28 de maio de 2011

 

Ex-ministro Juca Ferreira vai retornar ao PT

A Rede Brasil Atual, em registro assinado por Raoni Scandiuzzi, informa que o “Ex-ministro Juca Ferreira sai do PV para o PT”. Melhor dizer que Juca Ferreira retorna ao PT, pois foi um dos fundadores do PT na Bahia, de onde saiu para fundar o PV, um projeto partidário que fazia sentido em 1988 e chegou a prestar grandes serviços, antes de ser dominado por carreiristas e aventureiros.

A confirmação foi dada pelo próprio presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, que informou que a filiação de Juca Ferreira está próxima. “Ele está cumprindo uma agenda internacional agora e em junho estará no Brasil. Aí nós vamos sentar e conversar, é a vontade dele vir para o PT”, declarou.

Jonas Paulo afirmou que “a relação do ex-ministro com o PT sempre foi muito boa. “Ele já nos honrou representando a Bahia por dois anos no Ministério da Cultura, ajudou a fundar o PT da Bahia, enfim, o Juca é um grande formulador da área ambiental e cultural. Para nós, é uma grande prazer recebê-lo no partido.”

 

Marcha da Maconha: Sem polícia, sem violência em Porto Alegre

Como se sabe, a Marcha da Maconha de Porto Alegre ocorreu no último dia 22 de maio no parque da Redenção. Mais de mil pessoas participaram da maior Marcha já organizada até agora. Contrariamente ao que aconteceu em outras capitais, em Porto Alegre a manifestação ocorreu de forma pacífica e sem nenhuma intervenção policial.

 

Marcha da Maconha: torço para que a PM da Bahia tenha equilíbrio

A Marcha da Maconha, que estava programada para ocorrer hoje à tarde (28), no centro de Salvador, foi impedida de ser realizada, conforme decisão da 1ª Vara de Tóxicos. A juíza auxiliar Daniela Gonzaga acatou uma ação cautelar com pedido de liminar para suspensão do evento proposta por promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público.

De acordo com nota do MP, o argumento dos promotores se baseia no alto grau de dependência psicológica, sendo considerado crime induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de drogas. Foi autorizado ainda o envio de ofícios para a Polícia Civil, ao Denarc, à Polícia Militar, Prefeitura de Salvador, à Secretaria Municipal de Transportes Públicos e Transalvador, entre outros, para que sejam adotadas medidas legais para a coibição.

Já que promotores e juízes não mostram equilíbrio, resta torcer para que a PM tenha! É mais consequente ir atrás de bandidos que reprimir liberdade de expressão!

 

O PIG faz uma exceção e fala a verdade sobre Palocci

‘Ministro ganhou menos que um automóvel’, diz WTorre

Por Leandro Colon (O Estado de S. Paulo)

O dono da construtora WTorre, Walter Torre Jr., disse, em entrevista ao Estado, que pagou um valor “irrisório” pelas consultorias do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, entre 2007 e 2010. Questionado se o dinheiro pago era menos de R$ 50 mil, Torre respondeu: “Um pouco mais do que isso”. Ele contou que Palocci esteve 22 vezes na sua empresa. “É uma palhaçada o que estão fazendo”, disse Torre, sobre a polêmica envolvendo a construtora e a empresa Projeto, de Palocci.

ESTADÃO - Por que a WTorre contratou o Palocci?

- Porque ele é uma pessoa extremamente influente, com alto grau de conhecimento de mercado financeiro, ex-ministro da Fazenda.

ESTADÃO - Que tipo de consultoria ele prestou?

- Ele esteve 22 vezes conosco nas últimas sextas-feiras do mês. Ele ia mês sim, mês não, falou sobre política econômica, macroeconomia. É uma palhaçada o que estão fazendo.

ESTADÃO - E o sr. poderia revelar os valores pagos?

- É um valor extremamente baixo. Irrisório. O valor total é inferior ao de um automóvel.

ESTADÃO - Menos de R$ 50 mil?

- Um pouco mais que isso. É valor total em quatro anos, entre 2007 e 2010.

ESTADÃO - Não é tráfico de influência a relação entre WTorre e Palocci?

- Em hipótese nenhuma. Cada vez mais fico irritado quando não existe seriedade e transparência. Minha empresa é extremamente transparente.

ESTADÃO - O que a WTorre aproveitou dos 22 encontros com Palocci?
Eu fico indignado com sua pergunta. Você tem noção da cultura e da vivência que tem um ministro da Fazenda? Ele vai expondo como está o mercado lá fora, se o momento é de investir. São pareceres. Estávamos para abrir o capital da empresa, queríamos saber se era hora de abrir capital interno ou externo.

ESTADÃO - Não há um conflito de interesse por ele ser deputado federal?

- Para nós, nenhum, porque não trabalhamos com o governo, com obra pública. Não tenho nenhum negócio. Para a Previ eu vendi um prédio, num leilão, onde houve 18 propostas, por um acaso, a mais alta foi da Previ. Com a Petrobrás eu loquei dois prédios. Não tem nenhum tipo de favorecimento, nada com o Palocci.

ESTADÃO - Valeu a orientação dele?

-É uma pessoa de alta cultura na área financeira. Temos grandes investimentos imobiliários e vários fundos internacionais querendo investir conosco. Somos inovadores em todos os seguimentos imobiliários e financeiros. Nós temos pelo menos uma dez consultorias financeiras.

ESTADÃO - Há ex-ministros e deputados entre esses outros consultores?

- Não e daqui para frente não terá nunca mais. Palocci era o único, e tive orgulho de conhecê-lo. Mas tudo nesse país tem dupla interpretação. Felizmente eu tive a consultoria do Palocci.

ESTADÃO - O sr. falou com o Palocci nos últimos dias?

- Não falo com ele há seis, sete meses. A última vez foi em 2010. Aposto nessa porcaria de País. Não admito que usem minha marca para fazer manchete falsa ou qualquer outro tipo de envolvimento que não seja a mais pura verdade.

