27 de novembro de 2009

 

Jornalista Audálio Dantas lança livro sobre infância de Lula

Li no blog do Ricardo Kotscho. Audálio Dantas, o respeitado e premiado jornalista da velha guarda, lança neste sábado, o livro “O menino Lula”, às 11 horas, na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1.731, São Paulo). Audálio Dantas esperou dois anos até que conseguiu marcar um encontro com Lula, e do encontro saiu o livro. É um debate menor se Audálio Dantas está ou não pegando carona no filme “Lula, o filho do Brasil”. E daí? O livro é ilustrado com xilogravuras de Jerônimo Soares, sobre o qual escreveu Jorge Amado: “é um dos mais notáveis gravadores populares do Brasil. As suas gravuras refletem a identidade do artista com a vida sofrida e a imaginação invencível do povo”. Quem escreve o prefácio do livro é o jornalista Ricardo Kotscho. Publicado pela Ediouro.

 

Folha de S. Paulo começa a baixaria eleitoral atacando presidente Lula

Quando a Folha de S. Paulo falsificou a ficha de Dilma Roussef no DOPS eu perdi o respeito pelo jornalão. Agora, a Folha de S. Paulo joga no lixo o que lhe restava de decência. Na edição desta sexta-feira (27) ela dedica três páginas para divulgar uma história caluniosa que beira à demência. Da fonte e do jornal. César Benjamin, ex-comunista, ex-MR8, ex-PT, ex-PSOL, ex-assessor de Garotinho, ex-tudo, acaba de inventar uma fantasiosa história, segundo a qual Lula, quando esteve preso tentou estuprar um “menino do MEP”, em 1980, dentro da cadeia.

César Benjamin pirou de vez. A história beira ao absurdo. Lula foi preso em 19 de abril de 1980, em plena ditadura militar, e saiu um mês depois, em 20 de maio. Ele foi preso com vários sindicalistas, entre eles Zé Maria (também ex-metalúrgico e ex-candidato à presidência em 2002, pelo PSTU) Eles fizeram na ocasião uma greve de fome de seis dias. D. Lindu, mãe de Lula, morreu quando ele estava preso e os militares o deixaram ir ao enterro. Há muitas testemunhas que hoje escrevem as memórias do cárcere. E entre elas não estava esse César Benjamin, que agora está se prestando a esse triste papel.

Ou seja, César Benjamin inventou essa história, disse que “ouviu falar” de um suposto relato de Lula, numa conversa informal em 1994. Ele inventou que Lula teria dito que “não agüentaria muitos anos de prisão porque não viveria sem buceta”. Puxa vida. É uma nova versão da farsa Mirian/Lurian, também fartamente divulgada pela Folha de S. Paulo. É muita má-fé, tanto do César Benjamin quanto da Folha de S. Paulo.

César Benjamin afirmou que o publicitário Paulo de Tarso, que é um desafeto do PT, teria testemunhado essa conversa escabrosa. Paulo de Tarso desmentiu César Benjamin afirmando que “não dá para entender o que deu na cabeça desse menino”, se referindo a César Benjamin. Parece coisa de paranóico frustrado.

Não tenho estômago para sugerir a leitura do texto a ninguém.

O presidente Lula classificou como loucura a história de César Benjamin. Não consegue entender o motivo do ataque. Gilberto Carvalho, entretanto, matou logo a charada: “é coisa de psicopata”. Não dá nem para processar o cara. O lamentável é que a Folha de S. Paulo tenha descido tão baixo.

De qualquer sorte, isso é um sinal do que vem pela frente.

A postura da Folha de S. Paulo é bizarra!

 

Baronato da mídia não quer diploma e nem lei de imprensa

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) foi palestrante na abertura do “X Congresso dos Jornalistas da Bahia”, quinta-feira (26). O conclave segue até sábado (28), na Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), em Salvador. O tema da palestra foi “Quem tem medo do diploma e da democratização dos meios de comunicação”. Depois de lembrar que o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) re-estabelecendo o diploma para exercício da profissão já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, ele ressaltou que “o baronato da mídia não quer diploma e nem lei de imprensa”.

“Discutimos muito sobre o fim da obrigatoriedade do diploma e às vezes nos esquecemos que somos o único país da ONU sem lei de imprensa, o que também é muito grave, pois deixa o cidadão comum sem um instrumento para se proteger dos crimes – difamações e calúnias - cometidos pela mídia”, disse.

Quanto às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação ao diploma de jornalista e lei de imprensa, ele avalia: “Não acredito em acasos. Os barões da mídia se reuniram no Congresso e disseram claramente que eles querem ficar livres para contratar quem quiser e bem entender. Eles não querem nem diploma e nem lei de imprensa”.

CONTROLE DA MÍDIA
Emiliano afirmou que a mídia tem posição política no Brasil e que está concentrada nas mãos de pouquíssimas famílias. “Esse grupo pequeno monopoliza o discurso, mas às vezes é derrotado pelo povo. Certa ocasião, Octávio Frias, da Folha de São Paulo, se perguntava: ‘Em que nós erramos para Lula estar tão popular?’. E Lula continua crescendo, mesmo com os ataques da imprensa. Precisamos do exercício de outras vozes, outros discursos. E só os jornalistas podem salvar o jornalismo brasileiro".

