16 de dezembro de 2006

 

Chegou ao fim o voto de cabresto

Ao receber o diploma de Presidente da República, quinta-feira (14), o Presidente Lula resumiu em uma frase o sentimento de todos que acompanharam sua luta para conseguir se reeleger: “chegou ao fim do voto de cabresto".

Assim, acabou dando um recado aos que imaginaram que podiam manipular a vontade do povo através de mentiras e calúnias desferidas pela imprensa marrom e adversários políticos inescrupulosos.

Essa eleição foi realmente o fim para pessoas como ACM, acostumado a achar que a Bahia era uma 'república carlista'. O povo preferiu Jacques Wagner do PT e sepultou a arrogância e prepotência da família Magalhães.

Também vimos a queda da Veja, que fez uma campanha suja e sem-vergonha, tentando a todo custo jogar lama na imagem do Presidente. Agora, a mesma está sendo investigada pela justiça e terá que explicar por estranhos negócios feitos pela Editora Abril.

Foi o começo da derrocada da Rede Globo, acostumada a interferir nos processos eleitorais. A Rede foi desmascarada pela Revista Carta Capital, na armação da divulgação das fotos do 'dossiê do Serra Sanguessuga'.

E a Folha de SP, Estadão, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, Noblat e outros, tiveram que engolir a massacrante vitória de Lula e aceitar a vontade soberana e democrática do povo brasileiro.

Receberam uma grande lição. Que nunca mais tentem influenciar a vontade de povo!

Fonte: http://www.tribunapetista.blogspot.com/

Postado por GUINA em 16.12.06

 

Governo Lula chega ao final com avaliação positiva de 76%

Engraçado. De repente a mídia e os institutos abandonaram as pesquisas de opinião sobre o Governo Lula. Pode ser pelo vexame que passaram com o resultado das eleições – erraram redondamente - e pode ser porque não interessa mais meter o pau no Governo Lula. A Fundação Perseu Abramo quebra o silêncio. Às vésperas da conclusão do primeiro mandato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado, positivamente, por 76% do eleitorado, em pesquisa realizada nos dias 27 e 28 de novembro e divulgada neste sábado (16).

A pesquisa, de responsabilidade do Núcleo de Opinião Pública da Fundação, mostra que 55% dos entrevistados acham o governo bom ou ótimo, contra apenas 11% que o consideram ruim ou péssimo. Para 32%, a administração federal é regular. Destes, 21% dizem que é “regular para boa”, daí o total índice positivo de 76%.

A pesquisa também indicou um AUMENTO da simpatia do eleitorado pelo PT, que foi a 29% e aproximou-se dos níveis do final de 2002, quando o índice atingiu 32%.

15 de dezembro de 2006

 

Parlamentares devem mesmo ser bem remunerados

Os parlamentares estão sem aumento há quatro anos e a época estabelecida pela Constituição Federal para aprovação de reajustes é agora, no final da legislatura. A maioria da bancada do PT defendeu a simples reposição da inflação acumulada no período. Assim, a remuneração dos parlamentares – deputados federais e senadores – seria elevada de R$ 12.847,00 para R$ 16.500,00. É a posição mais decente, mas foi voto vencido.

Essa idéia de elevação dos salários dos parlamentares dos atuais R$ 12.847,00 para R$ 24.600,00 mensais, sob o pretexto de equipará-los aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é escandalosa. E mais escandalosa se tomada na base da canetada dos presidentes das mesas do Senado e da Câmara.

Há espertalhões no Congresso que defendem a equiparação dos vencimentos dos parlamentares com os vencimentos dos ministros do Supremo, mas o Supremo deve funcionar com um teto, não como um imã. Não há nada que justifique que deputados e senadores devam receber o mesmo que a cúpula do Poder Judiciário.

Não engrosso o exército dos “formadores de opinião” hipócritas e falsos moralistas que consideram um absurdo a remuneração dos parlamentares. Muitos apresentadores de TV fazem aquela cara de indignação mas eles próprios recebem salários de R$ 50 mil e até R$ 100 mil. Pagos com a veiculação de propaganda oficial e incentivos fiscais.

