16 de outubro de 2010

 

Ruralistas e a classe média urbana proto-fascista são foco anti-Lula

A filósofa Marilena Chauí (USP) não atende mais a imprensa. Ela deixou de escrever para jornais e falar com jornalistas da velha mídia. Ela acha que a velha mídia está em seus estertores. A concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos ameaça a liberdade de expressão. O futuro da liberdade de expressão está na Internet, no crescimento das alternativas e no resultado das eleições que delineiam o fim de um modelo.

Para ela, não é possível falar em democracia quando se tem a comunicação em poder de poucas famílias, sem qualquer possibilidade de contestação mais profunda pela sociedade.

Marilena Chaui vai na raiz do problema. A onda de ódio ao presidente Lula, por exemplo, além de ser explorada pela campanha de Serra – visto por ela como um grande perigo para a democracia brasileira - é alimentada pelos segmentos ruralistas e pela classe média urbana que ela considera proto-fascista.

“Eles” nunca irão perdoar o presidente Lula, por ter ele combatido a desigualdade no país. Estes focos ruralistas da agroindústria e da classe média urbana estão dentro dos 4% da população que consideram o governo Lula ruim e péssimo.

Eles não são adversários políticos, são inimigos de classe”. A classe média urbana apostou todas suas fichas na idéia de ascensão social e se vê ameaçada com a ascensão social da classe trabalhadora, com a política de distribuição de renda efetiva e com isso perdeu seu próprio diferencial.

Antes, o medo era a classe média cair na classe trabalhadora, agora, a revolta é que foi invadida pela classe trabalhadora.

Ela considera uma grande piada o discurso do empresariado reclamando da reconquista de direitos trabalhistas que podem levar “à perda de competitividade do mercado brasileiro”. Não é coisa séria. É coisa do Estadão, da Folha de S. Paulo, do Globo da revista Veja, não é para levar a sério essa conversa de campanha eleitoral sem consistência. Quando alguém for lá pedir as provas vão dizer que foram mal interpretados ou que não falaram isso.

E a questão da velha mídia? A disseminação da Internet e das mídias alternativas mudou completamente o padrão. Os jornais, por exemplo, estão deixando de dar notícias para oferecer opinião. Isso fará com que as pessoas busquem notícias em outros espaços.

A associação entre mídia e partidos políticos atrapalha a democracia e ameaça a liberdade de expressão. Ora, o que caracteriza uma sociedade democrática é o direito de produzir informação e de receber informação, de modo que possa circular, ser transformada. Mas o que a velha mídia está oferecendo é a ausência de informação, a manipulação da opinião e a mentira.

A velha mídia não tem mais compromisso mínimo com a verdade. Como é que a Folha dá manchete falando que Dilma vai tirar a questão do aborto do programa de governo se esta questão não está no programa? Eles dizem qualquer coisa. Portanto, a desinformação não serve à democracia, virou coisa de partido, perversa, produção da mentira.

LEIA NA ÍNTEGRA EM REDE BRASIL ATUAL

 

MENSAGEM DA DILMA AOS CRISTÃOS

“Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:

1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa, assegurada pela Constituição Federal;

2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto;

3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.

4. O PNDH3 é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família;

5. Com relação ao PLC 122, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente,será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil;

6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der, a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.

Com estes esclarecimentos, espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada.

Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós. Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas”.

Assinado: Dilma Rousseff

 

Parte do PSOL decide votar em Dilma (PT) e todos rejeitam Serra (PSDB)

A direção nacional do PSOL decidiu se posicionar a favor do “voto crítico” em Dilma Rousseff (PT) ou do “voto nulo” no segundo turno das eleições. O partido NÃO indica aos seus eleitores e simpatizantes o voto em José Serra (PSDB).

Em comunicado divulgado enquanto a reunião ainda estava em realização (sexta,15), o partido afirmou que os eleitores que escolheram candidatos do PSOL “não precisam de ‘tutores’: são livres, têm espírito crítico e votam, sempre, de acordo com sua consciência”.

Entretanto, o PSOL reconheceu no texto que um partido político deve “se posicionar sobre momentos conjunturais, dando assim sua contribuição para a análise da situação e para a definição de voto da cidadania”.

 

Se a eleição fosse hoje, Dilma seria presidente com 54% dos votos válidos

Na segunda pesquisa nacional de intenção de voto do Datafolha, a candidata Dilma Rousseff (PT) obteve 54% dos votos válidos contra 46% do candidato Serra (PSDB). Os números são iguais aos da primeira pesquisa, há uma semana. A taxa de indecisos, porém, oscilou de 7% para 8%. Os que anunciam voto nulo e branco mantêm os mesmos 4%. Em números brutos, Dilma obteve 48% contra 47% da pesquisa anterior e Serra manteve seus 41%. A variação está dentro da margem de erro.

Um detalhe reduz a esperança de Serra virar o jogo. Sua rejeição passou de 63% para 66%. E a rejeição de Dilma caiu de 68% para 67%.

Ficando como está, Dilma ganha a eleição, principalmente se o PT se juntar às vozes roucas das ruas.

15 de outubro de 2010

 

Psicologia de massa do fascismo à brasileira

Autor Luis Nassif


Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.

O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.

Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.

À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.

Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.

Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.

O FASCISMO À BRASILEIRA

Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.

Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.

Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.

Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.

Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.

Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.

No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.

A CONSTRUÇÃO DO ÓDIO

Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.

Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.

Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.

Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização.

Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.

Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.

 

Serra fez campanha eleitoral assumir um tom fascistóide

Em entrevista à revista Carta Capital, a psicanalista e jornalista Maria Rita Kehl, demitida recentemente do Estadão por “crime de opinião”, responsabiliza Serra (PSDB) pelo baixo nível do debate eleitoral . A demissão da jornalista dominou a Internet nesta semana. Seu artigo “Dois Pesos”, foi pesado demais para os donos do jornalão paulista. Ela se diz escandalizada com os temas impróprios que tomaram conta do debate, como aborto e homossexualismo, que não são responsabilidade de um presidente.

Segundo ela, o uso da Internet nas eleições está provocando um potencial enorme de fofocas, bla-blá-blá, mas que também tem enorme potencial de mobilização. “Então, eu não condenaria a internet, ela tem grande potencial, é um veiculo que dá justamente a possibilidade de você se incluir, de você escrever, pelo menos para quem é da classe média ou que tem acesso a uma lan house. Ela serve a essas duas coisas. Talvez com o tempo os leitores comecem a criar sua própria capacidade de discriminar”.

Para a psicanalista, os temas no campo da moral, como aborto e religião mostram o atraso da sociedade brasileira, porque, claro, nenhum candidato vai ser eleito se estiver em descompasso com a maioria da sociedade. “O que me espanta é o atraso da sociedade brasileira. E a ignorância aí é apoiada pelo Serra de misturar questões religiosas com questões políticas. Como é que as igrejas começam a pautar a lei agora? Uma coisa é eles decidirem o que é pecado e o que não é, outra coisa é eles decidirem o que é ilegal e o que não é”.

Ela considera que a campanha do PSDB está acirrando a intolerância religiosa, o que é uma irresponsabilidade, um efeito deseducador para crianças e adolescentes. O PSDB está dando um tom fascistóide à campanha eleitoral. “É horrível que os candidatos tenham que se expor ajoelhados, comungando, dizendo que são a favor da vida, ora quem é que não é?”. Apenas a Igreja Católica não é a favor da vida, porque quando ela proíbe o uso de preservativo condena à morte milhões de pessoas na África por HIV.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTA CAPITAL

 

Sandra Cureau ataca novamente com censura e multa contra imprensa livre

Sandra Cureau, a vice-procuradora-geral eleitoral ataca novamente. Ela enviou ao Tribunal Superior Eleitoral parecer favorável a aplicação de multa à TV Record, por veiculação de reportagem supostamente favorável a Dilma Rousseff, interpretada como propaganda ilegal. Sandra Cureau é a mesma que recentemente deu cinco dias para a revista Carta Capital apresentar documentos sobre propaganda do governo veiculada, numa evidente ameaça à liberdade de imprensa.

A vice-procuradora-eleitoral está emprenhada numa clara cruzada contra a liberdade de imprensa. Não há determinações semelhantes contra outras revistas. Não há multas semelhantes contra outros canais de TV. Também o site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim foi multado por editar matéria supostamente favorável a Dilma Rousseff. Parecem tentativas de censura e cerceamento à liberdade de imprensa, muito seletivas. No caso da TV Record, a tal matéria faz parte de uma série de seis reportagens, não podendo ser analisada isoladamente.

