8 de agosto de 2009

 

Serra e a grande mídia colecionam derrotas políticas

O consórcio mídia-Serra perdeu uma no episódio do inventado “mensalão”, perdeu duas com a aloprada estratégia de convencer a sociedade que o câncer de Dilma era terminal e que ela estaria fora do jogo, perdeu três ao não derrubar Sarney, depois deles mesmo terem eleito Sarney, perdeu quatro ao jogar o PMDB nos braços da Dilma, perdeu cinco com a antipatriótica CPI da Petrobras.

Não que José Sarney seja um santo. Provavelmente quase tudo do que dizem dele seja verdade. Sarney é um sobrevivente do Brasil arcaico, como ACM era.

Na atual disputa que ocorre no Senado quem perdeu? Perdeu o PSDB com suas sujas manobras políticas. O ataque a Sarney levou o PMDB para o lado de Dilma Roussef, apesar da fragilidade que significa compromisso político com um carreirista pragmático como Geddel Vieira Lima.

Se o PSDB perdeu, perde também o candidato à presidência José Serra. Não deu certo sua articulação com o consórcio Estadão-Folha-Veja-Rede Globo para derrubar Sarney.

De quebra, perdeu o Estadão com aquela campanha meio idiota de vítima da censura.

Mais uma vez a realidade comprova que aquele propalado poder da mídia de acusar, julgar e levar ao paredon não é real. A caça ao marajá, uma marca da direita brasileira, não funcionou. Não porque não existam os marajás, mas, porque a exploração eleitoreira é por demais evidente.

Basta rever os programas de TV e os jornalões. A mídia corporativa acha normal acatar todos os ataques ao Sarney e seus aliados. Mas não aceita ataques aos acusadores de Sarney.

Fica mais que evidente a luta política travestida de luta “contra a corrupção”.
Com este episódio, fica comprometida a principal vantagem que a candidatura Serra tem: sua aliança política com o consórcio Veja-Folha-Estadão-Rede Globo.

Eles têm o poder das manchetes e do Jornal Nacional.

Entretanto, se não conseguiram destruir o PT com aquela história fantasiosa do “mensalão”, se não conseguiram apear Sarney da presidência do Senado, se não conseguiram matar Dilma de câncer, se não conseguiram desmoralizar a Petrobras, porque conseguiriam eleger José Serra presidente?

7 de agosto de 2009

 

Geddel e PMDB faziam governo paralelo na Bahia

Em entrevista concedida à rádio Band News, hoje, (7/8), de Brasília, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) falou sobre o posicionamento do PT em relação ao rompimento da aliança com o PMDB. Ele disse que o ministro Geddel Vieira Lima rompeu com um “projeto de democracia e mudança profundas, de um governo republicano, democrático e popular como o de Jaques Wagner”.

“Nós derrotamos uma oligarquia que dominava a Bahia há algumas décadas, que nos levou a níveis sociais deploráveis. Iniciamos uma nova era, um novo projeto. Houve um grande esforço de Wagner para manter a aliança com o PMDB. Mas eu dizia já há algum tempo que não acreditava nisso, pois Geddel fazia uma espécie de governo paralelo. Não havia nenhuma atitude solidária com o Governo Wagner, nenhum elogio. Governo do qual ele participava com duas secretarias absolutamente importantes”, acentuou.

Emiliano disse que não houve uma “gota d’água” específica para esse rompimento e, sim, um acúmulo de procedimentos do PMDB, que resolveu tocar outro projeto. “Wagner teve muita paciência e uma atitude muito civilizada. É um cidadão que respeita as diversidades e não olha para filiações partidárias. Não há atitude do governo em boicotar ninguém.

Nosso presidente do PT-BA, Jonas Paulo, também sempre foi muito cuidadoso na relação com o PMDB. Mas houve provocações de todas as naturezas, grosserias de baixíssimo nível. Mas todos nós sabíamos o que estava ocorrendo, já estava evidente. Agora vamos seguir com nossa perspectiva de continuar as mudanças profundas na Bahia e lutar para reeleger o governador Jaques Wagner”.

Quanto às eleições de 2010, Emiliano disse não prever um clima de bate boca. “Não vamos trabalhar na linha de retaliação. Não queremos ‘baixar o nível’. Vamos apresentar resultados do governo, o que estamos fazendo na Bahia. Vamos destacar a importância do programa Água para Todos, que está mudando a vida do povo baiano; o Todos pela Alfabetização (TOPA), o maior programa do gênero em todo o País; as mudanças na infra-estrutura. Vamos discutir projetos para mostrar como estamos mudando o Estado”.

O parlamentar encerrou dizendo que o PT não quer nenhum aliado com o estilo de Geddel Vieira Lima. “Queremos companheiros como o presidente Lula e o governador Jaques Wagner. Pessoas que querem discutir projetos, pois pretendemos continuar com as transformações profundas”.

