23 de fevereiro de 2008

 

A Ilha Sitiada

O saudoso Milton Santos, reconhecido internacionalmente como um dos maiores geógrafos da nossa época, afirmou em uma das suas últimas entrevistas que só poderia analisar a realidade cubana sob a ótica de uma nação sitiada. Uma pequena ilha do Caribe, com 11 milhões de habitantes, que teve a suprema ousadia de afirmar a sua soberania perante o grande império da atualidade. Fidel agiganta-se internacionalmente (...) na tenaz resistência pela soberania, sobrevivendo a uma época de agressiva hegemonia bélica e virulência ideológica. “A Ilha Sitiada” é o nome do artigo assinado pelo advogado Eduardo Bonfim, publicado no Blog da Selênia, a guerreira.

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A grande mídia esqueceu Chico Pinto

Na revista eletrônica Terra Magazine, comandada pelo jornalista Bob Fernandes, o jornalista baiano, Vitor Hugo Soares, comenta que a mídia esqueceu Chico Pinto. Segundo ele, "mesmo em um País sabidamente tão desmemoriado e perverso com algumas de suas mais representativas figuras, foi pífio, indesculpável mesmo, o espaço praticamente inexistente e o tratamento omisso dispensado na fase final da vida de Chico Pinto pela chamada grande imprensa. Tanto na prolongada fase de doença, quanto na morte e sepultamento do detentor de uma das mais ricas e mais expressivas biografias de parlamentar na história republicana do Brasil".

"A partir dos anos 50, até o seu afastamento do palco político, Chico Pinto foi um dos nomes mais presentes nas páginas dos jornais e revistas, além dos noticiários nacionais de rádio e televisão. É estranho - e lamentável -, que em alguns dos principais veículos de comunicação do País, nem mesmo o simples registro da sua morte tenha sido feito. Mais lamentável ainda que a falha (ou seria omissão deliberada?) se dê no momento que a imprensa nacional - e alguns de seus nomes e órgãos mais representativos - se alinham no cerrado embate de defesa da liberdade de imprensa e do pleno direito de expressão, uma das principais bandeiras levantadas por Chico Pinto nos anos de ditadura".

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22 de fevereiro de 2008

 

PT se solidariza com Fidel Castro e com a luta do povo cubano

Corajosamente e com independência, sem deixar se atemorizar com o ataque massivo da mídia conservadora e corporativista, satélite do império norte-americano, o Partido dos Trabalhadores em Nota Oficial manifestou apoio à Revolução Cubana e ao comandante Fidel Castro, após sua decisão lúcida de deixar a presidência do Conselho de Estado e o posto de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.

A Nota Oficial do PT reafirma a solidariedade ao povo cubano e a Fidel Castro na luta contra o criminoso bloqueio econômico imposto pelos EUA, o direito à autodeterminação de Cuba e manifesta desejo de aprofundar as relações entre Brasil e Cuba.

Confira abaixo a íntegra da nota:

“Em mensagem dirigida ao povo cubano, Fidel Castro comunicou que não aspira nem aceitará o posto de presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-chefe das Forças Armadas.

Esta decisão repercutiu em todo o mundo, confirmando a importância histórica da Revolução Cubana, da qual Fidel Castro é a expressão mais destacada.

A luta contra a ditadura de Batista, a guerrilha de Sierra Maestra, o triunfo da revolução em 1º de janeiro de 1959, a derrota dos mercenários treinados pela CIA em Playa Girón, a resistência contra o bloqueio norte-americano, a solidariedade internacionalista, as realizações do socialismo cubano, especialmente no terreno da saúde e da educação, fazem parte da memória coletiva da esquerda latino-americana e brasileira, em especial da geração que fundou e construiu o Partido dos Trabalhadores.

Como nos últimos 50 anos, em que desmoralizou seguidamente as previsões e vaticínios da mídia conservadora, o povo cubano continuará construindo soberanamente sua própria história.

A este povo, em particular a Fidel Castro, o Partido dos Trabalhadores reafirma nossa solidariedade, nosso total apoio na luta contra o bloqueio, nosso absoluto respeito à autodeterminação de Cuba e nosso compromisso em aprofundar as relações entre Brasil e Cuba.

Ricardo Berzoini
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores

Valter Pomar
Secretário de Relações Internacionais

 

Auditoria comprova corrupção nas contas do PSDB

O Comitê Eleitoral de José Serra, em 2002, declarou gastos com uma certa empresa Gold Stone Publicidade e Propaganda no valor de R$ 251 mil. Segundo a prestação de contas apresentada ao TSE foram dois pagamentos: em agosto (R$ 100 mil) e setembro (R$ 151 mil).

Ocorre que a Gold Stone não existe e nunca existiu segundo a delegacia da Receita Federal de Brasília. O PSDB usou uma empresa fantasma pala lavar dinheiro ilegal de campanha. E o esquema era antigo já que o PSDB usava as notas fiscais frias da empresa fantasma Gold Stone mesmo antes da campanha, conforme confessa o presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).

O escândalo das notas frias na campanha tucana, por enquanto, não ganhou relevância na grande imprensa. A Folha deu a notícia em discreta matéria, mas, dentro da própria empresa, a ordem é não jogar o assunto no ventilador, como costumam fazer quando o alvo são o governo Lula e os partidos da base aliada.

A mídia televisiva praticamente ignorou as denúncias. Na Rede Globo, nenhuma palavra! Nas outras TVs, também não. Mesmo os jornais que noticiam o fato - emissão de notas frias, empresas fantasmas, o partido perdeu a imunidade tributária, etc - omitem menções extensas ao caso Casablanca, uma produtora que processa na Justiça os tucanos para receber o que lhe devem.

Também na internet, especialmente entre os grandes portais, o assunto está sendo evitado.

