14 de fevereiro de 2008

 

Ciro Gomes e Geddel enfrentam artistas globais

A Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado debateu (14/02)o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. João Reis Santana Filho, Secretário de Infra-estrutura Hídrica do Ministério de Integração Nacional, lembrou que as decisões sobre o uso da água caberão aos comitês gestores de bacias nos estados por onde as águas transpostas passarão.

O deputado federal Ciro Gomes e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, enfrentaram os atores globais. Ciro Gomes trombou com a atriz Letícia Sabatela, que o interrompeu várias vezes. "Não sei se estou no mesmo lugar que o seu, mas é parecido. Eu, ao meu jeito, escolhi a opção de meter a mão da massa, às vezes suja de cocô, às vezes. Mas minha cabeça, não, meu compromisso, não", disse Ciro Gomes dirigindo-se à atriz.

"Tecnicamente é necessário que os críticos tomem juízo, não no sentido negativo da palavra, mas para ver se é possível", disse ele. "Por alguns [críticos] não tenho respeito. Faço honestamente essa confissão porque não percebo boa fé em alguns."
Oportunista, o senador baiano César Borges participou dos debates. Ele é contra a transposição das águas do rio São Francisco, mas, não sabe muito bem porque.

O presidente Lula deve visitar o local das obras do São Francisco nos próximos dias. "Acho que a sociedade brasileira está extremamente madura para saber o papel de cada um na democracia e para saber o importante papel da igreja e de outras entidades da sociedade civil e a legitimidade do governo para montar seus projetos", afirmou ele.

À Letícia Sabatela se juntaram os atores Carlos Vereza e Osmar Prado. Carlos Vereza meteu os pés pelas mãos e misturou o projeto da transposição com o caso dos cartões corporativos. Um velho truque. Uma bobagem. Já Osmar Prado chorou copiosamente, não se sabe se interpretando ou merecido. Sabatela pediu para que o debate sobre o projeto não se transformasse num teatro.

Os poucos artistas que defendem o fim das obras de transposição do rio São Francisco ocuparam a tribuna do Senado e atacaram o governo. O ator Carlos Vereza disse ser difícil confiar em uma gestão que envolve suspeitas de mau uso de cartões corporativos. Uma coisa nada tem a ver com a outra.

Já o ator Osmar Prado chorou e acabou silenciando a platéia formada por parlamentares e intelectuais, enquanto a atriz Letícia Sabatella pediu que o debate sobre as obras não se transformem em um teatro. Osmar Prado chorou ao se lembrar das greves de fome do bispo de Barra. Ao discursar no Plenário Ciro Gomes foi duro com o bispo dom Cappio: "Bispo, olhe para mim". É que o bispo só ficava olhando para cima como se estivese meditando. Ciro Gomes interpretou como descaso. Carlos Vereza interpretou como "meditação". Até no olhar o bispo confunde.

 

Dom Luiz Flávio Cappio, finalmente, aceitou debater transposição do rio São Francisco

Pela primeira vez, o bispo de Barra aceitou debater o projeto de transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional. Todas as vezes em que foi convidado, ele se recusou. Aceitou debater, mas, as frases de efeito continuam as mesmas.

Agora, foi à Audiência Pública no Senado (14/02) e afirmou que o projeto é "publicidade enganosa". Levou uma claque de artistas da Rede Globo para chamar a atenção. O deputado Ciro Gomes confrontou-se com os críticos do projeto. Chegou a bater boca com a global Letícia Sabatela que interrompia seu discurso para protestar.

O bispo de Barra não consegue entender o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Ou finge que não entende. Para ele, o projeto tem fins econômicos para produção de frutas para exportação e criação de camarão em cativeiro. Pode ser verdade. Mas, e daí? Não há incongruências em projetos de desenvolvimento econômico na área do semi-árido.

O bispo aceitaria o projeto se fosse exclusivamente para saciar a sede dos homens. Como não se trata de apenas iso, ele é contra. O DEM (leia-se César Borges) é contra por puro oportunismo político. O bispo defende que o desenvolvimento econômico e social da região deve ficar em segundo plano em relação à necesidade dar garantir água para a população. Primeiro a água, depois o multiuso das águas do rio, prega o bispo.

Dom Luiz Cappio fala do rio São Francisco como se fose gente. "Primeiro é preciso revitalizar o rio, porque anêmico não pode doar sangue". Vamos garantir a vida dele para depois garantir o multiuso do rio. E por aí vai em sua monocórdica pregação.

