28 de julho de 2006

 

Os malabaristas do Correio da Bahia

Deve ser um desafio gigantesco para os profissionais da comunicação trabalhar no Correio da Bahia, panfleto diário do senador Antonio Carlos Magalhães. Sabem que precisam fazer mágicas para transformar qualquer fato ou declaração em notícias que favoreçam ao chefe, ainda que para isso sacrifiquem a inteligência e a capacidade de interpretação do seu próprio leitor. Exemplos recentes são as revelações de que a Máfia dos Sanguessugas é produto esmerilhado durante a Era FHC, com envolvimento de toda base de sustentação do governo.

A manchete que está no site do jornal, "Governo do PT é origem dos sanguessugas" é um primor. Utiliza como base uma declaração de Geraldo Alkmin, acertada por sinal, de que cabe aos governos fiscalizarem o uso das emendas, para evitar os desvios de finalidades e os gastos superfaturados. Quanto a isso, nenhuma novidade. O fato novo são as investigações que a Controladoria Geral da União está fazendo, com o apoio da Polícia Federal e do Mínistério Público. Mas o texto tinha que se transformar a notícia em coisa ruim para o governo Lula, daí essa tirada da cartola.

Ainda da Máfia dos Sanguessugas, o texto do jornal usa de velhas práticas sofistas para limpar a barra de Paulo Magalhães, o sobrinho do Chefe, citado entre os deputados que apresentaram emendas para compra de ambulâncias suspeitas. Ao lado de uma declaração da senadora do PT Ideli Salvati, de que é errado citar nomes de parlamentares sem que se apresentem provas, o jornal "cola" a expressão "como é o caso do deputado Paulo Magalhães". Quem lê, pensa até que a senadora petista está dando um "salvo conduto" ao primeiro-sobrinho. Chega a ser piada! É como Oldack bem define, um "jornalismo molecagem" do Correio da Bahia. Um pão difícil de ganhar para quem precisa trabalhar lá.

27 de julho de 2006

 

José Serra e os sanguessugas

Causou indignação na tucanagem a revelação da Controladoria Geral da União de que a Máfia dos Sanguessugas agiu com desenvoltura durante o governo FHC, particularmente em 2002. Enquanto as acusações viajavam num mar de névoas, a se insinuar que se tratava de mais um escândalo a ser debitado ao PT, todas as bocas se valiam de pedidos de investigação, punições, etc. Ao se abrir a caixa preta e se revelar quem, como e quando agiram deputados fraudadores de licitações, e aí sim apontar quem tem culpa no cartório, o que se viu foi um esquema que atravessou ileso o governo tucano e só foi de fato investigado na administração petista. As reações, como poderia se esperar, foi um "não tenho nada com isso", principalmente do candidato derrotado em 2002 à presidência José Serra, ex-ministro da saúde. Primeiro, disse que em sua gestão não se adquiriu ambulâncias, um ato falho que auto-denuncia falta de investimento na melhoria do atendimento à população. Depois, preferiu dizer que trata-se de "acusações políticas", e negar que a Planam operou com desenvoltura na Era FHC, junto com parlamentares da base fernandista. A Máfia dos sanguessugas é, sim, mais uma praga herdada pelo governo Lula, como de resto outras pragas que assolam o país, e não será um governo de 4 anos que irá por fim à "banda podre" da política brasileira. Investigar e punir os que se beneficiam dessas máfias, este é o papel de uma administração séria e voltada para os interesses do país. Isso, com certeza, Lula e PT estão fazendo.

 

Senadores vão assistir filme "Zuzu Angel"

Na próxima quarta-feira, 2 de agosto, o filme “Zuzu Angel” será apresentado em avant première no Congresso Nacional, patrocinada pelo Senado. Assim como o filme “Lamarca” - também do diretor Sérgio Rezende - explodiu em 1994, Zuzu Angel está destinado a causar grande impacto. A atriz Patrícia Pillar interpreta o papel de Zuzu Angel, a famosa estilista, mãe de Stuart Edgard Angel, militante revolucionário assassinado barbaramente na Base Aérea do Galeão, em 1971, aos 25 anos de idade, no auge da violência da ditadura militar comandada pelo general Emílio Garrastazu Médici. Daria tudo para ver a cara-de-pau de senadores que apoiaram a ditadura, ACM, Rodolfo Tourinho, César Borges...

