15 de maio de 2010

 

Lula fez justiça ao comparar a vida de Dilma com a vida de Nelson Mandela

Os políticos fascistas do DEM/PSDB estão inconsoláveis. O programa de PT (15/05) mexeu com essa gente. Eles pensavam que podiam enganar todo o Brasil caluniando Dilma Roussef. A idéia era taxar Dilma Roussef de “terrorista” por ter lutado contra a ditadura militar. Então veio o programa do PT em que o presidente Lula comparou a vida de Dilma com a vida de Mandela.

O blog “Os amigos do presidente Lula” lembrou bem. Dilma e Mandela são dois rebeldes com causa. Dilma lutou contra a ditadura, Mandela lutou contra o apartheid. Dilma enfrentou a prisão, como Mandela. Dilma enfrentou a tortura, como Mandela. Diante de ditaduras terroristas, Dilma e Mandela militaram em partidos de esquerda e integraram grupos guerrilheiros rebeldes e clandestinos. Os dois participaram ativamente do processo de redemocratização, Dilma no Brasil, Mandela na África do Sul. Mandela foi eleito presidente, Dilma está em campanha pra presidente.

Nelson Mandela foi taxado de “terrorista” pelos Estados Unidos e pelo regime racista da África do Sul. Dilma Roussef foi taxada de “terrorista” pelos militares torturadores e igualmente está sendo caluniada como “terrorista” pela campanha fascistóide do DEM/PSDB na Internet e nas páginas dos jornalões brasileiros.

Mandela foi taxado de “terrorista” pela mídia do Grupo Naspers, Dilma foi taxada de “terrorista” pela revista Veja, que pertence ao Grupo Abril controlado pelo Grupo Naspers.

Nelson Mandela ficou na lista negra do “terrorismo” dos EUA até 2008. Dilma continua na lista negra do “terrorismo” da campanha de Serra.

O presidente Lula, ao comparar a vida de Dilma com a vida de Mandela, desarmou a metralhadora da campanha fascista de José Serra.

14 de maio de 2010

 

Emiliano José (PT) analisa Serra, o anti-Lula

As eleições apresentam um quadro curioso: o candidato da oposição tenta ser situação. Faz um esforço danado para não se contrapor ao presidente Lula. Quer fazer a simulação de que a disputa se dará entre pessoas, entre ele e a candidata do governo, Dilma Roussef.

Ao menos tem sido essa a movimentação do ex-governador de São Paulo, José Serra, mesmo que oriente seus cães de guarda para bater no presidente e em sua política, resguardando alguns pontos que considera imbatíveis, como o Bolsa-Família, por exemplo. Serra faz das tripas coração para não ter parecença com o anti-Lula. Quer individualizar a campanha, evitar a todo custo o confronto de projetos nacionais. Creio que essa estratégia não tem futuro.

Serra é o anti-Lula, por obviedade. Lidera um projeto diverso daquele que vem sendo executado pela atual conformação de forças no poder, liderada pelo Partido dos Trabalhadores. Serra é o líder de um conjunto de forças sociais e políticas que representa inegavelmente o pensamento neoliberal no Brasil, pensamento que ganhou consistência exatamente nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso, cujo personagem virou quase maldito hoje nas hostes do PSDB. Querem escondê-lo, mitigar o discurso dele, evitar que ele fale exatamente por conta da estratégia serrista. Se Collor foi o marco inaugural do neoliberalismo tardio no Brasil, o PSDB, com FHC à frente, Serra então como ministro, foi o verdadeiro condutor desse projeto no País.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTA CAPITAL

 

IBR pretende formar para-atletas, mas houve tempo que o PFL queria acabar com ele

O Instituto Baiano de Reabilitação (IBR) administrado que é pela Fundação José Silveira, vive uma boa fase. Agora, o IBR acaba de anunciar a inauguração de um parque aquático destinado às pessoas portadoras de deficiência física. O principal objetivo do novo centro esportivo do IBR é capacitar atletas para esportes adaptados, os chamados para-atletas que disputam as para-olimpíadas. Mas, nem sempre foi assim.