 

JORNALISMO INVESTIGATIVO, UM MINICONTO DE ELIESER CESAR

O escritor e jornalista Elieser Cesar escreve minicontos em seu blog “Salve, Cesar”. O mais recente é este que segue abaixo, intitulado...

JORNALISMO INVESTIGATIVO

O repórter gostava de se gabar de que era um jornalista investigativo. Como um perdigueiro farejava a notícia e a apurava com a diligência de um Sherlock Holmes da mídia. Morreu, tragicamente, por não ter percebido que o jornalismo investigativo não passa de obsessão pela denúncia.

Fonte: Blog Salve, Cesar

27 de maio de 2011

 

Ignorância e preconceito causaram polêmica sobre livro didático

Um capítulo, apenas um capítulo do livro didático “Por uma vida melhor”, da ONG Ação Educativa, adotado pelo MEC para 4.236 escolas do país provocou uma enorme polêmica, reacendendo o debate sobre as diferenças entre a língua falada e a norma padrão.

Ignorância e preconceito alimentaram a polêmica. E não faltou jornalista banalizando o episódio com textos “engraçadinhos” construídos com base na exacerbação dos “erros” de linguagem. Muitos deles sequer olham para seus próprios escritos.

Mesmo falantes cultos não seguem a norma padrão. Os técnicos do MEC sabem disso e tiveram a lucidez de rejeitar o sensacionalismo da mídia que passou a macaquear uma crítica feita pelo apresentador da Rede Globo. É o ônus de seguir o noticiário da Globo e acreditar.

O projeto NURC – Norma Linguística Culta Urbana – faz importantes estudos sobre o uso da língua no Brasil. Análise de mais de 1.500 horas de entrevistas gravadas desde 1970 em cinco capitais revelaram que os brasileiros, mesmo os de nível universitário, na fala, usam variedades lingüísticas em desacordo com a norma padrão.

A Folha de S. Paulo publicou outro dia (22/05) matéria sobre o assunto. Entre os brasileiros com nível superior, não passa de 5% a freqüência na fala com que o pronome é colocado em casos em que a norma padrão escrita determina. Entre os menos escolarizados, o percentual é de 1%. A diferença mais visível está na concordância em frases curtas, como no caso de “Os menino pega o peixe”, bastante comum entre os menos escolarizados. O jornal cita outro exemplo: “Os menino pega o peixe e colocam na mesa”. Na frase falta o pronome obliquo. Pela norma padrão ficaria assim: “Os meninos pegam o peixe e colocam-no na mesa”. Os menos exigentes diriam: “Os meninos pegam o peixe e o colocam na mesa”.

A língua se move. Apesar da norma padrão. Vejam o caso do uso dos pronomes pessoais das gramáticas escolares (eu, tu, ele, nós vós, eles). Desde a década de 1970, os estudos mostraram que na fala mesmo os mais escolarizados – incluindo os jornalistas dos jornalões e dos jornalinhos – trocaram o “tu” e o “vós” por “você” e “vocês”. Além de trocarem o “nós” por” a gente”. Se alguém for pesquisar, muitos dos jornalistas que se meteram a lingüistas avacalhando o livro “Por uma vida melhor”, escrevem, eu digo escrevem, “colocam ele” como é comum na fala e não “colocam-no”.

O livro do MEC alerta para os preconceitos. Aliás, baianos deveriam se envergonhar de alimentarem preconceitos contra regionalismos. No Sul Maravilha as pessoas até hoje gozam os baianos pelo ó aberto da fala. Essa história de norma padrão levada à irracionalidade praticamente extinguiu a maneira linda e peculiar do baiano recitar o abecedário.

 

IPEA inova e convida para entrevistas coletivas PÚBLICAS

O presidente do IPEA, Márcio Pochmann, está distribuindo convites pela Internet. Ele convida para entrevistas coletivas públicas, uma inovação. Não somente jornalistas, mas qualquer brasileiro pode participar, perguntar, falar. Pochmann argumenta que o IPEA necessita estreitar relações com a população brasileira, seu objeto de estudo e, ao mesmo tempo, destinatário principal do conhecimento produzido pela instituição.

Blogueiros, internautas, estudantes, profissionais, professores, todo e qualquer cidadão está convidado. Os dias, horas, locais e temas serão divulgados pelo Portal do IPEA www.ipea.gov.br

Cheiguei pessoalmente à conclusão de que o IPEA não confia mais na mídia conservadora hegemônica para intermediar a informação com a sociedade.

Entrevista coletiva pública, a idéia é ótima. Vai pegar.

25 de maio de 2011

 

Blogueiro “sujo” Luiz Carlos Azenha profere brilhante palestra no Sebrae da Bahia

O jornalista Luiz Carlos Azenha, piloto do blog VI O MUNDO, proferiu brilhante palestra hoje (25) pela manhã no auditório do Sebrae da Bahia. Ele foi o palestrante do Prêmio Sebrae de Jornalismo, um concurso jornalístico promovido pelo Sebrae com participação da revista IMPRENSA, e apoio institucional da FENAJ e INTERCOM.

Luiz Carlos Azenha integra o grupo de blogueiros que organizou ano passado o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas e agora organiza o II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, a ocorrer em Brasília.

Como efeito do primeiro encontro, o então presidente Lula concedeu uma entrevista exclusivamente para blogueiros. Desde então, este grupo passou a ser atacado por teleguiados do PIG. Um deles até chamou o agrupamento de “blogueiros sujos”. A turma gostou, entendeu como elogio e adotou o slogan. Principalmente o maior dos blogueiros “sujos”, Paulo Henrique Amorim, do CONVERSA AFIADA.

Na cerimônia do SEBRAE, falei como assessor de comunicação da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), parceira do SEBRAE, mas me identifiquei para Luiz Carlos Azenha. “Eu sou um dos 20 mil seguidores de seu VI O MUNDO”. Ele me perguntou: “e qual é seu blog?”. Eu respondi que era o BAHIA DE FATO, um blog pessoal, de expressão livre de pensamento, não comercial. Ele respondeu: conheço o BAHIA DE FATO, claro. UAU, Fiquei animado.