O atual salário dos parlamentares é baixo e desestimula cidadãos íntegros e qualificados a concorrerem a uma vaga no Congresso. A conseqüência é que o espaço vai sendo ocupado, com raras exceções, por picaretas, bandidos de colarinho branco, estelionatários, banqueiros da jogatina e até homicidas.

Mas precisava estourar o teto salarial fixado pela Constituição Federal?

 

Salários de R$ 55 mil no Ministério Público paulista

Quem achou que o salário de R$ 24 mil é muito para deputado federal e senador precisa ver quanto ganha o corregedor-geral do Ministério Público de São Paulo, procurador Antônio de Pádua Bertone Pereira, que acaba de ser eleito pelos pares. É um verdadeiro escárnio.

Está na Folha de S. Paulo. Ele recebe todo mês nada menos que R$ 55 mil. O Ministério Público de São Paulo tem 1.024 supersalários. É uma violação escandalosa do teto constitucional. O teto salarial fixado pela Constituição Federal é de R$ 22,1 mil, mas o Conselho Nacional do Ministério Público aprovou a ampliação desse limite para R$ 24,5 mil.

O Ministério Público de São Paulo desmoraliza a instituição nacionalmente. Seus membros elegem seu próprio fiscal, o candidato vencedor, procurador Bertone, foi membro do governo estadual e ganha acima do teto salarial que reza a Constituição.

Como essa gente vai proteger o interesse público? Como essa gente vai fiscalizar o cumprimento da Constituição?

14 de dezembro de 2006

 

Alguém no TSE quer aparecer às custas do PT

Não me perguntem quem, mas, alguém no Tribunal Superior Eleitoral quer aparecer às custas do PT. O TSE rejeitou as contas do Comitê Financeiro do Presidente Lula por causa de uma doação de R$ 10 mil reais, o que representa 0,001% do total arrecadado na campanha eleitoral. Os advogados vão recorrer ao próprio TSE para que essa decisão estapafúrdia não resulte na suspensão dos recursos do fundo partidário do PT.

É preciso esclarecer que o valor de R$ 10 mil reais recebido da Deicmar – de fato uma concessionária da União que administra o porto seco de Santos (SP) - não compromete a regularidade das contas partidárias. Seria um abuso de poder surrupiar do PT os recursos do fundo partidário a que tem direito.

Ao relator Gerardo Grassi, do TSE, cabe esse esclarecimento. Afinal, o valor da doação considerada irregular é tão absurdamente baixo que não pode mesmo caracterizar abuso de poder econômico. Prejudicar o PT com essa desculpa chega a ser escandaloso.

A coisa é tão ridícula que até parece que alguém estava mesmo era interessado em criar as manchetes negativas nos jornais. Isso cheira politicagem.

 

A solidão do fim

O título acima foi dado à legenda de uma foto do governador Paulo Souto falando ao telefone durante inauguração de uma unidade da Gerdau, em Feira. Sozinho, sem ninguém ao redor, isolado. Flagrante do fotógrafo Carlos Augusto, o Guto Jads.

Não publico a foto porque não tenho autorização. A foto está no Blog do jornalista Jânio Rego (www.janiorego.com.br). E o blog do Jânio Rego está no Portal www.fsonline.com.br. Acabou a exclusividade da imprensa escrita para quem precisa ou deseja acompanhar os acontecimentos de Feira de Santana. Tanto o Portal FSONLINE quanto o blog do Jânio Rego passaram a ser meios fundamentais para se conhecer Feira. Aliás, o blog do Jânio tem um slogan: Feira, eu te conheço, Feira!

Entretanto, viajando no blog pude perceber um ligeiro ranço anti-Colbert Martins. Ou será que foi apenas impressão minha?

13 de dezembro de 2006

 

Lula é um homem livre e fala o que pensa

Lula é pragmático, tem origem operária, nunca foi comunista e é um democrata. Exigir mais do que isso é neura da esquerda autoritária. Ao receber a homenagem da revista Istoé, como o Brasileiro do Ano, Lula relacionou equilíbrio político com afastamento da esquerda. Disse que seu governo é de centro. E tem sido mesmo.

