17 de abril de 2009

 

Le Monde Diplomatique fala da “força das ruas” e dos crimes da ditadura

Acabo de comprar Le Monde Diplomatique (edição de abril). A manchete da capa é “A força das ruas”. Trata-se de um texto intitulado “A riqueza dos pobres contra a pobreza dos ricos”, da autoria de Giuseppe Cocco, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele é autor da obra “Global – Biopoder e luta em uma América Latina Globalizada”, escrita em conjunto com o cientista político italiano Antonio Negri. Leitura obrigatória.

Na última página, na seção Livros, tem uma resenha assinada por Pedro Pomar, jornalista e editor da Revista ADUSP, da Associação dos Docentes da USP. Ele é autor da obra “Massacre na Lapa”. Pedro Pomar, no Le Monde Diplomatique escreve sobre o livro “Dos filhos deste solo” da autoria de Nilmário Miranda (ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos e atual presidente da Fundação Perseu Abramo) e de Carlos Tibúrcio (jornalista baiano radicado em Brasília, onde trabalha na assessoria do presidente Lula).

Segundo Pomar, “Trata-se do mais completo dossiê dos crimes cometidos pela ditadura militar”. A nova edição da obra “contrasta com a onda de revisionismo histórico liderada por herdeiros e admiradores da ditadura, que pretendem diluir as atrocidades por ela cometidas”. Pomar afirma que não há como não se indignar diante da covardia e iniquidades praticadas contra os opositores do regime militar. Ele cita, como exemplo, o caso de Nilda Carvalho Cunha, baiana, de 17 anos, assassinada, e de sua mãe Esmeraldina, encontrada enforcada em casa, depois de revirar o céu e a terra para esclarecer a morte da filha. Foram “eles”.

 

OAB divulga parecer favorável a Cesare Battisti como refugiado político

O registro está na Gazeta Mercantil de hoje (17). A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou parecer do jurista José Afonso da Silva, segundo o qual a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, concedendo a condição de refugiado a Cesare Battisti “sob ser um ato de soberania do Estado brasileiro, está coberta pelos princípios da constitucionalidade e da legalidade” e que “em face dessa decisão, e nos termos dos artigos 33 da lei 9.474/77 (Lei do Refúgio) fica obstada a concessão da extradição”.

De acordo com o constitucionalista, o STF estaria impedido de deferir o pedido de extradição do governo italiano. Silva observa que se “é da tradição brasileira executar a extradição quando deferida pelo STF, é certo porém que nunca houve uma situação como a atual”.

Ou seja, conceder refúgio a Cesare Battisti é constitucional e legal.

 

ONG petista garantiu festas juninas para prefeituras da Bahia

Atormentada pela síndrome de denuncismo, a Folha de S. Paulo constrói suas manchetes sugerindo criminalização do PT. “ONG petista da BA recebeu R$ 6,6 milhões de Petrobras”. E além da festa de São João, entidade organizou eventos de cidadania e direitos humanos. Parece que a Folha quer dar um tom de escândalo, mas, eu faço outra leitura: “Puxa vida, que ONG competente”. O que queria a Folha? Que a Petrobras celebrasse convênio com algum militante do PSDB? Do DEM? Do PTB? Esse pessoal é perigoso. Ser filiado ao PT e presidir uma ONG não é crime. O que não pode é desviar dinheiro. Até agora ninguém se atreveu a afirmar coisa desse tipo.

A ONG petista é a Associação de Apoio e Assessoria a Organizações Sociais do Nordeste – Aanor. Desde 2005 ela mantém parceria com a Petrobras. Os recursos vão além do patrocínio às festas juninas do interior da Bahia. Também se referem aos projetos “Buscando a Cidadania” e “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. Parte dos recursos reportados pela Folha de S. Paulo destinaram-se à feira cultural do Farol da Barra, em Salvador, com show de música, dança e teatro.

Não me disse nada a reportagem da Folha (17). Como bem define a estatal, “a preservação dos direitos humanos é diretriz de responsabilidade social da Petrobras e em sintonia com instituições nacionais e internacionais, governamentais ou não, que trabalham com o tema”. Em particular, o projeto “Buscando Cidadania” prevê qualificação profissional de jovens e adultos do bairro de Lobato, marco zero do petróleo no Brasil, uma comunidade da periferia. Cada vez estou gostando mais dessa ONG.

Entretanto, a maior fatia dos recursos (R$ 4,1 milhões) refere-se aos patrocínios das festa do São João, uma tradição de todo o Nordeste. Em 2008 a Petrobras patrocinou 26 festas juninas, que são de responsabilidade das prefeituras. Com isso, reforçou a economia local e promoveu a geração de renda. A festa é festa para quem vai dançar o forró, mas é trabalho para quem vai servir. A Bahia precisa do São João.

Duas pessoas citadas pela Folha são de absoluta confiança e gozam de grande respeito na sociedade baiana. Aldenira da Conceição Sena, foi vice-presidente do PT da Bahia, dirigente da CUT e atualmente é assessora do deputado estadual Paulo Rangel (PT). Dorinha da CUT foi secretária da Prefeitura de Salvador e tem um vasto currículo de serviços públicos prestados à Bahia. Não é crime ser do PT, isso é vantagem. Ainda assim o critério não foi político, foi de competência. Estou impressionado com o trabalho conseqüente da Aanor.

