13 de dezembro de 2006
Do sensacionalismo (da mídia) também nasce a barbárie
O país assiste o espetáculo do apagão da mídia. Como disse o blogueiro Eduardo Morais, acabou-se a tolerância com a liberdade de imprensa das empresas de comunicação e jornalistas ensandecidos. A mídia banaliza a desgraça alheia e destrói vidas, famílias e patrimônios, em busca de manchetes.
Todos viram nos jornais e horário nobre da TV brasileira, o caso da mãe que em Taubaté (SP) envenenou o filho com a administração de cocaína no leite da mamadeira. Agora, estarrecido, leio que as informações não tinham fundamento, não existia cocaína alguma. E a mãe, rotulada de ex-viciada, psicótica e alienada, presa e surrada por colegas de cela, perdeu parte da audição depois de ter um dos ouvidos perfurados por uma caneta, introduzida pelas detentas como forma de vingança e repúdio ao ato da mãe – afinal inocente e totalmente fragilizada pela perda irreparável de seu bebê, a perda de um filho.
O cidadão Eduardo Morais não conseguiu ignorar mais um bizarro fato do cotidiano deste país de sensacionalismo e circo, e por isso escreveu para a redação do Observatório da Imprensa. “Não consigo imaginar como seria possível aos responsáveis pela difusão e exploração de um caso tão delicado e trágico como este chegarem a suas casas com a sensação de dever cumprido em nome da imprensa e da liberdade que lhes foi dada”.
”Justiça é a única palavra que vem à cabeça: que a justiça seja feita. A mim, como mero espectador deste circo, só me resta sonhar que um dia não tenha que ser cúmplice indireto de tamanha barbaridade”. (Por Eduardo Moraes em 6/12/2006).
No Observatório da ImprensaFonte Grupo Beatrice # 11:11 AM
Todos viram nos jornais e horário nobre da TV brasileira, o caso da mãe que em Taubaté (SP) envenenou o filho com a administração de cocaína no leite da mamadeira. Agora, estarrecido, leio que as informações não tinham fundamento, não existia cocaína alguma. E a mãe, rotulada de ex-viciada, psicótica e alienada, presa e surrada por colegas de cela, perdeu parte da audição depois de ter um dos ouvidos perfurados por uma caneta, introduzida pelas detentas como forma de vingança e repúdio ao ato da mãe – afinal inocente e totalmente fragilizada pela perda irreparável de seu bebê, a perda de um filho.
O cidadão Eduardo Morais não conseguiu ignorar mais um bizarro fato do cotidiano deste país de sensacionalismo e circo, e por isso escreveu para a redação do Observatório da Imprensa. “Não consigo imaginar como seria possível aos responsáveis pela difusão e exploração de um caso tão delicado e trágico como este chegarem a suas casas com a sensação de dever cumprido em nome da imprensa e da liberdade que lhes foi dada”.
”Justiça é a única palavra que vem à cabeça: que a justiça seja feita. A mim, como mero espectador deste circo, só me resta sonhar que um dia não tenha que ser cúmplice indireto de tamanha barbaridade”. (Por Eduardo Moraes em 6/12/2006).
No Observatório da ImprensaFonte Grupo Beatrice # 11:11 AM