Nesta semana, a Delegacia da Receita Federal de Brasília divulgou que a Gold Stone nunca existiu fisicamente, nunca pagou um centavo de imposto e que o partido não comprovou a efetiva prestação de determinados serviços pela empresa. Ou seja, está comprovado que a Gold Stone é fantasma, e que as notas referentes a esses serviços são frias.

José Serra está querendo tirar o cu da reta. Para ele, é como você comprar uma cocada na estrada e depois descobrir que o vendedor de cocada não recolheu imposto. Acontece que os serviços prestados pela empresa não são gostosas cocadas de beira de estrada. São despesas da área de propaganda das campanhas tucanas e consumiram mais de R$ 250 mil reais. Será que a cúpula do tucanato, em nenhum momento, pensou em sondar a idoneidade da empresa antes de contratá-la para a prestação de tão caros e estratégicos serviços ao partido?

E os indícios de pagamentos irregulares para a Marka Serviços de Engenharia, uma empresa desativada desde 1996, de propriedade do ex-deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ)? Também é vendedora de cocada?

E as manchetes? Onde estão as manchetes? Uma tapioca de R$ 8 reais dá manchete e pagamento de R$ 251 mil a empresa fantasma merece todo este silêncio?

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21 de fevereiro de 2008

 

O Brasil ainda vai pedir para ele ficar

Estou aqui, 20h30, no aguardo da reportagem do Jornal Nacional, cuja chamada anuncia: "O Brasil tem reserva para pagar com sobra sua dívida externa". O fato é histórico e inimaginável até para os mais otimistas dos brasileiros: O nosso país deixa de ser devedor do mundo, e passa a ser credor. É como o Paulo Henrique Amorim brinca no seu ConversaAfiada: Podemos fazer parte do seleto Clube de Paris,formado por nossos ex-credores que até bem pouco tempo ditava o que nós deviamos ou não deviamos fazer.

O Banco Central revela hoje que os ativos do Brasil superam a dívida externa em US$ 4bilhões.

O país de Lula é assim: sem dívidas, com investimentos em infra-estrutura, crescimento das exportações e do emprego formal e, finalmente, repartindo o bolo do crescimento com todos os brasileiros. Ontem, os noticiários anunciavam a redução da desnutrição infantil, por conta do Bolsa Família.

Melhor do que isso, só se o país clamar: fica mais, Lula!

 

"Cães de Guarda”, livro que denuncia jornalistas que atuaram apoiando a ditadura militar relembrado pelo site do PT

A historiadora Beatriz Kushnir publicou em 2004 um livro "incômodo". É a edição de sua tese de doutorado intitulada “Cães de Guarda - Jornalistas e Censores do AI-5 à Constituição de 1988”. O livro, editado pela Boitempo, e relembrado agora pelo site nacional do PT, revela a postura colaboracionista de jornalistas e órgãos de imprensa durante a ditadura militar. A tese que gerou o livro já foi defendida no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense, Beatriz Kushnir é diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, que guarda um dos maiores acervos da imprensa alternativa durante o regime militar. Para realizar seu trabalho acadêmico, ela privilegiou o período do AI-5 à Constituição de 1988, mas recuou a março de 64 e à legislação censória no período republicano. O alvo foi para os jornalistas de formação e atuação, que trocaram as redações pela burocracia e fizeram parte do DCDP (Departamento de Censura de Diversões Públicas), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, cargo de Técnicos de Censura.

Outro foco da pesquisa foram os policiais de carreira que atuaram como jornalistas, colaborando com o sistema repressivo e censor do pós-64. Para encontrar esse grupo, Beatriz pesquisou a trajetória do jornal Folha da Tarde (FT), do Grupo Folha da Manhã, de 1967 a 1984. Ela teve acesso ao Banco de Dados da Folha, ao Dedoc da Editora Abril, aos arquivos pessoais do jornalista José Silveira (Jornal do Brasil) e da jornalista Ana Maria Machado (Rádio JB).

Foram entrevistados 19 jornalistas que passaram pela FT, 11 censores (só dois autorizaram a divulgação de seus nomes) e um grupo de 26 jornalistas, entre eles Bernardo Kucinski, Mino Carta e Jorge Miranda Jordão. Feita a apuração, Beatriz deixa claro que não apenas existia uma a estreita relação naquele período entre jornalistas e policiais. Também havia uma linha de estratagemas da direção das empresas de comunicação, ao aceitarem praticar a autocensura, como "sugeria" o governo militar.

“Cães de Guarda” conta histórias interessantes sobre os bastidores de jornais e emissoras de televisão. Fala do funcionário que Victor Civita despachou para "treinar" censores em Brasília. Fala dos censores que foram trabalhar dentro da TV Globo. Fala dos policiais que se tornaram "jornalistas" e dos jornalistas que fizeram papel de policiais. Fala dos bastidores da Folha da Tarde, o jornal do grupo Folha que prestou serviços à repressão.

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Rádio universitária divulga depoimentos sobre vida de Chico Pinto

A Rádio Uefs (www.uefs.br/radioweb) presta homenagem ao ex-prefeito de Feira de Santana e ex-deputado federal Francisco Pinto, com depoimentos de políticos e amigos do político baiano, que morreu na tarde de terça-feira (19). As entrevistas foram concedidas nos dias 19 e 20 setembro de 2007, com a realização do “Seminário Chico Pinto - Democracia e Ditadura em Feira de Santana e no Brasil”, cujo foco foi a vida e a trajetória política de Pinto, no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Ao acessar a Rádio Uefs, você poderá ouvir os depoimentos dos ex-deputados federais Alencar Furtado (pelo antigo MDB) e Domingos Leonelli, deputados federais Haroldo Lima (PCdoB) e Alice Portugal (PCdoB), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Emiliano José (jornalista e professor da Universidade Federal da Bahia), Marcondes Sampaio (jornalista), Clóvis Ramaiana (historiador) e Eurelino Coelho (professor de História e coordenador do Laboratório de História e Memória da Esquerda e das Lutas Sociais (Labelu), organizador do Seminário.

