16 de janeiro de 2009

 

Folha de S. Paulo mente sobre Cortejo do Senhor do Bonfim

Não pode ser somente ignorância. Tem cheiro de má-fé ou simplesmente sacanagem. Abra a Folha de S. Paulo de hoje, sexta-feira, 16 de janeiro. Vá à página A9 na seção Brasil. No alto, tem uma grande foto com o título “Nosso Senhor do Bonfim”, com o governador Jaques Wagner tomando um banho de água de cheiro das baianas.

Então vem a legenda da foto: “O governador Jaques Wagner (PT-BA) participa da lavagem das escadarias da igreja, na festa que reuniu, segundo a PM, cerca de 800 mil pessoas; no evento, um estudante foi agredido durante tumulto em protesto contra o reajuste em tarifa de ônibus”.

Onde está a empulhação? A legenda vincula o governador Jaques Wagner a um estudante agredido durante tumulto...

Ora, todo mundo sabe, está em todos os jornais da Bahia, deu em todas as TVs, que o caso do estudante agredido num protesto de tarifa de ônibus se vincula ao prefeito João Henrique (PMDB) e não ao governador Wagner, que estava bem longe do “evento”.

O estudante Luiz Eduardo Colavolpi, 17 anos, protestava contra o aumento nas tarifas de ônibus, num gesto de protesto que se repete todos os anos. Um segurança do prefeito João Henrique (PMDB) agrediu o estudante que levou três pontos no rosto. O segurança maluco sacou o revólver e deu um tiro para cima, depois fugiu no Focus preto do prefeito de Salvador. Na verdade, era um integrante da P2, serviço secreto da Polícia Militar.

Agora me diz aí. A Folha “erra” por incompetência, má-fé, militância política ou é corrupção mesmo?

LEIA ABAIXO:

Segurança do prefeito João Henrique (PMDB) agride estudante na festa do Bonfim

 

Justiça Federal inocenta ex-ministro José Dirceu

Justiça Federal concluiu “não haver qualquer indício de ato de improbidade” cometido pelo ex-ministro José Dirceu durante o período em que exerceu a chefia da Casa Civil da Presidência da República, no primeiro governo Lula. Por esse motivo, seu nome foi RETIRADO do processo movido contra ele na 9ª Vara Federal Judiciária do Distrito Federal.

Essa novela poderia se chamar “O tempo é o senhor da razão” ou “a farsa da denúncia do mensalão”.

A ação por improbidade administrativa havia sido proposta pelo Ministério Público Federal – o mesmo que, sem relacionar nenhum fato concreto a Dirceu, o acusou de comandar um suposto esquema de compra de votos para que deputados votassem a favor de projetos do governo.

A denúncia, que a mídia e o ex-deputado Roberto Jéferson batizaram de “mensalão”, jamais foi comprovada, mas deu origem a um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) contra 40 pessoas, ainda não concluído, e mais cinco contra Dirceu, entre eles este em que agora foi inocentado.

Em sentença publicada no Diário da Justiça, o juiz da 9ª Vara, Alaor Piacini, acolheu a defesa prévia apresentada por Dirceu e seu advogado, Rodrigo Alves Chaves, e o excluiu liminarmente da ação.

Um dos argumentos em que fundamentou sua sentença é que, de acordo com a jurisprudência do STF, ministros de Estado, cargo que Dirceu ocupava quando teria praticado o ato do qual foi acusado, por atuarem sob a égide da Lei do Crime de Responsabilidade, não se submetem à Lei de Improbidade Administrativa.

Além disso, o juiz considerou, ainda, não haver quaisquer indícios de ato de improbidade praticados por Dirceu. Por fim, Piacini, em sua sentença, criticou severamente a postura adotada pelos procuradores da República por proporem cinco ações de improbidade versando sobre os mesmos fatos. As demais correm em outras varas.

