9 de abril de 2011

 

Relatório da PF comprova caixa dois de Dantas, e não comprova o tal mensalão. Como vai ficar a mídia?

Documento divulgado pela revista Carta Capital aponta que não há elementos para assegurar a existência de pagamento de mesada a deputados e senadores

Relatório da Polícia Federal comprova desvio de recursos por parte do empresário Daniel Dantas no episódio do valerioduto, mas não chega a qualquer conclusão sobre o mensalão.

Reportagem da revista Carta Capital desta semana desmonta as hipóteses levantadas pela semanal revista Época e por jornais ao longo dos últimos dias a respeito do pagamento de mesadas a deputados e senadores da base do governo Lula.

O documento do delegado Luiz Flávio Zampronha, divulgado pela revista na internet, é expresso em afirmar: “não podendo a presente investigação, de forma alguma, apresentar inferências quanto ao esquema de compra de apoio político de parlamentares”.

A reportagem de Leandro Fortes lembra ainda que, diferentemente do que tem dito parte da mídia, não se trata do “relatório final do mensalão”, muito menos de investigação preliminar a respeito, já que o foco da apuração de Zampronha são os esquemas operados pelo empresário Marcos Valério.

Valério, indica a matéria, atuava como intermediário do Banco Opportunity, do bilionário Dantas, com os partidos políticos. Entre 1999 e 2005, o banqueiro irrigou o caixa do empresário com R$ 164 milhões, segundo foi possível rastrear até o momento, por meio de um sofisticado esquema de caixa dois.

A reportagem de Carta Capital revela ainda que as Organizações Globo, responsáveis pela Época, foram beneficiárias de uma das maiores empresas do valerioduto, tendo emitido notas fiscais que suscitam suspeitas em Zampronha.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Comissão da Verdade – resgate político, memória de uma geração

Por Jorge Pimenta e Nimário Miranda

A Presidenta Dilma Roussef, que foi torturada durante o regime militar no Brasil (1964-1985), disse, em evento realizado recentemente no Rio Grande do Sul, que "a memória é uma arma humana para impedir a repetição da barbárie".

A criação de uma comissão especial para investigar casos de tortura e desaparecimentos ocorridos durante a ditadura militar é, para a consciência crítica desse país de que, o resgate da luta de uma geração.

Para a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, "devemos dar seguimento ao processo de reconhecimento da responsabilidade do Estado por graves violações de Direitos Humanos, com vistas à sua não repetição, [...], de forma a caracterizar uma consistente virada de página sobre esse momento da história do país". Essa é uma bandeira republicana, civilizatória, reconciliadora e simbólica da construção de novos tempos em nossa cidadania.

É importante afirmar que o estado brasileiro já implantou, recentemente, duas comissões da verdade, que vem resgatando a confiança pública: a de Mortos e Desaparecidos, constituída há 15 anos; e a da Anistia, criada há 10 anos, portanto não se está propondo criar uma coisa nova e desconhecida. 

Também internacionalmente a proposição de Comissão da Verdade - como foi a experiência da Espanha, Portugal, Chile, Argentina - significou a possibilidade do reconhecimento não só da memória daqueles que lutaram contra o arbítrio de governos ditatoriais e fascistas, mas também a possibilidade de pacificação da sociedade, de dar uma resposta do Estado às famílias enlutadas, que podem enterrar seus mortos e venerá-los conforme os mais dignos sentimentos simbólicos dos seres humanos.

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Depoimentos de ex-presos políticos na novela “Amor e Revolução” do SBT são estarrecedores

‘Amor e Revolução’ instalará a Comissão da Verdade. Este é o título do comentário do blogueiro Eduardo Guimarães, em seu Blog da Cidadania. Ele afirma que uma horda organizada invade a Internet espalhando que a novela “Amor e Revolução”, do SBT, está sendo um fracasso de público. São prematuras as notícias da “morte” da novela. Os depoimentos dos ex-presos políticos são estarrecedores, tétricos, e para a classe média que está subindo pode representar uma grande novidade. Dois depoimentos já foram ao ar: o de Maria Amélia de Almeida Teles e Jarbas Medeiros. É grande o espaço que a novela tem para crescer. Sílvio Santos demorou décadas para apresentar alguma coisa que prestasse.