O deputado disse ainda que a mídia organizou o golpe de 64 junto com os militares e que, hoje, a maioria dos meios de comunicação não tem condição de contar a sua história. “Eles querem proibir que se discuta a comunicação. Se isso não mudar vamos continuar submetidos ao pensamento único. E o baronato ainda quer discutir o controle da internet, o único meio em que é possível o exercício de outras vozes”.

Segundo Emiliano, a mídia é um grande negócio, bilionário. “Por que só três ou quatro famílias podem ganhar dinheiro com isso? Temos que distribuir esse negócio. Temos que pensar num novo marco regulatório para a mídia brasileira, e isso faz parte da minha luta política. Esse congresso é um momento de reflexão e discussão sobre essas questões”.

Emiliano vai relançar em breve o seu livro “Imprensa e Poder: ligações perigosas” e lançar a sua nova obra “A constituição de 1988, as reformas e o jornalismo de campanha”, que tratam sobre esses temas.

26 de novembro de 2009

 

Toda nudez será castigada. Título do artigo do deputado federal Emiliano (PT-BA), publicado no informe “PT na Câmara”, site oficial da liderança do PT

PT na Câmara

 

Programa de modernização da gestão administrativa e fiscal chega ao semiárido baiano

Prefeitos, secretários e vereadores do semiárido baiano vão se reunir sexta-feira (27.11), no Clube Social Umburana, de Valente, para conhecer o Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM) do Ministério da Fazenda.

O evento contará com as presenças de Rodrigo André de Castro Souza Rêgo e Gilce Antunes do Ministério da Fazenda; de Carlos Martins Secretário da Fazenda do Estado da Bahia; do deputado federal Emiliano José (PT-Ba); de José Afonso Rego Gerente de Produtos da CEF; de Isaac Júnior diretor da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), além de mais de 32 prefeitos.

O encontro regional dos prefeitos e secretários municipais de finanças e administração da região sisaleira da Bahia, promovido pela Câmara de Vereadores de Valente, foi uma iniciativa da vereadora Maria Madalena (Leninha) que é líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e presidente da Comissão de Educação, Saúde, Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal.

Os recursos – US$ 2,2 bilhões - são destinados à aquisição de tecnologia, construções e reformas, sistemas de administração integrada (orçamento, finanças, contabilidade, planejamento), capacitação, consultoria e ajuste de quadro, entre outros. Trocando em miúdos, o programa tem por objetivo modernizar a gestão administrativa e fiscal dos municípios brasileiros. Graças à vereadora Leninha, o semiárido baiano tem chances de sair na frente.

 

Ministro Juca Ferreira perde a paciência com provocação da Folha de S. Paulo

A reportagem da Folha de S. Paulo conseguiu fazer Juca Ferreira, ministro da Cultura, sair do sério. Ao defender a publicação de um folder sobre o Vale-Cultura, com os nomes dos deputados da Frente Parlamentar da Cultura, o ministro tentou explicar à jornalista Samantha Lima que nada tinha de ilegítimo no fato. A repórter então perguntou porque ele estava tão “emocionado”. Aí ele respondeu: “Meu pinto, meu estômago, meu coração e minha cabeça são uma coisa só”. E na saída completou: “vocês estão sendo pagos para dizer mentira”.

O Ministério da Cultura alega em nota pública que “o folder conclama os cidadãos a participar e contribuir para discussões, sendo chamados a apoiar o parlamentar que vota pela cultura, o que, convenhamos, difere essencialmente de um convite para votar no parlamentar que apóia a cultura”. Também acho que é legítimo citar os nomes dos deputados que participam da Frente Parlamentar de Cultura num folder pago pelo MINC. Qual é o problema? O Parlamento é uma instituição da República, os parlamentares são representantes do povo.

O folder suprapartidário do MINC tem o título VOTA CULTURA. E foi distribuído por funcionários da Cultura, não militantes partidários. Propõe incentivar eleitores a votar em parlamentares que apóiam a cultura. Foram feitas 4.500 cópias a um custo de R$ 11 mil. Trata-se de um saudável lobby junto ao Congresso Nacional.

A verdade é que a Folha de S. Paulo começou uma campanha de caça às bruxas no Congresso Nacional. O jornalão vende a idéia que todo deputado é corrupto até prova em contrário. É a velha história do denuncismo para vender jornal. A repórter da Folha de S. Paulo abordou o ministro Juca Ferreira determinada a provocar um problema. Qualquer coisa que dissesse, a manchete seria a mesma. Escândalo. Também concordo com Juca Ferreira. A Folha de S. Paulo é paga para mentir.

 

Presidente do PMDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, é citado em esquema de corrupção braba

Está na manchete de primeira página do jornal A Tarde (26.11): “Irmão de Geddel é citado em esquema de corrupção”. A transcrição dos grampos telefônicos revela que no esquema de propina da Agerba, desmontado pela Operação Expresso, R$ 400 mil de propina iriam para três pessoas, uma delas o presidente estadual do PMDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, que vem a ser irmão do ministro Geddel Vieira Lima. Tem gente querendo politizar um simples caso de polícia.

