14 de dezembro de 2007

 

Bispo Dom Cappio vira personagem de cordel

O mote é "Um bispo de rabo cheio/ Não quer água no sertão". O autor, Allan Sales, músico, poeta e compositor do Crato (CE), radicado no Recife. O personagem principal, o bispo de Barra (BA) Dom Luiz Flávio Cappio. Ser contra a transposição é normal, o que não é normal é esta greve de fome. O bispo está desmoralizando a Igreja Católica. LEIAM O CORDEL:

Um bispo de rabo cheio não quer água no sertão
I

Meu sertão sofre com sede
Mas tem um rio caudaloso
O bispo religioso
Falando na global rede
Quer ser como uma parede
Barrando essa redenção
A água da salvação
Do sertanejo um esteio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

II

Esse bispo passa bem
Tem casa e comida boa
Mas meu sertão fica à toa
Barrar isso não convém
Transposição assim vem
Trazer sim irrigação
Do rio a preservação
Faremos sem aperreio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

III

Seu bispo acorde agora
Assim falo da Ciência
Da humana sapiência
Que sabemos nessa hora
Sua greve só piora
É chantagem meu irmão
Usando a religião
O seu livrinho não leio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

IV

O sertão da Paraíba
Pernambuco e Ceará
O Rio Grande será
Livrado da pindaíba
O sertão que deu Furiba
No Piauí precisão
Fome de sede e exclusão
Quadro social tão feio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

V

Encheu seu rabo colega
Comeu depois arrotou
O clero sempre empatou
O bispo sim que refrega
A pieguice não pega
Chantagista de plantão
Eu quero a Transposição
Nisso greve não dá freio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

VI

Os cabras do Vaticano
Encanando nossa vida
O meu sertão vai sem guarida
Entra ano e sai ano
Meu bispo é franciscano
São Francisco em oração
Pelos pobres a opção
Nesse santo sim eu creio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

VII

Ó meu bispo deixe disso
O senhor apareceu
Seu "marquetingue" cresceu
Volte para seu chouriço
Engordar o seu toitiço
Com farta refeição
Vinho bom, sardinha e pão
E bom queijo no recheio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

VIII

Bispo deixe de conversa
Meu sertão vive à míngua
Dobre logo sua língua
E veja a forma diversa
Que essa seca perversa
Lasca tudo no torrão
Morre o boi e o alazão
Eu falo sem arrodeio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

IX

Seu bispo tão pertinente
O rio não vai morrer
Temos como reverter
A degradação presente
Não quero sertão carente
Eu quero a libertação
Pro povo alimentação
E a educação de permeio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

X

E assim vou encerrando
Fica o dito por não dito
No meu cordel segue escrito
O meu pensar vou mostrando
O meu sertão vou louvando
Cariri minha oração
Pajeú da inspiração
De poemas grande veio
"UM BISPO DE RABO CHEIO
NÃO QUER ÁGUA NO SERTÃO"

Fonte allanmenestrel@gmail.com

 

Só falta agora a Marcha com Deus Pelo rio São Francisco

A CNBB está conclamando fiéis a se unirem à greve de fome maluca do bispo fanático de Barra. A CNBB chama a greve de fome de jejum. A última vez que a Igreja Católica convocou seus fiéis para as ruas foi na "Marcha com Deus pela Liberdade", contra o governo democrático de João Goulart. E deu no que deu: um golpe militar e 25 anos de ditadura, prisões, torturas e exílio de brasileiros.

Em todo lugar do mundo em que religião se mistura à política dá em guerras, fanatismo, conflito armado. É preciso abrir uma sindicância para descobrir quem está por trás do fanatismo religioso do bispo dom Luiz Cappio.

Realmente não há mais clima para diálogo. Por mais debates, relatórios, explicações, esclarecimentos que hajam, mais os padres radicalizam. O Governo Lula é o que mais investiu na revitalização do rio São Francisco, o que mais investiu em programas de apoio às populações ribeirinhas, agricultores, quilombolas, povos indígenas. A questão é que estão em jogo dois modelos opostos de desenvolvimento. Um deles está na cabeça dos padres, pura metafísica, lastreada com leituras convenientes da bíblia.

Tudo conversa fiada. Há espaço no Brasil para o agronegócio e há espaço no Brasil para a agricultura familiar. O país precisa de fábricas e de economia solidária. Um não elimina o outro. Há muita má-fé em dizer que o agronegócio causa prejuízos ao meio-ambiente e a agricultura familiar não. O pequeno agricultor também destrói o meio-embiente, desmata, faz queimada, depreda rios e florestas. Na questão da preservação da natureza o que vai decidir é a legislação, o rigor da fiscalização e a educação da população.

O projeto da Articulação do Semi-Árido (ASA), de construção de um milhão de cisternas, não conlita com a transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional e abastecimento de cidades e projetos de desenvolvimento. Esta aparente contradição está na cabeça ideologizada de alguns padres e seus assessores.