MULHERES DOMINAM
PRÊMIO SEBRAE DE JORNALISMO


Desenvolvimento sustentável, empreendedor individual e como enfrentar a concorrência. Estes foram os temas das reportagens vencedoras da Etapa Estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo na Bahia. As mulheres dominaram a premiação que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 25 de maio, no auditório da sede do Sebrae Bahia, em Salvador. O evento contou ainda com a palestra e um bate-papo com o jornalista Luiz Carlos Azenha, que falou sobre os novos mercados para o jornalismo na internet.

Foram vencedoras na Etapa estadual do Premio Sebrae de Jornalismo na Bahia na categoria webjornalismo Kivia Souza e Rafaele Rego, com a reportagem “Empreendedorismo: ideias inovadoras e histórias de superação” para o site ibahia;

Na categoria radiojornalismo Dina Rachid com a entrevista sobre Empreendedor Individual na Rádio Metrópole;

Na categoria telejornalismo Sílvia Torres com a serie de reportagens “Por um Desenvolvimento Sustentável” veiculado pela TV Oeste, de Barreiras;

Na categoria jornalismo impresso, Vanessa Alonso com a reportagem “Saiba como driblar a concorrência no setor de bares e restaurantes” para o Jornal A Tarde.

Com informações do portal do SEBRAE BAHIA.

 

Em Salvador, parlamentares debatem políticas culturais nesta sexta-feira, 27

A Secretaria de Cultura da Bahia está promovendo uma semana de encontros e palestras, reunindo gestores públicos, parlamentares e representantes da sociedade civil em Salvador.

São três eventos. Dois encontros são dedicados à área da museologia. O terceiro, o VII Ciclo de Debates sobre Políticas Públicas, vai abordar o que se passa na Bahia e no Brasil, inclusive projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.

Participam deste evento o secretário-executivo do Ministério da Cultura Vitor Ortiz, o secretário de cultura Albino Rubim, a senadora Lídice da Mata e os deputados federais Emiliano José (PT), Alice Portugal (PCdoB) e Rui Costa (PT). Dia 27, sexta-feira, 18h, na sede do Conselho Estadual de Cultura, anexo ao Palácio da Aclamação. Tema: “Parlamento e políticas culturais”.

24 de maio de 2011

 

Morre Abdias do Nascimento, o “único negro brasileiro” segundo Nelson Rodrigues

Fonte: Terra Magazine - Claudio Leal

O único negro brasileiro, pois não. Abdias Nascimento surgia nas crônicas hiperbólicas de Nelson Rodrigues como um militante irredutível, capaz de esfregar "a cor na cara de todo o mundo", numa solitária consciência racial. "Não conte com o Brasil, não conte com o brasileiro", desaconselhou Nelson, ao vê-lo colher apoio para um movimento contra o apartheid da África do Sul, em 1968. "Somos não sei quantos milhões!", reagiu Abdias. Naquele tom de espírito de porco, mas comprometido com o incipiente movimento negro, o dramaturgo enunciou o óbvio ululante: "Abdias, só há um negro, que é você mesmo. Não milhões, você, Abdias, só você".

Abdias morreu nesta terça-feira (25/05), aos 97 anos, no Rio de Janeiro, sem jamais ter deixado de denunciar as perversões sociais da escravidão: "Há preconceito racial no Brasil", repetia até nas mais discretas oportunidades. Fundador do Teatro Experimental do Negro (TEN), em 1944, ele ajudou a constranger o racismo nos palcos brasileiros, tirando a temática negra das coxias, na companhia de artistas como Ruth de Souza, Santa Rosa e Milton Gonçalves. O TEN encenou Eugene O'Neill (Todos os Filhos de Deus Têm Asas), Lúcio Cardoso (O Filho Pródigo) e Joaquim Ribeiro (Aruanda), além de editar o jornal "Quilombo", o braço editorial que aprofundava o debate teórico sobre o negro brasileiro, com colaborações de etnólogos do nível de Guerreiro Ramos, Arthur Ramos e Édison Carneiro.

Era um extraordinário provocador. O Concurso de Artes Plásticas, com o tema do "Cristo Negro", atraiu as promessas de inferno da Igreja Católica. Nelson Rodrigues inspirou-se no amigo para escrever a peça "Anjo Negro", mas, frustrando seu velho desejo, não conseguiu levá-lo a interpretar um dos protagonistas.

A fixação do escritor vingou em "Perdoa-me por me traíres", na qual Abdias interpreta o deputado Jubileu de Almeida (o nome pomposo vem de uma brincadeira onomástica do psicanalista Hélio Pellegrino; para o "Homero do Subúrbio", "jubileu" se adequava mais a um nome de deputado). Se quer saber, o jubiloso parlamentar só eriçava a sua juba quando uma mulher o chamava de "reserva moral da Nação!".

Abdias não dispensou atropelos em outras personalidades essenciais para a valorização das contribuições culturais do negro à sociedade brasileira; talvez por vaidades arranhadas ou radicalismos infundados. Às vésperas da 2ª Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (Ciad), realizada em 2006 na capital baiana, fui pautado pela brilhante repórter Cleidiana Ramos, editora do blog "Mundo Afro" do jornal A Tarde, para ouvi-lo sobre a homenagem que seria prestada a sua militância pioneira no Brasil.

Perto do fim da conversa, naquela altura em que entrevistado e entrevistador parecem exaustos do confessionário, saiu-me, por algum diabo, o nome de Pierre Verger (1902-1996), o fotógrafo e etnólogo francês radicado em Salvador, autor do clássico estudo "Fluxo e Refluxo do tráfico de escravos entre o golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos". Verger, Jorge Amado, Carybé e Dorival Caymmi integram o conselho de deuses da Roma Negra. "Era um canalha!", revidou Abdias, do outro lado da linha, como um personagem rodrigueano vocacional. "Era um canalha. Eu via como os negros se curvavam diante dele. Se os negros brasileiros tivessem vergonha na cara, escarravam na cara dele!", completou, à beira de cumprir a sugestão, num imaginário torneio de cuspe à distância.