Ouça a entrevista na íntegra:

 

A boa vida de Geddel, o traíra, vai acabar

Eu recomendo a leitura do blog de Antônio do Carmo. É um homem de comunicação e política. Ele faz política há 30 anos, participou do movimento estudantil da década de 70, foi dirigente do PCdoB durante 18 anos, participou de muitas campanhas políticas e acompanha a política da Bahia “botando o dedo na ferida”.

Antônio do Carmo afirma em seu blog “COM O DEDO NA FERIDA” que não foi Geddel que ajudou Wagner a ganhar a eleição. Foi o contrário. Geddel pongou na campanha de Wagner e chupou votos. É um chupa-cabras.

É só fazer uma consulta ao TSE. Em 2002, Geddel Vieira Lima obteve 149.606 votos para deputado federal pelo carcomido PMDB. Ao embarcar na campanha de Wagner, em 2006, ele saltou para 287.393 votos. Na campanha de 2002, o PMDB elegeu mais dois deputados federais. Na campanha de 2006, Geddel foi o único eleito do PMDB. Coitados.

Afinal, quem ajudou quem? Ora, Geddel se aproveitou de Wagner para crescer e depois dar um tchau.

Segundo Antônio do Carmo, lúcido analista político, Geddel, o reciclável, foi um traidor desde o início do Governo Wagner. Aproveitou-se do momento político da derrota do carlismo, pongou na campanha de Wagner, e “cresceu”.

Não passa de uma piada dizer que Geddel ajudou Wagner a ganhar a eleição. Wagner ganhou a eleição porque o povo da Bahia decidiu mudar. Quem não se lembra de Geddel fazendo oposição a Lula e dizendo um monte de besteiras? Oportunista, viu uma chance de crescer e embarcou na campanha de Wagner.

Quem não conhece a história do escorpião? É da natureza do bicho picar quem o protege.

Antônio do Carmo faz uma profecia. Geddel vai trair Lula, como traiu Wagner!

LEIA NA FONTE

 

Geddel sabotava o Governo Wagner

O deputado federal Geraldo Simões (PT-BA) tinha razão. Ele sempre afirmou que o PMDB de Geddel sabotava o Governo Wagner e se comportava como oposição na Assembléia Legislativa da Bahia. Eles faziam oposição e faziam parte da máquina estatal. Eram mesmo uns traíras.

 

O ministro Geddel é muito cara-de-pau

Geddel Vieira Lima é muito cara-de-pau. Depois de participar do governo Wagner com duas secretarias, seis empresas e mais de 500 cargos comissionados – ele exigia “porteira fechada” para facilitar o empreguismo – ao trair o projeto de mudança afirma quer está traindo porque o “governo Wagner é medíocre”.

O desfecho do sai-não-sai do PMDB de Geddel Vieira Lima foi tragicômico. Como ele se considera um “chefe” político, lembrando os tempos do falecido senador ACM, se chateou porque o governador Jaques Wagner não aceitou receber os cargos de volta através da intermediação dele. Foi então que mandou seus chefiados entregar as cartas de demissão através do protocolo da Governadoria. Nunca vi tanta falta de educação.

É deprimente que os secretários Batista Neves (Infraestrutura) e Rafael Amoedo (Indústria e Comércio) tenham se rebaixado a tanto para seguir as ordens do “chefe”. Até o pai de Geddel, Afrísio Vieira Lima, que presidia a Junta Comercial, se rebaixou ao pedir demissão com tanta deselegância. Anotem: quando Geddel trair também o presidente Lula vai arranjar uma molecagem deste teor. É da natureza do escorpião.

 

Waldir Pires denuncia como nocivas bases dos EUA na Colômbia

O ex-ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Waldir Pires (PT), rompeu nesta quinta-feira (6/8), o silêncio geral do governo, da justiça e dos políticos brasileiros em geral, para denunciar que a ampliação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia, que motivou a visita do presidente colombiano Alvaro Uribe ao Brasil, é “nociva” e “inconveniente” aos reais interesses de soberania do País e do continente latino-americano.

A revista digital Terra Magazine revela que o governo dos EUA negocia o uso de sete bases militares no território da Colômbia. Críticas às negociações bilaterais com o Pentágono devem marcar na próxima segunda-feira o encontro da Unasul (União das Nações Sul-americanas), antecipa o portal cujo editor-chefe é o jornalista Bob Fernandes.

- Não precisamos de bases militares de uma potência para pretender estabelecer essa segurança. Isso não é possível… Creio que essas organizações bilaterais, no instante em que estamos todos empenhados numa multilateralidade de valores, de convivência pacífica, são inconvenientes, nocivas. Não é esse o método – critica Waldir Pires, na entrevista concedida ao repórter da TM, Claudio Leal.

