11 de maio de 2013

 

Oldack Miranda: “Entrei para a estatística dos blogueiros perseguidos”.


 Vou “compartilhar” o fato. Este blogueiro, jornalista e esforçado comunicador, acaba de receber uma intimação para comparecer à 16ª Delegacia Territorial, localizada à avenida Profº Magalhães Neto,, nº 20, Pituba (ponto de referência: ao lado da Faculdade Castro Alves). Pela intimação, terei que comparecer lá dia 20 de maio, às 10h30. A intimação explica a finalidade: “Prestar declarações”. Trata-se, segundo o documento, de uma “ocorrência policial”. Não consegui decifrar o nome do delegado ou autoridade que assina a intimação.
Quebrei a cabeça para descobrir de antemão do que se trata. Não briguei, não assaltei, não bati o carro, não bebo, não fumo. Sequer me envolvi em qualquer bate-boca. Mas, não há engano: A intimação é igualzinha à que o meu amigo jornalista Emiliano José também recebeu. Tudo igual, data, hora, delegacia, e a lacônica finalidade: “prestar declarações”. Matei a charada. O pastor Átila Brandão, bispo da Igreja Batista Caminho das Árvores, acusado de torturar o professor Renato Afonso de Carvalho nos anos de chumbo, resolveu ampliar a perseguição. Prestou queixa-crime contra Emiliano José e convenceu um delegado a me intimar para “prestar declarações”.

Meu blog Bahia de Fato e meu facebook deve estar incomodando alguém. Tenho divulgado todos os documentos e notícias sobre o caso Átila Brandão versus Emiliano José. O jornalista Emiliano José assinou reportagem no jornal A Tarde e no site da revista CartaCapital, com depoimentos de D. Yaiá, mãe do professor Renato Afonso e do próprio Renato Afonso. Os dois depoimentos, bem documentados, gravados, denunciam o ex-policial da Polícia Militar, Átila Brandão, como torturador do então militante que combatia a ditadura militar, Renato Afonso.
DECIDI COMPARTILHAR: DEVO COMPARECER À DELEGACIA?

10 de maio de 2013

 

Faculdade de Comunicação estranha ação penal contra jornalista Emiliano José


 NOTA PÚBLICA

A Faculdade de Comunicação vê com estranheza a ação penal por crime de calúnia impetrada pelo pastor e advogado Átila Brandão de Oliveira contra o jornalista e suplente de deputado federal Emiliano José da Silva Filho. Professor aposentado desta Faculdade, o jornalista Emiliano José durante anos prestou relevantes serviços na formação acadêmica e profissional de futuros jornalistas. Sua atuação profissional destaca-se no panorama baiano e nacional por seu alto padrão ético e por um posicionamento comprometido com uma abordagem investigativa e de responsável apuração de fatos. A ação do pastor Átila Brandão, recorrendo ao Código Penal antes de esgotados outros instrumentos para estabelecer sua versão dos fatos, constitui uma potencial ameaça à livre circulação de ideias, em um momento em que a sociedade brasileira, através da Comissão Nacional da Verdade, empenha-se em apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas no país em décadas passadas.

Salvador-BA, 09 de maio de 2013
Giovandro Marcus Ferreira
Diretor da Faculdade de Comunicação da UFBA

 

Documentário sobre padre Renzo Rossi foi lançado na Itália. Um sucesso.

 O jornalista e escritor Emiliano José e o publicitário Jorge Filipe voltaram de Florença, Itália, onde foram lançar, no dia 3 de maio, o documentário dirigido por eles intitulado “As asas invisíveis do padre Renzo”, inspirado no livro de Emiliano José, com o mesmo título. A exibição do filme na Itália foi uma iniciativa do Centro Diocesano de Florença, liderada pelo padre Sérgio Merlini.  Agora, os dois diretores vão finalizar o filme para que seja exibido através da TV Brasil.

