7 de março de 2009

 

Um momento de emoção no ato público contra a Folha de S. Paulo

Li no blog “Eu vi o mundo” do Luiz Carlos Azenha. Momento de emoção forte no ato público contra a “ditabranda” da Folha, foi quando Toshio Kawamura, fundador da CUT, invocou a memória de amigos assassinados pela ditadura militar. Cerca de 400 pessoas compareceram. Uma vitória.

Em diversos discursos, foi dito: 1. Que o estado brasileiro praticava terrorismo; 2. Que é preciso abrir os arquivos da ditadura militar; 3. Que a Folha e outros orgãos de imprensa lucraram com o regime militar; 4. Que as famílias que controlam a mídia praticam censura contra aqueles que não representam seus interesses políticos e econômicos; 5. Portanto, que é preciso democratizar o acesso aos meios de comunicação.

Cobertura com FOTOS em EU VI O MUNDO

 

Perly Cipriano e seu saboroso livro “Vai quem quer”

Eu esperava tudo de Perly Cipriano, atual Subsecretário da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, menos um saboroso livro de memória. Não as memórias dos tempos de chumbo da ditadura militar, mas um livro de memórias do menino, da infância vivida na pequena e rural “Vai quem Quer”, localidade da também pequena e rural Barra de São Francisco, na antiga região do Contestado, no Estado do Espírito Santo. Ao vasculhar o passado, ele encontra pegadas que nos ensinam a renascer e a compreender o presente, como ele diz, “sem o véu da esperança”. O retorno ao passado desmancha ilusões e traz tristezas, mas, também, surpresas agradáveis.

Digo que não esperava de Perly Cipriano um livro de memórias infantis porque – acho que é um preconceito meu - seria mais natural que ele escrevesse suas memórias políticas. Ex-militante do PCB, depois militante da luta armada pela ALN, em 1970 foi preso em Olinda, barbaramente torturado, acabou condenado a 94 anos de prisão.

Ficou dez anos preso e só foi libertado pela Anistia. Ainda preso, em 1979, participou dos debates para a criação do Partido dos Trabalhadores (PT). Fundador do PT, concorreu ao governo do Espírito Santo em 1982 e presidiu o partido naquele Estado por duas vezes. Foi deputado estadual, chefe de gabinete do prefeito de Vitória, Vitor Buaiz, vereador e Secretário Estadual de Justiça e Cidadania durante o Governo Vitor Buaiz.

Em 2003, a convite de Nilmário Miranda, assumiu a Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos vinculada à Presidência da República. Em 2006, foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Brasília, em 2007 foi agraciado com a Comenda Domingos Martins, concedida pela Assembléia Legislativa do Espírito Santo. Nilmário Miranda deixou a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, voltou para Minas Gerais, e Perly Cipriano continuou Subsecretário na atual gestão de Paulo Vanucchi.

Companheiros no passado e no presente, coube a Nilmário Miranda assinar o Prefácio da obra “Vai quem quer”. Eles se conheceram no Presídio Frei Caneca, no Rio de Janeiro, em 1978. Tornaram-se amigos. Juntos, em 1995, foram a Roma para um congresso internacional contra a pena de morte. “Lá se vão três décadas de uma sólida amizade. Perly é um militante do bem. Solidário, inquieto, humanista, amante da vida, das coisas do mundo, da História. E é um bom contador de histórias (...) lendo “Vai quem quer” vê-se que Perly sessentão é o mesmo Perly da infância”.

Eu aprendi que Perly Cipriano é um revolucionário, sensível, capaz de desvelar as suas lembranças de até os nove anos de idade e também nos fazer viajar. Como escreve Nilmário, ele nos faz viajar ao falar de suas impressões de menino sobre “o quadro do céu e do inferno, o rádio, o picolé, a magia do cinema, o primeiro encontro com o mar, o bonde, a violência, a maldade da tortura, o suicídio, os nomes das ruas de sua aldeia e até a posse da primeira caneta BIC”. Aprendi que o “Vai quem quer” sempre existiu e sempre existirá para todas as pessoas. Um tesouro no fundo do tacho.

Nem sei se o livro de Perly Cipriano está à venda nas livrarias. Foi editado pela Gráfica Editora Palloti, de Porto Alegre. Eu o encontrei em Salvador, onde veio para proferir uma palestra sobre Direitos Humanos. Poucos dias depois chegou-me o livro pelo Correio. Perly Cipriano é autor de “Pequenas Histórias de Cadeia” e “Fome de Liberdade”, ambos escritos em parceria com o ex-deputado federal Gilney Amorim (PT), também um ex-preso político condenado pela ditadura militar a uma pena a perder de vista. Daí talvez meu preconceito, de esperar do militante apenas temas políticos.

Ainda assim, o militante do bem não se livra da Política com P maiúsculo, ao dedicar seu livro “às pessoas idosas que buscam no mundo da infância lições e recordações para confirmar que valeu a pena viver” e também “às crianças, que um dia envelhecerão levando consigo suas lembranças”.

 

PT recebeu Dilma Rousseff em Feira de Santana

Quem acompanhou a ministra Dilma Rousseff em Feira de Santana? Ela chegou em companhia do governador Jaques Wagner (PT), secretários estaduais e deputados. À visita ao canteiro de obras do conjunto residencial Lagoa Grande, próximo ao bairro Santo Antônio dos Prazeres juntaram-se muitos petistas. Se eles deixassem as honras da casa por conta do prefeito Tarcísio Pimenta (DEM) teria sido um desastre político.

Estiveram presentes os secretários Afonso Florence (PT), de Desenvolvimento Urbano; Ildes Ferreira (PT), de Ciência e Tecnologia; o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; prefeitos de Conceição da Feira, Val de Maninho; de Amélia Rodrigues, Toinho do PT; de Tanquinho, Jorge Flamarion; deputados estaduais Zé Neto (PT) e Eliana Boaventura (PP); federais Walter Pinheiro (PT) e Sérgio Carneiro (PT); vereadores Marialvo Barreto e Ângelo Almeida, o presidente local do PT, Albertino Carneiro, além de centenas de militantes petistas e dirigentes de órgãos estaduais. O prefeito de Feira, Tarcísio Pimenta, manteve uma discreta presença.