Na apresentação da entrevista, Terra Magazine assinala que, pelo acordo, as bases de Palanquero (no estado de Cundinamarca), Aiay (em Meta) e Malambo passariam para o controle dos EUA. Na recente visita da líder chilena Michelle Bachelet ao Brasil, o presidente Lula revelou seu desconforto com o avanço militar americano.

“Participei de reuniões do Conselho de ministros da Defesa muito na linha de podermos e sabermos organizar os interesses da defesa dos países da América do Sul… Levianamente, se vende a ideia de que permanecemos incapazes de nos organizar” ressalta o ex-ministro da Defesa, que se manifestou pela primeira vez sobre a política externa do Brasil desde que deixou o cargo, em 2007.

 

Deputado do PT da Bahia propõe retirada de acordo Brasil/EUA sobre Base de Alcântara

O deputado Emiliano José (PT-BA) defendeu nesta quinta-feira (6) a retirada do Congresso, pelo governo, do acordo firmado em 2000 com os Estados Unidos, o qual assegura àquele país a utilização da Base de Alcântara. Para o parlamentar, o acordo firmado durante o governo tucano FHC (1995-2002) assegura a instalação de um verdadeiro “enclave” dos EUA no Brasil. “É um atentado à soberania nacional”, afirmou.

A proposta do parlamentar baiano coincide com um momento de preocupação de vários países sul-americanos com o recente acordo assinado entre a Colômbia e os EUA, o qual garante a expansão da presença militar norte-americana no país vizinho. Esse acordo foi severamente criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros dirigentes latino-americanos.

Emiliano José encaminhou quarta-feira (5/8) um requerimento à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pedindo a retirada do acordo sobre Alcântara. “Trata-se de um grave atentado à soberania nacional”, disse Emiliano, que ressaltou: “Considero absolutamente necessária a retirada desse acordo porque, entre outros aspectos, ele estabelece salvaguardas tecnológicas, ou seja, não teremos nenhuma absorção de tecnologia”.

CONTROLE ABSOLUTO

Mas, além de não ter acesso à tecnologias de ponta, o acordo assinado por FHC ainda estabelece “controle absoluto pelos EUA sobre veículos de lançamento, espaçonaves, equipamentos afins e dados técnicos”, em pleno território nacional. “Trata-se de uma espécie de reedição daquilo que acontecia na China antes da revolução, quando diziam que, em determinados localidades, não poderiam entrar cachorros nem chineses”,comentou.

O acordo ainda prevê a proibição ao Brasil de usar o dinheiro dos lançamentos no desenvolvimento de veículos lançadores; proibição de cooperar com países que não sejam membros do Regime de Controle de Tecnologias de Mísseis ( MTCR, na sigla em inglês); e possibilidade de veto político unilateral de lançamentos.

As falhas do acordo foram denunciadas já em 2001, pelo então deputado Waldir Pires (PT-BA), que relatou a matéria e fez ressalvas a determinados itens. Em seu parecer, o relator aprovava o acordo com modificações substanciais do texto original, suprimindo as denominadas salvaguardas políticas, com redação mais adequada às salvaguardas tecnológicas propriamente ditas. Na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o parecer de Pires foi aprovado praticamente por unanimidade. Mas a matéria não avançou na tramitação.

SOBERANIA

Como lembrou Emiliano, as cláusulas do acordo criam obrigações exclusivamente para o Brasil. “É inacreditável que haja no Acordo artigos que subtraiam inteiramente a soberania nacional”, disse Emiliano. Conforme recordou o parlamentar, já em 2003, o chanceler Celso Amorim encaminhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva documento pedindo a retirada do acordo.

HISTÓRICO

É praxe relativamente recente do governo norte-americano impor a assinatura de acordos de salvaguardas tecnológicas para permitir que empresas dos EUA lancem satélites em bases de outros países. Desde o início da década de 90 o governo dos EUA passou a exigir de vários governos do Leste europeu e da China a celebração de tais acordos, quando as empresas norte-americanas de telecomunicações quiseram se aproveitar do baixo custo dos lançamentos efetuados com veículos lançadores daqueles países.

Embora não o façam com todas as nações (com a França, por exemplo), a celebração de acordos de salvaguardas tecnológicas tornou-se prática nas relações de cooperação espacial estabelecidas entre os EUA e países que, por quaisquer motivos, o governo norte-americano considera pouco confiáveis.

Mas as claúsulas com o Brasil não constam do texto dos demais acordos de salvaguardas firmados pelos EUA com outros países. Especialistas entendem que tais cláusulas não têm qualquer relação com o único objetivo manifesto desse tipo de acordo, o de proteger tecnologia de origem norte-americana. Na realidade, dizem, esses dispositivos aberrantes constituem-se em salvaguardas políticas destinadas a impedir que o Brasil desenvolva programa espacial relativamente autônomo e construa o seu veículo lançador de satélites.