Torço para que a Petrobras não deixe de patrocinar o São João da Bahia, a cidadania e os direitos humanos.

 

Prefeito de Salvador recua da decisão de expulsar moradores da Vila Brandão

Parece até aquele velho jogo de criar dificuldades para vender facilidades. Primeiro, o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PMDB), anuncia a desapropriação da Vila Brandão, comunidade encravada na encosta da Ladeira da Barra com uma privilegiada vista para a Bahia de Todos os Santos. Intranqüilizou os moradores, provocou atos de protesto, muitas reportagens na imprensa. Agora, anuncia que não vai acontecer nada. O decreto de desapropriação, na verdade, se destina a “congelar” a especulação imobiliária que estava atacando a encosta tombada. Os moradores moveram o mundo para protestarem. A vereadora Vânia Galvão enviou sua equipe e deu total solidariedade à comunidade ameaçada. Os moradores estão de olho vivo para o prefeito.

 

PMDB de Geddel sabota festas juninas da Bahia

As coisas começam a se esclarecer. A Petrobras patrocinou o São João em 44 cidades e, destas, apenas oito são governadas pelo PT. Não há mais dúvida de que as “denúncias” publicadas na Folha de S. Paulo (e demais jornais copiadores) não passam de disputas políticas paroquianas. Na prática, sabotam o São João de muitas prefeituras da Bahia e do Nordeste.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, desmentiu notícia veiculada na Agência Reuters. Ele não tem o menor interesse em se candidatar ao Senado e a nenhum outro cargo. Trata-se apenas de um inferninho político montado por Geddel Vieira Lima para agradar seu cabo eleitoral, Michel Hagge, que perdeu a prefeitura de Itapetinga, para o PT em conseqüência de uma boa articulação de Rosemberg Pinto, ex-Gerente Regional de Comunicação da estatal na Bahia.

O factóide da Folha de S. Paulo está repercutindo na imprensa de todo o país. O material distribuído pela Agência Folha é altamente tendencioso, encomendado, e alimenta uma disputa política. Entretanto, o PT da Bahia acredita que está em curso uma operação de opositores ao Governo Lula com o objetivo de abrir uma CPI contra a estatal. Para tanto, o DEM e o PSDB contariam com o apoio do PMDB e de seu líder, Geddel Vieira Lima. O PT da Bahia não tem qualquer vinculação com todo esse episódio, mas não tem a menor dificuldade em apurar os fatos. O que não dá é para fazer o jogo da desestabilização política.

Com o barulho gerado pela “reportagem” da Folha de S. Paulo está lançada a candidatura a deputado estadual de Rosemberg Pinto. Ele foi o articulador das candidaturas vitoriosas de Rilza Valentim (PT) em São Francisco do Conde, de Ioná Queróz, em Camamu, e de José Carlos Moura em Itapetinga. Nesta última cidade, a divisão do eleitorado pode comprometer a reeleição de Virgínia Hagge, mulher de Micherl Hagge, cabo eleitoral de Geddel Vieira Lima. Está aí a origem de tudo.

O PMDB com esse inferninho vai acabar comprometendo o apoio da Petrobras ao São João das prefeituras baianas.

16 de abril de 2009

 

Geddel parte para a guerra e ataca presidente da Petrobras. Pura politicagem.

A Folha de S. Paulo volta a atacar o PT. Agora, na pessoa do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (PT). Utilizando o rancor de seu liderado, Michel Hagge (PMDB), liderança política de Itapetinga (BA), derrotado nas últimas eleições municipais, Geddel Vieira Lima (PMDB) passou a fornecer pautas e textos para as reportagens da Folha de S. Paulo. As pautas começaram a sair na coluna Painel, assinadas pela pragmática jornalista Renata Lo Prete. Depois viraram matérias com manchetes sensacionalistas. Tudo arranjado.

Como não poderia deixar de ser, o presidente da Petrobras negou firmemente as acusações totalmente infundadas. Não há uso político-eleitoreiro nos patrocínios que a Petrobras presta às prefeituras baianas, que precisam de ajuda para organizar as festas juninas, essenciais para dinamizar as economias municipais nesta época do ano. Mas, Geddel Vieira Lima não se importa com isso, não hesita em prejudicar as prefeituras, disseminando pela imprensa anti-petista desconfianças e acusações. O jogo é duro.

CORTINA DE FUMAÇA
A coisa é tão ridícula que acusam Rosemberg Pinto, ex-gerente regional de Comunicação, atual assessor da presidência da Petrobras, de articular campanha de José Sérgio Gabrielli para o Senado. É uma cortina de fumaça. Geddel Vieira Lima sabe que não é nada disso. Mas, precisa de um discurso para continuar a embaralhar as cartas da política baiana. E também não hesita em atingir a presidência da Petrobras.

A relação com a ONG Aanor é contratual e o montante transferido se refere a "patrocínio a um projeto apresentado pela associação e aprovado pela companhia", informa empresa estatal. A organização do São João, festa tradicional no Nordeste, como todo mundo sabe, é de responsabilidade das prefeituras.

A única contrapartida do patrocínio é sempre a exposição da logomarca da Petrobras nas festas, "com grande concentração de público". A contratação da ONG facilitou a fiscalização das ações realizadas. "Foi celebrado um contrato com a instituição, ao invés de 26 [com as prefeituras]. A instituição acompanhou todas as etapas de realização do evento em cada cidade."