Parece que foi ontem a tentativa do carlismo de acabar com o IBR. Eles tentaram armar um golpe imobiliário, em 2001. Uma construtora queria o terreno privilegiado, em Ondina, de frente para o mar, para construção de um apart-hotel. Os usuários portadores de deficiência física se revoltaram, os funcionários se revoltaram. Lembro-me das passeatas de cadeirantes nas esquinas e sinaleiras. À frente, o vereador Emiliano José (PT) e o deputado estadual Javier Alfaya (PCdoB). O golpe foi abortado, e o governo do PFL, hoje DEM, foi obrigado a passar a administração do IBR para a Fundação José Silveira, sob pressão. Eu estava lá.

Perguntam-me sempre por que eu apoio Emiliano José em suas vivências parlamentares.

Eu então respondo: quem mais pode apresentar tamanho currículo de luta pelos direitos sociais? O envolvimento de Emiliano José na luta pelos direitos dos portadores de deficiência é emblemático. Lembro-me que, na última campanha, a deputado federal, Josemar Lourenço da Silva (Zelinho), cadeirante, petista, ex-metalúrgico da USIBA, representante da Bahia no Encontro Nacional para Pessoas com Deficiência, divulgou emocionada carta em apoio à candidatura de Emiliano José.

Até hoje o programa de luta das pessoas portadoras de deficiência é atual. As barreiras arquitetônicas, o mobiliário público e as atitudes da população e das autoridades, a baixa acessibilidade.

Josemar Lourenço da Silva, Zelinho, à época da campanha eleitoral, em 2006, escreveu:

Sou testemunha do esforço que Emiliano José tem feito ao longo de sua vida política pelos direitos das pessoas com deficiência. Acompanhei seu mandato de vereador de Salvador, sua luta para salvar o IBR – que a especulação imobiliária planejou extinguir. Acompanhei seu mandato de deputado estadual, sua articulação para fortalecer a luta das pessoas com deficiência na prefeitura de João Henrique Carneiro e sua mobilização pelo direito de gratuidade no transporte público para essa camada importante da população baiana e também seus projetos de lei em favor das pessoas com deficiências.

Então, lembrando-me de tudo isso, só posso manifestar alegria ao ler nas páginas dos jornais a notícia do IBR formando para-atletas. Já é a segunda piscina.

Vamos torcer para que Verônica Almeida, medalha de bronze nas Paraolimpíadas de Pequim, terceira melhor nadadora do mundo e primeira mulher a ganhar uma medalha nos Jogos Paraolímpicos, hoje professora de natação no IBR, consiga formar novos para-atletas.

 

Teatro baiano mostra vitalidade com 23 espetáculos na programação

O jornal A Tarde publicou hoje (14/052010) interessante matéria sobre uma suposta crise do teatro baiano, com base no fechamento de salas de teatro. O estopim foi o anúncio do fechamento do Teatro Jorge Amado, pelo curso de inglês UEC, em situação falimentar. A reportagem informa que a Secretaria da Cultura do Estado (Secult) acabou de abrir a primeira seleção pública de apoio a teatros, museus e centros culturais com a distribuição de R$ 1,5 milhão entre 12 projetos que implicam em funcionamento de espaços que não conseguem sobreviver somente com bilheterias.

A reportagem indica que a imprensa começa a debater mais seriamente a questão do fechamento de salas de teatro. Aquela história de responsabilizar a Desenbahia pelo fechamento do Teatro Jorge Amado vai ficando para trás. Obviamente, a responsabilidade do calote ao financiamento, por parte do UEC, não pode ser jogado nas costas da Desenbahia.