É preciso investigar as ligações desta senhora com a campanha de Serra. No Brasil tudo é possível.

 

Emiliano (PT) reúne seu comitê para acelerar campanha da Dilma na Bahia

Incansável, Emiliano José (PT), segundo suplente de deputado federal na Bahia, reuniu quinta-feira (14) à noite, no Marazul Hotel, em Salvador, seus principais dirigentes políticos. Eles ouviram as análises do processo eleitoral do presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, e foram estimulados por Emiliano a retomarem a campanha para eleger Dilma presidente.

A vereadora Vânia Galvão (PT) e Dorinha da CUT não puderam ficar, porque no mesmo horário estava ocorrendo outra reunião, só de mulheres do PT e partidos aliados, com o mesmo objetivo. Emiliano evitou o balanço de sua própria campanha (60.193 votos) afirmando que a hora é de planejar e executar a campanha “Dilma presidente” em toda a Bahia. Discursos e reflexões só depois de 31 de outubro. O objetivo é aumentar a frente de Dilma, já que a maioria no Congresso e Senado já está garantida.

 

Marina Silva afirma que vota em Dilma e o Terra censura. O Terra?

A ironia escancarada acima é do site CONVERSA AFIADA do Paulo Henrique Amorim, que aliás, está sendo ameaçado pelo Ministério Público Eleitoral.

PHA cita um post enviado por Luis Nassif Online:

“Marina: “pela minha tradição, eu seria favorável a apoiar o PT”.

O Terra mudou a notícia. Parece que a primeira continha imprecisões. Não mudo o título do post porque senão desapareceria o endereço original. Mas fica aí a correção. No pé do post está a notícia censurada.

Por Nilson Fernandes
Do Terra

Marina: "pela minha tradição, eu seria favorável a apoiar o PT"

Durante entrevista para o Terra TV, na tarde desta quinta-feira (14), a senadora e ex-candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, afirmou que por sua trajetória e carreira política estaria "mais próxima" de apoiar o PT neste segundo turno das eleições presidenciais.

"Pela minha tradição eu seria mais favorável a apoiar o PT", declarou a senadora que alcançou 20% no primeiro turno e definirá seu apoio político entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no próximo dia 17.

Marina criticou a cobertura da imprensa sobre os temas relacionados ao aborto e às questões religiosas. A senadora disse ainda que, durante a disputa no primeiro turno, sentia que as perguntas que envolviam os estes assuntos eram voltadas "quase que exclusivamente" a ela.

"Nos debates do primeiro turno, sentia que essas questões eram dirigidas à mim e pensava: "será que tem a ver com minha fé religiosa?'". Marina afirmou que debateu com clareza os temas ligados ao aborto e a religião. "Eu tenho a alegria de dizer que as debati e coloquei a minha posição contrária, por questões religiosas e filosóficas. Não as escondi. Espero que não tenhamos uma visão preconceito nem em relação a quem crê e nem a quem não crê", defendeu a ex-candidata.

Como o aborto tem sido a principal questão que vem pautando o segundo turno, Marina foi questionada sobre seu posicionamento em relação à opinião dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff. "Eu não tenho condições de julgar a fé das pessoas. Se ele (Deus) não julgava, como é que eu vou julgar".

Em seguida, a senadora foi questionada sobre a existência de um Estado laico no Brasil, porque o aborto não poderia ser legalizado sem a geração de polêmica. Ao responder, Marina, como vinha fazendo no período de campanha, defendeu a realização de um plebiscito popular, onde a vontade da população prevaleceria.

Leia os comentários dos internautas
Por Helô Vianna

ué...

clicando no link e entrando na notícia original na página do Terra, a manchete é outra e não há o primeiro parágrafo falando da proximidade de Marina com o PT.
vejam só como está a notícia lá no Terra:

"Marina se esquiva de julgar posição de candidatos sobre aborto"

Durante entrevista para o Terra TV, na tarde desta quinta-feira (14), a senadora e ex-candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, criticou a cobertura da imprensa sobre os temas relacionados ao aborto e às questões religiosas.

A senadora disse ainda que, durante a disputa no primeiro turno, sentia que as perguntas que envolviam estes assuntos eram voltadas "quase que exclusivamente" a ela. "Nos debates do primeiro turno, sentia que essas questões eram dirigidas à mim e pensava: "será que tem a ver com minha fé religiosa?'".

Marina afirmou que debateu com clareza as questões sobre aborto e religião. "Eu tenho a alegria de dizer que as debati e coloquei a minha posição contrária, por questões religiosas e filosóficas. Não as escondi. Espero que não tenhamos uma visão preconceituosa nem em relação a quem crê e nem a quem não crê", defendeu a ex-candidata.

Como o aborto tem sido a principal questão em pauta no segundo turno, Marina foi questionada sobre a opinião dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff em relação ao tema. "Eu não tenho condições de julgar a fé das pessoas. Se ele (Deus) não julgava, como é que eu vou julgar". Em seguida, a senadora foi questionada sobre a existência de um Estado laico no Brasil, porque o aborto não poderia ser legalizado sem a geração de polêmica.

Ao responder, Marina, como vinha fazendo no período de campanha, defendeu a realização de um plebiscito popular. "Vai ser sempre a vontade da maioria da população, de uma sociedade democrática. Existe também outra parte da população tem posição contrária e eles tem o direito de expressar a sua posição. A gente tem que defender a liberdade de expressão para todas as questões. Cada um tem o direito de expressar a sua condição religiosa sem ser satanizado", explicou.

Sobre o perfil político dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina afirmou: "os dois são pessoas com uma visão desenvolvimentista, não vem pela busca da sustentabilidade ambiental e das suas diferentes dimensões". Segundo a senadora, seus adversários no primeiro turno apresentam perfis gerenciais muito semelhantes, mas o segundo turno é uma "benção", já que os dois terão oportunidades de se diferenciar."

o que será que houve?!

eles mudaram o texto?!

que coisa estranha...

 

A mulher de Serra abortou aos quatro meses e ainda tem coragem de acusar Dilma de “matar criancinha”.

É muita hipocrisia. Mônica Serra, a mulher do candidato Serra (PSDB), fez aborto aos quatro meses de gravidez. Não vou nem entrar no mérito. Sou solidário com sua dor. A indignidade é que ela, em caminhadas eleitorais no Rio, prega a rejeição a Dilma porque ela seria a favor da legalização do aborto – uma calúnia milhares de vezes negada por Dilma, que é a favor da vida e contra o aborto.

Indignidade maior é a forma como ela, Mônica Serra, faz campanha: “Sou a mulher de Serra, Dilma mata criancinha, vote no meu marido”

Mônica Serra não teve coragem de negar o aborto. Ela confessou o fato diante de suas alunas de dança no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Há muitas testemunhas: Sheila Canevacci Ribeiro, coreógrafa e ex-aluna da mulher de Serra, ficou indignada e denunciou a hipocrisia. Há outras testemunhas, como Kátia Figueiredo, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert, Érika Sitrângulo Brandeburgo....

Você quer uma primeira-dama que acusa em falso a candidata Dilma de “matar criancinha”, escondendo que foi ela que praticou o ato que tanto condena?

O candidato Serra é um túmulo, não abre a boca sobre a falsidade de sua mulher.

Serra faz campanha eleitoral acusando Dilma de ser a favor da legalização do aborto. Uma falsidade. Obviamente, ele sabia do aborto que sua esposa praticou.

Quem é mesmo a favor de matar criancinha?

Santa hipocrisia. Que família, heim!!!

 

Cristãos evangélicos e católicos manifestam apoio a Dilma

Acaba de ser lançado o “Manifesto de cristãos evangélicos e católicos em favor da vida e da vida em abundância”. É um manifesto em apoio à candidatura de Dilma Rousseff. O documento é assinado por católicos, evangélicos, padres, pastores, bispos, teólogos e agentes pastorais, além de intelectuais, artistas e militantes sociais. “Dilma é avanço e Serra é ameaça de atraso em relação às conquistas populares” é a mensagem.

Entre os nomes que aderiram ao manifesto estão Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho e presidente honorário da CPT nacional; Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia-MT; Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional; Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo; Maria Victoria Benevides, professora, da USP; e Frei Betto, escritor, dominicano.