 

Jornal da família ACM critica “propaganda fora de hora”, do governo da Bahia

Depois que o Editor Chefe foi substituído, parece que chegou ao fim a experiência da linha editorial independente, ensaiada pelo Correio da Bahia, jornal da família ACM e porta-voz do DEM. Em matéria de Luana Rocha, o jornal afirma que “em véspera de ano eleitoral, o governo estadual aproveitou a realização da Lavagem do Bonfim para divulgar ações institucionais do Executivo. Nos oito kms do trajeto, faixas eram vistas por toda parte exaltando as recentes realizações do governo: Todos pela Alfabetização (TOPA), Ronda nos Bairros e inauguração do Estádio de Pituaçu prevista pata breve.

Durante o cortejo, centenas de apoiadores estavam uniformizados com camisas padronizadas do governo estadual e portavam cartazes de papelão. A reportagem ouviu o ex-governador Paulo Souto (DEM) que criticou a propaganda do governo. Pode?

Naturalmente, a jornalista do Correio da Bahia não pode escrever. Mas, a propaganda com os feitos do governo da Bahia foi de baixo custo, bem baratas – faixas e cartazes - comparada com a farra publicitária que a Propeg promoveu durante os governos de Paulo Souto, César Borges e ACM. Naqueles tempos, para o jornal Correio da Bahia e para a TV Bahia, de propriedade da família ACM, eram carreados milhões através da acintosa propaganda governamental durante o Cortejo do Bonfim.

O mais engraçado foi ver o deputado ACM Neto de dedo em riste protestar contra o bloqueio policial ao adro da Igreja. Durante décadas o falecido ACM mandava bloquear manu militari o adro da Igreja do Bonfim. Não passava ninguém.

Esse pessoal tem muita cara-de-pau.

 

Geddel suspeito de pagar torcida organizada na festa do Bonfim

A reportagem do jornal A Tarde (sexta, 16) faz um acusação grave ao ministro da Integração, Geddel Vieira Lima. Na altura do túnel Américo Simas, ao se aproximar o cortejo do Senhor do Bonfim, um homem orientava: “Aí pessoal, quando João Henrique chegar todo mundo bate palmas. Vamos homenagear o homem”. Questionado sobre quando estaria ganhando pelo “afago público”, o coordenador da torcida organizada respondeu: R$ 100. Mas de quem? “Do ministro Geddel”, respondeu. E quando Geddel passou o coordenador saudou: “Ê Ê Geddel”.

 

Segurança do prefeito João Henrique (PMDB) agride estudante na festa do Bonfim

Só faltava esta. Protesto, agressão e tiro no Bonfim. Segundo o jornal A Tarde (sexta,16), a violência invadiu a festa do Senhor do Bonfim protagonizada por quem deveria celebrar a paz. Um segurança do prefeito João Henrique (PMDB) agrediu um estudante do Colégio Oficina, Luiz Eduardo Colavolpi, 17 anos, que protestava pacificamente. O maluco do segurança sacou a arma, atirou para o alto, cortou o estudante no rosto, fugiu no Focus preto da prefeitura de Salvador, cuja placa foi arrancada rapidamente. Apesar da violência explítita de seu segurança maluco, o prefeito evangélico afirmou “que via a genética da guerrilha” no protesto estudantil. Pois eu vi a genética da contra-guerrilha não lamentável episódio.

Segundo a reportagem do jornal A Tarde, a confusão começou na altura do túnel Américo Simas, quando o prefeito João Henrique (PMDB) foi vaiado por populares. Mais adiante, outro grupo de estudantes se posicionou atrás da comitiva do prefeito, protestando contra o aumento da tarifa dos ônibus. O mesmo segurança maluco tentou retirar à força a faixa das mãos do estudante, que resistiu e foi esmurrado, sofrendo três pontos no rosto. De repente, o prefeito João Henrique (PMDB) reviveu a violência dos tempos do falecido ACM, que ordenava à P2 – serviço secreto da Polícia Militar – baixar o pau nos jovens que protestavam.