O auditório do Centro Diocesano estava lotado, mais de duzentas pessoas.  Às 19h os convidados começaram a chegar. Muita emoção com a presença dos irmãos de padre Renzo Rossi - Elsa e Alfiero. O arcebispo de Florença, Giuseppe Betori, falou após a exibição. Disse das qualidades de Renzo, sua capacidade de enfrentar situações difíceis para a Igreja. Por isso volta e meia era designado para tarefas delicadas, que exigiam ação discreta. Assim fez padre Renzo ao dar assistência aos presos políticos de 14 presídios no Brasil, nos anos de chumbo.
Muita emoção também quando a professora Sandra Khal, secretária de padre Renzo, leu em italiano o artigo “Nada de Adeus, Renzo” da autoria de Emiliano José e publicado no jornal A Tarde, em Salvador.

O mestre de cerimônia foi o padre Sérgio Merlini. Pessoas importantes compareceram. Mauro Perini, ex-prefeito de Pontasieve, militante do Partido Democrático; Mauro Barsi, importante liderança católica; Antonio Vermigli, da Rete Radie Resch, rede que sempre ajudou os prisioneiros políticos brasileiros, e com quem Renzo tinha contatos sistemáticos; Irmã Renata, que trabalhou em Salvador por anos, na Capelinha de São Caetano, hoje na Itália; padre Piero Sabatini, que também conviveu com Renzo muitos anos na Bahia e, claro, Emiliano José, Jorge Felippi e Bruno, os produtores do documentário.
Em Salvador, aconteceram duas exibições antes da apresentação na Itália: na Capelinha de São Caetano e na Fonte do Capim. Funcionaram como uma pré-estréia, junto à população que padre Renzo dedicou longos anos de sua vida. Jorge Filipe, da produtora Santo Guerreiro, disse que agora falta fazer pequenos ajustes, a finalização, para que o filme ganhe as telas do país, através da TV Brasil.

Segundo Emiliano José, na Itália, Mauro Perini, que dirige o Instituto Brasil-Itália, ficou de ver quais os caminhos para que o filme seja exibido lá de forma mais generalizada, não descartando a RAI 3. A TV ouviu Emiliano José e jogou no ar a entrevista. Os jornais de Florença noticiaram a exibição. Sucesso.

 

A Verdade não tem idade

A Verdade não tem idade
Cláudio Carvalho, psicanalista, professor de história e filosofia. Publicado em A Tarde na página Opinião (10/5/2013)

A sociedade ocidental se libertou das amarras do laço social fundamentado no político-teológico ao eleger a liberdade individual como um valor caro á nossa cultura. Como corolário dessa mudança cultural, perdemos as balizas que guiavam a nossa conduta assentada na referência a um poder transcendente portador da verdade, aumentando o peso da responsabilidade ante nossas escolhas individualmente. A incerteza do ser e do querer, típicas da sociedade moderna, nos aproximou da angústia da existência própria ao humano sempre apenso às questões atemporais, portanto sem idade, acerca das origens e da finitude. Na ausência de um lugar externo para onde pudéssemos endereçar as nossas interrogações subjetivas e as dificuldades objetivas da vida em grupo, somos instados a inventar, através do ato de fala, um tempo e um espaço para pensar, refletir e debater através da liberdade de pensamento e do confronto de idéias com nossos iguais acerca dos impasses do nosso laço social.
A política é nesse momento oportuno e o lugar por excelência desse confronto de narrativas em volta do viver junto; a psicanálise, ao descortinar a verdade sem idade do inconsciente, portanto, atemporal, fundou essa “Outra cena” onde o sujeito pode associar livremente ao falar e assim tangenciar a verdade de seu desejo. É nesse sentido que vejo com simpatia a discussão, não a idéia em si, de redução da maioridade penal a colonizar as páginas de A Tarde (5/5/2012). Ainda que não concorde com Alice Portugal (PCdoB) ao lançar mão do crack como um coringa a instrumentalizar as razões da violência, Também não estou convencido do argumento de Antonio Imbassahy (PSDB) de que a redução da maioridade penal é um avanço. Da leitura do jornal em uma tarde modorrenta de domingo ficou a sensação de que a imprensa pode ser grande, os políticos podem estar à altura de suas funções e a democracia e a liberdade podem testemunhar que a verdade não tem idade.

P.S: Dedico este artigo em solidariedade ao íntegro e homem sério da política Emiliano José; testemunho vivo de que a verdade não deve ser silenciada pelo tempo.

