27 de novembro de 2009
Baronato da mídia não quer diploma e nem lei de imprensa
O deputado federal Emiliano José (PT-BA) foi palestrante na abertura do “X Congresso dos Jornalistas da Bahia”, quinta-feira (26). O conclave segue até sábado (28), na Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), em Salvador. O tema da palestra foi “Quem tem medo do diploma e da democratização dos meios de comunicação”. Depois de lembrar que o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) re-estabelecendo o diploma para exercício da profissão já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, ele ressaltou que “o baronato da mídia não quer diploma e nem lei de imprensa”.
“Discutimos muito sobre o fim da obrigatoriedade do diploma e às vezes nos esquecemos que somos o único país da ONU sem lei de imprensa, o que também é muito grave, pois deixa o cidadão comum sem um instrumento para se proteger dos crimes – difamações e calúnias - cometidos pela mídia”, disse.
Quanto às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação ao diploma de jornalista e lei de imprensa, ele avalia: “Não acredito em acasos. Os barões da mídia se reuniram no Congresso e disseram claramente que eles querem ficar livres para contratar quem quiser e bem entender. Eles não querem nem diploma e nem lei de imprensa”.
CONTROLE DA MÍDIA
Emiliano afirmou que a mídia tem posição política no Brasil e que está concentrada nas mãos de pouquíssimas famílias. “Esse grupo pequeno monopoliza o discurso, mas às vezes é derrotado pelo povo. Certa ocasião, Octávio Frias, da Folha de São Paulo, se perguntava: ‘Em que nós erramos para Lula estar tão popular?’. E Lula continua crescendo, mesmo com os ataques da imprensa. Precisamos do exercício de outras vozes, outros discursos. E só os jornalistas podem salvar o jornalismo brasileiro".
O deputado disse ainda que a mídia organizou o golpe de 64 junto com os militares e que, hoje, a maioria dos meios de comunicação não tem condição de contar a sua história. “Eles querem proibir que se discuta a comunicação. Se isso não mudar vamos continuar submetidos ao pensamento único. E o baronato ainda quer discutir o controle da internet, o único meio em que é possível o exercício de outras vozes”.
Segundo Emiliano, a mídia é um grande negócio, bilionário. “Por que só três ou quatro famílias podem ganhar dinheiro com isso? Temos que distribuir esse negócio. Temos que pensar num novo marco regulatório para a mídia brasileira, e isso faz parte da minha luta política. Esse congresso é um momento de reflexão e discussão sobre essas questões”.
Emiliano vai relançar em breve o seu livro “Imprensa e Poder: ligações perigosas” e lançar a sua nova obra “A constituição de 1988, as reformas e o jornalismo de campanha”, que tratam sobre esses temas.
“Discutimos muito sobre o fim da obrigatoriedade do diploma e às vezes nos esquecemos que somos o único país da ONU sem lei de imprensa, o que também é muito grave, pois deixa o cidadão comum sem um instrumento para se proteger dos crimes – difamações e calúnias - cometidos pela mídia”, disse.
Quanto às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação ao diploma de jornalista e lei de imprensa, ele avalia: “Não acredito em acasos. Os barões da mídia se reuniram no Congresso e disseram claramente que eles querem ficar livres para contratar quem quiser e bem entender. Eles não querem nem diploma e nem lei de imprensa”.
CONTROLE DA MÍDIA
Emiliano afirmou que a mídia tem posição política no Brasil e que está concentrada nas mãos de pouquíssimas famílias. “Esse grupo pequeno monopoliza o discurso, mas às vezes é derrotado pelo povo. Certa ocasião, Octávio Frias, da Folha de São Paulo, se perguntava: ‘Em que nós erramos para Lula estar tão popular?’. E Lula continua crescendo, mesmo com os ataques da imprensa. Precisamos do exercício de outras vozes, outros discursos. E só os jornalistas podem salvar o jornalismo brasileiro".
O deputado disse ainda que a mídia organizou o golpe de 64 junto com os militares e que, hoje, a maioria dos meios de comunicação não tem condição de contar a sua história. “Eles querem proibir que se discuta a comunicação. Se isso não mudar vamos continuar submetidos ao pensamento único. E o baronato ainda quer discutir o controle da internet, o único meio em que é possível o exercício de outras vozes”.
Segundo Emiliano, a mídia é um grande negócio, bilionário. “Por que só três ou quatro famílias podem ganhar dinheiro com isso? Temos que distribuir esse negócio. Temos que pensar num novo marco regulatório para a mídia brasileira, e isso faz parte da minha luta política. Esse congresso é um momento de reflexão e discussão sobre essas questões”.
Emiliano vai relançar em breve o seu livro “Imprensa e Poder: ligações perigosas” e lançar a sua nova obra “A constituição de 1988, as reformas e o jornalismo de campanha”, que tratam sobre esses temas.