Coube ao secretário de Infra-estrutura Hídrica do Ministério de Integração Nacional, João Reis Santana Filho, lembrar ao bispo que o projeto já estava previsto no programa de governo. Não poderia portanto ser "propaganda enganosa". Pela enésima vez ele falou sobre a existência de estudos técnicos que viabilkiam o projeto. Ele rebateu a crítica do bispo segundo o qual o projeto vem para beneficiar o capital. Seria absurdo levar água para o Nordeste Setentrional e não ofertar água para o povo.

Mas é uma estupidez achar que uma pessoa vive só bebendo água.

13 de fevereiro de 2008

 

Editores da revista Veja processam jornalista Luis Nassif

Os jornalistas Lauro Jardim e Eurípedes Alcântara, editores de Veja, decidiram processar o jornalista Luís Nassif por conta de uma série de artigos que ele está publicando em seu blog. A dupla não contesta as matérias de Nassif e nem pede direito de resposta. Só decidiu que vai aos tribunais.

É muita ironia. A revista Veja tem se especializado em publicar matérias sem provas e sem fontes acusando pessoas, instituições e até movimentos sociais. A revista Veja já inventou caixas de uisque vindas de Cuba, conta bancária do presidente Lula em paraíso fiscal, inventou aquela história absurda de que militantes do PT teriam disseminado a praga da vassoura-de-bruxa na região cacaueira baiana.

A revista Veja sequer teve a hombridade de ela mesma processar o respeitável jornalista Luis Nassif. Mandou seus empregados Lauro Jardim e Eurípedes Alcântara fazerem o serviço sujo, como laranjas. É outra (ou a mesma?) faceta do jornalismo-esgoto.

Luis Nassif tem a solidariedade do blog BAHIA DE FATO.

LEIA A ÍNTEGRA NO BLOG DO ROVAI

 

Bloqueio dos EUA contra Cuba prejudica criancinhas

O que os EUA têm contra os meninos e meninas de Cuba? O nazista Busch certamente dirá que se trata de "efeito colateral" de sua guerra insana contra Cuba. Nesta terça-feira (12) Cuba denunciou à ONU o terrível impacto do bloqueio norte-americano na saúde das crianças cubanas, impedidas de ter acesso a medicamentos avançados por causa do bloqueio de Washington.

Em um discurso na Assembléia Geral, o ministro cubano de Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, afirmou que as crianças têm sido especialmente afetadas pelo bloqueio que o presidente George W. Bush prometeu reforçar.

Segundo Pérez Roque, os meninos e meninas cubanos não podem receber o medicamento Sevorane, da companhia norte-americana Abbott, que é o melhor para a anestesia geral pediátrica. "Temos que usar substitutos de pior qualidade", acrescentou.

"O presidente Bush explicará, seguramente, dizendo que essas crianças cubanas são ‘vítimas colaterais’ de sua guerra contra Cuba", ressaltou Pérez Roque. Ele informou que as crianças que sofrem de arritmias já não podem receber marca-passos que eram vendidos pela empresa norte-americana Saint-Jude, obrigada a romper com Cuba por conta da forte pressão do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.

O ministro disse que a delegação dos Estados Unidos "deveria explicar à Assembléia Geral da ONU por que as crianças cubanas que padecem de arritmias cardíacas são inimigas do governo norte-americano".

Pérez Roque pronunciou este discurso durante o debate nessa instância da ONU do tema "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".

Fonte: Agência Adital

 

O filme Tropa de Elite é fascista mesmo

O blog Último Segundo foi o primeiro a mostrar a crítica demolidora de Jay Weisberger, da revista Variety, uma das mais respeitadas publicações sobre cinema do mundo. O filme Tropa de Elite é um exercício da elite branca saudosa do DOI-CODI da ditadura militar. O filme não passa de recrutamento para delinqüentes fascistas, uma monótona celebração da violência policial. No blog Último segundo tem link para a revista em inglês.

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Lula defende transparência e quer divulgação de despesas da Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou (12) respeito à Presidência da República como instituição e defendeu a divulgação das despesas da Presidência da República com cartões corporativos, exceto nos gastos com a segurança pessoal do chefe de Estado e de sua família. Está nos jornais. Por pura exploração política jornalistas inconseqüentes, com pitadas de ignorância, questionam a não divulgação dos gastos com segurança do presidente e de sua família. É uma questão de Estado. Vale para qualquer presidente da República de qualquer país do mundo.

