13 de outubro de 2007

 

A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA!

Tropa de elite: a criminalização da pobreza

Ivan Pinheiro

"Homem de preto.
Qual é sua missão?
É invadir favela.
E deixar corpo no chão"

"Tropa de Elite,
Osso duro de roer,
Pega um, pega geral.
Também vai pegar você!"

(refrão do BOPE)

Não dá cair no papo furado de que "Tropa de Elite" é "arte pura" ou "obra aberta".

Um filme sobre questões sociais não podia ser neutro. Trata-se de uma obra de arte objetivamente ideológica, de caráter fascista, que serve à criminalização e ao extermínio da pobreza.

É possível até que os diretores subjetivamente não quisessem este resultado, mas apenas ganhar dinheiro, prestígio e, quem sabe, um Oscar. Vão jurar o resto da vida que não são de direita. Aliás, você conhece alguém no Brasil, ainda mais na área cultural, que se diga de direita?

Como acredito mais em conspirações do que no acaso, não descarto a hipótese de o filme ter sido encomendado por setores conservadores. Estou curioso para saber quais foram os mecenas desta caríssima produção, que certamente foi financiada por incentivos fiscais.

O filme tem objetivos diferentes, para públicos diferentes. Para os proletários das comunidades carentes, o objetivo é botar mais medo ainda na "caveira" (o BOPE, os "homens de preto"). O vazamento escancarado das cópias piratas talvez seja, além de uma estratégia de marketing, parte de uma campanha ideológica.

A pirataria é a única maneira de o filme ser visto pelos que não podem pagar os caros ingressos dos cinemas. Aliás, que cinemas? Não existe mais um cinema nos subúrbios, a não ser em shopping, que não é lugar de pobre freqüentar, até porque se sente excluído e discriminado.

No filme, os "caveiras" são invencíveis e imortais. O único que morre é porque "deu mole". Cometeu o erro de ir ao morro à paisana, para levar óculos para um menino pobre, em nome de um colega de tropa que estava identificado na área como policial. Resumo: foi fazer uma boa ação e acabou assassinado pelos bandidos.

Para as classes médias e altas, o objetivo do filme é conquistar mais simpatia para o BOPE, na luta dos "de cima", que moram embaixo, contra os "de baixo", que moram em cima. Os "homens de preto" são glamourizados, como abnegados e incorruptíveis. Apesar de bem intencionados e preocupados socialmente, são obrigados a torturar e assassinar a sangue frio, em "nosso nome".

Para servir à "nossa sociedade", sacrificam a família, a saúde e os estudos. Nós lhes devemos tudo isso! Portanto, precisam ser impunes. Você já viu algum "caveira" ser processado e julgado por tortura ou assassinato? "Caveira" não tem nome, a não ser no filme. A "Caveira" é uma instituição, impessoal, quase secreta.

Há várias cenas para justificar a tortura como "um mal necessário". Em ambas, o resultado é positivo para os torturadores, ou seja, os torturados não resistem e "cagüetam" os procurados, que são pegos e mortos, com requintes de crueldade. Fica outra mensagem: sem aquelas torturas, o resultado era impossível.

Tudo é feito para nos sentirmos numa verdadeira guerra, do bem contra o mal. É impossível não nos remetermos ao Iraque ou à Palestina: na guerra, quase tudo é permitido. À certa altura, afirma o narrador, orgulhoso : "nem no exército de Israel há soldados iguais aos do BOPE".

Para quem mora no Rio, é ridículo levar a sério as cenas em que os "rangers" sobem os morros, saindo do nada, se esgueirando pelas encostas e ruelas, sem que sejam percebidos pelos olheiros e fogueteiros das gangues do varejo de drogas!

Esta manipulação cumpre o papel de torná-los ainda mais invencíveis e, ao mesmo tempo, de esconder o estigmatizado "Caveirão", dentro do qual, na vida real, eles sobem o morro, blindados. O "Caveirão", a maior marca do BOPE, não aparece no filme: os heróis não podem parecer covardes!