Ainda tem uma nesga de ranço no texto da jornalista Emanuella Sombra. Na reportagem “Insuficiência de verbas para manter salas é agravada com fase fraca da produção teatral”, ela afirma que 80% das despesas mensais do teatro Jorge Amado eram custeadas pelo UEC. Há controvérsias. Se o UEC deixou de pagar, desde 2002, as parcelas do financiamento, quem estava na verdade pagando as despesas era o cofre da Desenbahia, embora quem levasse a fama de “mecenas” era o dono do UEC. É fácil ser mecenas com dinheiro público.

O curioso é que na mesma edição dessa boa reportagem, o caderno “Fim de Semana” do jornal A Tarde anuncia 23 espetáculos de teatro. A Cela (Teatro XVIII); A Dona da História (Vila Velha); As Feministas de Muzenza (SESI); Atire a primeira pedra (Sala de Coro do TCA); Desafinado (Ciranda Café); Divorcidas...(Teatro Jorge Amado); Mulher no Volante (Solar Boa Vista); Nhô Guimarães (SESI). São alguns exemplos, mas, ao todo são 23 espetáculos programados.

É uma estranha crise.

12 de maio de 2010

 

Tem Festa Africana, no Pelourinho, e Caetano Veloso precisa saber

Não é fácil manter o conjunto do Pelourinho restaurado. Todo mundo sabe disso. Que o diga o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, que mudou a Secult para lá. Mas, perto das eleições o cenário fica pior, a oposição se aproveita. Para uso de sua coluna no jornal O Globo, Caetano Veloso precisa saber, por exemplo, que no dia 22 de maio acontece a Festa Africana, pelo quarto ano consecutivo, no Sankofa African Bar e Restaurante, símbolo da cultura de Gana.

Nas edições anteriores, a Festa Africana já reuniu grandes nomes como DJ Panafricano (Rádio África), Anitchiê, Lazzo e Dj Bandido. E quem agita desta vez a grande festa é a cantora Sandra Simões, que traz em seu repertório, canções autorais e releituras dos melhores sambas e canções da Musica Popular Brasileira.

E para além desta bela atração, os Djs do Programa Rádio África, da Radio Educadora FM, se juntam ao Dj Sankofa, anfitrião da casa. Até o mais tímido dos presentes não consegue resistir ao balanço dos variados estilos musicais africanos, como o Semba, Kizomba, Kuduru, Zouk, gumbé, funanan, decalé dentre outros.

O passaporte para a festa dá direito à degustação de pratos africanos e frutas tropicais. No bar do Sankofa o público encontra os mais variados drinks, desde a popular caipirinha até os mais excêntricos e sofisticados como o, Yankari, preparado com tamarindo, morango, limão e vodka e o Akosombo, feito com gengibre, manjericão, tamarindo e vodka.

O Sankofa African Bar e Restaurante, criado em 2007, está no Pelourinho, à Rua Frei Vicente (ao lado do Restaurante da Dadá). Descontração e diversidade musical são as características mais fortes do lugar, que é dividido em quatro ambientes: o bar e a pista de dança no primeiro andar, onde a galera gasta e repõe energia e lounge amplo e varanda no segundo andar, local preferido para o bate-papo descontraído e a paquera, onde a paisagem é moldada pelos casarões e seus telhados coloniais.

Do jeito que Caetano escreve, parece que o Pelourinho é um deserto.

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11 de maio de 2010

 

A mentira anda solta sobre o fechamento do Teatro Jorge Amado

Estou com um exemplar da revista Muito, do jornal A Tarde, de Salvador, que circulou domingo (9/5). A capa é o ministro da Cultura Juca Ferreira. Boa, esclarecedora entrevista. De R$ 287 milhões o orçamento do Minc saltou para R$ 2,5 bilhões, atingindo o mínimo recomendado pela ONU. Claro que há muito por fazer. O Plano Nacdional de Cultura, a nova Lei Rouanet, a regulação do direito autoral, o vale-cultura...