Fiquei espantado com o artigo de hoje (26.11) do meu amigo de longas datas, jornalista Jânio Lopo, na Tribuna da Bahia. O artigo é intitulado “Operação Desastrosa”. Mas, como? A Operação Expresso apurou com provas a existência de um propinoduto na Agerba, identificou todo mundo, prendeu os criminosos de colarinho branco que serão processados. E Jânio Lopo chama isso de desastre? Respeitosamente, permitam-me discordar. Jânio Lopo declarou outro dia que não vota no PT. Direito dele. Mas, não votar no PT e relativizar uma bem-sucedida operação policial por conta de prováveis e possíveis relações políticas já é um pouco demais.

Vamos admitir que Jânio Lopo tenha razão. “Falta dizer ao público que a tal operação tem contornos políticos incontestáveis”, afirma o jornalista. Quer dizer que a apuração de um esquema milionário de propina na Agerba “perde a sua importância ética e moral à medida em que o foco foi eminentemente no sentido de trucidar um inimigo do Palácio de Ondina”? Foi o que escreveu Jânio Lopo. Novamente, com o respeito de nossa amizade, permitam-me discordar. Só perde importância se não for verdade. A verdade é o que importa. Temos que lutar contra a corrupção doa em que doer.

Voltei a ler hoje o jornal Correio da Bahia, aliás, simplesmente Correio, depois que o senador ACM morreu. Manchete: “Expresso da propina acirra guerra entre PT e PMDB”. Pode até ser. Mas isso não autoriza afirmar que a operação policial teve motivação política. O que Jânio Lopo faria em lugar do governador Jaques Wagner? Mandaria engavetar a investigação policial por envolver nomes de políticos? Mas aí ele estaria se tornando cúmplice do esquema de propina da Agerba. Logicamente, Wagner mandou apurar tudo, como é de sua obrigação constitucional. E aí deu no que deu. Na transcrição das escutas telefônicas com ordem judicial aparece o nome do “gordo”, “gordinho”, “jovem gordo” como destinatário de propina paga por donos de empresas de transporte.

O gordo, gordinho, jovem gordo Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB baiano, irmão do ministro Geddel Vieira Lima, reagiu atacando. Tudo não passaria de uma ação orquestrada para enfraquecer a candidatura do irmão ao governo da Bahia. Bem, isso não é crime. Crime mesmo é receber propina para aprovar concessão de transporte público. Torço para isso não seja verdade.

25 de novembro de 2009

 

Blog Leitura Global esclarece tudo sobre o caso Cesare Battisti

O blog “Leitura Global” é um espaço de reflexão e debates virtuais, que apresenta, semanalmente, uma análise sobre a conjuntura política nacional, além de veicular notas rápidas com informações pertinentes sobre o cenário político nacional e internacional. É um blog que tem tudo, absolutamente tudo para entender o caso de Cesare Battisti, o militante da esquerda armada italiana que o governo de Berlusconi quer transformar em troféu e a mídia brasileira em bucha de canhão. Tarso Genro, Giuseppe Cocco, Vinicius Wu e Alberto Kopittke são os autores.

IMPOSSÍVEL NÃO VISITAR LEITURA GLOBAL

 

Operação Expresso desarticula esquema de corrupção dentro da Agerba

OPERAÇÃO LIMPEZA NA BAHIA

A Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Civil, cumpriu sete mandatos de prisão e outros 16 de busca e apreensão, dentro da Operação Expresso, deflagrada na última terça-feira (24.11), em Salvador e Itabuna.

Conforme esclarecimentos prestados durante coletiva à imprensa, na sede da SSP, no mesmo dia da operação, as investigações desarticularam um esquema de transferência irregular de linhas municipais e intermunicipais de ônibus, dentro da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

De acordo com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, as investigações foram empreendidas há cerca de cinco meses, coordenadas pelo delegado Marcelo Sanfront.
Entre os detidos em Salvador, estão os ex-diretores da Agerba, Antonio Lomanto Netto e Zilan da Costa e Silva, o presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia (Abemtro), Décio Sampaio, além dos empresários Ana Dosinda Penas, da Expresso Alagoinhas, e José Antonio Marques, da viação Planeta.

Em Itabuna, foram presos os suspeitos Paulo César Carletto e Ana Luzia Doria. Todos os detidos foram encaminhados para Coordenação de Operações Especiais (COE), da Polícia Civil, onde permanecerão detidos, inicialmente, por cinco dias prorrogáveis.

Segundo Nunes, são vários casos em investigação, entre eles, o da empresa Catuense, que transferiu as linhas para a Expresso Alagoinhas e para a Planeta e, agora, estava passando para outra empresa, a Rota. “Tudo isso em um processo irregular, em que houve favorecimento e pagamento de propina para que se consumasse a ação”, afirmou. Neste caso específico, a Rota comprou a transferência das linhas por R$ 4 milhões, pagando R$ 400 mil em propina.