O "único negro" exerceu por duas vezes o mandato de senador, sob a liderança política de Leonel Brizola, no PDT. Por sobreviver ao século 20, Abdias alcançou conquistas impensáveis na década de 40, ainda que nunca tenha admitido a existência da tão surrada democracia racial.

Mas poderia comemorar as cotas para negros nas universidades, um teatro menos eurocêntrico, o triunfo de jogadores como Pelé e Didi, a criminalização do racismo, a liberdade de culto do Candomblé, a liderança de Nelson Mandela na África do Sul e a recente vitória de Barack Obama nos Estados Unidos.

"Acompanhei a luta dele (Obama), sofri com o que ele deve ter sofrido nessa campanha. Não foi uma coisa fácil. E o desassombro de ver um negro liderar no mundo. No Brasil, que tem essa fama toda de democrático, me lembro como fui esmagado quando fui senador", remoeu Abdias, em entrevista a Terra Magazine. Em março de 2010, numa cadeira de rodas e com sua bata africana, ele compareceu ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ansioso pelo primeiro discurso de Obama aos brasileiros. A ansiedade de quem ia à pré-estreia de uma peça sempre adiada pelo Teatro Experimental do Negro - e pelo Brasil.

 

Revista Teoria e Debate comenta livro “Jornalismo de campanha e constituição de 1988”, de Emiliano José.

A mecânica do consenso” é o título da resenha publicada na revista Teoria e Debate. Tiago C. Soares, editor de web da Fundação Perseu Abramo e Mestrando em Divulgação Científica e Cultura – Novos Meios (UNICAMP), escreve sobre o livro “Jornalismo de campanha e a constituição de 1988”, da autoria do professor, escritor e deputado federal Emiliano José (PT).

Trabalho de fôlego, segundo Tiago Soares, o livro “é um detalhado registro da relação entre imprensa, política e ideologia na construção do discurso público e do consenso neoliberal. Uma obra que, ao jogar luz sobre pontos falsos e vícios de algumas práticas jornalísticas dessas últimas décadas, serve à reflexão sobre a responsabilidade pública dos meios de comunicação e a atual crise de credibilidade pela qual passa a imprensa. Porque os fatos, não importa quantos parágrafos sejam usados para soterrá-los, costumam, teimosos, se impor”.

A resenha merece ser lida na ÍNTEGRA

 

Governador Jaques Wagner, da Bahia, sai em defesa de Palocci

O jornal A Tarde saiu hoje (24/05) com a manchete: “Governadores do PT saem em defesa de Antonio Palocci”. Os governadores se reuniram em Brasília para tratar das dívidas dos estados com a União. À imprensa, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) afirmou que “não há envolvimento de verba pública. O fato está explicado dentro da legalidade”. Também o governador de Sergipe, Marcelo Deda (PT) deu declarações de solidariedade ao ministro Palocci. Depois dessa, o ataque da mídia e da oposição ao Governo Dilma vai acabar arrefecendo.

Para Jaques Wagner, o melhor caminho para esclarecer eventuais dúvidas sobre o patrimônio de Palocci é o Ministério Público e não o Congresso que é palco de disputas políticas. Segundo Wagner, Palocci tem a seu favor o fato de ter declarado seus ganhos – incluindo o prédio de R$ 6,6 milhões - ao Imposto de Renda. Já Marcelo Deda, de Sergipe falou: “Ninguém foi buscar mistério, algo escondido. É o Imposto de Renda. Se alguém tivesse descoberto que ele não declarou, teríamos um caso concreto. A ida dele ao Congresso é mais uma questão política e não de mérito”.

Para mim isso basta. Jaques Wagner nunca meteu a mão em cumbuca. Ele insistiu na tese de que Palocci fez tudo dentro da legalidade, sem envolvimento de dinheiro público: “Neste caso, não há envolvimento de verba pública. Eu sempre digo: não faço inocência presumida nem culpa presumida. O fato está explicado dentro da legalidade”.

Os cinco governadores do PT e o presidente nacional do partido, deputado Rui Falcão, defenderam Palocci das acusações. “Acreditamos que o governo federal está conduzindo esta questão de maneira bastante acertada”, disse Rui Falcão. Para Jaques Wagner, tudo não passa de continuidade da briga política entre governo e oposição”. Tanto assim que a oposição continua mendigando assinaturas para instalar uma improvável CPI na Câmara dos Deputados.

Entre a mídia, leia-se fracassados da oposição do PSDB e DEM, e o governador Wagner, fico com Wagner. Dá pena ouvir as diatribes do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

23 de maio de 2011

 

Para sobreviver, o jornalismo terá que se reinventar

O jornalista, professor de comunicação e deputado federal Emiliano José (PT-BA), em artigo publicado no jornal A Tarde (23/05), sob o título “Os comuns estão chegando”, afirma que o jornalismo não pode ficar à margem da transformação que o mundo experimenta. A Internet provocou uma revolução. Como diz Marshall, tudo que é sólido desmancha no ar. Qualquer cidadão hoje pode fazer jornalismo. No formato atual, o jornalismo terá que se reinventar, se recriar, e compreender que a multidão está chegando. Admirável mundo novo.

LEI NA ÍNTEGRA NO SITE DO EMILIANO

 

Projeto que pune enriquecimento ilícito empaca no Congresso

A manchete da Folha de São Paulo (22/05) está correta. Quando o ex-governador da Bahia, Waldir Pires, era titular da Controladoria-Geral da União (CGU), ele elaborou o projeto de lei que pune com penas duras a riqueza ilícita e o então presidente Lula o enviou para o Congresso em 2005. A tramitação está parada há pelo menos um ano. É a Lei da Improbidade Administrativa, única que trata do assunto atualmente, define o que seja enriquecimento ilícito, como a obtenção de vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato ou função. A lei prevê sanções como a demissão e a suspensão de direitos políticos.