A ministra Dilma Rouseff previu que em 2010 a cidade terá quase 100% de saneamento básico. O governador Jaques Wagner ressaltou que a casa própria de qualidade é um dos objetivos dos governos estadual e federal. A casa própria consolida a família e aumenta a auto-estima do cidadão, com reflexos positivos na educação, saúde e segurança.

O deputado estadual Zé Neto (PT), parlamentar apoiador dos movimentos sociais, destacou que as obras de habitação, urbanização e saneamento básico, são fundamentais para o município. “Feira de Santana passará de 35 por cento de cobertura de esgotamento sanitário para mais de 90 por cento. Essa é a preocupação do governador Wagner e do presidente Lula: levar saúde à população. E nós, aqui em Feira de Santana, em particular, estamos acompanhando estas obras”, destacou o petista.

Dilma Rousseff visitou o local onde estão sendo construídas 606 unidades residenciais para a população de baixa renda, além de obra de urbanização integrada com recuperação ambiental da lagoa, com custo de R$ 68 milhões de reais. Diretamente, as obras beneficiarão cerca de 50 mil pessoas. Com a urbanização são 7.091 famílias beneficiadas.

 

Dilma Rousseff visita obra do PAC em Feira de Santana

FEIRA DE SANTANA - A ministra da Casa Civil Dilma Rousseff se negou mais uma vez a falar sobre a sucessão em 2010 durante visita a Feira de Santana (BA). A ministra veio à cidade visitar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Lagoa Grande no bairro Santo Antônio dos Prazeres.

Acompanhada do governador Jaques Wagner, a ministra disse que o importante ali era mostrar como o governo federal está preocupado com o bem-estar da população e ressaltou obras do governo Lula. “É a primeira vez após 25 anos que o governo federal volta a investir na construção de moradia popular. Não basta estarmos preocupados em crescer e sim crescer junto com os 190 milhões de brasileiros. Queremos fazer do Brasil um país de classe média”, afirmou.

DIGNIDADE E RESPEITO

O governador Jaques Wagner destacou a importância da visita da ministra que presta uma homenagem às mulheres baianas pela passagem do Dia Internacional da Mulher. Ele disse que a obra do PAC, além de beneficiar diretamente 7.800 famílias, traz dignidade e respeito a estas pessoas que passaram anos residindo em local sem a mínima infra-estrutura.

“Estas famílias, e não só elas, todos que residem aqui perto terão suas vidas mudadas e com certeza serão beneficiados com esta obra, que trará humanização e dignidade a população local”, frisou.

Com investimento total em torno de 68 milhões a obra de urbanização integrada da Lagoa Grande consiste em três etapas que vão desde a construção de casa a melhoria urbanística do local, que abriga mais de 7.800 famílias que invadiram o local há mais de 20 anos.

A 1ª etapa, que está programada para ser concluída em junho, conta com 84 casas com 6 cômodos, um centro comunitário e um galpão de reciclagem, atividade principal de muitas famílias que residem no local.

A 2ª etepa será para a construção de mais 606 casas, posto de saúde e quadras poliesportivas. E a última para melhorias nas casas que não estão na área de risco e obras de saneamento e urbanização da Lagoa.

Uma das beneficiadas é a família da dona de casa Maria dos Reis, 67 anos que tem 12 filhos e mora na Lagoa Grande há mais de 20 anos. Para ela é uma oportunidade que caiu do céu, já que a casa onde reside tem apenas 4 cômodos e fica na área considerada de risco. “Rezo todos os dias para eles todos, pois só agora terei água, luz, calçamento, além disto dignidade, pois terei uma casa limpa para receber a todos”, desabafou. (Com informações do jornal A Tarde).

 

Dilma Rousseff deve agradecer à Folha pela “ajuda” na fiscalização das obras do PAC

A manchete da Folha Online é a seguinte: “Dilma vai a evento de obra do PAC que tem valor superestimado”. Todos sabemos a intenção da Folha de S. Paulo. Mais vale tentar desmoralizar as obras do PAC, para combater Dilma Rousseff, do que realmente fiscalizar as obras públicas.

A Folha Online escreve que “a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) participou ontem (6) de assinatura de ordem de serviço de uma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) cujo valor do projeto básico está superestimado em R$ 21 milhões, informam Sheila D'amorim e Lucas Ferraz em reportagem publicada neste sábado na Folha”.

A obra em questão é a “Via Expressa Baía de Todos os Santos”, rodovia de acesso ao porto de Salvador. A obra está sendo realizada pelo governo federal, por meio do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em parceria com o governo da Bahia.

A reportagem informa que o valor superestimado foi identificado por auditoria realizada pela CGU (Controladoria-Geral da União). A Folha não diz, mas a parceria do Governo da Bahia se relaciona a verbas para indenização de moradores. Nada tem a ver com DNIT e licitações.

Segundo relatório de fiscalização obtido pela Folha, o sobrepreço está nos serviços de terraplenagem (R$ 10,426 milhões), pavimentação (R$ 349,047 mil), construção de viadutos (R$ 10,017 milhões) e drenagem (R$ 402,335 mil).

Bem. Há uma indisfarçável sugestão da Folha de S. Paulo em tentar prejudicar a imagem de Dilma Rouseff pelo suposto sobrepreço identificado pela Controladoria Geral da União (CGU). Afinal, não é ela a “mãe do PAC”? O mais certo é que Dilma Rousseff agradeça à CGU, pela fiscalização, e à Folha, pela divulgação do fato. Nada vai prejudicar as obras do PAC. Nem mesmo a Folha, que está apoiando José Serra.

 

Via Expressa em Salvador faz parte do PAC de Dilma Rousseff

As obras da “Via Expressa Baía de Todos os Santos” terão início dentro de 30 dias. O termo de autorização dos processos administrativos para implantação da via foi assinado pelo governador Jaques Wagner (6), na Associação Comercial da Bahia. Na mesma solenidade, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assinou ordens de serviço para recuperação de 3.500 km de rodovias na Bahia. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, estava presente porque a obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As obras da Via Expressa ficarão sob a responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) e está prevista para ser concluída já no próximo ano. O projeto envolve recursos da ordem de R$ 380 milhões, dos quais R$ 340 milhões são oriundos do Governo Federal, e R$ 40 milhões de contrapartida do Estado da Bahia.