A rádio Web da Uesf foi lançada em dezembro de 2007. O site da Rádio disponibiliza correio eletrônico (radiouefs@gmail.com), para recebimento de produções literárias e musicais de autores feirenses, além de outras contribuições que possam ser incluídas na programação da emissora. Em breve, a Rádio Uefs será transformada em Rádio/TV Uefs, passando a veicular produção em vídeo, com reportagens e pequenos documentários.(Fonte: Jornal Folha do Estado (Feira de Santana) – 21/02/08)

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Wagner e Waldir lamentam morte de Chico Pinto

O site da AGECOM, órgão de comunicação do governo da Bahia, na matéria "Povo e políticos deram adeus a Chico Pinto", publicada em 20/02/08, registrou os votos de pesar do governador Jaques Wagner e do ex-ministro Waldir Pires.

O governador Wagner afirmou: "Vim como governador da Bahia e admirador pessoal de Chico. Considero que ele era merecedor de todas as homenagens, dos democratas e de todos os que pensam num Brasil justo com inclusão social. Era um exemplo".

Emocionado, o ex-ministro e ex-governador Waldir Pires lamentou a perda de um amigo pesoal e de um companheiro de conversas habituais: "Chico nunca variou em seus ideais. Insistiu neles, lutou por eles e pagou preço alto com a sua própria prisão porque aspirava a uma pátria livre e decente".

Leia mais no site da AGECOM

 

Emiliano José colabora com revista Carta Capital

O site da revista Carta Capital ganhou um novo reforço. Emiliano José, escritor, jornalista, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA, presidente do Conselho estadual de Cultura, é o mais novo articulista. No site da Carta Capital clique na seção DIÁLOGOS, na coluna à esquerda da página. Lá está o primeiro artigo de Emiliano José intitulado "Na Bahia tudo mudou", postado em 20/02/08.

Emiliano comenta o aceso debate no Governo Wagner sobre a política cultural. A Era Carlista, de privatização do espaço público, acabou. O mecenato corruptor acabou e tudo mudou. Não há mais espaço para a cultura produzida pelas elites e "ofertada" ao povo às custas dos cofres públicos. A política agora é a busca da expressão criativa do povo da Bahia.

Intelectuais, jornalistas e produtores culturais que se faziam passar por progressistas reclamam acintosamente e revelam seus preconceitos. É que a nova política desconcentra recursos que vão para manifestações da cultura popular. Na Bahia, há duas concepções de política cultural em luta.

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Despedida de Chico Pinto comove a Bahia

Milhares de pessoas renderam homenagem póstuma a Chico Pinto. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de Feira de Santana, como era seu desejo. Uma multidão acompanhou o cortejo (20) em caro aberto do Corpo de Bombeiros em direção ao Cemitério da Piedade. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, representou o presidente Lula. Estavam presentes o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) e o prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB).

Chico Pinto faleceu (19) aos 77 anos, vitimado por uma infecção generalizada. Pinto foi prefeito de Feira de Santana, eleito pelo PSD, partido extinto pela ditadura militar. Foi cassado e preso. Tornou-se um dos mais radicais críticos do regime militar. Em 1970, voltou à política como deputado federal pelo MDB. Um discurso contra Pinochet, presente à posse do ditador-presidente Ernesto Geisel, em 1974, custou-lhe o mandato e nova prisão.Foi reeleito por vários mandatos até abandonar a política parlamentar em 1990.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que Chico Pinto foi um exemplo de altivez e perseverança. Em nome do presidente Lula, o ministro Geddel Vieira Lima afirmou que "o presidente Lula expresa suas sinceras condolências pelo falecimento do líder baiano na luta contra a ditadura e associa-se neste momento de dor e tristeza ao pesar dos amigos e familiares". O governo da Bahia, a Câmara Federal, a Assembléia Legislativa da Bahia e a Prefeitura de Feira de Santana decretaram luto oficial por três dias.

 

Bancada do PT homenageia Emiliano José com título de Cidadão Baiano

Está no site da Liderança do PT. A bancada estadual petista apresentou Projeto de Resolução na Assembléia Legislativa da Bahia concedendo o título de Cidadão Baiano ao ex-deputado Emiliano José. A data da cerimônia será definida pela Mesa Diretora. Na Justificativa a bancada do PT argumenta que Emiliano José da Silva Filho, paulista de nascimento, escolheu a Bahia para exercer sua atividade política, fincar raízes, estudar, lecionar, e formar sua família. Emiliano José, que ficou preso quatro anos na Penitenciária Lemos de Brito (BA) por suas atividades contra a ditadura militar, trabalhou em diversos órgãos da imprensa nacional e local. É formado em jornalismo na Faculdade de Comunicação da UFBA e obteve os títulos de Mestre e Doutor. Atualmente, é presidente do Conselho Estadual de Cultura. Uma homenagem justa.

LEIA NA ÍNTEGRA: Site Liderança do PT

20 de fevereiro de 2008

 

A Bahia está de luto. Morreu Chico Pinto.

Hoje, quarta-feira (20), às 16h, Feira de Santana enterra o ex-deputado federal Chico Pinto, seu filho ilustre. Chico Pinto foi advogado de causas populares e trabalhadores rurais na região do semi-árido da Bahia. Foi eleito prefeito de Feira de Santana e o golpe militar de 1964 cassou seu mandato. Foi um prefeito à frente de seu tempo. Ainda naquela época inventou o Orçamento Participativo que três décadas adiante seria marca registrada do PT. Chico Pinto, que morreu terça-feira (19) no Hospital San Rafhael, estava internado há meses, lutando contra um câncer.