O nível (da revista) só mergulha no abismo com a coluna Trilhas, de Aninha Franco. Ela volta a destratar os gestores culturais e “suas políticas barrocas”. Sei que não é fácil formatar uma política pública na área de cultura.

Mas, Aninha Franco não tem isenção para julgar nada. No artigo “Teatro o ano todo na Bahia”, ela tenta comentar sobre teatros. Sobre o Teatro Jorge Amado ela afirma que ele “vive uma pendenga com o Desenbanco, que pode transformá-lo em prédio comercial ou igreja”. Obviamente, é uma afirmação leviana.

O Desenbanco foi extinto em 2000 pelo carlismo e por FHC. A herança maldita, o crédito podre ficou para a Agência de Fomento (Desenbahia) criada em 2001. O Desenbanco não pode “transformar” nada porque não existe. A Desenbahia, como instituição financeira, também não pode “transformar” nada porque é obrigada por lei a leiloar o imóvel, retomado da empresa UEC que tomou financiamento e não honrou o contrato.

O problema de Aninha Franco é que ela deixou-se arrebatar pela paixão. A paixão cega. Já é quase um Transtorno Obsessivo Compulsivo a crítica sistemática e parcial à política cultural do Governo Wagner. Movida pelo ódio, ela diz coisas difíceis de acreditar, principalmente se se levar em conta a desqualificada informação sobre o Desenbanco, UEC e Teatro Amado, que sequer existe como pessoa jurídica.

A empresa UEC é responsável pelo fechamento do Teatro Jorge Amado, parte integrante da sede própria do curso de inglês, porque a empresa ficou inadimplente, não pagou o financiamento desde 2002.

Dizer que é responsabilidade do finado Desenbanco é piração. Dizer que é responsabilidade da Desenbahia é ignorância, ou má-fé.

 

Gilberto Dimenstein afirma que Dilma é vítima de machismo

Gilberto Dimenstein é um jornalista tucano consciente. Ele alerta aos seus pares da Folha de S. Paulo e do PSDB que os ataques contra o PT baseados numa suposta falta de experiência de Dilma Roussef, em comparação ao Zé Serra, não são uma boa tática eleitoral. “A idéia é mostrar a ex-ministra como uma dependente química de Lula. Será que pega?”, pergunta ele.

Ora, “Dilma passou toda sua vida envolvida na política e, na gestão de Lula conheceu a intimidade da máquina administrativa: faz parte de um time que tem bons resultados a mostrar”, acrescenta o jornalista. O próprio FHC, quando assumiu a presidência tinha tanta experiência administrativa quanto Dilma tem hoje, ressalta ele.

Aliás, a ex-ministra tem agora muito mais vivência na máquina pública do que Lula tinha ao assumir. Vamos lembrar que, neste momento, o próprio Serra reconhece os méritos do atual governo.

Dimenstein ainda afirma: “É inegável que Dilma candidata sem Lula não existiria. Daí a ela ser dependente quimicamente de Lula, suspeito que tenha nessa crítica uma pitada de machismo”.

 

O teatro do UEC morreu? Antes ele do que eu...

Sem as mentiras veiculadas na web por Aninha Franco e Fernanda Tourinho, o site Último Baile, do Lucas Jerzy Portela, aborda a questão do fechamento do Teatro Jorge Amado pelo curso UEC.

O título é sintomático: “O Teatro UEC morreu? Antes ele do que eu!”. Jerzy afirma que não tem sentido a grita da classe média-alta pitubana em relação ao fechamento do Teatro Jorge Amado, tanto assim que nem o pessoal do “Cultura na UTI” andou reclamando muito.

Ele escreveu:

“O Teatro do UEC nunca foi fundamental para o desenvolvimento do teatro ou da dança na Bahia. Mesmo nos áureos tempos em que os bichos falavam, ACM era vivo, o Teatro Martim Gonçalves (da Escola de Teatro da UFBA) estava numa eterna reforma e Aninha Franco e Marcio Meirelles eram compadres, o Teatro do UEC nunca fez nada, e muito menos tanto ao contrário, para participar da resistência ao axé-sistem que se deu principalmente através do teatro aqui produzido e do cinema aqui exibido.