9 de maio de 2013

 

Jornais baianos registram perseguição de ex-policial denunciado por tortura contra jornalista Emiliano José


1 - A coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde assinada pelo jornalista Levi Vasconcelos  registrou o seguinte:
“Segunda última, o jornalista Emiliano José publicou artigo em A Tarde (09/05/2013) sob o título “Jornalismo e Tortura”, contando o fato de estar sendo processado pelo pastor Átila Brandão por ter relatado que ouviu Dona Helena Afonso de Carvalho, Yaiá, que o filho, hoje professor de História Renato Afonso de Carvalho, foi torturado na Vila Militar dos Dendezeiros por Átila, então oficial da PM. Ontem (quarta,8) foi notificado pelo delegado Nilton Torres, da 16ª Delegacia, para lá comparecer dia 20. Átila deu queixa pelo mesmo motivo.Já disse que não vai. Liberdade de imprensa não é caso de política, como aliás, era na ditadura”.

2 - Deu no jornal Tribuna da Bahia com o título “Solidariedade”
O jornal Tribuna da Bahia, na coluna Raio Laser (09/05/2013) publicou: O Conselho Diretor da ABI (Associação Baiana de Imprensa) aprovou em sua reunião mensal realizada ontem (quarta, 8) uma “Moção de Solidariedade” ao jornalista Emiliano José, pelos seguidos atos de retaliação que vem sofrendo por parte do pastor Átila Brandão. Em artigo e matérias publicados em A Tarde, Emiliano apenas retratou torturas sofridas no Rio de Janeiro e na Bahia pelo professor de História Renato Afonso de Carvalho durante a repressão militar de triste lembrança na vida do Brasil. Em ambos os trabalhos jornalísticos, Emiliano exerceu sua função de reportar os fatos, com base em depoimentos da vítima das torturas Renato Afonso de Carvalho e de sua mãe falecida, Maria Helena Rocha, dona Yaiá. As publicações enfureceram o pastor.”

8 de maio de 2013

 

ABI presta solidariedade ao jornalista Emiliano José. Presidente da ABI da Bahia no Dia Mundial da Imprensa pede respeito à liberdade de imprensa


1 - O presidente da Associação Baiana de Imprensa, Walter Pinheiro, lembrou a luta pelo direito à informação, nesta sexta-feira (3), quando é comemorado o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O jornalista ressaltou que o direito constitucional presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos não espelha a realidade, e, questões como o autoritarismo, a censura e o apelo à violência, constituem em obstáculos no caminho para o amplo exercício de informar e ser informado. Confira o comunicado na integra:

“Todos têm o direito à liberdade de opinião e de expressão, esse direito inclui a liberdade de manifestar opiniões sem interferência e de buscar, receber e compartilhar informações e idéias por qualquer meio e além de qualquer fronteira”. Essas palavras, contidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, estão longe de espelhar a realidade mundo afora neste 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Autoritarismo, censura e apelo direto à violência constituem as principais pedras no caminho da liberdade de informar e ser informado. Por isso, parabéns a todos que lutam pelo direito à informação".

2 – O vice-presidente da ABI da Bahia, jornalista Ernesto Marques, comunica que a ABI aprovou Moção de Solidariedade ao jornalista Emiliano José. O jornalista está sendo processado pelo ex-policial Átila Brandão que, em 1971, em plena ditadura militar, chefiou equipe de tortura contra o hoje professor de História Renato Afonso de Carvalho, nome conhecido em todos os cursos de vestibular da Bahia. O jornalista Emiliano José ouviu a mãe de Renato Afonso e o próprio Renato Afonso. O atual pastor da Igreja Batista Caminho das Árvores, pastor Átila Brandão, deveria ler a declaração de Antônio Walter Pinheiro, diretor presidente da Tribuna da Bahia e presidente da Assocviação Baiana de Imprensa.

 

Aos militantes, amigas e amigos do Comitê Baiano Pela Verdade

Entre os dias 27 e 28 de abril ocorreu, em São Paulo, o Encontro Nacional da Sociedade Civil por Memória Verdade e Justiça. Foram cerca de 40 organizações de 20 estados e mais de 100 pessoas entre ex-presos, familiares, militantes de Direitos Humanos pesquisadores comprometidos com este campo da Memória, Verdade e Justiça para realizar um balanço do andamento da Comissão Nacional da Verdade, trocar informações e definir estratégias. E, claro, fortalecer laços de afetividade, porque lá estavam testemunhas de uma vida inteira de resistências e histórias para contar.