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Amor e Revolução instalará a Comissão da Verdade
Autor: Eduardo Guimarães

Há uma horda organizada invadindo blogs e sites a fim de espalhar uma invenção sobre a nova – e explosiva – novela do SBT, Amor e Revolução: teria “fracassado” no primeiro capítulo (!) porque a audiência da emissora durante a sua exibição permaneceu onde sempre esteve naquele horário (22:15 hs.), no terceiro lugar (7 pontos no Ibope), atrás de Globo (20 pontos) e Record (12 pontos).

Suspeito de que as notícias sobre a “morte” da novela são prematuras. Pelos subjetivismo do blogueiro – que, entretanto, contém um simbolismo impossível de ignorar –, essa novela tem um espaço imenso para crescer. No dia seguinte ao primeiro capítulo (ontem), ouvi comentários no restaurante por quilo, de vizinhos do meu escritório e da residência e até de pessoas com quem conversei por telefone.

Mais do que a trama em si, os depoimentos verdadeiros de ex-presos políticos que a novela apresenta ao final de cada capítulo são estarrecedores, tétricos e, para a classe social a que estão chegando, constituem novidade jamais sonhada devido a que a grande mídia sempre impediu que os estratos mais baixos da pirâmide social tivessem contato com tais fatos.

Ao fim do primeiro capítulo, o relato pungente de Maria Amélia de Almeida Teles certamente estarreceu e chocou o público dos cerca de 400 mil aparelhos de TV que sintonizaram a novela. Ela relatou, com detalhes, as partes de seu corpo que sofreram choques elétricos e outras sevícias e, o que foi mais chocante, o que os militares fizeram com seus filhos, então meras crianças.

No segundo capítulo, outro preso político famoso faz um relato ainda mais doloroso, espantoso, de fazer o sangue congelar nas veias. Jarbas Marques relata torturas ainda mais hediondas que reproduzir não posso e não devo, até porque não é preciso. O importante é que relatou com uma emoção que ator nenhum conseguiria encenar.

A novela, portanto, tem possibilidades de crescer e espalhar fatos que as classes C e D, público preferencial do SBT, jamais souberam. E não é pouca gente. Estamos falando de alguma coisa próxima a 2 milhões de pessoas que devem ter assistido esses dois capítulos, ou mais de um por cento da população brasileira. Pode parecer pouco, mas, estatisticamente, não é.

Outro fato importante a considerar: à diferença da programação em geral do SBT, Amor e Revolução está atraindo um público AAA, composto por políticos, jornalistas, acadêmicos em geral, estudantes e, sobretudo, pelos próprios militares da ativa e da reserva, os quais vinham manifestando preocupação com a explosão da verdade que a novela de Sílvio Santos detonará.

O boca a boca e o grande debate que o tema levantará na internet e entre a classe política têm potencial de carrear público e audiência para o SBT. A grande mídia está calada sobre o assunto. Sabe que, se começar a malhar a novela, atrairá curiosidade para o que não quer que o Brasil veja. Mas pode enveredar por esse caminho caso a audiência aumente.

O fato é que todos os que viram alguma mera cena da novela – e também os que não viram – e que integram a maioria de cidadãos decentes que povoa este país têm obrigação de estimular a tantos quantos possam para que não deixem de acompanhar Amor e Revolução, que pode vir a se converter no documento histórico mais importante sobre a ditadura feito até hoje.

Silvio Santos demorou décadas para fazer alguma coisa que prestasse com a sua fortuna imensa – amealhada, vez por outra, através de métodos pouco ortodoxos. Mas, quando fez, não deixou por menos. Seja lá por que razão for, ajudará o Brasil a fazer o que é preciso para que o horror que a novela mostra nunca mais aconteça: forçar a que Comissão da Verdade seja instalada.

Fonte: Blog da Cidadania

 

Confirmado. Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação será lançada dia 19 de abril

Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão? Ops, então não existe liberdade de imprensa no Brasil? Embora algumas poucas famílias proprietárias de meios de comunicação achem que existe, embora sob ameaça constante de “inimigos” da democracia, muitos outros, não-proprietários, acham que a limitada liberdade de expressão existente no Brasil deve ser ampliada, ou nunca teremos uma democracia plena.

Mais um debate sobre o tema ocorreu recentemente (sexta-feira, 1º de abril) no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, promovido pelo Centro de Estudos Barão de Itararé. O debate contou com a presença dos deputados federais Emiliano José (PT-BA), Brizola Neto (PDT-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP). Eles abordaram propostas de mudanças na legislação das comunicações no país, um novo marco regulatório para o setor. “O papel da mídia na atualidade” foi o tema do debate.