Em seu quarto de hospital há quase um ano recebia amigos: Adelmo Oliveira, Emiliano José, Alceu Barros, Waldir Pires, Mário Lima, Lomanto Júnior, Roberto Santos, José Carlos Brandão, Sigmarina Seixas, Airton Soares, Sebastião Nery, Hélio Duque, Alencar Furtado. Muitos protagonistas da luta política. O governador Jaques Wagner decretou luto oficial. Chico Pinto era casado com Taís Alencar. Eles tiveram uma filha: Taís Alencar Pinto dos Santos. Taís Alencar é filha do ex-deputado Alencar Furtado, que também exerceu grande importãncia na luta contra a ditadura militar.

Chico Pinto comandou a resistência no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A história da esquerda democrática nos anos 60 e 70 passa por Chico Pinto.
Em 1978 participei da campanha de Chico Pinto para a Câmara Federal. Chico Pinto deputado federal, Adelmo Oliveira deputado estadual. Ganhamos. Fizemos um cartaz à época, pois éramos os militantes e os marqueteiros ao mesmo tempo. O cartaz tinha a foto de Chico Pinto com aquele gorro russo na cabeça, camisa preta, ao lado do advogado das invasões populares de Salvador, Adelmo Oliveira. O slogan era "Somos cem milhões de subversivos", numa alusão mais que direta, em tempos de ditadura feroz, à pecha de "subversivos" que os terroristas militares nos impunham através da imprensa. Chico Pinto foi eleito deputado federal em 1970 e integrou o Grupo Autêntico do MDB, juntamente com Lisâneas Maciel, Marcos Freire e Waldir Pires.

Em 14 de março de 1974 Chico Pinto discursou na Câmara Federal contra o ditador sanguinário Augusto Pinochet que visitava os generais brasileiros na posse do general Geisel. Foi cassado e preso. Pinochet tinha sido o cabeça do golpe militar no Chile que depôs e matou o presidente Salvador Allende, em 1973.

Foi radical: "O que nos vem do Chile de Pinochet é o fechamento de jornais, é a censura desvairada à imprensa remanescente. O que nos vem do Chile é a opressão mais cruel, de que nos dá idéia a reportagem e as fotos publicadas pela revista Visão, do campo de concentração da Ilha Dawson.

O que nos vem do Chile é o clamor dos presos (...) Três mil mortos, segundo Pinochet declarou a Dorrit Harazim, da revista Veja (...) Mas o que nós desejamos, Sr. Presidente, é apenas deixar registrado nos Anais, o nosso protesto e a nossa repulsa pela presença indesejável dos vários Pinochets que o Brasil infelizmente está hospedando.

Se aqui houvesse liberdade, o povo manifestaria seu descontentamento e a sua ira santa, nas ruas, contra o opressor do povo chileno. Para que não lhe pareça, contudo, que no Brasil estão todos silenciosos e felizes com sua presença, falo pelos que não podem falar, clamo e protesto por muitos que gostariam de reclamar e gritar nas ruas contra sua presença em nosso País".

Com base na Lei de Segurança Nacional, Chico Pinto foi cassado e preso no 1° Batalhão da Polícia Militar de Brasília. Em seu discurso tinha chamado Pinochet de assassino, mentiroso e fascista. Era demais para os ditadores de farda. O discurso foi censurado. Saiu da prisão em abril de 1975. Repetiu o discurso na Rádio Cultura de Feira de Santana. Veio novo processo. Em 17 de dezembro de 1974, em carta dirigida ao ditador Ernesto geisel, recusou o indulto de Natal acenado pela ditadura.

Assim era Chico Pinto.

 

Fidel, o indivíduo e a história

Sobre a importância de Fidel Castro e seu papel na História, o jornalista e escritor Emiliano José publicou no jornal A Tarde (11/02/08)um artigo intitulado "O Indivíduo e a História". A reflexão que pretende discutir o papel do indivíduo na História atravessa os séculos. Uma visão idealista leva ao raciocínio mítico de que o líder é o que determina o curso dos acontecimentos. Por isso, estamos acostumados a falar de períodos históricos vinculando-os a indivíduos, e não a movimentos sociais, às massas, que certamente são os que fazem a história.

Segundo Marx, os homens fazem História mas a fazem sob determinadas circunstâncias. Uma espécie de marxismo vulgar às vezes desconhece o peso de uma liderança. Emiliano José, que é também professor-doutor da Faculdade de Comunicação da UFBA e presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, serve-se do exemplo de Fidel Castro, um dos grandes homens do século XX e que ingressou influenciando pelo século XXI, tem sido de fundamental importância para a Revolução Cubana com seu espírito revolucionário, sua intuição, sua capacidade política, fazendo de Cuba um exemplo de soberania e de resistência.

LEIA ARTIGO NA ÍNTEGRA

 

Jornalista americana denuncia esquemas da Halliburton

A empresa americana a quem foi confiada uma valiosa carga para o Brasil (os laptops com segredos da Petrobrás roubados em 01/02/2008), é a principal multinacional beneficiada com a invasão do Iraque. Graças à sua influência no governo dos EUA, por conta de suas ligações com o vice-presidente americano Dick Cheney, a Halliburton abocanhou contratos de U$ 11 bilhões, em 2004, para atuar em território iraquiano. O próprio Cheney, que havia sido executivo da empresa antes de se tornar vice de W.Bush, enriqueceu de forma rápida: embolsou mais de U$ 40 milhões no curto tempo em que foi um dos diretores da companhia. O enriquecimento foi considerado impressionante pelo The New Yorker, em artigo publicado em 16/02/2004.