Jornalista não devia se expor e seguir sem pensar as pautas ditadas pelo Chefe de Reportagem. Quem fica no ridículo é o jornalista que passa por ignorante e não o editor lá na redação. O presidente Lula, que inaugurou no país a transparência das contas governamentais pela Internet, não teme divulgação das despesas e muito menos uma CPI. Aliás, o uso dos cartões corporativos é um avanço na administração pública, desburocratiza os pequenos gastos e facilita o controle. Não tem mais como esconder as despesas como no tempo de FHC.

Na Bahia, o Ministério Público Federal (MPF) anuncia que vai investigar gastos com cartões corporativos por funcionários de órgãos federais. No Estado, foram gastos com cartões em 2007 cerca de R$ 3,5 milhões. Não me parece muito considerando ser a soma dos gastos de 23 órgãos federais. Mas é saudável verificar. O MPF está de olho nos gastos do censo agropecuário de R$ 2,6 milhões pelo IBGE. Também o INCRA chamou a atenção com gastos de R$ 722 mil. Espero que não seja algum cerco das elites sobre a reforma agrária. Essa gente é capaz de tudo.

12 de fevereiro de 2008

 

Medida Provisória que cria TV Pública está pronta para ser votada

O parecer do deputado Walter Pinheiro (PT-BA) à medida provisória (MP 398/07) que cria a TV Pública – Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) - já está pronto para ser apreciado em plenário no Congresso Nacional. A matéria é o terceiro item da pauta e é uma das sete medidas provisórias que estão com o prazo de tramitação vencido, por isso tem prioridade de votação. Nesta semana Pinheiro divulgará o relatório para que todos os deputados conheçam o texto. "Ainda haverá espaço para pequenos ajustes", acredita o relator.

De acordo com o relator, a MP tem o mérito de vir ao encontro de um anseio da sociedade brasileira de ter uma programação que não pode ser oferecida pela estrutura de radiodifusão hoje existente no país. "A TV pública é vital. Ela é um instrumento público para discutir e difundir cultura, educação e informação de forma exclusiva", afirmou. Na avaliação do deputado Walter Pinheiro, depende do Congresso aprovar uma proposta que crie de fato um Sistema de Radiodifusão Público, com TV, internet e rádios públicos.

A matéria recebeu 131 emendas parlamentares e sugestões de diversos setores da sociedade. "Com essas contribuições foi possível aperfeiçoar o texto original em vários pontos para assegurar autonomia à EBC e evitar que a TV Pública seja apenas uma TV estatal. Pelo parecer que vamos apresentar, a TV Pública brasileira só será uma estatal se não forem aprovadas as proteções que foram incluídas na proposta", assegurou.

Entre os avanços incluídos no seu parecer, Pinheiro destacou a garantia de espaço para a programação regional e para a produção independente. Pela proposta, pelo menos 10% da programação semanal deverá ter conteúdo regional e 5% de conteúdo independente. Ficará assegurado também que os programas serão veiculados no horário entre 6 e 24 h. "Desta forma evitaremos que esta cota seja cumprida na madrugada, quando boa parte da população, principalmente os trabalhadores, estarão dormindo", enfatizou.

APOIO CULTURAL - O relator procurou definir com clareza os critérios para o apoio cultural, com o objetivo de evitar as propagandas comerciais na TV Pública. "É claro que um programa pode e deve ter patrocinadores, mas isso não pode representar a permuta pela veiculação de comercial", afirmou Pinheiro. Ele explicou que será permitido, em caso de apoio cultural, o nome do patrocinador bem como da ação institucional, mas sem tratamento publicitário. "Não é objetivo da TV pública concorrer com as TV comerciais. Queremos uma TV com mais conteúdo", destacou Pinheiro. O texto define também que na publicidade institucional é vedada a veiculação de produtos e serviços. Especificou ainda o tempo máximo dentro da programação (15%), determinando que a publicidade não poderá interromper programas.

FINANCIAMENTO - Além dos recursos do Orçamento da União, Pinheiro propõe a criação de uma contribuição para o fomento da radiodifusão pública composta por recursos advindos da taxa de fiscalização do setor de telecomunicações (Fistel). "Para que não haja aumento da carga tributária das empresas do setor, reduzimos a arrecadação do Fistel na mesma proporção", acrescentou. O relator disse que são estes recursos que garantirão a autonomia da TV Pública e evitarão que ela seja "chapa branca", dependente da vontade política do governante do momento.