A reportagem da Folha de São Paulo termina aí. Daí pra frente passa a editorializar a notícia, a julgar e a condenar por antecipação o ministro Palocci, nesta nova cruzada enraivecida do PIG. Palocci não precisa se justificar perante a mídia, nem perante a ninguém. O dinheiro que ele ganhou está totalmente dentro da lei. Mesmo com a aprovação da lei proposta por Waldir Pires, o Poder Judiciário e não a Folha de São Paulo teria que julgar e condenar ou não o ministro por ter ganho tanto dinheiro, em tão curto espaço de tempo.

Com os 300 picaretas do Congresso Nacional, o povo brasileiro teria que ir às ruas para fazer aprovar o projeto de lei elaborado por Waldir Pires. Apenas manchete da desmoralizada Folha não adianta nada.

 

Em memória de Fernando Bunchaft, militante comunista

No dia 15 de maio de 2011, o jornal A TARDE, de Salvador, amanheceu com uma NOTA bem visível. O texto dizia que a comunidade acadêmica, a comunidade judaica, físicos, humanistas, marxistas e militantes comunistas da Bahia, Rio de Janeiro, Brasil e Itália vêm a público lembrar os dez anos de falecimento do PROFESSOR FERNANDO BUNCHAFT. Homenagem que se faz a um lutador ardoroso e intransigente na dedicação à Ciência e à transformação das estruturas sociais, econômicas e políticas em prol de um mundo socialista.

Uma bela homenagem. Bem-aventurados aqueles que não se esquecem de seus heróis. O professor Fernando Bunchaft faleceu em 14 de maio de 2001, em Salvador. Pesquisei e achei algumas referências sobre ele. Bunchaft nasceu no Rio de Janeiro em 1924. Era filho de imigrantes judeus (russo e polonesa). Após se formar como engenheiro e trabalhar no DNER, ingressou no curso de Física da Universidade do Brasil (UFRJ), onde se formou em 1964.

Devido a suas atividades no movimento estudantil foi expulso da Universidade do Brasil, após o golpe militar, e impedido de colar grau. Somente em 1999 a Universidade se retratou. Fernando Bunchaft foi para o exílio, morou com sua esposa Elizabeth Froes Bunchaft, (falecida em 2000), em Nápoles, fixando-se no Instituto Nazionale de Fisica Nucleare.

Em 1980, após a Anistia, os dois ingressaram no Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia. Pesquisou temas na área da Relatividade, Física, Matemática, Fundamentos de Mecânica Clássica e Filosofia da Física. Um de seus últimos artigos científicos é uma análise dos manuscritos matemáticos de Karl Marx, segundo informações de sua filha Rosa Bunchaft.

Em 2004, Alexandra Flávio Bunchaft, casada com Antonio, filho de Fernando, defendeu sua dissertação de Mestrado em Psicologia, na Faculdade de Ciências Humanas da UFBA: “A identidade do trabalhador cooperado em uma organização popular e solidária de trabalho: o caso da Cooperativa de Mulheres do Parque de São Bartolomeu, em Salvador, Bahia”. Escreveu a dedicatória: “À memória de meus sogros Fernando e Maria Elizabeth Bunchaft, exemplos de vida”.

Não tinha pressa, não tinha ambição!

Era um comunista convicto!

 

Fundação Getúlio Vargas vai oferecer cursos em Ilhéus e Feira de Santana

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) abriu processo de licitação para instalar cursos de pós-graduação e MBA`s em Feira de Santana e Ilhéus. As instituições que vencerem o processo licitatório fecham um acordo com a FGV pelo qual se comprometem a oferecer instalações novas, computadores e transmissão de aulas via Internet, a seguir o currículo estabelecido pela fundação e a pagar os professores. Além disso, os franqueados pagam ainda 15% da receita.

A estratégia está dando certo e atualmente a FGV está presente em 100 cidades do País. Escolas semelhantes às que serão abertas em Ilhéus e Feira de Santana também serão instaladas em Presidente Prudente (SP), Campo Grande (MT), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Criciúma (SC) e Lages (SC). As parcerias locais têm um objetivo: manter uma taxa anual de crescimento de 20% com cerca de 18 mil novos alunos matriculados em seus cursos todo ano.

Os cursos vão depender da demanda. Geralmente, o mais solicitado é o de Gestão Empresarial, seguido de Administração e depois Engenharia. O curso de Gerenciamento de Projetos está em alta, em função dos grandes projetos que o Brasil desenvolve. Também são procurados os de Marketing, Gestão de Pessoas e Finanças. A FGV só tem uma exigência: não usar professores locais. Eles dizem que o objetivo é trocar conhecimento entre diferentes regiões do País.

Entretanto, para os cursos de pós-ADM, existentes em mais de 50 cidades, a estrutura é diferente. De um estúdio transmite aulas ao vivo, com palestras de 10 a 15 minutos. Depois, um professor local, executivoi do setor ou que tenha proficiência na disciplina, discute o “case”. Ao final da aula, o professor titular retorna comentando o exercício. A FGV pesquisou o mercado de chegou á conclusão que os alunos são cada vez mais jovens, já saem da faculdade procurando uma pós-graduação. O novo produto da FGV é para este pessoal. (Com informações do Valor). Blog Bahia de Fato.

22 de maio de 2011

 

Francisco Rocha da Silva: O PT não tem dono

Vale a pena ler o artigo de Francisco Rocha da Silva, respeitado dirigente nacional do PT mais conhecido por Rochinha. Está no site nacional do PT com o título “Francisco Rocha da Silva: o PT não tem dono”. Do alto de seus 70 anos, ele passa um sabão na imprensa em relação a intrigas e fofocas publicadas na cobertura da recente reunião do Diretório Nacional do PT que elegeu Rui Falcão, por unanimidade, à presidência do partido. Apesar de toda a imprensa acompanhar a votação, um jornalão conseguiu afirmar que havia “imposição” do ministro José Dirceu. Uma nota contra os fatos.