LEIA NA INTEGRA:

“MANIFESTO DE CRISTÃOS EVANGÉLICOS E CATÓLICOS EM FAVOR DA VIDA E DA VIDA EM ABUNDÂNCIA”


“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”(Lc 19, 40)


Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo.

Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir.

Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino.

Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum.

A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido.

No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia-MT.
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional.
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia.
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão.
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana- Maranhão.
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Félix do Araguaia /MT

Jether Ramalho, líder ecumênico, Rio de Janeiro.
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular. Ceará
Chico César. Cantador popular. Paraíba/são paulo

Revdo Roberto Zwetch, Igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo.
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia

Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre.
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano.
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins.
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó / SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora.
Pe. John Caruana, Rondônia.
Pe. Julio Gotardo, São Paulo.
Toninho Kalunga, São Paulo,
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS.
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC.
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília.
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó.
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário.
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça,
pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus.
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia.
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE.
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN.
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
Ida Vicenzia Dias Maciel
Marcelo Tibaes
Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP.
Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ – Secretario do CEBI RJ
Sílvia Pompéia.
Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
Dora Seibel – Pedagoga, caxias do sul.
Mosara Barbosa de Melo
Maria de Fátima Pimentel Lins
Prof. Renato Thiel, UCB-DF
Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ,
Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
Irene Maria G.F. da Silva Telles
Manfredo Araújo de Oliveira
Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
Adriano Carvalho.
Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/Pr.
Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
M. Candida R. Diaz Bordenave
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo.
Alessandro Molon, parlamentar, Rio de janeiro.
Adjair Alves (Professor – UPE)
Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS
Suzano-SP
Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
Carlos Cardoso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA.
Isabel Tooda
Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco,
Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
Aristóteles Rodrigues – Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
Nercina Gonçalves
Hélio Rios, pastor presbiteriano
João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
Maria Tereza Sartorio, educadora, ES
Maria José Sartorio, saúde, ES
Nilda Lucia Sartorio, secretaria de ação social, Espírito santo
Ângela Maria Fernandes -Curitiba 159. Lúcia Adélia Fernandes
Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
Otávio Velho, antropólogo
Iraci Poleti,educadora
Antonio Canuto
Maria Luisa de Carvalho Armando
Susana Albornoz
Maria Helena Arrochellas
Francisco Guimarães
Eleny Guimarães

14 de outubro de 2010

 

Paulo Preto, o homem-bomba de Serra, mantinha ligações com PC Farias, o caixa 2 do governo Collor

Os indícios são fortes. A Bancada Federal do PT representou à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo para que seja investigada a ligação do atual presidente da DERSA, José Max Reis, que já integrava a equipe de Paulo Preto (homem-bomba de Serra), com o Esquema PC Farias, a máfia que atuou durante o governo Collor na década de 90. PC Farias foi assassinado em “queima de arquivo”.

Esta é a segunda representação que a Bancada Federal do PT envia à Justiça sobre o ‘caso Paulo Preto’. O primeiro pedido de investigação, formulado em maio de 2009, está vinculado à Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. A investigação transcorre em segredo de Justiça.

DESVIO DE DINHEIRO
As denúncias contra Paulo Preto e o atual presidente da DERSA, José Max, Reis Alves, são graves: acusações de tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa endossam a representação que os deputados federais do PT encaminharam hoje à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.

As negociatas envolvendo o ex-presidente da Dersa, Paulo Preto, já eram bastante conhecidas nos bastidores do mundo político. Matérias da revista Veja e da revista IstoÉ já tinham trazido à tona graves suspeitas sobre o engenheiro que ocupou cargos de grande importância no governo paulista na gestão do então governador José Serra (PSDB).

Mas o nome de Paulo Preto foi jogado sob holofotes mais intensos depois que a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede Bandeirantes, no último domingo (10), citou o desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto junto a empreiteiras e depois sumido.

Durante o debate e no dia seguinte, o candidato José Serra disse que não conhecia Paulo Vieira de Souza, mas depois voltou atrás. Nesta terça-feira (12), durante evento em Aparecida do Norte, Serra saiu em defesa do ex-presidente da Dersa e disse que ele é inocente e também que já foi eleito o Engenheiro do Ano.

 

Querem calar o jornalista Paulo Henrique Amorim, do site CONVERSA AFIADA

O Brasil deve se solidarizar com o jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador da Rede Record e responsável pelo site CONVERSA AFIADA. Estão tentando asfixiar a voz do jornalista com multa por suposta propaganda irregular em favor de Dilma Rousseff (PT).

PHA acaba de ser acionado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) para que seja MULTADO. A suposta propaganda irregular teria sido publicada na última sexta-feira (8) no site CONVERSA AFIADA, ancorado pelo jornalista. Isso é um verdadeiro atentado à liberdade de imprensa. Se opinião for considerada propaganda, como ficarão os colunistas da Folha de S. Paulo? E de toda a imprensa?

Para o MPE, trecho do site deixava “explícito pedido de votos à candidata Dilma Roussefff, configurando prática incontestável de publicidade irregular”. O MPE pede que seja aplicada uma multa prevista por lei, que varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil, contra Paulo Henrique Amorim, à PHA Comunicação – empresa do jornalista – e à jornalista Geórgia Pinheiro, diretora do site CONVERSA AFIADA, formada pela Faculdade de Comunicação da UFBA.

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relator da ação é o ministro Henrique Neves.
Se a Justiça condenar Paulo Henrique Amorim, por crime de opinião, a imprensa livre no Brasil estará ameaçada. Não vai escapar um jornalista da Folha de S. Paulo. Eles opinam abertamente contra Dilma e a favor de Serra.

 

Ex-aluna lembra que Mônica Serra, que acusou Dilma de “matar criancinha”, já fez um aborto

Está circulando na Internet. Mas, o e-mail tem nome e endereço.

“Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor, afirma ex-aluna da mulher do candidato Serra”.

Sylvia Monica Serra foi professora de dança na Unicamp

O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d`água para uma eleitora brasileira.

O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de "matar criancinhas", causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país.

A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto no quarto mês de gravidez.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: Votei no Plínio (de Arruda Sampaio), declara.

Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida.

Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida drástica e contundente, como fez questão de frisar.

No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:

Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

LEIA O TEXTO NA ÍNTEGRA:

Respeitemos a dor de Mônica Serra

Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.

Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.

Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático.

Mônica Serra fez um aborto.

Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

Assim, repito a pergunta corajosa de minha presidente, Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra, VOTO DILMA, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.

UMA REFLEXÃO

Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável à privacidade das pessoas.

Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mônica Serra surgiu.

Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas””. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha foi minha pergunta.

Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las.

Por isso escrevi “respeitemos a dor”. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas mônicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.

EXÍLIO E DITADURA

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que muitas pessoas querem explicações para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre matar criancinhas, duvidei.

Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição.

Essa afirmação de “criancinhas assassinadas” é do nível do “comunista come criancinha”. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma denunciadora de um delito.

Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime, mas, deve ser enfrentado como assunto de saúde.
O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

Agora volto ao meu trabalho, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

 

Paulo Preto, o homem do Golpe de Mestre

“Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.

A frase acima é uma epígrafe e uma inscrição tumular para José Serra. Antológica, na sua ameaça é digna de figurar entre bandidos à beira de uma dissolução de negócios. O Brasil todo sabe, mas não custa lembrar que ela foi anunciada, enunciada, pelo senhor Paulo Vieira de Souza, o cara faz-tudo das obras públicas do senhor José Serra.

Mais conhecido na intimidade tucana pela alcunha de Paulo Preto, Vieira de Souza foi o engenheiro Prêmio do Ano 2009. (É verdade que, depois do Prêmio Nobel de Literatura para Mario Vargas Llosa, esse negócio de prêmio ficou muito desmontado e desmoralizado. Mas não nos percamos.)

Com uma história profissional cujos antecedentes apontam 11 anos de serviços ao PSDB, do presidente Fernando Henrique ao governador José Serra, com ações à mão amada em São Paulo na linha 4 do Metrô, na avenida Jacu Pêssego, e nas maravilhosas obras do Rodoanel, Paulo Vieira de Souza sabe fazer conta, somar e subtrair como poucos.