O objetivo da via é integrar a BR-324 ao Porto de Salvador, facilitando o acesso dos transportes de carga ao porto, que é um dos principais portões de escoamento da produção baiana. A obra viária irá desafogar o tráfego em áreas de grande congestionamento da cidade, a exemplo da Rótula do Abacaxi, Ladeira do Cabula, avenidas Bonocô e San Martin, Largo dos Dois Leões e Baixa de Quintas.

Além disso, três túneis, 14 viadutos e 10 faixas de tráfego (quatro delas para veículos de carga, quatro para veículos leves e duas faixas exclusivas para ônibus) facilitarão o fluxo de tráfego. A obra vai reduzir o trajeto entre o porto e a BR-324, principalmente para as carretas e outros veículos de carga que hoje utilizam em sua grande maioria a já congestionada Avenida Bonocô e o Túnel Américo Simas. Influirá ainda para a revitalização do comércio e seu entorno com um fluxo de 62 mil veículos/dia.

“A Via Expressa é a maior intervenção urbana dos últimos 30 anos em Salvador e com ela estamos preparando a Bahia para um novo ciclo de desenvolvimento econômico, mexendo em sua infraestrutura logística e social”, ressaltou o governador Jaques Wagner.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence (PT), já estão definidos os locais para os canteiros de obras e sendo negociada a relocação de moradores das regiões por onde passará a via. O Governo do Estado indenizará as famílias que deixarem seus imóveis e os empreendimentos desapropriados. Mais de R$ 40 milhões serão usados para o pagamento das indenizações. Em alguns casos, os moradores poderão ser relocados para conjuntos habitacionais.

A história da urbanização de Salvador será dividida em duas fases: antes e depois da Via Expressa.

 

IMPRENSA BAIANA SÓ QUERIA SABER DA CANDIDATURA DE DILMA ROUSSEFF À PRESIDÊNCIA. NEM AMARRADA ELA FALA.

As ruas do Comércio, em Salvador, amanheceram ontem (6) com muitos garis trabalhando nas imediações da Associação Comercial. A descuidada administração do prefeito João Henrique (PMDB) não cuida muito bem da limpeza pública na Cidade Baixa. Mas, o lixo enfeiava as ruas por onde passaria dali a instantes a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. Latinhas, bugigangas, entulhos, montes de papelão, tudo foi repentinamente retirado. Ainda bem que Dilma Rousseff não veio para o Carnaval. A área foi um gigantesco depósito de lixo. Não estou reclamando. Todo mundo tem que limpar a casa para receber visitas ilustres. O bom seria se a casa estivesse sempre limpinha.

A imprensa baiana cumpriu seu papel. Na entrevista coletiva todos perguntaram à ministra Dilma Rousseff pela pré- candidatura à presidência da República. Dilma Roussef comportou-se corretamente, como sempre tem feito. Ela afirmou estar impossibilitada de comentar este tipo de assunto. Respondeu com elegância e bom-humor, segundo o site Bahia Notícias do formador de opinião Samuel Celestino. “Eu já disse e repito, não falo sobre este assunto nem amarrada. Acho até que vou criar um grupo de perguntas para colocar todas elas juntas, são as nem-amarradas”. É que a legislação eleitoral não permite fazer campanha antes do prazo legal. Dilma Roussefff cumpre à risca a legislação. A imprensa é que não quer entender.

ELOGIOS RASGADOS A DILMA ROUSSEFF

Recolhi no site Bahia Notícias a seguinte nota: “Animado com o lançamento da recuperação das rodovias federais brasileiras, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, fez um discurso na Associação Comercial em que, ao exaltar o governo do presidente Lula, insinuou a candidatura de Dilma Rousseff para sua sucessão como sua preferida.

Dirigindo-se à platéia, mas olhando de soslaio para a ministra, Nascimento dirigiu-lhe elogios rasgados que, no final das contas, não enganaram ninguém no salão da instituição. “Eu quero ver na presidência da República alguém que tenha a mesma visão do presidente Lula para governar o país”. No final do discurso, foi ainda mais incisivo. “Posso lhes assegurar que a ministra Dilma é a melhor gestora pública da história do nosso país”.

O FIM DA POLÍTICA DO PINGA-PINGA NAS OBRAS

Outra nota que recolhi: “O anúncio das obras da Via Expressa Bahia de Todos os Santos e do investimento de R$ 381 milhões na recuperação da malha rodoviária federal do estado é, para a ministra Dilma Rousseff, o fim da “política do pinga-pinga” no setor.

Durante a apresentação e liberação das obras, ocorridas na Associação Comercial da Bahia, no bairro do Comércio, Dilma explicou que o esforço possibilitado pelas verbas do Programa de Aceleração do crescimento torna o investimento nas estradas continuado, quebrando um paradigma clássico na administração pública brasileira que assegurava a quebra do Estado diante de uma crise econômica internacional, o que inutilizava qualquer intervenção rodoviária. “Isto acaba com a política do tapa-buraco.

O PAC obriga a manutenção da obra em longo prazo com qualidade, permite que o contrato seja continuado e que a gente não perca tempo, depois que um contrato se encerre, para contratar outra empresa enquanto os buracos voltam. Trata a manutenção das vias com competência”. O contrato das construtoras para a construção da Via Expressa será de cinco anos. (Fonte: site Bahia Negócios).

6 de março de 2009

 

Governo libera recursos para recuperar estradas federais na região de Jequié

O Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assinou hoje (6) três ordens de serviço para recuperação, manutenção e conservação de trechos das rodovias federais que cortam a Bahia, a exemplo da BR-330 e da BR-420.

Também autorizou a elaboração de projeto de interseção da BR-330 com a BR-101, na altura do município de Jequié, sudoeste baiano. Ao todo, serão mais de 940 km de estradas que serão recuperadas, num investimento total de 58,6 milhões de reais.

A solenidade, que contou com a presença do Governador Jaques Wagner, do Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima e do senador César Borges, aconteceu no Teatro Municipal de Jequié. O governador Jaques Wagner ressaltou que este foi mais um exemplo da parceria do Governo Lula com o Governo da Bahia.

Para quem estranhou a presença do senador César Borges (PR) à cerimônia, ele é filho de Jequié, construiu na região suas bases políticas e, além disso, faz parte da base governista no Congresso Nacional. Mas, quem faturou mesmo a ação governamental foi Jaques Wagner. Tudo pela Bahia, até mesmo aguentar César Borges.

 

É a vez de uma mulher na Presidência da República?