Mesmo assim, um dos argumentos mais usados por aqueles que defendem o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara por parte de empresas norte-americanas, nos moldes negociados por FHC, é o de que esses e outros instrumentos são idênticos ao Acordo de Alcântara. Por essa lógica, as cláusulas contidas no documento seriam “absolutamente normais”., mas o fato é que tais acordos com terceiros países não têm as mesmas clausulas do assinado com o Brasil.

Fonte: Informe do PT - www.informes.org.br

6 de agosto de 2009

 

Geddel, o traíra do PMDB, continua esticando a corda para se enforcar

Geddel Vieira Lima ameaça consumar sua traição. É um traíra. Traiu o carlismo para se filiar ao PMDB, se aliou a Wagner traindo o DEM, agora, ameaça trair Wagner e se aliar ao DEM novamente. Mas, no fundo, no fundo, quer mesmo é se aliar ao PSDB de José Serra.

A história mais recente de traição de Geddel Vieira Lima começou no dia seguinte da posse de Jaques Wagner. Desde então pratica uma estratégia de desgastar o governo que ele ajudou a eleger. Geddel não é de confiança.

Ajudou a eleger Jaques Wagner e recebeu boas secretarias para administrar. Wagner cumpriu a palavra. Geddel ainda assim tocou sua estratégia de traição. Durante todo o governo Wagner ele se aproximou do DEM, em explícita atitude de traição. Ele não esconde nada.

Vai trair Wagner, vai trair Lula e vai trair Dilma. Vai trair o povo brasileiro e vai trair a Bahia. Anotem.

 

Perseguidos e ex-presos políticos debatem a repressão: ditadura nunca mais

Neste sábado (8/8), o Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo e o Memorial da Resistência de São Paulo promovem o debate “40 Anos da criação da Operação Bandeirante - Repressão clandestina transformada em rotina” e inauguram a exposição “A luta pela Anistia - 1964 - ?” (assim mesmo com interrogação) para debater sobre a organização que atuou durante o regime militar.

Considerada o órgão de repressão mais violento da ditadura militar no Brasil, a Operação Bandeirante (OBAN) foi criada pelo II Exército em São Paulo, no mês de julho de 1969.

Foi um centro integrador das forças que reprimiram os que resistiam ao regime terrorista, ilegal e ilegítimo dos militares que deram o golpe em 1964, instalado na Rua Tutóia, onde atualmente funciona o 36° Distrito Policial da cidade.

A OBAN, de triste memória, foi um centro clandestino de detenção e tortura que reuniu integrantes das três forças armadas, assim como um pequeno contingente “selecionado” de soldados da Força Pública e da Policia Civil do Estado de São Paulo.

A partir de meados de 1970, a Operação Bandeirante tornou-se uma estrutura oficial das forças do Exército, passando a ter o nome de DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações ligado ao Centro de Operações de Defesa Interna). Na década de 80, os DOI foram renomeados SOP – Setor de Operações.

Calcula-se que passaram pela OBAN mais de 10.000 prisioneiros. Os seus comandantes, hoje processados pelo Ministério Público Federal, foram os responsáveis por inúmeras mortes de combatentes sob torturas e execuções nas dependências deste organismo ou em vias públicas.

SERVIÇO:
08 de agosto de 2009, das 14h às 17h30
Memorial da Resistência de São Paulo – Largo General Osório, 66 – Luz (São Paulo).

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DAS PALESTRAS

 

Desigualdade e pobreza caíram no Brasil durante a crise

O desejo da mídia corporativa não se realizou. O Brasil não entrou no caos com a crise financeira internacional. Pelo contrário, conseguiu diminuir a pobreza e a desigualdade nas principais metrópoles, apesar dos reflexos da crise.

A constatação faz parte do estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo analisou a evolução dos índices de desigualdade e pobreza no Brasil em seis regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A expectativa de que a queda na produção e no emprego se repetiria em variáveis sociais, como ocorreu em outros períodos de crise, no entanto, NÃO se confirmou.

Diferentemente do que aconteceu nos períodos de crise considerados no estudo – 1982 a 1983; 1989 a 1990; e 1998 a 1999, quando a inflexão econômica implicou aumento da pobreza nas regiões metropolitanas nacionais – não se observou crescimento na taxa de pobreza nem mesmo após o último trimestre de 2008, período em que os efeitos da crise internacional começaram a atingir o país.

Depois de ter aumentado entre agosto de 2002 e abril de 2003, a taxa de pobreza do Brasil metropolitano apresentou tendência de queda. Em março de 2002, 18,5 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza. Em junho de 2009 esse número havia baixado para 14,4 milhões. A diferença, de 4 milhões de pessoas, configura queda de 26,8% da taxa de pobreza, que passou de 42,5% para 31,1% no período.

