26 de janeiro de 2013
Miséria entre crianças é a face mais cruel da desigualdade, estúpidos.
Outro dia li mais um artigo, escrito por jornalista da
grande mídia, tentando desqualificar o programa Brasil Carinhoso. Nem vou dizer
o nome que não merece. A face mais cruel da desigualdade que ainda persiste no
Brasil é a forte concentração de miséria entre crianças e adolescentes de até
15 anos. O Censo de 2010 revela que nessa faixa etária a miséria incide quatro
vezes mais que entre a faixa de 60 anos. O Brasil Carinhoso, lançado em maio de
2012 pela presidenta Dilma, objetiva exatamente atender as necessidades básicas
das crianças e adolescentes. Fazer combate político atacando o Brasil Carinhoso
é uma indignidade.
O Brasil Carinhoso volta-se inicialmente para a faixa de
crianças de zero a seis anos, fase crucial para o desenvolvimento físico e
intelectual. Atende à necessidade de combater a deficiência de ferro entre
crianças com menos de 24 meses. Sem o mineral, sobrevem a anemia. A falta de
vitamina A ocorre em 20% das crianças menores de 5 anos. Sem ela, ocorre a
deficiência visual e aumenta mortalidade e anemia.
É isso que o Brasil Carinhoso faz. Distribui doses de
vitamina A para crianças de seis meses a seis anos de idade. As unidades da
Farmácia Popular aumentaram também os medicamentos contra asma, a maior causa
de internação hospitalar e óbito entre crianças.
Na área da educação, o programa amplia a oferta de creches,
através das prefeituras municipais, o que atende crianças de até 4 anos. O
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estimula as prefeituras a aumentar
as vagas nas creches, especialmente para crianças beneficiárias do Bolsa
Família. O MDS amplia em 50% os valores repassados às prefeituras, para cada
vaga criada. E o MEC antecipa o repasse dos valores do FUNDEB para vagas
abertas em novas turmas. O programa Saúde na Escola está sendo estendido às
creches e pré-escolas.
Desde maio de 2012 o Brasil Carinhoso já vem pagando o
benefício às famílias com pelo menos um filho de até 6 anos, que, mesmo
recebendo o Bolsa Família continuavam em estado de extrema miséria, com renda
familiar mensal de menos de R$ 70 por pessoa. Em dezembro que passou o
benefício passou a chegar às famílias com até um filho de 7 a 15 anos.
Na soma, O Brasil Carinhoso retira da miséria extrema cerca
de 16,4 milhões de pessoas, entre elas 8,1 milhões de crianças e adolescentes
de até 15 anos.
Não entendo como um jornalista escreve contra um programa
deste. Se a causa for política, só pode ser fanatismo no último grau.
Programas como Bolsa Família, Brasil Carinhoso, Saúde na
Escola vieram para ficar. Estúpidos.
PRESIDENTA DILMA: "ELES ERRARAM FEIO"
" Surpreende que, desde o mês passado,
algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham
feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e
as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas
previsões fracassaram.
O Brasil não deixou de produzir um único
kilowatt que precisava (...). Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam,
primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram
a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o
índice que havíamos anunciado.
Hoje, além de garantir a redução, estamos
ampliando seu alcance --e antecipando sua vigência. Isso significa menos
despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país (...) Todos, sem
exceção, vão sair ganhando (...)
Espero
que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa
venham a concordar com o que eu estou dizendo.
Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são
sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem
retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades.
Hoje, podemos ver como erraram feio, no
passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda.
Os que pensavam ser impossível que dezenas de
milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil
virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam,
meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros". (Presidenta
Dilma; 23-01-2013)
Ao reduzir preço da energia, Dilma cala a oposição e os críticos de ocasião
Impressionante o impacto. Ao anunciar em rede nacional a
redução de 18% na conta residencial da energia elétrica (antes se previa
redução de 16,2%) e ao aumentar o desconto de 28% para até 32% para empresas da
indústria, comércio, serviços e agricultura, a presidente surpreendeu o País.
Calou a oposição e os “pessimistas”. Pobre Aécio Neves, do PSDB mineiro, que se
manifestou contra. “Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas
concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão também a conta de luz
reduzida”. Leia-se Cemig (MG) e CESP
(SP), sob controle do PSDB.
Competentemente, a presidenta foi logo avisando que não há
prejuízo para o Tesouro, a redução do preço se deu por ajustes técnicos. O
golpe mortal veio com o anúncio da antecipação do desconto. Está valendo desde quarta-feira,
24 de janeiro, e não a partir de 5 de fevereiro, como se anunciava. Vale esclarecer que as concessionárias que”não
aderiram” ao esforço do governo federal são as empresas vinculadas a governo do
PSDB, como Cemig (Minas) e Cesp (SP).
Ficou assim para o País: Os tucanos são contra a redução do
preço da energia, Dilma e o PT garantiram a palavra e reduziram, de imediato, o
preço da conta de luz das residências (-18%) e das empresas (-32%) – o que
significa mais renda, mais emprego, e a reindustrialização do Brasil.