O esquema de corrupção consistia na transferência de concessões de linhas de ônibus pertencentes ao Estado de uma empresa para outra, sem o devido processo licitatório. Assim, empresas sem capacidade operacional, com dívidas, multas e documentação irregular, vendiam suas concessões a outras empresas, que pagavam o valor cobrado, destinando 10% à propina cobrada pelos ex-funcionários da Agerba.

O secretário afirmou que a fase repressiva da Operação Expresso teve fim na terça-feira (24) e que não há mais possibilidade de novas prisões. Agora, as investigações serão concentradas na análise dos computadores e documentos apreendidos. “Ainda temos muito que investigar. Vamos fazer análises financeiras, apurar outros contratos e concessões realizadas e correr atrás do rastro do dinheiro, com a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos”, informou Nunes.

 

Geddel, do PMDB, indicou acusado de receber propina na Agerba

O Correio da Bahia, órgão de imprensa da famiglia ACM, não perdoou Geddel Vieira Lima, o dono do PMDB da Bahia. A manchete do jornal hoje (25.11) foi “Expresso da propina” com uma enorme ilustração de um ônibus dirigido pelo ex-diretor da Agerba, Antônio Lomanto Netto (PMDB), e todos os demais diretores presos por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Eles receberam R$ 400 mil de propina.

Na página interna, o jornal Correio da Bahia dá a manchete: “Operação prende 7 pessoas por corrupção na Agerba”. Concessão de linhas intermediárias, reajuste de tarifas e até liberação de veículos irregulares eram feitos mediante pagamento de propinas aos diretores da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia – Agerba, segundo investigações da Polícia Civil da Bahia e Ministério Público Estadual.

A segunda matéria do jornal Correio da Bahia envenena o noticiário, mas é verdadeira. A manchete é “Indicação de Geddel levou Lomanto ao cargo”. E ainda a frase de apoio: “Acusado é tido como um dos articuladores políticos do PMDB”. O jornal informa que Antônio Lomanto Netto é filho do ex-governador e ex-senador Lomanto Júnior, e é irmão do ex-deputado federal Leur Lomanto. Logo, é tio do deputado estadual Leur Lomanto Júnior, todos com base política em Jequié, Sudoeste da Bahia.

Ele (Antônio Lomanto Netto) ascendeu ao cargo (na Agerba) através da aliança com o atual ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, e também DO PREFEITO DE SALVADOR, João Henrique Carneiro, que era do PMDB e passou para o PDT.

Ou seja, Antônio Lomanto Netto (PMDB) foi indicado para o cargo de diretor da Agerba pelo ministro Geddel Vieira Lima, PMDB. Ele era apontado como um dos principais articuladores políticos do partido. Ele permaneceu no cargo até agosto deste ano, quando Geddel rompeu com o governador Wagner.

Nos bastidores políticos...bem, não vou reproduzir bastidores políticos recolhidos pelo jornal Correio da Bahia porque não tem uma história de jornalismo idôneo, como todos sabemos.

O fato é que interceptações telefônicas legais, com ordem judicial, feitas pelo Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, indicam que o ex-diretor geral da Agerba se comprometia com empresários para fornecer concessões de linhas de transporte intermunicipais sem observar as normas legais. Ele é acusado de corrupção passiva, tráfico de influência e fraudes em licitação pública.

GEDDEL NÃO SABIA DE NADA?

 

Blogão do Pereira completa um mês de vida, com análises isentas.

Dia 24 de novembro, terça-feira, o Blogão do Pereira completou um mês na estrada. Ele critica a grande mídia pela contaminação das notícias, muitas vezes por interesses inconfessáveis. Em seu primeiro mês, o Blogão do Pereira recebeu 400 visitas. Um bom começo. Leia seu texto:

PONTO DE VISTA

Tenho ouvido muitas críticas a respeito do governo Jaques Wagner. Algumas justas e merecedoras de reflexões, outras absolutamente equivocadas e visivelmente contaminadas pelas linhas editorais tendenciosas da grande mídia local.

Cobrar do governo atual - com apenas três anos de mandato – uma solução imediata para os graves problemas que enfrentamos na Bahia, notadamente nas áreas de educação e segurança publica, não me parece justo.

Menos justo ainda quando consideramos que a situação de caos em que se encontram essas duas áreas é o reflexo de mais de duas décadas de administrações anteriores que negligenciaram em setores cruciais para o desenvolvimento do estado.

Não é por acaso que a Bahia, apesar de ostentar a posição de sexta maior economia do País, ocupe sempre os últimos lugares quando se trata de indicadores sociais. Reverter esse quadro desolador demanda tempo, disposição e vontade política de fazer acontecer. Tempo que o ex-governador, Paulo Souto e seu grupo político tiveram de sobra, mas que preferiram ocupá-lo em sessões de “beija-mão” do chefe do Capo.

Não resta duvida de que o ambiente político na Bahia é outro, já não temos “chefe”. Hoje temos um governador ciente das suas obrigações e das limitações constitucionais que o cargo lhe impõe.