A história é trágica. As torturas foram reveladas pelo preso político Alex Polari, que a tudo assistiu. O livro “Lamarca, O Capitão da Guerrilha” (Emiliano José e Oldack Miranda), em 1981, ainda em plena ditadura, contou que o Brigadeiro João Paulo Burnier, Chefe da Zona Aérea, comandou a barbárie, arrastando Stuart com a boca colada no cano de descarga de um jipe da Aeronáutica. O prisioneiro, militante do MR-8, morreu por asfixia, intoxicado pelo monóxido de carbono, com o corpo dilacerado. E não falou onde estava Lamarca.

Zuzu Angel era uma estilista vitoriosa, com espaço nas vitrines da Quinta Avenida, em Nova York. Kim Novak, Liza Minelli, Joan Crawford e Margot Fonteyn eram suas clientes. TRANSFORMOU-SE EM MÃE-CORAGEM, quando soube dos detalhes escabrosos do assassinato de Stuart Angel, e passou a afrontar abertamente os militares. Mobilizou a opinião pública internacional, entregou carta ao famigerado Henry Kissinger, então Secretário de Estado dos EUA, e denunciou a tortura do regime militar. Avisou aos amigos que seria assassinada. Em abril de 1976, morreu num mal explicado acidente de carro no túnel Dois Irmãos, na Estrada da Gávea (RJ).

Uma semana antes do acidente, causado por agentes da repressão política, segundo as suspeitas, Zuzu Angel visitou o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda e deixou com ele um documento para ser divulgado caso algo lhe acontecesse. Sua força inspirou Chico Buarque que compôs a música Angélica, que diz assim:

Quem é essa mulherQue canta sempre esse estribilhoSó queria embalar meu filhoQue mora na escuridão do mar
Quem é essa mulherQue canta sempre esse lamentoSó queria lembrar o tormentoQue fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulherQue canta sempre o mesmo arranjoSó queria agasalhar meu anjoE deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulherQue canta como dobra um sinoQueria cantar por meu meninoQue ele já não pode mais cantar.

 

Fernando Gomes e irmão deputado na máfia das sanguessugas

Deu no insuspeito e anti-petista jornal A Região, de Itabuna: Fernando Gomes, prefeito de Itabuna, não é o único da família Gomes suspeito de envolvimento na máfia dos Sanguessugas. O irmão de Fernando Gomes, deputado pelo Espírito Santo, foi incluído entre os suspeitos de superfaturar ambulâncias. Conhecido como Nilton Baiano, o irmão do prefeito de Itabuna aparece na nova lista de deputados que teriam recebido propina da Planam, a empresa que comandava o esquema de fraude.

A informação do jornal A Região fecha o círculo. Além de integrar a máfia das sanguessugas, o prefeito Fernando Gomes (PFL), adversário de Geraldo Simões (PT) é o principal suspeito de articular a farsa do bioterrorismo da vassoura-de-bruxa, denunciada pela revista Veja em duas “reportagens” pagas. As matérias da revista Veja, estão baseadas nas denúncias sem provas de um desqualificado administrador desempregado, Franco Timóteo, e visam a basicamente atingir o PT e o candidato a deputado federal Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna. Puro palanque eleitoral.

Fernando Gomes, do esquema das sanguessugas, apóia a reeleição de Paulo Souto. Tudo a ver.

 

Oito sanguessugas na base aliada de Paulo Souto

Já são oito os deputados federais baianos citados no esquema dos sanguessugas, todos suspeitos de faturar na venda das ambulâncias. Todos, por coincidência, são aliados do governador-candidato Paulo Souto, herdeiro do carlismo e do PFL. A novidade é o surgimento do nome do deputado federal João Almeida (PSDB), que apresentou 12 emendas com oito contratos comprovados com a Planam. João Almeida é o mesmo que rasgou sua biografia política e manifestou apoio a Paulo Souto, rachando o PSDB baiano liderado por Jutahy Magalhães, que se recusou a apoiar o carlismo. Os outros sete são Reginaldo Germano, Zelinda Novaes, Mário Negromonte, Paulinho Magalhães, sobrinho querido do senador ACM, Robério Nunes, Coriolano Sales e Jonival Lucas Jr. Todos são apoiadores e privam da intimidade de Paulo Souto. Prata da casa. Estou aqui abismado. O PSDB de Alckmin é o partido com mais contratos firmados com a máfia das sanguessugas (124), depois vem o PFL com 107 contratos.