Ele é o homem que conhece onde moram a virtude e a renda do Serra que se proclama limpo de negócios fraudulentos. Ainda que os brancos tucanos estejam a murmurar que “Só podia ser: Preto quando não suja na entrada, suja na saída”, Paulo Vieira não será um resignado Celso Pitta.

Denunciado por parceiros (no Nordeste, chamar-se-iam “pareceiros”) do PSDB, que declararam na revista Istoé, mais frustrados que surpresos (em parceria tudo se sabe), que ele teria angariado 4 milhões de reais para a campanha e sumido, Paulo Vieira de Souza não gostou, da denúncia. E não era para menos, porque assim o pintaram:

“Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra… O trabalho de checagem contou com a participação do tesoureiro José Gregori e até do candidato José Serra e logo veio a conclusão: Paulo Preto teria coletado mais de R$ 4 milhões, mas nenhum centavo foi destinado aos cofres do partido…”

Ah, bandido, disseram. Ah, bandidos, respondeu Paulo Negão. E com razão. De que mesmo o acusavam, de haver furtado dinheiro do caixa 2? Hem? Como podem reclamar do furto furtado?

Lembrado por Dilma do caso, no último debate, o candidato Serra, com a sua calva impoluta ficou indeciso entre a cara de nocaute e a de paisagem. Pela tevê todos viram como sofre um homem puro. Depois, entrevistado, disse que desconhecia Paulo Vieira, Paulo Negão, Paulo Preto ou qualquer Paulo. Para quê? Então ele foi ameaçado pela frase antológica do túmulo: “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.

Então, o amnésico Serra teve uma recuperação súbita de memória, e de defesa do parceiro, que os nordestinos chamariam de pareceiro:

- Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza. E Paulo Preto é um apelido muito preconceituoso. O Paulo Souza, que conheço, é uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo.

Que diferença para quem na véspera não o conhecia! Que sacada, que ameaça magistral, do senhor Paulo Preto. Lembra o filme Golpe de Mestre. Na tela, foi um longa-metragem. Mas na vida real talvez esse filme tenha um fim mais curto. Serra não é Robert Redford, apesar dos ares de conquistador em fim de carreira. Paulo Preto, tampouco, é Paul Newman. Mas que personagem é o engenheiro do ano de 2009 de São Paulo! Pode ser o cara desta campanha.

Por Urariano Motta. Colunista do site Direto da Redação, jornalista, autor do romance “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do cabo Anselmo, traída por ele e executada pela equipe do delegado Fleury, com participação do próprio Anselmo.

 

Dilma e Lula desmontam o circo do Senhor

Há católicos sinceros e há católicos hipócritas. Como em todas as religiões. Há pastores evangélicos que acreditam no Senhor e há pastores evangélicos que acreditam somente no dinheiro. Assim também é no jornalismo. Uns se vendem, outros não. Penso que é da natureza da humanidade.

As calúnias saem de extremistas de direita, ganham a Internet e as páginas da grande imprensa, inclusive sites e blogs outrora respeitáveis. Como a onda é muito forte, Dilma e Lula decidiram se reunir com líderes de igrejas evangélicas. Para dialogar com franqueza, se reuniram a portas fechadas.

A candidata Dilma Rousseff tem reiteradas vezes se declarado a favor da vida. Mas a onda de boatos continua. Então fizeram um acordo. Dilma se compromete a não enviar, como Poder Executivo, a proposta legislativa de flexibilizar o artigo 127 do Código Penal, que pretende ampliar as possibilidades de aborto legal.

Do encontro participaram o senador eleito da Bahia, Walter Pinheiro (PT) e Benedita da Silva (PT-RJ). Ambos são fiéis da Assembléia de Deus.

Dilma é católica, mas dialoga com os evangélicos. Ela pretende ser presidente de todos os brasileiros.

Rapidamente, a onda de boatos, calúnias, difamações, mentiras grotescas e falsidades inomináveis contra Dilma Rousseff, vai sendo vencida pela voz da razão, que ilumina o circo do Senhor.

 

Um hacker invadiu o site de Samuel Celestino

Só pode ser esta a explicação. Hackers invadiram o site Bahia Notícias e plantaram um texto rancoroso que chega a falar em nome da consciência dos evangélicos. O texto falso é intitulado “Carta contra o aborto para ganhar voto”. É uma interpretação grosseira e ao nível do senso comum que condena Dilma Rousseff por se declarar contra o aborto e a favor da vida. O texto fala pelos evangélicos, o que é muita arrogância. E lembra os ataques do Serra, o homem das mil caras, contra Dilma. É um texto do baixo clero do jornalismo brasileiro. O hacker rancoroso usa o nome de Samuel Celestino para tentar desacreditar Dilma. Na verdade, é uma declaração disfarçada de voto em Serra “que fica à distância (...) dizendo que não foi ele que introduziu o tema do aborto na campanha”. O texto é assinado por Samuel Celestino, mas, não corresponde à inteligência do velho jornalista. Vou deletar.

 

Evangélicos criam comitê pró-Dilma

Lideranças evangélicas se reuniram quarta-feira (13), em Vitória, Espírito Santo, para formular estratégias de campanha e criar o Comitê Evangélico Pró-Dilma. O grupo é formado por pastores da Assembleia de Deus e das igrejas Luterana, Metodista e Batista, entre outras congregações.

O coordenador do comitê, Alcemir Pantaleão, pastor da Igreja Evangélica Peniel, diz que o objetivo é acabar com uma “seara de boatarias” em relação à candidata petista Dilma Rousseff. A mobilização ocorre depois de Dilma ter sido alvo de ataques de evangélicos sob acusação falsa de que defende o aborto.

A ideia é promover bandeiraços, caminhadas e conversas com fiéis.

 

Jornalista descobre que e-mails que caluniam Dilma são enviados por extremista de direita.

Deu no Blog Escrevinhador. O jornalista Tony Chastinet rastreou na Internet a origem dos e-mails com boatos, calúnias e mentiras grosseiras contra Dilma Rousseff. Ele identificou os autores. A baixaria tem nome e endereço.

Ele seguiu um e-mail intitulado “candidatos de esquerda”, que recomenda o site www.tribunalnacional.com.br. Neste site há uma verdadeira usina de calúnias. Foi aí que ele encontrou aquela montagem da foto de Dilma segurando um fuzil. Este site está registrado na Fapesp em nome do Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares.

Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos.

Quem está enviando e-mails contra Dilma não passa de um terrorista, ex-informante da ditadura, acusado de explodir bancas de revista.

13 de outubro de 2010

 

Termina greve dos bancários, aumento de 7,5% para salários até R$ 5.250,00. Acima deste valor reajuste de 4,29%.

Apesar de ainda ter de ser referendada pelas assembléias, hoje à noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito (Contec) já considera a greve dos bancários encerrada. Em comunicado, a entidade afirma que a paralisação termina nesta quarta-feira.

A Contec afirma que a greve foi vitoriosa e diz que os grevistas aceitaram o reajuste dos salários em 7,5% e o aumento a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) propostos pelos bancos. O acordo com os bancos prevê que os dias de greve não sejam descontados. No entanto, funcionários terão até 15 de dezembro de 2010 para compensar o período em que as agências permaneceram fechadas.

A proposta da Fenaban é de rejustar em 7,5% o salário dos funcionários que recebem até R$ 5.250,00. Acima desse valor, a entidade oferece aumento no valor fixo de R$ 393,75, garantindo reajuste mínimo de 4,29%. A proposta ainda assegura aumento de 7,5% para benefícios e verbas fixas, como adicional de caixa, adicional de tempo de serviço e auxílio-refeição.

Em linha com a proposta da Fenaban, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal vão reajustar os salários de todos os funcionários em 7,5%, e também concederão aumento de 7,5% no valor dos benefícios.

Com relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR Básica e PRL Adicional), os valores foram corrigidos em 7,5% pela Fenaban, com exceção do limite individual da Parcela Adicional, que passou de R$ 2.100 para R$ 2.400 (14,28%).

 

Serra é ficha suja e responde a 17 processos na Justiça, três deles por corrupção

Se a Justiça no Brasil fosse mais rápida para políticos, José Serra (PSDB) já poderia estar ao lado de Joaquim Roriz e impedido de candidatar-se pela lei da ficha suja.

Serra tem 17 processos declarados à Justiça Eleitoral, de acordo com as certidões que ele mesmo apresentou (a contragosto, por imposição da lei, senão a candidatura fica impugnada).