Entre março de 2002 e junho de 2009, a região metropolitana que registrou maior queda no número de pobres (1,4 milhão) foi a do Rio de Janeiro, seguida por São Paulo (1,3 milhão) e Belo Horizonte (600 mil pessoas). Recife e de Salvador, que detêm as maiores taxas, retiraram da condição de pobreza 100 mil e 200 mil pessoas, respectivamente.

As regiões metropolitanas que diminuíram mais rapidamente a taxa de pobreza foram Belo Horizonte (35,5%), Porto Alegre (33,6%) e Rio de Janeiro (31,2%). Quedas menos intensas do que as da média nacional no período (26,8%) foram registradas em São Paulo (25,2%), Salvador (23,9%) e Recife (14,1%). Recife, por sinal, foi a região metropolitana com a mais alta taxa de pobreza em junho de 2009 (51,1%). Na outra ponta, está Porto Alegre, com a menor taxa (25,7%).

No conjunto das regiões analisadas, a taxa de pobreza caiu 2,8%, passando de 31,9% para 31%, na comparação entre outubro de 2007 a junho de 2008 e outubro de 2008 a junho de 2009. A maior queda ocorreu na região metropolitana de São Paulo (-3,9%), e a menor, na do Rio de Janeiro (-1,3%).Recife teve queda de 1,9%, Salvador e Porto Alegre, de 3,3%, e Belo Horizonte, de 3,5%.

As trajetórias convergentes de redução da desigualdade também não foram interrompidas nesse período, para o conjunto das seis regiões metropolitanas antes e durante a crise internacional. Se for feita uma comparação da média da desigualdade no período de outubro de 2007 a junho de 2008 com o de outubro de 2008 a junho de 2009, o índice de Gini [que mede o grau de distribuição da renda] apresentou queda de 0,4%, passando de 0,5044 para 0,5026. O índice é adotado pelo Ipea e varia de zero a 1, indicando maior desigualdade à medida que o valor se aproxima de 1.

Em junho de 2009, o índice de Gini ficou em 0,493, com o menor patamar nas seis regiões metropolitanas. Entre janeiro (0,514) e junho de 2009, o índice de Gini caiu 4,1%, a mais alta queda registrada desde o ano de 2002. Se o período analisado for de março de 2002 (0,534) até junho de 2009, a queda foi de 7,6%. Se for considerado o mês de mais alta medida de desigualdade, que foi dezembro de 2002 (0,545), a queda do índice até junho de 2009 foi de 9,5%. (Fonte: Ipea (www.ipea.gov.br ).

 

E o ex-governador Paulo Souto (ex-PFL, atual DEM) não vai defender seu ex-Secretário de Combate à Pobreza, acusado de pedofilia?

Foi manchete de primeira página do jornal A Tarde. Padre Clodoveo Piazza está sendo investigado por acusações e práticas de pedofilia. O jornal A Tarde teve acesso a um documento do Ministério Público da Bahia (MPE) solicitando à Delegacia de Repressão a Crimes contra Crianças e Adolescentes (Dercca) que apure “suposta conduta criminosa atribuída ao padre Clodoveo Piazza e Marcos Paiva Silva, que teriam abusado sexualmente das crianças e adolescentes internos da Organização do Auxílio Fraterno (OAF)”.

Apesar de o documento ser datado do último dia 29 de junho de 2009, a denúncia foi apresentada em novembro de 2008, por 12 jovens. Um dos citados, o padre Clodoveo Piazza, ex-presidente da OAF, além de ter sido um dos que assinaram o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi secretário estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza no governo Paulo Souto (DEM).

Os denunciantes, hoje já fora da entidade e com idades entre 20 e 35 anos, dizem ter sido vítimas de abusos desde os 6 anos, no tempo em que viveram nos alojamentos da OAF, no Largo do Queimadinho, na Liberdade.

Paulo Souto abandonou seu ex-Secretário de Combate à Pobreza. Grande líder!

 

SUPÉRFLUO E NECESSÁRIO

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.

Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.

Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.

Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.

Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.

Uns queriam silêncio; outros, ouvir.

Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar.

Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.

Tenha a sabedoria superior.

Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera, a inferior julga;

a superior alivia, a inferior culpa;

a superior perdoa, a inferior condena.

Tem coisas que o coração

só fala para quem sabe escutar!

Que possamos estar sempre atentos aos sinais

e saber o que realmente se faz necessário.
Chico Xavier

Fonte: blog Balaio do Kotscho

5 de agosto de 2009

 

Elinalva Bastos, blogueira de Ipiaú: “Política faz parte de minha vida”

Prestem atenção ao blog “Elinalva vê, lê e recomenda”. É um Informativo Político alimentado por Elinalva Bastos, ex-funcionária da Ceplac e bancária aposentada pelo Banco do Brasil. Ela já foi Presidente e Secretária de Organização do PT Municipal de Ipiaú, interior da Bahia. Hoje, pertence ao Diretório Municipal. “Política faz parte de minha vida, por isso, devido à minha formação socialista, sempre gostei de ler e me manter informada. Agora, meu desejo é partilhar essas informações, hoje tão mais fácil através da Internet”.