Silbene Santana de Oliveira é assistente Social e dirigente nacional do PT. Ela responde à pergunta que está na boca do povo: será Dilma Rousseff a candidata do PT à presidência da República?

As mulheres brasileiras já enfrentaram a invisibilidade e a submissão.É hora delas encararem o protagonismo como sujeito político. As mulheres são 50% do eleitorado e não conseguiram ainda ultrapassar os tímidos índices de candidatas a cargos eletivos.Surge então a grande oportunidade de eleger uma mulher presidente.

“Mas afinal, quem é esta mulher? Dilma Vana Linhares Rousseff, 62 anos, divorciada e mãe de uma filha. Graduada em Ciências Econômicas, Mestre em Ciências Econômicas, Doutora em Ciências Sociais na Área da Teoria Monetária e Financeira. Foi presa e torturada pelos órgãos públicos de repressão na ditadura (1970-1973).

Juntamente com Leonel Brizola fundou o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi Secretária de Minas e Energia por dois mandatos no governo do Estado do Rio Grande do Sul. No final de 1999 filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.

Dilma integra o Governo Lula desde a primeira gestão. De 2003 à 2005, foi Ministra de Minas e Energia. Atualmente exerce o cargo de ministra-chefe da Casa Civil – foi a primeira mulher a ser nomeada para tão importante cargo. E é gerente de um dos principais programas do Governo Federal, cujo objetivo central é fomentar o crescimento econômico do Brasil. Trata-se do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (...) seu currículo a credencia para exercer a presidência”.

(...) “Nunca antes na história do país estivemos tão perto de ter uma mulher na Presidência da República. É chegada a hora, e como já dizia aquela música: “... Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Fofoca tenta envenenar visita de Dilma Rousseff à Bahia

O blog Política Livre, do jornalista Raul Monteiro, baseado numa suposta declaração de um petista anônimo, noticiou que “Agenda de Dilma Rousseff causa conflito entre petistas”. Uau! Liguei para todos os petistas que conheço e ninguém reclamou de nada.

Segundo o blog, “petistas se manifestam revoltados com o roteiro a ser cumprido hoje e amanhã na Bahia pela ministra Dilma Roussef”. O veneno anônimo é que Dilma Roussef estará visitando dois municípios: Salvador, administrada pelo PMDB, e Feira de Santana, administrada pelo DEM ou coisa que o valha. É a mais pura bobagem. Dilma Roussef está vindo à Bahia e sendo recebida por Jaques Wagner, governador de todos nós.

A inventar notícia, é preferível fazer como o jornal Correio da Bahia de hoje (6). Não deu uma nota sequer.

Evidentemente, a fofoca não vai prosperar. Mas que nível...

 

Programação oficial da visita de Dilma Rousseff à Bahia

Sexta-feira, 6 de março de 2009

15h - Via Expressa Baía de Todos-os-Santos - Ato de Assinatura da Ordem de Serviço
Ministra Dilma Rousseff / Ministra Chefe da Casa Civil
Assinatura de OS para Recuperação de 3.500 km de Rodovias - Ministro Alfredo Nascimento / Ministério dos Transportes.
Local: Associação Comercial da Bahia/ Comércio
End.: Praça Conde dos Arcos, s/n - Comércio

16h - COLETIVA À IMPRENSA APOS A CERIMÔNIA (auditório da ACB)

17h30 - Março Mulher - Comemorações / 8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Promoção: Sepromi - Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade/ Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher
Palestra: "Mulher, Política e Espaços de Poder" - Ministra Dilma Roussef
Local: Hotel Tropical da Bahia/ Salão Atlântico
End.: Av. Sete de Setembro, 1537 - Campo Grande

20h30 - 4º Centenário do Tribunal de Justiça / Noite Artística e Cultural
Apresentações: Orquestra Neogibá, Coral Vozes Reveladas e Carlinhos Brown
Local: Teatro Castro Alves
End.: Praça Dois de Julho,s/n, Campo Grande

Sábado, 7 de março de 2009

10h - Habitação - Lagoa Grande / Feira de Santana
Assinatura da Ordem de Serviço do 2º Lote da Obra
Local: Canteiro de obras em Lagoa Grande / Feira de Santana

11h30 -Obras de Saneamento - Baía de Todos-os-Santos / Sobrevoo de helicóptero

19h - IV Centenário do Tribunal de Justiça / Sessão Solene
Local: Fórum Rui Barbosa / Nazaré
End.: Praça D. Pedro II, s/n - Nazaré

21h - IV Centenário do Tribunal de Justiça/ Jantar oferecido pelo Governador Jaques Wagner
Local: Hotel Pestana/ Restaurante Cais da Ribeira
End.: Rua Fonte do Boi, 216 - Rio Vermelho

 

Dilma Rousseff faz furor na Bahia

A própria imprensa cuida de vincular a presença da ministra Dilma Rousseff na Bahia à proposta de pré-candidatura à presidência da República feita pelo presidente Lula. Ela vem como ministra que coordena o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas é inútil afirmar o contrário. Então, que assim seja. Antes mesmo de desembarcar em Salvador, embora ausente da palestra proferida pela ministra Nilcéia Freire, ao ter seu nome citado, foi uma grande ovação. Imaginem como será quando desembarcar nas próximas horas.

A agenda de Dilma Rousseff na Bahia é extensa. Hoje, sexta-feira, 6, às 15h, na sede da Associação Comercial da Bahia, ela participa do ato de assinatura da ordem de serviço para início da construção da Via Expresso Baía de Todos os Santos, uma super-estrada que vai ligar a BR-324 ao Porto de Salvador, com dez faixas de rodagem, sendo quatro delas exclusivas para caminhões de carga. O ministro Geddel Vieira Lima foi provocar o governador Jaques Wagner e agora vai comer poeira.

O governador Jaques Wagner é o anfitrião. O ministro Geddel Vieira Lima segue no rastro. A Via Expressa vai transformar o tráfego engarrafado de bairros saturados como Bonocô, San Martin, Suburbana, Rótula do Abacaxi, Comércio e Cidade Baixa. Ao mesmo tempo, o Porto de Salvador e o Porto de Aratu serão dragados. O Edital saiu hoje (6) no D.O.U. – um investimento de R$ 100 milhões que vai preparar os dois portos baianos para operação nos próximos 20 anos.