CONSELHO CURADOR - O parecer muda a representação do Conselho, que deverá ter pelo menos um representante de cada região do país. A Câmara e o Senado, juntos, também terão o direito de indicar um representante. Fica estabelecendo, ainda, que caberá ao Conselho coordenar o processo de consulta pública para a renovação destes membros, recebendo inclusive indicações da sociedade, na forma do estatuto. Fica também determinado que o Conselho Curador deverá enviar ao Conselho de Comunicação Social todas as deliberações tomadas em cada reunião do órgão.

OUVIDORIA - Outra novidade do parecer é a criação de uma Ouvidoria, que atuará junto à Diretoria Executiva, sem subordinação hierárquica à mesma, tendo espaço garantido na programação da EBC. "A Ouvidoria cuidará da qualidade dos serviços e produtos veiculados e terá de 2 a 3 minutos na grade diária para apresentar aos telespectadores as críticas ou sugestões recebidas", explicou Pinheiro.

 

TV pública já é uma realidade no Brasil

No dia 2 de dezembro passado foi ao ar a TV Pública, a TV Brasil. A sua criação, entretanto, é bem anterior. A Constituição de 1998, em seu artigo 223 estabelece que o sistema de radiodifusão contaria com as vertentes privada, governamental e pública, de forma complementar. O país já contava com as redes de televisão de padrão comercial e com os canais governamentais (Canal NBR, TV Senado, TV Câmara, TV Justiça, entre outros), faltava apenas a televisão pública, que não estaria subordinada nem às regras do mercado, nem ao controle do poder político. Uma TV pensada, gerenciada e fiscalizada com a influência direta da sociedade civil.

Nesse primeiro estágio, a TV Pública está no ar com a união da programação veiculada na TVE do Rio de Janeiro e na TV Nacional de Brasília, emissora da Radiobrás. A TV Brasil conta ainda com a TVE do Maranhão e um novo canal em São Paulo. O canal 68, em sistema digital, e o 69, em sistema analógico.

Na segunda etapa, em associação com outras emissoras do campo público de comunicação, como as TV educativas estaduais, universitárias e comunitários, será construída uma rede nacional, cobrindo todos os estados e espelhando suas realidades.

Rádios – As rádios federais passarão também a ser exploradas pela EBC. São elas: Rádio Nacional AM; Radio Nacional FM (Brasília); Radio Nacional da Amazônia; Rádio Nacional AM-RJ; Rádio Mesorregional do Alto Solimões ; e as rádios MEC AM e FM. Os conteúdos destas redes de emissoras de rádio poderão ser acessados e obtidos, gratuitamente, por qualquer emissora do país, pública ou privada, desde que citada a fonte de produção.

Internet - A EBC fará uso das novas possibilidades – internet - para tornar sua comunicação mais eficiente. A atual Agência Brasil de notícias será fortalecida, seguindo a vocação de transformar num grande provedor de conteúdo noticioso. A TV Brasil também fará uso da convergência para desenvolver projetos de TVWeb.

Jornalismo - A TV Brasil vai produzir um jornalismo voltado para o cidadão. A proposta, segundo a diretora de jornalismo da empresa, Helena Chagas, é "o Brasil se ver refletido nos telejornais". O compromisso da EBC, segundo a diretora, é informar sobre as questões de interesse público. "Vamos oferecer um jornalismo imparcial e plural. Será permitida também a participação da sociedade. Através de canais de comunicação com o público (internet e telefone), vamos esclarecer dúvidas e incorporar propostas, sugestões e indagações feitas à central de pautas e à edição dos telejornais", afirmou.

Por enquanto, a TV Brasil tem âncoras em Brasília, Rio e São Paulo. As demais cidades colocarão, quando for o caso, seus repórteres em link, ao vivo. Futuramente, a TV terá estrutura que permitirá até mesmo ancorar o telejornal de uma outra cidade e de outro estado, se a principal notícia daquele dia tiver ocorrido ali.

Programação - A TV Brasil terá programação generalista e diversificada, elaborada pela diretoria e aprovada pelo Conselho Curador. Para divulgar seus atos e suas realizações, o Governo Federal disporá do canal governamental a cabo, o já conhecido NBR. (http://www.informes.org.br/).

 

TV pública: uma experiência de sucesso no mundo

A experiência internacional mostra que as TVs públicas são viáveis e podem cumprir um importante papel na oferta diversificada de informação e entretenimento. Podem oferecer programação diferenciada, informativa, cultural e científica, em formato que não combina com a programação da TV comercial, que tem a publicidade como fonte de financiamento.