O filme procura desqualificar a polêmica ideológica com a esquerda, que responsabiliza as injustiças sociais como causa principal da violência e marginalidade. Para ridicularizar a defesa dos direitos humanos e escamotear a denúncia do capitalismo, os antagonistas da truculência policial são estudantes da PUC, "despojados de boutique", que se dão a alguns luxos, por não terem ainda chegado à maioridade burguesa.

Os protestos contra a violência retratados no filme são performances no estilo "viva rico", em que a burguesia e a pequena-burguesia vão para a orla pedir paz, como se fosse possível acabar com a violência com velas e roupas brancas, ou seja, como se tratasse de um problema moral ou cultural e não social.

A burguesia passa incólume pelo filme, a não ser pela caricatura de seus filhos que, na Faculdade, fumam um baseado e discutem Foucault. Um personagem chamado "Baiano" (sutil preconceito) é a personificação do tráfico de drogas e de armas, como se não passasse de um desses meninos pobres, apenas mais espertos que os outros, que se fazem "Chefe do Morro" e que não chegam aos trinta anos de idade, simples varejistas de drogas e armas, produtos dos mais rentáveis do capitalismo contemporâneo. Nenhuma menção a como as drogas e armas chegam às comunidades, distribuídas pelos grandes traficantes capitalistas, sempre impunes, longe das balas achadas e perdidas. E ainda responsabilizam os consumidores pela existência do tráfico de drogas, como se o sistema não tivesse nada a ver com isso!

O Estado burguês também passa incólume pelo filme. Nenhuma alusão à ausência do Estado nas comunidades carentes, principal causa do domínio do banditismo. Nenhuma denúncia de que lá falta tudo que sobra nos bairros ricos. No filme, corrupção é um soldado da PM tomar um chope de graça, para dar segurança a um bar. Aliás, o filme arrasa impiedosamente os policiais "não caveiras", generalizando-os como corruptos e covardes, principalmente os que ficam multando nossos carros e tolhendo nossas pequenas transgressões, ao invés de subirem o morro para matar bandido.

A grande sacada do filme é que o personagem ideológico principal não é o artista principal. Este, branco, é o que mais mata. Ironicamente, chama-se Nascimento. É um tipo patológico, messiânico, sanguinário, que manda um colega matar enquanto fala ao celular com a mulher sobre o nascimento do filho.

Mas para fazer a cabeça de todos os públicos, tanto os "de cima" como os "de baixo", o grande e verdadeiro herói da trama surge no final: Thiago, um jovem negro, pacato, criado numa comunidade pobre, que foi trabalhar na PM para custear seus estudos de Direito, louco para largar aquela vida e ser advogado.

Como PM, foi um peixe fora d'água: incorruptível, respeitava as leis e os cidadãos. Generoso, foi ele quem comprou os óculos para dar para o menino míope. Sua entrada no BOPE não foi por vocação, mas por acaso.

Para ficar claro que não há solução fora da repressão e do extermínio e que não adianta criticar nem fazer passeata, pois "guerra é guerra", nosso novo herói se transforma no mais cruel dos "caveiras" da tropa da elite, a ponto de dar o tiro de misericórdia no varejista "Baiano", depois que este foi torturado, dominado e imobilizado.

Para não parecer uma guerra de brancos ricos contra negros pobres, mas do bem contra o mal, o nosso herói é um "caveira" negro, que mata um bandido "baiano", de sua própria classe, num ritual macabro para sinalizar uma possibilidade de "mobilidade social", para usar uma expressão cretina dos entusiastas das "políticas compensatórias".

A fascistização é um fenômeno que vem sendo impulsionado pelo imperialismo em escala mundial. A pretexto da luta contra o terrorismo, criminalizam-se governos, líderes, povos, países, religiões, raças, culturas, ideologias, camadas sociais.

Em qualquer país em que "Tropa de Elite" passar, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, o filme estará contribuindo para que a sociedade se torne mais fascista e mais intolerante com os negros, os imigrantes de países periféricos e delinqüentes de baixa renda.

