AGÊNCIA BRASIL:

Justiça ouve mais 12 presos da Operação Navalha

Mais 12 acusados da Operação Navalha prestam depoimento nesta terça-feira, dia 22, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Neste momento, a ministra Eliana Calmon ouve o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB) Roberto Guimarães. Ele é um dos que conseguiram habeas corpus e está em liberdade desde o fim de semana. Guimarães chegou ao STJ pouco antes das 8h.

Estão previstos ainda outros cinco depoimentos para a manhã de hoje: o do secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeilson Teixeira Bezerra; do subsecretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Denisson de Luna Tenório; do representante do governo de Alagoas em Brasília, Enéas de Alencastro Neto, do diretor de Obras da Secretaria de Infra-Estrutura de Alagoas, José Vieira Crispin; e do diretor do Detran de Alagoas, Márcio Fidelson Menezes.

À tarde serão ouvidas mais seis pessoas: o chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia, Ivo Almeida Costa; o servidor do Ministério de Minas e Energia, Sérgio Luiz Pompeu Sá; o presidente da Companhia Energética do Piauí, Jorge Targa Juni; o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano; o assessor do secretário de Infra-Estrutura de Camaçari (BA), Edílio Pereira Neto; e o empresário José Edson Vasconcelos Fontenele.

Ontem (21), a ministra livrou da prisão todas as pessoas que prestaram depoimento. A expectativa é de que os depoentes de hoje também sejam soltos depois de prestar esclarecimentos. Entre os que tiveram o relaxamento da prisão estão o filho do governador de Sergipe, João Alves Neto, o prefeito de Sinop (MT), Nilson Aparecido Leitão, e o superintendente de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal, Flávio José Pin.

O depoimento do deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF) estava previsto para a manhã de hoje, mas a ministra Eliana Calmon decidiu aguardar decisão da Câmara Distrital, que vota hoje o relaxamento da prisão do deputado. O chefe de gabinete dele, Adão Pirajara Amador Farias, foi preso ontem acusado de destruição de provas. Ele foi preso em flagrante tentando queimar documentos na churrasqueira de sua casa.

 

Deputados já não têm credibilidade para propor nenhuma CPI

Dois deputados federais de partidos suspeitos de envolvimento com a máfia das licitações, chefiada pela empreiteira Gautama, estão propondo a criação de uma CPI para “aprofundar” as investigações da Polícia Federal. Os deputados Augusto Carvalho, do PPS, e Júlio Delgado, do PSB, estão começando a colher assinaturas. Estão querendo aparecer. Tudo virou um circo midiático depois da CPI do Apagão, da CPI dos Mensaleiros, da CPI do Fim-do-Mundo, da CPI das Ambulâncias, da CPI dos Bingos. Tem gente que não se manca mesmo.

 

Governador da Bahia afirma que Luiz caetano está sendo injustiçado e critica Polícia Federal

Definitivamente, o jornal Tribuna da Bahia decidiu se rebelar contra o noticiário domesticado da mídia nacional. Hoje, terça-feira, 22, deu destaque às declarações do governador da Bahia, Jaques Wagner que admitiu: andou mesmo na lancha da Gautama, mas não sabia que de quem era; e mais: o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, está sendo injustiçado, sequer há sinais de riqueza; e, finalmente, criticou os abusos da Polícia Federal ao invadir a residência do prefeito.

LEIA A MATÉRIA DA TRIBUNA DA BAHIA:

Prefeito Caetano está sendo injustiçado

O governador Wagner também saiu na defensiva do prefeito de Camaçari, o petista Luiz Caetano, preso na semana passada durante a Operação Navalha, acusado de beneficiar a empresa em contratos no município.

“O fato de ele ser meu amigo, eu considero que está sendo injustiçado. É do meu conhecimento que não há nenhuma obra sendo tocada por essa empresa lá (em Camaçari) e ele já está há dois anos no governo. Então, se tivesse alguma promessa, já era pra ter sido realizada. Eu conheço Caetano, sei o que ele tem de patrimônio, é só ver a casa onde ele foi abordado. É uma casa que se alguém tem dinheiro, seguramente não teria se mantido lá. Eu até acho que ele é um cara totalmente desprovido desse tipo de interesse, mora numa casa simples em Camaçari”.

Jaques Wagner também fez questão de desmentir a acusação da revista Veja, desta semana, de que o prefeito Luiz Caetano funcionou como “seu caixa informal de campanha”.

“Eles tentaram inventar uma história que o Luiz Caetano trabalhava como arrecadador da minha campanha, isso não é verdade. Ele era prefeito quando fiz minha campanha, em hipótese nenhuma teve qualquer tipo do papel na organização da campanha, a não ser participar da campanha como outros participaram, inclusive, outros prefeitos”, argumentou o petista, complementando de que a ação da Polícia Federal na casa de Caetano teria sido desnecessária:

“não precisava ter derrubado a casa dele, eu acho desnecessária. Ele não ofereceu resistência, não tinha arma na casa dele, e eu sei que a esposa dele ofereceu a chave do quarto para entrar. Portanto, 5h30 da manhã, na casa de um prefeito, que não é nenhum marginal, independente da investigação que tem que ser feita, eu sinceramente acho um exagero”.