Antes, os padres foram às ruas contra o "comunismo" e alimentaram os planos dos militares golpistas. Agora, começam a inventar que o Governo Lula, eleito pela maioria do povo brasileiro, com 65% de aprovação popular, com a total estabilização da economia e com programas de redistribuição de renda que incomodam a burguesia, é uma ditadura.

A Igreja Católica tem obrigação moral de separar o Estado da religião. O Brasil é uma democracia representativa. Tem três poderes. É uma República. Se querem um novo plano de governo têm que ganhar eleições. O que não pode é querer obrigar um governo a não realizar obras cujos estudos técnicos apontam benefícios para 12 milhões de pessoas.

Em algumas cidades, Guanambi e Irecê, a Marcha com Deus já começou. Padres e freiras à frente, seguidos pelo PFL, ex-DEM, atual D25 Felizmente, os jejuadores não passam de 50 cidadãos. São uns coitados. Mas que dá medo dá. Se os militares voltarem, com o apoio da Igreja Católica e dos partidos políticos conservadores e de direita, eu não fico mais aqui. Vou para Paris.

 

Menos verba para saúde, mais verba para bancos

Este é o Senado brasileiro. Ao vetar a prorrogação da CPMF e manter a Desvinculação de Recursos da União (DRU), o Senado cortou verba destinada à saúde e assistência social e garantiu dinheiro público que alimenta o sistema financeiro. A DRU joga 20% de todas as receitas do governo federal para o pagamento de juros da dívida, ou seja, para girar o mercado financeiro. De janeiro a outubro, a DRU retirou R$ 38 bilhões da seguridade social - saúde, assistência social e Previdência. Com o voto anti-povo dos senadores, incluindo César Borges e ACM Júnior da Bahia, os pobres que se fodam. O senador João Durval mostrou coerência, manteve sua tradição de político sério. Votou a favor da CPMF, contra os sonegadores, pelo Bolsa-Família.

13 de dezembro de 2007

 

Marcelino Galo lança livro às vésperas da eleição do PT

Nesta sexta-feira, 14, a partir das 19h, o presidente do PT da Bahia, Marcelino Galo, candidato à reeleição no segundo turno do PED, neste próximo domingo (16), faz o lançamento do livro “Novos Ventos Baianos – Caminhos e Desafios das Forças Políticas que Governam o estado”. Editora Caros Amigos.

É um livro de entrevistas. São entrevistados Jaques Wagner, o cientista político Paulo Fábio, o desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, os políticos Marcelo Nilo, Lídice da Mata, Walter Pinheiro, João Durval, Valmir Assunção, Waldir Pires, Nelson Pelegrino, Péricles dos Santos, Geddel Vieira Lima, Carlos Martins e os publicitários Sidônio Palmeira (Layout) e Alfredo Tavares (Tempo). Marcelino Galo, além de publicar um texto é o organizador do livro.

Os textos são bons, mas, talvez devido à pressa, a produção de Ivan Alex e Pedro Caribe deixou passar muitos erros. Alcides Modesto vira Alcides Modéstio, na voz de Valmir Assunção. Elquisson Soares vira Elkson Soares, na grafia da fala de Péricles Santos. O Fundese vira Fundeb na fala de Carlos Martins. O programa Credibahia vira Credbahia. Soa como se quem transcrevesse não estivesse por dentro dos assuntos. Afinal, Agência de Fomento é a Desenbahia e não o Desenbahia. Fundeb é um fundo federal da educação, Fundese é Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico do estado da Bahia. Outra coisa.

Mas nada disso é essencial. O essencial é que os depoimentos esclarecem, ajudam a entender a vitória de Wagner na Bahia. Os depoimentos enriquecem. Involuntariamente ou não, Nelson Pelegrino faz uma referência a um outro trabalho. À página 151 vem a pergunta: a vitória de Wagner foi surpresa? Ele responde: “Se analisarmos bem, foi a crônica de uma vitória anunciada...”. Ora, “Crônica de uma vitória NÃO anunciada” é o título de um livreto do jornalista e ex-deputado Emiliano José, dirigente que está com outra candidatura à presidência do PT da Bahia, Jonas Paulo. Nada é gratuito no PT.

 

Letícia Sabatella faz marketing com greve de fome do bispo fanático

Mais uma atriz que se arrisca a navegar na área cinzenta da política. A bela Letícia Sabatella deveria participar apenas do Dia Mundial dos Direitos Humanos, mas decidiu visitar o bispo dom Cappio, que faz uma absurda greve de fome contra as obras de transposição do rio São Francisco. Agora ela inventou que “tentaram” tomar o microfone dela quando lia uma carta de dom Cappio.

Está na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo de hoje (13). Folha, sempre ela. Sabatella está muito bem assessorada. Seu marqueteiro sabe que este é o melhor momento para aparecer na mídia, em defesa de...qualquer coisa que pareça defesa do meio-ambiente. A greve de fome do bispo fanático veio a calhar. Letícia Sabatella está em todos os jornais. Ela devia, em solidariedade cristã, entrar também em greve de fome.