JORNALISMO A SERVIÇO
Evidentemente, não há nenhuma ilegalidade. Mas, a Folha de São Paulo, como sempre, leva seus leitores ao engano, sugerindo abertamente que os patrocínios seriam ilegais porque favoreceriam o PT. Como se prefeituras administradas pelo PT não pudessem receber patrocínios.

Prefeitos corruptos mentem ao afirmar que Rosemberg Pinto anda fazendo propostas. Desde julho de 2008 ele não mais atua na área de patrocínios da estatal. O PT da bahia já divulgou nota pública sobre essa palhaçada política armada por Geddel Vieira Lima, o capo do PMDB baiano.

O objetivo de Geddel Vieira Lima é confundir o cenário político, agradar ao seu comandado que não engole a derrota eleitoral em Itapetinga, e atingir o presidente da Petrobras por interesses inconfessáveis. Com José Sérgio Gabrielli na Petrobras não há espaço para certos negócios.

A ONG conveniada com a Petrobras é realmente dirigida por Aldenira da Conceição de Sena, militante do PT, e não há nenhum indício de irregularidade, a não ser as acusações absurdas da Folha de S. Paulo. É uma instituição reconhecida como de utilidade pública, não pelo Governo Wagner, que não tem essa atribuição, mas pela Assembléia Legislativa da Bahia.

O PROBLEMA É ELEITORAL
Se a Petrobras não bancar os patrocínios das festas juninas este ano, será um fracasso geral, principalmente com a redução da arrecadação gerada pela crise financeira mundial. No ano passado, a Petrobras destinou R$ 1,4 milhão para as festas em 26 municípios. Tudo legal, tudo transparente.

A Associação de Apoio e Assessoria a Organizações Sociais do Nordeste (Aanor) atuou como intermediária no repasse do dinheiro às prefeituras. Petrobras e Aanor foram parceiras na gestão dos patrocínios das festas juninas. Para isso a Petrobras celebrou um contrato com a entidade. Não há nada de errado. Não há contradições.

A explicação para esta celeuma toda é simples. Rosemberg Pinto é candidato a deputado estadual pelo PT. Vai rachar o eleitorado de Itapetinga, reduto de Michel Hagge, cabo eleitoral de Geddel Vieira Lima. A matéria da Folha é comprada. Sabe lá Deus por quanto.

 

Câmara Municipal de Salvador é a quarta mais cara do país

O jornal A Tarde (16/04/2009) volta a publicar excelente reportagem sobre a Câmara Municipal de Salvador. O legislativo municipal vai consumir R$ 90,317 milhões somente em 2009. O orçamento milionário da Câmara Municipal ocupa o quarto lugar entre os mais caros do país. Os números são da ONG Transparência Brasil.

O escândalo fica mais evidente quando se compara ao PIB. Salvador tem um dos piores PIBs per capita entre as capitais: está em 23º colocação com miseráveis R$ 8.870,00. O dado é do IBGE. Somente superam Salvador os orçamentos do Rio de Janeiro (mais de R$ 320 milhões), de São Paulo (mais de R$ 310 milhões) e de Belo Horizonte (mais de R$ 117 milhões).

Embora presidente da Câmara Municipal, o vereador Alan Sanches (PMDB) não deu entrevista ao jornal A Tarde. Alegou compromissos, mas, na verdade, está “revoltado” com as reportagens do jornal A Tarde. O líder do prefeito João Henrique (PMDB), vereador Sandoval Guimarães (PMDB) defendeu os gastos estratosféricos da Câmara de Salvador.

Geddel Vieira Lima precisa reunir sua turma e chamá-la à razão.

 

Jornalista aposentado vira blogueiro do bem

Militei durante anos e anos no jornalismo baiano com o jornalista Jadson Oliveira, tanto nos tempos da Tribuna da Bahia, quanto nos tempos da Assembléia Legislativa da Bahia. Jadson Oliveira entrou limpo no jornalismo e dele saiu limpo. Segue abaixo o comentário que ele fez sobre o blog Bahia de Fato:

“Parabéns Oldack, é sempre útil que se fale da mentirada da grande mídia (ou mídia gorda, como diz Mylton Severiano, da Caros Amigos), especialmente quando a crítica vem de jornalistas. (Li seus comentários, aqui de Curitiba, graças à lembrança de nossa companheira Mônica Bichara e ao milagre da internet).

Depois que virei blogueiro, tenho tentado contribuir nesse sentido. Estive na Venezuela de março a maio/2008 e tive oportunidade de acompanhar muitos dos avanços de que vc fala. Digo sempre que lá há um sistema político mais avançado do que o nosso, penso que o nome mais adequado é democracia participativa. Abraços” 4/16/2009 10:40 AM

 

Vereador baiano afirma que jornal A Tarde adota atitude "nazista"

O jornal A Tarde foi acusado pelo vereador Téo Senna (PTC) de adotar “atitude nazista” por publicar matéria sobre o total de recursos destinados mensalmente ao presidente da Câmara Municipal de Salvador. O presidente Alan Sanches recebe mensalmente R$ 64,5 mil. O vereador Téo Senna é muito ignorante, não sabe sequer o que é ser nazista. O jornal A Tarde está de parabéns por denunciar essa esculhambação com o dinheiro público.

