2 de agosto de 2012
Pelegrino lança aplicativo para redes sociais no primeiro debate entre candidatos, hoje
O candidato à Prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino (PT), da coligação “Todos Juntos por Salvador”, lança um aplicativo dentro da página do seu Facebook de campanha – /SouPelegrino13 – para promover o primeiro debate eleitoral de Salvador, que acontece hoje (quinta-feira, 2) pela TV Band.
A intenção do aplicativo é promover a discussão política entre os eleitores, de modo que todos tragam contribuições para o que será discutido pelos candidatos. O aplicativo poderá ser acessado na página de Pelegrino no Facebook (www.facebook.com/soupelegrino13).
Através de um link na fan page do candidato, os usuários da rede social irão ter acesso a uma nova aba que ficará aberta no Facebook para que o eleitor possa comentar os temas do debate. De um lado da janela ficarão as últimas referências feitas no Twitter que usarem a hashtag #Sou13naBand e, na outra metade da página, ficará o espaço para que o usuário possa comentar, juntamente com outros eleitores, sobre o andamento do debate.
A intenção do aplicativo é promover a discussão política entre os eleitores, de modo que todos tragam contribuições para o que será discutido pelos candidatos. O aplicativo poderá ser acessado na página de Pelegrino no Facebook (www.facebook.com/soupelegrino13).
Através de um link na fan page do candidato, os usuários da rede social irão ter acesso a uma nova aba que ficará aberta no Facebook para que o eleitor possa comentar os temas do debate. De um lado da janela ficarão as últimas referências feitas no Twitter que usarem a hashtag #Sou13naBand e, na outra metade da página, ficará o espaço para que o usuário possa comentar, juntamente com outros eleitores, sobre o andamento do debate.
1 de agosto de 2012
Minhas homenagens ao padre Paulo Tonucci
O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, assistiram a missa celebrada em homenagem à memória de padre Paulo Tonucci, na Catedral São Thomaz de Cantuária em Camaçari, no domingo (30/07/2012).
Fiquei triste por não poder comparecer. Padre Paulo Tonucci celebrou meu casamento com Maria Alice, em 1976. Participamos juntos, naquele ano, da Invasão do Marotinho, em São Caetano, que obrigou o governador Roberto Santos a garantir espaço para a construção do bairro Novo Marotinho, na Estrada Velha do Aeroporto.
O advogado da luta popular era Adelmo Oliveira, que foi meu padrinho de casamento. Lembro-me como hoje. Eu era repórter do Jornal da Bahia e quando me dei conta estava transportando “invasores” em meu velho fusca 68. Padre Paulo Tonucci e padre Renzo Rossi colocaram a Igreja da Capelinha de São Caetano a serviço das lutas populares desde a década de 1970. Padre Paulo criou no bairro Fazenda Grande, em 1971, a Escola Profissionalizante Primeiro de Maio, onde éramos convocados para dar aulas de Português. Também fundou a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiciocese de Salvador. Fou um militante radical dos Direitos Humanos.
Somente em 1981 Tonucci deslocou-se para Camaçari.
A missa foi celebrada pelo bispo de Camaçari, dom João Carlos Petrini, e contou com a presença do irmão de padre Paulo Tonucci, o arcebispo de Loretto, na Itália, dom Giovanni Tonucci.
Durante a celebração, dom Giovanni agradeceu a presença dos políticos e dos fiéis. “Fico muito feliz por todas essas homenagens e principalmente por conhecer as pessoas que estiveram ao lado do meu irmão em tantas lutas”, ressaltou.
O bispo de Camaçari, dom João Petrini lembrou a amizade entre Paulo Tonucci, o prefeito Caetano e o governador Wagner. “É uma honra para nossa Igreja saber que um padre foi tão importante para a formação política e pessoal desses dois homens”, comentou.
Dom Petrini lembrou ainda que o padre chegou a Camaçari no momento em que a cidade e o Pólo Industrial se consolidavam, após a ditadura e que “sempre esteve envolvido com as causas políticas”.
Além da missa em homenagem ao padre Paulo Tonucci, no sábado (28/07) um seminário foi realizado, na Casa do Trabalho, com o tema “Restaurando e Revigorando Nossas Raízes”.
A iniciativa, cujo objetivo foi homenagear a vida e obra do padre Paulo Tonucci, contou as presenças de amigos pessoais dele, como o padre italiano Renzo Rossi, a presidente da Apito (Associação Padre Paulo Tonucci), Délia Boninsegna, historiadores e estudiosos da Igreja Católica, além do irmão de Paulo Tonucci, dom Giovanni que veio da Itália especialmente para participar das homenagens.