Mas, o que interessa aqui é uma afirmação de Rochinha; “As correntes do PT são regulamentadas estatutariamente , dentro da CNB não existe “grupo do Dirceu” (...) é assim que se faz política no PT, com democracia, transparência e respeito à opinião de todas as suas forças internas. Jamais uma só pessoa ou um grupo teriam força, no PT, para impor sua vontade ao conjunto do partido”.

Não vi isso aqui na Bahia. O site do PT regional até o momento desconheceu solenemente (lá se vão sete dias) a criação (14/05) de uma nova tendência interna: a Articulação CNB, integrada pelos deputados federais Emiliano José, Geraldo Simões e Joseph Bandeira, pelos estaduais J. Carlos e Rosemberg Pinto, dezenas de prefeitos, candidatos, vereadores e lideranças da capital e do interior. Reconhecendo a nova tendência interna estava presente, inclusive, o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi.

O racha da CNB publicou inclusive uma Carta de Salvador. O jornal A Tarde deu matéria. Muitos blogs registraram. É público.

Mas, como é que os militantes do PT vão tomar conhecimento, oficialmente, do manifesto se o site do PT não publica o documento?

Democracia? Transparência?

LEIA ARTIGO “O PT NÃO TEM DONO”.

 

Sociedade exige proibição da publicidade voltada para público infantil

Por proposta do deputado federal Emiliano José (PT-BA), vice-líder do PT na Câmara Federal, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) esquentou o debate sobre regulamentação da publicidade dirigida ao público infantil. Um seminário (17/05) debateu o Projeto Lei Nº 5.921/2001. O deputado Emiliano, membro da comissão, é radical quanto ao assunto: “Estamos falando em proibir a publicidade voltada para o público infantil. Ao invés de falarem para as crianças, as agências vão ter que se adaptar a falar com quem tem a capacidade de decidir as escolhas de consumo - os pais”.

O site Observatório do Direito à Comunicação, em matéria assinada pela jornalista Ana Rita Cunha, informa que o evento teve a participação de representantes do setor empresarial, das entidades de defesa dos direitos das crianças e pela democratização à comunicação, além dos deputados da comissão. O debate foi longo e acirrado. Os defensores do projeto de lei acreditam que a publicidade voltada para crianças preconiza o consumismo, estimula a obesidade infantil e a erotização precoce. As entidades contrárias ao projeto entendem que a proibição é excessiva e o setor da publicidade deve ser apenas “autorregulado”.

CRIANÇAS SÃO VULNERÁVEIS

O procurador do Ministério da Justiça, Celso Augusto Soares abriu o debate reconhecendo a VULNERABILIDADE das crianças. “Em toda a legislação brasileira existe uma preocupação especial com o público infantil e não pode ser diferente no caso da publicidade”, afirmou o procurador.

Segundo dados do Ibope de 2008, as crianças brasileiras assistem em média cerca de cinco horas de televisão por dia. Segundo a pesquisa, 14% do público da internet é de crianças de 6 a 12 anos. “Existe uma educação informal pelos meios de comunicações que não podemos ignorar”, afirma Roseli Goffman, representante do Conselho Federal de Psicologia.

A presidente do Instituto ALANA, Gabriela Gollo, defende que a proibição é, então, uma forma de proteção do público infantil. “As crianças são altamente influenciáveis pela publicidade. Elas têm dificuldades de diferenciá-la da programação normal”, diz Gabriela.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO?

Para os representantes empresariais, a proibição da publicidade voltada para o público infantil é uma forma de censura à liberdade de expressão (?) e à informação publicitária (?). Lorival Santos, diretor jurídico da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) acredita que a proibição é uma interferência do Estado no espaço de escolha familiar. “Esse projeto de lei é inconstitucional, uma perda de tempo”, conclui.

O diretor de assuntos legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) Rodolfo Moura acredita que o projeto de lei também diminuirá as produções audiovisuais voltadas às crianças. “Não existirão financiadores para programas para esse público”, explica Rodolfo.

VELHOS ARGUMENTOS

Para o secretário-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI), Veet Vivarta, esses argumentos foram os mesmos usados em 2000, durante o debate sobre a proibição de propagandas de cigarros. “Na época dizia-se que a lei causaria forte queda no faturamento das empresas de comunicação e das agências de publicidade, além de graves prejuízos aos negócios das empresas anunciantes”, explica Veet. “Depois de 11 anos, vemos que o setor se ajustou à restrição e que houve um resultado positivo na saúde pública principalmente para o segmento de crianças e adolescentes”, afirma.

O representante do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, Gésio Passos também pondera que é falacioso definir propaganda como informação. “A publicidade é uma relação de consumo, não podemos falar aqui da limitação da liberdade de expressão e nem ao direito à informação. Estamos falando da regulação da livre iniciativa comercial”, afirma Gésio.

COITADOS DOS PAIS

Gilberto Leifert, presidente do Conselho de Autorregulação Publicitária (Conar), defende que a regulação deve ficar por conta do setor e que cabe aos pais controlar o consumo das crianças. Segundo Gilberto, em 2010 46 intervenções foram feitas pela entidade contra publicidade infantil abusiva. “A publicidade não faz mal à saúde e à inteligência, se ela for ética e seguindo as leis pode ser benéfica às crianças”, argumenta o representante do Conar.

O pesquisador da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) Gustavo Amora acredita, no entanto, que as políticas de proteção à infância devem se sustentar no tripé Estado, família e sociedade. “Não podemos jogar a responsabilidade só nos pais, o Estado tem uma função importante para assegurar os direitos da criança e isso inclui a regulação da publicidade para esse público.”

O deputado Emiliano José (PT-BA) relembrou que a proposta regula apenas o público que a publicidade deve ser destinada. “Estamos falando em proibir a publicidade voltada para o público infantil. Ao invés de falarem para as crianças, as agências vão ter que se adaptar a falar com quem tem a capacidade de decidir as escolhas de consumo: os pais”, pontua Emiliano.