Na mesma cerimônia na Associação Comercial da Bahia, serão também assinadas ordens de serviço para recuperação de 3.500 km de rodovias na Bahia. À noite Dilma estará presente em evento cultural no Teatro Castro Alves, em comemoração ao IV Centenário do tribunal de Justiça da Bahia.

Dilma Rousseff não vai a Jequié. Lá, às 11h30, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e o governador Jaques Wagner, assinam as ordens de serviço para recuperação das rodovias. Estarão presentes o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o senador César Borges (PR ex-DEM). Este último tem sua base política em Jequié.

ESPAÇOS DE PODER – Às 17h30, em Salvador, No Hotel da Bahia (Campo grande) a ministra Dilma Rousseff profere palestra sobre “Mulher, Política e Espaços de Poder”, dentro da programação da Semana da Mulher promovida pela Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), comandada por Luiza Bairros. Estará acompanhada do governador Wagner e da primeira-dama Fátima Mendonça.

Ainda nesta sexta (6), às 20h30, no Teatro Castro Alves, a ministra Dilma Rousseff participa de evento cultural de comemoração do IV Centenário do Tribunal de Justiça da Bahia, também com o governador Jaques Wagner.

EM FEIRA DE SANTANA - No sábado (7), às 10h, Dilma Rousseff, visita o canteiro de obras de habitação do PAC, em Lagoa Grande, para a assinatura da ordem de serviço da segunda etapa do projeto. Ainda no final da manhã, junto com o governador Jaques Wagner, a ministra sobrevoa de helicóptero obras de saneamento da Baía de Todos os Santos, que abrangem dez municípios.

À noite, de volta a Salvador, às 19h, Dilma Rousseff e o governador Jaques Wagner participam de sessão comemorativa do IV Centenário do Tribunal de Justiça da Bahia, no Fórum Ruy Barbosa. Geddel Vieira estará presente. Às 21h, o governador Jaques Wagner recepciona a ministra da Casa Civil com um jantar no restaurante Cais da Ribeira, do Hotel Pestana, no bairro Rio Vermelho.

5 de março de 2009

 

Comitê luta pela libertação do escritor Cesare Battisti

Hoje, 5 de março, pela manhã, foi realizada uma reunião na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, para planejar ampla mobilização pela libertação do ex-ativista Cesare Battisti.

O italiano encontra-se encarcerado na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, à espera do julgamento de ação impetrada no STF pelo governo da Itália, na qual pede sua extradição para aquele país, contrariando decisão soberana do governo brasileiro, que já concedeu asilo a Battisti.

A reunião foi organizada pelo Comitê pela Libertação de Cesare Battisti (integrado por movimentos sociais e entidades da sociedade civil), com respaldo das Comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado. O comitê tem mobilizado entidades representativas da sociedade, como partidos políticos, parlamentares, autoridades eclesiais, entidades sindicais e de movimentos populares, para que Cesare permaneça no Brasil como asilado político.

A Constituição brasileira repudia a extradição de qualquer pessoa por crime político e que possa redundar em penas perpétua ou de morte em solo estrangeiro. Foi com base nessa determinação constitucional que o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio político a Cesare.

“Caso o STF venha a derrubar a decisão do ministro da Justiça, a mais alta Corte do país estará demonstrando inequivocamente a sua submissão a interesses estrangeiros em detrimento da soberania do Brasil, em total desrespeito à Constituição”, diz uma nota do comitê.

Segundo o comitê, Cesare nunca negou ter pertencido a um grupo da esquerda revolucionária italiana e de ter participado de ações armadas contra o regime político vigente na Itália à época, e também de ter combatido a máfia, setores fascistas da Forças Armadas, políticos corruptos e extremistas de organizações da direita, muito atuantes naquele momento histórico.

No entanto, “Cesare sempre afirmou que nunca atirou ou feriu qualquer pessoa enquanto durou sua militância política e a luta armada em seu país e, em certo momento de sua militância, por discordar da luta armada”, saiu do grupo em que militava.

 

Rosa Luxemburgo, vida em tensão permanente

Amigos me ligaram lembrando do texto do jornalista, escritor e professor Emiliano José sobre Rosa Luxemburgo intitulado “Vida em tensão permanente”. Rosa nasceu no dia 5 de março de 1871 e foi assassinada no dia 15 de janeiro de 1919. “Não é pequeno o legado teórico de Rosa Luxemburgo para a esquerda mundial. Ela está situada entre as grandes teóricas do marxismo". Durante toda sua vida ela insistiu na importância da autonomia da classe operária, da ação espontânea das massas, em contraponto ao autoritarismo de Lênin. Ela sofreu o triplo estigma: ser mulher, judia e deficiente física. Cometeu a façanha de ocupar, em sua época, lugar ocupado por homens na escola de formação de quadros, na elaboração de ensaios e livros e no debate aberto. Era insubmissa, ativa e derrotou as convenções machistas.

LEIA O ENSAIO DE EMILIANO JOSÉ

 

5 de março, data de nascimento da revolucionária Rosa Luxemburgo

A 5 de março de 1871 nasceu na Polônia a filósofa e revolucionária Rosa Luxemburgo, pioneira tanto na crítica da social-democracia alemã quanto do bolchevismo russo, tornando-se uma fonte inspiradora para militantes e intelectuais de sua época. Deu a testa para Lênin. Em 1919, em Berlim, ela, Karl Liebknecht e Wilhelm Pieck, dirigentes do Partido Comunista Alemão, foram assassinados.

Somente em 1999, o governo alemão concluiu que as tropas de assalto haviam recebido ordens e dinheiro dos governantes social-democratas para matar Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht. O escritor e historiador Isaac Deutscher escreveu que: "Com o seu assassinato, a Alemanha dos Hohenzollern celebra o último triunfo e a Alemanha nazista, o primeiro."

A data foi lembrada pelo NUBLOG

 

Jarbas Vasconcelos pressiona e demite jornalista no Recife

Estava devendo a mim mesmo este texto. O senador Jarbas Vasconcelos, um new-tucano infiltrado no PMDB de Pernambuco, ligou para o proprietário do tradicional “Jornal do Commercio” – João Carlos Paes Mendonça - e pediu a demissão do colunista político Inaldo Sampaio que pilotava, há 22 anos, a coluna Pinga Fogo.