Sem valentia, sem chicote, sem perseguição e com muita disposição para o dialogo, continuaremos a construir UMA BAHIA PARA TODOS NÓS. (Washington Pereira)

LEIA MAIS NO BLOGÃO DO PEREIRA

24 de novembro de 2009

 

Trajetória de Marighella em exposição na Caixa Cultural Rio de Janeiro

Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Vladimir Sacchetta, a mostra promovida pela Caixa Cultural do Rio de Janeiro traça o perfil e a trajetória de vida de Carlos Marighella com cartas, livros, imagens de arquivo, iconografia variada, depoimentos, além de textos do próprio Marighella. Estará aberta ao público entre os dias 27 de novembro e 17 de janeiro de 2010. Exposição em memória dos 40 anos da morte do revolucionário baiano, ícone do combate armado à ditadura militar de 1964. A entrada é franca.

SERVIÇO:
Exposição Marighella, em memória dos 40 anos
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Livraria
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro (Metrô: Estação Carioca)
Abertura: 26 de novembro de 2009, às 19h (para convidados e imprensa)
Visitação: De 27 de novembro de 2009 a 17 de janeiro de 2010
Horário: De terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h
Telefones: (21) 2544-4080 / 2544-1099 / 2544-7666
Entrada franca
Classificação Livre

 

Polícia prende diretor do Agerba, do PMDB, por cobrar propina de empresários

A notícia da prisão, hoje pela manhã (24.11), pela Polícia Civil, do ex-diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia - Agerba, Antônio Lomanto Neto (PMDB) caiu como uma verdadeira bomba em Brasília e na Bahia.

Não há motivação política, evidentemente. Mas há conseqüências políticas. Afinal, Antônio Lomento Neto é uma indicação do PMDB de Geddel Vieira Lima. A prisão foi executada por ordem judicial por efeito de uma investigação que começou há pelo menos sete meses. Há provas contra o acusado.

Todo mundo está surpreso na Assembléia Legislativa. Oh!!!

Logo, logo os formadores de opinião começaram a onda de boatos. É o jornalismo de Ali Kamel. Testando hipóteses. Então, teste-se a hipótese do comando da Polícia Civil estar na governadoria. Aí envolve-se o nome de Wagner.

Mas a hipótese falhou. Então esclarece-se que Wagner não tem nada com isso. Trata-se realmente de uma investigação policial em busca de crimes de colarinhos brancos. O PMDB está cheio.

Não só o ex-diretor da Agerba foi preso. Vários advogados da Agência e empresários de transporte coletivo foram presos na Operação Themis. Há provas de extorsão e propinas.

A bem da verdade, o governador Wagner não sabia de nada. Ele apenas se limitou conforme a lei a enviar o material com as informações para o Ministério Público Estadual.

 

Informe PT na Câmara publica artigo do deputado federal Emiliano José (PT-BA) intitulado “O problema político da comunicação”.

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Vereadora Vânia Galvão combate a máfia de branco

Está em tramitação na Câmara Municipal de Salvador um Projeto de Lei da vereadora Vânia Galvão (PT) que proíbe a exigência de caução por estabelecimentos de saúde da rede privada, para possibilitar a prestação de serviços a pacientes em situação de urgência e emergência no Município de Salvador. O projeto pretende coibir a prática ilegal e abusiva de prestadores de serviços de saúde da rede privada que consiste na cobrança de cheque caução ou outro meio de pagamento como condição para efetivar o atendimento de pacientes em situação de urgência e emergência.

Essa é a minha vereadora!

 

Blogão do Pereira decifra a diplomacia brasileira, que a mídia não quer entender (ou não pode)

Washington Pereira é o editor do Blogão do Pereira. Ele me enviou um texto seu sobre a diplomacia brasileira, destacando três episódios: Honduras e seu governo golpista, a Venezuela no Mercosul e a visita do presidente do Irã, demonizada pelos “formadores de opinião”. Já se foi o tempo em que nosso País seguia a máxima “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”. Para ele, “a imprensa tupiniquim está ainda presa ao complexo de cachorro magro. A mídia ataca a política externa do presidente Lula, em que o Itamaraty deixa de ser apêndice da política norte-americana. “Política, política, negócios à parte” é o título.

Vale à pena ler na íntegra

23 de novembro de 2009

 

Seminário homenageia o líder camponês Manoel da Conceição

O líder camponês Manoel da Conceição, fundador do PT, foi homenageado nesta segunda-feira (23.11) durante o III Seminário Latino-Americano de Anistia e Direitos Humanos, que acontece até esta terça-feira (24.11) no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.

Manoel da Conceição recebeu das mãos do ex-governador do Maranhão, Jackson Lago, uma condecoração que dizia: "Aqueles que lutam toda vida, esses são imprescindíveis".

O líder camponês agradeceu a homenagem de "coração e alma", em nome de todos os companheiros que lutaram pela defesa dos Direitos Humanos na ditadura militar. Ele se emocionou ao falar dos militantes desaparecidos.

"Ainda hoje choro e lamento a perda de companheiros que eu tanto amava e nunca mais foram vistos, simplesmente desapareceram. Os responsáveis nunca disseram, pelo menos, se meus companheiros estão no mar, na floresta, ou debaixo do nosso chão", disse Manoel.