Basicamente, o Teatro do UEC recebia produções midiáticas do centro-sul do país, de qualidade por vezes duvidosa, a ingressos caríssimos e pautas idem – nada poderia ser mais colonialista. Enchia? Claro que enchia! – enchia dos moradores dos arrabaldes do Itaigara que, sem nunca pisar no Pelourinho ao longo de décadas, dizem que o mesmo está abandonaaaaado…

Vá lá, pode-se alegar que é um espaço teatral excelente, especialmente para pequenos concertos de câmara e de jazz; e que sediou os ensaios da Orkestra Rumpilezz ano passado por quase 6 meses. Certo, e o que mais? Nada”.

Lucas Jerzy Portela escreveu muito mais sobre o assunto.

LEIA NA ÍNTEGRA.

 

Revista Teoria e Debate analisa o “Haiti, terremoto e história”

Está na revista Teoria e Debate nº 87 (março/abril). A nação negra que desafiou o mundo para poder existir, rotulada por alguns como “ilha maldita”, carrega nos ombros o peso da discriminação e volta à cena após o terremoto que gerou mais de 200 mil mortos. Com o título “Haiti, terremoto e história”, o jornalista, escritor e ex-deputado federal Emiliano José escreve sobre o assunto.

“O pensador que sonda as profundezas do passado age como um pescador de pérolas que desce ao fundo do mar, não para escavá-lo e trazê-lo à luz, mas para extrair o rico e o estranho, as pérolas e o coral das profundezas, e trazê-los então à superfície. O pescador, então, encontra novas formas e contornos cristalizados que se mantiveram imunes aos elementos, algo “rico e estranho”, que é sempre bom e necessário recuperar.

Esse raciocínio, que gosto muito, é encontrado em Homens em Tempos Sombrios, de Hannah Arendt, e decorre do pensamento de Walter Benjamin, que desenvolveu uma originalíssima abordagem em torno da relação entre o passado e o presente. Surgiu-me no espírito ao pensar na situação do Haiti, que voltou à cena mundial com o terremoto recente, que causou mais de 200 mil mortos.

Entrevistada recentemente pela revista Carta Capital, Edwige Danticat, escritora haitiana que vive nos EUA, desafia ou elucida o preconceito e a discriminação que pesam sobre sua pátria, costumeiramente rotulada como “ilha maldita”. Ela devolve perguntas: os EUA são por acaso malditos porque tiveram o 11 de Setembro? O Japão é maldito porque sofre continuamente terremotos?”

LEIA NA ÍNTEGRA

10 de maio de 2010

 

DESENBAHIA ESCLARECE fechamento do Teatro Jorge Amado pelo curso UEC

O curso de inglês Universal English Course Ltda – UEC, em 1995, contratou operações de financiamento para construção de sua sede junto ao Desenbanco. Com a extinção do Desenbanco, as operações de financiamento passaram à responsabilidade da Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia.

As operações de financiamento contratadas pela empresa UEC tiveram por garantia a hipoteca do imóvel construído pelo financiamento, localizado à avenida Manoel Dias da Silva, 2.177, Pituba, Salvador.

A empresa UEC, entretanto, não honrou a operação de crédito, passando à condição de inadimplente desde 2002, obrigando a instituição de fomento a ajuizar ação de execução em busca da recuperação do crédito, lastreado em recursos públicos.

Em 2007, a Desenbahia foi surpreendida com notificação da Justiça, dando ciência da penhora, numa ação trabalhista movida por ex-funcionários do UEC, sobre o imóvel hipotecado.