É preciso mesmo renovar o Congresso Nacional e o governo da Bahia.

 

Camaçari "do Bem" vence Camaçari "do Mal"


O prefeito petista Luís Caetano faz uma administração exemplar em Camaçari, região metropolitana de Salvador. O povo reconhece, os adversários estremecem. Não achando motivos melhores para achacar a administração, o ex-prefeito José Tude e seus aliados, do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães, resolveram abrir fogo contra o slogan vitorioso de Caetano, "Camaçari do Bem". Argumentam que o petista usa marca de campanha, "Todos juntos por uma cidade do bem", e ainda alegam que o prefeito usa materiais promocionais da administração pública para promoção de sua imagem pessoal.

Na verdade, é tudo balela. No fundo, Tude sente uma profunda dor de cotovelo por ter gerido Camaçari por oito anos, um dos maiores orçamentos municipais da Bahia, e não ter feito pela cidade o que Caetano fez em menos de dois anos. A população da cidade apóia com entusiasmo a atuação do prefeito e vai dar a resposta nas próximas eleições. Mobilizou-se em uma campanha pela manutenção do slogan que uniu a cidade. Camaçari do Bem, sim. Já chega dessa turma do Mal!

26 de julho de 2006

 

As eleições não são hoje. Wagner vai ganhar em outubro

A pesquisa IBOPE deu 56% para Paulo Souto contra 13% para Wagner. Paulo Souto venceria se as eleições fossem hoje. Mas as eleições NÃO são hoje. O horário eleitoral na TV nem começou e Wagner tem 30% mais tempo que o governador-candidato do PFL. Em 2002, Wagner saiu com 2% e chegou a 38%, agora está saindo com 13%. Então, vai ganhar as eleições. A marca de 56% de Souto ainda não é o bastante, para garantir a vitória, e muito menos no primeiro turno.

Os comentaristas apressados esquecem propositalmente as atuais condições de Wagner. Tem maior tempo na TV, sai com o apoio de 70 prefeitos e não apenas sete como em 2002. Sai em coligação com o PMDB, com o PPS, PV, PMN, PCdoB e PSB, completamente diferente da limitada coligação política de 2002. Até uma ala do PSDB baiano apóia Wagner. Aumentam a cada dia as adesões da chamada Banda B, ex-carlistas desencantados com a política do velho coronel. Ninguém sabe se a campanha de Wagner vai conseguir se identificar com Lula presidente. Se sim, Wagner ganha, se não, Wagner diminui as chances. Em 2002, Wagner enfrentou na capital o prefeito Imbassahy, agora o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro – eleito com 700 mil votos de frente - está do lado dele.

É, se as eleições fossem hoje, Paulo Souto venceria, mas as eleições NÃO são hoje!

 

Até o IBOPE dá Lula no primeiro turno, novamente

Todas as pesquisas feitas até hoje deram que Lula ganha no primeiro turno. Há sempre um marqueteiro de plantão, um comentarista de TV, ou algum jornalista comprometido, que fica fazendo ponderações do tipo “o segundo turno está mais perto”. O fato é que pelo IBOPE Lula chegou a 44% e Alckmin a 27%, Heloisa Helena a 8%. Se a eleição fosse hoje Lula venceria no primeiro turno. Como pesquisa não é eleição, o IBOPE também pesquisou o que seria num segundo turno. Lula ganharia com 48%, Geraldo chegaria a 39%. O relatório do IBOPE é mais honesto que os comentaristas da grande mídia. A eleição pode ser definida no primeiro turno. A monótona repetição da possibilidade e proximidade de um segundo turno serve mais aos golpistas de sempre. Uma pesquisa às vésperas da eleição bem que poderia anunciar a “virada”. Muito dinheiro corre por debaixo do pano. Nada é impossível. A verdade é que nada indica que Lula possa ser derrotado. Resta o golpe. A imprensa paulista apóia. A Rede Globo também.

