29 de novembro de 2008

 

Galícia tira título honorário do ditador Franco

Os tempos são outros até na Espanha. O ex-ditador da Espanha, Francisco Franco, que se manteve no poder com mão-de-ferro de 1939 a 1975, acaba de perder (postumamente como é óbvio) o título de prefeito honorário de Ferrol, sua cidade natal, situada na Galícia, região nordeste do país. Neste sentido, uma moção do Bloco Nacionalista Galego, um partido regional de esquerda, foi aprovada pelo Conselho Municipal.

Estátuas de Franco e nomes de ruas que o celebravam estão gradualmente desaparecendo de muitas cidades espanholas, após quase três décadas de democracia. Ainda assim, há percalços na busca pela verdade histórica. Cerca de 130 mil pessoas foram fuziladas pelas tropas de Franco, durante e após a guerra civil, sendo enterradas em valas comuns. O juiz Baltazar Garzón, quer que tribunais locais abram as 19 valas comuns que ele identificou para exumar os restos mortais. Numa destas valas estão os restos mortais do poeta Federico Garcia Lorca.

Uma Lei da Anistia de 1977 cobre o período da guerra civil espanhola, mas, nada impede que juízes locais determinem a exumação dos corpos das valas comuns. Aqui no Brasil também há uma Lei da Anistia, mas, nada impede que militares torturadores e assassinos sejam identificados e punidos. Crimes hediondos como tortura e desaparecimento de corpos não são anistiáveis pelas leis internacionais.

28 de novembro de 2008

 

Exército tortura índios no Amazonas e nega, como na ditadura

Como fazia durante a ditadura militar, o Exército Brasileiro nega que tenha torturado índios no Alto Rio Negro. Sete militares armados com fuzis e pistolas, dia 27 de setembro de 2007, invadiram a comunidade Warirambé, em São Gabriel da Cachoeira (AM) e prenderam 12 jovens, alguns menores de idade. Eles foram levados para o 3º Pelotão Especial de Fronteira. No quartel os jovens indígenas foram obrigados a se deitar por duas horas sob a mira das armas voltadas para suas cabeças. Dois deles relataram que receberam chutes. Em seguida, foram colocados nus em uma jaula de ferro própria para prender onça. Ao longo da noite, os militares jogaram baldes de água gelada nas costa deles, três vezes. Ao amanhecer foram liberados.

O Ministério Público Federal investiga a denúncia de tortura contra índios praticadas pelos militares (um cabo, dois soldados, três sargentos e um tenente). O inquérito civil foi instaurado no dia 20 de outubro de 2008. A Folha de S. Paulo (27.11.08) divulgou tudo, inclusive a grotesca nota oficial do Comando Militar da Amazônia.

Não há razão para não acreditar nas denúncias da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), que representa 23 povos indígenas.

E há muitas razões para acreditar que os militares brasileiros torturaram os índios. A tortura faz parte do “modus operandi” do Exército Brasileiro. Na floresta ou na favela. Tanto assim que os arquivos das torturas, assassinatos e desaparecimentos de militantes da oposição à ditadura militar nunca foram abertos, por pressão dos generais. Os torturadores continuam no poder no Exército Brasileiro.

Seria cômica se não fosse trágica a nota oficial do Comando Militar da Amazônia negando a prática de “atos delituosos” de parte dos militares. Prender, torturar, chamar de “cachorro” e “porco” não são “atos delituosos” para os generais do Exército Brasileiro. São atos de bravura e patriotismo. Assim como na ditadura.

Com o Exército que temos é difícil dizer Tortura Nunca Mais.

27 de novembro de 2008

 

João Moleza (PMDB) passa rolo compressor na Câmara de Salvador

João Moleza (PMDB), prefeito reeleito de Salvador, está reciclando o velho estilo carlista na Câmara Municipal de Salvador. Das 180 emendas apresentadas pelos vereadores ao Orçamento 2009, apenas sete receberam parecer favorável da Comissão do Orçamento e foram aprovadas. O número expressivo de indeferimentos é muito estranho. Melhor fechar a Câmara Municipal. Não por acaso, a vereadora Vânia Galvão (PT) não teve sequer uma emenda aprovada. A ordem do Palácio das Loucas é passar o rolo compressor, não considerar a oposição. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) teve melhor sorte e conseguiu aprovar uma emenda. As demais tiveram a justificativa profunda de serem “inconvenientes”. O Orçamento Municipal de R$ 2,9 bilhões já veio blindado do palácio. Apesar do prefeito João Moleza (PMDB) não levar em conta os interesses dos cidadãos, expressos em muitas emendas, a oposição aprovou o Orçamento. A oposição quer fazer oposição ao prefeito, e não à cidade.