Diante da possibilidade de perda da única garantia real da operação de crédito, e visando preservar o patrimônio do Estado, a Desenbahia se habilitou ao leilão judicial, realizado perante a 32ª Vara do Trabalho, e arrematou o bem, salvaguardando os interesses da instituição, evitando assim a perda dos recursos públicos.

Em março de 2010, após o trânsito em julgado da arrematação, foi autorizada a Desenbahia, pelo Juízo trabalhista, a se imitir na posse do imóvel em questão.

A Desenbahia e a empresa UEC firmaram um acordo de desocupação gradual, que deverá se consumar em 30.06.2010, em respeito à conclusão das turmas do curso UEC e das pautas do teatro integrado ao imóvel.

Como a Desenbahia é regulamentada por normas do Banco Central, por imposição legal ela é impedida de manter imóveis por mais de seis meses, e de alugá-los, sendo uma exigência da lei a alienação do imóvel, através de licitação pública, com o objetivo de recuperação do crédito.

A Desenbahia, como instituição de fomento, tem preocupação em contribuir com a área cultural. Tanto assim que oferece a linha de microcrédito cultural, patrocinou através da Lei Rouanet o projeto de orquestras infanto-juvenis Neojibá e acaba de lançar a linha CredíFácil Anunciante para fomentar a publicidade de micros e pequenas empresas.

Também viabilizou a exposição “Revisitando um Acervo de Arte Baiana – Coleção Desenbahia” no Museu de Arte da Bahia (MAB), disponibilizando ao público obras de importantes artistas plásticos baianos.

A Desenbahia, em seus 9 anos de existência, se firmou como empresa de responsabilidade social e cultural, só não pode descumprir a legislação, incorrendo em improbidade administrativa de seus gestores.

Luiz Alberto Bastos Petitinga – Presidente da Desenbahia

 

Aninha Franco também comprou a mentira sobre o Teatro Jorge Amado

Alguém me enviou um print contendo diálogos na Internet. Quem enviou não precisou a origem, o endereço eletrônico. Começa assim:

Aninha Franco – No início dos anos 90, o Sr Nô era um feliz proprietário de uma bem-sucedida escola de inglês, a UEC, apaixonado por teatro. Inúmeros espetáculos cênicos foram patrocinados pela UEC. Em seguida, não satisfeito com os patrocínios, o Sr Nô pediu um empréstimo ao Desenbahia para construir o Teatro Jorge Amado...ver mais.

Aninha Franco este mentindo ou está redondamente desinformada.

O Sr Nô não pediu empréstimo à Desenbahia. Ele pediu empréstimo ao extinto Desenbanco, em 1995, para construir a sede própria da UEC. Em 1995, a Desenbahia sequer existia, pois foi fundada em 2001. Como o Desenbanco foi extinto, o espólio e os créditos podres passaram à responsabilidade da Desenbahia.

Voltando ao print, Aninha Franco escreve novamente:

Aninha Franco – Se houver vontade política, o problema se resolve. É fácil.

Novamente Aninha Franco não está sendo honesta. Com ou sem vontade política, o problema não se resolve fácil não. Há leis neste país. Como o curso de inglês inadimpliu, parou de pagar o financiamento de sua sede própria, A Desenbahia se viu obrigada por lei a ajuizar ação na Justiça. Aninha Franco sabe disso porque ela é advogada. É que a garantia pelo empréstimo foi a própria sede construída. E o extinto Desenbanco não emprestou dinheiro nenhum para o Teatro Jorge Amado, que sequer tem pessoa jurídica. O Desenbanco, como foi dito, emprestou dinheiro para a empresa UEC, que decidiu incluir um teatro em sua sede própria.

Por que não é tão fácil, como chuta Aninha Franco? Por que o prédio recebido pela Desenbahia tem que ir a leilão, por força das normas do Banco Central. Aliás, o imóvel não pode ficar mais que seis meses sem abertura de leilão. Sequer a Desenbahia pode alugar o bem.

Ou essa Aninha Franco está se fazendo de ignorante ou é ignorante.