Jarbas Vasconcelos (falso PMDB) segue a cartilha de José Serra (PSDB), que também tem essa mania de pedir a cabeça de jornalistas. Inaldo Sampaio foi demitido porque foi o único jornalista que questionou, dentro do JC, a veracidade da entrevista dada pelo senador à revista Veja. Aquela entrevista em que ele afirmou que no PMDB todo mundo é corrupto etc, etc.

Inaldo Sampaio não come na mão de Jarbas Vasconcelos. Ainda existe jornalista íntegro, que bom saber. Eu soube da notícia pelo site Direto da Redação, num artigo de Urariano Mota.

4 de março de 2009

 

Mulher comanda Defensoria Pública Geral da Bahia

Tereza Cristina Almeida Ferreira será reconduzida nesta (quinta-feira, 5) ao cargo de Defensora Pública Geral da Bahia, às 17h, no auditório do Tribunal Regional Eleitoral. A solenidade de posse vai contar com a presença do governador Jaques Wagner (PT). Este é o segundo mandato de Tereza Cristina, a mais votada pelos defensores públicos para o biênio 2009/2011. Os defensores públicos da Bahia comemoraram com conseqüência o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Através da Secretaria da Promoção da Igualdade (Sepromi), o Governo Wagner colocou na rua a campanha “Onde as mulheres vão parar?” A campanha inclui três mulheres-ícones que se apropriaram de domínios tradicionalmente ocupados por homens. A cacique Valdelice, que comanda 23 tribos tupinambás no Sul da Bahia; a juíza baiana da Vara de Execuções, Andremara dos Santos e a alagoana Marta, eleita três vezes consecutivas pela FIFA como a melhor jogadora de futebol do mundo.

Além de tudo, mulheres baianas ocupam com garra um espaço que o homem, branco, não pode ocupar. Dia 3 de março (terça-feira), a ministra Nilcéia Freire, a primeira-dama Fátima Mendonça e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT) lançaram a campanha “Toque pela Vida: A cura está em suas mãos” de prevenção do câncer de mama. Obviamente, a campanha é mais que oportuna porque os casos de câncer de mama estão aumentando no Brasil.

A cantora Ivete Sangalo não esteve presente, mas é dela o gigantesco caminhão equipado com dois mamógrafos, com capacidade de atendimento de 50 mulheres por dia, estacionado em Lauro de Freitas. Aliás, o equipamento móvel ganhou o apelido de “Caminhão da Ivete”. Até o dia 14 de março estará montada a mostra fotográfica “De Peito Aberto” que documenta o testemunho de mulheres brasileiras que venceram ou enfrentaram o câncer de mama.

 

“O poder no Brasil é homem e branco”

A frase é de Nilcéia Freire, titular da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, dita em Salvador durante palestra conferida na programação do Dia Internacional da Mulher. Ela desenvolveu o tema “Mulher, Política e Espaço” numa mesa-redonda que faz parte da “Campanha Março Mulher”, promovida pelo Governo Wagner (PT). Na opinião da ministra, as mulheres continuam ocupando pouco espaço no três poderes: “Temos visto a representação feminina em vários setores, mas na política ainda é insignificativa. Infelizmente no Brasil o poder é homem e branco”.

Com a candidatura de Dilma Roussef à presidência da República essa realidade pode mudar. A propósito, a ministra Dilma Roussef vai participar deste mesmo evento nesta sexta-feira (6), no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia. A Secretária de Promoção da Igualdade (Sepromi) do Estado da Bahia, Luiza Bairros, que organiza as atividades, afirmou: “Queremos mostrar que as mulheres estão aptas para exercer o poder, e a sociedade precisa delas no poder”.

Só falta agora os homens, os brancos do PSDB/DEM inventarem que Dilma Roussef, ao falar nos eventos comemorativos do Dia Internacional da Mulher, está em campanha eleitoral.

Dilma Roussef pra presidente!

 

Manifesto que será lido em ato público de repúdio à Folha de S. Paulo, 7 de março, sábado

Movimento dos Sem Mídia

Pela Justiça e pela Paz no Brasil

A Organização Não Governamental Movimento dos Sem Mídia – MSM, entidade de direito privado constituída juridicamente em 13 de outubro de 2007, exorta a sociedade brasileira a repudiar a perniciosa e ameaçadora revisão histórica perpetrada recentemente por editorial do jornal Folha de São Paulo, texto que relativizou a gravidade de crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre os anos de 1964 e 1985, período durante o qual a Nação brasileira sofreu usurpação de um golpe militar ilegal e inconstitucional que, por seu turno, gerou aos brasileiros conseqüências nefandas tais como censura à liberdade de pensamento e de expressão, prisões arbitrárias e crimes de tortura, de estupro e de morte, atos de terror que destruíram as vidas de milhões de brasileiros, muitos dos quais sobreviveram àquele terror e, assim, carregam até hoje seqüelas daquele período de trevas.

No âmbito desse repúdio, cumpre à nossa entidade tornar públicos os pontos daquele texto jornalístico que julgamos perniciosos e ofensivos às vítimas que tombaram e às que sobreviveram àquele regime de força, que suprimiu os princípios e mecanismos do Estado Democrático de Direito e as garantias, liberdades e direitos individuais e coletivos, somente restituídos ao povo brasileiro com a edição da vigente Constituição Federal de outubro de 1988.

O editorial do jornal Folha de São Paulo intitulado “Limites a Chávez” foi publicado em 17 de fevereiro deste ano. O veículo de comunicação exerceu um direito óbvio e que não se questiona, o direito de opinar.

Criticar o resultado do plebiscito recente na Venezuela ou emitir qualquer outra opinião, portanto, jamais estimularia nossa Organização a protestar de forma tão solene e veemente se não fosse a tentativa de revisão histórica que afirmou que o regime dos generais-presidentes teria sido “brando”, pois tal afirmativa constituiu-se em dolorosa bofetada nos rostos dos que sobreviveram, em verdadeiro deboche dessas vítimas expresso por meio do termo jocoso “ditabranda”, corruptela do único termo possível para identificar aquele regime, o termo ditadura.

Em poucas palavras, o editorial da Folha de São Paulo criou teorias novas, como se verá em trecho a seguir. Disse a Folha de São Paulo: “As chamadas "ditabrandas" – caso do Brasil entre 1964 e 1985 – partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.