O relator do projeto de lei na CCTCI, Salvador Zimbaldi (PDT-SP) não se posicionou ainda quanto ao projeto. “O seminário foi importante para entender o assunto. Acho que essa comissão tem sim a responsabilidade de regular a publicidade para impedir abusos”.

Observatório do Direito à Comunicação

DEPUTADO EMILIANO DEFENDE PROIBIÇÃO DE PUBLICIDADE INFANTIL

 

Banco do Povo leva microcrédito produtivo a Brumado

A Instituição Comunitária de Crédito Conquista Solidária – Banco do Povo desde abril deste ano funciona em Brumado. A inauguração faz parte do projeto Expansão Solidária do ICC Banco do Povo que, fundado em Vitória da Conquista, já atendia Anagé, Barra do Choça, Cândido Sales, Planalto e Poções. Trata-se de uma iniciativa exitosa do primeiro mandato do prefeito Guilherme Menezes, do PT de Vitória da Conquista.

Com efeito, criada com uma doação de R$ 150 mil da Prefeitura Municipal de Conquista, ao longo de 11 anos a instituição comunitária de crédito produtivo recebeu aportes do BNDES, SEBRAE e da Agência de Fomento do Estado da Bahia – DESENBAHIA. Desde 3 de abril de 2000, quando começou efetivamente a operar, o Banco do Povo de Conquista emprestou um montante que hoje ultrapassa R$ 27 milhões, sempre com foco nos pequenos comerciantes - 60% deles mulheres.

Quem desconhece a história indaga sempre pelas razões da hegemonia política do PT de Vitória da Conquista. Pesquisem na vertente inclusão social. Ainda no primeiro mandato do prefeito Guilherme Menezes (PT), a prefeitura municipal foi a principal articuladora da fundação do Banco do Povo. Atuou como interlocutora junto à sociedade civil organizada, propôs o formato de instituição autônoma, com foco no desenvolvimento e apoio aos micro e pequenos empreendedores.

Cartorialmente constituída em 20 de maio de 1999, começando a operar em 3 de abril de 2000, a instituição nasceu como Organização Não Governamental (ONG), com a razão social Instituição Comunitária de Crédito Conquista Solidária Em setembro de 2002, foi qualificada pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Tornou-se assim a primeira OSCIP de microcrédito produtivo no interior do Brasil.

Ao longo de sua trajetória, a OSCIP firmou-se como referência nos fóruns de microcrédito produtivo orientado, como exemplo exitoso da microeconomia de fomento ao empreendedorismo baseado na solidariedade. Agora, Brumado está tendo oportunidade de usufruir deste bom exemplo de política de inclusão social produtiva de forma sustentável. Uma iniciativa do PT de Vitória da Conquista. E depois de Brumado virá Itapetinga. (Com informações do Blog do Fredinho).

 

Visão equivocada contrapõe economia solidária ao microcrédito produtivo pessoal

O debate sobre economia solidária e microcrédito produtivo pessoal está contaminado por ideologias. Não vejo outra explicação. O pessoal da economia solidária vê no modo de produção coletivo o gérmen do socialismo. O pessoal do microcrédito pessoal não descarta esta visão, mas, não abre mão do sistema estruturado em função do financiamento de micro e pequenos produtores autônomos, microcapitalistas. A coisa chegou a tal ponto que há duas frentes parlamentares na Câmara dos Deputados: a Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária e a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Muita energia desperdiçada.

A Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária, anunciada agora em maio com 213 deputados, se propõe a levar para estados e municípios um debate sobre economia solidária. Eles querem conquistar uma nova legislação que trate com mais equilíbrio questões como emprego e consumo, de forma a acompanhar as transformações da sociedade, garantindo as necessidades básicas ao cidadão.

O deputado Eudes Xavier (PT-CE), como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária, quer dar continuidade ao trabalho de negociação do novo ambiente da economia solidária no Brasil, inclusive fortalecer as câmaras municipais, vereadores, governos estaduais que se interessem em fomentar as leis da economia solidária. E claro, pressionar para aprovação de projetos de lei que tramitam no Congresso. No Brasil, há mais de 15 mil experiências de economia solidária em andamento. Segundo o deputado Vicentinho (PT-SP), o objetivo não é o lucro, mas sim o bem-estar coletivo.

Com a organização da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária, os defensores do microcrédito produtivo pessoal relançaram, também agora em maio, a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo de criar políticas públicas que facilitem o investimento e a geração de recursos para trabalhos de pequenas empresas, associações e cooperativas.

Além do fortalecimento de pequenas empresas, que inclui a ampliação do programa Supersimples em 2011, por exemplo, esta Frente pretende articular propostas que facilitem a vida da população que trabalha informalmente ou em pequenos setores do comércio. Pequenas associações e cooperativas populares encontram grande dificuldade em conseguir recursos federais em função da burocracia exigida. “Grupos de costureiras, quebradeiras de coco e lavadeiras, por exemplo, têm dificuldade em conseguir recursos, mesmo com o dinheiro de seus impostos, por causa da burocracia exigida” afirma o deputado Padre Ton (PT-RO) que faz parte desta Frente Parlamentar.

A Frente Parlamentar da Micro e Pequenas Empresas defende a criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa, pensado pelo Governo Dilma. A Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária entende que esse ministério vai prejudicar a economia solidária, já solidamente estruturada na Secretaria da Economia Solidária, do Paul Singer.

Tudo isso é uma incrível perda de energia.

 

Largou a Faculdade e foi combater a ditadura, um obituário

O obituário da Folha de São Paulo é a parte boa do jornalão. Na edição de 20 de maio de 2011, na seção “Mortes”, o jornalista Estevão Bertoni resgata a trajetória de vida de Nathanael de Moura Girardi (1946-2011). Como se segue:

“Na primeira tentativa, Nathanael de Moura Girardi foi reprovado em Latim. Na segunda, passou, fez alguns anos de Direito na USP e participou da vida estudantil. Abandonou as aulas em 1969 para lutar contra a ditadura.