Os parlamentares presentes defenderam a universalização do acesso à Internet, enfatizaram o papel dos blogs e das mídias alternativas como promotores da universalização. Confirmou-se então o lançamento da “Frente Parlamentar de Expressão e pelo Direito à Comunicação” para o próximo dia 19 de abril, às 14h, auditório Nereu Ramos,do Congresso Nacional.

Em outras palavras, liberdade de expressão, sim, mas para todos e não apenas para 16 famílias detentoras da propriedade da mídia no Brasil. Até a data do debate (1º de abril), havia somente 171 assinaturas de adesão à Frente Parlamentar.

COM PARTICIPAÇÃO POPULAR

O evento significou um pré-lançamento da “Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação”. Os debatedores decidiram acrescentar “com Participação Popular” ao nome da frente política. De certo modo, o evento engrossou o caldo do movimento pela democratização e regulamentação dos meios de comunicação.
Pelo menos na esquerda já existe um consenso de que está passando da hora de fazer avançar o processo de democratização da mídia no Brasil.

No debate sobre “O papel da mídia na atualidade” surgiram apelos pela não aprovação do projeto que modifica a lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), assim como apelos para que a presidenta Dilma Rousseff garanta a pulverização das verbas publicitárias governamentais, um processo desenvolvido nos oito anos do governo Lula, que leva em conta não apenas os critérios do mercado monopolista, mas de modo que visem incentivar o pluralismo na produção de conteúdo.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) defendeu que a Frente Parlamentar precisa receber reforço dos movimentos sociais, uma posição vitoriosa em todas as conferências nacionais setoriais promovidas pelo Brasil afora. Segundo ele “a esquerda parece estar unificada no Congresso Nacional sobre a questão, mas é necessário agregar outras forças políticas, especialmente do centro, ao debate”.

Segundo o jornalista Luiz Carlos Azenha, em seu blog “Vi o Mundo”, Movimento Sociais +Centro Político + Blogueiros Progressistas parece ser uma boa fórmula para fazer avançar o debate que inclui o Plano Nacional da Banda Larga, a regulamentação da mídia eletrônica, a propriedade cruzada de meios de comunicação, e por aí vai.

Quando a esquerda se reúne, as divergências são inevitáveis. Mas, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) acertou num ponto consensual. Para mudar o cenário institucional atual, será necessária a construção de uma ampla coalizão de forças políticas em torno de uma agenda mínima.

Este é o desafio da Frente Parlamentar.

 

Patrulha “cultural” contra Maria Bethania desaparece

De repente, do mesmo jeito que surgiu, a patrulha midiática e internética contra a cantora Maria Bethania desapareceu. Para alívio da poesia. Os “protestos” beiravam a raia da grosseria, irracionalidade e mentiras repetidas.

Jornais e blogs repetiram à exaustão que a cantora teria um cachê de R$ 600 mil. Na verdade pelo projeto é de R$ 302 mil, o que equivale a R$ 828,76 por cada programa de 3 minutos. Uma merreca para remunerar a cantora com o nome que tem.

Estou dando apenas um exemplo, pois não acho correto ficar discutindo o orçamento de um projeto belíssimo que conseguiu autorização pela Lei Rouanet para captar recursos na sociedade. Não há outra forma de fazer poesia a não ser com incentivos fiscais e mecenato. Que empresa ousaria investir em poesia nestes tempos de axé music e arrocha?

Um poeta baiano chegou ao ridículo de anunciar, como forma de protesto, que estava organizando um blog de poesia ao custo de um real. Infelizmente o poeta não se chama Maria Bethania.

O Brasil merece um projeto que prevê a produção de 365 vídeos de poesia, para exposição permanente na Internet, na voz de Maria Bethania. É óbvio que recursos públicos podem e devem ser usados para difusão da poesia brasileira.

Espero que a ministra autista da Cultura não se renda às pressões dos patrulheiros de plantão.