A maneira sarcástica de dizer o que pensa é que feriu suscetibilidades de teóricos da esquerda e atiçou a repetitiva direita da mídia. "Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ele está com problema. Se conhecer uma pessoa muito nova de direita, também está com problema. Então, quando a gente tem 60 anos, Antônio Ermírio - que estava ao lado do presidente -, é a idade do ponto de equilíbrio, em que a gente não é nem um nem outro, a gente se transforma no caminho do meio, aquele caminho que precisa ser seguido pela sociedade", disse o presidente.

A frase de Lula é uma variação de uma velha piada: se você não foi comunista até os 40 anos não foi jovem; se você ainda é comunista depois dos 40 não amadureceu. Assim como a velha piada, a versão de Lula causou risos na platéia. Lula disse também, a seu modo, que é uma evolução o político de esquerda com a maturidade ficar mais ao centro, assim como o político de direita se movimentar para o centro. Evidentemente não é uma regra geral. Mas acontece muito. Mas há respeitados líderes da esquerda que nunca arrefeceram suas convicções. Para o bem ou para o mal.

O fato é que quando os militantes políticos de esquerda assumem o poder não conseguem materializar na administração todas as idéias de igualdade e justiça social. Uma coisa é falar, outra coisa é fazer. Uma coisa é o Programa Político, outra coisa sua realização.

Acho que Lula enviou um recado para o PT. Em outros tempos, diria que esquerdismo é a doença infantil do comunismo. Mas Lênin saiu de moda até para citação. O fato é que todos os partidos de esquerda juntos não fazem maioria no Congresso. Nem de longe. Têm então que se render à realidade. Se não é possível fazer um governo de esquerda faz-se um governo de centro-esquerda E se nem isso dá, faz-se um governo de centro.

O que importa mesmo é seguir a caminhada democrática, progressista, em busca de distribuição de renda e justiça social, que está em curso.

Combati a ditadura, vivi na clandestinidade, fui preso, participei da democratização, até hoje acompanho passeata na Avenida Sete, em Salvador. Mas pregar a revolução armada que eu pregava durante a ditadura militar seria um desatino.

Tenho minhas próprias idéias, me considero no campo da esquerda, não vou patrulhar ninguém, e não me senti nem um pouco incomodado com o sarcasmo de Lula. Tô com Lula e não abro.

 

Folha "erra" e afirma que classe média perdeu poder aquisitivo com Lula

A coordenadora do Observatório do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, afirmou (12) ser incorreta a informação de que a classe média teria perdido poder aquisitivo durante o primeiro mandato do governo Lula – desmentindo tese levantada pelo jornal Folha de S. Paulo. O jornalismo partidarizado da Folha afunda.

Em entrevista ao site Conversa Afiada (endereço abaixo), do jornalista Paulo Henrique Amorim, Paula afirmou que os aumentos maiores para os que ganham até três salários mínimos não provocam perda no rendimento da classe média.

“Eu não acredito que a gente tenha uma leitura tão simplificada”, disse. Segundo Paula, a média salarial de quem ganhava entre R$ 6,1 mil e R$ 10 mil em 2000 era de R$ 7.726,00. Em 2005, passou para R$ 7.870,00.

Já a média de quem ganhava entre R$ 3 mil e R$ 6,1 mil passou de R$ 4.207,00 para R$ 4,3 mil no mesmo período.

A economista disse que os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) não mostram que o número de ocupados com renda acima de três mínimos caiu. “Nos dados da Rais a gente tem um crescimento para todas as faixas acima de três salários mínimos”, disse Paula Montagner.

Paula Montagner não aceita a tese da consultoria MB Associados e do jornal Folha de S. Paulo, de que na faixa acima de três mínimos houve uma queda de renda real de 46,3% entre 2001 e 2006.

“Os nossos dados por faixa salarial não mostram isso”, disse Paula. Segundo ela, todos os segmentos intermediários de renda têm variação positiva. Paula disse também que 75% dos trabalhadores com vínculo formal são isentos do Imposto de Renda.