Natural da mineira Muzambinho, ele saiu de lá criança rumo a Aguaí (SP). O pai, economista, arrumara emprego num curtume.

Aos 18, veio a São Paulo. Quando estudante, conviveu com o pessoal da ALN (Ação Libertadora Nacional). Saiu do País num avião seqüestrado e desviado para Cuba.

Lá, fez treinamento militar e participou da criação do Molipo (Movimento de Libertação Popular). De volta ao Brasil, foi ferido em 1972, num tiroteio em São Paulo.

Fugiu para a Argentina, onde trabalhou como fotógrafo e conheceu a companheira, Vera, hoje geneticista em Ribeirão Preto (SP).

A partir de 1977, viveria ainda na França e em Moçambique. Retornou ao Brasil em 1983, desencantou-se com alguns antigos companheiros e se filiou ao PDT.

Nathan, lembra a mulher, era atuante, mas discreto.

Anistiado, tentou retomar as matérias que lhe faltavam na USP. Não conseguiu, prestou vestibular de novo, foi aprovado, mas não levou adiante para trabalhar.
Traduziu livros e até quadrinhos de Robert Crumb.

Nos anos 90, virou técnico de Judiciário em Brasília, mas se aposentou em 1998 por problemas de saúde.

Em 29 de abril, morreu aos 64 anos, de câncer, em Ribeirão. A urna contendo suas cinzas será enterrada amanhã (21/05/2011) em Aguaí, como quis. Teve três filhos e um neto.”

 

Exército vai combater desmatamento? Vai dar merda

Leio na Folha de São Paulo (20 de maio) a manchete “Exército e Força Nacional vão combater desmatamento”. As duas forças vão atuar, com a Polícia Federal e servidores do IBAMA, nas ações para conter a alta do desmatamento na Amazônia detectada pelo Governo Federal. O sistema DETER de monitoramento por satélite indicou crescimento de 27% no ritmo de derrubada. Com o debate sobre o Código Florestal o desmatamento em abril cresceu 473% em comparação com o primeiro bimestre de 2010.

É preocupante. Os oficiais e recrutas do Exército Brasileiro continuam seguindo a mesma cartilha da ditadura militar, que inclui tortura, desaparecimentos e assassinatos. Nada mudou nas academias militares. Lá, eles aprendem antigas lições.

Os militares e agentes federais vão se somar aos mais de 500 funcionários do IBAMA que já estão em Mato Grosso, estado que concentrou a maior destruição da mata. Apenas em abril, como efeito “Aldo Rebelo (PCdoB)”, foram derrubados 408 km².

A preocupação sobre a metodologia castrense procede. Em 2008, as operações causaram insatisfação e revolta na população local por abusos cometidos.

Imprensa e Ouvidoria deveriam acompanhar a eco-repressão.

 

Lingüistas explicam que “a gente sabemos falar” e que o PIG erra na concordância

O MEC adotou o livro "Por uma Vida Melhor" para uso do 6º ano do ensino fundamental. A publicação é da ONG Ação Educativa. A imprensa caiu matando na parte dedicada à língua portuguesa. O motivo do ataque é a frase "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado". Segundo a publicação, a frase nada tem de errado. Trata se de uma forma de expressão perfeitamente aceitável.

A mídia diz que o livro é polêmico. Mas, algo polêmico pressupõe opiniões divergentes. Na grande imprensa, até agora, só apareceu uma visão: a publicação é uma apologia à ignorância.

No site da ONG estão disponíveis apenas três páginas da obra. O capítulo 1, intitulado “Escrever é diferente de falar”, afirma:

“As classes sociais menos escolarizadas usam uma variante da língua diferente da usada pelas classes sociais que têm mais escolarização. Por uma questão de prestígio – vale lembrar que a língua é um instrumento de poder -, essa segunda variante é chamada de variedade culta ou norma culta, enquanto a primeira é denominada variedade popular ou norma popular”.

Outro trecho diz que:

“...as duas variantes são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão lingüística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada um tem seu lugar na comunicação cotidiana”.

Marcos Bagno é um lingüista que estuda essa questão há muito anos. Não foi consultado pelos jornalões. Ele considera que “somente com uma abordagem assim as alunas e alunos provenientes das chamadas ‘classes populares’ poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito”.

Ainda segundo Bagno, “defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada”.

O mais interessante é ver os defensores da pureza da língua tropeçarem nas próprias palavras.

Vejam o que Bagno diz sobre isso:

“Ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: ‘Como é que fica então as concordâncias?’. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: E as concordâncias, como é que ficam então?’”


Fonte: Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC.

 

Deputado Emiliano José (PT-BA) elogia o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)

Estive sábado (21) com o deputado federal Emiliano José (PT-BA). Ele me disse que a grande revelação parlamentar na Câmara Federal é o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), o jornalista baiano que ganhou notoriedade com o programa BBB da Rede Globo. Jean Wyllys é ex-aluno de Emiliano José, na Faculdade de Comunicação da UFBA e fez jornalismo no Correio. O professor atribuiu ao ex-aluno grande parte do mérito pela atual ascensão do movimento pela cidadania do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) no Legislativo.

Emiliano José (PT-BA) esteve presente, junto a outros deputados e representantes do movimento LGBT, no ato político de encaminhamento (17), ao Congresso Nacional, de um manifesto com 100 mil assinaturas em favor da aprovação do PL 122/2006, que criminaliza a homofobia.

Emiliano, que defendeu a decisão do STF de permitir a união civil entre homossexuais, é a favor do manifesto e da aprovação do PL. “O STF tomou recentemente uma decisão que deveria ser da Câmara Federal. Nós, deputados, temos que ter coragem de aprovar projetos polêmicos como este. Eu sou totalmente a favor e vou participar desta luta em defesa dos direitos dos homossexuais”.

O documento foi entregue durante a abertura do VIII seminário LGBT, que reuniu centenas de militantes, parlamentares, entidades organizadas e representantes do governo para debater a temática do reconhecimento de direitos dos homossexuais no país.

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