Entre os processos, pelo menos três são por corrupção (improbidade administrativa).

O MAIOR DOS ESCÂNDALOS

O maior dos escândalos de corrupção envolvendo José Serra, e que o levou ao banco dos réus, foi sobre o PROER, com rombo nos cofres públicos de R$ 3 bilhões beneficiando o Banco Econômico, e de R$ 1,7 bilhão para o Banco Bamerindus ser comprado pelo HSBC.

O processo 2003.34.00.039140-7 corre na Justiça Federal do DF, e demonstra que José Serra, junto a outros tucanos do governo FHC, descumpriram as leis e as normas do próprio PROER, ao injetar bilhões do dinheiro público que foi para o ralo, em instituições que não poderiam receber socorro, e teriam que ser liquidadas.

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Já houve uma decisão da juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, aceitando que houve dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos no caso.

É a ante-sala para José Serra entrar na lista dos fichas sujas, caso se confirme uma condenação por juízes, em colegiado.

O demo-tucano também responde processos por crimes de imprensa, calúnia e injúria.

Artigo de Carlos Alberto Saraiva (Blog de Saraiva)

 

Faria bem ao Brasil que a Folha de S. Paulo publicasse processo contra Serra

Deu no blog Tijolaço. A Folha de S. Paulo foi à Justiça para ter acesso ao processo de Dilma Rousseff, movido pela ditadura militar, com depoimentos obtidos sob tortura.

A Folha defendeu, em editorial, o seu interesse com estas palavras:

“É da essência republicana que a biografia de um candidato se exponha ao exame até mesmo impiedoso da opinião pública. Trata-se, afinal, de alguém que pretende assumir o comando do país.”

Seguindo o mesmo raciocínio, a sociedade tem, então, o direito de exigir que a Folha procure e exponha, para “o exame impiedoso da opinião pública” os autos do processo movido na Justiça Eleitoral de São Paulo, em 1988, onde o candidato José Serra, - “alguém que pretende assumir o comando do país” – busca reparação ao fato de ter sido acusado pelo seu então colega de partido, Flávio Bierrenbach, de ter entrado pobre e saído rico do governo Montoro, onde foi secretário de Estado.

A acusação foi feita na televisão e Serra iniciou um processo por calúnia, injúria e difamação contra Bierrenbach. Este, então, solicitou ao juiz da 2a Zona Eleitoral, então o Dr. Wálter Maierovitch, o que se chama exceção da verdade, ou seja, o direito de provar que não é calunioso ou difamante o que havia sido afirmado. O juiz atendeu e, então, Serra tentou reduzir o processo ao de injúria, que juridicamente não comporta a comprovação de ser verdadeiro o que se afirmou.

O processo passou a arrastar-se e, finalmente, prescreveu. Mas está lá, no TRE de São Paulo, com a prova que se exige em processos relativos ao horário eleitoral, que é a fita do que foi veiculado. Pela ética, pela transparência, a Folha deve publicar o processo contra Serra.

QUESTÃO DE CREDIBILIDADE

Flávio Bierrenbach não é um “consultor” condenado por estelionato. É ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, o mesmo ao qual a Folha exige os dados de Dilma Rousseff. E não chegou lá nomeado por Lula, mas por Fernando Henrique Cardoso, em 1999. É alguém, portanto, digno da credibilidade e de isenção política em relação ao atual Governo.

Aliás, a Folha tem pleno conhecimento do processo e das acusações de Bierrenbach.
Publicou, em 2002, uma matéria onde dizia que o depoimento de Bierrenbach ia ser levado ao ar pela campanha de Ciro Gomes e até transcreveu parte do que ele dizia:

“Com esse objetivo, deve ir ao ar ainda hoje no horário eleitoral gratuito um depoimento em que o ex-deputado Flávio Bierrenbach acusa o tucano.

“Serra entrou Entrou pobre na Secretaria de Planejamento do governo Montoro. Saiu rico”, diz ele.”

Portanto, a Folha de S. Paulo, se não quiser que seu editorial defendendo que a “essência republicana” seja ter conhecimento de tudo o que se disse – até pelos torturadores e receptadores, como foi o caso do sr. Rubnei Quicoli – sobre “ alguém que pretende assumir o comando do país” está na obrigação de publicar o que o Ministro Bierrenbach disse sobre José Serra. Até porque foi dito num processo judicial em pleno regime de liberdades, e não papéis manchados de sangue do período da tortura e da bestialidade.

Ou, então, deve confessar a seus leitores que pratica o padrão Rubens Ricúpero de jornalismo: o que é bom (para Serra) a gente mostra; o que é ruim a gente esconde.

ESSA DOEU!

 

Serra perde a memória, recupera-se e defende ex-assessor acusado de corrupção por líderes do PSDB

O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, recuperou-se de uma rápida amnésia em relação à existência do engenheiro Paulo Vieira de Souza.

Após dizer em Goiania "nunca ter ouvido falar" do engenheiro, na terça, Serra não só se lembrou quem ele é como partiu em defesa do mesmo, acusado por integrantes do PSDB de ter desviado recursos destinados à campanha do partido.

O surto de amnésia terminou depois que o engenheiro disse à Folha de S. Paulo, em tom ameaçador, que “não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”. Não deu outra. Serra mudou a conversa e garantiu que ele é "totalmente inocente".

Não foi o que disseram os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco.

Quem estará falando a verdade?

LEIA NA ÍNTEGRA ARTIGO DE MARCO AURÉLIO WEISSHEIMER:

Serra defende ex-assessor acusado por líderes do PSDB

Após negar conhecer o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por lideranças do PSDB de ter desviado recursos destinados à campanha eleitoral do partido, o candidato José Serra saiu em defesa do ex-assessor, nesta terça-feira (12).

Ontem, em Goiania, Serra disse que "nunca tinha ouvido falar em Paulo Preto". A amnésia terminou ocorreu após o engenheiro dizer à Folha de S.Paulo, em tom ameaçador que “não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.

Serra declarou que “a acusação contra ele é injusta” e que ele é “totalmente inocente”. “Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza”, declarou Serra que procurou atribuir a acusação à candidata Dilma Rousseff (PT).

Os autores da acusação, na verdade, são lideranças do PSDB que estão sendo, inclusive, processadas pelo engenheiro inocentado por Serra.

PSDB DENUNCIOU

Dilma Roussef trouxe a público, no debate da TV Bandeirantes, um tema incômodo para a campanha de José Serra: o caso do ex-integrante do governo tucano em São Paulo, Paulo Vieira de Souza, acusado por lideranças do próprio PSDB de ter fugido com R$ 4 milhões que seriam resultado de doações de empresários para a campanha de Serra.

Quando Dilma mencionou o caso, “integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir daquele instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou”, relataram os jornalistas Cláudio Leal e Marcela Rocha, em matéria publicada no portal Terra.

Paulo Vieira de Souza, que também é conhecido como Paulo Preto, foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), sendo responsável por uma grande parte das obras viárias do governo do Estado de São Paulo.

Em agosto deste ano, a revista Isto É publicou uma matéria de capa, onde lideranças do PSDB acusaram abertamente o ex-assessor de “ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”.

A matéria da Isto É traz ainda uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o interlocutor de Aloysio junto aos empresários”.

HOMEM DE ALOYSIO NUNES

Em 2009, Paulo Preto foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia de São Paulo. O prêmio foi concedido “por sua excelente gestão dos aspectos institucionais, jurídicos e técnicos na condução de grandes obras governamentais, com brilhantes resultados para a sociedade, administração pública e contratantes.”

O engenheiro ingressou com uma ação penal (por calúnia e injúria) contra os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco, além dos jornalistas da revista Isto É, Sérgio Pardellas e Claudio Dantas.

A reportagem baseou-se no depoimento de oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB. Segundo eles, o engenheiro teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê de Serra.

Ainda segundo a mesma matéria, Paulo Preto mantinha uma relação estreita com Aloysio Nunes, então chefe da Casa Civil do governo Serra, que acabou eleito para o Senado por São Paulo.

“Não por acaso, o senador recém-eleito deixou o debate de domingo entre os segundo e terceiro blocos e saiu falando ao telefone evitando falar com jornalistas”, assinala nesta segunda-feira o portal de notícias R7, recordando o seguinte trecho da reportagem da Isto É: “As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política.

Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado”.

Os grandes jornais brasileiros deram pouca atenção à denúncia publicada na Isto É. Fosse outro o partido, com muito menos, o barulho provavelmente seria outro. Após algumas notas aqui e ali, o assunto caiu no esquecimento.

O desinteresse é notável uma vez que, na reportagem da revista, as fontes são altos integrantes da cúpula tucana. São dois dirigentes do primeiro escalão do PSDB que dizem que o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Segundo o matéria, os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas do PSDB, o que teria impedido que o dinheiro fosse declarado, tanto pelo partido quanto pelos supostos doadores.

12 de outubro de 2010

 

Serra mente sobre seu homem-bomba, ladrão de joalheria

Domingo, no debate da BAND, quando Dilma pediu uma explicação sobre Paulo Preto, o tesoureiro de campanha do PSDB, que foi acusado de sumir com R$ 4 milhões no bolso, Serra ficou caladinho.

Segunda-feira, seguiu viagem para Goiânia e lá declarou que “não conhecia Paulo Preto”, que a denúncia era um "factóide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando".

Terça-feira, a Folha de São Paulo amanheceu com uma entrevista com Paulo Preto, ex-diretor de Engenharia do Dersa que exigiu que Serra o defendesse, porque ele sabia de tudo. “Ele (Serra) me conhece muito bem”, disse o suspeito e “quem cala consente” e mandou um recado:”não se larga um líder ferido na estrada. Não cometam esse erro”.

A ameaça funcionou. Ainda na terça-feira, Serra foi fazer campanha em Aparecida. Em entrevista coletiva, declarou que o tal Paulo Preto não tinha feito nada disso, que não era verdade o furto dos R$ 4 milhões arrecadados entre os empresários paulistas.

Pressionado por jornalistas, Serra em vez de se explicar, passou a criticar Dilma.
Não é estranho tudo isso? Diante de um simples pedido de explicação da candidata Dilma, Serra primeiro perdeu a memória, depois ficou agressivo e atacou Dilma e por último recuperou a memória, mas, disse que o desfalque não ocorreu.

Nunca foi tão claro que Serra está mentindo.

 

Marina Silva bateu pesado no candidato Serra (PSDB)

Marina Silva bateu pesado. Ela disse que “Serra vai perder perdendo”. Isso porque ele desconstruiu a própria imagem na campanha eleitoral. Ela disse que Serra não preparou um programa de governo e subestimou Dilma Rousseff. “Ele achava que, quando fosse falar, o mundo iria estremecer”.

Foi quase um lamento. Para Marina Silva “ele (Serra) tinha toda essa imagem de uma pessoa que prima pela gestão pública, pela eficiência, e descambou para o caminho do vale-tudo eleitoral. E disse mais: “Ele apelou para o “promessômetro” quando o discurso não deu certo”.

Marina também criticou as contradições entre a imagem construída por Serra e as propostas de criar novos ministérios e duplicar o Bolsa Família. “Ele criticava o inchaço da máquina pública e sai da campanha prometendo dois ministérios, isenção de impostos para tudo quanto é lado… eu não sei como é que isso se realiza. Então vai perder perdendo”, profetizou.

O bom da imprensa é que ela grava o que as pessoas dizem.

 

Serra silencia sobre seu homem da mala-preta que fugiu com R$ 4 milhões no bolso

No debate da Band, a candidata Dilma pediu ao candidato Serra uma explicação simples. O que significam mesmo as reportagens das revistas Veja e IstoÉ, sobre um tal de Paulo Vieira Souza, apelidado de Paulo Preto, que desapareceu com R$ 4 milhões arrecadados entre os empresários paulistas para a campanha do PSDB?

Um pergunta muito simples, singela, um pedido de explicação, nada agressivo, mas, Serra ficou calado. Serra ficou calado porque o tal Paulo Preto, indicado pelo senador eleito Aloysio Nunes para guardar a chave do cofre, com vistas ao Ministério da Fazenda, tem informação demais sobre o caixa 2 do PSDB.

Paulo Preto tem ficha suja. Em junho de 2010, ele foi preso na loja Gucci, em São Paulo, por receptação de bracelete de brilhante roubado da própria loja. Há suspeitas de que seja um cleptomaníaco.

Começou a ser afastado da tesouraria da campanha tucana, mas, quando percebeu o gelo, decidiu sair por conta própria levando R$ 4 milhões no bolso. Os dirigentes tucanos não registraram queixa policial, por motivos óbvios - tratavam-se de RECURSOS NÃO CONTABILIZADOS. Onde foi que eu já ouvi isso?

Depois que Serra declarou não conhecer Paulo Preto, o suspeito mandou um aviso nada sutil. “Serra me conhece muito bem. Todas as minhas atitudes foram informadas a ele. Não se larga um ferido na estrada. Não cometam esse erro.

Paulo Preto tem Serra na mão. E tem o senador eleito Aloysio Nunes no bolso. Foi ele quem emprestou R$ 300 mil para Aloysio Nunes comprar um apartamento em Higienópolis.

Paulo Preto está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de receber propina da empreiteira Camargo Correia.

Paulo Preto é um homem-bomba.

 

Morre Ronaldo Duarte, um dos “irmãos Duarte’ que os estudantes nas ruas, em 1968, clamavam por liberdade

Ronaldo Duarte faleceu hoje, terça-feira, 12 de outubro, às 10h, em Belo Horizonte. Tinha um câncer tão avançado que não faleceu, descansou, libertou-se do sofrimento. Era casado com minha irmã, Isnaia Dapieve Miranda, com quem teve dois filhos, João Ivo Duarte Dapieve Guimarães Miranda e Rafael Dapieve Guimarães Miranda. Ronaldo deixou mais dois filhos, Gabriel e Pedro.

Em 1968, os estudantes gritavam em passeata, sob violenta repressão: “Libertem os “irmãos Duarte”, “libertem os irmãos Duarte”. Os irmãos Duarte que os estudantes do Rio de Janeiro clamavam pela libertação eram os baianos Rogério Duarte, artista plástico, e Ronaldo Duarte, engenheiro e cineasta. Eles foram presos nas manifestações de protesto pela morte do estudante Edson Luiz, em 1968. Foram presos e torturados durante dez dias. E foram os primeiros a denunciar publicamente as torturas.

Rogério era o diretor de arte da União Nacional dos Estudantes. Ronaldo era engenheiro da Petrobras e tinha sido demitido da estatal com o Golpe Militar de 1964. Eles nasceram em Ubaíra, Bahia, estudaram em Salvador, no Severino Vieira, nos tempos de Calazans Neto e Fernando da Rocha Perez e no início dos anos 1960 mudaram-se para o Rio de Janeiro.

A prisão dos irmãos Duarte, em 4 de abril de 1968, mobilizou artistas e mereceu ampla divulgação no extinto jornal carioca Correio da Manhã, que chegou a publicar uma carta coletiva pedindo a libertação dos “Irmãos Duarte”. Havia assinaturas de Chico Buarque, Tom Jobim, Baden Power.

Eles foram libertados com hematomas e queimaduras de choques elétricos por todo o corpo. Mas tiveram a coragem de denunciar as torturas sofridas no Quartel do Exército da Vila Militar. Na última noite de tortura, foram conduzidos a um matagal e abandonados. Rogério Duarte foi o principal intelectual do Tropicalismo, Ronaldo Duarte acompanhou parte da trajetória de Glauber Rocha.

A ditadura radicalizou e em dezembro veio o AI-5. E aí começa outra história.

 

Serra diz: “não sei quem é Paulo Pretto”. Paulo Pretto diz: “Ele me conhece muito bem”.

Está no site da Agência Carta Maior:

O TUCANO DA MALA-PRETA

"Não sei quem é Paulo Preto"
(Serra; Terra; 11-10)


"Ele (Serra) me conhece muito bem... Todas as minhas atitudes foram informadas a Serra....Não se larga um líder ferido na estrada...Não cometam esse erro"
(Paulo Preto, em ameaça velada a Serra; Folha 12-10)

TÓPICOS DA VIDA DE PAULO PRETO (Paulo Vieira de Souza):

a)Diretor de Engenharia do Dersa, comandou as grandes obras da gestão Serra, como o Rodoanel

b) em 2001 foi assessor da Casa Civil de FHC

c) mantem fortes laços políticos e pessoais com Aloysio Nunes (homem de confiança de Serra)

d)emprestou R$ 300 mil a Aloysio Nunes em 2007 para que este adquirisse um apartamento em Higienópolis

e)sua filha, Priscila de Souza, é advogada de escritóio que defende empreiteiras contratadas pelo governo Serra para a construção do Rodoanel...

f)em junho de 2010, Paulo Preto foi preso na loja Guci, em SP, por receptação de bracelete de brilhante roubado da própria loja

g)na atual campanha presidencial, Paulo Preto arrecadou e sumiu com R$ 4 milhões do caixa dois de Serra, segundo a revista "IstoÉ"

d)está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de propina recebida da Camargo Correa.