Com informações do Site Conversa Afiada

http://conversa-afiada.ig.com.br/

 

Governador da Bahia será diplomado dia 19

Com as contas de campanha aprovadas por unanimidade pelo T.R.E. baiano, o governador eleito Jaques Wagner será diplomado no próximo dia 19 de dezembro, às 17h, no auditório da sede do Tribunal no Centro Administrativo da Bahia. Na mesma cerimônia serão diplomados o vice-governador Edmundo Pereira Santos, o senador eleito João Durval, os suplentes de senadores Eliel Santana e José Francisco Pinto, 39 deputados federais e 63 deputados estaduais, além dos primeiros suplentes. Nenhum candidato baiano tem pendências nas contas de campanha. A coisa mais difícil é conseguir um convite. O auditório do T.R.E. é muito pequeno. Toda diplomação é um sufoco.

Não vejo a hora de a Bahia jogar o governo Paulo Souto e o PFL para a lata de lixo. Estou contando os minutos.

 

Revista Veja ensina estranhas lições

O texto não é meu, mas concordo com ele. Está transcrito no site Observatório da Imprensa. O jornalista, editor de política do jornal DCI e editor-assistente do Observatório da Imprensa, Luiz Antônio Magalhães, diz em seu site “Entrelinhas” (endereço abaixo) que a revista Veja consegue se superar a cada edição. Consegue se superar em deformação e reacionarismo. Mas também na arte de editorializar uma notícia, vender gato por lebre, falsificar o produto.

O jornalista analisa o lead da matéria de Veja sobre Hugo Chávez. É uma vergonha. Como chamar Chávez de “ditador eleito”? Ora, a eleição na Venezuela foi acompanhada por 400 observadores internacionais. A revista cultiva um obsoleto e primário anticomunismo, nas matérias sobre política e também em matérias que nada têm a ver com política.

A revista Veja transformou-se num panfleto ideológico da extrema-direita. Mais cedo ou mais tarde a classe média vai perceber isso e vai cair fora. De minha parte cancelei a assinatura lá de casa, não por preconceito (acho que a direita tem direito de se manifestar), mas a pedido de minha filha que é professora universitária. A decadência começa assim...

LEIA O TEXTO ABAIXO E ME DIGA SE NÃO TENHO RAZÃO:

LIÇÕES ENVIESADAS

Veja ensina como editorializar uma reportagem

Por Luiz Antonio Magalhães em 12/12/2006

A revista Veja consegue se superar a cada edição. A capa desta semana foi para a eleição do venezuelano Hugo Chávez, reeleito para mais um mandato de 6 anos. O lide da "matéria" segue abaixo e poderia ser utilizado nas escolas de comunicação como exemplo do que jornalistas não devem fazer. Senão vejamos:

"Com o cubano Fidel Castro no leito de morte, o coronel Hugo Chávez, ditador eleito da Venezuela, está se apresentando como o novo farol da esquerda revolucionária na América Latina. `Ninguém vai me impedir agora de construir o socialismo´, disse Chávez, na semana passada, depois de reeleito para mais seis anos no poder.

Ninguém impediu Fidel. Deu no que deu. Cuba tornou-se hoje uma nação pária no mundo, com uma população faminta, despreparada para os rigores da economia globalizada e, mesmo que alfabetizada no jargão marxista, iletrada nas questões que determinam a riqueza das nações. Aparentemente, ninguém vai impedir Chávez de continuar sua tarefa de construção do socialismo na Venezuela.

Tanto em Cuba quanto na Venezuela – e de resto em todos os outros lugares onde a experiência foi testada – a construção do socialismo coincide sempre com a destruição dos países nos quais o sistema é implantado. Cubanos e venezuelanos são hoje povos com horizonte menor do que tinham antes de ser submetidos a ditaduras socialistas."

