14 de dezembro de 2007
Só falta agora a Marcha com Deus Pelo rio São Francisco
A CNBB está conclamando fiéis a se unirem à greve de fome maluca do bispo fanático de Barra. A CNBB chama a greve de fome de jejum. A última vez que a Igreja Católica convocou seus fiéis para as ruas foi na "Marcha com Deus pela Liberdade", contra o governo democrático de João Goulart. E deu no que deu: um golpe militar e 25 anos de ditadura, prisões, torturas e exílio de brasileiros.
Em todo lugar do mundo em que religião se mistura à política dá em guerras, fanatismo, conflito armado. É preciso abrir uma sindicância para descobrir quem está por trás do fanatismo religioso do bispo dom Luiz Cappio.
Realmente não há mais clima para diálogo. Por mais debates, relatórios, explicações, esclarecimentos que hajam, mais os padres radicalizam. O Governo Lula é o que mais investiu na revitalização do rio São Francisco, o que mais investiu em programas de apoio às populações ribeirinhas, agricultores, quilombolas, povos indígenas. A questão é que estão em jogo dois modelos opostos de desenvolvimento. Um deles está na cabeça dos padres, pura metafísica, lastreada com leituras convenientes da bíblia.
Tudo conversa fiada. Há espaço no Brasil para o agronegócio e há espaço no Brasil para a agricultura familiar. O país precisa de fábricas e de economia solidária. Um não elimina o outro. Há muita má-fé em dizer que o agronegócio causa prejuízos ao meio-ambiente e a agricultura familiar não. O pequeno agricultor também destrói o meio-embiente, desmata, faz queimada, depreda rios e florestas. Na questão da preservação da natureza o que vai decidir é a legislação, o rigor da fiscalização e a educação da população.
O projeto da Articulação do Semi-Árido (ASA), de construção de um milhão de cisternas, não conlita com a transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional e abastecimento de cidades e projetos de desenvolvimento. Esta aparente contradição está na cabeça ideologizada de alguns padres e seus assessores.
Antes, os padres foram às ruas contra o "comunismo" e alimentaram os planos dos militares golpistas. Agora, começam a inventar que o Governo Lula, eleito pela maioria do povo brasileiro, com 65% de aprovação popular, com a total estabilização da economia e com programas de redistribuição de renda que incomodam a burguesia, é uma ditadura.
A Igreja Católica tem obrigação moral de separar o Estado da religião. O Brasil é uma democracia representativa. Tem três poderes. É uma República. Se querem um novo plano de governo têm que ganhar eleições. O que não pode é querer obrigar um governo a não realizar obras cujos estudos técnicos apontam benefícios para 12 milhões de pessoas.
Em algumas cidades, Guanambi e Irecê, a Marcha com Deus já começou. Padres e freiras à frente, seguidos pelo PFL, ex-DEM, atual D25 Felizmente, os jejuadores não passam de 50 cidadãos. São uns coitados. Mas que dá medo dá. Se os militares voltarem, com o apoio da Igreja Católica e dos partidos políticos conservadores e de direita, eu não fico mais aqui. Vou para Paris.
Em todo lugar do mundo em que religião se mistura à política dá em guerras, fanatismo, conflito armado. É preciso abrir uma sindicância para descobrir quem está por trás do fanatismo religioso do bispo dom Luiz Cappio.
Realmente não há mais clima para diálogo. Por mais debates, relatórios, explicações, esclarecimentos que hajam, mais os padres radicalizam. O Governo Lula é o que mais investiu na revitalização do rio São Francisco, o que mais investiu em programas de apoio às populações ribeirinhas, agricultores, quilombolas, povos indígenas. A questão é que estão em jogo dois modelos opostos de desenvolvimento. Um deles está na cabeça dos padres, pura metafísica, lastreada com leituras convenientes da bíblia.
Tudo conversa fiada. Há espaço no Brasil para o agronegócio e há espaço no Brasil para a agricultura familiar. O país precisa de fábricas e de economia solidária. Um não elimina o outro. Há muita má-fé em dizer que o agronegócio causa prejuízos ao meio-ambiente e a agricultura familiar não. O pequeno agricultor também destrói o meio-embiente, desmata, faz queimada, depreda rios e florestas. Na questão da preservação da natureza o que vai decidir é a legislação, o rigor da fiscalização e a educação da população.
O projeto da Articulação do Semi-Árido (ASA), de construção de um milhão de cisternas, não conlita com a transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional e abastecimento de cidades e projetos de desenvolvimento. Esta aparente contradição está na cabeça ideologizada de alguns padres e seus assessores.
Antes, os padres foram às ruas contra o "comunismo" e alimentaram os planos dos militares golpistas. Agora, começam a inventar que o Governo Lula, eleito pela maioria do povo brasileiro, com 65% de aprovação popular, com a total estabilização da economia e com programas de redistribuição de renda que incomodam a burguesia, é uma ditadura.
A Igreja Católica tem obrigação moral de separar o Estado da religião. O Brasil é uma democracia representativa. Tem três poderes. É uma República. Se querem um novo plano de governo têm que ganhar eleições. O que não pode é querer obrigar um governo a não realizar obras cujos estudos técnicos apontam benefícios para 12 milhões de pessoas.
Em algumas cidades, Guanambi e Irecê, a Marcha com Deus já começou. Padres e freiras à frente, seguidos pelo PFL, ex-DEM, atual D25 Felizmente, os jejuadores não passam de 50 cidadãos. São uns coitados. Mas que dá medo dá. Se os militares voltarem, com o apoio da Igreja Católica e dos partidos políticos conservadores e de direita, eu não fico mais aqui. Vou para Paris.