(Carta Maior, com informações Folha; 12-10)

 

Paulo Pretto, o caixa 2, reclama porque Serra não o defendeu no debate da Band. Quem cala consente?

Está no site de Luis Nassif. Ex-diretor da Dersa ataca Dilma e cobra Serra. Paulo Pretto, codinome de Paulo Vieira Souza, foi citado por Dilma no debate da Band. O engenheiro exige que a candidata mostre provas e que Serra o defenda.

Dilma não precisa apresentar provas de nada. Ela apenas pediu explicações sobre o assunto, publicado em reportagens das revistas Veja e IstoÉ.

A ameaça foi explícita: “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”, falou o acusado aos dirigentes do PSDB. A Folha abriu espaço para o suspeito se defender. O suspeito quer que Serra o defenda. Serra ficou calado.

"Não somos amigos, mas ele [Serra] me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder [...] Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente".

É isso. Quem cala consente.

LEIA MAIS EM LUIS NASSIF

 

Site TIJOLAÇO lamenta a falta que faz ao país uma imprensa LIVRE

Por que a “imprensa livre” do Brasil não apura? Paulo Vieira Souza foi investigado por suspeita de receber suborno da empreiteira Camargo Corrêa. Sua filha, Priscila Arana de Souza, é advogada de empreiteiras contratadas pelo governo de São Paulo para construir o RODOANEL, por R$ 6,5 bilhões.

Paulo Vieira Souza, codinome Paulo Pretto, é ligado a Aloysio Nunes Ferreira, ex-Chefe da Casa Civil de José Serra, senador eleito do PSDB. O elemento é ex-diretor da DERSA e comandou grandes obras da gestão José Serra (PSDB) como a Marginal e o trecho Sul do Rodoanel. O cara é suspeito de ser o caixa 2 da campanha do PSDB. Ele fugiu com R$ 4 milhões e Serra não registrou a ocorrência na polícia. Não pode, porque é dinheiro do caixa 2, recursos não contabilizados.


Por que Serra se calou quando Dilma pediu explicações no debate da Band?

Mas, que falta faz uma imprensa livre no Brasil...

Os mínimos detalhes estão no TIJOLAÇO

 

Em nome da VERDADE combata os boatos da corrente do mal contra Dilma


 

A rede Globo esconde Paulo Pretto, o caixa 2 de Serra que sumiu com milhões

Está no blog “ESCREVINHADOR”, do jornalista Rodrigo Vianna. Dilma trouxe Paulo Pretto para o debate da “Band”. Se você não sabe quem é Paulo PreTto, não se culpe. o PIG escondeu a história. Em maio, duas revistas fizeram matérias discretas sobre o tal personagem, ligado a Aloysio Nunes Ferreira (eleito senador pelo PSDB-SP) que arrecadou “RECURSOS NÃO-CONTABILIZADOS” para a campanha tucana.

Logo depois, o assunto sumiu da mídia. Imaginem se Paulo Pretto fosse do PT?

A “Folha” já teria pedido a prisão do sujeito. Já haveria provas da ligação dele com Zé Dirceu e Dilma. Mas como Paulo Preto é tucano…

Dilma perguntou a Serra sobre Paulo Preto no debate. Serra fingiu que não ouviu.

Hoje, a imprensa perguntou a Serra sobre Paulo Preto, Serra não quis falar.

O “Jornal da Record” fez reportagem sobre Paulo Pretto.

A Globo, não. A Globo não gosta de mostrar Pretto na tela.

ESSA HISTÓRIA COMPLETA ESTÁ AQUI

 

Site CONVERSA AFIADA está imperdível

No site o jornalista e apresentador da Rede Record, Paulo Henrique Amorim, aborda assuntos emocionantes.

Dilma e o debate – defender a honra é ser agressivo?

Serra, o homem das mil caras saiu desnorteado do debate da Band.

Esperavam o quê? Que eu não defendesse minhas posições? Responde Dilma.

Quem é o “homem bomba” que sumiu com R$ 4 milhões de Serra?

No debate da Band, Serra não conseguiu defender nem a própria mulher.

Há uma máquina de difamação montada pelo PSDB em São Paulo.

CONFIRA NO CONVERSA AFIADA

 

PSDB da Bahia vai começar campanha de Serra

Leio nos jornais que o PSDB começa a articular nesta semana a campanha de Serra na Bahia. O partido já recebeu o primeiro carregamento de material de propaganda. Mas, como o PSDB não tem militância, a melhor estratégia é localizar, o mais rápido possível, o caixa 2 da campanha de Serra. É Paulo Vieira Souza, vulgo Paulo Pretto, que fugiu com R$ 40 milhões arrecadados junto ao empresariado paulista. O dinheiro ainda está com o elemento, que seria o ministro da Fazenda de Serra, amigão de Aloysio Nunes Ferreira, senador eleito do PSDB. João Almeida precisa correr, antes que a grana evapore. Ninguém consegue gastar R$ 40 milhões da noite para o dia. Bem, é só uma sugestão.

 

O ministro da Fazenda de Serra fugiu com R$ 40 milhões do caixa 2 da campanha do PSDB

Aos poucos a verdade vai surgindo. Não era só R$ 4 milhões a quantia que o ministro da Fazenda de Serra (PSDB) fez desaparecer. O total chegou a R$ 40 milhões. E o caso não foi registrado na polícia porque era o caixa 2 da campanha do PSDB.

O caso do futuro ministro da Fazenda de Serra, Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Pretto, foi lembrado pela candidata Dilma Rousseff (PT), no debate da Band. Ela não fez acusações, só mpediu explicações. Desnorteado, Serra não respondeu. Responder o quê? Que o elemento Paulo Pretto, homem de confiança de Aloysio Nunes, senador eleito, fugiu com R$ 40 milhões do caixa 2?

O Ministério Público Eleitoral precisa tomar providências, a coisa é tão grave que cabe uma investigação séria. Caixa 2 é crime. Mesmo com recursos doados por empresários. E sempre há a hipótese da origem do dinheiro ser de empresas públicas.

Afinal, o ministro da Fazenda de Serra, o Ali Babá Paulo Pretto, era diretor do DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A), responsável pelas obras do Rodoanel e da ampliação da Marginal do Tietê que, juntas, foram orçadas em R$ 6,5 bilhões. O elemento indicado por Aloysio Nunes Ferreira era o responsável por fazer pagamentos às empreiteiras contratadas.

Boa pauta para matérias investigativas da Folha de S. Paulo, Estadão e O Globo. As revistas Veja e IstoÉ já deram sua contribuição.

 

A Folha de S. Paulo e o Valor me levam a reaprender a ler jornal

Não basta saber ler, para ler jornal. Especialmente quando o jornal é do Grupo Folha. Vou explicar. Peguei aleatoriamente uma edição da Folha de S. Paulo e outra do Valor. Nas duas, os textos são tecidos propositalmente para produzir manchetes contra o PT e contra a candidata do PT, Dilma Rousseff. Estamos em plena campanha eleitoral.

Pegue você a edição da Folha de S. Paulo de quinta-feira, 7 de outubro de 2010. Lá na página A6, caderno intitulado Poder, tem a manchete em letras garrafais: “Bandeira de Dilma não cumpre meta”. Aí fiquei curioso. Que bandeira de Dilma é essa que não cumpre meta? A vergonhosa armação literária, assinada por Simone Iglesias, de Brasília, “informava” que o programa “Luz para Todos” levou energia elétrica para 1,8 milhão de pessoas (2004-2008). Para 2009, a meta foi levar energia para mais 1,1 milhão de pessoas. Mas, aí, oh! Restaram 168 mil famílias sem luz. Logo, a manchete: “Bandeira de Dilma não cumpre meta”. É a manipulação grosseira da informação. Bendito programa de Dilma que não cumpriu meta.