As televisões públicas têm sua origem no surgimento da televisão na Europa, por iniciativa do Estado. Todas elas - na Alemanha, na França, na Inglaterra e em outros países - nasceram como televisões estatais, controladas pelos governos nacionais. O fortalecimento da democracia e da cidadania, no pós-guerra, impôs o controle público, a participação da sociedade na gestão das emissoras e a criação de conselhos de representantes.

Esta é a origem de televisões públicas como a BBC inglesa, a TVE espanhola, a France Televisón, a RAI italiana, a RTP de Portugal, a ARD e a ZDF, alemãs, entre outras. Os Estados Unidos e o Canadá também têm TVs públicas, a PPS e a CSA, respectivamente. Na Europa, só mais tarde surgiram as televisões privadas e comerciais.

No Brasil, diferentemente, a TV nasceu comercial, cumpriu um excelente papel na integração nacional. Conviveu, a partir de 1964, com TVs estatais criadas pelo regime militar. Só agora, entretanto, surge o esforço para a transformação das TVs estatais federais, em parceria com a estaduais, em uma rede pública de televisão. (http://www.informes.org.br/).

 

PT quer barrar avanço da direita

LEIA A ÍNTEGRA DA RESOLUÇÃO POLÍTICA APROVADA PELO PT

11 de fevereiro de 2008

 

Folha de S. Paulo distorce sobre programa de combate à pobreza rural

A intenção da manchete da Folha de S. Paulo é cristalina: "Novo programa de Lula beneficia aliados". A intenção óbvia é reduzir o impacto do novo programa contra a pobreza rural a ser implementado pelo Governo Lula.

A manchete da Folha de S. Paulo desconhece, propositadamente, que os estados de maior pobreza rural são governados pelo PT e partidos aliados e que os estados mais urbanizados são governados por partidos de oposição. Não há como fugir dessa realidade se o objetivo é combater a pobreza rural. Os editores da Folha de S. Paulo realmente subestimam a inteligência dos leitores.

O "crime" do presidente Lula é querer combater a pobreza rural. Realmente, entre a população potencialmente favorecida pelo programa federal, 75% reside em estados governados por partidos que pertencem à base aliada. O Governo Lula prevê a aplicação de R$ 7 bilhões em 2008 no projeto chamado "Territórios de Cidadania" que vai atingir 958 municípios. A Folha de S. Paulo é como o escorpião da fábula. Pertence à sua natureza distorcer programas do Governo Lula.

Segundo a Folha de S. Paulo, as cinco governadores petistas vão concentrar um terço do total da população a ser beneficiada pelo que ela chama de "programa bilionário de combate à pobreza rural". Será então a redenção do Brasil, finalmente os recursos se voltam para a base da pirâmide. Até o final do mês de fevereiro o presidente Lula fará o lançamento oficial do programa.

O programa "Territórios da Cidadania" prevê 104 ações, de dez ministérios, em 958 municípios que integram os 60 "territórios" criados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A base aliada e seus 19 governadores terão 44 dos 60 territórios, o equivalente a 73%. Os 16 restantes ficaram com os sete governos da oposição e com o governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido).

O MEDO DA FOLHA

A Folha de S. Paulo tem ojeriza pelos gastos governamentais em favor da pobreza. "Entre os potenciais beneficiários (população rural), 5,8 milhões (75%) estão em Estados aliados ao Planalto, sendo 2,6 milhões naqueles comandados pelo PT (Acre, Piauí, Pará, Bahia e Sergipe)", ressalta o jornalão em tom quase denunciativo.

Em cada um desses territórios, espalhados em todas as regiões do país, sendo a maioria no Nordeste (29), haverá uma espécie de força-tarefa do governo em atividades produtivas (como crédito e assistência técnica), acesso a direitos (como a construção de postos de saúde e de escolas) e ações de infra-estrutura (como construção de estradas e ampliação do acesso à energia elétrica).


Os governadores da base ficaram ainda com 70,4% (675) dos 958 municípios do programa, contra 28,2% (270) da oposição. O 1,3% restante (13 municípios) está em Rondônia.

No Brasil, os governadores da base administram 57% das cidades; a oposição, 43%.

Está prevista a aplicação de R$ 7 bilhões neste ano. O público-alvo serão os 7,7 milhões de habitantes da zona rural dos 60 territórios. Conforme a legislação eleitoral, os convênios com as prefeituras serão assinados até junho ou após outubro.

A OPOSIÇÃO JÁ CRITICA

Segundo a Folha de S. Paulo, o programa será usado como base para as viagens de Lula na pré-campanha para as eleições municipais. Nos eventos de lançamento das ações, haverá espaço nos palanques para governadores e prefeitos.