Bem este será um dos pontos que queremos discutir e compartilhar com os amigos e pessoas interessadas no tema na próxima reunião do Comitê Baiano Pela Verdade prevista para a próxima quinta feira, dia 09, às 17 horas na sede do Grupo Tortura Nunca Mais, nos Barris.

O mês de maio está com uma agenda cheia eventos interessantes correlacionados e que deverão compor o resto da pauta:

Exposição Direito à Memória e a Verdade – Secretaria de DH e TRE – no CAB

Dia 17 de maio – Audiência sobre a queixa-crime por calúnia que o ex-militar e pastor Átila Brandão move contra EMILIANO JOSÉ, que o denunciou como torturador

Dia 21 de maio – Audiência pública por iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia, para ouvir militantes, parlamentares, intelectuais, juristas, ex-presos, familiares e lançar a Comissão da Verdade da Assembléia Legislativa. Contaremos com a participação da assessora parlamentar Luciana, do gabinete do deputado Marcelino Galo.  

Dias 24 e 25 de maio – seminário para discutir a concepção do Memorial da Resistência Carlos Marighella

Dia 29 de maio – lançamento do livro Cadê Meu Filho, sobre o desaparecimento do militantes Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier.

Joviniano Neto
Pela coordenação do CBV

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O que: reunião de militantes e simpatizantes do CBV sobre o calendário de atividades
Onde: Sede do GTNM, Rua General Labatut, 26, Barris (em frente à Biblioteca Pública)
Data: 09 de abril (quinta-feira)
Hora: às 17 horas

6 de maio de 2013

 

Comitês por Memória, Verdade e Justiça aprovam Moção de Solidariedade ao jornalista baiano Emiliano José perseguido por ex-policial acusado de tortura na ditadura


ENCONTRO NACIONAL DA SOCIEDADE CIVIL POR MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA
Moção de Solidariedade ao jornalista e escritor Emiliano José

Nós, militantes de Direitos Humanos dos comitês, fóruns e entidades organizados no campo do movimento Memória, Verdade e Justiça, reunidos em encontro nacional em São Paulo, nos dias 27 e 28 de abril de 2013, manifestamos toda solidariedade  ao jornalista e escritor Emiliano José, alvo de queixa-crime por calúnia, perpetrada pelo ex-policial e pastor evangélico Átila Brandão, indicado como torturador de ex-preso político.
A inusitada motivação de corre de artigo saído no jornal baiano A Tarde relatando sevícias sofridas pelo ex-preso e professor de História Renato Afonso Carvalho, quando militante do PCBR, nas dependências do Quartel da Polícia Militar dos Dendezeiros, nos anos 1970, em Salvador.

Emiliano José, também ele ex-preso político e combativo jornalista é reconhecido pela seriedade com que busca reconstruir através de depoimentos, artigos e livros a trágica história do período da ditadura civil-militar no Brasil e dele só podemos esperar que continue colocando sua coragem e competência de comunicador a serviço do aprofundamento da democracia, no momento oportuno em que se intensificam as demandas à Comissão Nacional da Verdade.
Seguem 40 assinaturas de representantes de comitês, fóruns e entidades vinculadas ao movimento Memória, Verdade e Justiça, de todos os estados brasileiros.

 

Íntegra do Manifesto do Grupo Tortura Nunca Mais - Bahia, em solidariedade ao jornalista Emiliano José, processado pelo ex-policial e atual pastor evangélico Átila Brandão


Grupo Tortura Nunca Mais

DEFESA DA HISTÓRIA E DA VERDADE
Agressão ao exercício da função de jornalista, à liberdade de manifestação e expressão, tentativa de se recusar a responder diante das acusações de tortura e ações policialescas praticadas durante a Ditadura Militar. Estes são os significados do processo instaurado pelo ex-policial e atualmente pastor evangélico, Átila Brandão, contra o professor e jornalista Emiliano José, de reconhecida atuação na área dos Direitos Humanos e na reconstituição do passado militar.