No Brasil, a mídia burguesa há muito tempo trabalha a idéia de que estamos numa verdadeira guerra, fazendo sutilmente a apologia da repressão. Sentimos isso de perto. Quantas vezes já vimos pessoas nas ruas querendo linchar um ladrão amador, pego roubando alguma coisa de alguém? Quantas vezes ouvimos, até de trabalhadores, que "bandido tem que morrer"?

Se não reagirmos, daqui a pouco a classe média vai para as ruas pedir mais BOPE e menos direitos humanos e, de novo, fazer o jogo da burguesia, que quer exterminar os pobres, que só criam problemas e ainda por cima não contam na sociedade de consumo.

Daqui a pouco, as milícias particulares vão se espalhar pelo país, inspiradas nos heróicos "homens de preto", num perigoso processo de privatização da segurança pública e da justiça. Não nos esqueçamos do modelo da "matriz": hoje, os mais sanguinários soldados americanos no Iraque são mercenários recrutados por empresas particulares de segurança, não sujeitos a regulamentos e códigos militares.

Parafraseando Bertolt Brecht, depois vai sobrar para nós, que teimamos em lutar contra o fascismo e a barbárie, sonhando com um mundo justo e fraterno.

A trilha sonora do filme já avisou:

"Tropa de Elite,
Osso duro de roer,
Pega um, pega geral.
Também vai pegar você!"

http://blogdobourdoukan.blogspot.com/

 

Muita diferença na privatização de estradas entre Lula e FHC

De fato, o PT criticava a privatização das estradas federais. Era um tombo danado no bolso dos viajantes. Como Lula herdou uma herança maldita de grandes proporções, a saída foi entregar à iniciativa privada a exploração de mais estradas federais. O leilão acaba de ser concluído para exploração de 2.600 km de asfalto. Mas tem uma diferença substancial entre as duas privatizações. A turma de FHC, do PSDB, do PFL, vai ter que explicar como o cidadão vai pagar pedágio de R$ 0,99 na Fernão Dias e R$ 7.00 na Dutra. O Governo Lula criou um novo modelo de concessões de estradas.

E o pior ainda vem aí para o PSDB e o resto da quadrilha. O TCU pode determinar a revisão dos contratos para exploração de pedágios feitos na Era FHC. O lucro das empresas da Era FHC varia de 17% a 24%. O lucro das empresas da Era Lula mal chega aos 9%.

A continuar por aí Lula fará seu sucessor. O Brasil merece.

10 de outubro de 2007

 

Sete candidatos e nove chapas disputam eleições diretas no PT

Fico aqui pensando como os “formadores de opinião” vão dar esta notícia. Provavelmente vão dizer coisas do gênero “PT se DIVIDE em sete”, ou deformações assemelhadas. Pelo andar da carruagem do Partido da Imprensa (PI) o mais provável é essa inversão. O que é bom no PT passa a ser ruim.

O site nacional do PT informa que sete candidatos irão disputar a presidência nacional no PED (Processo de Eleições Internas) 2007, cujo primeiro turno acontece em 2 de dezembro. Caso nenhum deles faça 50% mais um dos votos válidos, a disputa será decidida em segundo turno, no dia 16 de dezembro.

Os candidatos inscritos até o prazo limite (20h desta terça-feira, 9) são: Ricardo Berzoini (chapa Construindo um Novo Brasil), Jilmar Tatto (Partido é pra Lutar), José Eduardo Martins Cardoso (Mensagem ao Partido), Valter Pomar (A Esperança é Vermelha), Markus Sokol (Terra, Trabalho e Soberania), José Carlos Miranda (Um Programa Socialista para o PT) e Gilney Viana (Militância Socialista).

Concorrem ainda outras duas chapas que não apresentaram candidatos nacionais à presidência: Democracia pra Valer e Movimento Popular. Assim apesar de sete candidatos nove chapas disputam o espaço. É que os órgãos de direção são compostos proporcionalmente aos votos recebidos. Uma tendência pode querer espaço na direção sem ter cacife para lançar candidatura à presidência.

No PED do PT, os filiados votam separadamente no presidente e na chapa, processo que se repete nas instâncias estaduais, municipais e zonais.