De qualquer forma a audiência de “Desejo Proibido” , novela da Rede Globo, vai aumentar. Sabatella diz que é difícil engolir a transposição do rio São Francisco. Eu digo que mais difícil é engolir o marketing pessoal da Letícia Sabatella.

 

Waldir Pires fala no Palácio Rio Branco em Salvador

Segunda-feira (17), às 17h, Waldir Pires participa do Ciclo de Conferência “Memória do Desenvolvimento da Bahia - 1945/1964”, no auditório do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, sede da Fundação Pedro Calmon. A conferência é aberta ao público.

O tema da conferência de Waldir Pires é “O Governo Antônio Balbino e o Desenvolvimento da Bahia”. Waldir Pires vai abordar um período em que se consagrou como uma das mais representativas personalidades políticas da atualidade, dentre aqueles que tiveram participação ativa no cenário político e cultural do período entre 1945 e 1964, antes do ciclo da ditadura militar.

Waldir Pires pode falar deste período com grande conhecimento de causa. Aos 24 anos foi secretário de Governo de Régis Pacheco (1951-1955). Depois foi eleito deputado estadual, liderando a bancada no governo Antônio Balbino, objeto da conferência no ciclo Memória do Desenvolvimento. Em 1958 elegeu-se deputado federal, logo mais foi nomeado Consultor-Geral da União do governo João Goulart até o golpe militar de 1964, quando teve que se exilar no Uruguai e na França.

A conferência de Waldir Pires é imperdível.

 

Outros cenários da pesquisa BOBESP em Salvador

Como tem gente divulgando pesquisa BAPESP, este blog se deu à liberdade de também divulgar a pesquisa BOPESP, de BOBO. Este blog divulga com exclusividade outros cenários pesquisados pelo instituto BOBESP sobre intenções de voto em Salvador. O instituto BOPESP não está serviço do PSDB, de Imbassahy e de nenhum outro partido. Portanto, pesquisa BOPESP, do BOBO, tem mais credibilidade que pesquisa BAPESP.

Antonio Imbassahy - 10,8%
ACM Neto - 5,3%
João Henrique - 25,4%
Lídice - 18,9%
Nelson Pelegrino - 23,6%
Olívia Santana - 11,1%
————————————
Imbassahy - 12,9%
ACM Neto - 11,3%
João Henrique - 27,9%
Nelson Pelegrino - 25,7%
——————————–
Imbassahy - 19,2%
ACM Neto - 13,9%
João Henrique - 30,7%
——————————-
Imbassahy - 27,8%
João Henrique - 43,5 %

O primeiro cenário da pesquisa BOPESP, de BOBO, está divulgado mais abaixo por este blog com exclusividade.

 

Burguesia acaba com CPMF e tira R$ 40 bilhões da saúde

Por 45 votos a favor e 34 votos contra, a prorrogação da CPMF foi rejeitada no Senado. Eram necessários 49 votos a favor.
Eles não vão conseguir destruir o Brasil. O país continuará crescendo e distribuindo renda. O presidente Lula não mudará sua política.
A CPMF era um fator de redução das diferenças sociais. E o povo sabe disso. A pesquisa CNI/Ibope está aí para comprovar. Subiu de 63% para 65% a avaliação positiva do presidente Lula e seu governo. Tudo porque o Brasil cresce e distribui renda.

As consequências do voto contrário à CPMF são funestas. O Senado conservador não quer saber disso. Os senadores querem destruir o governo Lula e a esperança do povo. Também não querem um imposto que dificulte a sonegação fiscal. O voto contra a CPMF foi um voto contra o Brasil, contra o povo brasileiro, contra os pobres.

Quando a população entender a extensão do prejuízo - menos R$ 40 bilhões na saúde - a oposição vai sentir o peso. O senador César Borges (PFL, depois DEM, depois PR), da Bahia está entre os que votaram contra o povo.

Agora, cada senador que entregou a alma ao diabo capitalista e votou contra a CPMF terá quer arcar com as consequências.
O governo Lula, com seus 65% de aprovação popular, terá que promover cortes, isso vai atingir estados e municípios. Todos terão que cobrar a fatura aos senadores anti-povo.
A saída será aumentar impostos. Não dá para jogar no lixo o programa Bolsa-Família, os programas de distriubuição de renda, e a saúde pública.
O Senado, que já não andava bem das pernas, escolheu uma rota suicida.

Lula recebeu a notícia de maneira serena. É um democrata.