Em 2009, mais 30 territórios serão incorporados ao programa. Outros 30, em 2010.
Para a oposição, o programa já será lançado com um viés político-eleitoral. O PSDB, por exemplo, cogita questioná-lo por meio de uma Adin no Supremo Tribunal Federal. "Precisamos analisar essas ações do ponto de vista jurídico. Pode ser ilegal lançar esse programa em época eleitoral", disse o líder tucano na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP).

O governo nega o favorecimento político do programa e diz que os territórios foram selecionados com base em critérios, como o menor dinamismo econômico e a maior concentração de pobreza.

A liderança dos petistas não está só entre os potenciais beneficiários, mas também no ranking de públicos a serem atendidos nas ações setoriais do projeto, idealizado e desenvolvido pela equipe do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel (PT-RS).

Haverá, por exemplo, ações voltadas ao Bolsa Família.

Nos territórios localizados em "Estados petistas", para usar a expressão da Folha, há 694,1 mil famílias que já recebem o benefício, contra 558,4 mil nos 14 territórios sob o comando dos governadores tucanos.

Em seus territórios, os governadores petistas têm ainda um maior número de agricultores familiares (354,9 mil) e de famílias assentadas em projetos de reforma agrária (134,4 mil).

GOVERNO NEGA CRITÉRIO POLÍTICO

O secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Humberto Oliveira, disse à Folha que "nenhum critério político" foi usado na escolha dos territórios a serem beneficiados. Mas explicar isso é chover no molhado. Quando a Folha sai em campo a manhete já está feita com entecedência.

"Os governos do PT e da base aliada governam os Estados mais rurais do Brasil, e os governos de oposição governam os Estados mais urbanos do Brasil. Isso é um dado. Não há nenhum critério político. A escolha é absolutamente criteriosa", disse.

Segundo ele, o programa trará benefícios políticos a prefeitos e a governadores, mas em especial à sociedade. Entre 2003 e 2006, segundo o secretário, 120 territórios foram "reconhecidos" a partir do critério da concentração de agricultores familiares e de assentados da reforma agrária, diante da aprovação dos conselhos estaduais de Desenvolvimento Rural Sustentável, formados por representantes dos governos federal e estadual e da sociedade civil. A partir deles, foram definidos os 60 territórios que, neste ano, serão atendidos pelo programa federal.

DIREITISTAS QUEREM ATRAPALHAR

A oposição questiona o caráter político do projeto e já cogita ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o lançamento do programa "Territórios da Cidadania". Para o PSDB, o programa é "anti-republicano" e visa principalmente a próxima eleição.

Os tucanos argumentam que a inauguração de obras e o lançamento de programas em ano eleitoral pode ser uma manobra do governo para dar mais visibilidade a candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, eles lembram que nenhum candidato pode participar desse tipo de evento a partir de julho.

"Se fosse ano eleitoral, mas [o programa] fosse genérico, igual para todo o país, não teria problema. Mas é visível o interesse em politizar o programa e misturar o público com o privado", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Para o líder do partido na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), o programa mostra uma "política retrógrada". "O lançamento deixa claro que o governo se move com a perspectiva da próxima eleição, e não visando a próxima geração. Os tucanos e os democratas são sempre excluídos dessas ações", afirmou.

 

Resolução Política do PT prega contra-ofensiva para barrar a direita

Em Resolução Política aprovada pelo Diretório Nacional o PT classificou a nova ofensiva da oposição e de seus aliados na mídia, em especial a ação que resultou no fim da CPMF, como uma tentativa de retomada da agenda neoliberal derrotada nas eleições de 2006. Nas próximas horas a íntegra da resolução, que ainda está em processo de revisão e inclusão de emendas aprovadas no plenário do DN, deverá ser publicada.

O objetivo da direita é reduzir a presença do Estado e inviabilizar os investimentos do governo Lula em políticas sociais e de infra-estrutura, bem como sua agenda de mudanças para país.

A Resolução considera que, embora tenha saído vitoriosa dessa batalha, a direita ficou isolada na sociedade com a decisão “irresponsável” de inviabilizar toda a saúde pública no país – já que o fim da CPMF acarretou a perda de R$ 120 bilhões no orçamento da União até 2010, recursos que também atenderiam a previdência e assistência social.

“As condições são favoráveis para uma contra-ofensiva na sociedade”, conclui o documento, afirmando que PT, de modo algum, pode permitir que “a ofensiva da direita venha a restringir os direitos sociais e a evolução econômica do país".