26 de novembro de 2008

 

Emiliano José conta no site da Carta Capital como foi o outubro sangrento de 1973

No dia 22 de outubro de 1973, Gildo Macedo Lacerda foi preso em Salvador. Com ele, foi presa a jornalista baiana Mariluce Moura, sua mulher, grávida. Sua filha, Tessa, nunca conheceria o pai. Gildo Macedo Lacerda foi torturado barbaramente, assassinado e seu corpo nunca foi devolvido à família.

Naquele outubro sangrento foram assassinados pelos psicopatas da ditadura militar, por ordem dos generais do “glorioso” Exército Brasileiro, outros dirigentes da Ação Popular: Paulo Stuart Wright, Eduardo Collier Filho, Humberto Câmara Neto, Fernando Santa Cruz, Honestino Guimarães e José Carlos da Mata Machado.

Dia 23 de outubro de 2008, portanto 35 anos depois, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, concedeu anistia política a Gildo Macedo Lacerda. Em nome do Estado brasileiro o presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrahão, pediu desculpas à família, pelo profundo e irreparável sofrimento.

Como não continuar a luta pela punição dos torturadores e assassinos?

Essa é a pergunta que não quer calar. Que não pode calar.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTA CAPITAL

 

Cláudio Lembo, do DEM, defende visão correta sobre o aborto, já Luiz Bassuma do PT...

Sou lulopetista, mas não sou burro. Cláudio Lembo, colunista da revista Terra Magazine, ex-governador de São Paulo e que acaba de aceitar convite para ser secretário municipal da Justiça na gestão Gilberto Kassab (DEM), tem mais lucidez sobre a questão do aborto que o deputado petista baiano Luiz Bassuma, que confunde sua religião espírita com o programa político do PT, que defende claramente o direito ao aborto

O artigo de Cláudio Lembo, intitulado “À mulher, todos os ônus” , foi postado na revista Terra Magazine e já ganhou espaço na Internet. A mim, chegou através do blog Por um Novo Brasil. O Terra Magazine reforça a edição do artigo com uma foto de manifestantes defendendo o aborto e lembrando das mulheres que ficaram com seqüelas ou morreram por causa de abortos clandestinos.

A propósito de uma absurda operação policial-militar contra uma clínica que praticava abortos no Estado do Mato Grosso, Lembo comenta que “o tratamento, todavia, dispensado à mulher contém traços de barbarismo. A ela todos os encargos. Os advindos da natureza e os elaborados pelo formalismo legal em muitos séculos. Muitos séculos. Foi a partir do ano 380 que a mulher perdeu a responsabilidade sobre seu corpo (...).

A operação policial-militar tem uma conseqüência trágica. “Milhares de prontuários médicos sofreram apreensão. As figurantes dos registros deverão ser indiciadas, em inquéritos policiais, longos e com coleta vexatória de provas. (...) A lei é cumprida. Os sofrimento das milhares de mulheres, já marcadas pela violência da prática a que se submeteram, se ampliará. Agora, as suas vidas serão devassadas. A intimidade violada”.

Além da queda, o coice.

É imperdível o artigo de Cláudio Lembo em Terra Magazine

 

Morre o jornalista Nicodemus Pessoa

O jornalista Nicodemus Pessoa faleceu no sábado, dia 22 de novembro, no Hospital do Rim, em São Paulo. Ele foi enterrado domingo no Mausoléu dos Jornalistas, no Cemitério São Paulo.

Nascido em 2 de setembro de 1937, em Santa Rita, Paraíba, participou do movimento comunista por meio das ligas camponesas. Fugindo de perseguições, passou por Minas Gerais, Rio de Janeiro e acabou se fixando em São Paulo, cidade que ele adotou até a morte. Ele fazia questão de ensinar a cada motorista de táxi que conhecia (ele pensou em aprender a dirigir) quem eram os personagens que deram nome às ruas de São Paulo. Era fascinado pela história de cada bairro.

Aos 71 anos, Pessoinha, como era conhecido pelos amigos, já estava afastado das atividades profissionais desde o início deste ano. Ele trabalhou no Jornal do Brasil, Última Hora, Jornal da Tarde, revista Realidade e O Globo. Também foi assessor de grandes empresas, entre elas do Grupo Editorial Summus, entre 1996 e 1999. Atualmente era colaborador da revista Caros Amigos e do site Intermídias.