É a segunda vez em poucos dias que a imprensa é atacada por vereadores de Salvador, da base do prefeito João Henrique (PMDB). A reportagem limitou-se a somar os valores dos subsídios, a verba de representação e a verba extra, inerente ao cargo. A jornalista Patrícia França também foi atacada, pelo próprio presidente da Câmara Municipal, Alan Sanches, por ter denunciado a manobra para contratação de mais 41 assessores com salários de R$ 4.267,88, cada.

De fato, a manchete da reportagem deu a entender que o salário do presidente Alan Sanches seria de R$ 64,5 mil. Na verdade, o salário do presidente é de “apenas” R$ 9 mil e quebrados. O resto é verba de representação. Mas, tirando pequena imprecisão da manchete – que não é de responsabilidade da jornalista que fez a reportagem, como todos sabemos – as matérias do jornal A Tarde são de grande interesse público. Tanto que o Ministério Público Estadual fez a Câmara Municipal retroceder dessa imoralidade.

Outro vereador, Isnard Araújo (PR), também da base do prefeito João Henrique (PMDB), está indignado com o jornal A Tarde. Ele também acha que jornal é para informar, não para distorcer, nem deturpar. Outros vereadores criticam um suposto envolvimento pessoal da jornalista.

Este blog se solidariza com a jornalista Patrícia França e parabeniza o jornal A Tarde!

 

Jô Soares, suas velhinhas e o ódio de classe contra Lula

O jornalista Mino Carta, outro dia, em sua revista CartaCapital (15/04/2009), lembrou que “Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República mais popular da história do Brasil, segundo a mídia brasileira é o mais ignorante e desastrado. Constata-se que a informação se curva diante da opinião. Fica claro, isso sim, que o jornalismo verde-amarelo sofre os efeitos de um implacável ódio de classe”.

Eu me lembrei do dito de Mino Carta porque me deu uma insônia danada nesta quarta-feira (16) e procurei na TV um refúgio. Quase todos os canais transmitiam aqueles programas evangélicos que beiram à histeria. Fui obrigado a assistir o programa “Meninas do Jô” da Rede Globo. Não mudou nada. O ódio de classe do Jô, e das velhinhas do Jô (Lúcia Hipólito tem quatro netos) volta-se contra o presidente Lula em forma de “humor”. Jô forçou a barra para culpar o...Lula pelo soerguimento de um muro em torno de uma favela do Rio que avança pela área de preservação ambiental.

Depois Jô Soares defendeu a atual Lei Rouanet e meteu o pau na proposta do Ministério da Cultura de democratizar os recursos. O gordo repetiu o chavão de um suposto “dirigismo cultural” embutido no projeto de lei. Com interesses “culturais” financiados pela Lei Rouanet e porta-voz da Rede Globo, não é difícil entender a posição do Jô.

Como pregador do caos, o humorista culpou a “crise econômica” como causa da violência explícita de quatro servidores públicos, flagrados pelas câmaras, contra o povo que tentava embarcar nos vagões do trem de Madureira, Rio de Janeiro, em plena greve dos ferroviários. Até a reacionária “cientista política” Lúcia Hipólito não caiu nessa, informando que os servidores violentos já tinham sido demitidos. Mas ficou a impressão de que Jô Soares está antevendo o caos social diante do “agravamento” dos impactos da crise financeira no Brasil. E aí repetem-se aquelas piadinhas da “marolinha” dita por Lula. Como se não fosse necessário a qualquer presidente da República tranqüilizar a população.

Jô e suas velhinhas encarnam o espírito da mídia brasileira, que pensa saber tudo. Recebendo polpudos salários, ele e elas criticam o Congresso Nacional dominado por parlamentares picaretas. Mas criticam de tal modo que não há saída senão a volta da ditadura. Lílian Wite Fibe está nessa de antever o caos social provocado pelo desemprego. Coube à jornalista (?) Flávia Oliveira repor um mínimo de razão, lembrando que pobreza não significa necessariamente banditismo. E lá vem Jô com a história do muro que está sendo erguido na favela “por um aliado do presidente Lula”. Para ele, o Rio é o caos, reflexo do Brasil.

Jô e as velhinhas criticam o muro destinado, certo ou errado, a preservar o verde da invasão urbana. Questionam, mas são incapazes de fazer uma proposta séria. Ah! Bom. O certo é distribuir a renda, educação, etc, mas, enquanto a distribuição da renda e a educação não chegam, o que fazer para salvar o que resta da mata? Aí eles passam adiante para a próxima piada. Afinal, o programa é humorístico. Lúcia Hipólito ainda remenda, afirmando que o problema é que o poder público perdeu parte do território. “Há muitos lugares que o povo paga pedágio aos bandidos, em São Paulo e Salvador, também”. Chutou feio. Desafio Lúcia Hipólito a identificar alguma área em Salvador em que a população paga pedágio a bandidos.

Lílian Wite Fibe assim mesmo concluiu pela falência do poder público. Aí Jô Soares chamou Cristiana Lobo que estava na Itália, diante do Coliseu iluminado. Ela lembrou ao Jô e suas velhinhas que as favelas do Rio existem há pelo menos 30 anos, ou mais, e Lula não pode ser culpado porque tem um aliado que governa o Rio. Ela também acha que não é possível barrar o crescimento da favela com muros. Aí o Jô volta a fazer piadinha com Lula: “o complexo do Alemão é porque ele tem olhos azuis, é louro e tem pele branca?”. É apenas um repetição do discurso idiotizante da mídia. Todos eles sabem que Lula estava se referindo à Inglaterra e aos Estados Unidos, nações de louros e olhos azuis, como responsáveis pela crise mundial.