 

Deputados criticam vandalismo da Polícia Federal na casa de Luiz Caetano

Na primeira sessão plenária após a “Operação Navalha”, deputados governistas atacaram duramente a ação desastrada, truculenta e autoritária da Polícia Federal na residência do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.
Os deputados do governo ressaltaram a falta de acusações concretas e objetivas contra o prefeito e questionaram os métodos usados pelos policiais na prisão de Luiz Caetano, que, além de sair algemado, teve sua casa revirada na procura por supostas provas.

O líder do governo, Waldenor Pereira (PT), com base em documentos, disse que o prefeito Luiz Caetano “não tem nenhuma relação comercial” com a empreiteira Gautama e “não pagou um centavo” à empresa, que venceu uma licitação para obras no município ainda na gestão do ex-prefeito José Tude, no ano de 1999.

“Quando Caetano assumiu”, explicou, “não concordou com a licitação, embora tenha sido feita legalmente, e, por cuidado, fez nova licitação. Mas a Gautama, inconformada, foi à Justiça e conseguiu liminar para suspender o processo”.

Waldenor criticou “o comportamento truculento” da Polícia Federal e manifestou solidariedade ao prefeito, revelando sua expectativa de que ele seja solto, “pois seus advogados já apresentaram habeas corpus”.

Os deputados estranharam que até a tarde de ontem (21) não tenham sido divulgadas com toda clareza as acusações contra o prefeito Caetano, que teria sido preso por “fraudar licitações”.

 

Wagner admite uso de lancha, mas ignorava que era da Gautama

Fonte: Tribuna da Bahia

O governador Jaques Wagner confirmou, ontem, pela manhã, que a lancha usada em novembro do ano passado para um passeio com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, era realmente do empresário Zuleido Soares Veras, dono da Gautama. No entanto, Wagner disse que desconhecia a procedência da lancha e acusa os adversários políticos de tentar dar uma maior dimensão no caso do que, segundo ele, merece.

O governador petista afirmou ainda que estes mesmos adversários deveriam estar mais preocupados com as obras feitas pela Gautama, inclusive, em Salvador, em administrações passadas. Mas o que eu queria comentar é que possa ser que a alegria de alguns dure pouco, porque algumas obras da capital foram feitas por essa empresa, seguramente, não foi no tempo dos governos dos meus aliados”, rebateu o governador durante a abertura do “Fórum de Investimento e Cooperação Empresarial Hispano-Brasileiro”, que acontece até hoje no Hotel Pestana.

Jaques Wagner também afirmou que o contrato que consta em Camaçari “não foi utilizado pelo prefeito Luiz Caetano e pelo que eu sei é de 1980 a 1999, ou seja, na época quem era prefeito não era a turma do PT, eram outros”.

“Então, é por isso que eu estou falando, eu andei na lei e pronto. Esse é o fato, versão cada um constrói a que quiser. Eu quero que a versão seja alastrada em fatos. Qual foi o favorecimento que essa empresa teve em qualquer das ligações políticas que eu tenho? É esse questionamento que tem que ser feito. Eu acho que logo, logo tem muita coisa aparecendo por aí”, comentou o petista em alusão de que a Polícia Federal também pode estar investigando outras ações da Gautama no Estado.

Segundo Wagner, a lancha foi conseguida pelo seu amigo Guilherme Sodré, pai do filho de sua esposa, a primeira-dama, Fátima Mendonça.

“Eu nem sabia que era verdade que a lancha era dele (Zuleido Veras). A ministra Dilma Rousseff veio aqui, no final do ano passado, para me ajudar na questão da transição e eu tinha prometido a ela que iríamos passear. Como eu não tenho lancha, pedi a meu amigo Guilherme, que é o pai do filho de Fátima e de quem sou amigo há 20 anos. O Guilherme disse que iria alugar uma lancha e no final não foi alugada, pois ontem, quando cheguei da Argentina, fui saber dele e ele me disse que pediu emprestada para um amigo. Infelizmente, esse amigo era o tal cidadão”, explicou.

O governador confirmou ainda que sabia quem era o dono da Gautama, mas nunca teve intimidade com o empresário.

“Já o conheci antes. Já o vi em avião, já o encontrei no parlamento, ele é uma pessoa que circula, mas não tenho nenhuma intimidade com ele”. Entretanto, Jaques Wagner reafirmou que mesmo tendo usado a lancha do empresário, não há sequer algum envolvimento nos negócios da Gautama.

“O que eu acho que deve ser pesquisado é o seguinte: é dada uma lancha, eu não tenho lancha, tudo bem, alguém pode levantar uma suspeita porque o cidadão está sendo investigado. Então, o que eu acho que deve ser investigado qual é o benefício, porque em tese é a relação de benefício. Eu estou no governo há cinco meses e não tem nenhum negócio desse senhor com o governo do Estado”. Jaques Wagner disse estar impressionado porque um passeio de lancha que aconteceu em novembro do ano passado foi relembrado agora.

Para ele, os adversários políticos estariam tentando prejudicá-lo, mas a realidade dos fatos comprova que ele não tem nenhuma ligação com Zuleido Veras.
“Eu passei um ano e pouco ao lado do presidente Lula no maior bombardeio e na posição que estou, pela importância política que estou passando, evidentemente qualquer coisa eles tentam usar. Fico até impressionado porque esse passeio foi em 25 ou 26 de novembro. O que eu acho estranho é que depois de meses estão tentando dar uma dimensão maior”. (Por Raiane Verissimo)

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