A desfaçatez é tamanha, que as informações estão no corpo da reportagem. O programa Luz para Todos foi criado em 2003, quando Dilma Rousseff era ministra das Minas e Energia. A meta era a universalização da energia elétrica até 2015. O governo decidiu acelerar e antecipar a meta para 2008, depois o prazo foi esticado para 2010. E como ficaram 168 mil famílias ainda de fora, a meta foi novamente adiada para 2011. O objetivo da Folha de S. Paulo não é informar sobre o vitorioso programa Luz para Todos, que levou energia para 2,9 milhões de pessoas, o objetivo é produzir uma manchete que relativize o sucesso do programa, em plena campanha eleitoral. É o jornalismo do PIG.

Peguei então, aleatoriamente, uma edição do jornal Valor, do Grupo Folha (segunda-feira, 11 de outubro de 2010). Fui à mesma página A6, caderno Poder. Lá está a manchete, em imensas letras garrafais: “PT incorpora-se às teias familiares do Congresso”. Fiquei curioso. O texto, assinado pelo jornalista Raymundo Costa, explora um estudo do DIAP sobre as “teias familiares, patrimonialistas, nos partidos políticos”. O estudo identifica 18 deputados federais do PMDB com algum tipo de parentesco com líderes políticos. Do DEM identifica 12 parlamentares. Do PP lista 9. Do PR lista 7. Do PSDB outros 7. Do PSB mais 5. Só então identifica 4 deputados do PT com sobrenomes conhecidos na política. Entre os quatro do PT está Zeca Dirceu, filho do Zé Dirceu. E para “ilustrar” a manchete estranha, BINGO, a foto de Zeca do PT.

Estamos em plena campanha eleitoral. A Folha de S. Paulo e o Valor jogaram a vergonha na lata de lixo. Ah! Quem sabe porque resta alguma gota de vergonha na redação do jornalão do PIG, o editor cuida de produzir uma frase de apoio: “Partido elege quatro parentes de políticos à Câmara, mas ainda está longe dos recordistas PMDB e DEM”. Pronto, o jornalão está coberto, mas a manchete antipetista está lá: “PT incorpora-se às teias familiares do Congresso”. Tarefa cumprida.

Depois de 35 anos de imprensa, estou reaprendendo a ler jornal, não basta ser alfabetizado. E o trágico disso tudo é que os jornais das províncias, assinantes da Agência Folha, reproduzem essas barbaridades. É o controle da opinião pública através do PIG.

11 de outubro de 2010

 

Paulo Pretto, que fugiu com R$ 4 milhões, seria o Ministro da Fazenda de Serra

Por que Aloysio Nunes se retirou, sorrateiramente, do debate da BAND quando Dilma Rousseff (PT) pediu esclarecimentos a Serra sobre o tal Paulo Pretto?

Porque Paulo Pretto, o homem que fugiu com R$ 4 milhões doados pelo empresariado paulista para a campanha de Serra (PSDB) era o indicado por Aloysio Nunes para ser o Ministro da Fazenda de Serra. Eles são unha e carne.

O roubo dos R$ 4 milhões já foi assunto da revista Veja e da IstoÉ. A coisa é tão feia que o agora senador eleito do PSDB, Aloysio Nunes, foi retirado pelas portas dos fundos da BAND.

Paulo Vieira Souza, vulgo Paulo Pretto, foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Ele era o responsável direto por grande parte das obras viárias do governo de São Paulo. Chamado de "homem-bomba do PSDB" pelo próprio PIG.

Como é que Dilma sabia que Paulo Pretto seria meu Ministro da Fazenda? Devia se perguntar o candidato Serra. Daí ele ter ficado visivelmente perturbado, desnorteado, nocauteado.

O Brasil ficaria de quatro nas mãos de Paulo Pretto. Serra ficou calado no debate, e não respondeu a Dilma Rousseff. Devia estar maldizendo o aloprado do Aloysio Nunes.

O problema continua insolúvel. Onde estão os R$ 4 milhões roubados por Paulo Pretto? Afinal, ele foi apresentado aos empresários paulistas por Aloysio Nunes. Era o arrecadador.

O Ministério Público precisa investigar esse escândalo. Quem garante que os R$ 4 milhões eram mesmo dinheiro de empresários? E se não for? E se for dinheiro público?

Acho pertinente a dúvida.

 

A mídia esconde o “homem bomba”, que fugiu com R$ 4 milhões da campanha de Serra

No debate da Band, quando a candidata Dilma tocou no assunto, Serra tremeu. A grande imprensa ignora o escândalo. Mas, a blogosfera começa a repercutir a lama. A revista Terra Magazine deu a manchete: “Homem-bomba” do PSDB é a nova arma de Dilma em campanha”. Saiu no site Vi o Mundo. Paulo Henrique Amorim escancarou.: “Paulo Pretto – quando Dilma falou nele, Serra tremeu”. Paulo Pretto é o homem que arrecadou dinheiro para a campanha de Serra e fugiu com R$ 4 milhões. SUMIU.

Segundo o jornalista Cláudio Leal, da revista Terra Magazine, “no final do primeiro bloco do debate na Rede Bandeirantes, Dilma Rousseff (PT) cobrou de Serra (PSDB) esclarecimentos sobre Paulo Vieira de Souza, ex-membro do governo tucano em São Paulo, que, segundo a petista, “fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?

Na plateia, o questionamento deixou os petistas efusivos. Integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir deste instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou.

QUEM É O “HOMEM-BOMBA”

Mais conhecido como Paulo Pretto, Paulo Vieira de Souza foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Ele era o responsável direto por grande parte das obras viárias do governo de São Paulo. É um quadro político importante do tucanato.

Chamado de “homem-bomba do PSDB”, em matéria da revista Veja, publicada em maio deste ano, Paulo Vieira, vulgo Paulo Pretto, foi demitido oito dias depois de ter inaugurado o trecho sul do Rodoanel. Quando Aloysio Nunes deixou o debate, depois do questionamento sobre Paulo Preto, o correligionário Cícero Lucena ocupou o seu lugar na plateia.

SERRA OLHOU DE SOSLAIO

No instante da acusação, Serra olhou para assessores, o marqueteiro Luiz Gonzalez e o estrategista Felipe Soutello. Tempo encerrado. Nos bastidores, a denúncia agitou a plateia e as conversas de pé-de-ouvido. “Ele está desnorteado. Isso, no boxe, é nocaute”, mordiscou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT).

Mais abaixo, o coordenador de comunicação de Dilma, o deputado estadual Rui Falcão, informava: “A imprensa já noticiou: ele era diretor da Dersa e fugiu com quatro milhões”. Dinheiro que, segundo a pergunta-acusação de Dilma no debate, teria sido arrecadado para campanha tucana.

“Serra deve ter levado um susto”, comemorou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “A Dilma colocou o tema do Paulo Preto na campanha. Foi colocado e não houve qualquer reação. Está na pauta das discussões dos próximos dias”, avaliou Edinho Silva, presidente do PT paulista.

AS LIGAÇÕES PERIGOSAS

Ainda segundo a matéria da revista Veja, “Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu ‘interlocutor’ junto ao empresariado.

A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento”.

Em agosto, a revista ISTO É publicou uma matéria de capa, segundo a qual líderes do PSDB acusam Paulo Pretto “de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”. A publicação traz também uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”.

Que máfia!

 

RECEITA DE UM MORALISMO MEDIEVAL

Na revista digital Terra Magazine, o jornalista e escritor Emiliano José analisa os fundamentos do moralismo medieval estimulado pelo candidato Serra. “Impossibilitado de expor um projeto e de confrontar os resultados que os quase oitos de Lula apresentam, Serra ressuscita os mortos. Vai buscar no receituário udenista, a política do terror, do moralismo medieval, tentando encontrar no mundo religioso, ou numa parte do mundo religioso, âncoras que amedrontem a população brasileira. E digo ressuscita os mortos, porque sua inspiração é Carlos Lacerda”.

LEIA EM TERRA MAGAZINE

 

Frei Betto escreve sobre Dilma e a fé cristã

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de “marxista ateia”.

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula.

De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória – diria, terrorista – acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.

Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.

Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…

Passados quase oito anos, o que vemos?

Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa.

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Fonte: Blog do Ricky

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