Jô Soares não esquece Lula. Eu já relaxei. Aquele humor reacionário e anti-Lula não pega mais. Como quase toda a mídia brasileira, suas opiniões estão descoladas da realidade. Eu dei muita risada das bobagens de Jô, mas, como a maioria do povo brasileiro, sou mais Lula e suas frases de efeito. É fácil provar que a população não leva a sério a mídia. Jô Soares propôs que populares entrem na Justiça contra os parlamentares, deputados e senadores, que fazem a festa com o uso e o abuso dos celulares. Ele disse que isso é pior que os grampos, a escuta ilegal. Você acha que alguém vai entrar na Justiça por sugestão do gordo?

Lá da Itália, Cristiana Lobo concluiu que o governo brasileiro não fez o dever de casa, não procedeu como a formiga no inverno, não se preparou. A opinião vai contra a análise de qualquer reles economista. Procurando caos social, Lílian Wite Five citou que o povo brasileiro está frito. É que as emissoras de rádio e TV só falam em mortos nas estradas. “As pessoas no Brasil não têm nem direito a usar as estradas sem morrerem”. Há algum bom senso no que ela fala? A culpa é do Lula, do Lula. Prá mim chega. Fui.

15 de abril de 2009

 

Lula, o mais popular das Américas

O presidente Lula aparece em primeiro lugar na lista de líderes com melhor aprovação da América, com 70% de popularidade, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (14) na internet pela empresa mexicana Consulta Mitofsky.

O relatório, correspondente a abril, indica que pouco atrás de Lula está o governante colombiano, Álvaro Uribe, com 69%, seguido pelo mexicano Felipe Calderón, com 68%, e pelo salvadorenho Elías Antonio Saca, com 66%.

Em um segundo bloco aparecem os presidentes de Estados Unidos, Barack Obama, com 61%; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo, com 60%; Chile, Michelle Bachelet, com 59%; e Bolívia, Evo Morales, com 58%.

Pouco atrás estão o governante uruguaio, Tabaré Vázquez, com 53%; o costarriquenho Óscar Arias, com 49%; o panamenho Martín Torrijos, com 48%; o guatemalteco Álvaro Colom, com 45%; o dominicano Leonel Fernández e o nicaraguense Daniel Ortega, com 48%; e o peruano Alan García, com 34%.

No fim da lista, estão a argentina Cristina Fernández de Kirchner, com 29%, e o hondurenho Manuel Zelaya, com 25%.

A Consulta Mitofsky destacou que a aprovação média dos presidentes americanos em março foi de 52%, só superada pelos resultados de janeiro e maio de 2007, que alcançaram 53% e 54%, respectivamente. No estudo anterior, divulgado em janeiro, Lula, Uribe e Correa dividiam o primeiro lugar, com 70% de aprovação.

 

Em nota, PT refuta especulações envolvendo a Petrobras e dirigentes filiados à legenda

O presidente estadual do PT na Bahia, Jonas Paulo, encaminhou à imprensa nota contestando informações publicadas ontem (14/04/2009), na coluna Painel da Folha de São Paulo, envolvendo o nome da Petrobras e de dirigentes da empresa filiados ao PT.

NOTA PÚBLICA

Hay que medir el silencio
Hay que medir las palabras
Sin quedarse ni pasarse
Medio a medio de la raya

(Violeta Parra)

O PT baiano sente-se no dever de informar que não designou nenhuma pessoa para intermediar quaisquer interesses que lhe são afetos; e mais ainda, se há qualquer indício de tráfico de influência junto a qualquer órgão ou empresa do Governo Federal, que seja formalizada a denúncia, pois ninguém mais apurou e puniu agentes públicos envolvidos em irregularidades ou improbidades que o Governo do Presidente Lula, mesmo quando foi necessário cortar na própria carne.

A PETROBRAS é uma grande empresa nacional, com participação acionária pública e privada, robustecida no Governo Lula, tornando-se referência em investimento na área de energia e petróleo; e para nosso orgulho, hoje dirigida por um baiano, José Sérgio Gabrielli, doutor em economia, com brilhante passagem na UFBA, e apontado, em 2008, como um dos melhores executivos do planeta, pela notoriedade alcançada pela empresa no mercado mundial.

As especulações envolvendo a empresa e seus dirigentes filiados ao PT configuram uma tentativa de macular o Partido dos Trabalhadores, perpetrada pela vilania daqueles que não ousam atuar à luz do dia, e maquinam as suas atitudes sórdidas no anonimato e na obscuridade.

Pelo que sabemos, Rosemberg Pinto, com 29 anos na empresa, ascendeu pelos méritos, não sendo mais o diretor de Comunicação Institucional Nordeste da Petrobras desde julho do ano passado. Então, qual é o fato, o indício, a ocorrência, o testemunho, a prova? A empresa acusada rechaça e desconhece a denúncia. Aonde se quer chegar com tanta insensatez?