No JT, Nicodemus foi pauteiro. Segundo Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band e parceiro de Pessoinha na criação do Jornal da Tarde, “talvez o pauteiro mais brilhante que eu tenha conhecido, com grande sensibilidade para as questões sociais”. Na Caros Amigos, ele fazia uma página sobre a literatura de cordel. Para Wagner Nabuco de Araújo, diretor-geral da Caros Amigos, Pessoinha era um jornalista que “cultuava o texto”. “Os leitores liam seus textos com prazer. Nós e nossos leitores somos muito gratos pela participação dele”.

Fonte: Site Brasil Comunique-se.

25 de novembro de 2008

 

Crescimento político de Dilma Roussef preocupa a quem?

Nos últimos dias, tem circulado na Internet a reprodução de uma suposta ficha policial de Dilma Roussef, dos tempos da ditadura militar. Dilma Roussef como é público e notório participou da resistência à ditadura. A repressão chegava a apontá-la com “terrorista” e assaltante de banco. A ficha desmoraliza o serviço secreto dos militares. Não conseguiram identificar sequer o marido de Dilma Roussef e no item estado civil grafaram “casada/(Lobato?)”. A repressão responsabilizava a ministra por seis assaltos e até pelo planejamento de assassinato. Mas as datas não batem.

A quem interessa a circulação da ficha policial da ditadura sobre Dilma Roussef?

Pessoalmente, meu candidato à presidência da República é o atual ministro Patrus Ananias, daí não poder me manifestar a favor da candidatura de Dilma Roussef. Mas, essa tentativa suja de usar o entulho dos porões da ditadura, aumentou minha admiração por ela.

Dilma Roussef militou na organização revolucionária Política Operária (POLOP), que nada tinha de terrorista. Nenhum ato violento pode ser atribuído à POLOP. Após a decretação do AI-5 aderiu à luta armada filiando-se ao Comando de Libertação Nacional (COLINA). As duas organizações se fundiram em 1969 formando uma nova chamada Vanguarda Armada Palmares (VAR-Palmares). A ficha policial exposta na Internet faz a maior confusão entre as organizações. Ou é falsa ou o serviço de informação da repressão era muito ruim.

Evidentemente, trata-se da tentativa de utilização política do entulho autoritário da repressão. A linguagem é típica da direita fascista militar. Chama de “crimes” as ações armadas e heróicas contra a ditadura. Acho que a circulação da tal “ficha policial” é uma represália dos agentes da repressão por estar ela defendendo a abertura dos arquivos militares.

O presidente Lula está de parabéns por ter escolhido Dilma Roussef como ministra de seu governo. Também mostrou muita lucidez ao escolher a ministra como sua candidata à presidência da República.

Acho Patrus Ananias um nome melhor para a presidência da República, mas, se não emplacar, voto e faço campanha para Dilma Roussef, com muita honra.

 

Jornal baiano reage à má influência da mídia nacional

O jornal baiano O Correio (23.11.08) reagiu à (má) influência da mídia nacional que decidiu, há tempos, meter o pau no sistema de cotas para negros nas universidades. “Cota abre portas e revela talentos na universidade” é o título da reportagem assinada pelo jornalista Flávio Costa. A matéria mostra que cotistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) têm desempenho igual ou melhor do que não-cotistas.

Um quadro comparativo entre o desempenho de cotistas e não-cotistas ilustra a matéria. Em Comunicação, Fonoaudiologia, Direito, Engenharia Civil, Medicina, Farmácia, Enfermagem, Arquitetura e Ciências da Computação o comparativo é francamente favorável aos cotistas.

Os não-cotistas só conseguem sobrepujar os cotistas em Nutrição, Administração, Psicologia, Veterinária, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Oceanografia. Ainda assim com percentuais bem aproximados. O Correio entrevista os estudantes Gilcimar Santos Dantas, Neomar Almeida Rosário e Ícaro Luiz Vidal. Os três entraram na universidade pelo sistema de cotas, dividem o tempo entre a escola e o trabalho e têm excelentes notas. A reportagem joga por terra um dos principais argumentos dos setores contrários às cotas - o de que iria reduzir a média de aprendizagem. De um total de 57 cursos de graduação, em 32 os cotistas apresentaram rendimento igual ou melhor do que os não-cotistas.