Uma semana antes, sábado (21/07/), acompanhei a visita de Padre Renzo às ruínas da Penitenciária Lemos de Brito, onde ele prestou assistência aos presos políticos, incluindo o hoje deputado federal Emiliano José (PT) e Teodomiro Romeiro dos Santos, hoje juiz do Trabalho em Recife. Visitamos juntos a PLB, chamada pela imprensa "Maracanã da Fossa", por causa de sua estrutura oval. Padre Renzo prestou depoimento, juntamente com Emiliano e Teododomiro, para um documentário que está sendo produzido pela Produtora Santo Guerreiro.
PADRE PAULO TONUCCI
Padre Paulo Tonucci nasceu em 4 de maio de 1939, na cidade de Fano, Itália. Chegou a Camaçari no ano de 1981, onde residiu até 1994, quando faleceu vítima de um câncer. Líder atuante, padre Paulo lutava por causas políticas e sociais. Ele colaborou com a estruturação de Camaçari, tanto no campo político, como no religioso, e foi o idealizador de construções como a Igreja Matriz, hoje Catedral São Thomaz de Cantuária, de cinco igrejas em bairros da cidade e da Chácara dos Padres, local utilizado atualmente para a formação dos padres que atuam nos Municípios e que integram a diocese.
(Com informações da Ascom da Prefeitura Municipal de Camaçari)
Fiquei triste por não poder comparecer. Padre Paulo Tonucci celebrou meu casamento com Maria Alice, em 1976. Participamos juntos, naquele ano, da Invasão do Marotinho, em São Caetano, que obrigou o governador Roberto Santos a garantir espaço para a construção do bairro Novo Marotinho, na Estrada Velha do Aeroporto.
O advogado da luta popular era Adelmo Oliveira, que foi meu padrinho de casamento. Lembro-me como hoje. Eu era repórter do Jornal da Bahia e quando me dei conta estava transportando “invasores” em meu velho fusca 68. Padre Paulo Tonucci e padre Renzo Rossi colocaram a Igreja da Capelinha de São Caetano a serviço das lutas populares desde a década de 1970. Padre Paulo criou no bairro Fazenda Grande, em 1971, a Escola Profissionalizante Primeiro de Maio, onde éramos convocados para dar aulas de Português. Também fundou a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiciocese de Salvador. Fou um militante radical dos Direitos Humanos.
Somente em 1981 Tonucci deslocou-se para Camaçari.
A missa foi celebrada pelo bispo de Camaçari, dom João Carlos Petrini, e contou com a presença do irmão de padre Paulo Tonucci, o arcebispo de Loretto, na Itália, dom Giovanni Tonucci.
Durante a celebração, dom Giovanni agradeceu a presença dos políticos e dos fiéis. “Fico muito feliz por todas essas homenagens e principalmente por conhecer as pessoas que estiveram ao lado do meu irmão em tantas lutas”, ressaltou.
O bispo de Camaçari, dom João Petrini lembrou a amizade entre Paulo Tonucci, o prefeito Caetano e o governador Wagner. “É uma honra para nossa Igreja saber que um padre foi tão importante para a formação política e pessoal desses dois homens”, comentou.
Dom Petrini lembrou ainda que o padre chegou a Camaçari no momento em que a cidade e o Pólo Industrial se consolidavam, após a ditadura e que “sempre esteve envolvido com as causas políticas”.
Além da missa em homenagem ao padre Paulo Tonucci, no sábado (28/07) um seminário foi realizado, na Casa do Trabalho, com o tema “Restaurando e Revigorando Nossas Raízes”.
A iniciativa, cujo objetivo foi homenagear a vida e obra do padre Paulo Tonucci, contou as presenças de amigos pessoais dele, como o padre italiano Renzo Rossi, a presidente da Apito (Associação Padre Paulo Tonucci), Délia Boninsegna, historiadores e estudiosos da Igreja Católica, além do irmão de Paulo Tonucci, dom Giovanni que veio da Itália especialmente para participar das homenagens.
Uma semana antes, sábado (21/07/), acompanhei a visita de Padre Renzo às ruínas da Penitenciária Lemos de Brito, onde ele prestou assistência aos presos políticos, incluindo o hoje deputado federal Emiliano José (PT) e Teodomiro Romeiro dos Santos, hoje juiz do Trabalho em Recife. Visitamos juntos a PLB, chamada pela imprensa "Maracanã da Fossa", por causa de sua estrutura oval. Padre Renzo prestou depoimento, juntamente com Emiliano e Teododomiro, para um documentário que está sendo produzido pela Produtora Santo Guerreiro.