O PT é uma instituição radicalmente comprometida com a transparência, a democracia e a ética na política; não é o paladino, mas é parceiro da verdade, da decência e da probidade; e, por questão de coerência e honradez, não aceita que seja atacada a sua imagem de forma tão vil, covarde e indigna.

Jonas Paulo
Presidente do Diretório Estadual do PT

 

Internauta questiona ataques de Mário Kertész a Emiliano José

O livreiro Eduardo Sarno, leitor do Jornal da Metrópole, de propriedade do ex-prefeito de Salvador e agora radialista Mário Kertész, em carta aberta dirigida ao jornal, questiona quem realmente recebe a bolsa-ditadura. Ele acha que o ex-preso político Emiliano José recebeu a bolsa-democracia ao ser indenizado por ter seus direitos violados com prisão e tortura. Eduardo Sarno acha que quem recebeu realmente a bolsa-ditadura foi Mário Kertész que à época era seguidor do falecido ACM, que, como todos sabem, subiu na vida com a ditadura militar.

LEIA ÍNTEGRA DA CARTA DE EDUARDO SARNO QUE CIRCULA NA INTERNET:

"BOLSA - DITADURA"

Sr. Mário Kertész,

Recebi e li o seu "Jornal da Metrópole", de 20 de março de 2009.

São matérias "carimbadas" , mas como o jornal é de graça a gente vai lendo, dando os devidos descontos para não engasgar...

Mas tem uma notinha que ficou entalada : "Eterno e típico esquerdista" , sobre o ex-deputado Emiliano José.

Não tenho procuração do ex-deputado para defendê-lo das acusações que ali lhe são feitas, nem seria mesmo necessário, pois Emiliano José é excelente jornalista, e da Bahia ele conhece dos salões aos porões, literalmente falando.

Mas tem um ponto na nota, que chama a atenção de todos os brasileiros íntegros, dignos e democratas : acusa-se Emiliano José de receber a "bolsa-ditadura" !

Não, Sr. Mário Kertész, o que Emiliano José e muitos outros receberam, recebem e receberão é a "bolsa -democracia" , pois foi em nome dela que foram perseguidos, presos, torturados e algumas centenas assassinados.

Quem recebeu a "bolsa -ditadura" , e que rende frutos até hoje, foi o Sr. e muitos outros que, se não estavam ao lado de Emiliano, estavam contra ele.

Mas a vida é assim, algumas pessoas possuem dinheiro, papo fácil e um jornal particular, mas dão escorregadas sem nem ao menos perceber: veja o Sr. que, para confirmar o que estou dizendo, o seu jornal publica, ao lado da nota sobre Emiliano José , e sob o título de "Arquivos implacáveis" ( vejam só que ironia do fogo amigo !) uma foto, de 1971( na época da Ditadura Militar) , de uma reunião de ACM, então Governador, com o seu Secretariado, inclusive o Sr. , na época Secretário do Planejamento.

Não resisto a fazer a pergunta: - Era nestas reuniões , Sr. Mário Kertész , que se distribuía o "bolsa- ditadura" ?


Atenciosamente

Eduardo Sarno

 

Emiliano José vai ser novo deputado federal do PT

É até arriscado fazer certo tipo de afirmação em política. Até outro dia, o ex-deputado estadual do PT da Bahia, Emiliano José, era o nome indicado para presidir a Controladoria-Geral do Estado (CGE), órgão que ainda está em processo de aprovação pela Assembléia Legislativa da Bahia. Agora, com a saída da professora Marília Muricy da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, anuncia-se que o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) pode ser o novo titular. Portanto, como primeiro suplente, Emiliano José (PT-BA) pode ser o próximo deputado federal.

A NOTÍCIA ESTÁ NOS JORNAIS

Na coluna Tempo Presente – A Tarde (15/04/2009)

Pelegrino vem mesmo
A ida de Nelson Pelegrino para a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, em lugar de Marília Muricy, só depende da conversa que ele terá com Jaques Wagner no próximo fim de semana. Mas, é só para ajustes.

- Convite de governador (aliado) não se recusa. Eu encaro como uma missão.

Pelegrino diz que pretende manter algumas políticas, ajudar na coordenação política do governo e focar ações na área social, especialmente no combate às drogas.


Na coluna Tempo Presente – A Tarde (15/04/2009)

Câmara ou CGE?
Virtual primeiro ocupante da Controladoria-Geral do Estado (CGE), projeto aprovado em primeiro turno na Assembléia (aguardando o segundo turno), o jornalista e ex-deputado estadual é também o primeiro suplente de deputado federal do PT. Com o afastamento de Pelegrino da Câmara, a vaga é dele. Vai ter de optar:

- Não posso escolher nada, porque de nada fui comunicado oficialmente.

Mas, se tudo for como está indo, o destino é Brasília.


Na coluna Raio Laser - Tribuna da Bahia (15/04/2009).

Emiliano pode virar deputado
Caso, como tudo indica, o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) feche realmente sua entrada na administração estadual, pela porta da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, que está sendo deixada pela acadêmica Marília Muricy, quem assumirá sua vaga na Câmara dos Deputados será o ex-deputado estadual e professor Emiliano José, atual assessor do governador Jaques Wagner.