Em primeiro lugar, Veja qualifica o presidente venezuelano de "ditador eleito", o que não chega a ser uma contradição em si, pois de fato há ditadores que forjam eleições (além dos eleitos indiretamente, como os generais-presidentes brasileiros). O problema é que Chávez venceu uma eleição acompanhada de perto por mais de 400 observadores internacionais, que atestaram a legitimidade do pleito. Chávez, portanto, não pode ser qualificado de "ditador eleito".

Estudo de caso

Não bastasse isto, o lide da "reportagem" continua em um tom editorializado, fazendo a condenação do regime socialista de forma tão peremptória que o leitor ou descarta o texto de imediato, se tiver um mínimo de senso crítico, pois o contrabando ideológico é evidente; ou segue em frente, se tiver simpatia pelas idéias expressas pela revista.

A verdade é que Veja optou por se fechar cada vez mais em torno desta fórmula: um anticomunismo tosco e obsoleto que permeia praticamente todas as reportagens sobre assuntos políticos e até as que nada têm a ver com política. Há um público que gosta, acha válido o "combate" dos cruzados que se encarregam de escrever a revista contra as "forças do mal". No futuro, a revista vai ser estudada nas faculdades como um exemplo de panfleto ideológico de extrema-direita que conseguiu ser bem-sucedido e vender mais de 1 milhão de exemplares. Porque Veja hoje é exatamente isto: um panfleto e como tal deve ser tratado.

http://blogentrelinhas.blogspot.com/

 

Por que a mídia quer despolitizar a população?

Essa é uma boa questão. É visível que, no decorrer de 2006, de modo geral, veículos de comunicação tentaram criar um falso duelo entre "maus e corruptos" e "bons e técnicos". Houve na verdade uma tentativa de despolitizar a população. Tarso Genro chegou a comentar esse assunto. O principal alvo desse discurso são os dirigentes do movimento social, mas também o povo é influenciado.

O discurso da mídia é o da rejeição dos políticos. Não é um discurso exclusivamente dirigido contra o presidente Lula. É contra os políticos em geral. Político não presta, decreta o “formador de opinião”. Aquele jornalista blogueiro corporativo da Folha de S. Paulo, Josias de Souza, talvez seja o exemplo mais radical. Chegam a ser fascistóides seus textos. Os políticos não prestam, as instituições não prestam, os partidos não prestam.

A linha editorial da mídia durante as eleições, em geral, foi pela desmoralização das pessoas envolvidas com a política e a sugestão insistente de uma limpeza técnica. Os políticos não prestam, quem presta são os técnicos supostamente limpos, e a vigilância sobre todos cabe à impoluta mídia incorruptível (?).

A questão é saber se os jornalistas, auto-proclamados formadores de opinião, assim atuam por golpismo, conspiração, se por pura anarquia ou simplesmente por dinheiro. Segundo eles, de um lado, estão os políticos maus e corruptos, do outro os bons e técnicos. Isso cheira a fascismo. Mais conseqüente seria se a mídia se dedicasse de fato a incentivar o debate sobre a democracia, nossos partidos políticos, a participação direta da cidadania no processo político e na tomada de decisões.

Essa busca compulsiva pela manchete negativa para vender jornal e forjar audiência, evidentemente, não fortalece a democracia. Mas o que estou dizendo? A mídia brasileira nunca foi expert em promover a democracia...

 

Do sensacionalismo (da mídia) também nasce a barbárie

O país assiste o espetáculo do apagão da mídia. Como disse o blogueiro Eduardo Morais, acabou-se a tolerância com a liberdade de imprensa das empresas de comunicação e jornalistas ensandecidos. A mídia banaliza a desgraça alheia e destrói vidas, famílias e patrimônios, em busca de manchetes.

Todos viram nos jornais e horário nobre da TV brasileira, o caso da mãe que em Taubaté (SP) envenenou o filho com a administração de cocaína no leite da mamadeira. Agora, estarrecido, leio que as informações não tinham fundamento, não existia cocaína alguma. E a mãe, rotulada de ex-viciada, psicótica e alienada, presa e surrada por colegas de cela, perdeu parte da audição depois de ter um dos ouvidos perfurados por uma caneta, introduzida pelas detentas como forma de vingança e repúdio ao ato da mãe – afinal inocente e totalmente fragilizada pela perda irreparável de seu bebê, a perda de um filho.