O estudante Luiz Eduardo Colavolpi prestou queixa na 3ª Delegacia do Bonfim. O jornalista de A Tarde chegou a presenciar o segurança fugindo aos gritos de “segura”, “pega”, tentando entrar num táxi e até a ficar sob a mira da arma de outro policial à paisana. Mas o policial à paisana foi logo alertado: “libera, libera, que é um P2”. O Focus preto que deu fuga ao segurança maluco foi visto logo depois transportando o prefeito de Salvador.

A Assistência Militar da Prefeitura Municipal de Salvador confirmou que o segurança pirado foi contratado para “reforçar” a segurança do prefeito durante o cortejo da paz. Em Nota Oficial, a Assistência Militar criou sua própria versão: não foi o Focus preto do prefeito que resgatou o segurança doidão; o segurança doidão é que foi agredido pelos estudantes, tendo apenas revidado a agressão; o tiro para o alto foi disparado por um policial civil.

Já o prefeito João Henrique (PMDB) criou também sua fantasia política. Acusou os manifestantes de ligação com o “radicalismo de uma esquerda cega que tem a genética da guerrilha”. Como não tinha ninguém do PT no meio da bagunça, deveria estar se referindo aos militantes do PSTU, PSOL e PDT que promoviam protestos absolutamente pacíficos. Pela idade, obviamente esse pessoal não tem nada a ver com a luta armada contra a ditadura militar.

Depois que se tornou refém do PMDB de Geddel, o prefeito João Henrique está se tornando um radical de direita.

15 de janeiro de 2009

 

Livro mostra trajetória de Mário Alves, líder comunista assassinado pelos militares em 1970

O jornal A Tarde publica hoje (15/01/2009) uma bela resenha, assinada pela jornalista Eduarda Uzêda. “Livro mostra trajetória de Mário Alves, militante comunista morto em 1970” é a manchete sobre o livro de Gustavo Falcón que resgata a memória do líder comunista barbaramente torturado até a morte pelos militares da ditadura. O lançamento será nesta sexta-feira (16), às 18h, na Reitoria de UFBA, em Salvador.

Segue o texto de A Tarde:

“Mário Alves foi duplamente esquecido pela memória brasileira. E o esquecimento deste homem, um idealista, um ideólogo, um formulador, um mártir e um herói, é surpreendente. Para a direita, seu esquecimento era claro porque seu corpo nunca foi sepultado. E, para a esquerda, porque ele se rebelou contra o pensamento oficial do PCB”.

A afirmação é de Gustavo Falcón, jornalista, doutor em História e professor de Sociologia da UFBA, além de escritor e poeta, que lança amanhã (sexta-feira, 16), às 18h, na Reitoria da UFBA, o livro “Do Reformismo à luta armada – A trajetória política de Mário Alves”.

A obra, fruto do trabalho de pesquisa para a tese de doutorado de Falcón, disseca a trajetória e o momento histórico de Mário Alves (1923-1970), um dos mais importantes comunistas brasileiros, membro do alto escalão do PCB por longas décadas e fundador, na segunda metade dos anos 60, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), junto com Jacob Gorender e Apolônio de Carvalho, dentre outros.

REALIDADE DOS FATOS

O jornalista e escritor Emiliano José, que assina o prefácio da publicação, depõe sobre a obra: “O livro de Gustavo Falcón é um rigoroso resgate histórico. E que, para insistir, emociona a todos, e mais àqueles que estiveram mergulhados na difícil luta contra a ditadura. E quando falo em rigoroso resgate não estou advogando nenhuma imparcialidade”.

“Não há texto desinteressado, imparcial – é necessário repetir esta obviedade. Há, isso sim, se o autor for sério, o esforço consciente para se aproximar da realidade dos fatos, e isso Gustavo Falcón o faz com grande discernimento e disciplina”, completa.