Jornal tribuna da Bahia (15/04/2009) – página 5

Pelegrino deve ocupar vaga da Secretária Marília Muricy
Com o anúncio da saída até o final do mês de Marília Muricy da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, o governador Jaques Wagner (PT), consequentemente, será obrigado a mexer no seu tabuleiro político e, sem dúvida, conforme ele mesmo declarou, o jogo a partir de agora será norteado com vistas a sua reeleição em 2010. A entrada do “companheiro petista”, Walter Pinheiro, no dia 19 de março, pode ser citada como a largada. O próximo passo, segundo circula nos bastidores, será trazer para o seu lado, para ocupar o lugar de Marília Muricy, o vice-líder do PT na Câmara Federal, coordenador da banca baiana e relator da CPI das escutas telefônicas ilegais, o deputado federal Nelson Pelegrino, onde a confirmação do seu nome garantiria, além de um homem de confiança por perto, de um outro à distância, já que para o lugar de Pelegrino iria o suplente Emiliano José. (...).


Jornal Correio da Bahia (15/04/2009) – Página 4

Pelegrino cotado para assumir Secretaria dos Direitos Humanos
Reforma – o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) deve assumir a secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia com a saída da titular Marília Muricy. O parlamentar é vice-líder do PT na Câmara Federal, coordenador da banca baiana e relator da CPI das escutas telefônicas ilegais. Pelegrino não descarta a possibilidade e diz que não negará um pedido do governador Jaques Wagner para assumir a pasta.

A assessoria de Wagner, no entanto, não confirmou a ida der Pelegrino para a SJCDH. O deputado faz parte da tendência petista Esquerda Democrática Popular (EDP), que na estrutura do governo tem apenas a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), com Maria Del Carmen. Sua saída da Câmara abre espaço para o jornalista e ex-deputado estadual Emiliano José. (...).

14 de abril de 2009

 

Eu me odeio por ter acreditado que o estado brasileiro era “inchado” como diziam os neoliberais e a mídia

Eu me odeio. Eu me odeio. De tanto ler jornais e notícias baseadas em fontes neoliberais, eu cheguei a acreditar que, de fato, o estado brasileiro era “inchado” pelo número de servidores, grande demais para as necessidades do país. Grande Mentira.

“A desconstrução de uma mentira” é o título da matéria publicada pela revista CartaCapital (nº 541). Um estudo do IPEA sobre emprego público no Brasil passou a ser fundamental para desconstruir a mentira. O estudo do IPEA prova exatamente o contrário.

No Brasil, a participação do emprego público é pequena. O porcentual de servidores em relação à população ocupada não chega a 11% e não alcança 6% se for considerada a população total.

A Dinamarca tem 39,3%, a Suécia tem 33%. Aí os neoliberais poderiam replicar: mas lá se explica pelo “estado de bem-estar social” que exige para execução mão de obra do serviço público.

Mas, e quanto aos países privatistas? Ora, Estados Unidos (14,9%); Canadá (19,9%), França (14,4%) e Espanha (15%).

E quanto aos países da América Latina? Pior. Panamá (17,8%); Uruguai (16,3%); Argentina (16,2%). O Brasil só está um pouco acima do Chile (10,5%).

A revista CartaCapital lembra que durante oito anos o presidente FHC foi o arauto da luta contra o Estado brasileiro. Era o discurso da privatização. Não foi falta de aviso. O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos chegou a lançar a obra “O ex-Leviatã Brasileiro” desmascarando o debate torto incentivado pelos tucanos, com a cumplicidade da mídia.

Eu-me-odeio.

 

Bahia lança “Prêmio Gey Espinheira de Mídia e Direitos Humanos”

O governador da Bahia, Jaques Wagner, e a Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marília Muricy, lançaram nesta terça (14), em Salvador, o “Prêmio Gey Espinheira de Mídia e Direitos Humanos”. No mesmo ato também lançaram o Curso de Extensão e Especialização em Direitos Humanos, Mídia e Comunicação.

O Prêmio é destinado a trabalhos produzidos por pessoas jurídicas – organizações públicas ou privadas – e pessoas físicas, individualmente ou em grupo, que atuem no Estado da Bahia, realizando atividades de comunicação, através de diversas mídias.

Já o Curso de Extensão e Especialização contará com disciplinas teóricas e aulas práticas, Centro de Educação em Direitos Humanos e Assuntos Penais J.J Calmon de Passos (CEDHAP), no Corredor da Vitória. A primeira turma deve começar no segundo semestre deste ano. Mais informações: (71) 3117-6911.

Durante o lançamento, Marília Muricy aproveitou a oportunidade para explicar a sua saída da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. “Foi uma decisão muito sofrida, talvez a decisão mais difícil da minha vida, porque a experiência de participar do governo Wagner foi muito gratificante. Tenho razões de ordem pessoal, familiar e também preciso cuidar da minha saúde”, declarou.

Para o Governador Jaques Wagner, Marília Muricy desempenhou um trabalho exemplar durante esses dois anos e três meses de atuação. “Por respeito a ela, acolho com tristeza esse pedido, porque queria que ela continuasse. Mas vamos buscar um nome que possa dar continuidade à Secretaria com a mesma competência de Marília”, afirma Wagner.