A jornalista Jane Mayer, que assina o artigo, compara a Halliburton a outras companhias que se aproveitaram de situações extremas e influências no poder para encherem os cofres de dinheiro, como a Dow Chemmical, durante a Guerra do Vietnan, e a Enron, no governo Bush.

A influência da empresa em decisões que lhe favorecem dentro do governo americano é o assunto predileto de discursos de congressistas democratas, embora o presidente americano e o seu vice neguem haver algum tipo de proteção. Entre os contratos agraciados à companhia estaria uma negociata para transportar petróleo do Kuwait para o Iraque, no qual lucraria U$ 65 milhões. A Halliburton sub-contratou outra empresa, do próprio Kuwait, para fazer o serviço e ambas superfaturaram o custo do transporte. Especialistas em negócios de petróleo, ainda segundo o artigo, consideraram a parceria altamente suspeita e compararam o associação das duas empresas a um esquema de “bandidos”.

Foi a essa empresa que foi entregue para transportar segredos industriais que põem em risco a maior reserva de petróleo brasileira. Uma companhia acusada em seu próprio país de manter ligações suspeitas com esquemas de favorecimentos ilícitos. As autoridades brasileiras, em nome da segurança nacional e do patrimônio público do Brasil, deveriam no suspender de imediato todos os contratos com a Halliburton, até que se conclua que ela não teve nenhuma participação ou facilitação do roubo dos equipamentos da Petrobrás.

19 de fevereiro de 2008

 

Fidel deseja combater agora como soldado de idéias

O líder cubano Fidel Castro anunciou nesta terça-feira (19) que não voltará à presidência do Conselho de Estado, instância máxima do poder.

LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA DE FIDEL

"Prometi a vocês na sexta-feira, 15 de fevereiro, que na próxima reflexão abordaria um tema de interesse para muitos compatriotas. A mesma adquire desta vez a forma de mensagem.

Chegou o momento de postular e escolher o Conselho de Estado, seu presidente, vice-presidentes e secretário.

Desempenhei o honroso cargo de presidente ao longo de muitos anos. Em 15 de fevereiro de 1976 foi aprovada a Constituição Socialista por voto livre, direto e secreto de mais de 95% dos eleitores.

A primeira Assembléia Nacional foi constituída em 2 de dezembro daquele ano e elegeu o Conselho de Estado e sua Presidência.

Antes, tinha exercido o cargo de primeiro-ministro durante quase 18 anos. Sempre dispus das prerrogativas necessárias para levar adiante a obra revolucionária com o apoio da imensa maioria do povo.

Sabendo de meu estado grave de saúde, muitos no exterior pensavam que a renúncia provisória ao cargo de presidente do Conselho de Estado, que deixei nas mãos do primeiro-vice-presidente, Raúl Castro Ruz, em 31 de julho de 2006, fosse definitiva.

O próprio Raúl, que adicionalmente ocupa o cargo de Ministro das FAR (Forças Armadas Revolucionárias) por méritos pessoais, e os demais companheiros da direção do partido e do Estado foram resistentes a me considerarem afastado dos meus cargos, apesar do meu estado precário de saúde.

Minha posição era incômoda frente a um adversário que fez todo o imaginável para se desfazer de mim e ao qual não queria agradá-lo.

Mais adiante, pude recuperar o controle total da minha mente, a leitura e meditar muito, devido ao repouso. Tinha forças físicas suficientes para escrever por longas horas, o que fazia durante a reabilitação e os programas de recuperação. Um elementar bom senso me indicava que essa atividade estava a meu alcance.

Por outro lado, sempre me preocupei, ao falar da minha saúde, em evitar ilusões de que, no caso de um agravamento do quadro adverso, trariam notícias traumáticas a nosso povo no meio da batalha.

Prepará-lo para minha ausência, psicológica e politicamente, era minha primeira obrigação após tantos anos de luta.

Nunca deixei de destacar que se tratava de uma recuperação 'não isenta de riscos'. Meu desejo sempre foi cumprir o dever até o último momento. É o que posso oferecer.

A meus compatriotas, que fizeram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo âmbito devem ser adotados acordos importantes para o destino de nossa Revolução, comunico a vocês que não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe.

Em breves cartas dirigidas a Randy Alonso, diretor do programa 'Mesa Redonda' da televisão nacional, que foram divulgadas por minha solicitação, foram incluídos discretamente elementos da mensagem que hoje escrevo, e nem sequer o destinatário das mensagens conhecia meu propósito.

Confiei em Randy porque o conheci bem quando ele era estudante universitário de Jornalismo, e me reunia quase todas as semanas com os principais representantes dos alunos, que já eram conhecidos como o coração do país, na biblioteca da ampla casa de Kohly, onde se abrigavam. Hoje, todo o país é uma imensa universidade".

 

Comandante Fidel, lúcido, comanda sua própria sucessão

Fidel Castro acaba de anunciar em carta (19) que não vai reassumir a presidência de Cuba. É uma data histórica. A carta foi publicada no jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba. Fidel comandou sua própria sucessão. Em seu lugar está Raul Castro.

Na carta, Fidel Castro afirma que não vai aceitar, nem aspira aos postos de Chefe de Estado e Comandante em Chefe cujos titulares serão escolhidos em eleição no próximo domingo (24). Lúcido, ele concluiu que não tem mais condições de saúde para liderar o país.

O presidente cubano, de 81 anos, se recupera desde julho de 2006 de complicações intestinais e desde essa época está afastado da vida pública. Fidel Castro sai do poder vitorioso. No mês de janeiro que passou cerca de 8,23 milhões de cubanos exerceram o direito ao voto e confirmaram os nomes do presidente Fidel Castro e de seu irmão Raul Castro como deputados da Assembléia Nacional.