 

Para Heloisa Helena jornalistas são "ignorantes" e "gentalha de má-fé"

Essa Heloisa Helena do PSOL está pirando. Criticar a mídia é uma coisa, mas uma candidata à presidência da República chamar genericamente jornalistas de “ignorantes” e “gentalha de má fé” é outra bastante diferente. O problema é que ela fica irritada quando jornalistas questionam suas posições passadas com o que faz no presente. Como ela pretenderia reduzir a taxa de juros? Essa foi a pergunta que causou a explosão de fúria e má-educação. Faz sentido a pergunta. Afinal, foi com essa crítica dos juros, entre outras, que ela argumentou para fazer oposição ao Governo Lula, votar 19 vezes contra a decisão coletiva da bancada do PT e acabar sendo expulsa do partido.

Como foi mesmo a frase dela? “Ô gentalha de má-fé que tenta vender à opinião pública o pensamento único como única alternativa”. “Como baixar a taxa de juros? Não será por decreto presidencial, ignorantes”. E no Jornal Nacional ela disse: “meu amor, olha, quem não é imbecil intelectualmente sabe que até poderia ser por decreto presidencial, porque o Conselho Monetário Nacional será composto de homens e mulheres que não são moleques de recado do capital financeiro”. Heloisa Helena está muito, muito confusa.

 

Deputado Pedro Irujo não é mais candidato

Já está na boca do povo. O deputado federal Pedro Irujo (PMDB) não vai concorrer nestas eleições para a renovação do mandato parlamentar. São razões de ordem pessoal, não políticas. Já comunciou sua decisão aos assessores e está dando satisfações pessoalmente às suas principais lideranças. Quer dedicar mais tempo às atividades empresariais. Pedro Irujo está cumprindo seu quarto mandato de deputado federal, disputou por duas vezes a prefeitura de Salvador e foi presidente do PMDB da Bahia. São 16 anos de vida parlamentar, desde que disputou seu primeiro mandato em 1990. Mas já participava ativamente da política baiana desde a década de 80. Em 1986 apoiou Waldir Pires para o governo da Bahia. Faz parte da base de apoio ao Governo Lula.

25 de julho de 2006

 

Humberto Costa vai processar revista Veja

Até que enfim alguém toma alguma atitude. Acusado pela revista Veja de liberar recursos para o esquema de compra de ambulâncias superfaturadas pela Máfia das Sanguessugas, o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo do Estado de Pernambuco, Humberto Costa (PT), decidiu processar civil e criminalmente a revista e os malandros autores da reportagem. Os mentores do esquema, empresários Darcy e Luiz Antônio Vedoin, negaram as maluquices dos “jornalistas” e colocaram a revista numa grande saia-justa.

O advogado dos empresários sanguessugas, Otto Medeiros, negou a denúncia contra Humberto em entrevista (24) à TV Globo, em Cuiabá. Medeiros afirmou que o ex-ministro Humberto Costa não foi citado pelos proprietários da Planam, a empresa que comandava os superfaturamentos nas compras de ambulância, por meio de emendas parlamentares. "O ex-ministro não foi citado. No depoimento de Luiz Antônio Vedoin não consta que ele tenha afirmado que fez repasse de dinheiro, nem que o ex-ministro tenha facilitado a liberação de recursos do Ministério (da Saúde)", informou Medeiros.

Logo, a revista Veja mentiu

Espero que Humberto Costa faça a revista pagar uma fortuna pelas mentiradas, calúnias, injúrias e difamações.

Falta agora procesar a Rede Globo.

 

A manipulação da imprensa no caso dos sanguessugas

É impressionante como a Rede Globo e a revista Veja estão manipulando a notícia para transferir para o ex-Ministro da Saúde, Humberto Costa, a responsabilidade de fraudes no Ministério da Saúde no caso das ambulâncias. Ora, os fatos narrados se deram na gestão do ex-ministro José Serra. O chefe da quadrilha, Luiz Vendoin documentou bem sua confissão quanto aos negócios, a dívida de R$ 8 milhões de sua Planam com Serra. Tudo se deu de 1998 a 2002, e a CGU começou a apurar o esquema em 2003, cujo relatório serviu de base para a Operação Sanguessuga da PF. Os sanguessugas são filhotes do PSDB de Serra e FHC desde 1998. Aliás, o mesmo ano da criação do valerioduto por Azeredo em Minas.