Fiquei emocionado porque ela adicionou o blog Bahia de Fato a sua lista. E em companhia de blogs ilustres como Fatos e Dados da Petrobras, Notícias do PT, Casulo temporário, Dilma Presidente, Ipiaú News, Jô da AABB entre outros.

Desde maio precisava lhe agradecer por ter postado um texto do Bahia de Fato intitulado “Emiliano, o militante que escolheu a dura vida política para transformar o mundo”. Na verdade, a fonte original é do Nublog do Chico Vasconcelos.

Leio no Blog da Elinalva que não enviem para ela campanhas genéricas contra a corrupção, sem causas que levem a boas conseqüências. Ela publica seus critérios de luta contra a corrupção. Elinalva não é nada boba e repele o udenismo barato.

LEIA VOCÊ MESMO

 

Site "Olhaí o Pelô" lança novo olhar sobre o Pelourinho

O projeto “Pelourinho Digital” colocou no ar o site ‘Olha aí o Pelô’, como resultado da primeira turma que participou da iniciativa e concluiu os cursos de Webdesigner e Design Gráfico. Além do site foi produzida a revista e a mostra "Olha aí o Pelô".

O projeto é realizado pela Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia de Salvador - programa Oi Futuro em parceria com a ONG Cipó, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado através do ‘Pelourinho Cultural’ do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC).

Olhaí a Secult de Márcio Meirelles, sempre duramente criticado por filhinhos do papai de pele branca e olhos azuis.

Desde 2008, o projeto desenvolve ações com 30 jovens, entre 14 e 18 anos, moradores de regiões do Centro Histórico e bairros do entorno, como Carmo, Santo Antônio, Barbalho, Dois de Julho, Saúde e Baixa dos Sapateiros.

O site mostra o cotidiano do Pelourinho pela perspectiva de jovens que convivem com as diferentes pessoas, na busca pela superação do estereótipo de cartão postal sempre explorada nessa área da cidade.

A parceria inovadora no Centro Histórico entre ONG, iniciativa privada e Estado, para viabilizar o projeto ‘Pelourinho Digital’ deu tão certo que em setembro deve ser inaugurada a nova sede do projeto no Terreiro de Jesus. O casarão de dois pavimentos já foi ocupado pela Academia de Letras da Bahia e pelo Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia.

VEJA VOCÊ MESMO

 

“Jornalistas ganham pouco, mas têm as armas. São como os policiais, só que mais perigosos”. Do lúcido ator Marcelo Antony.


4 de agosto de 2009

 

Sem crise, governador da Bahia muda secretário da Educação

Desde segunda-feira (2/8) o governador Jaques Wagner já tinha decidido: Adeum Sauer, secretário da Educação, será substituído pelo professor Oswaldo Barreto, da Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Barreto é militante histórico do PT da Bahia.

O governador agradeceu a contribuição de Adeum Sauer ao longo de dois anos e sete meses de governo, ressaltando os avanços significativos na educação, sobretudo na alfabetização de adultos, com o Topa (Programa Todos pela Alfabetização). Wagner justificou a mudança pela necessidade de fazer um ajuste administrativo na Secretaria da Educação.

“Daremos continuidade ao projeto do governo que já existe”, disse Barreto. O que muda, segundo o novo titular da Educação, é o perfil do gestor: “o que lastreia a minha vida é o foco no organismo da gestão, e o meu desejo é fortalecer ainda mais a gestão na escola, na educação de base e na educação profissional, norte deste governo”.

Osvaldo Barreto é graduado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (1972), fez curso de especialização em Planejamento na Universidade Federal de Minas Gerais (1973) e mestrado em Administração pela Universidade Federal da Bahia (1994).

 

Na Câmara, deputado petista afirma que politicagem tenta atingir Petrobras

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) em discurso na Câmara Federal (04/08) afirmou que, apesar de alguns fazerem politicagem tentando atingir a Petrobras, "esta empresa brasileira é, cada vez mais, motivo de muito orgulho para o nosso povo". O parlamentar destacou o Balanço Social e Ambiental de 2008 da estatal que, segundo ele, "é cheio de novidades e com um ponto que faz questão de repetir todos os anos: a transparência".

"Deve-se considerar, além da busca da transparência - foi considerada uma empresa com alto nível de transparência, segundo relatório da organização da sociedade civil Transparência Internacional -, o formato inovador e revolucionário do balanço, contemplando indicadores de resultados da ação empresarial que tornam indiscutível o foco da fantástica empresa brasileira centrado nos aspectos sociais, culturais e ambientais do País", destacou.