Como disse a presidenta, quem tentou amedrontar o brasileiro
errou feio. Não haverá racionamento de energia e a produção de energia será
duplicada num prazo de 15 anos.
Se isso é começar a campanha da reeleição,que venha a
campanha eleitoral.“STF inclinado lunaticamente a subverter a Constituição para combater Lula”
Partido da Imprensa Golpista (PIG) desencadeia “Operação
2014”. Durante os dois governos Lula, a burguesia tupiniquim reclamava dos
juros altos, diziam ser “escorchantes”, com exceção, claro, dos banqueiros.
Agora, depois que o governo Dilma abaixou os juros, as reclamações continuam.
Descobre-se então o óbvio: muitos dos que se diziam “empresários” eram apenas
especuladores, viviam dos lucros das aplicações financeiras. Os financistas
precisam agora trabalhar, produzir, daí as reclamações sem- fim potencializadas
pelos seus serviçais porta-vozes da mídia.
Ocorre que com juros altos ou juros baixos, não importa,
está desencadeada a “Operação 2014” na mídia hegemônica e seus papagaios nos
estados da Federação. A “Operação 2014” tem por objetivo desconstruir a imagem
popular de Lula (lembrem-se da manchete fake do Estadão contra Lula),
enfraquecer a presidenta Dilma, atacar sistematicamente o PT, colocar
lideranças políticas que operaram as mudanças e a distribuição de renda no
Brasil contra a parede.
Mino Carta, na sua revista CartaCapital, afirma com todas as
letras: “Sobram problemas (...) semeados inclusive pelo Supremo Tribunal
Federal, lunaticamente inclinado a
subverter regras basilares da democracia e a agredir a Constituição (...)
assustam, sejamos claros, um STF e um procurador-geral da República claramente
engajados na “Operação 2014”.24 de janeiro de 2013
A inquestionável partidarização da imprensa
Se o
leitor ainda precisa de alguma comprovação sobre o comportamento partidário dos
jornalões brasileiros, sobretudo nos períodos eleitorais, recomendo a leitura
do excelente A Ditadura Continuada – Fatos, Factoides e
Partidarismo da Imprensa na Eleição de Dilma Rousseff, resultado de uma cuidadosa
pesquisa realizada por Jakson Ferreira de Alencar, recentemente publicado pela
editora Paulus.
O livro se concentra na cobertura política oferecida pelo jornal Folha de S.Paulo e parte da divulgação da falsa ficha “criminal” dos arquivos do Dops da militante da VAR-Palmares Dilma Rousseff, então pré-candidata à Presidência da República, em 4 de abril de 2009.
Jakson Alencar faz um acompanhamento minucioso de todo o caso, ao longo dos três meses seguintes, registrando a “semirretratação” do jornal, em matéria antológica para o estudo da ética jornalística, na qual se reconhece como erro “tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada” (p. 67).
Chama a atenção no episódio a “condução”, pela repórter da Folha, da entrevista – que mais parece um interrogatório – realizada com Dilma. Há uma indisfarçável tentativa de comprovar a hipótese do jornal de envolvimento da entrevistada não só com o sequestro (não realizado) do então ministro Delfim Netto, mas também com a luta armada. A entrevista de outro militante, Antonio Espinosa, usada como suporte à tese do jornal, jamais foi publicada na íntegra, apesar de os trechos publicados haverem sido reiteradamente desmentidos pelo entrevistado.
http://www.teoriaedebate.org.br/estantes/livros/ditadura-continuada-fatos-factoides-e-partidarismo-da-imprensa-na-eleicao-de-dilma-r
O livro se concentra na cobertura política oferecida pelo jornal Folha de S.Paulo e parte da divulgação da falsa ficha “criminal” dos arquivos do Dops da militante da VAR-Palmares Dilma Rousseff, então pré-candidata à Presidência da República, em 4 de abril de 2009.
Jakson Alencar faz um acompanhamento minucioso de todo o caso, ao longo dos três meses seguintes, registrando a “semirretratação” do jornal, em matéria antológica para o estudo da ética jornalística, na qual se reconhece como erro “tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada” (p. 67).
Chama a atenção no episódio a “condução”, pela repórter da Folha, da entrevista – que mais parece um interrogatório – realizada com Dilma. Há uma indisfarçável tentativa de comprovar a hipótese do jornal de envolvimento da entrevistada não só com o sequestro (não realizado) do então ministro Delfim Netto, mas também com a luta armada. A entrevista de outro militante, Antonio Espinosa, usada como suporte à tese do jornal, jamais foi publicada na íntegra, apesar de os trechos publicados haverem sido reiteradamente desmentidos pelo entrevistado.
Artigo de
Venício A. de Lima
LEIA NA
INTEGRA EM TEORIA E DEBATEhttp://www.teoriaedebate.org.br/estantes/livros/ditadura-continuada-fatos-factoides-e-partidarismo-da-imprensa-na-eleicao-de-dilma-r
21 de janeiro de 2013
Uma coisa é a adesão de meia dúzia de ministros do STF, outra é colocar o povo nas ruas
Marcos Coimbra, em artigo no site da revista Carta Capital,
ao analisar “As oposições e suas batalhas”, afirma que a espetacularização do
julgamento do mensalão foi feita com o único objetivo de desconstruir a imagem
do PT no plano moral.