 

Bispo da greve de fome não respeita a democracia

Dom Luiz Cappio não é um democrata. Trata-se de um fanático religioso fundamentalista. Insiste em fazer uma greve de fome contra um projeto de governo. Por não ter atendida sua pretensão, de paralisar as obras da transposição do rio São Francisco, afirma que teme uma ditadura. Ops. O presidente Lula acaba de receber os superiores do bispo fanático. Ouviu deles as argumentações. O instituto Ibope acaba de divulgar que 65% dos pesquiados apóiam o governo Lula. Antes 63% apoiavam. O presidente Lula foi eleito pelos brasileiros. O bispo fanático não tem um voto sequer. Obviamente ele está invertendo a lógica, a linguagem e os papéis.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, acaba de afirmar que o bispo não é um democrata, porque rejeita as regras da democracia. O bispo fanático está introduzindo no Brasil um perigoso precedente, que é a mistura explosiva de religião com política. Isso no Oriente Médio levou a guerras fratricidas.

Ao se solidarizar com o bispo fanático, por pura questão eleitoreira (para atrair os votos dos petistas católicos), o candidato à presidência do PT, Marcelino Galo, alimenta essa insanidade. O PT não merece.

12 de dezembro de 2007

 

Sai pesquisa BOBESP sobre intenções de voto em Salvador

O Instituto BOBESP acaba de concluir pesquisa sobre as intenções de voto à Prefeitura de Salvador. Foram ouvidas 1000 pessoas - 50 em cada zona eleitoral da cidade - em levantamento concluído no último sábado. O trabalho apresenta cinco cenários, dos quais este blog obteve o primeiro, que publica abaixo. Varela continua liderando, seguido de perto por Pelegrino. O blog BAHIA DE FATO vai divulgar nas próximas horas o resultado da pesquisa CHUTEX. O instituto é sério.

Raimundo Varela (PRB) .......... 21,0%
Nelson Pelegrino (PT) ......... 18,3%
João Henrique (PMDB).......... 18,0%
Lídice da Mata (PSB) .......... 15,6%
Olívia Santana (PCdoB)......... 10,0%
ACM Neto (DEM) ............... 05,0%
Antônio Imbassahy (PSDB) ...... 04,05%

 

Terrorismo simbólico e chantagem II

Acho razoável que militantes do PT igrejeiros manifestem simpatia e até adesão à irracional e reacionária greve de fome do bispo de Barra. O que acho inacreditável é o presidente do PT da Bahia, Marcelino Galo, por questões puramente eleitoreiras, em plena disputa para sua reeleição, explorar coisas deste tipo. O PT não merece.

 

Terrorismo simbólico e chantagem

Excelente o artigo “O inimigo número 1 da democracia”, do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na Folha ( dia 10/12). No artigo, o ministro critica a greve de fome do bispo de Barra, na Bahia, D. Luiz Flávio Cappio, contra a transposição do Rio São Francisco, chamando-a de “terrorismo simbólico” e “chantagem”.

“Poderia aqui ter discorrido sobre os inúmeros benefícios e as inegáveis qualidades da transposição do São Francisco, especialmente no que diz respeito à redenção de uma das regiões mais carentes do Brasil. Seguramente, a transposição significará a emancipação dos grotões e o golpe de morte na indústria da seca.

Como cidadão, preferi colocar em perspectiva o gesto radical de dom Cappio e seu significado para a democracia. Como cristão, desejo que ele retome o equilíbrio e não desperdice sua vida de uma forma tão brutal. Que Deus o abençoe, o ilumine e o traga de volta à razão”, diz o ministro no seu artigo.

 

Presidente Lula recebe CNBB nesta quarta, 12

O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, e o secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, serão recebidos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, dia 12, às 9h, no Palácio do Planalto. A audiência foi solicitada pela Presidência da CNBB que quer discutir com o presidente Lula a manifestação do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, em “jejum e oração” desde o dia 27 de novembro, em Sobradinho (BA), contra a transposição do Rio São Francisco. Após a audiência com o presidente, dom Geraldo Lyrio e dom Dimas Lara darão uma entrevista coletiva na sede da CNBB que fica no Setor Embaixadas Sul, Quadra 801, Conjunto B. Contatos com a assessoria de imprensa pelo telefone (61) 2103-8313.

É a última chance para o bispo chantagista não morrer.

 

O bispo de Barra quer morrer

Segundo o professor e jornalista Bernardo Kucinski o bispo de Barra, dom Luis Cappio, vai morrer. Em brilhante texto na Agência Carta Maior, ele comenta que na primeira greve de fome contra a transposição do rio ele ainda falava em negociação. Agora não propõe nada. Seu gesto é o equivalente clerical ao “pronunciamento” militar. O bispo quer morrer porque ele sabe o que é um estado laico, uma democracia. E uma democracia não pode ceder à chantagem de uma pessoa. Sendo homem de Igreja, paradoxalmente, dom Luís cometerá um último pecado no momento exato em que seu derradeiro suspiro o redima das culpas anteriores: o pecado de tirar a própria vida. A vida nos foi dada por Deus e só Ele pode tirá-la. Que Deus o perdôe, assim como perdoará os emuladores de seu auto-sacrifício: o MST, a CPT, a CIMI, certos políticos e alguns jornalistas, tanto da grande imprensa quanto da alternativa. Eles não sabem o que fazem.