Já Jorge Nóvoa, doutor em Sociologia pela Universidade de Paris VII, ao falar da obra, na orelha do livro, diz que Gustavo Falcón teve muita coragem ao decidir escrever sobre Mário Alves. “Mário preferiu pagar o preço da delação com a própria vida. Para ele, e para alguns poucos, não vergar sobre a tortura significou também contestar até a morte inimigos e as formas de dominação que o capital havia estabelecido até então”.

Gustavo Falcón, que levou três anos para escrever o livro, afirma: “A vida dele resume a glória e a tragédia da esquerda brasileira”. E acrescenta que o livro, dividido em seis capítulos, começa com a reconstituição das últimas horas de vida de Mário Alves.

Mário Alves foi assassinado por integrantes do DOI-CODI, exatamente no dia 16 de janeiro de 1970, no Rio de Janeiro, depois de ser torturado. No segundo capítulo, Gustavo Falcón contra a origem de Mário Alves na região do São Francisco, Bahia, e como se tornou socialista.

O terceiro e quarto capítulos mostram o recrutamento de Mário, aos 16 anos, como ele se tornou um jornalista precoce, chegando a dirigir “O Momento”, jornal do PCB, e sua militância.

O quinto capítulo apresenta Mário como grande dirigente na alta hierarquia do PCB e formulador político. No sexto, a desilusão com o reformismo e por que ele defendeu a luta armada.

14 de janeiro de 2009

 

Afinal, o Estado existe para salvaguardar o capitalismo...

O jornalista e ex-deputado Emiliano José, em artigo publicado no jornal A Tarde (05/01/2009) comenta que iniciamos 2009 sob o impacto da crise do capitalismo. E ela marca o fim do “século americano”. Mas, no lugar do século americano, desponta a formação de diversos outros centros do capitalismo global. A China cresce. E a América Latina não é mais o quintal dos Estados Unidos. No momento, trata-se de socializar os prejuízos. Os pequenos empreendedores não estão protegidos, menos ainda os assalariados. Os grandes, sim. Para isso existe o Estado, para salvaguardar o capitalismo.

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Na Bahia, políticos do PMDB e DEM fraudam Bolsa Família

O jornal A Tarde (quarta,14), página B2, reportou bem, mas errou na manchete: “Políticos fraudam Bolsa Família”. Políticos fraudam Bolsa Família não. Políticos baianos do PMDB e DEM fraudam Bolsa Família. Não é justo que os políticos de todos os partidos levem a culpa pela fraude de políticos do DEM e do PMDB. A matéria assinada pelo jornalista Juscelino Souza, da sucursal de A Tarde em Vitória da Conquista cita nomes e identifica os partidos.

A matéria diz o seguinte:

Os moradores de Irajuba, município de 7.215 habitantes, não escondem a indignação com o recebimento ilícito de recursos do Programa Bolsa Família por parte de políticos locais.

Detectada a fraude, o ex-procurador da República em Jequié, Frederico Paiva, denunciou o ex-vice-prefeito, Mário Augusto Barbosa Santos, 52 anos (PMDB); o vereador reeleito Gilmar Santana Moreno, 38 anos, PMDB; e os ex-vereadores José Carlos Rocha Souza, 42, (PMDB) e Edízio de Jesus Franco, 40 anos, (DEM).

Todos, incluindo as esposas de Gilmar Santana Moreno, Adriana Santana Moreno e de Edízio, Marilene Macedo Franco – igualmente denunciados pelos mesmos crimes – receberam o benefício por mais de um ano, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

Todos estão sendo processados. O MPF pede que os criminosos sejam condenados a devolver os recursos recebidos ilegalmente. Ele surrupiaram do Bolsa Família mais de R$ 10 mil reais.

Essa gente merece condenação por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. Na prefeitura ninguém fala sobre a fraude. Irajuba está no Polígono da Seca, tem índice de 38,59 de IDH e mais de 200 famílias carentes ainda não receberam o benefício. Para fazer parte do Bolsa Família o cidadão deve ter renda de R$ 120 reais. Os picaretas tinham renda de R$ 3 mil a R$ 5 mil reais.