“Só quem acredita em histórias da carochinha levou a sério a
versão de que a imprensa oposicionista tinha o desejo sincero de renovar nossos
costumes políticos e promover a “limpeza das instituições”. Seus bons
propósitos são tão verdadeiros quanto os de Pedro Malasartes, personagem de
nosso folclore famoso pelo cinismo e a falta de escrúpulos”.
Não chega a ser um plano original esse de virar as baterias em
direção a novos alvos. Agora, as oposições procuram atingir a imagem
administrativa do Governo Dilma. O discurso da oposição, com apoio da mídia, é
descrever o país como se vivesse “numa crise gravíssima”. Os mais radicais
torcem pelo “quanto pior, melhor”.
Eles repetem o “Pibinho”,
crise de gestão, apagão, desindustrialização, inflação, desemprego, falta de ar
refrigerado no Santos Dumont, a disparada no preço do tomate, tudo vai mal no
Brasil, segundo a mídia oposicionista. Por culpa de Lula, que “não soube
aproveitar a sorte” e “desperdiçou a herança de FHC”, e de Dilma, que é
“centralizadora”, “estatista” e “antiquada”.
Por último, tentaram um esforço patético de mobilizar os “indignados”.
Conseguiram colocar dez pessoas nas ruas. Uma coisa é conseguir a adesão de
meia dúzia de ministros do Supremo, a maioria já alinhada com a oposição. Outra
é encher as ruas. Nunca conseguiram e não aprendem.
LEIA NA ÍNTEGRA
http://www.cartacapital.com.br/politica/as-oposicoes-e-suas-batalhas/Pesquisa IBOPE revela PT como o mais querido do Brasil
Pesquisa do Instituto
Ibope, publicada neste domingo (20) no jornal Estado de S. Paulo, dá ao Partido
dos Trabalhadores razões para comemorar. O PT é o partido mais querido dos
brasileiros, com larga margem de vantagem. Segundo o levantamento, 24% dos
eleitores declaram ter preferência pelo PT. Depois disso, vem o PMDB, com 6%, e
o PSDB, com 5%.
O resultado confere à
presidente Dilma Rousseff uma boa vantagem na largada para 2014. Mas há um dado
relevante, que abre espaço para novas composições de forças. O número de
apartidários, 56%, é o maior desde 1988. Sempre foi assim, do contrário, o
Brasil seria a Nação mais politizada do mundo.
Praticamente todas as legendas
perderam simpatizantes. Segundo o Ibope, o PT já teve a preferência de 33% dos
entrevistados, em março de 2010. Hoje, o número é de 24%. O PSDB, por sua vez,
também assistiu a uma grande erosão de seus eleitores mais fiéis. Eles já foram
14% da região Sudeste, onde se concentra sua maior base, em 1995, e hoje são
apenas 7%. E o PMDB, que no governo Sarney, logo após o Plano Cruzado, já teve
a preferência de 26% dos brasileiros, hoje tem apenas 6%.O pregador e o pecador: por uma nova cultura política
Vivemos uma contradição entre o país com suas
significativas transformações culturais e materiais, decorrentes da política, e
a constante desqualificação da política, e do próprio país, pelo caminho de uma
campanha constante, e seletiva, contra a corrupção. Este foi o tema tratado
pelo autor no XIII Seminário Internacional Ética na Gestão, realizado em
Brasília, durante o painel “A influência ética na cultura e sua inter-relação”.
O artigo de Emiliano José (PT), publicado na revista digital Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo, comenta como o moralismo udenista das décadas de 1960 e 1970 volta a assombrar o país. O individualismo levado às últimas conseqüências pelo neoliberalismo faz com que o homem realmente seja o lobo do homem.
“ Não comungo inteiramente da ideia de que os valores das classes dominadas são os valores das classes dominantes, mas é inegável que sob muitos aspectos é verdadeira, sobretudo diante do extraordinário aparato intelectual erigido para construir e difundir um mundo simbólico, uma cultura, voltados ao fortalecimento do capitalismo, até hoje e mais do que ontem, absolutamente hegemônico em escala mundial”.
O artigo de Emiliano José (PT), publicado na revista digital Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo, comenta como o moralismo udenista das décadas de 1960 e 1970 volta a assombrar o país. O individualismo levado às últimas conseqüências pelo neoliberalismo faz com que o homem realmente seja o lobo do homem.
“ Não comungo inteiramente da ideia de que os valores das classes dominadas são os valores das classes dominantes, mas é inegável que sob muitos aspectos é verdadeira, sobretudo diante do extraordinário aparato intelectual erigido para construir e difundir um mundo simbólico, uma cultura, voltados ao fortalecimento do capitalismo, até hoje e mais do que ontem, absolutamente hegemônico em escala mundial”.
LEIA NA ÍNTEGRA EM TEORIA E DEBATE