PADRE PAULO TONUCCI
Padre Paulo Tonucci nasceu em 4 de maio de 1939, na cidade de Fano, Itália. Chegou a Camaçari no ano de 1981, onde residiu até 1994, quando faleceu vítima de um câncer. Líder atuante, padre Paulo lutava por causas políticas e sociais. Ele colaborou com a estruturação de Camaçari, tanto no campo político, como no religioso, e foi o idealizador de construções como a Igreja Matriz, hoje Catedral São Thomaz de Cantuária, de cinco igrejas em bairros da cidade e da Chácara dos Padres, local utilizado atualmente para a formação dos padres que atuam nos Municípios e que integram a diocese.
(Com informações da Ascom da Prefeitura Municipal de Camaçari)
Candidatos a prefeito de Salvador estão livres da baixaria do mensalão
Os três principais candidatos a prefeito de Salvador estão praticamente impedidos de explorar, demagogicamente, o tema do mensalão. Seria um tiro no pé. Bom para os eleitores que poderão ouvir as propostas para a cidade.
Nelson Pelegrino (PT) passa longe do mensalão, porque não tem nada com isso. Está limpo.
ACM Neto (DEM) se fizesse a besteira de abordar o tema teria que ouvir as denúncias que derrubaram o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) e o escândalo que levou à cassação do senador Demóstenes Torres, por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Mário Kertész (PMDB) se tocar no tema vai ter que ouvir o troco. O PMDB teve dois ministros – Wagner Rossi, da Agricultura, e Pedro Novais, do Turismo, afastados pela presidenta Dilma Rousseff por envolvimento em esquemas de corrupção. O PMDB ainda tem um ex-membro entre os réus do mensalão, o ex-deputado federal José Borba, que renunciou ao mandato para não perder os direitos políticos.
O eleitor de Salvador só tem a ganhar com isso. Fica livre da baixaria.
Nelson Pelegrino (PT) passa longe do mensalão, porque não tem nada com isso. Está limpo.
ACM Neto (DEM) se fizesse a besteira de abordar o tema teria que ouvir as denúncias que derrubaram o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) e o escândalo que levou à cassação do senador Demóstenes Torres, por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Mário Kertész (PMDB) se tocar no tema vai ter que ouvir o troco. O PMDB teve dois ministros – Wagner Rossi, da Agricultura, e Pedro Novais, do Turismo, afastados pela presidenta Dilma Rousseff por envolvimento em esquemas de corrupção. O PMDB ainda tem um ex-membro entre os réus do mensalão, o ex-deputado federal José Borba, que renunciou ao mandato para não perder os direitos políticos.
O eleitor de Salvador só tem a ganhar com isso. Fica livre da baixaria.
31 de julho de 2012
O valerioduto abasteceu o ministro do STF Gilmar Mendes
Está na matéria de capa da revista CartaCapital. Vale a pena ler. Impressionante.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20625
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20625
Sobre os falsos paladinos da liberdade de expressão
O escritor Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa, comenta a renúncia coletiva do Conselho editorial da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN), após censura à divulgação no site da revista do livro A Privataria Tucana. Tudo permanece muito nebuloso. À revista CartaCapital o jornalista Celso de Castro Barbosa declarou: “Fui censurado e injuriado”. A notícia foi censurada após um chilique do PSDB, e pressões de Gustavo Franco, ex-presidente do BACEN.
Venício escreve: “Relembro este episódio motivado pela representação que o PSDB protocolou no último dia 23 de julho na Procuradoria Geral Eleitoral com o objetivo de “denunciar a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas. Da mesma forma, pretende-se denunciar a utilização de tais blogs e sites como instrumento ilegal de propaganda eleitoral”.
Baseada em matérias jornalísticas publicadas na revista Veja, e nos jornais O Globo e na Folha de S.Paulo, a representação denuncia (1) a utilização de blogs e sites “para desmoralizar o Supremo Tribunal Federal por ocasião do julgamento do ‘mensalão’”; (2) a conclamação de organizações para defender réus da Ação Penal 470; e (3) a utilização de blogs para “fazer propaganda eleitoral para candidatos apoiados pelo Partido dos Trabalhadores”.
Alguma novidade? O comportamento antidemocrático de certos setores que se apresentam publicamente como defensores da democracia não constitui exatamente uma surpresa para quem acompanha a vida política do nosso país. Historicamente, o “liberalismo” brasileiro tem convivido, sem qualquer constrangimento, com posições não democráticas.