LEIA A ÍNTEGRA

11 de dezembro de 2007

 

Deputado do DEM (digo PTN) quer culpar Paulo Souto pela tragédia da Fonte Nova

Inconseqüente, como sempre, o deputado João Bacelar (PTN) voltou a cobrar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a responsabilidade da tragédia da Fonte Nova. Pura exploração política. E da mais inconseqüente porque uma CPI acabaria por responsabilizar os governos do PFL, atual DEM.

Bacelar acha que o governo Jaques Wagner é responsável pela tragédia. Ora, qualquer débil mental sabe que corrosão em ferragens não ocorre em questão de meses e sim em questão de anos. João Bacelar na verdade, pede uma CPI que vai afundar na lama os governos de Paulo Souto e os demais governos pefelistas que o antecederam. Os governos dele mesmo.

Há mais de vinte anos a corrosão vem afetando as ferragens das estruturas da Fonte Nova. A corrosão está se dando no cérebro do deputado também. Quanta estupidez. Ele não vê que Paulo Souto anda caladinho?

 

Povo de Camaçari derrota empresa do pedágio na Justiça

O Tribunal de Justiça da Bahia, em memorável sessão presidida hoje (11) pela manhã pelo desembargador Carlos Alberto Dutra Cintra, rejeitou por unanimidade a apelação da Concessionária Litoral Norte (CLN) que solicitava a obstrução das vias alternativas de Várzea Grande e Las Palmas, localidades do município de Camaçari, que estavam sendo achacadas e cerceadas em seu direito de ir e vir pelo contrato indecente feito pelos sucessivos governos do PFL (atual DEM).

A CLN é a empresa que administra o pedágio da Estrada do Coco. A empresa se viu acuada quando a Prefeitura de Camaçari, comandada pelo competente e íntegro prefeito Luis Caetano (PT), deu início a um processo de recapeamento asfáltico das chamadas “vias de fuga”. Durante a gestão do prefeito Tude (PFL) a Polícia Militar era constantemente chamada para garantir a extorsão da CLN contra a população de Camaçari.

De acordo com a presidente da Câmara de Vereadores, Luiza Maia (PT), as vias existiam antes da criação do pedágio e, sem as estradas, não havia alternativa para escapar da cobrança. Era uma mina de ouro. A decisão judicial foi comemorada não só pelos moradores de Camaçari, mas por todos aqueles que utilizam o acesso para freqüentar as praias do litoral norte.

10 de dezembro de 2007

 

De olho na ministra Dilma Roussef

A Folha de S. Paulo (8/12) está de olho na ministra Dilma Roussef. Já decretou que Dilma Roussef é candidata em 2010. Na matéria assinada pelo jornalista Fábio Zanini, a Folha tenta jogar a ministra contra o PT e vice-versa.

A matéria relaciona a “turma da Dilma” dividida em pessoas que vieram do PT gaúcho, os técnicos da área de energia que chama de “elétricos” e as “amigas de armas”. As “amigas de armas” são Maria Celeste Martins, perseguida durante a ditadura militar, de confiança da ministra e a baiana Jurema Valença, assessora especial da Casa Civil, ex-militante da VAR-Palmares, a mesma organização da qual pertencia a ministra Dilma Roussef.

Jurema Valença conhece Dilma Roussef há trinta anos. É uma técnica que fez carreira na Secretaria de Planejamento da Bahia. Ela enfrentou a cadeia da ditadura com Dilma Roussef. A cadeia e a tortura. Dilma Roussef é conhecida por sua competência técnica mas tem posição política definida. De modo geral o quadro levantado pela Folha é verdadeiro.

De intriga mesmo só tem o lançamento da “candidatura” e uma sugestão de afastamento do PT. Coisas da Folha de S. Paulo e seu jornalismo envenenado.

 

A verdade sobre a crise da UFBA

Em tempos de eleições internas do PT as lideranças pisam em casca de ovo. Estudantes invadem a Reitoria da UFBA, fazem absurdos, se equivocam nas análises e nas ações e ninguém diz nada. Pior, setores do PT apóiam os desvios. Emiliano José, professor de comunicação e liderança do PT acaba de quebrar o silêncio.

O conservadorismo se instalou na universidade, insurgiu-se contra a política do governo Lula e contra o Reitor Naomar de Almeida.

Primeiro, a pequena-burguesia combateu o Prouni, que democratiza o acesso à universidade. Depois, gritou contra a vinda de mais universidades para a Bahia. Agora, reage ao Reuni, um novo programa de reestruturação e expansão das universidades brasileiras, que implicará, para a UFBA, contratação de mais de 500 novos professores, mais de 400 servidores técnico-administrativos, abertura de mais de 2.500 vagas noturnas e quase 2000 em cursos diurnos, entre tantos outros processos democratizantes.

A classe média universitária não quer mais vagas. Tem gente do PT apoiando essas barbaridades. Esquerdismo infantil ou pura ignorância, ninguém sabe. Emiliano José ajuda a entender o processo.