Profundamente democrático. Qual partido do Brasil pode fazer isso?

Partido político no Brasil tem dono, o PT não tem dono.

 

Grupo de Canto Coral da Desenbahia vai a Minas

A informação abaixo está no site http://www.festivaldecorais.com.br/

O Grupo de Canto Coral da Desenbahia foi criado em 2005, com a concepção de que a música com seus elementos rítmicos, melódicos e harmônicos, facilita o desenvolvimento da criatividade, a integração e a socialização, possibilitando transformações em nível pessoal e profissional.

O Coral é composto por 26 colaboradores da Desenbahia, tendo na sua proposta performática a união da música às diversas manifestações artísticas.

Além de apresentações internas na empresa, atua também como ação de responsabilidade social na comunidade, realizando apresentações em instituições filantrópicas – creches, abrigos para idosos e hospitais, sempre precedidas de doações arrecadadas em campanhas junto aos colaboradores da Desenbahia.

Regente Magno Aguiar

Formado em acordeom e piano pela Escola de Musica da Bahia, Ciências da Computação (UFBA) e Musicoterapia (UCSAL, pós-graduado em Educação (University of British Columbian), Gestão Organizacional Publica (UNEB) e Desvios do Desenvolvimento (Universidade de Santo Amaro-SP/APAE-BA), começou a trabalhar com corais no Programa de Assistência ao Idoso da LBA, onde regeu por vários anos o Coral do Idoso daquela Instituição.

A partir daí, passou a reger coros em empresas e grupos particulares. Desenvolve nos corais que rege um trabalho que busca integrar a música as várias manifestações artísticas como dança, teatro e artes plásticas.

Em Musicoterapia, atende em consultório e promove oficinas de sensibilização e desenvolvimento da criatividade através da música em empresas publicas e privadas, na área de saúde, educação e gestão pública.

 

Bahia leva samba-de-roda ao Festival de Corais de Belo Horizonte

A Bahia estará representada no 5o Festival de Corais de Belo Horizonte. O Coral Desenbahia (Agência de Fomento do Estado da Bahia) foi convidado e leva o samba-de-roda do Recôncavo e um roteiro musical com forte presença de cantores e compositores baianos. O Coral Desenbahia fará quatro apresentações na capital mineira e duas em Sabará e Mariana.

O coral baiano com 28 integrantes, além do percussionista Ricardo Dórea, sob a batuta do Maestro Magno Aguiar, fará apresentações, na Igreja da Pampulha, na Praça Duque de Caxias (bairro Santa Tereza), na Casa do Conde (Funarte) e no Parque das Mangabeiras.

Para o Festival de Belo Horizonte o Coral Desenbahia preparou um medley com samba-de-roda da Bahia, músicas de festas de largo, alusões a Riachão, Gil, Caetano, Araketo e canções da MPB, Ivan Lins, Milton Nascimento, Antônio Carlos e Jocafi. Ao final, uma bela homenagem a Elis Regina e às mulheres do mundo.

SAMBA NO ROTEIRO

Segundo o Maestro Magno Aguiar, o roteiro musical do Coral Desenbahia reflete a nossa diversidade cultural. "Temos um medley basicamente com samba-de-roda do Recôncavo, que começa com "Patuscada de Ghandy", de Gilberto Gil, e então vai se criando toda uma ambientação de uma festa de largo. Os coralistas se apresentam com figurinos do samba-de-roda, saias rodadas, coloridas, de chitão, os rapazes de camisa branca e pés descalços".

"Junto ao medley cantaremos "Não se Vá" (de Jane e Herondi), um conjunto de canções populares e até da Jovem Guarda, como "Detalhes" de Roberto Carlos e Erasmo. O grupo encena uma espécie de "guerra dos sexos" em que o amor acaba vencendo. Nesse musical com dramatização os homens se vestem de paletó xadrez com um imenso girassol na lapela, as mulheres usam xales coloridos. Incluímos músicas do Clube da Esquina (vamos cantar no bairro Santa Tereza que eles popularizaram) como "Maria, Maria" e "Caçador de Mim" de Fernando Brant e Milton Nascimento".