Não surpreende, portanto, que a defesa da liberdade de expressão – indevidamente associada à liberdade da imprensa – se caracterize por ser marcadamente seletiva. Quando se trata de opiniões divergentes, a resenha deve ser retirada do site (como aconteceu na RHBN) e/ou elas passam a ser consideradas como “coação e difamação de instituições democráticas”.
O contraponto dos “blogs sujos”. O professor Bernardo Kucinski argumenta que o surgimento da Última Hora, no segundo governo Vargas (1951-1954), “constitui o único momento na história da imprensa brasileira em que tanto a burguesia como o campo popular constituem um espaço público por intermédio de grandes veículos de comunicação e debatem nesse espaço com armas equivalentes”.
Os “blogs sujos” estão de facto se transformando em importante contraponto ao discurso homogêneo da grande mídia dominante. Essa talvez seja a grande novidade. E isso, sim, parece ser intolerável para alguns setores – falsos paladinos – que ostentam publicamente a bandeira da liberdade de expressão e da democracia entre nós.
LEIA NA ÍNTEGRA:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/os_falsos_paladinos_da_liberdade_de_expressao
Venício escreve: “Relembro este episódio motivado pela representação que o PSDB protocolou no último dia 23 de julho na Procuradoria Geral Eleitoral com o objetivo de “denunciar a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas. Da mesma forma, pretende-se denunciar a utilização de tais blogs e sites como instrumento ilegal de propaganda eleitoral”.
Baseada em matérias jornalísticas publicadas na revista Veja, e nos jornais O Globo e na Folha de S.Paulo, a representação denuncia (1) a utilização de blogs e sites “para desmoralizar o Supremo Tribunal Federal por ocasião do julgamento do ‘mensalão’”; (2) a conclamação de organizações para defender réus da Ação Penal 470; e (3) a utilização de blogs para “fazer propaganda eleitoral para candidatos apoiados pelo Partido dos Trabalhadores”.
Alguma novidade? O comportamento antidemocrático de certos setores que se apresentam publicamente como defensores da democracia não constitui exatamente uma surpresa para quem acompanha a vida política do nosso país. Historicamente, o “liberalismo” brasileiro tem convivido, sem qualquer constrangimento, com posições não democráticas.
Não surpreende, portanto, que a defesa da liberdade de expressão – indevidamente associada à liberdade da imprensa – se caracterize por ser marcadamente seletiva. Quando se trata de opiniões divergentes, a resenha deve ser retirada do site (como aconteceu na RHBN) e/ou elas passam a ser consideradas como “coação e difamação de instituições democráticas”.
O contraponto dos “blogs sujos”. O professor Bernardo Kucinski argumenta que o surgimento da Última Hora, no segundo governo Vargas (1951-1954), “constitui o único momento na história da imprensa brasileira em que tanto a burguesia como o campo popular constituem um espaço público por intermédio de grandes veículos de comunicação e debatem nesse espaço com armas equivalentes”.
Os “blogs sujos” estão de facto se transformando em importante contraponto ao discurso homogêneo da grande mídia dominante. Essa talvez seja a grande novidade. E isso, sim, parece ser intolerável para alguns setores – falsos paladinos – que ostentam publicamente a bandeira da liberdade de expressão e da democracia entre nós.
LEIA NA ÍNTEGRA:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/os_falsos_paladinos_da_liberdade_de_expressao
A mídia já julgou o suposto mensalão. Para que STF?
Está chegando a hora. O Procurador Geral da República Roberto Gurgel já condenou os acusados. E a imprensa além de condenar, levou-os à execração pública, como se faz nas ditaduras e se fazia na Idade Média. Joguem bosta na Geni, diria o menestel.
Jânio de Freitas, num momento de lucidez, escreve hoje na Folha de S. Paulo (31/07), página A6, um artigo intitulado “O julgamento da imprensa”. Segundo ele, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. “Entre a insinuação mal-disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir seus saberes”.
“Os trabalhos jornalísticos com esforço de equilíbrio estão em minoria quase comovente”, afirma Jânio de Freitas.
Em suma,a imprensa ataca a liberdade dos magistrados de exercerem sua concepção de Justiça, sem influências, inconscientes mesmo, de fatores externos ao julgamento, qualquer que seja, afirma o jornalista. Isso é uma condição própria de regimes autoritários.