O deputado Domingos Dutra (PT-MA), integrante da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, enalteceu a homenagem a Manoel da Conceição.

"É um símbolo da resistência contra o arbítrio e da construção de uma sociedade socialista. Foi exilado e, ao retornar ao Brasil, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, a construir a Central Única de Trabalhadores, além de ter fundado o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, voltado para educação libertadora dos camponeses", lembrou Dutra.

Manoel da Conceição, durante a ditadura militar, integrou a direção nacional da Ação Popular. Era o líder dos camponeses do Vale do Pindaré-Mirim, no Maranhão. Vivi ali a experiência da clandestinidade, em plena floresta pré-amazônica, sempre acompanhando Manoel da Conceição. Comendo carne de caça, peixe do rio Pindaré e arroz branco e derrubando a machado a floresta.

Quando dei por encerrada minha participação no Vale do Pindaré-Mirim, voltei para Minas Gerais, cumpri a pena de seis meses, sentenciada à revelia e depois me radiquei na Bahia. Virei jornalista. Em 1973 me prenderam novamente. Foram três meses de tortura. Então, dependurado no pau-de-arara no DOPS de Recife, os torturadores diziam: “Ah! Você escapou em 1972, cumpriu pena sem ser interrogado, mas agora vamos descontar” e haja choque elétrico. Foi quando mataram José Carlos da Mata Machado e Gildo Lacerda. O corpo de Mata Machado eles devolveram, com os olhos furados e a lingua e orelhas cortadas. O corpo de Gildo Lacerda nunca apareceu.

Passados dois anos nada havia para contar. Manoel da Conceição já tinha sido preso, barbaramente torturado e na Europa se fazia imensa campanha contra a prisão do líder camponês. Só fui encontrar Manoel da Conceição nos anos 80, quando ele passou por Salvador. Manoel da Conceição nunca se rendeu.

 

O STF caminha para a pior das ditaduras, a do Judiciário

A conclusão é do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. E está comentada no brilhante artigo de Maria Inês Nassif, publicado no jornal Valor Econômico (19.11.2009). O título é “Voto decisivo contra Battisti ficou às claras”. O SITE Leitura Global afirma que “Caso Battisti marca o auge de uma escalada “autonomista” do STF”.

Maria Inês Nassig escreveu:

“A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao pedido de extradição do ex-militante da esquerda armada Cesare Battisti, feito pelo governo italiano, marca o auge de uma escalada “autonomista” do tribunal, entendida não como exercício de autonomia na decisão judiciária em relação a pressões externas contra liberdades individuais e coletivas, mas como o exercício de um poder de Justiça que se sobrepõe aos demais poderes constituídos.

O voto do ministro Marco Aurélio Mello, que na semana passada empatou a votação do plenário – desempatada ontem, contra Battisti, pelo voto do presidente do tribunal, Gilmar Mendes -, é um alerta sobre essa escalada. Para Mello, a invasão do STF à seara do governo federal, em uma decisão sobre política externa, remete “à pior ditadura, a do Judiciário”, porque é uma ação inconstitucional praticada pelo tribunal cuja maior prerrogativa constitucional é a de zelar pela Carta Magna.

Mello foi definitivo: “Compete privativamente [ao presidente da República] manter relações com Estados e seus representantes diplomáticos, celebrar tratados internacionais”; “o Supremo não há de substituir-se ao Executivo, adentrando seara que não lhe está reservada constitucionalmente e (…) simplesmente menosprezando a quadra vivenciada à época na Itália e retratada com todas as letras na decisão proferida”, continuou.

O voto do ministro Marco Aurélio Mello foi importante não apenas porque ele nadou contra uma corrente muito forte de opinião pública, mas porque despiu o julgamento do conteúdo excessivamente politizado, no mau sentido, a que foi submetido. O movimento para que o governo brasileiro entregue Battisti ao governo italiano veio repleto de dogmas. O processo de extradição foi empacotado por máximas sobre as quais não se admitiu questionamento – e que, tomadas em separado, mostram o seu inegável caráter ideológico".

LEIA NA ÍNTEGRA QUE VOCÊ VAI ENTENDER TUDO

 

76% dos brasileiros acham governo Lula melhor que governo FHC

A pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje (23.11), comprova que a maioria do povo brasileiro considera o governo do presidente Lula melhor que o governo do ex-presidente FHC. Não há mais dúvidas. As eleições presidenciais de 2010 serão realmente plebiscitárias. Os que apóiam o PT, PCdoB, PSB, parte não totalmente apodrecida do PMDB e outros partidos coligados, contra a quadrilha do PSDB/DEM e seus partidos satélites.

O desempenho pessoal do presidente Lula aumentou de 76,8% (em setembro) para 78,8%. O índice de aprovação do governo Lula também aumentou: de 65,4% (em setembro) para 70%.

Os brasileiros entrevistados falaram sobre a expectativa para 2010 e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010.

Na última pesquisa, 20,8% dos entrevistados disseram que votariam no candidato a presidente da República apoiado por Lula; 31,4% poderiam votar; 20,2% não votariam e 24,6% somente conhecendo o candidato para poder decidir.