Segundo o ranking da revista norte-americana Fortune, em 2008 a Petrobras subiu da 63ª para a 34ª posição entre as 500 empresas de maior faturamento do mundo. Pelo critério de lucratividade, a estatal apareceu na 6ª posição, deixando a Microsoft em 7ª, a General Electric em 8ª, a Nestlé em 9ª e a Wal-Mart em 14ª. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, declarou, em matéria publicada no site TN Petróleo (30/06/09), que a estatal quer, em 2020, ser uma das cinco maiores empresas de energia do mundo e, ao mesmo tempo, ser a preferida entre os seus públicos de interesse.

Para Emiliano, é impressionante a dimensão financeira da empresa, que alcançou em 2008 Receita Líquida de mais de R$215 bilhões, com crescimento de 26%, ou quase R$45 bilhões, em comparação com 2007. O Resultado Operacional no mesmo período subiu 33%, mais de R$12 bilhões. "Com relação aos investimentos efetuados em pessoal, constata-se crescimento de 12% das aplicações feitas em educação, de 11% em capacitação e desenvolvimento profissional e de 22% em creches ou auxílio creche", ressaltou.

Quanto aos Indicadores Sociais Externos, o deputado observou que, além de recolher tributos da ordem de R$80 bilhões, a Petrobras alocou em contribuições para a sociedade mais R$500 milhões, utilizados para geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional, garantia dos direitos da criança e do adolescente, cultura, esporte e outros. "Em 2008, o número de empregados diretos e terceirizados expandiu-se em mais de 55.000 vagas. O número de empregos para mulheres ampliou-se em 10% e o de negros 250%. O percentual de negros atuando em cargos de chefia passou de 3% em 2007 para 30% em 2008".

 

Se Geddel não administra um simples twitter como “está pronto para governar a Bahia”?

O ministro Geddel Vieira Lima continua sua trajetória de provocação. Leio na manchete da Tribuna da Bahia (04/08): “Estou pronto para governar a Bahia” afirma Geddel lá pelas bandas de Irecê, onde foi participar de um encontro regional do PMDB, partido aliás que ele administra como “coisa de família”.

Leio também na coluna Tempo Presente do jornal A Tarde: “Baianos no twitter – E por falar em Internet a campanha política baiana está no twitter (...) e Geddel está mal. Com o conteúdo fechado, o único seguidor dele é uma loja de roupas e quinquilharias dos EUA”.

Se Geddel não consegue administrar um simples twitter, como é que “está pronto para administrar a Bahia”?

3 de agosto de 2009

 

Repercute na “mídia” censura do Instituto Goethe ao ato de lançamento do site do deputado Emiliano José (PT-BA)

Os jornais A Tarde, Tribuna da Bahia e Jornal da Metrópole, cada um à sua maneira, registraram a censura do Instituto “Cultural” Brasil-Alemanha ao coquetel de lançamento do site do deputado federal Emiliano José (PT-BA).

Almocei outro dia no restaurante natural Gergelim, na Pituba, com o jornalista Arthur Andrade e ele me perguntou qual teria sido a razão. Afinal, o ICBA/Instituto Goethe de Salvador, durante a ditadura militar, sempre foi uma espécie de território livre para a intectualidade baiana, principalmente para os amantes de cinema. Eu respondi ao jornalista que os tempos eram outros, a direção era outra, a ideologia era outra.

O tempo passou e a nova direção do Instituto Goethe/ICBA não reconhece os três poderes da República. Digo isso porque se o espaço for requisitado pelo Poder Executivo, através da Secretaria da Cultura ou Ministério da Cultura, tudo bem. Se o espaço for requisitado pelo Poder Judiciário para um seminário de desembargadores, tudo bem. Mas, para o Poder Legislativo, ah, isso não. Poder Legislativo remete a parlamentares, à política e, política, não. É uma herança filosófica do nazismo. Hitler detestava política e políticos. O pessoal do Instituto Goethe precisa pensar melhor e se libertar desse ranço. A democracia e os três poderes vieram para ficar.

LEIA O REGISTRO DO SITE BAHIA EM PAUTA

ICBA cancela ato de Emiliano e rompe laços antigos
Fonte: Blog Bahia em Pauta (27/07)

Não convidem para dividir o mesmo prato de boa salsicha da Bavária, servida com pão de forno de lenha quentinho, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) e os atuais diretores do Instituto Cultural Brasil-Alemanha em Salvador.

O parlamentar e ex-professor da Escola de Comunicação da UFBA e seus assessores não ficaram nada contentes - para dizer o mínimo – com a decisão do ICBA de cancelar o ato de lançamento do novo site do parlamentar, marcada para hoje (27/7), no tradicional casarão de cultura da Vitória.

