12 de dezembro de 2006

 

Pensei que era neurose minha, mas, há algo de podre no ar

Quando surgiu com a tragédia da queda do avião da GOL, essa turbulência na aviação, o primeiro pensamento que me veio foi que havia algo de suspeito. Quantidade insuficiente de controladores de vôos não surge assim do nada, nem podia ser coisa de um só governo. Afinal, o espetáculo do crescimento não foi assim tão espetacular para explicar o aumento de passageiros e de vôos. Era uma crise antiga contida manu militari.

As matérias da Folha de S. Paulo e demais grandes jornais, revistas Veja e Istoé pouco explicaram, porque visivelmente continham o ranço anti-governista. O governo é o culpado, o governo é o culpado, o governo é o culpado. Um saco, para a inteligência mediana agüentar. Ainda agora parece campanha eleitoral. Pau no governo, pau no Lula, pau no Waldir Pires.

Aí surgiu a revista carta Capital com a manchete de capa “Algo de podre no ar”. Sim senhor. Há algo de podre nessa movimentação dos controladores de vôo. Militares de extrema-direita que julgávamos enterrados e no ostracismo levantam a cabecinha. A mídia pede a demissão do ministro da Defesa. Jornalistas robôs já chegam com a pergunta pronta: saiu a demissão?

A mídia, como se sabe, está sob suspeita. Foi um alívio saber que Lula não vai cair na armadilha da direita para demitir o ministro Waldir Pires. Inventaram até uma falsa quebra de hierarquia militar. O senador ACM, claro, volta a pregar o golpe. O PSDB e seus palhaços de sempre jogam lenha na fogueira. Há cheiro de sabotagem na crise dos aeroportos.

Foi um alívio ler a reportagem da Carta Capital. Eu recomendo.

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