A imprensa ataca também o povo brasileiro, ao tentar formar uma opinião pública condenatória de antemão, trata-se de uma indução da animosidade contra os réus e os advogados. A imprensa não deixa alternativa: ou os magistrados condenam os réus, ou a opinião pública formada pela imprensa condena a magistratura.
FHC FAZ O JOGO DA IMPRENSA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirma na mesma página, com direito a manchete: STF precisa ouvir a opinião pública, diz FHC”. As declarações de FHC são fascistas. O STF deve julgar, mas não pode desconhecer a opinião pública. Que opinião pública, cara-pálida? A opinião publicada na mídia pelos jornalistas? FHC faz um jogo de palavras. Nem mesmo ele acredita nisso. Ele declara que o STF deve fazer um julgamento isento, desde que condene os réus. As doideiras de FHC estão no site dele chamado Observador Político. Na verdade, trata-se de uma peça publicitária em forma de vídeo. Não merece crédito.
Jânio de Freitas, num momento de lucidez, escreve hoje na Folha de S. Paulo (31/07), página A6, um artigo intitulado “O julgamento da imprensa”. Segundo ele, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. “Entre a insinuação mal-disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir seus saberes”.
“Os trabalhos jornalísticos com esforço de equilíbrio estão em minoria quase comovente”, afirma Jânio de Freitas.
Em suma,a imprensa ataca a liberdade dos magistrados de exercerem sua concepção de Justiça, sem influências, inconscientes mesmo, de fatores externos ao julgamento, qualquer que seja, afirma o jornalista. Isso é uma condição própria de regimes autoritários.
A imprensa ataca também o povo brasileiro, ao tentar formar uma opinião pública condenatória de antemão, trata-se de uma indução da animosidade contra os réus e os advogados. A imprensa não deixa alternativa: ou os magistrados condenam os réus, ou a opinião pública formada pela imprensa condena a magistratura.
FHC FAZ O JOGO DA IMPRENSA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirma na mesma página, com direito a manchete: STF precisa ouvir a opinião pública, diz FHC”. As declarações de FHC são fascistas. O STF deve julgar, mas não pode desconhecer a opinião pública. Que opinião pública, cara-pálida? A opinião publicada na mídia pelos jornalistas? FHC faz um jogo de palavras. Nem mesmo ele acredita nisso. Ele declara que o STF deve fazer um julgamento isento, desde que condene os réus. As doideiras de FHC estão no site dele chamado Observador Político. Na verdade, trata-se de uma peça publicitária em forma de vídeo. Não merece crédito.
30 de julho de 2012
De onde vem o dinheiro das campanhas eleitorais?
Essa pergunta continua incomodando. Os partidos políticos se acusam mutuamente. Uns, publicam as empresas que contribuem financeiramente para os outros. A doação de um partido político aliado para outro é legal. Em 2004 estava regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Há um erro primário do Ministério Público no processo do suposto mensalão. O dinheiro é tratado pelo MP como irregular, ilícito, embora o texto da denúncia faça referência explícita como de “origem ainda não identificada”, conforme consta na folha 10.
Ora, dinheiro sem identificação não pode ser considerado ilegal sem que haja a prova. E, segundo o PT, ele foi fruto de recursos próprios e de empréstimos bancários. Há regras legais para doações oficiais.
De onde vem o dinheiro, inclusive o não declarado? Esse é o núcleo da questão formado a partir do furacão midiático que atingiu o PT em 2005, batizado pelo Partido da Imprensa Golpista como “mensalão”. Maurício Dias, da revista CartaCapital (01/08) chama atenção para esse detalhe.
Está chegando a hora da verdade. O STF vai julgar com independência, dentro dos autos, ou vai se deixar levar pela pressão da mídia golpista?
Há um erro primário do Ministério Público no processo do suposto mensalão. O dinheiro é tratado pelo MP como irregular, ilícito, embora o texto da denúncia faça referência explícita como de “origem ainda não identificada”, conforme consta na folha 10.
Ora, dinheiro sem identificação não pode ser considerado ilegal sem que haja a prova. E, segundo o PT, ele foi fruto de recursos próprios e de empréstimos bancários. Há regras legais para doações oficiais.
De onde vem o dinheiro, inclusive o não declarado? Esse é o núcleo da questão formado a partir do furacão midiático que atingiu o PT em 2005, batizado pelo Partido da Imprensa Golpista como “mensalão”. Maurício Dias, da revista CartaCapital (01/08) chama atenção para esse detalhe.
Está chegando a hora da verdade. O STF vai julgar com independência, dentro dos autos, ou vai se deixar levar pela pressão da mídia golpista?