O processo está correndo. Os políticos do DEM e do PMDB sumiram da cidade.

Ninguém merece.

 

Polícia, bandido, cachorro, dentista

Ao afirmar recentemente que a polícia “vai partir pra cima” dos bandidos o secretário de Segurança do Estado da Bahia, César Nunes, deixou meio-mundo preocupado. O que realmente poderia significar “partir pra cima”? Prender, arrebentar, atirar, matar?

Ao secretário de Segurança recomendo o sambinha mineiro da autoria de Sérgio Sampaio, cantado por Mariana Nunes e Vander Lee.

O título é “Polícia, bandido, cachorro, dentista”:

Eu tenho medo de polícia, de bandido, de cachorro e de dentista
Porque polícia quando chega vai batendo em quem não tem nada com isso
Porque bandido quase sempre quando atira não acerta no que mira
Porque cachorro quando ataca pode às vezes atacar seu amigo

Porque dentista policía minha boca como se fosse bandido
Porque bandido age sempre às escuras como se fosse cachorro
Porque cachorro não distingue o inimigo como se fosse polícia
Porque polícia bandideia minha boca como se fosse dentista

Visite www.myspace.com/mariananunesmn para ouvir o sambinha.

13 de janeiro de 2009

 

Gaza e os crimes de guerra de Israel

Quando o presidente Lula afirmou, em dezembro de 2008, que a crise no Oriente Médio demonstrava falta de coragem da ONU por conviver com suas resoluções sabotadas pelos Estados Unidos, setores da imprensa nativa acusaram o governo brasileiro de assumir um viés claramente antiamericano. Passadas duas semanas, com a morte de aproximadamente 900 palestinos, sendo que 200 eram crianças, fatos e falas dão razão ao presidente.

A coisa está feia. Israel cometeu hediondos crimes de guerra na Faixa de Gaza. Bombardeou escola da ONU, atacou abrigo para refugiados e explodiu caminhões de suprimentos para a população civil. Israel visa praticar a “solução final” contra a Palestina.

O grande problema da Palestina, onde vivem cristãos, judeus e islâmicos, é que nenhuma regra parece valer para os desígnios sionistas. Mesmo antes da ofensiva, a região era alvo de incursões e operações militares que danificavam a infra-estrutura e deixavam mais distante qualquer sonho de paz.

Como os nazistas faziam com os judeus na Alemanha, Israel nega até água aos palestinos.

Gilson Caroni fILHO, professor de sociologia (RJ). assina lúcido artigo publicado na Agência Carta Maior. LEIA NA ÍNTEGRA

 

Novo prefeito de Boninal não acha a papelada para administrar a cidade

Toda a papelada referente aos exercícios de 2007 e 2008 da prefeitura de Boninal, um belo recanto encravado na Chapa Diamantina, desapareceu da noite por dia. Quem levou a papelada também deletou todos os arquivos dos computadores da prefeitura. A polícia foi acionada e deve apontar os envolvidos.

Impossibilitado de iniciar os trabalhos administrativos, o novo prefeito Eudes Paiva (PT) vai decretar estado de emergência em Boninal. Só assim ele espera poderá iniciar sua gestão à frente do município baiano que fica a 513 quilômetros de Salvador.

O novo prefeito herdou uma herança maldita. A folha de pagamento chega a 80% do que arrecada o município, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Só deixaram sobre a mesa do gabinete do prefeito um rascunho da folha de pagamento de dezembro de 2008, num valor superior a R$ 497 mil. Estranhamente um outro documento que foi deixado lista os 118 servidores de Educação que tiveram os contratos encerrados em 31 de dezembro de 2008.

Virou moda na Bahia prefeito perder eleição e deixar pra traz a terra arrasada.

Fonte: Nublog

12 de janeiro de 2009

 

Presidente Lula está em 18º lugar na lista dos 50 mais poderosos e influentes da revista Newsweek

Mídia brasileira deu pouco destaque. Por que será?