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, a ministra Dilma Rousseff começa a estimular a guerra eleitoral, crescendo nas simulações e se favorecendo da avaliação negativa da imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "O Serra cai em função do apoio do Fernando Henrique, que fala em nome dele, independente dele querer ou não. O apoio ostensivo de FHC é prejudicial", disse Andrade.

O candidato do PSDB, José Serra, perdeu 15 pontos nas intenções de votos, aso longo dos últimos 12 meses. Agora, ele aparece com 31,8%, seguido de Dilma Roussef com 21,7%, Ciro Gomes com 17,5% e Marina Silva com 5,9%.

 

No bom sentido, jornalistas baianos politizam X Congresso

A programação oficial do X Congresso dos Jornalistas da Bahia está circulando fartamente na Internet. O evento, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) acontece de 26 a 28 de novembro, no auditório da Faculdades de Ciências e Tecnologia (FTC), na avenida Paralela, em Salvador.

O tema central do X Congresso dos Jornalistas da Bahia é “Do analógico ao digital: novos desafios após a decisão do STF sobre o diploma”. O Sinjorba segue assim a tradição de politizar seus encontros, no bom sentido. Tanto que na abertura solene, dia 26, quinta-feira, às 19h30, convocou para um ato político em defesa do diploma de jornalista. Logo em seguida, às 20h30, o jornalista, escritor, professor de comunicação da UFBA e deputado federal Emiliano José (PT-BA) profere a palestra “Quem tem medo do diploma e da democratização dos meios de comunicação?”.

O X Congresso dos Jornalistas da Bahia tem patrocínio da Millenium, Desenbahia, Coelba, FTC, e Banco do Brasil. E conta com apoio da OI, Prefeitura de Salvador, Governo da Bahia, Nehib, ALAI e Cojira.

 

Jornalistas confundem incremento das relações comerciais com ideologia do presidente do Irã. Por pura má-fé.

Nossos “formadores de opinião” às vezes são cômicos. Uns, por ignorância ou má-fé (creio mais em má-fé) confundem a ideologia, filosofia e problemas internos do Irã com a visita do presidente Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil.

Li verdadeiros impropérios contra a visita do presidente iraniano por causa de suas posições bizarras contra o estado de Israel. Outros, confundem propositadamente (daí também a má-fé) os negócios entre as nações com os problemas internos deles lá. No Rio de Janeiro ocorreu até uma manifestação contra a visita de Ahmadinejad, devidamente supervalorizada pelas manchetes.

Essa mesma gente que manipula a informação em suas colunas de jornais reivindica rotineiramente o crescimento da economia brasileira. É um besteirol sem fim. Ora, o Irã tem 80 milhões de habitantes, muita influência no Oriente Médio, um mercado importantíssimo. Há perspectivas de investimentos por empresas brasileiras nas áreas de hidrelétricas e agricultura, além naturalmente do incremento do comércio.

Obviamente, as relações bilaterais comerciais não podem ser confundidas com as idéias do presidente do Irã. É claro que o Brasil não concorda com a idéia de negação do holocausto dos judeus.

Acredito que esses “formadores de opinião” não são ignorantes, como aparentam. Estão mais para a má-fé. Querem apenas conturbar e confundir a opinião pública para desgastar o governo, desgastando o governo, imaginam que desgastam o presidente Lula e, em conseqüência, a candidatura de Dilma Roussef. São apenas comentaristas eleitoreiros.

22 de novembro de 2009

 

Itália. Se mataram um travesti por que não matariam Battisti?

Está na mídia. Brenda, o travesti brasileiro que vivia na Itália apareceu morto em seu apartamento. O corpo estava carbonizado. O Poder Judiciário italiano investiga o caso, com a hipótese de homicídio. Brenda é um dos travestis que estão no centro de um escândalo sexual, que levou à renúncia do governador da região do Lazio, Piero Marrazo.

O noticiário explodiu em outubro, após a detenção de quatro policiais que tentavam extorquir o político, pedindo 80 mil euros em troca de um vídeo no qual ele havia sido filmado com travestis.

Agora me digam. Num país em que governador trepa com traveca, é fragrado e extorquido por quatro policiais e depois a traveca morre carbonizada, é possível acreditar que a vida de Cesare Battisti estará segura?

Foi pensando nisso que li o artigo de Hélio Fernandes, da Tribuna da Imprensa. Sobre o caso Battisti, ele escreveu:

(...) De qualquer maneira, a Itália não é o país mais credenciado a tratar dessas questões.

Base eterna da MÁFIA. Dominada pelo fascismo desde 1922, protagonista da belíssima campanha das MÃOS LIMPAS, assistiu a morte dos juízes que comandaram a reação.

Tão corrupta que ex-primeiros-ministros e grandes personalidades ficaram “escondidos” em países vizinhos, até que a revolta contra a corrupção amainasse, que palavra. E amainou, a corrupção sempre vence.