LEIA NA ÍNTEGRA

UFBA: crise de transformação
Publicado em A Tarde.

Há um livro cuja leitura recomendaria a todos quantos queiram compreender como agem os setores conservadores, à direita e à esquerda, quando situações de mudança se apresentam. Não se trata de um texto muito grande, coisa de 150 páginas. É de Albert Hirschman, e leva o título A retórica da intransigência – perversidade, futilidade, ameaça. Quando o reli agora, pude entender melhor a crise de transformação por que passa a universidade brasileira e a UFBA em particular.

Há um momento de mudança na universidade e isso é decorrente de uma nova visão do governo brasileiro. O presidente Lula, desde o primeiro momento, empenhou-se em desenvolver políticas de democratização do ensino superior público, não só ampliando-o fisicamente, mas cuidando de melhorar sua qualidade, promover mudanças pedagógicas profundas e garantir a ampliação do acesso, sobretudo das classes subalternas e de modo mais especial ainda dos afro-descendentes e índios. Essas mudanças provocaram gritarias. À direita e à esquerda.

O conservadorismo instala-se nas instituições de maneira profunda. E por isso ele se manifesta ora com o pensamento nítido de direita, ora revestido de uma fraseologia esquerdista. Sempre, no entanto, disposto a barrar as mudanças. Sob variados recursos discursivos, o que se pretende é não permitir a transformação. O caso da UFBA é este. O conservadorismo insurgiu-se contra a política do governo Lula para a educação superior e contra o reitor Naomar de Almeida Filho, executor ativo, um dos formuladores dessa nova política.

Primeiro, combateram o Prouni. O governo está beneficiando o ensino privado – era a gritaria. Na verdade, um movimento contra a democratização do acesso ao ensino superior. Centenas de milhares de estudantes negros, índios chegaram à universidade, depois de séculos de absoluta exclusão. Foram calados pelos próprios estudantes beneficiados.

Gritaram, em outros momentos, contra a criação de novas universidades ou campi, como se as coisas estivessem sendo feitas apressadamente e vinha a ameaça da perda da qualidade do ensino. Foram calados pela iniciativa do Governo, inclusive da UFBA, que contribuiu decisivamente para a criação da UFRB e de novos campi em Barreiras e Vitória da Conquista. Agora, reagem ao Reuni, um novo programa de reestruturação e expansão das universidades brasileiras, que implicará, para a UFBA, contratação de mais de 500 novos professores, mais de 400 servidores técnico-administrativos, abertura de mais de 2.500 vagas noturnas e quase 2000 em cursos diurnos, entre tantos outros processos democratizantes.

A gritaria foi de novo contra a ampliação de vagas, vejam o contra-senso, o aparente paradoxo. Contra inclusive as vagas nos cursos noturnos. E sempre com a tese de ameaça. Tudo vai piorar. Não. A Universidade brasileira, sob o governo Lula, está melhorando. Crescendo. E se transformando. Apesar dos conservadores de diversos matizes. Que vão sendo atropelados pelo exercício efetivo da democracia.

A crise é apenas de transformação. A idéia de uma crise institucional faz parte da tese da ameaça. A UFBA está funcionando a pleno vapor. O reitor Naomar, que tem exercido os seus mandatos de forma democrática, obedecendo sempre às orientações da maioria, respeitando a legalidade da instituição, assumindo suas responsabilidades, tem contribuído muito para a consolidação dessa nova fase da Universidade brasileira.

*Professor-doutor da Faculdade de Comunicação da UFBA, jornalista.
E-mail: emiljose@uol.com.br. Site: www.emilianojose.com.br.

 

Candidaturas de Vânia e Jonas se fortaleceram

Continua repercutindo o ato político realizado no Centro Cultural da Câmara de Salvador (07), que confirmou o apoio das tendências Democracia Socialista (DS), Independentes e 2 de Julho, às candidaturas de Jonas Paulo e Vânia Galvão à presidência do PT estadual e municipal, respectivamente.

Estiveram presentes candidatos e representantes das forças que se aliaram ao coletivo Construindo um Novo Brasil (CNB) para o segundo turno do PED 2007 (Processo de Eleição Direta).

Tão importante quanto a manifestação pública de apoio, foi a avaliação do primeiro turno do PED e do partido como um todo, delineando a estratégia de unidade para o segundo turno, que irá definir a direção partidária para o próximo biênio.

Para Neusa Cadore (DS), “o apoio a Jonas e Vânia representa a esperança de retomada do partido, maior democracia interna, maior equilíbrio dentro das forças do PT”. Já Pery Falcon, afirma que Jonas e Vânia representam a possibilidade de reconstrução do partido, respeitando a pluralidade. Ambos disputaram o diretório estadual no primeiro turno.

Todos comungam com a necessidade de que o PT volte a estabelecer o protagonismo na vida da sociedade, nas importantes decisões seja no âmbito político ou social.