Faremos alusões a Ivan Lins e Victor Martins com "Um novo tempo". Mas é forte a presença de compositores baianos como Riachão (Xô Xuá), Araketo é bom demais (Dinha), "Canto de um povo" de Caetano Veloso. Ao final vamos fazer uma homenagem às mulheres homenageando Elis Regina, com a voz gravada da cantora fazendo um back na canção "Como os nossos pais".

PROGRAMAÇÃO:
1) Quinta-feira, 11/10 - 20hs, apresentação na Casa do Conde -
2) Sexta-feira, 12/10 - 10h, apresentação em Mariana, Teatro Sesi -
20h, apresentação na Praça Duque de Caxias (Santa Tereza)

3) Sábado , 13/10 - 15h00 - apresentação Igreja da Pampulha -
20h30 - apresentação em Sabará - Teatro Municipal -
4) Domingo, 14/10 - 18h - apresentação no Parque das Mangabeiras.

9 de outubro de 2007

 

Revista Istoé abre a caixa-preta da fortuna de ACM

Nada mau, para a carreira profissional de um médico. Leia nota:

Surpresas de ACM

Confidencial : Hugo Studart
Isto é num. 1980
8/10/2007
Há surpresas no inventário de Antônio Carlos Magalhães. Abertos os papéis, descobriu-se que ele deixou cerca de R$ 450 milhões. São empresas, imóveis e cerca de R$ 100 milhões em ações ou depósitos bancários. Os dois filhos, o senador ACM Jr. e Maria Teresa, e os três herdeiros do falecido Luiz Eduardo, estavam se entendendo bem. Até que, instigada pelo marido César da Mata Pires, da OAS, Teresa começou a exigir que o irmão se afaste dos negócios e “profissionalize” a TV Bahia. O pior ainda pode vir.

 

Candidatos a presidente do PT farão dez debates

Como um bom assessor de comunicação do Partido da Imprensa (PI), o Josias de Souza, titular do blog oficial da Folha de S. Paulo, registra a seu modo a confirmação da candidatura de Ricardo Berzoini à presidência nacional do PT. Coloca aspas na palavra renovação partidária e conclui que Berzoini protegeu “mensaleiros”.

É mais uma tentativa canhestra de desqualificar o Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores, fenômeno sem paralelo no mundo inteiro, que elege pelo voto direto os dirigentes em todos os níveis partidários.

De fato, Ricardo Berzoini é candidato. E favorito. Ele vai disputar a reeleição com apoio de Lula “contra” Valter Pomar e Jilmar Tatto. Haverá dez debates, inclusive na Bahia. Marco Aurélio Garcia, o competente Assessor Internacional do presidente Lula, saiu da disputa.

O Assessor de Comunicação do Partido da Imprensa, Josias de Souza, em seu blog oficial, tenta passar a idéia de ilegitimidade da candidatura de Ricardo Berzoini: “O petismo está na bica de eleger o velho para comandá-lo”, diz o press-release, travestido de notícia. Não vai colar, os militantes do PT têm cabeça feita em relação à grande imprensa.

 

Fidel vai sobreviver como Che Guevara, um símbolo

Do historiador inglês, Eric Hobsbawm, em entrevista à Folha de S. Paulo:

E Fidel Castro? O que ficará da Revolução Cubana? “Cuba já vive a fase de transição pós-Castro. Ele será lembrado como uma lenda, uma tocha da emancipação da América Latina em relação aos EUA, uma expressão dramatizada de sua aspiração por independência, um símbolo anti-imperialista. Vai ser lembrado por conquistas sociais que nenhum outro país latino-americano alcançou. Acho que não foi suficientemente dito ainda o quanto ele melhorou a qualidade e a expectativa de vida dos cubanos. Porém, fundamentalmente, o projeto cubano não pode ser considerado um sucesso. Economicamente foi um desastre até, assim como a tentativa de revolucionar o resto da América Latina não teve sucesso. Fidel vai sobreviver como Che Guevara. Uma imagem. Um símbolo”.