A sensação de impotência diante das mentiras da TV e da revista angustia quem tem a informação correta. O poder da mídia corrupta é muito maior que o poder dos blogs. Em compensação, a vingança é doce. Com toda essa trapaça Alckmin não deslancha. A estratégia do consórcio de direita PFL/PSDB/PSOL não está funcionando. Heloísa Helena, na verdade, está crescendo em cima dos votos de Alckmin. O Datafolha comprova isso. Certamente Lula sabe o que está fazendo ao não responder a tais fraudes, afinal, são 20 anos enfrentando a corrupção da mídia e seus jornalistas inocentes-úteis.

 

Geraldo Simões repõe a verdade sobre vassoura-de-bruxa no cacau da Bahia

O ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões (PT) negou ontem (24) na Polícia Federal, a acusação absurda de ter criminosamente introduzido a vassoura-de-bruxa nos cacauais baianos. Foi tudo uma grande armação para atingir o PT. O cientista Gonçalo Pereira, coordenador do Projeto Genoma da Unicamp, desmontou a farsa e os pilantras que estão por traz serão identificados pela Polícia Federal.

Ficou patente que o réu confesso Luiz Henrique Franco Timóteo (lembram-se de Roberto Jefferson? também era réu confesso) foi instruído pelo ex-fitopatologista da Ceplac, o indiano Asha Ram. O próprio Asha Ram já figurou como suspeito de sabotar a cultura do cacau. Até o momento não há provas das denúncias vendidas à revista Veja. As únicas “provas” são as histórias fantasiosas do réu confesso.

Geraldo Simões acredita que a vassoura-de-bruxa foi introduzida na Bahia pelo fluxo permanente de funcionários da Ceplac e de cargas, depois que a cultura do cacau foi levada para os estados do Norte, com o Pro-Cacau. Geraldo Simões entregou à Polícia Federal documentos da Ceplac alertando as autoridades para o perigo das cargas de cacau. Lembrou inclusive um decreto do ex-governador João Durval Carneiro proibindo o transporte de cacau da região amazônica para a Bahia.

A Polícia Federal já sabe que o tal Franco Timóteo, primeiro, afirmou que o deputado federal Josias Gomes (PT) teria também participado da ação de sabotagem. Quando descobriu que Josias nem estava na Bahia na época, retirou às pressas a afirmação do depoimento registrado em cartório. O cara é um irresponsável e acredita na impunidade.

A Polícia Federal já sabe das ligações do indiano Asha Ram com Franco Timóteo. Falta agora descobrir quanto pagaram à revista Veja para as duas reportagens e quem pagou. Já se fala que o sr Franco Timóteo não recebeu apenas R$ 250 mil para assumir a trapaça, já se fala em R$ 1 milhão.

Eu não queria mais, aqui, comentar esse assunto. Mas, diante dos fatos é impossível ficar calado. Seria uma complacência de minha parte.

 

Bahia recebe equipamentos de saúde do Governo Lula

Antes que a Propeg, ou que novo nome tenha, fabricar um comercial de TV dizendo que o Governo Paulo Souto cuida da saúde dos baianos. Vou avisando: o ministro da Saúde, Agenor Álvares, entregou dia 24 de julho, ao Estado da Bahia, 534 veículos e equipamentos, no valor de R$ 1,8 milhão, destinados a reforçar a estrutura da Secretaria Estadual da Saúde e também das secretarias municipais de Salvador e da Região Metropolitana. A ação integra o Plano de Investimento em Saúde do Governo Lula. A Bahia recebe anualmente R$ 48,5 milhões para ações de combate às epidemias. A verba federal assegura sustentabilidade e a continuidade de ações, antes executadas pelo Governo Ffederal, como o controle de endemias tipo dengue, leishmanioses, mal de Chagas e malária. O Governo Lula cuida da saúde, mesmo com o risco de repassar dinheiro para o Governo Paulo Souto. E o risco é grande, muito grande. Mas, fazer o quê se o Governo Federal tem que cuidar da saúde do povo? Vamos ficar de olhos neles.