O Grupo Tortura Nunca Mais – Bahia na condição de continuador da luta pela Anistia e membro da coordenação do CBV – Comitê Baiano pela Verdade denuncia ao povo brasileiro esta ação como mais uma das que tentam impedir a reconstituição da verdadeira história do Brasil.  Esta reconstituição é tarefa que o GTNM-Bahia sempre assumiu e que agora deverá contar com a ação da Comissão Nacional da Verdade e da Comissão Estadual a ser implantada pelo governo da Bahia.
Passando aos fatos que motivaram o processo. Jornalista e pesquisador, Emiliano José publicou no jornal A Tarde (11/02/2013) matéria intitulada “A premonição de Yaiá”, na qual ela fala da tortura praticada em seu filho Renato Afonso, por equipe chefiada por Átila Brandão. Um jornalista tem direito de elaborar matérias e reportagens sobre temas relevantes. E tentar incriminá-lo por isto é ameaçar o próprio exercício do direito à informação. Jornalista experimentado e fiel às suas fontes, Emiliano não deixa de verificar cuidadosamente as informações em que se baseia.

Na análise do caso, publicou, inclusive, matéria (“Corpo amputado querendo se recompor”) no site da conceituada revista CartaCapital (08/04/2013) em que o próprio Renato Afonso confirma as agressões sofridas de parte de Átila Brandão, com o qual já havia se defrontado quando estudante na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia – UFBA. A notícia da presença da mãe no quartel teria levado à interrupção da tortura.
A malfadada ação do ex-policial exige a reação das entidades que defendem os direitos humanos e o trabalho dos jornalistas e colocar como prioritário o exame e a reconstituição da ação do acusado que ora pretende se transformar em acusador.

Quando alguém tenta “tapar o sol com a peneira” chama a atenção para si e para a força de luz que a atravessa.

Salvador, 26 de abril de 2013
Joviniano Neto
Presidente do GTNM-Bahia
Membro da Coordenação do Comitê Baiano pela Verdade

 

Ex-presidente Lula quer a volta do PT às suas origens, sem sectarismo


O ex-presidente Lula é mais esperto do que a mídia conservadora. Ele criticou o PT, antecipando-se ao tiroteio midiático. Segundo Lula, dez anos de poder levaram à existência de dois PTs, o eleitoreiro, parlamentar, dos dirigentes, e o partido da base, igualzinho ao que era em 1980, contrário ás alianças políticas, mas ciente que, para ganhar tem que fazer acordos políticos. Ele acha que o PT precisa voltar a creditar em valores (...) que foram banalizados por conta das disputas eleitorais. Entretanto, ressalta que não deve ser sectário como no começo.
As declarações do “principal protagonista” do PT, fazem parte do libro “10 anos de governos  pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, uma coletânea de 23 artigos organizada pelo  sociólogo Emir Sader, que será lançada no próximo dia 13 de maio, em seminário no Centro  Cultural São Paulo, com participação da filósofa Marilena Chauí e do economista Márcio  Pochmann, além naturalmente do próprio Lula. Tem textos de Nelson Barbosa, Marco  Aurélio Garcia, Luiz Gonzaga Beluzzo e do físico Luiz Pinguelli Rosa.
O texto do Estado de S. Paulo “pinça” alguns aspectos claramente com intenções políticas, vício da mídia atual. Vou desconhecê-los porque não sou menino.  Lula afirma na obra que “outros países não conseguiram fazer, em 30anos, o que nós fizemos em dez”. Há uma grande entrevista de Lula no livro. Lula fala do mensalão e da exploração política da mídia em torno dele. Obviamente, Lula fala de seus governos e destaca a criação de universidade federais, o aumento do salário mínimo e uma revolução na política externa.

A criação de universidades federais repercute positivamente na Bahia. Durante 60 anos, as elites que governaram o país mantiveram apenas uma universidade federal na Bahia – a UFBA. Foi preciso surgir um Lula torneiro mecânico para implantar diversas universidades federais na Bahia. E no final dá uma porretada: está plenamente provado que é possível governar distribuindo renda.

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