O perigo e a afronta residem no eufemismo. Com efeito, o diabo está nos detalhes. Diga-se essa barbaridade de “acesso controlado à Justiça” aos que ficaram pelo caminho da máquina opressora do Estado brasileiro de então, aos que sofreram tudo que foi acima enumerado. Diga-se a eles que tiveram acesso “controlado” para buscarem reparação pelas violências que sofreram. Achem um só que tenha encontrado guarida e reparação na Justiça, à época, pelas violências que sofreu. E mais: diga-se isso aos que não sobreviveram às ações arbitrárias daquele Estado ditatorial e aos seus famliares.

No conceito de nossa Organização, conceito este amparado no melhor Direito Universal, o que fez o jornal em questão foi dizer “brandos” aqueles crimes, abrindo espaço para a proliferação de mentalidades que ainda defendem publicamente métodos excepcionais de “controle” da Cidadania e das próprias vidas dos cidadãos.
Dizem os defensores da usurpação do Estado Democrático de Direito que ocorreu naquele período obscuro de nossa história que havia então uma “guerra” no Brasil.

Uma guerra em que tantos jovens idealistas, muitas vezes pouco mais do que imberbes, sucumbiram defendendo a Constituição, por sua vez violentada pelos desejos de poucos, que estupraram o desejo da maioria que delegou o Poder a um governo constitucional que a ditadura derrubou por meio de golpe de Estado.

O Brasil daquele 1964 tinha um governo eleito pelo voto. Não foi destituído por um processo democrático que se valeu dos mecanismos constitucionais que existiam e que poderiam ser usados se os que se opunham àquele governo acreditassem que tinham representatividade popular para fazer tais mecanismos prevalecerem. Não. Por não estarem amparados pela maioria dos brasileiros, os usurpadores do Poder de Estado legalmente constituído em eleições livres e democráticas trataram de usar a violência, a sedição e a ilegalidade para fazerem prevalecer suas visões, desejos e interesses minoritários, impondo-os sobre uma maioria que mais tarde seria amordaçada e ameaçada, de forma que não pudesse contestar a ruptura do Estado de Direito.

Equiparar o Estado àqueles que os defensores do regime de exceção diziam ser “terroristas”, era, é e sempre será uma aberração jurídica, para economizar palavras. Não cabe no conceito de democracia, de Estado de Direito, a hipótese de agentes do Estado imporem suplícios físicos desumanos e criminosos àqueles dos quais desconfiavam de que não compartilhavam suas idéias totalitárias.

O que torna mais dramática essa revisão afrontosa daquele período da história é que o jornal Folha de São Paulo não se contentou só com ela. Diante dos protestos de dois dos expoentes mais respeitados da intelectualidade brasileira tanto no Brasil quanto no exterior, a professora Maria Victória Benevides e o professor Fábio Konder Comparato, o jornal tratou de insultá-los de forma virulenta, qualificando-os como “cínicos e mentirosos”, claramente tripudiando da indignação dos justos ante absurdo tão rematado quanto o acima descrito.

Nem as poucas opiniões contrárias que o jornal permitiu que fossem vistas em suas páginas opinativas, sempre de forma tão “controlada” quanto afirmou antes que fazia a sua “ditabranda”, puderam minorar a dor dos sobreviventes dos Anos de Chumbo, e tampouco fizeram a justiça necessária à memória das vítimas fatais da ditadura cruel que vigeu naquele período triste da história deste País.

Tanta injustiça, desrespeito, deboche talvez encontre “explicação” quando se analisa o papel exercido pelo jornal contra o qual protestamos durante boa parte do tempo em que a ditadura militar oprimiu esta Nação.

Em obra literária de autoria de um colaborador desse meio de comunicação, do jornalista Elio Gaspari, intitulada “A Ditadura Escancarada”, figura acusação ao jornal Folha de São Paulo que este jamais rebateu de forma adequada e pública, a acusação de que cedeu veículos à sua “ditabranda” para o transporte de presos políticos.

Mas é em editorial desse grupo empresarial publicado em 22 de setembro de 1971, no auge da ditadura, que transparecem as relações de então entre a mídia e o regime. Diz aquele editorial pretérito tão nefasto quanto o editorial mais recente, sendo ambos do grupo empresarial de comunicação da família Frias:

“Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca ouve. E de maneira especial não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social - realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama. O país, enfim, de onde a subversão - que se alimenta do ódio e cultiva a violência - está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa, que reflete o sentimento deste.
" Octávio Frias de Oliveira, 22 de setembro de 1971”.

Apesar desse documento histórico com dia, mês e ano, e que pode ser encontrado nos arquivos desse grupo empresarial de comunicação, apesar desse documento que mostra faceta do jornal Folha de São Paulo que ele teima em não reconhecer e que certamente não quer ver conhecido por seu público atual talvez por ter vergonha de seu passado, sua alegação contemporânea é a de que “combateu” a ditadura que aquele editorial, assinado por seu proprietário de então, qualificava como “séria, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular”.

Não se consegue entender como a Folha de São Paulo, então, media o “apoio popular” à ditadura, pois não havia eleições livres ou mesmo pesquisas sobre a popularidade dos ditadores. Era, pois, uma invenção a tese de que a ditadura estaria “levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social”, porque, à luz do conhecimento histórico daquele período, o que se sabe é que o que gerou foi concentração de renda, ou seja, empobrecimento dos mais pobres e enriquecimento dos mais ricos.

No dia em que o editorial profano mais recente foi lido pelos Sem Mídia, o que nos veio às mentes foram as palavras imortais do ativista negro norte-americano doutor Martin Luther King que pregaram, há tantas décadas, a conduta dos democratas diante dos violadores da democracia: “O que preocupa não são os gritos dos maus, mas o silêncio dos bons”.

E é por isso que estamos aqui hoje, porque a sociedade civil não aceita e não ficará inerte assistindo a defesa velada de uma ditadura e a tentativa de vender a tese de que ela foi menos do que ilegal, imoral e terrivelmente dura, tendo sido tudo, menos “branda”.

São Paulo, 7 de março de 2009
Eduardo Guimarães
Presidente

2 de março de 2009

 

Conferência tratará dos direitos das pessoas idosas no Brasil

A “2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa” será realizada em Brasília de 18 a 20 de março corrente. Através da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Governo Lula trava uma verdadeira batalha para garantir direitos, superar preconceitos. Historicamente, nós tratamos muito mal nossos idosos. Embora a direita não dê nenhum valor às políticas públicas – as elites preferem isolar seus velhinhos em abrigos de luxo – é disso que se trata: discutir e elaborar políticas públicas voltadas para o bem-estar da chamada terceira idade.