 

Revista Veja diz que CPI do Cacau pedida pelo PT foi da autoria do PFL

Toda vez que abro as páginas da revista Veja (por sacrifício profissional), fico procurando onde está a mentira da semana. É um hábito meu, desde que descobri que a revista Veja mente, e mente muito. Na seção cartas, página 41, desta edição que publica a Lista da Vergonha (26 de julho), tem uma nota em destaque com o título: CPI do Cacau. A revista afirma que o deputado Heraldo Rocha (PFL) apresentou requerimento na Assembléia Legislativa da Bahia para criação de uma CPI, que deveria apurar os fatos relativos à suposta sabotagem nos cacauais da Bahia, ocasionando a disseminação da praga conhecida como vassoura-de-bruxa. E tudo com base na aleijada reportagem “Terrorismo biológico”, publicada em Veja. Não é verdade, a CPI foi requerida pelo deputado estadual Valmir Assunção, do PT, que representa o MST, e Heraldo Rocha, do PFL, o ajudou a recolher assinaturas na ala governista. A Veja sonegou o resto. O PFL assinou o pedido da CPI do Cacau, mas, por ordem do Palácio de Ondina – leia-se Paulo Souto - os deputados que se dizem “preocupados” com o problema, engavetaram o requerimento, porque daria palanque para os deputados da oposição - PT, PSB e PMDB. O governo da Bahia concluiu que a CPI do Cacau favoreceria apenas o PT, já que a mídia praticamente toda pertence ao PFL e ao PSDB e reproduz a farsa sem nenhum pudor.

24 de julho de 2006

 

Fraudes no Fantástico e um país ludibriado

Sinceramente, não entendo por que o presidente Lula permite que fraudes como a que cometeu o último programa Fantástico, da Globo (23/07), fiquem impunes. Devido à gravidade da fraude que o programa veiculou caberia até a convocação de rede nacional de rádio e TV para desmascarar a farsa.

O Fantástico fez o mesmo que a imprensa escrita paulista: reproduziu acusação contra o ex-ministro da Saúde Humberto Costa de envolvimento com o caso das Sanguessugas sem explicar que as operações fraudulentas referem-se ao tempo em que o ministro da Saúde era José Serra. Só que fez ainda pior: escondeu os partidos dos parlamentares envolvidos no escândalo e indiciados pela CPI dos Sanguessugas, entre os quais há tucanos e pefelistas e nenhum petista.

O país foi enganado de norte a sul, de leste a oeste. Uma nação inteira ludibriada. O presidente Lula está precisando de lições de Hugo Chávez. Mesmo que mais essa manipulação não cole, deixar esses criminosos da imprensa continuarem enganando 180 milhões de brasileiros chega a ser conivência, apesar de o PT ser vítima deles.

Fonte: Cidadania.com
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

23 de julho de 2006

 

Os cães raivosos ficaram fofinhos


Às vésperas de a eleição presidencial de 2002 confirmar a esmagadora vitória do presidente Lula contra o candidato tucano José Serra, a revista Veja ainda buscava chacoalhar a elite brasileira sobre os riscos da vitória da esquerda, com a capa ao lado. O texto alertava para uma possível tomada de poder da ala radical do PT, segundo a revista 30% do partido, e a implantação de suas idéias revolucionárias. A expressão das faces de Marx, Lenin e Trotsky bem fala do tom da matéria, que usava as idéias de Heloísa Helena, como símbolo dessa "banda armada e perigosa" dos companheiros de Lula.

Estranho agora todo cortejo que a mesma Veja e as demais publicações anti-lula andam fazendo a Heloísa Helena, ávidos por uma subida "radical" da candidata do PSOL que provoque um 2º turno. Pouco se fala de suas idéias de choque aberto contra o modelo capitalista brasileiro, das expropriações de terras, do não pagamento da dívida externa.

Agora a candidata do PSOL é uma mulher admirável por sua coerência. Os cães raivosos viraram simpáticos bichos de estimação.