A exemplo dos anos anteriores, 96% dos eleitores cubanos compareceram às urnas para escolher democraticamente os 1.201 delegados das Assembléias Provinciais, e os 614 deputados da Assembléia Nacional do Poder Popular. É uma eleição livre e não minada pelo dinheiro como nas "democracias", a exemplo das eleições nos EUA e no Brasil.
Se o povo cubano não quisesse Fidel Castro não teria votado nele.

Com a renúncia, Fidel Castro resolveu o dilema cubano. No próximo dia 24 de fevereiro, os novos parlamentares tomarão posse e já sabem que não vão votar em Fidel Castro para a presidência do Poder Executivo. Raul Castro será confirmado como presidente do Conselho de Estado, como presidente do Conselho de Ministros e como Ministro da Defesa Nacional.

Segundo informes da Comissão Eleitoral Nacional, 91% dos eleitores optaram peo voto unido defendido por Fidel Castro como estratégia para evitar o personalismo que caracterizou o socialismo real do extinto bloco soviético. Houve uma renovação de 62% no Parlamento. Entre a "democracia" dos EUA, que joga bombas no Iraque e no resto do mundo, fico com a democracia de Cuba.

 

Por qué não te callas, Bush ?

O nazi-fascista presidente dos EUA, George Bush, que dissemina a "democracia" no Oriente Médio com bombardeios, deveria calar a boca. É o último a ter direito a algum comentário sobre a merecida aposentadoria do vitorioso líder cubano Fidel Castro, que acaba de ser anunciada.

Bush espera que haja uma "transição democrática" em Cuba após a saída de cena de Fidel Castro. Transição democrática um cacete.

O castrismo foi o símbolo de soberania e independência de um povo. Os abutres estão de olho em Cuba. Leiam o que disse o secretário de Estado para Assuntos Europeus da França, Jean-Pierre Joueyt. Ele espera que Cuba siga pelo caminho da "democracia". Que democracia cara-pálida?

Fidel Castro entendeu muito bem o significado da queda do Muro de Berlim, o desmoronamento da URSS, a hegemonia do Império no mundo, o risco de tudo isso para o povo cubano. Tanto que endureceu o jogo com os governantes nazi-fascistas dos EUA que se dizem democratas. Democratas um cacete.

Se os EUA foram o maior inimigo de Cuba, responsáveis pelo "democrático" bloqueio econômico, Cuba foi o país que mais resistiu ao imperialismo dos EUA. Fidel permaneceu mais de cinco décadas no poder, o que não teria acontecido se não tivesse o apoio da população. Fidel sobreviveu a nove diferentes governos nazi-fascistas dos EUA. E também a várias tentativas de assassinato planejadas pela CIA. Ousou nacionalizar empresas norte-americanas e passou a sofrer o embargo econômico.

Fidel é um revolucionário. Ele derrubou o regime de Fulgêncio Batista, marcado pela corrupção, que fazia de Cuba um paraíso dos ricos dos EUA que dominavam a prostituição, a jogatina e o tráfico de drogas. Era a democracia. Mesmo aposentado, fora do poder, Fidel Castro será um exemplo para o mundo. Os EUA tentaram derrubar Fidel Castro em 1961 desembarcando traidores cubanos chefiados por marines na Baía dos Porcos. Fracassaram. Os EUA ao longo de 50 anos fracassaram sempre ao tentarem impor a "democracia" na Ilha.

Cuba sempre foi solidária com os movimentos revolucionários no mundo inteiro. Deu apoio às guerrilhas revolucionárias em Angola e Moçambique. Enviou Che Guevara para a Bolívia. O tempo da revolução passou, e Cuba avançou no bem-estar do seu povo, apesar do criminoso bloqueio econômico dos EUA. O serviço de saúde pública de Cuba é considerado um dos melhores do mundo. Possui o menor índice de mortalidade infantil em comparação com as "democracias" da América Latina.

Fidel recebeu em Cuba o Papa João Paulo II. Ultimamente tem recebido apoio do presidente da Venezuela Hugo Chávez. Evo Morales, da Bolívia tem se manifestado com simpatia. Em janeiro, recebeu a visita do presidente Lula. Cuba é um país irmão do Brasil. Viva Cuba livre e independente da "democracia" dos EUA.

18 de fevereiro de 2008

 

Lula sobe e a mídia desce

A pesquisa Sensus de fevereiro, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), além da confirmação da popularidade do presidente Lula, contém uma informação que todos os jornalistas (os do bem e os do mal) deviam ler com atenção.

Enquanto o presidente Lula obteve sua melhor avaliação desde a posse (52,7%) uma certa instituiçao chamada "imprensa" obteve 12,7% no índice de confiança da população, menos que as desastradas Forças Armadas (16,5%) e menos ainda que a desmoralizada Igreja Católica (39,4%). Em 2003, logo após a posse, Lula obteve 56,6%.

O desempenho pessoal do presidente Lula foi aprovado por 66,8% dos entrevistados, contra os 61,2% da sondagem anterior (outubro).

Pior mesmo que a imprensa/mídia se situam a Justiça (11,3%), a Polícia (4,1%) e o Congresso Nacional (0,5%). É bem verdade que a instituição "Governo Federal" ficou mal com 4,4%. É que a população, em sua sabedoria, diferencia a figura do presidente Lula da máquina burocrática chamada Governo Federal.

Segundo todos os jornais, a avaliação do presidente Lula, em fevereiro, foi a melhor desde sua primeira posse em janeiro de 2003. A avaliação positiva do governo subiu para 52,7% em fevereiro, enquanto em outubro ficou em 46,5%, data do levantamento anterior. Já a avaliação negativa caiu de 16,5% para 13,7%. Ou seja, a rejeição ao governo Lula se reduziu.

O desempenho pessoal do Presidente Lula foi aprovado por 66,8 por cento dos entrevistados, ante 61,2 por cento na sondagem anterior.