 

CartaCapital debocha da revista Veja com merecimento

Li centenas de críticas à tentativa IDIOTIZANTE da revista Veja de atentar contra a memória de Che Guevara, cuja execução se deu há 40 anos, no dia 9 de outubro. A revista Veja é especialista nisso. Destrói com suas falsificações a imagem de muita gente. Desta vez deu errado.

O texto mais debochado que encontrei (de rejeição às bobagens que a revista Veja escreveu) foi numa outra revista semanal, CartaCapital (10/10/07), na coluna Refogado, assinada por Márcio Alemão. Depois que a revista Veja descobriu que o guerrilheiro Che fedia – oh, que tragédia – “em breve o profundo jornalismo investigativo da revista Veja vai descobrir que Marx soltava pum de maneira incontrolável, que Engels tinha mau hálito e que Fidel tinha uma coceira crônica que adora coçar. Como é que gente assim pode querer mudar o mundo?”. Só faltou dizer - acrescentaria eu - que Lênin enfiava o dedo no nariz e fazia bolinhas de meleca.

O texto de CartaCapital é de um deboche, mas de um deboche tamanho, que os redatores de aluguel da revista Veja devem ter sentido muita vergonha. Se é que ainda são capazes de sentir isso.

LEIA O TEXTO NA ÍNTEGRA

Che Guevara era fedido

Interessante a reportagem publicada na Veja da semana passada, onde “verdades inconvenientes” sobre Ernesto Che Guevara são reveladas.

Por exemplo: pessoas próximas a ele, ao Che, o chamavam de el cancho, o porco. Diziam que ele não gostava de tomar banho e, portanto, fedia.

Eu não sabia disso, mas, a partir de agora, passo a odiá-lo. Pelo que lutou e morreu, pouco importa. Como é que alguém pode querer mudar as coisas no mundo se nem ao menos cuida de sua higiene pessoal?

Em breve o profundo jornalismo investigativo vai descobrir que Marx soltava pum de maneira inconveniente. Engels tinha mau hábito. Fidel tem uma frieira crônica que adora coçar.

Também comprovam que a famosa frase que diz respeito a endurecer sem perder a ternura não passou de uma bravata. Che declara que estava pronto para fuzilar seus inimigos, sem piedade.

Essa parte mexeu comigo. Eu jurava que nas guerrilhas, principalmente nas chefiadas por Che Guevara, os inimigos eram convidados a comer uma empanada, cantar cantigas de roda e, eventualmente, renderem-se com um gostoso abraço.

Fazer o quê? A verdade sempre aparece. E, quando todas vierem à tona, as pessoas finalmente vão entender a grande farsa que foi o comunismo e a gigantesca farsa que foram seus heróis.

8 de outubro de 2007

 

Banco do Brasil em plena ofensiva na Era Lula

O Banco do Brasil está na ofensiva para enfrentar a rede privada. Na Bahia, desbancou o Bradesco, que ocupava ilegalmente o controle das contas governamentais e o pagamento dos salários dos servidores, uma grande mamata desde a privatização do BANEB, patrocinada pela turma do falecido ACM. A federalização está ocorrendo em Santa Catarina, Piauí e Brasília. É mais que uma ofensiva bancária, é uma política de governo.

Em Santa Catarina, o BB iniciou o processo de incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC). Nos próximos cinco anos, o BB se compromete a prestar serviços de centralização e processamento da movimentação financeira da folha de pagamento dos servidores públicos estaduais. No mesmo período, o Banco do Brasil manterá a marca BESC nas agências, além de preservar o atendimento bancário nos 293 municípios catarinenses. Pelo acordo, o BB antecipa R$ 270 milhões para pagamento dos juros dos títulos do Tesouro Nacional, em poder do Instituto da Previdência do Estado de Santa Catarina (IPESC).

Federalização e não privatização é a marca da Era Lula.

O próximo movimento é a incorporação do Banco do Estado do Piauí (BEP) ao Banco do Brasil nos mesmos moldes da incorporação do BESC. Também está em andamento a negociação para a compra do Banco de Brasília (BRB).