 

Por que os trabalhadores do campo votam em Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionanesta segunda-feira (24) a Lei da Agricultura Familiar. De iniciativa dos deputados PETISTAS Orlando Desconsi (RS) e Assis Couto (PR), o projeto não foi desfigurado pela Câmara e Senado. É um milagre, uma vitória do povo.

O PRONAF com Lula faz uma revolução silenciosa no campo. Certos comentaristas, “surpresos”, ficam se perguntando porque os trabalhadores do campo votam em Lula, depois de tanto bombardeio.

É a economia popular, estúpidos. Vejam os números logo abaixo.

Com a inovadora lei, a agricultura familiar passa a ser reconhecida como categoria produtiva, um grande passo do Governo Lula em direção ao desenvolvimento sustentável. Os agricultores familiares são reconhecidos agora como setor ativo na política e na economia, porque gera emprego no campo e redistribui a renda, sobretudo, mantém parte da população no interior, com qualidade de vida. É o reconhecimento de um setor da economia que não se fundamenta na rentabilidade do capital e na geração de lucro.

O setor é o principal responsável pela segurança alimentar no país, com 67% da produção nacional de feijão, 97% do fumo, 84% da mandioca, 31% do arroz, 49% do milho, 52% do leite, 59% dos suínos, 40% das aves e ovos. Ocupando 30,5% da área total de propriedades rurais. É o principal agente propulsor do desenvolvimento comercial e dos serviços nas pequenas e médias cidades do interior.

O Pronaf não foi uma invenção do Governo Lula. Mas, a comparação entre o Pronaf no Governo Lula e no Governo FHC favorece esndalosamente o Governo Lula. Por exemplo: A média anual de contratos com FHC foi de 909.072 e com Lula é de 1.426.507, ou seja, 57% maior.

Na Região Nordeste a média anual com FHC ficou em 234.817 contratos, mas com Lula foi a 540.356 contratos - 130% maior. Ainda na Região Nordeste, em termos de montante, com FHC chegou a R$ 614 milhões, mas com Lula foi a mais de R$ 1 bilhão, ou seja, 76% maior.

E na Bahia? Aqui, a média anual de contratos com FHC foi de 64.762 saltando com Lula para 120.184, ou seja, 86% a maior. Em termos de crédito, na Bahia, a média anual com FHC foi de R$ 177 milhões, e com Lula saltou para R$ 288 milhões. Ou seja, 63% maior.

Entenderam?

 

Lula e Nilmário unificam campanhas em Minas

O PT de Minas Gerais encontrou um bom caminho. As campanhas do presidente Lula e de Nilmário Miranda, candidato a governador, serão unificadas em todo o Estado. A estratégia foi combinada entre Nilmário e Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT e coordenador da campanha presidencial. O objetivo é unificar as arrecadações, a aplicação de recursos financeiros e materiais de campanha, inclusive programas eleitorais. Os dois candidatos terão, claro, que prestar contas em separado. As duas coligações chamam-se A Força do Povo. José de Filippi Júnior, tesoureiro da coligação nacional, já está organizando o primeiro ato da campanha de Lula em Minas. Um jantar de adesão vai selar o acordo. Depois da coligação com o PMDB a campanha deslanchou.

 

Paulo Souto e César Borges acusados de prevaricar

Vamos ser justos. Se as denúncias do sr Franco Timóteo valem para acusar membros do PT da prática de sabotagem na cultura do cacau, valem também para acusar o governador Paulo Souto (PFL) e o senador César Borges (PFL). Eles incorreram no crime de prevaricação ao tomarem conhecimento das denúncias há anos e não tomarem providência alguma. A revista Veja devia dar essa manchete e jornais e jornalistas baianos deveriam logo em seguida repercutir, pela importância da denúncia. Vamos ser justos.