Gilcimar cursa Psicologia, Neomar, filho de um gari, tem média 9, a melhor da turma e Ícaro, morador do bairro Liberdade, ícone da cultura negra em Salvador, cursa Medicina.

É a vitória do programa de ações afirmativas. Mas, há ainda uma ameaça. O projeto das cotas apresentado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC) aprovado pelo Senado, foi alterado na Câmara dos Deputados (20.11.08). Eles introduziram um sistema de cotas por renda familiar, o que dificulta o acesso, sendo mais uma forma de enganar a população. Trata-se de uma cota enganosa, que desvia o assunto e cria obstáculos às cotas para negros, pardos e indígenas.

Nossa elite é ardilosa.

24 de novembro de 2008

 

João Henrique (PMDB) enganou os camelôs de Salvador. Falta de aviso não foi

A Guarda Municipal do prefeito reeleito João Henrique (PMDB) baixou o pau nos camelôs, numa operação militar comandada pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SESP). A pancadaria se deu no sábado (22.11) durante a retirada dos vendedores ambulantes da Ladeira da Lapa. O jornal A Tarde (23.11) fez uma cobertura completa.

João Henrique enganou os camelôs na campanha eleitoral. Quando o ex-prefeito Antônio Imbassahy (PSDB) estava à frente nas pesquisas de intenção de voto, a “boa relação” com os ambulantes era a principal bandeira da campanha de João Henrique. O tema ocupou espaço nos programas eleitorais na TV. João Henrique (PMDB) acusava insistentemente o prefeito anterior de perseguição sistemática aos ambulantes, que eram expulsos com violência das ruas de Salvador.

A demagogia era tanta que João Henrique (PMDB) empregava bom tempo de campanha num corpo-a-corpo com os camelôs, não só no centro histórico, como nos bairros populares Liberdade e Subúrbio Ferroviário.

Ele dizia que o “rapa” tinha acabado. Mentiu. E está se escondendo da imprensa. Falta de aviso não foi. PT saudações.

 

Quando o PCdoB cresce, o povo se fortalece

Este é o título de um anúncio publicitário do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) publicado nos principais jornais da Bahia (24.11.08. Quando o PCdoB cresce, o povo se fortalece. Somente quem foi perseguido, preso, torturado, exilado, demitido do emprego ou expulso das escolas durante a ditadura militar de 1964, pode avaliar com profundidade o que é exatamente o significado disso.

O PCdoB anuncia – o que só é possível num regime democrático – que elegeu 18 prefeitos, 18 vice-prefeitos e 149 vereadores na Bahia. Um dos partidos que mais cresceram nessas eleições, informa.

São as seguintes as cidades citadas: Ubatã, Ibicoara, Itacaré, Gandu, Brejões, Capela do Alto Alegre, Prado, São Sebastião do Passe, Correntina, Heliópolis, Rodelas, Juazeiro, Campo Alegre de Lourdes, Matina, Serra do Ramalho, Ituaçu, Tanhaçu e Urandi.

O texto é o seguinte: A Bahia de todos nós está ainda mais forte. A partir de 2009, vários e importantes municípios do nosso estado vão conhecer e ter acesso a um novo modelo de governar que tem como marca o desenvolvimento com inclusão social e participação popular. O PCdoB cresceu. E quando isso acontece, cresce também o movimento pela humanização das cidades, a esperança aumenta e também a certeza de que vale a pena acreditar: as cidades podem vencer as desigualdades e a vida das pessoas pode e deve ser melhor.

Embaixo vem o emblema da foice e do martelo do PCdoB.

Viva o PCdoB. Viva a democracia.

O Brasil precisa punir os capitães, coronéis e generais que torturaram e mataram militantes da oposição à ditadura militar. Para que possamos dizer “ditadura nunca mais”.

 

A história de Victor Meyer, um “bom clandestino”, em Terra Magazine

Bitolado que sou pelos temas políticos, não me dei conta do lindo texto da jornalista Thais Bilenky, em Especial para a revista eletrônica Terra Magazine, postado no link Cultura. Registra o texto que “preso por quatro anos durante a ditadura militar, o jornalista Emiliano José liberta a história do militante Victor Meyer através do (...) terceiro volume da série " Galeria F, Lembranças do Mar Cinzento", publicada pela Caros Amigos Editora, Victor Meyer, um revolucionário narra a "boa clandestinidade" do militante e da organização que ajudou a manter, a Política Operária, ou Polop”. Em 1967, aos 19 anos de idade, o baiano Meyer ingressou na militância da Polop. A partir de então, "embarca definitivamente nas águas da revolução... Não a 'revolução' de 1964, como alguns milicos a chamam. Ele ingressa na clandestinidade, na luta contra a ditadura".