Deu na excelente revista “Brasileiros”: "Economistas chiaram quando o barbudo ex-sindicalista assumiu o poder em 2003, mas logo eles estavam suspirando. Brasil, antes à beira da ruína, agora tem US$ 207 bilhões em reservas e a menor inflação entre os países em desenvolvimento. Graças à política fiscal inteligente da equipe econômica de Lula, o País está entre as mais saudáveis economias dos países emergentes."

Com essas palavras a revista norte-americana Newsweek definiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o 18º na lista dos 50 mais poderosos e influentes do mundo atual. Lula figura entre líderes mundiais de destaque, como Hu Jintao, presidente da China e segundo colocado, e Nicolas Sarkozy, presidente da França, que vem logo atrás do chinês na lista.

Lula ficou à frente do Dalai Lama, líder espiritual do Tibet, do Papa Bento 16, do magnata da mídia Rupert Murdoch e do chefão do FMI, Dominique Strauss-Kahn, entre outras celebridades. No topo, Barack Obama, o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos.

Publicada no dia 20 de dezembro, a lista teve pouco destaque na mídia brasileira. Por que será? No editorial da edição 17 da Brasileiros, o diretor de redação Hélio Campos Mello lembrou que Lula foi o mais bem avaliado entre os líderes latino-americanos, em pesquisa da ONG chilena Latinobarómetro. Nenhum destaque no Brasil. Por que será?

Confira a lista completa da Newsweek:

1. Barack Obama (presidente eleito dos EUA)
2. Hu Jintao (presidente da China)
3. Nicolas Sarkozy (presidente da França)
4-5-6. "Triunvirato Econômico" (formado por 4. Ben Bernanke, presidente do Fed, 5. Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), e 6. Masaaki Shirakawa, presidente do BC japonês)
7. Gordon Brown (primeiro-ministro britânico)
8. Angela Merkel (premiê alemã)
9. Vladimir Putin (primeiro-ministro russo)
10. Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud (rei da Arábia Saudita)
11. Ayatollah Ali Khamenei (líder religioso do Irã)
12. Kim Jong Il (líder norte-coreano)
13-14. "Os Clintons" (13. Hillary Clinton, ex-primeira dama e atual Secretária de Estado dos EUA e 14. Bill Clinton, ex-presidente dos EUA)
15. Timothy Geithner (Secretário de Tesouro dos EUA)
16. General David Petraeus (comandante das tropas americanas no Iraque)
17. Sonia Gandhi (presidente do Partido do Congresso da Índia)
18. Luiz Inácio Lula da Silva (presidente brasileiro)
19. Warren Buffett (megainvestidor bilionário)
20. Gen. Ashfaq Parvez Kayani (comandante do exército paquistanês)
21. Nuri al-Maliki (primeiro-ministro do Iraque)
22-23. Bill e Melinda Gates (criador da Microsoft e esposa)
24. Nancy Pelosi (presidente da Câmara dos Deputados dos EUA)
25. Khalifa bin Zayed Al Nahyan (presidente dos Emirados Árabes)
26. Mike Duke (executivo-chefe da rede Wal-Mart)
27. Rahm Emanuel (chefe de gabinete de Obama)
28. Eric Schmidt (presidente-executivo do Google)
29. Jamie Dimon (diretor-executivo do JPMorgan Chase)
30-31. Amigos de Barack Obama (assessores do presidente eleito dos EUA David Axelrod e Valerie Jarrett)
32. Dominique Strauss-Kahn (diretor-gerente do FMI)
33. Rex Tillerson (executivo-chefe da Exxon Mobil)
34. Steve Jobs (executivo-chefe da Apple)
35. John Lasseter (diretor de criação da Pixar)
36. Michael Bloomberg (prefeito de Nova York)
37. Papa Bento 16 (líder da Igreja Católica)
38. Katsuaki Watanabe (presidente do grupo Toyota)
39. Rupert Murdoch (magnata de mídia)
40. Jeff Bezos (diretor-executivo da Amazon)
41. Shahrukh Khan (considerado o ator mais conhecido de Bollywood)
42. Osama bin Laden (terrorista mais procurado do mundo)
43. Hassan Nasrallah (xeque líder do Hizbollah)
44. Dr. Margaret Chan (diretora da OMS, a Organização Mundial da Saúde)
45. Carlos Slim Helú (magnata mexicano de telecomunicações)
46. Dalai Lama (líder espiritual tibetano)
47. Oprah Winfrey (apresentadora de TV)
48. Amr Khaled (telepregador egípcio)
49. E. A. Adeboye (pregador pentecostal da Nigéria)
50. Jim Rogers (megainvestidor e ex-sócio de George Soros)