8 de abril de 2011

 

Deputado Emiliano (PT) questiona política repressiva da “guerra contra drogas” de matriz norte-americana

A política exclusiva de criminalização e “de guerra às drogas” comandada pelos EUA fracassou. É necessário, além da repressão aos traficantes e narcocapitalistas, uma política de redução de danos, estratégia seguida por muitos países europeus. A posição foi defendida pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA) que participou por designação da Liderança da Bancada do seminário “Marco Jurídico sobre Drogas no Paraguai e Mercosul: Situação Atual e Perspectivas”, realizado (06/04/2011) em Assunção, Paraguai.

No seminário, organizado pela Associação Intercâmbios, da Argentina, entidade civil que se dedica ao estudo de problemas relacionados com drogas, e pelo Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do governo paraguaio, com apoio da Embaixada Britânica em Buenos Aires, o deputado federal Emiliano José percebeu que há um consenso de crítica à política ideológica de matriz norte-americana voltada para a “guerra contra as drogas”. A violência volta-se sempre contra os pobres, não distingue traficantes dos demais envolvidos, violenta direitos humanos com internação compulsória de usuários. “Percebi no seminário que há um consenso entre especialistas do rotundo fracasso da “guerra contra as drogas” liderada pelos EUA”, disse Emiliano.

No seminário internacional, o parlamentar baiano reconheceu a complexidade do problema e ressaltou a política de prevenção executada desde 2003 pelo governo brasileiro, com esforços pela despenalização do usuário de drogas, com ampliação da prevenção e tratamento. Nos últimos oito anos, foram criados 250 novos Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas e incrementado o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Segundo o parlamentar, “a “guerra contra as drogas” não distingue quem faz das drogas um negócio e que é apenas usuário, não distingue o pequeno assalariado do tráfico da elite capitalista do tráfico”. A repressão radical, pura e simples, não tem resolvido o problema.

6 de abril de 2011

 

Governo da Bahia requalifica professores da região do semi-árido

O município de Valente, situado no coração do semi-árido da Bahia, vai sediar CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA para professores que atuam nas séries finais do ensino fundamental da rede pública. Os cursos são resultado da parceria do Instituto Anísio Teixeira (órgão da Secretaria Estadual de Educação) com o Ministério da Educação. Serão beneficiados 250 professores - das redes municipal e estadual - de Retirolândia, São Domingos e Santa Luz, além de Valente.

Os cursos de formação continuada foram reivindicados pela vereadora Leninha do PT de Valente, que preside a Comissão de Educação da Câmara Municipal, articulados pelo deputado federal Emiliano José (PT) e programados pelo então diretor geral do IAT, professor Penildon Filho.

A formação abrangerá as áreas de Ciências Naturais, Geografia, História, Educação Física e Currículo e Avaliação, totalizando cinco turmas com 50 professores cada, sendo 175 vagas para a rede municipal e 75 para rede estadual.

São três os critérios para ingresso dos professores nos cursos: possuir formação nas áreas do conhecimento dos cursos ofertados, estar em efetiva regência de classe, obedecer a ordem de inscrição.

O município de Valente, por ser cidade-pólo, terá que divulgar a abertura das inscrições, disponibilizar espaço escolar ou estrutura similar (05 salas com capacidade para 50 pessoas e 01 destinada à coordenação), com infra-estrutura mínima (café, água, banheiros, retroprojetor ou data-show) para as aulas que acontecerão aos sábados, em turno integral, com periodicidade semanal. Disponibilizar também meios de transporte e alimento para os professores que residem na zona rural.

Fonte: Portal Notícias do Sisal.

5 de abril de 2011

 

Ex-presos políticos da Bahia se mobilizam para criação da COMISSÃO DA VERDADE

Um grupo formado por ex- presos políticos da Bahia e militantes da luta pela anistia se reuniu segunda-feira (4/4), na Biblioteca do Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador, para discutir estratégias para a mobilização em prol da instalação da Comissão Nacional da Verdade.

A reunião foi liderada pelo presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Nilmário Miranda, ex-ministro dos Direitos Humanos do primeiro governo Lula e ex-preso político. Ele veio a Salvador para coordenar o Ciclo de Debates “Brasil Hoje e suas Perspectivas”, promovido no mesmo dia pela Fundação Perseu Abramo e Partido dos Trabalhadores.