A Resolução diz que o partido e o governo não devem ceder às pressões por cortes nos investimentos públicos e na estrutura do Estado brasileiro. "Devemos assegurar que nenhum corte ocorra nas políticas sociais, nos investimentos do PAC e na necessária adequação do Estado a novos, mais qualificados e mais universalizados serviços públicos".

PT QUER ESQUERDA UNIDA

O texto aprovado traz ainda uma avaliação sobre as forças políticas que estarão presentes nas eleições municipais deste ano, a título de suporte para as alianças locais do PT nas disputa pelas prefeituras brasileiras.

Segundo essa avaliação, os partidos da Frente de Esquerda – PSB, PCdoB e PDT – devem ser considerados aliados "preferenciais e estratégicos". Por outro lado, o PSDB é apontado como o partido que organiza e radicaliza a "oposição sem quartel" ao governo Lula, além de ser o principal defender a volta do projeto neoliberal.

A resolução informa que a próxima reunião do Diretório Nacional deverá discutir a política de alianças, que será objeto de uma resolução específica.

CÓDIGO DE ÉTICA E ESCOLA DE FORMAÇÃO

Temas da organização interna do PT também foram abordados no texto, com destaque para a Escola Nacional de Formação, o projeto de comunicação do partido e a elabora de um Código de Ética.

o documento afirma: “A Direção Nacional do PT deve tomar providências imediatas para, ainda no primeiro semestre deste ano, desencadear um amplo processo de elaboração, discussão e aprovação de um Código de Ética que discipline a conduta de todos os petistas. Seu texto deverá assegurar a dimensão republicana da nossa atuação partidária, estabelecendo regras claras que vedem internamente todas e quaisquer práticas indutoras de abuso do poder econômico ou político”.

No plano da identidade partidária, o texto recorda a ética socialista e republicana do partido, “que visa conquistar o poder para as maiorias e não para si próprio, e muito menos para parcelas do próprio partido”.

 

Sem mensalão, sem recessão e sem apagão, oposição apela para o cartão

A oposição ao Governo Lula não consegue emplacar uma. O mensalão só desgastou a imagem dos políticos, das CPIs e do Congresso Nacional. A oposição previu baixo crescimento econômico. Não acertou. Previu um apagão elétrico. Nada. Então partiu para essa campanha esdrúxula do cartão corporativo criado pelo Governo Lula, rejeitado por FHC e José Serra. O Blog do Gadelha acha que vai dar cartão vermelho.

Blog do Gadelha

10 de fevereiro de 2008

 

O que a mídia quer dizer com "nosso dinheiro"?

Como se poderia esperar, as capas das revistas semanais que já circulam por aí despacham suas baterias para os "gastos absurdos" dos cartões corporativos "do PT". Claro, nenhuma menção aos "gastos absurdos" do PSDB/SP, ou do ex-presidente que ainda se vale dos cartões do governo para bancar sua simplória vida.

Um destaque nas "indignações" dos nossos editores/juízes é a expressão comum que Veja e Época repetem, como se combinassem entre si o mesmo espanto: "o nosso dinheiro está sendo gasto de maneira vergonhosa!"

Acho engraçado esse "nosso dinheiro" a que a gloriosa e incansável imprensa se refere, toda vez que botam a boca no trombone sobre os gastos públicos que eles não concordam e que consideram "desvio de função". Será que se referem ao dinheiro do povo, que deveria ser gasto com saúde, educação, saneamento básico e habitação? Não deve ser isso, visto que não surpreende mais comentaristas acusando o governo de assistencialismo quando este aumenta o número de beneficiário dos programas sociais. Ou quando garante o direito à aposentadoria rural mesmo aos trabalhadores que vivem em assentamentos.

O "nosso dinheiro" que os editores de Abril e Globo devem se referir é o que eles estão convictos de que deveria ir para suas contabilidades. Não vejo chiadeira dos Civita ou dos Marinho aos gastos cada vez maiores dos governos com publicidade para suas revistas e programas televisivos. A Editora Abril deve chorar até hoje perda de contratos milionários que lhes garantiam fornecimento de materias "didáticos" ao ministério da Educação. A Globo se junta para impor ao governo Lula o poderio de sua máquina de produzir indignação pública, tipo "olha o que eu faço com sua reputação". Ambos na verdade querem de volta o modelo derrotado duas vezes por Lula, que engordava os porcos com filé mignon e lançava migalhas aos pobres.