A “2ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos” foi antecedida por encontros prévios, conferências municipais, regionais, territoriais e pré-conferências durante o ano de 2008. Estes encontros envolveram cerca de 61 mil pessoas de 1.154 municípios brasileiros. Segunda a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) é o segmento etário que mais tem crescido se comparado a outros grupos populacionais.Neste processo de construção foram eleitos 536 delegados à conferência nacional.

Através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, comandada pela dinâmica Marília Muricy, a Bahia tem participado ativamente deste processo. Convocada por um decreto do presidente Lula a conferência tem como tema central a “Avaliação da Rede Nacional de Proteção e Defesa das Pessoas Idosas – avanços e desafios.”

São nove eixos temáticos: 1) Ações para efetivação dos direitos das pessoas idosas quanto à promoção, proteção e defesa; (2) Combate à violência contra a pessoa idosa; (3) Atenção à saúde da pessoa idosa; (4) Previdência Social; (5) Assistência Social à pessoa idosa; (6) Educação, cultura, esporte e lazer; (7) Transporte, cidades e meio ambiente; (8) Gestão, participação e controle democrático; (9) Financiamento.

Mais informações no endereço conferenciaidoso@sedh.gov.br, ou pelos telefones (61) 3429.3598 e 3429.9463 ou ainda pelo site (www.sedh.gov.br).

1 de março de 2009

 

Maioria do PT apoia pré-candidatura de Dilma Roussef

Partindo da Folha de S. Paulo, que odeia o PT e faz o jogo do PSDB, ninguém sabe qual a intenção. A reportagem do jornalão procurou os 81 integrantes do Diretório Nacional e os 27 presidentes dos diretórios estaduais. Não deu outra: 81% dos dirigentes partidários apoiam Dilma Roussef como pré-candidata à presidência da República - uma proposta que vem sendo defendida aberta e legitimamente pelo presidente Lula.

Segundo o jornalão, “do total de 96 ouvidos - 26 presidentes estaduais e 70 membros do Diretório Nacional – 78 deles cravaram o nome de Dilma Roussef , o que equivale a 81%. Os restantes 17 integrantes (18%) estão longe de sugerir alguma dissenção, pois todos elogiaram a ministra da Casa Civil.

Ainda assim alguns nomes foram citados: Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Tarso Genro (Justiça) e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Mas, Tarso Genro não ver sequer possibilidade de alguma eleição interna prévia. E o governador Wagner já disse publicamente que é candidato à reeleição. O PT está unificado na idéia de fazer de Dilma Rousef a pré-candidata à presidência.

De qualquer sorte, não seria nenhum absurdo uma eleição prévia. O próprio Lula teve que derrotar a pré-candidatura do senador Eduardo Suplicy. Como todo mundo sabe, o PT é formado por diversas correntes políticas. Entretanto, se o PT está unificado, o mesmo não se pode dizer do PSDB, dividido entre as pré-candidaturas de José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

O texto do jornalão repete várias vezes a palavra “submissão” e “interferência”. Parece que o objetivo era de caracterizar o PT como um partido “submisso” a Lula e o PSDB como um partido que pratica a democracia interna. Não cola. O PT tem uma longa tradição de luta interna e o PSDB uma longa tradição de mandonismo. O que acontece é que, embora os nomes sugeridos sejam capazes, o presidente Lula soube identificar com antecedência o potencial de Dilma Roussef.

A pré-candidata é forte porque é mulher, tem capacidade gerencial e um histórico de luta pela democracia. Tudo que o PT deseja e o Brasil precisa. O resto é fofoca.

 

Projeto “Direito à Memória e à Verdade” faz homenagem a Paulo Wright

No próximo dia 20 de março, em Santa Catarina, será inaugurado um MEMORIAL em homenagem ao sociólogo Paulo Stuart Wright, ex-militante da Ação Popular (AP) desaparecido em outubro de 1973. Paulo Wright, ex-deputado estadual (SC) era dirigente nacional da organização revolucionária Ação Popular. Nós o chamávamos carinhosamente de “Tio João”.

Preso, foi assassinado pelos torturadores da ditadura militar, que a Folha de S. Paulo agora chama de “ditabranda”. Seu corpo nunca foi encontrado e seu nome até hoje conta da lista dos desaparecidos políticos. A iniciativa é da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. O projeto busca resgatar a história recente do Brasil. A mesma história que a Folha tenta indignamente reescrever.

Naquele outubro sangrento foram assassinados pelos psicopatas da ditadura militar (“ditabranda” segundo a Folha), por ordem dos generais do “glorioso” Exército Brasileiro, além de Paulo Stuart Wright, outros dirigentes da Ação Popular, como Eduardo Collier Filho, Humberto Câmara Neto, Fernando Santa Cruz, Honestino Guimarães, José Carlos da Mata Machado e Gildo Macedo Lacerda.

 

Fundação Perseu Abramo condena Folha de S. Paulo

Nilmário Miranda, Zilah Abramo, Elói Pietá, Iole Ilíada, Flávio Jorge, Paulo Fiorilo, em nome da Fundação Perseu Abramo publicaram nota de solidariedade aos professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides: “Expressamos total solidariedade aos companheiros das lutas democráticas nesse momento em que a Folha de S. Paulo, numa infeliz tentativa de reescrever nossa história, os ofende e ofende os ideais que levaram uma geração de brasileiros a lutar pela democracia no país. Não só nos solidarizamos, como também reafirmamos nosso apoio às idéias expressas nas suas cartas ao jornal”.

A nota dos dirigentes da Fundação Perseu Abramo se refere ao editorial da Folha de S. Paulo (17/02/2009) que relativiza a violência da sanguinária ditadura militar brasileira (1964-1985). O texto do jornalão afirma que no Brasil ocorreu uma “ditabranda”. Os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides escreveram protestos ao jornal e seus argumentos foram taxados pelo jornalão de “cínicas e mentirosas”. Uma reação arrogante e ofensiva. O fato tem provocado uma avalanche de protestos contra o jornal da famiglia Frias e muita solidariedade aos professores insultados.

Um manifesto de repúdio já passa das três mil assinaturas.

Dia 7 de março, às 10h, diante da sede do jornal em São Paulo, haverá ato público de repúdio à Folha de S. Paulo.

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