 

Duas versões para uma só farsa na região do cacau

Dois jornais baianos noticiaram a movimentação dos “cacauicultores” no sul da Bahia, neste final de semana. Sem citar um nome sequer dos líderes da tal manifestação contra o bioterrorismo, a Tribuna da Bahia faz o jogo dos políticos do PFL, que pongam nas asas da denúncia do réu confesso Franco Timóteo na revista Veja. A Tribuna da Bahia chega a afirmar que 10 mil pessoas bloquearam o trânsito no cruzamento que liga a BR-101 à BR-415. É evidente que prefeitos praticaram crime de improbidade administrativa, ao financiarem com dinheiro público o transporte de seus eleitores. Houve até trio elétrico e ponto facultativo. A Tribuna da Bahia, entretanto, não cita quais prefeituras, resguardando prefeitos e prefeituras em caso de uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público.

Já o jornal A Região, de Itabuna, do insuspeito e anti-petista jornalista Marcel Leal, avisa que os políticos usam o “levante regional”, assim mesmo entre aspas, para divulgar candidaturas e atacar o PT. A manifestação de repúdio ao bioterrorismo não passou de uma guerra política, com simpatizantes de candidatos a deputado agitando faixas e cartazes. Segundo o jornal A Região participaram até inimigos dos acusados pelo réu confesso Franco Timóteo, infiltrados no meio de produtores. Havia grupos de camisetas uniformizadas.

Ao contrário da Tribuna da Bahia, que não informa os nomes dos líderes do PFL que organizaram a tal manifestação, o jornal A Região informa que, “entre os aproveitadores estavam Markson Monteiro, Luciana Barletta, Hernani Sá, Beto Boaretto e Ângela Souza, com farta distribuição de “santinhos” eleitorais”. A Região desmente a Tribuna da Bahia. Por orientação do CDL, não houve fechamento de lojas em Itabuna como anunciaram os organizadores da farsa.

O jornal de Itabuna informa também que partiram caravanas de Gandu, Camacan, Coaraci, Jitaúna, Ilhéus e Canavieiras. A prefeita de Camacan, Débora Santos, presidente da Amurc, liderou e financiou o “levante”. Não houve como negar o uso político-eleitoral do movimento “porque alguns espertos estavam presentes, entre eles, Fernando Gomes (PFL), prefeito de Itabuna e candidatos a deputado como Pedro Vicente e Antônio Fábio Santana”.

Finalmente, na seção Carta aos Leitores, Marcel Leal, com o título “Levante duvidoso” avisa que os “produtores quebrados devem tirar seu jegue da chuva se esperam que o escândalo da sabotagem biológica do cacau vá dar margem para cancelar dívidas ou receber alguma indenização do governo”. O argumento do jornalista é consistente. Mesmo que se provasse a culpa dos funcionários da Ceplac, legalmente não se pode confundir supostos crimes de funcionários da Ceplac com a instituição.

Não há fundamentação jurídica para qualquer tipo de indenização, cancelamento de dívidas ou reparação por danos com tais alegações. Ele vai mais longe: afirma que advogados estão explorando a boa fé de produtores e arrancando dinheiro deles.

Os coleguinhas que me perdoem, mas entre o texto genérico da Tribuna da Bahia e o texto nominado de A Região, fico com o jornal de Itabuna.

Que repúdio ao bioterrorismo que nada. Tudo não passa de uma grande armação do PFL e da revista Veja. Que saudade do jornalismo da antiga Tribuna da Bahia!

 

Waldir Pires declara seu voto para deputado federal

Sábado (22), o ministro da Defesa Waldir Pires fez uma declaração pública de voto. Defendeu, claro, a reeleição do presidente Lula, o nome de Jaques Wagner ao governo da Bahia, depois, o ex-governador João Durval Carneiro ao Senado. Para deputado federal seu voto vai para Emiliano. Disse mais, que se estivesse viva, sua eterna companheira Yolanda Pires certamente votaria também em Emiliano para deputado federal. Segundo ele, o segundo governo Lula vai precisar de um parlamentar no Congresso com o perfil ético de Emiliano. “Temos que eleger muitos emilianos pelo Brasil afora”, ecoou o candidato ao Senado, João Durval. Mas, para deputado estadual Waldir Pires calou-se e não sem razão. No ato de lançamento da candidatura de Emiliano, no Teatro Jorge Amado, em Salvador, compareceram nada menos que 11 candidatos a deputado estadual e a presença de dois deputados estaduais, candidatos à reeleição, Yulo Oiticica e Zilton Rocha.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?