Se houvesse o TERCEIRO MANDATO, o Presidente Lula teria vantagem sobre os demais oponentes. Na pesquisa espontânea (sem lista) Lula aparece com 18,6% das intenções de voto.

Vejam a cara de pau da Folha de S. Paulo. Enquanto 36,8% dizem votar em candidato apoiado pelo presidente Lula, a Folha afirma que José Serra "lidera" as intenções de voto na sucessão presidencial com 5,1%.

Até nas eleições municipais Lula será o grande eleitor. Candidato a prefeito que tiver apoio do presidente Lula em outubro vai levar vantagem. Quem vota no candidato a presidente que Lula indicar, vota também no candidato a prefeito apoiado por Lula.

 

Mais uma molecagem do jornalismo-esgoto da revista Veja

Está no jornal O Estado de S. Paulo. "Ex-esposa de Pelé nega que tenha falado à revista Veja". Como? Então a matéria da revista Veja sobre a ex-esposa de Pelé foi uma invenção? Uma mentira? Uma molecagem? Sempre digo aqui que a revista Veja mente, manipula, inventa, retorce. Lembram-se da matéria que dizia que militantes do PT tinham disseminado a praga vassoura-de-bruxa na região cacaueira da Bahia? Era mentira. Lembram-se da matéria dos dólares vindos de Cuba para a campanha do PT? Era mentira. É o jornalismo-esgoto no auge. Fico impressionado como ainda tem gente que compra e assina a revista Veja.

LEIA A MATÉRIA DA AGÊNCIA ESTADO
Ex-esposa de Pelé nega que tenha falado à revista 'Veja'
Agencia Estado

SÃO PAULO - A ex-esposa de Pelé, Assíria, divulgou nota hoje em que nega as informações divulgadas pela revista Veja desta semana.

Ela nega ter concedido qualquer entrevista à revista ou a qualquer outro veículo de comunicação sobre a sua separação.

Veja abaixo a nota na íntegra:

"Diante das supostas ''entrevistas'' atribuídas a mim publicadas nos últimos dias na mídia - em especial na última edição da revista de maior circulação nacional, a ''Veja'' - quero esclarecer que:

- Em nenhum momento dei declarações/ entrevistas/ depoimentos a qualquer jornalista ou veículo da mídia sobre o meu casamento, tampouco à repórter Sandra Brasil da revista ''Veja''. Não comento minha vida particular e nem trato em público o que é privado. Eu não cometeria essa deselegância. Portanto, toda declaração publicada e atribuída a mim nesses últimos dias é falsa e inescrupulosa e será tratada nas esferas jurídicas, conforme me faculta a Lei de Imprensa.

- A tentativa da revista ''Veja'' de passar uma imagem minha de fanática religiosa é inteiramente absurda. Uma das marcas da minha família sempre foi a pacífica convivência religiosa. Tanto que casei-me em igreja evangélica e meus filhos gêmeos foram batizados em igreja católica. Quanto ao resgate das minhas raízes judaicas, isso é informação velha, de três anos atrás, requentada por profissionais da mídia quem não têm o que dizer.

- Ao contrário do que foi noticiado, meus pais não vieram morar comigo nos últimos dois anos. Minha mãe, Gemima, que é divorciada, mora comigo desde que casei-me, há 14 anos. E meu pai Abelardo - que se encontra internado em uma clínica com Alzheimer - tem o seu próprio apartamento nas proximidades do meu, comprado com os seus próprios recursos.

Assíria Seixas Lemos do Nascimento"

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger125685,0.htm

 

Wagner e Patrus anunciam mais 12 mil cisternas rurais na Bahia

Enquanto o bispo de Barra, dom Luiz Cappio - aquele da greve de fome contra a transposição das águas do São Francisco - passeia pelo Senado fazendo oposição ao Governo Lula, o Governo Lula e o Governo Wagner trabalham.

Nesta quarta-feira, o governador Jaques Wagner e o ministro Patrus Ananias anunciam em Irecê (Bahia) a construção de mais de 12 mil cisternas nas áreas rurais. O Projeto Água e Cidadania, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), será lançado quarta-feira (20), às 11 horas, na Praça Teotônio Marques Dourado, em Irecê.

Na oportunidade, o governador Wagner, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o secretário do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção, vão celebrar convênios da ordem de R$ 24 milhões para a construção de 12.270 cisternas. Com isso, serão beneficiadas mais de 60 mil pessoas de 115 municípios do semi-árido. A iniciativa faz parte do conjunto de ações do Programa Água Para Todos (PAT), do Governo da Bahia.

Patrus é o melhor nome que o PT tem para a sucessão de Lula.

 

Questão estratégico nacional cede lugar a assunto rasteiro

Enquanto a baixa política toma conta do noticiário nacional (falo do golpe de mídia que tenta pela enésima vez derrubar o Lula – agora é a história dos cartões corporativos), uma questão realmente preocupante e que deveria estar no centro do debate continua como nota de pé de página da grande imprensa brasileira: o roubo de quatro laptops e dois discos rígidos com dados sigilosos da Petrobrás, sobre os poços de petróleo descobertos recentemente na Bacia de Santos.

A Petrobrás e a Polícia Federal adotaram o silêncio sobre as investigações do caso, mas o tom reservado de algumas declarações de membros do governo revela que o sumiço dos equipamentos é gravíssimo e compromete até mesmo as condições de exploração das reservas descobertas. A companhia brasileira e a PF acreditam tratar-se de espionagem industrial.

A carga valiosa viajava em containeres, em um navio que ia de Santos para o Rio de Janeiro, sob os cuidados da companhia americana Halliburton. Foi a multinacional quem revelou à companhia brasileira a violação dos lacres dos containeres e denunciou o roubo dos equipamentos.