Mais adiante tem outra afirmação:

Aninha Franco – Pois é Moraes, (...) para reformar o Teatro Jorge Amado o Sr Nô não teve a mesma sorte. Para reformar o Jorge Amado fez um empréstimo impagável...

Mas como mente essa Aninha Franco. O Sr. Nô deixou de pagar o financiamento à Desenbahia em 2002. Nunca apareceu na Agência de Fomento para negociar nada. Que empréstimo impagável que nada.

Lá embaixo aparece um post da Fernanda Maria Tourinho:

Fernanda Maria Tourinho – Gente, vamos com calma. Pautas cheias e casa lotada não pagam empréstimos de banco. São Mais de 10 anos de juros sobre juros (...) o que temos que fazer é dizer bem alto e bom som: o teatro é nosso. Tenho certeza de que seremos ouvidos.

Essa é muito boa. Como o teatro é nosso? O Desenbanco empresta e é extinto (no governo FHC e aqui no de ACM). A Desenbahia herda a herança maldita. O curso UEC para de pagar um empréstimo feito com recursos públicos. A Desenbahia por lei se vê na obrigação de entrar na Justiça para resgatar os recursos. A Desenbahia ganha o processo. O Banco Central obriga a instituição financeira a leiloar o bem para recuperar o crédito. Em seis meses.

Para Aninha Franco é fácil. Para Fernando Tourinho o “teatro é nosso”. Ou é muita ignorância ou é muita má-fé.

 

Surge a verdade sobre o fechamento do Teatro Jorge Amado

Essa Fernanda Tourinho, do Teatro Jorge Amado, é muito esperta. Escreveu uma “sofrida” carta sobre o destrambelhado curso de inglês UEC e decidiu contar uma versão mais ou menos mentirosa sobre o fechamento do Teatro Jorge Amado.

Não sei por que carga d` água essa senhora resolveu mentir. Na carta dela na web ela afirma que a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) fez empréstimo para a construção do Teatro Jorge Amado. Menos verdade. Na verdade, o extinto Desenbanco (em 1995) emprestou dinheiro para construção da sede própria do curso de inglês UEC.

Impossível ela não saber que o Teatro Jorge Amado sequer existe como pessoa jurídica. Trata-se de um equipamento da sede do curso UEC. Ela mente quando afirma que “em 1997 foi feito um empréstimo à Desenbahia para conclusão das obras do teatro Jorge Amado”.

Primeiro, como dito, a Desenbahia não existia, pois foi criada em 2001. Segundo, o extinto Desenbanco não emprestou nada para teatro algum e sim para a sede do curso UEC.

Logo, se tem alguém responsável pelo fechamento do Teatro Jorge Amado é a empresa UEC que desde 2002 parou de pagar o financiamento, inadimpliu, como dizem os técnicos da Agência de Fomento.

A carta que Fernanda Tourinho fez circular na web não tem pé nem cabeça. Com tanta intimidade com os empresários do curso UEC, impossível ela não saber da verdade. Ela diz que o “empréstimo do Desenbahia foi talvez o único recurso público injetado no Teatro Jorge Amado (...) e a empresa UEC assumiu nestes 13 anos todas as despesas”.

Ora, vamos à verdade. Como a UEC parou de pagar o financiamento desde 2002, é óbvio que a Desenbahia, como sucessora do extinto Desenbanco, com o prejuízo mensal ao longo desses anos todos, também passou a “bancar” as despesas do Teatro Jorge Amado.

Estou achando muita inocência, inocência demais para meu gosto, da parte de Fernanda Tourinho. Quer dizer que o “generoso” empresário Nô Brito, como ela afirma, visionário, amante da arte e da cultura, decidiu colocar à disposição dela um teatro que fazia parte de um prédio dado em garantia real, por hipoteca, objeto de ação na Justiça por inadimplência de financiamento. É muita inocência, demais até.