 

Não entendi Samuel Celestino neste domingo

O jornalista Samuel Celestino, comentarista político prestigiado na Bahia e com coluna diária no jornal A Tarde, escreve neste domingo (10/02) sobre o que considera mais um "megaescândalo”, o uso dos cartões corporativos. Em certa altura do seu texto, cita de que as informações sobre compras e saques feitos pelos portadores chegaram até à imprensa através do Portal da Transparência, segundo ele “ironicamente criado pelo governo Lula”.

Este blogueiro (Everaldo de Jesus) ficou sem entender o “ironicamente” do experiente jornalista. O Portal da Transparência é sem dúvida uma das ferramentas mais poderosas criada por este governo para permitir o controle da sociedade sobre todos os gastos públicos federais. E não acredito que tenha sido criado por “ironia” do governo Lula. O Portal publica todos os repasses federais para as prefeituras do Brasil inteiro e através dele é possível desmentir qualquer prefeito que alegue não ter recebido verbas do FUDEB, FPM ou qualquer outra verba pública.

O mesmo Portal relaciona todos os beneficiários dos programas sociais e é um instrumento essencial para impedir os espertalhões de se cadastrarem para receber as bolsas que deveriam chegar somente aos mais carentes.

Creio que o jornalista baiano pensou naquela velha máxima de que “o feitiço virou-se contra o feiticeiro”. Não vejo motivo para arrependimento do governo Lula neste sentido. Pelo contrário, o mesmo Portal deveria também liberar para consulta todos os gastos efetuados pelo governo anterior. Quem sabe aí a terra tremeria de fato e o blá blá blá e nhen nhen nhen da imprensa/partido se calasse de vez.

Fernando Henrique torrou o triplo através dos cartões, conforme levantamentos já apontados por outros jornalistas em seus blogs, o ConversaAfiada de Paulo Henrique Amorim e o Blog do Luis Carlos Azenha, por exemplo. Azenha inclusive tem um furo de reportagem espetacular: o ex-presidente se auto-concedeu o direito de continuar se valendo dos cartões federais para custear suas despesas pessoais, mesmo não sendo mais presidente. Azenha "pegou" o motorista de FHC enchendo o tanque do mesmo veículo quatro vezes, no mesmo posto e no mesmo dia!

Aliás, não vi Samuel Celestino comentar no mesmo artigo a respeito dos gastos comparativos entre os governos FHC e Lula através dos cartões corporativos. Nem mencionar que o governo paulista de José Serra tem só ele o dobro de gastos em relação ao governo federal, mais de R$ 108 milhões. Paulo Henrique Amorim revela que em torno de 40% desses gastos foram feitos em dinheiro vivo, o que impede a verificação da utilização desses recursos. Um “megaescândalo” do governador tucano que deveria também ser investigado por CPI?

Samuel Celestino é um jornalista que merece crédito. Não penso que ele seja mais um comentarista/cabo eleitoral tucano, que tenta através da imprensa criar outra “bolha” contra o governo do PT e assim mantê-lo nas cordas até as próximas eleições. A febre amarela não virou epidemia. O apagão elétrico deu em água. O “megaescândalo” dos cartões corporativos é a bola da vez. Creio porém que o comentarista de deve analisar que não é “irônico” que o próprio governo alimente seus opositores de informações. Isso é Transparência.

 

Por que a mídia ataca o uso dos cartões corporativos ?

A mídia brasileira caiu em cima dos cartões corporativos do governo federal. As revistas semanais dão capa. Os jornalões dão manchetes. E os jornais regionais como sempre macaqueiam os textos das agências de notícia. E como sempre a mídia escreve muita bobagem. Por que afinal a mídia age assim? Quem responde é o Blog do Mello. Primeiro, por puro preconceito, já que a mídia não se importa com gastos semelhantes do governo FHC. Segundo, porque está fazendo escancaradamente a pré-campanha de oposição a Lula. É a sucessão presidencial em marcha.

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Escritor paquistanês Tariq Ali pede desculpas a José Dirceu

O escritor Tariq Ali lançou um livro no Brasil, pela Editora Record. Deve ser uma bela porcaria. O escritor paquistanês escreveu em seu livro que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi um “petista brasileiro preso com dólares ilegais na cueca”. Como todo o Brasil sabe, isso é uma deslavada mentira. O político preso com dólares na cueca chama-se Adalberto Vieira da Silva. Que merda de escritor é esse? Que merda de editora é essa? José Dirceu endereçou carta ao palhaço. E o palhaço pediu desculpas. Espero que José Dirceu não se contente com meras desculpas e processe o debilóide.

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