O Banco do Brasil responde assim ao processo de consolidação do setor bancário, de modo a garantir um banco estatal forte o suficiente para concorrer em pé de igualdade com as instituições privadas.

Acabou a farra com o patrimônio financeiro público.

Com informações da Agência Brasil.

 

As idéias podem viajar, mas não a bordo de tanques

De Eric Hobsbawm, historiador inglês:

A frase do historiador inglês Eric Hobsbawm, 90 anos, resume sua descrença em relação à imposição de valores por meio da força, como os EUA estão fazendo no Iraque. Em seu mais recente livro “Globalização, democracia e terrorismo” o pensador marxista afirma que o imperialismo americano está com os dias contados. O mundo hoje é muito complicado para que apenas um país o domine, comenta o autor da obra “A Era das Revoluções”. Sempre “foi um pesadelo quando se fez uso de poder militar para exportar valores”. Hobsbawm fez estas declarações em entrevista à Folha de S. Paulo 30/09/07).

7 de outubro de 2007

 

Manual de Redação da Folha de S. Paulo – Capítulo 2

1. O PT não tem razão.
2. O PT nunca tem razão.
3. O PT sempre erra.
4. Na hipótese absurda do PT acertar, valem os itens 1 e 2.
5. Se alguém do PT erra, Lula é o culpado.
6. Se a direção do PT erra, Lula é o culpado.
7 O Lula não degusta, bebe.
8 . O Lula não governa, viaja.
9. O Serra viaja e governa.
10. Escândalo no PT é mensalão.
11. Escândalo no PSDB é caixa 2.
12. Não se fala mais em juros altos.
13. Agora vamos pegar o Renan.
14. Jornalista precisa criticar o Lula.
15. Qualquer dúvida, vale o artigo 2.

 

Manual de Redação da Folha de S. Paulo

1. O Serra tem razão.
2. O Serra tem sempre razão.
3. O Serra não erra, se engana.
4. Ante a improvável hipótese de que ele não tenha razão, entra em vigência os artigos 1 e 2.
5. O Serra não dorme, repousa.
6. O Serra não come, se nutre.
7 O Serra não bebe, degusta.
8 . O Serra nunca chega tarde, algo o atrasou.
9. O Serra nunca abandona o trabalho, é requerida sua presença em outro lugar.
10. O Serra nunca lê jornal no gabinete, se informa.
11. O Serra não se familiariza com a secretária... apenas a educa.
12. Quem entrar no gabinete do Serra com idéias próprias, deve ajustá-las às dele.
13. O Serra pensa por todos.
14. Quanto mais se pensa como Serra, mais se sobe na Folha.
15. Qualquer dúvida, vale o artigo 2.

http://blogentrelinhas.blogspot.com/

 

Não sabia que Aguinaldo Silva da Rede Globo era canalha

Clara Becker, ex-mulher de José Dirceu, publicou carta desmascarando Aguinaldo Silva, o autor da novela da Rede Globo intitulada “Duas Caras”. O canalha incluiu no roteiro um personagem que levou vida dupla no casamento para fugir da polícia.

Admitiu que o personagem foi “inspirado” em José Dirceu. Na verdade, o ex-ministro quando era clandestino foi obrigado a viver com identidade falsa por sobrevivência. Abrir o jogo com a mulher seria um risco desnecessário para ela. Os militares não respeitavam ninguém. Aguinaldo Silva sabe disso. Clara Becker, mãe de Zeca, filho de Zé Dirceu, com doçura diz umas verdades para o canalha.

“Se o senhor não gosta do político José Dirceu, se tem uma impressão negativa dele, esse é um direito sagrado que respeito integralmente. Agora, por favor, não extravase sua raiva ou preconceito contra ele, falando de coisas que não são de seu conhecimento, como a relação que tivemos. Pois isso não atinge apenas a ele: atinge a mim e sobretudo a verdade”.

A Rede Globo está indo para o esgoto até nas novelas.

LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA:
www.zedirceu.com.br/

 

PT pede transparência nas concessões e quer CPI da TVA/Abril

O Diretório Nacional do PT aprovou (05/10/07)) resolução de apoio aos movimentos sociais que lançaram a “Campanha por Democracia e Transparência nas Concessões de Rádio e TV”.