Agora, não sei se é inocência ou somente desinformação o Jorge Abadá reproduzir o “sofrido” e-mail da Fernanda Tourinho. Como diz meu lúcido amigo lá de Goiânia, Ricardo Mello, “quanta hipocrisia”.

Ricardo Mello escreveu o que eu gostaria de ter escrito: “Quanta hipocrisia Jorge Abadá, coerentes sempre com a prática velha conhecida, tomam dinheiro do contribuinte, se locupletam com os lucros e não pagam nada ao financiador, o também velho conhecido CALOTE. Paguem e recuperem seus lucros (in)cessantes, tomem vergonha na cara e deixem de passar esses e-mails oportunistas e eleitoreiros”.

Para Jorge Abadá, museóloga Valéria Cruz (ex-produtora executiva do BTCA), Adilvani Araújo da Silva (Adil Araújo), Eri Souza e Sérgio Sobreira, cujos e-mails “indignados” foram reproduzidos por Jorge Abadá, recomendo a leitura da NOTA DE ESCLARECIMENTO DA DESENBAHIA, enviada a todos os veículos da mídia. A verdade tarda, mas chega.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA DESENBAHIA


1) O curso de inglês Universal English Course Ltda – UEC, em 1995, contratou operações de financiamento para construção de sua sede junto ao Desenbanco. Com a extinção do Desenbanco, as operações de financiamento passaram à responsabilidade da Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia.

2) As operações de financiamento contratadas pela empresa UEC tiveram por garantia a hipoteca do imóvel construído pelo financiamento, localizado à avenida Manoel Dias da Silva, 2.177, Pituba, Salvador.

3) A empresa UEC, entretanto, não honrou a operação de crédito, passando à condição de inadimplente desde 2002, obrigando a instituição de fomento a ajuizar ação de execução em busca da recuperação do crédito, lastreado em recursos públicos.

4) Em 2007, a Desenbahia foi surpreendida com notificação da Justiça, dando ciência da penhora, numa ação trabalhista movida por ex-funcionários do UEC, sobre o imóvel hipotecado.

5) Diante da possibilidade de perda da única garantia real da operação de crédito, e visando preservar o patrimônio do Estado, a Desenbahia se habilitou ao leilão judicial, realizado perante a 32ª Vara do Trabalho, e arrematou o bem, salvaguardando os interesses da instituição, evitando assim a perda dos recursos públicos.

6) Em março de 2010, após o trânsito em julgado da arrematação, foi autorizada a Desenbahia, pelo Juízo trabalhista, a se imitir na posse do imóvel em questão.

7) A Desenbahia e a empresa UEC firmaram um acordo de desocupação gradual, que deverá se consumar em 30.06.2010, em respeito à conclusão das turmas do curso UEC e das pautas do teatro integrado ao imóvel.

8) Como a Desenbahia é regulamentada por normas do Banco Central, por imposição legal ela é impedida de manter imóveis por mais de seis meses, e de alugá-los, sendo uma exigência da lei a alienação do imóvel, através de licitação pública, com o objetivo de recuperação do crédito.

9) A Desenbahia, como instituição de fomento, tem preocupação em contribuir com a área cultural. Tanto assim que oferece a linha de microcrédito cultural, patrocinou através da Lei Rouanet o projeto de orquestras infanto-juvenis Neojibá e acaba de lançar a linha CredíFácil Anunciante para fomentar a publicidade de micros e pequenas empresas.

10) Também viabilizou a exposição “Revisitando um Acervo de Arte Baiana – Coleção Desenbahia” no Museu de Arte da Bahia (MAB), disponibilizando ao público obras de importantes artistas plásticos baianos.

11) A Desenbahia, em seus 9 anos de existência, se firmou como empresa de responsabilidade social e cultural, só não pode descumprir a legislação, incorrendo em improbidade administrativa de seus gestores.

Luiz Alberto Bastos Petitinga – Presidente da Desenbahia

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