O primeiro-ministro Berlusconi não é precisamente um estadista a ser considerado ou respeitado. Manteve durante 12 anos “engavetado”, um processo contra ele. Uma semana depois do processo estar “PRESCRITO”, um juiz-Pinochio, declarou: “Não posso fazer mais nada, o tempo favoreceu o réu”.

E ninguém foi preso, nem Berlusconi nem o juiz.

Agora, esse mesmo Berlusconi faz trapaça (no que é praticamente invencível), ameaça o Brasil. E não se incomoda com a intimidação de longe ou de perto, determinando que o embaixador da Itália acompanhasse todas as sessões do STF, no que foi obedecido. (...)

É mole?

 

O olhar vesgo da revista Veja sobre o filme “Lula, o filho do Brasil”

“Lula, o filho do Brasil” é um filme aplaudido por Deus e o mundo, menos pela revista Veja. Tema da reportagem de capa desta semana (25.11.09), o filme é analisado por uma ótica conspirativa. Está se construindo um mito, usaram dinheiro do estado, usaram dinheiro das empresas, reclama a reacionária revista e, para concluir, o filme endeusa Lula, comparando sua vida à vida de Jesus Cristo, porque o semiárido nordestino se parece com a Judéia, porque se Jesus tinha uma irmão, Tiago, Lula também tinha um irmão, Frei Chico.

A doideira da revista Veja é tanta que compara o sermão da Montanha ao comício da Vila Euclides, em 1979. Pior ainda, o redator compara o martírio de Jesus à prisão de Lula na ditadura militar e, molecagem das molecagens, afirma que se Jesus subiu aos céus, Lula também está sendo visto como um milagre.

O texto é tão degradante que a crítica de cinema da Veja, Isabela Boscov, sai de cena e entram no picadeiro do circo Diego Escotesguy e Otávio Cabral, conhecidos pelas deformações redacionais da revista e convocados sempre para fazer o serviço sujo. Fiquei com pena dos jornalistas Sofia Krause e Gustavo Ribeiro, cujos nomes são usados como repórteres. De fato, há muita informação na reportagem, pena que degradada e manipulada pelos redatores. É uma prática usual da revista Veja.

O roteiro do filme ‘Lula, o filho do Brasil”, segue o livro homônimo de Denise Paraná. Poderia não se limitar à vida de Lula antes da trajetória sindical e política. Mas o diretor Fábio Barreto decidiu não prosseguir neste caminho. O filme não faz, portanto, propaganda política de Lula. Ainda assim, a revista força a barra, conclui que é um endeusamento de Lula, pura propaganda.

Como dezenas de filmes nacionais, o governo participa com alguma verba. No caso, R$ 10,8 milhões. Portanto, uma pequena parte. Não podendo criminalizar a participação de verba oficial, a revista Veja criminaliza a participação de verbas privadas e coloca sob suspeita nada menos que 12 grandes empresas nacionais e multinacionais. “São empresas com negócios no governo”, conspira a revista Veja, que pode ser processada por calúnia e difamação.

Numa chamada de destaque, a revista afirma que Fábio Barreto, o diretor, fez uma leitura seletiva da biografia escrita por Denise Paraná. Ora, qualquer débil mental sabe que todo filme baseado em obras literárias ou reportagens é uma leitura seletiva. As linguagens são diferentes, não dá para botar num filme tudo o que se escreve num livro, é óbvio.

Agora, sobre as bobagens que o, digamos, comediante Diogo Mainardi diz em sua coluna não dá para comentar. Ele é pago para insultar pessoas.

 

Um milhão e 300 mil petistas estarão votando neste domingo

O PT é o maior partido democrático do mundo. Um milhão e 300 mil petistas votam hoje nas eleições diretas internas para eleição de seus dirigentes em todos os níveis, para o período 2010-2012. Eleições direitas deveriam ser obrigatórias para todos os partidos. Evitaria que apenas UM político controlasse a instituição como, por exemplo, Geddel Vieira Lima faz com o PMDB da Bahia. Ou como apenas TRÊS pessoas possam decidir as coisas, como, por exemplo, Serra, FHC e Aécio Neves fazem com o PSDB.Nem cito o DEM, porque este tem dono.

O pleito interno do PT, chamado Processo de Eleições Diretas (PED) está ocorrendo neste domingo (22) em todo o país, das 9h às 17h. O cargo de presidente nacional tem uma importância extra, já que vai comandar o PT durante as eleições presidenciais. Não há urnas eletrônicas, a apuração será demorada, até meados da semana que entra, mas a fiscalização por parte das correntes em disputa é ferrenha.

Os candidatos à sucessão do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), são José Eduardo Dutra, de Sergipe, José Eduardo Cardozo (SP), Geraldo Magela (DF), Markus Sokol (SP), Iriny Lopes (ES) e Serge Goulart (SC).
Ricardo Berzoini não disputa a eleição deste domingo porque o regimento do PT impede que os filiados exerçam cargos na Executiva Nacional do partido por mais de três mandatos consecutivos. Em 2005, ele foi secretário-geral da legenda. No mesmo ano, foi eleito presidente nacional do PT, sendo reeleito em 2007. Esta é outra característica do Partido dos Trabalhadores. O PT não tem dono.

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