“Tanto Jonas quanto Vânia representam a possibilidade do PT voltar a ser protagonista do processo político aqui em Salvador e na Bahia. A gente tem uma grande tarefa pela frente que é construir esse novo processo político”, afirmou Antônio Ribeiro (2 de Julho), que representava Antônia Garcia, candidata ao diretório municipal.

Edson Miranda, também candidato à presidente do PT Salvador afirmou que a opção de apoio no 2º turno da eleição normalmente é com quem você tem mais convergência no 1º turno. “Nós achamos que esses agrupamentos têm condições de tocar esses desafios que internamente o PT precisa nesse momento, que é o fortalecimento do partido, para vencer os desafios que estão colocados agora, tanto na política institucional como na política de um modo geral”, afirmou Miranda.

Estiveram presentes ao evento: Rui Costa, secretário das relações Institucionais; Luis Alberto, secretário da Sepromi; Gilmar Santiago, secretário da Segov; Bassuma, deputado federal, Fátima Nunes, deputada estadual, Emiliano José, entre outras importantes lideranças do partido.

O segundo turno das eleições do PED 2007 acontece no dia 16 de dezembro.

 

Jonas Paulo critica atual comando do PT da Bahia

Está nas páginas de A Tarde (09/12/07). O comando do PT da Bahia não foi capaz de conduzir corretamente o processo de aliança com o prefeito João Henrique. O PT acabou numa posição subordinada. O PT entrou de forma atabalhoada e que sair de forma ainda mais atabalhoada. As críticas são de Jonas Paulo, candidato à presidência do PT que disputa o segundo turno dia 16 de dezembro próximo.

A matéria assinada pela jornalista Patrícia França ressalta o apoio da corrente liderada pelo secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, que se soma às tendências ligadas ao secretário estadual Luiz Alberto (Promoção da Igualdade) e ao deputado Walter Pinheiro. Não dá nem para comentar as reações do atual secretário de Comunicação do PT, Ivan Alex, bem iradas, segundo a jornalista.

Continuo achando que é jogo de direita e da mídia brasileira fazer comparações a Delúbio Soares e acusações de fisiologismos no governo estadual. Continuo achando o governo Jaques Wagner muito sério para ser envolvido nessa baixaria política. Acho lamentável que até Nelson Pelegrino faça esse tipo de jogo.

9 de dezembro de 2007

 

A maldade do jornalista e o choro de Dilma Roussef

''Vista dentro e fora do governo como administradora austera e política durona, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deu vazão ao seu lado emocional, ontem, durante evento promovido por alunos da Faculdade de Medicina da Santa Casa, em São Paulo. Dilma foi às lágrimas e mal conseguiu terminar seu discurso durante uma homenagem ao amigo Chael Charles Schereier, morto em 1969 nos porões da ditadura militar. A cerimônia foi realizada pelo Centro Acadêmico Manoel de Abreu (CAMA).

Chael e Hiroaki Torige, ambos exalunos da Santa Casa mortos pelas forças da repressão do regime militar, foram homenageados com um memorial no CAMA. Dilma, que militou com Chael na organização clandestina Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAL-Palmares) nos anos de chumbo, foi convidada para encerrar o evento - que também teve a participação do secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e do ex-ministro da Justiça José Gregori - com um relato de sua convivência pessoal com o companheiro morto.

Cercada de ex-colegas de militância política e até ex-companheiras de cela, Dilma sucumbiu ao clima de comoção.Com a voz embargada, olhos marejados, se dirigindo diretamente à mãe de Chael, Emília Schereier, que estava sentada na primeira fila, a ministra abreviou sua fala aos prantos.

- Mesmo na clandestinidade a gente vive. E viver significa ter alegrias, amizades, gostar das pessoas. Conheci profundamente o Chael e quero dizer à senhora, que é mãe, que na minha vida ele sempre vai continuar presente e que, como ministra chefe da Casa Civil, ele compõe uma parte disso - disse Dilma, deixando rapidamente o microfone com as lágrimas escorrendo pelo rosto.

A reação da ministra fez com que vários outros ex-presos políticos, professores da Santa Casa e alunos fossem às lágrimas.

Filho de uma família judaica, Chael liderava o movimento estudantil na então recém-fundada faculdade da Santa Casa. Ele foi dirigente da União Estadual dos Estudantes e, a partir da decretação do AI-5, em 1968, partiu para a luta armada na VAL-Palmares, onde também militava a então estudante Dilma Rousseff.

Algumas ex-colegas de prisão de Dilma na ditadura foram ao evento para reencontrar a hoje ministra.

- Ela era uma menininha, não tinha nem 20 anos, mas discutia macroeconomia de igual para igual com economistas consagrados que também estavam na prisão - lembrou a jornalista Rose Nogueira.

Preso no dia 21 de novembro de 1969 e levado ao Batalhão da Polícia do Exército no Rio de Janeiro, Chael morreu no dia seguinte, aos 23 anos, durante uma sessão de torturas. Ele foi enterrado com nome falso no cemitério de Perus, em São Paulo, e seu corpo nunca foi identificado.