O cidadão Eduardo Morais não conseguiu ignorar mais um bizarro fato do cotidiano deste país de sensacionalismo e circo, e por isso escreveu para a redação do Observatório da Imprensa. “Não consigo imaginar como seria possível aos responsáveis pela difusão e exploração de um caso tão delicado e trágico como este chegarem a suas casas com a sensação de dever cumprido em nome da imprensa e da liberdade que lhes foi dada”.

”Justiça é a única palavra que vem à cabeça: que a justiça seja feita. A mim, como mero espectador deste circo, só me resta sonhar que um dia não tenha que ser cúmplice indireto de tamanha barbaridade”. (Por Eduardo Moraes em 6/12/2006).

No Observatório da ImprensaFonte Grupo Beatrice # 11:11 AM

12 de dezembro de 2006

 

Faltou jornalismo na cobertura da Folha sobre troca no BB

Zé Dirceu em seu blog foi muito elegante ao afirmar que "Faltou jornalismo na cobertura da Folha sobre troca no BB". Acho que faltou muito mais, faltou vergonha na cara. A matéria é mentirosa, preconceituosa e basicamente visa a atingir o PT.

SEGUE O TEXTO DE ZÉ DIRCEU

Faltou jornalismo na Folha...

12/12/2006 13:07
Nada mais mentirosas que as matérias da Folha de hoje sobre a troca de comando na presidência do Banco do Brasil. Sai Rossano Maranhão, que substituiu a Cassio Casseb – os dois sem nenhuma ligação com o PT, pelo contrário –, e assume Antônio Francisco de Lima Neto, também sem nenhuma ligação com o PT.

Rossano Maranhão e Antônio Francisco de Lima Neto são funcionários de carreira do BB, e Cassio Casseb, reconhecido executivo da área financeira e bancária. Ou seja, tudo ao contrário do que está nas duas matérias da Folha, reproduzidas na Folha Online.

O governo do presidente Lula pode avocar para si esse mérito, o de ter indicado três presidentes para o BB totalmente independentes, além de também profissionais de carreira.Os títulos falam por si, tanto um, "Maranhão deixa BB sem conseguir conter 'petização' do banco", como outro, "Presidente é segundo que falha contra aparelhamento".

São matérias de oposição, nada de jornalismo, já que todos petistas que estão no BB são também funcionários de carreira. Não me consta que, quando tucanos dirigiram bancos e empresas estatais, a Folha tenha se manifestado nos termos em que faz hoje. “Despetizar” é um termo que beira ao racismo e ao preconceito, estimula o ódio ao PT e vende para a sociedade a criminalização do partido.

Esta é a Folha de S.Paulo, a quem tanto devemos na luta pela democracia, mas que também tem as suas recaídas autoritárias.

enviada por Zé Dirceu
http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/

 

Pensei que era neurose minha, mas, há algo de podre no ar

Quando surgiu com a tragédia da queda do avião da GOL, essa turbulência na aviação, o primeiro pensamento que me veio foi que havia algo de suspeito. Quantidade insuficiente de controladores de vôos não surge assim do nada, nem podia ser coisa de um só governo. Afinal, o espetáculo do crescimento não foi assim tão espetacular para explicar o aumento de passageiros e de vôos. Era uma crise antiga contida manu militari.

As matérias da Folha de S. Paulo e demais grandes jornais, revistas Veja e Istoé pouco explicaram, porque visivelmente continham o ranço anti-governista. O governo é o culpado, o governo é o culpado, o governo é o culpado. Um saco, para a inteligência mediana agüentar. Ainda agora parece campanha eleitoral. Pau no governo, pau no Lula, pau no Waldir Pires.

Aí surgiu a revista carta Capital com a manchete de capa “Algo de podre no ar”. Sim senhor. Há algo de podre nessa movimentação dos controladores de vôo. Militares de extrema-direita que julgávamos enterrados e no ostracismo levantam a cabecinha. A mídia pede a demissão do ministro da Defesa. Jornalistas robôs já chegam com a pergunta pronta: saiu a demissão?