A resolução afirma que os meios de comunicação de massa “não podem estar submetidos aos monopólios privados” e reforça o entendimento de que a questão deve ser amplamente debatida pela sociedade.

O PT também se posiciona a favor da instalação de uma CPI para investigar a compra da TVA, pertencente ao grupo Abril, pela Telefônica.

Leia a íntegra abaixo:

Resolução sobre comunicações

O Diretório Nacional do PT, reunido no dia 5 de outubro de 2007, dirige uma saudação à iniciativa da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que está realizando no dia de hoje manifestações em onze capitais brasileiras, lançando a “Campanha por Democracia e Transparência nas Concessões de Rádio e TV”.

Neste dia 5 de outubro vence o prazo de concessão de várias emissoras privadas, entre as quais cinco retransmissoras da Rede Globo.

A iniciativa da CMS significa um amadurecimento e avanço das organizações e movimentos dos trabalhadores e do povo, no entendimento de que a questão da Comunicação não é apenas uma questão dos profissionais e especialistas dessa área, mas uma questão de todos os cidadãos e cidadãs.

Portanto, uma questão social e, como todas as questões sociais, uma questão de política. E a política, neste caso, deve partir do entendimento de que a democratização dos meios de comunicação de massa significa que não podem estar submetidos ao controle de monopólios privados.

Um dos mais antigos e radicais defensores desse entendimento foi o jornalista Perseu Abramo, que durante anos foi dirigente do Partido dos Trabalhadores. Esta era a idéia central que orientava as teses da Comissão de Liberdade de Imprensa do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo, coordenada por Perseu, para a organização de um congresso nacional sobre o tema, já no ano de 1976.

O Diretório Nacional do PT também reafirma posição da bancada e da Executiva Nacional, em favor da instalação de uma CPI para investigar a aprovação da compra da TVA, operadora de TV a cabo do grupo Abril, pela transnacional Telefônica, em um negócio de cerca de R$ 1 bilhão.

 

Pegou mal o ataque da revista Veja a Che Guevara

Neste 9 de outubro se completam 40 anos da morte de Ernesto Che Guevara. Na falta de assunto, a revista Veja produziu matéria de capa que superou todo o seu vasto acervo de matérias tendenciosas. Coitada da classe média que lê a revista Veja, pensei eu. Estava enganado. Não encontrei ninguém que tenha aprovado o deboche panfletário. A revista produziu não uma reportagem, mas uma peça de propaganda anticomunista completamente fora de tempo. O texto da revista colecionou calúnias, boatos, deturpações, difamações, frases fora do contexto, tudo que pudesse servir de ataque à memória do Che.

Não dá mesmo para levar a revista Veja a sério.

 

PT pedirá devolução de mandato de quem deixou o partido

Os diretórios do PT em todos os níveis estão orientados a recorrer à Justiça Eleitoral para retomar os mandatos de parlamentares (vereadores, deputados estaduais e deputados estaduais) que deixaram o partido a partir do dia 27 de março deste ano.
A decisão foi tomada pelo Diretório Nacional (06/10/07) e leva em conta o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor da fidelidade partidária.

Os mandatos pertencem aos partidos. Os mandatos do PT pertencem ao PT. É justo.

 

Lula reage à chantagem do Senado e nomeia Mangabeira Unger

Saiu no Diário Oficial da União (05/10/07), o decreto do presidente Lula que dispõe sobre as funções do filósofo Roberto Mangabeira Unger como ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos.

O presidente Lula rejeitou assim a chantagem dos senadores que rejeitaram a Medida Provisória 377, que nomeava Mangabeira Unger e criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo.

Lula nomeou o filósofo de Harvard com base no Decreto-lei 200, que prevê a nomeação de até quatro ministros extraordinários para cargos de natureza relevante. Não significa a criação de mais um ministério. Mangabeira Unger vai chefiar o Núcleo de Assuntos Estratégicos e vai articular estratégias e ações de desenvolvimento.

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