A matéria saiu antes do lançamento, dia 21 de novembro, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador. Mas, como Emiliano José vai fazer o lançamento da obra em São Paulo no próximo dia 12 de dezembro, quando será empossado como membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo, o assunto está atual. “ Viveu na clandestinidade, trabalhou duramente, foi militante da Polop e conseguiu escapar da queda. Na militância tínhamos uma vida-útil de um ano e meio, dois anos, no limite. Quando mais, caíamos. Ou éramos presos, ou mortos, ou tínhamos que sair do país. O Victor conseguiu a proeza de viver na clandestinidade e manter-se. Era um bom clandestino”.

A Polop sustentava, desde sua fundação, idéias diferentes das principais organizações e partidos de esquerda do período em que o regime militar tomou o poder no Brasil (entre 1964 e 1985). "Defendia a manutenção da independência frente aos partidos comunistas no poder em diversos países, criticava as deformações burocráticas do campo socialista então existente, mas solidarizava-se com estes países em conflito com o sistema imperialista".

LEIA MAIS SOBRE A POLOP EM TERRA MAGAZINE

23 de novembro de 2008

 

Emiliano Jose lança “Victor Meyer um revolucionário” em São Paulo

Dia 12 de dezembro próximo, o escritor e jornalista Emiliano José vai lançar, em São Paulo, seu mais recente livro “Victor Meyer, um revolucionário”, resgatando a memória de um militante da organização revolucionária Política Operária – POLOP, nos tempos da ditadura. O lançamento vai acontecer na cerimônia de posse da nova diretoria da Fundação Perseu Abramo, de cujo Conselho Curador ele foi eleito. O ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, que foi eleito presidente da FPA, assina o prefácio do livro como ex-militante.

LANÇAMENTO EM SALVADOR

Dia 21 de novembro que passou, Emiliano José autografou “Victor Meyer, um revolucionário” no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. Foram 280 livros autografados das 18h ás 23 h, além de outros vinte exemplares de suas obras anteriores: “Marighella, o inimigo número um da ditadura”, “As asas invisíveis de Padre Renzo”, os dois volumes anteriores da série “Lembranças do Mar Cinzento” e ainda “Lamarca, o capitão da guerrilha”, este último escrito em parceria com Oldack Miranda.

Em torno de 800 pessoas estiveram presentes ao lançamento de Salvador. Muitos ex-militantes da POLOP compareceram e até interromperam a noite de autógrafos para uma foto. Compareceram muitos titulares de cargos do governo Wagner: Fernando Schimdt, Chefe de Gabinete; Eva Chiavon, Casa Civil; Robson Almeida, secretário de Comunicação; Márcio Meirelles, da Cultura; Nilton Vasconcelos, do Trabalho e Renda; Domingos Leonelli, do Turismo; Luiz Alberto Petitinga, presidente da Desenbahia; Póla Ribeiro, presidente do IRDEB/TVE e Fred Fernandes, Superintendente de Direitos Humanos da Secretaria da Justiça.

Registrar presenças é arriscado. Mas, lá estiveram a vereadora Vânia Galvão, presidente do PT de Salvador, Waldenor Cardoso, atual presidente da Câmara Municipal, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), os deputados estaduais Ze Neto (PT) e Álvaro Gomes (PCdoB), os ex-deputados Sargento Isidoro (PT) e Adelmo Oliveira (MDB). O sociólogo Joviniano Neto (Apub), Lidivaldo Brito, Procurador Geral de Justiça, Silvana Almeida, da Promotoria de Idosos e Deficientes Físicos e Tereza Cristina Almeida Ferreira, Defensora-Pública Geral da Bahia.

Reencontros são emocionantes. Césio Oliveira, o jornalista que levou muitos ex-presos políticos ao jornalismo através da Tribuna da Bahia, ele próprio ex-militante da POLOP. Jornalistas veteranos como Carlos Navarro, José Valverde, José Carlos Teixeira, Wander Prata, Sobral, Antônio Mattos. A turma mais nova como Mariana Bião, que comandou a assessoria de imprensa do lançamento. Eliezer César, jornalista e escritor. Edson Barbosa, da Link Publicidade. João Falcão, fundador do Jornal da Bahia e ex-deputado pelo PCB na década de 50.

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