A mídia, como se sabe, está sob suspeita. Foi um alívio saber que Lula não vai cair na armadilha da direita para demitir o ministro Waldir Pires. Inventaram até uma falsa quebra de hierarquia militar. O senador ACM, claro, volta a pregar o golpe. O PSDB e seus palhaços de sempre jogam lenha na fogueira. Há cheiro de sabotagem na crise dos aeroportos.

Foi um alívio ler a reportagem da Carta Capital. Eu recomendo.

11 de dezembro de 2006

 

Militares homenageiam ditador sanguinário

O militarismo ainda está forte na América Latina. O general Augusto Pinochet, ditador chileno de 1973 a 1990, responsável por mais de três mil assassinatos e 30 mil prisioneiros torturados, não terá honras de Estado, mas terá honras militares. É a opinião de Plínio de Arruda Sampaio com a qual concordo. Milhares de pessoas neste momento em todo o mundo estão comemorando a morte do ditador sanguinário. A passagem dele pelo poder no Chile, através de um golpe de estado violento, foi uma desgraça para a democracia no mundo inteiro. Ele comandou assassinato até em Nova Iorque.

A presidenta atual do Chile, Michele Bachelet, rejeitou honras de Estado no velório do assassino. O pai de Michele Bachelet, um general, foi fuzilado pelo regime de Pinochet. Ela própria foi presa e torturada. O regime de Pinochet era apoiado pelos ricos. Inclusive pela classe média alta. O Chile de Pinochet foi a ponta-de-lança do liberalismo radical. O desmonte do Estado que ocorreu na década de 70 no Chile só foi ocorrer na década de 90 no Brasil. Foi uma fase de capitalismo selvagem. O legado de Pinochet é de sangue na política e de desastre econômico com privatizações, aumento das desigualdades sociais e desmonte das proteções trabalhistas.

O general Pinochet de triste memória, além de não honrar a farda que vestiu, foi um serviçal dos interesses dos EUA na América Latina, um traidor da pátria. Um assassino frio. E agora está se descobrindo que era também ladrão, com contas secretas no exterior.

O militarismo ainda está forte na América Latina e no Brasil. Até hoje militares brasileiros “comemoram” o golpe militar de 1964. Também essa gente precisa morrer. O Brasil precisa de outros generais com a democracia na cabeça.

 

Nomeação de Geraldo Simões é resposta aos chantagistas

O secretariado anunciado pelo governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, é de primeira linha. Mas, a nomeação do deputado federal eleito, ex-prefeito de Itabuna e ex-presidente da Codeba, Geraldo Simões, para a Secretaria da Agricultura tem um gosto especial. É uma resposta à mídia chantagista e aos chantagistas da região do cacau vinculados ao PFL. Numa estratégia de marketing do mal, envolvendo PFL, revista Veja, jornais regionais e prefeituras reféns do carlismo, os chantagistas compraram jornalistas e tentaram atingir a campanha do presidente Lula. A acusação caluniosa de que membros do PT trouxeram a praga vassoura-de-bruxa que dizimou a cultura cacaueira visava atingir a campanha de Lula e enterrar o PT na região.

Deram-se mal. Os eleitores perceberam a maracutaia, Lula ganhou na região, Wagner ganhou na Bahia e Geraldo Simões foi eleito deputado federal pelo PT. Agora será secretário da Agricultura.
A imprensa que se prestou a esse papel até hoje deve explicações ao seus leitores. Na Assembléia Legislativa a CPI do Cacau começa a descobrir mentiras e falsos testemunhos dos acusadores de aluguel. Primeiro, o jornalista da revista Veja, Policarpo de Tal, que emprestou seu nome para duas “reportagens” da desacreditada revista, recusou-se a comparecer como cidadão à CPI do Cacau. Não é sintomático? Depois, a CPI do Cacau se dá conta que o principal acusador – principal fonte da revista Veja - sofria visivelmente das faculdades mentais. Agora, um documento da Polícia Federal revela que o pesquisador Alberto Sena Gomes mentiu em seu depoimento à CPI do Cacau. O documento é de 1989 e revela outra história bem diferente que a história contada pelo ex-chefe do Centro de Pesquisas do Cacau da Ceplac. Sena Gomes não viu coisa nenhuma. Ouviu dizer. A história de um bilhete deixado junto a um saco com galhos infectados da praga vassoura-de-bruxa é pura invencionice.