Além de Nilmário Miranda e Emiliano José, estiveram presentes Pery Falcón, João Henrique Coutinho, Ivan Alves Braga, Olivia Faria Braga, Sergio Miranda, Edmundo Ribeiro Krogen, Joviniano Neto, Oldack Miranda, Henrique Andrade, Paulo Pontes e José Carlos Zanetti. O grupo decidiu ampliar a mobilização com uma reunião maior com representantes das organizações da sociedade e dos partidos políticos.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA), na reunião, explicou que a Comissão da Verdade proposta pelo então presidente Lula, acolhendo sugestão do ministro Paulo Vannuchi, visa o esclarecimento histórico dos horrores praticados pela ditadura, situando tudo no contexto ampliado daquela circunstância histórica de triste memória.

“Não tem caráter de revanche. Não tem qualquer mandato judicial. Não há, ali, réus sendo julgados. Só pretende a verdade, não mais do que a verdade. A nós, e parafraseio Gramsci, só interessa única e exclusivamente a verdade. Esta Comissão acolhe o melhor das 40 comissões da verdade no mundo, a indicar o quão ampla é, e o quanto tem sido normal o procedimento. Argentina, Chile, Bolívia, Peru, por exemplo, viveram essa experiência. A pergunta que não quer calar é: quem tem medo da verdade?”.

Emiliano disse ainda que a presidenta Dilma Rousseff já mostrou interesse em aprovar a Comissão. “É importante que a maioria dos parlamentares vote a favor da Comissão, pois será um passo importante para a democracia. Temos que colocar o assunto na pauta do governo. E para isso é preciso de mobilização e participação popular, envolvendo inclusive a juventude e os movimentos sindicais”.

 

Ciclo de Debate “Brasil hoje e suas perspectivas” mobiliza esquerda na Bahia

Com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), o Ciclo de Debate “Brasil e suas perspectivas”, organizado pela Fundação Perseu Abramo e Partido dos Trabalhadores, realizado (04/04/2011) no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, atraiu parlamentares e a militância política de vários partidos de esquerda. “Não devemos perder de vista que todos os mandatos são passageiros e que o Partido dos Trabalhadores prossegue em sua trajetória, sendo necessário oxigenar através do debate interno as idéias de modo que (o partido) não sucumba aos atrativos do poder”.

O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, proferiu palestra sobre os “constrangimentos” que o processo atual de desenvolvimento do Brasil enfrenta pela frente, depois de dissecar causas e efeitos das grandes depressões do capitalismo no mundo. Segundo Pochmann, a construção da democracia e do estado do bem-estar social são desafios que ocorrem num mundo dominado pelas grandes corporações monopolistas, que se colocam acima dos países, pelo surgimento do trabalho imaterial na sociedade do conhecimento, que transforma a classe dos trabalhadores, e a questão demográfica com a previsão de envelhecimento da população brasileira. “O momento histórico é de reorganização do capitalismo mundial com sinais de decadência dos EUA e abertura para uma fase de desenvolvimento multipolar”.

Jonas Paulo, presidente do PT da Bahia conduziu os trabalhos. Elói Pietá, secretário geral do Partido dos Trabalhadores, ressaltou a importância do debate político, da avaliação das transformações inauguradas pelos dois mandatos presidenciais de Lula, em período não eleitoral. “De modo que nos apropriemos através de debate das reflexões sobre os avanços e limites, da solidez e permanência de algumas conquistas e da necessidade de novas propostas visando mudanças estruturais”. Neste processo que chamamos de revolução democrática onde conseguimos transformações profundas e onde não conseguimos?, indaga o dirigente. Ele apresentou as coleções “Brasil em Debate” e “Brasil em Transformação”, da Editora Fundação Perseu Abramo, expostas no hall de entrada do Centro Cultural da Câmara Municipal.

Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo, ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos no primeiro governo do presidente Lula, expandiu o debate para a reforma política, identificando as graves distorções do atual sistema que gera corrupção, caixa 2 e promiscuidade com o poder econômico com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Ele chamou a atenção para o fracasso do atual modelo em relação à presença das mulheres na política. “A mulher aumentou sua importância na sociedade e diminuiu sua presença na representação parlamentar, revelando o fracasso da cota dos 30% nas candidaturas partidárias”.

Nilmário Miranda também criticou a forte presença dos ruralistas no Congresso Nacional e a quase ausência de representações dos agricultores familiares, indígenas e minorias no Parlamento. “No atual sistema, 40 mil ruralistas, que controlam mais de 50% das terras agricultáveis e grande parte dos meios de comunicação, elegem 100 deputados, enquanto 15 milhões de agricultores não conseguem eleger mais que quatro ou cinco parlamentares”. Ele prega o fortalecimento da democracia participativa com a convocação mais freqüente de referendos populares e plebiscitos, e maior presença nos governos e parlamentos de mulheres, jovens, indígenas e agricultores familiares.

O Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, autor do livro “As políticas culturais e o governo Lula” da coleção “Brasil em debate”, tomando por base as dificuldades enfrentadas pela campanha de Dilma Rousseff, com a utilização de valores conservadores de parte da oposição tucana – um discurso anticomunista e antiaborto – mostrou a importância da transformação da sociedade no plano cultural. Se a economia mede a quantidade de desenvolvimento, a cultura mede a qualidade, principalmente nesta fase de predominância do conhecimento no processo de construção da riqueza material.

O auditório de 180 lugares permaneceu lotado até o final. Outra parte ocupou o hall, acompanhando o debate pelo sistema de som. Estavam presentes o ex-governador da Bahia, Waldir Pires, os deputados federais Emiliano José, Amaury Teixeira, Nelson Pelegrino e Luiz Alberto, os deputados estaduais Yulo Oiticica, Carlos Brasileiro e Marcelino Gallo e Maria Del Carmen,a vereadora Vânia Galvão (PT), a senadora Lídice da Mata (PSB), o secretário de Turismo Domingos Leonelli (PSB) e o sociólogo Joviniano Neto (PDT). Mas, basicamente, foi uma noite dos dirigentes e militantes partidários.

Ao final, o palestrante Márcio Pochmann, arrancou sorrisos: “Durante muito tempo tínhamos muitas idéias e poucos votos, agora, temos muitos votos, poder, e poucas idéias”.

4 de abril de 2011

 

Na Bahia, Paulo Henrique Amorim se encanta com a orquestra juvenil Neojibá

Leio no portal CONVERSA AFIADA que o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim se encantou com o NEOJIBÁ (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), herança bendita da gestão de Márcio Meirelles na Secretaria Estadual da Cultura da Bahia (SECULT), no primeiro governo Wagner (PT).

O jornalista apresentador do “Domingo Espetacular” da TV Record assistiu a apresentação do Neojibá na abertura da temporada de 2011, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Viu e ouviu o pianista Ricardo Castro, regente, fundador e diretor do Neojibá. Hoje, somam 200 adolescentes e jovens de áreas pobres, músicos recrutados em escolas, igrejas, candomblés.

O fascínio de Paulo Henrique Amorim é compreensível. Ele viu e ouviu Thiago, de 9 anos, tocar clarineta. No naipe de violinos, viu Danilo que aprendeu a tocar com o tio na banda do Corpo de Bombeiros.

A animação foi tanta que PHA sugeriu à presidenta Dilma levar o NEOJIBÁ às visitas diplomáticas. Para a reunião dos BRICs na China e mesmo para a abertura da Olimpíada no Rio de Janeiro, e, por que não, para a Copa?

Como a gestão do atual Secretário Estadual de Cultura (SECULT), Albino Rubim, é de continuidade às idéias plantadas por Márcio Meirelles, há esperança do projeto continuar. Mesmo com o pianista Ricardo Castro passar 15 dias em Genebra, onde reside, e 15 dias em Salvador.

Inspirados no projeto Orquestra Juvenil da Venezuela, do maestro Gustavo Dudamel, Márcio Meirelles e Ricardo Castro fundaram o Neojibá, como uma Organização Social de Cultura, com recursos do Governo da Bahia.

Mesmo com a saída de Márcio Meirelles do governo Wagner, Ricardo Castro continua a sonhar. Agora, com uma orquestra em cada cidade da Bahia. E depois se espalhar por todo o Brasil.

Os garotos e garotas do Neojibá já foram regidos por maestro venezuelano e uma comitiva de 12 jovens já foi à Venezuela. Já existe um convênio com uma orquestra juvenil da Inglaterra para intercâmbio de músicos.

O jornalista PHA se encantou com uma singularidade. Ricardo Castro liberou os jovens para dançar enquanto tocam, sem prejuízo da musicalidade. É o culto à liberdade. Como a platéia delira e pede bis, eles criaram um jeitinho de sair de cena: saem do palco tocando.

Se o MINC não for AUTISTA compra logo a idéia de Paulo Henrique Amorim. Neojibá, da Bahia para o mundo.

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