Pior que a atitude em si foi o motivo alegado pelo tradicionalmente liberal Instituto Goethe para cancelar a festa de Emiliano na última hora: “O Goethe afirmou aos organizadores que a Casa não comporta eventos de interesses políticos, “apesar de ter recebido 50% do valor do aluguel adiantado”, segundo detona a nota distribuída pela assessoria de comunicação do parlamentar.

Os organizadores da festa petista asseguram que os responsáveis pelo ICBA sabiam que seria o lançamento do site de um deputado federal e só comunicaram o cancelamento na sexta-feira (24), quando o evento já tinha sido divulgado e os convites já estavam na rua. “Em breve serão informados o novo local e data do lançamento”, completa o comunicado.

Mas nem tudo se encerra aí. Está em perigo, como se vê, uma relação que vem de longe e parecia inabalável entre o atual parlamentar petista e o Goethe da Bahia. Laços formados desde a origem da Jornada de Cinema da Bahia, tempo em que o ICBA de Salvador era um território exemplar de liberdade política e as portas do casarão da Vitória estavam sempre abertas para Emiliano e para as manifestações mais livres na Salvador de outras décadas.
Uma pena!
(Postado por: Vitor Hugo Soares)


LEIA O REGISTRO DO SITE BAHIA DE FATO

Diretoria do ICBA censura evento de deputado do PT da Bahia
Fonte: Blog Bahia de Fato (25/07)

Você não vai acreditar. Está cancelado o lançamento do novo site do deputado federal Emiliano José (PT-BA), que seria na próxima segunda-feira (27), no espaço externo do Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Instituto Goethe). A assessoria de comunicação do parlamentar discretamente explica que houve “problemas no espaço”.

O problema foi que uma diretora que não ouso dizer o nome, depois de receber 50% de sinal e confirmar o evento, avisou que estava desfeito o negócio por se tratar de evento de POLÍTICO.

Isso é uma grande decepção. O Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Instituto Goethe) durante a ditadura militar era uma espécie de território livre da esquerda, da universidade, dos cinéfilos e atores. Passada a ditadura, em plena democracia, uma diretora desfaz um contrato com este argumento fascista? Heil Hitler!.

Emiliano José, jornalista, escritor, doutor em comunicação, agora deputado federal, vai fazer o lançamento de seu novo site construído pela agência de publicidade Olhos D´Água, com direito a twiter, Orkut, youTube, biografia, fotos e textos.

Nova data será marcada, em algum espaço democrático.

2 de agosto de 2009

 

A Folha não tem idoneidade para pregar o fechamento da TV Brasil

Eu li o editorial da Folha de S. Paulo (31/07) pregando acintosamente o fechamento da TV Brasil. São péssimos os argumentos. A Folha chama de vício de origem o fato da TV Brasil ter surgido por um decreto governamental. Não há nada de errado no decreto de um presidente eleito democraticamente. Quando defendia o golpe militar a Folha não achava que decreto federal tinha "vício de origem".

Discordo que um orçamento de R$ 350 milhões/ano seja desperdício. Para mim, desperdício é o dinheiro que o Governo Federal gasta com publicidade na Folha de S. Paulo. Outro dia, li uma crítica do jornalista Marcelo Salles, no site Direto da Redação. Ele lembra à Folha que a televisão privada brasileira é um lixo. Não presta. Na Globo, por exemplo, predominam novelas que disseminam os piores valores morais. Também lembra que os documentários da TV Brasil dão voz aos segmentos da sociedade que só aparecem na mídia corporativa como...bandidos.

Marcelo Salles escreveu: “No Brasil arcaico do século XXI, as emissoras privadas de televisão, todas golpistas, ainda recebem dinheiro grosso do governo (meu, seu, nosso) para veicular campanhas publicitárias de saúde pública. Em países um pouquinho mais civilizados isso não é assim, pois como as emissoras privadas são concessões públicas (feitas pelo meu, seu, nossos representantes no Congresso), trata-se de uma obrigação ceder espaço para veiculação de mensagens de interesse público, sobretudo em relação a epidemias (como, atualmente, a gripe suína). Isso a Folha não critica”.

E mais: (...) “ A Folha não se incomoda com a SS brasileira, a Sociedade Sinistra que congrega TV Globo, Rede TV, Band, CNT, SBT e Record. É como se fosse natural que apenas 6 empresas tivessem o direito de se comunicar via TV com 191 milhões de pessoas. E, pior, é como se fosse natural que esse oligopólio se posicionasse, compacto, pela economia de mercado, pela cultura enlatada, pela política coronelista (Sarney foi “descoberto” com 30 anos de atraso), pelo imperialismo e pela exploração das riquezas e do povo brasileiro (...) Eis a dupla desgraça brasileira. Um sistema de comunicação apátrida, a serviço do capitalismo internacional, e um governo – eleito pelo povo e pelos movimentos sociais organizados – que não se livra disso.

LEIA NA ÍNTEGRA

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