Aliás, em 1996, Sena Gomes apareceu numa série de matérias feitas pelo repórter José Raimundo e veiculadas no Jornal Nacional. As reportagens acusavam o pesquisador de vender material genético e resultados de pesquisas para fazendeiros e empresas privadas. Ele chegou a ser detido quando deixava a sede da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna e, no momento da detenção, seguranças das instituições encontraram material genético resistente à vassoura-de-bruxa. A partir daquele momento e durante um bom tempo, o órgão de pesquisa do cacau passou a revistar todos os veículos que entravam e saiam da sede. Esse fato, ignorado por integrantes da CPI, impediu que o pesquisador fosse questionado sobre o que o teria levado a contar uma história que não encontra respaldo em documentos e que é desmentida pela investigação da Polícia Federal.

Geraldo Simões com certeza voltará à prefeitura de Itabuna.

 

Revista Teoria e Debate ganha cara nova

A edição nº 68 da revista Teoria e Debate, órgão da Fundação Perseu Abramo, está na rua de cara nova. A publicação passou por uma reforma editorial e gráfica, ganhou novo formato, novas seções e mais cores. O jornalista, escritor e deputado estadual Emiliano José (PT-BA) assina o ensaio “Bahia: A crônica de uma vitória não-anunciada” (texto na íntegra em www.emilianojose.com.br) explicando as razões da estrondosa vitória de Jaques Wagner (PT-BA). No geral, a revista mantém a diversidade de abordagens e pluralidade de opiniões no campo da esquerda brasileira. Esta edição destaca um conjunto de análises sobre os resultados das eleições de 2006 e os desdobramentos para o governo Lula e o PT.

 

Vitória de Aroldo Cedraz para TCU nada tem a ver com ACM

A vitória do carlista Aroldo Cedraz (PFL-BA) indicado para o TCU pelo plenário da Câmara não tem nada a ver com o senador ACM. O velho e derrotado senador é incapaz hoje de indicar ascensorista de elevador. A vitória do pefelista baiano sobre o petista Paulo Delgado tem a ver com a disputa da presidência da Câmara. Optando por Arlindo Chinaglia, o PT recusou o nome de Geddel Vieira Lima ou de qualquer outro peemedebista. No dia seguinte, a base governista respondeu mostrando seu descontentamento. Estima-se que pelo menos 100 deputados da base governista votaram no pefelista, inclusive muitos adeptos da recondução de Aldo Rebelo à presidência. A vitória de Aroldo Cedraz é mais uma demonstração de força de Aldo Rebelo que do chefe político de Aroldo Cedraz. Aliás, Aroldo Cedraz é um deputado federal que não se reelegeu porque levou uma rasteira do carlismo. Seus votos foram transferidos acintosamente para o deputado ACM Neto. Basta conferir o mapa de votação. Se continuar "fiel" aos trambiques do chefe é caso de internação.

10 de dezembro de 2006

 

Bernardo Kucinski critica autoritarismo da mídia

Com um título ligeiramente capcioso, a Folha de S. Paulo publicou entrevista (09/11) com o jornalista Bernardo Kucinski. O título da Folha é: "Ex-assessor de Lula critica Radiobrás e “autoritarismo” da mídia". Assim mesmo, ex-assessor de Lula sem aspas e a palavra autoritarismo com aspas. Como se o tituleiro estivesse questionando editorialmente a crítica ao autoritarismo da mídia, por parte de Kucinski. É o jornalismo “imparcial” da Folha, como todos conhecemos. A entrevista alimenta o debate sobre a rede pública de jornalismo necessária ao país e o fortalecimento de meios alternativos de comunicação.

A entrevista para não-assinante da Folha está no site www.emilianojose.com.br

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