LEIA A REVISTA “BRASILEIROS”

 

Genocídio na Faixa de Gaza, duas revistas, duas visões

Ao contrário da vergonhosa revista Veja, porta-voz do Estado de Israel em sua violenta campanha genocida contra o povo palestino, a revista CartaCapital (14/01/09) publica reportagem equilibrada e esclarecedora. “A razão agredida” é a manchete de capa, destacando a confirmação de uma antiga injustiça que é a absurda desproporção entre os artesanais mísseis do Hamas e a reação israelense. Conforme a revista CartaCapital, “motivada pela política eleitoral interna, a ofensiva desmoraliza Israel ao produzir mais de 700 mortos palestinos, provocando, assim, um legado de ódio que vai se acumulando. Os judeus aprenderam as lições com os nazistas.

Assinada pelo jornalista Antonio Luiz M. C. Costa, a reportagem começa afirmando que “de vitória em vitória Israel perderá a guerra”. Países que normalmente mantêm boas relações com Israel condenam suas ações de guerra. O quadro se complica ainda mais com a proibição, por Israel, da entrada de jornalistas estrangeiros na zona deflagrada. Será a imprensa livre inimiga de Israel? Li outro dia na abominável revista Veja que Israel é uma “democracia” cercada de ditaduras hostis.

O fato é que a frase “reação desproporcional” nunca foi tão empregada com tanta propriedade, escreve a CartaCapital. “No mínimo, há excesso doloso na legítima defesa, crime punível para os juristas quando o meio defensivo escolhido é desnecessário”. O uso do meio violento excede o necessário para cessar a agressão. Pior, os soldados israelenses estão sendo mortos pelos próprios soldados israelenses, Dos dez soldados mortos quatro foram atingidos por ogivas disparadas dos tanques de Israel. É o assassinato “amigo”. Já do lado palestino mais da metade dos mortos é de civis, sendo 200 crianças.

Israel comete o holocausto palestino. Vai-lhe custar caro.

 

Gustavo Falcon lança livro sobre o líder comunista Mário Alves, assassinado na tortura pelos militares de triste memória

O jornalista e sociólogo baiano Gustavo Falcon autografa dia 16 de janeiro (sexta), 18h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, seu livro “Do reformismo à luta armada: A trajetória política de Mário Alves (1923-1970)” editado pela Edufba/Versal.

O livro é o resultado do trabalho de pesquisa de Gustavo Falcon para sua tese de doutorado em História. É mais uma peça fundamental do processo de reconstrução da memória de brasileiros extraordinários que deram suas vidas pela liberdade do nosso povo.

Dia 16 de janeiro de 2009 é também a data que marca os 39 anos de morte e desaparecimento do comunista baiano Mário Alves nas dependências do I Batalhão da Polícia do Exército, no Rio de Janeiro.

Mário Alves foi membro do Partido Comunista Brasileiro por longas décadas e fundador, na segunda metade dos anos 60, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, junto com Jacob Gorender e Apolônio de Carvalho.

Gustavo Falcón atuou em vários órgãos da imprensa baiana e dirigiu jornais alternativos e publicações culturais. Pesquisador de história econômica e história política da Bahia é autor, entre outros livros, de “Os Coronéis do Cacau” e “Os baianos que rugem – A Imprensa Alternativa na Bahia”.

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