Ainda é cedo para falar das conseqüências que trarão à Petrobrás e ao Brasil a quebra do sigilo dos dados levados no roubo. O que se sabe, entretanto, já deveria por todo o País, desde o governo e até o cidadão comum, em sinal de alerta máximo. O volume de gás natural e óleo bruto a ser explorado no poço de Tupi projeta o Brasil para ser um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo. Por isso, o que está em jogo não é o futuro momentâneo de quem está no poder ou se o início da exploração dessa reserva descoberta favorece ao PT ou a Lula. É mais do que isso.

A imprensa nacional e mundial exaltaram o feito da descoberta da reserva de Tupi. Internamente, porém, houve quem torcesse o nariz para o fato de que é mais uma conquista da Petrobrás sob o governo do PT. A empresa já havia garantido a auto-suficiência em produção no ano passado. O caso do roubo das informações foi manchete somente no dia em que o fato foi revelado. Parece que isso preocupa pouco os nossos jornalistas, mais interessados no uso indevido do cartão corporativo por membros do governo federal.

Halliburton, ONGS, militares americanos e espionagem

Nenhum analista político escreveu sobre isso, mas algumas perguntas me deixam inquieto:

A Halliburton é suspeita?
A multinacional americana que tem entre seus sócios o vice-presidente americano Dick Cheney e é uma das empresas beneficiadas pelo controle do petróleo iraquiano, após a invasão do país. É fantasioso dizer que a poderosa indústria petrolífera americana tem interesse no controle e conhecimentos sobre a extensão das novas reservas brasileiras? Penso que não.

É possível associar este caso a outro acontecimento ainda carente de explicação, a explosão de foguete na base de pesquisa aero-espacial de Alcântara, no Maranhão, ocorrida em agosto de 2003?
No desastre, morreram 21 técnicos civis do Centro de Tecnologia da Aeronáutica, que comandavam o lançamento malsucedido do terceiro protótipo do VLS (Veículo Lançador de Satélite). A explosão do foguete e a morte de profissionais especializados provocaram um retrocesso nas pesquisas nacionais na área aeroespacial. Nunca foi descartada a ocorrência de sabotagem.

O governo Lula, logo ao tomar posse, pôs fim ao desejo americano de instalação de base militar em Alcântara, uma promessa feita pelo ex-presidente FHC ao governo dos EUA. Haveria na explosão do foguete brasileiro uma “vingança” à rebeldia brasileira de não se curvar ao interesse bélico ianque, tal como fizeram outros países sul-americanos?

Todas essas questões clamam por investigação e pesquisa exaustiva por profissionais competentes, a serviço do verdadeiro interesse nacional, mas por enquanto são apenas citados aqui e ali, em artigos rasos e sem a devida preocupação em aprofundamento, ou sem fazer conexões com acontecimentos aparentemente isolados.

Em matéria publicada na Gazeta Mercantil, em 29/01/2007, um relatório preparado pela GTAM (Grupo de Trabalho do Amazônia), ligado à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), alerta para a presença ostensiva de militares e civis americanos na região amazônica. Os civis estariam associados a ONGS e igrejas estrangeiras que atuam na região a pretexto de luta pela causa indígena e exercem grande influência sobre as comunidades locais. Mesmo sob a suspeita de cometer exageros, o relatório aponta para os riscos destas organizações servirem mais aos interesses de seus países de origem do que ao Brasil.

O GTAM lançou ainda o alerta da presença militar americana cobrindo a região amazônica, ainda que não instalada em solo brasileiro. Estão na Colômbia a pretexto de combater o narcotráfico, no Peru, Bolívia, Equador e Paraguai. E o relatório aponta ainda o excesso de estrangeiros na pequena Alcântara: eram mais de 110 no dia em que os membros do GTAM visitaram a cidade. Para eles não há dúvida da existência de espiões entre esses estrangeiros. A maioria dos “turistas” eram americanos, segundo o relatório.

O Brasil caminha a passos largos para garantir seu lugar entre os grandes. O que o governo Lula fez para que isso se tornasse realidade? Talvez aos seus inimigos, nada. A Petrobrás teria descoberto Tupi sob qualquer governo. Porém, quem manteve a linha de fortalecimento do interesse nacional foi o atual governo, contra um modelo de entreguismo e subserviência adotado pela tucanalha. A Petrobrás se fortaleceu como empresa pública nacional e com isso garantiu ao País os benefícios exclusivos pela exploração das mega-reservas petrolíferas. Alcântara deve continuar sob o único domínio brasileiro. O Brasil deve investir em seu poderio bélico, o que inclui a construção do seu submarino nuclear. Quem pensa no Brasil como nação soberana não deve se iludir com a política miúda dos que desejam o retrocesso das nossas conquistas.

17 de fevereiro de 2008

 

Ouça um bom conselho que lhe dou de graça

Paulo Henrique Amorim no site Conversa Afiada desmascara Diogo Mainardi. Ele afirma que Mainardi, como sempre, não tem provas do que escreve no caso Telecom Itália. O texto de Mainardi que está na revista Veja (nas bancas neste domingo, 17 de fevereiro) não vale nada. Aliás, vale tanto quanto o que ele escreve sobre Lula. O jornalista Paulo Henrique Amorim dá ao leitor um conselho: Sobre a revista Veja o melhor é não comprá-la, não assiná-la, não visitar seu site na web porque lá estão depositados os dejetos. Logo, também não se deve recomendá-la aos amigos. O que se deve mesmo fazer é ir ao blog do Luis Nassif, que está escrevendo uma série de reveladores artigos sobre a revista Veja.

LEIA NO CONVERSA AFIADA

LEIA BLOG DO NASSIF E 12 ARTIGOS SOBRE A REVISTA VEJA

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