16 de outubro de 2010
Ruralistas e a classe média urbana proto-fascista são foco anti-Lula
A filósofa Marilena Chauí (USP) não atende mais a imprensa. Ela deixou de escrever para jornais e falar com jornalistas da velha mídia. Ela acha que a velha mídia está em seus estertores. A concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos ameaça a liberdade de expressão. O futuro da liberdade de expressão está na Internet, no crescimento das alternativas e no resultado das eleições que delineiam o fim de um modelo.
Para ela, não é possível falar em democracia quando se tem a comunicação em poder de poucas famílias, sem qualquer possibilidade de contestação mais profunda pela sociedade.
Marilena Chaui vai na raiz do problema. A onda de ódio ao presidente Lula, por exemplo, além de ser explorada pela campanha de Serra – visto por ela como um grande perigo para a democracia brasileira - é alimentada pelos segmentos ruralistas e pela classe média urbana que ela considera proto-fascista.
“Eles” nunca irão perdoar o presidente Lula, por ter ele combatido a desigualdade no país. Estes focos ruralistas da agroindústria e da classe média urbana estão dentro dos 4% da população que consideram o governo Lula ruim e péssimo.
“Eles não são adversários políticos, são inimigos de classe”. A classe média urbana apostou todas suas fichas na idéia de ascensão social e se vê ameaçada com a ascensão social da classe trabalhadora, com a política de distribuição de renda efetiva e com isso perdeu seu próprio diferencial.
Antes, o medo era a classe média cair na classe trabalhadora, agora, a revolta é que foi invadida pela classe trabalhadora.
Ela considera uma grande piada o discurso do empresariado reclamando da reconquista de direitos trabalhistas que podem levar “à perda de competitividade do mercado brasileiro”. Não é coisa séria. É coisa do Estadão, da Folha de S. Paulo, do Globo da revista Veja, não é para levar a sério essa conversa de campanha eleitoral sem consistência. Quando alguém for lá pedir as provas vão dizer que foram mal interpretados ou que não falaram isso.
E a questão da velha mídia? A disseminação da Internet e das mídias alternativas mudou completamente o padrão. Os jornais, por exemplo, estão deixando de dar notícias para oferecer opinião. Isso fará com que as pessoas busquem notícias em outros espaços.
A associação entre mídia e partidos políticos atrapalha a democracia e ameaça a liberdade de expressão. Ora, o que caracteriza uma sociedade democrática é o direito de produzir informação e de receber informação, de modo que possa circular, ser transformada. Mas o que a velha mídia está oferecendo é a ausência de informação, a manipulação da opinião e a mentira.
A velha mídia não tem mais compromisso mínimo com a verdade. Como é que a Folha dá manchete falando que Dilma vai tirar a questão do aborto do programa de governo se esta questão não está no programa? Eles dizem qualquer coisa. Portanto, a desinformação não serve à democracia, virou coisa de partido, perversa, produção da mentira.
LEIA NA ÍNTEGRA EM REDE BRASIL ATUAL
Para ela, não é possível falar em democracia quando se tem a comunicação em poder de poucas famílias, sem qualquer possibilidade de contestação mais profunda pela sociedade.
Marilena Chaui vai na raiz do problema. A onda de ódio ao presidente Lula, por exemplo, além de ser explorada pela campanha de Serra – visto por ela como um grande perigo para a democracia brasileira - é alimentada pelos segmentos ruralistas e pela classe média urbana que ela considera proto-fascista.
“Eles” nunca irão perdoar o presidente Lula, por ter ele combatido a desigualdade no país. Estes focos ruralistas da agroindústria e da classe média urbana estão dentro dos 4% da população que consideram o governo Lula ruim e péssimo.
“Eles não são adversários políticos, são inimigos de classe”. A classe média urbana apostou todas suas fichas na idéia de ascensão social e se vê ameaçada com a ascensão social da classe trabalhadora, com a política de distribuição de renda efetiva e com isso perdeu seu próprio diferencial.
Antes, o medo era a classe média cair na classe trabalhadora, agora, a revolta é que foi invadida pela classe trabalhadora.
Ela considera uma grande piada o discurso do empresariado reclamando da reconquista de direitos trabalhistas que podem levar “à perda de competitividade do mercado brasileiro”. Não é coisa séria. É coisa do Estadão, da Folha de S. Paulo, do Globo da revista Veja, não é para levar a sério essa conversa de campanha eleitoral sem consistência. Quando alguém for lá pedir as provas vão dizer que foram mal interpretados ou que não falaram isso.
E a questão da velha mídia? A disseminação da Internet e das mídias alternativas mudou completamente o padrão. Os jornais, por exemplo, estão deixando de dar notícias para oferecer opinião. Isso fará com que as pessoas busquem notícias em outros espaços.
A associação entre mídia e partidos políticos atrapalha a democracia e ameaça a liberdade de expressão. Ora, o que caracteriza uma sociedade democrática é o direito de produzir informação e de receber informação, de modo que possa circular, ser transformada. Mas o que a velha mídia está oferecendo é a ausência de informação, a manipulação da opinião e a mentira.
A velha mídia não tem mais compromisso mínimo com a verdade. Como é que a Folha dá manchete falando que Dilma vai tirar a questão do aborto do programa de governo se esta questão não está no programa? Eles dizem qualquer coisa. Portanto, a desinformação não serve à democracia, virou coisa de partido, perversa, produção da mentira.
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