- A reação da ministra foi surpreendente e emocionou a todos. Enquanto organizávamos este evento descobrimos que aquele hospital centenário, aqueles tijolos, guardam muitas histórias e os alunos não têm noção disso - afirmou a presidente do CAMA, Maíra Benito Scapolan.''

Comentário no Observatório da Imprensa

Luiz Weiz: ''a ministra Dilma, seu choro e o vexame da mídia''
O colunista Ancelmo Gois - quem diria! - perdeu uma oportunidade histórica de ficar calado. Eis o que ele publicou neste sábado (8), sob o título “Dilma 2010”: “a ministra Dilma Rousseff chorou ontem em público, depois de cinco anos de modelito dama-de-ferro. Agora não resta mais dúvida: é candidata à sucessão de Lula.” Se sete páginas antes, na mesma edição, o leitor já não tivesse se deparado com o porquê do choro, no digno relato do repórter Ricardo Galhardo, podia achar que se tratava de uma daquelas tiradas da imprensa que justificam o velho dito sobre a serventia dos jornais nas barracas de peixe da feira.

Se a maldade humana não existisse, se houvesse coerência em todos os seres humanos, bom senso, respeito, os porões da ditadura nem teria existido. A maldade do jornalista Ancelmo Góis não é menor, é maldade.

 

Vítimas do regime militar devem ser constantemente lembradas, afirma a ministra Dilma Roussef

Agência Brasil - 08 Dezembro 2007

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira (7) que o processo de construção da democracia deve fazer parte da memória dos brasileiros. Segundo ela, a ditadura militar deve ser constantemente recordada porque provocou a mobilização da sociedade em torno de uma causa comum.

Dilma deu a declaração durante a inauguração de um memorial no Centro Acadêmico Manoel de Abreu, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em homenagem aos estudantes Chael Charles Schereier e Hiroaki Torigoe, mortos durante a ditadura.

A inauguração do memorial faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. A homenagem foi organizada em conjunto com o centro acadêmico da faculdade para resgatar a trajetória dos dois estudantes não apenas para os atuais alunos da faculdade, mas para a sociedade.

Segundo Dilma, diante da ditadura, a sociedade gerou pessoas com coragem para lutar contra ela e que devem ser lembradas. “Sem dúvida o Chael foi uma dessas pessoas. Tive o prazer de conviver com ele e, mesmo na clandestinidade, Chael era extremamente afetivo e fazia com que a gente risse mesmo diante dos piores momentos”, recordou.

Para a ministra, que disse não ter conhecido Hiroaki, todos que participavam da luta armada naquele período acreditavam que mudavam o Brasil e a vida da população. “O que acho mais importante é que houve naquele momento com aquela geração uma grande capacidade de doar. Mesmo vivendo de uma forma limitada, a gente era capaz de abrir mão de partes da própria vida”, ressaltou.

Também presente à cerimônia, o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse que as pessoas mortas pelo regime militar ajudaram a construir o Brasil democrático de hoje. “É muito provável que, sem essa luta e sem esse sangue derramado, não tivéssemos caminhado tanto no terreno da democracia política como caminhamos”, ressaltou.

Segundo ele, é muito importante para os estudantes saber que, em determinado período, aqueles que ocupavam os postos do Centro Acadêmico foram forçados a viver na clandestinidade. Vanucchi disse ainda que o país precisa recuperar essa memória continuamente e que o governo continuará resgatando dados e provas para reconhecer e homenagear aqueles que fizeram parte desse período da História do Brasil. (Agência Brasil).

 

Marcelino Galo adota discurso da mídia de direita

Com aparência de retórica de extrema-esquerda, o candidato Marcelino Galo, que pretende se perpetuar na direção regional do PT da Bahia, enviou cartas aos militantes assumindo para si o tom e o conteúdo da ofensiva de direita, feita contra o PT em 2005. O discurso da mídia oligopolista não é propriamente o melhor exemplo para o PT. Aliás, o comparecimento de 326 mil petistas às urnas neste Processo de Eleições Diretas (PED) foi uma cabal comprovação de que os petistas rejeitaram os ataques da mídia, à qual Marcelino Galo se alinha.

Marcelino Galo pretende, com o discurso de direita com aparência de extrema-esquerda, contornar as críticas à sua má gestão à frente do PT da Bahia. As diversas correntes partidárias se uniram por conta do aparelhamento do PT por uma só tendência. As lideranças petistas não querem mais prorrogar o erro que foi conduzir Marcelino Galo à condição de presidente do PT baiano.

Ações ilegais? Ações Imorais? O que tem Jonas Paulo a ver com isso? Dólar na cueca? Isso parece mais baixaria da Folha de S. Paulo e da revista Veja. É uma pena o debate político desmoronar com o caminho escolhido por Marcelino Galo.

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