DECRETO Nº 11.483 DE 13 DE ABRIL DE 2009

Institui o Prêmio Gey Espinheira de Direitos Humanos e Comunicação e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

D E C R E T A

Art. 1º - Fica instituído o Prêmio Gey Espinheira de Direitos Humanos e Comunicação, com o objetivo de estimular a construção da cultura de direitos humanos no Estado da Bahia, premiando estudantes, profissionais e entidades da área de imprensa e comunicação, que tenham contribuído significativamente para a difusão de princípios, normas e condutas que valorizem a dignidade da vida, em homenagem à memória do Professor Gey Espinheira.

Art. 2º - O Prêmio Gey Espinheira de Direitos Humanos e Comunicação, a ser concedido pela Administração Pública do Poder Executivo Estadual, por intermédio da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, a pessoas físicas ou jurídicas escolhidas pela Comissão Julgadora, será constituído por certificações e objetos simbólicos, nos termos e condições definidos neste Decreto.

Art. 3º - São categorias de premiação:
I – reportagem escrita;
II – reportagem fotográfica;
III – radiojornalismo;
IV – telejornalismo.

Parágrafo único – As reportagens concorrentes deverão ter sido divulgadas em qualquer meio de comunicação, no período de 1º de novembro de 2008 a 31 de outubro de 2009.

Art. 4º - As inscrições para o Prêmio poderão ser feitas diretamente pelas pessoas físicas ou jurídicas interessadas, ou por terceiros, através de indicação, sempre mediante o preenchimento e envio, por correio, em 07 (sete) vias, de formulário próprio disponível no sítio eletrônico da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (www.sjcdh.ba.gov.br), contendo, no mínimo, os seguintes dados, juntamente com as comprovações pertinentes:

I – identificação da categoria a que concorrerá;

II – identificação da instituição ou da pessoa indicada;

III – número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, no caso de empresas, ou registro profissional, quando couber;

IV – endereço completo, telefone, fax e endereço eletrônico da instituição ou pessoa concorrente;

V – identificação do representante legal do indicado, quando se tratar de instituição;

VI – breve histórico da instituição ou biografia da pessoa indicada;

VII – breve histórico de atuação na área de direitos humanos da instituição ou da pessoa indicada;

VIII – síntese das ações relevantes desenvolvidas no período de 2008 a 2009.

IX – síntese de práticas inovadoras da instituição ou pessoa indicada com relação ao tema da categoria a que estiver concorrendo;

X – duas cópias dos trabalhos concorrentes.

§ 1º - A Comissão Julgadora poderá, por decisão da maioria de seus membros, inscrever candidaturas.

§ 2º - A especificação da categoria do Prêmio para a qual a pessoa ou instituição irá concorrer é de caráter obrigatório e o não-preenchimento desse campo resultará na eliminação automática da inscrição.

§ 3º – Cada concorrente poderá inscrever no máximo dois trabalhos.

§ 4º – A inscrição para a Edição 2009 do Prêmio deverá ser feita até o dia 05 de novembro do corrente ano.

Art. 5º - Uma Comissão de Pré-Seleção, designada pelo titular da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos dentre os servidores da Secretaria, analisará as candidaturas, conferindo as comprovações e, no prazo de 05 (cinco) dias contados a partir do encerramento das inscrições, encaminhará à Comissão Julgadora as que preencherem os requisitos deste Regulamento.

Art. 6º - A Comissão Julgadora será constituída por 07 (sete) membros, dos quais 01 (um) da SJCDH, que a presidirá, 01 (um) da SEPROMI, e os demais assim escolhidos:
I – 03 (três) indicados pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos;

II – 01 (um) indicado pelo SINJORBA;
III – 01 (um) indicado pela ABI.
§ 1º - A Comissão Julgadora terá 20 (vinte) dias, a partir do recebimento das inscrições préselecionadas, para deliberar sobre a concessão dos prêmios.
§ 2 º - As decisões da Comissão Julgadora serão tomadas pela maioria simples dos votos dos membros presentes, orientados pelo Plano Nacional de Direitos Humanos, cabendo ao presidente, além de seu voto, o voto de qualidade.

§ 3 º - O quorum para a reunião é a maioria simples dos membros da Comissão.

§ 4º - Das decisões da Comissão Julgadora não caberão impugnações ou recursos.

Art. 7º - A premiação ocorrerá em solenidade comemorativa ao aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em data a ser definida, no mês de dezembro.

Art. 8º – Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Julgadora.

Art. 9º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 13 de abril de 2009.
JAQUES WAGNER
Governador

 

Qual o significado do golpe militar de 1964?

O Caderno Dez (jornal A Tarde), voltado para o público jovem, fez esta pergunta 45 anos depois a estudantes, especialistas e militantes. Segue trecho do inteligente texto: “Este ano, o golpe militar de 1964 completou 45 anos. Mas foi há pouco tempo que as notícias da ditadura chagaram à paulista Quelany Vicente. Seu tio Emiliano José era um dos perseguidos pelo regime militar, por ser contrário a ele. A casa dos pais dele, em São Paulo, foi invadida. Emiliano veio para Salvador em 1970, quando foi torturado e preso.

Enquanto tudo isso acontecia, Quelany não era nascida. Quando a ditadura acabou, em 1985, ela tinha quatro anos. “Eu sabia que tinha um tio militante que morava na Bahia, mas só ouvi relatos mais intimistas recentemente”. Para entender a época que não viveu, a cineasta de 28 anos pretende fazer um documentário sobre o golpe. A idéia é retomar a história recente do Brasil e analisar quais foram as conquistas dos militantes que ajudaram a moldar a juventude e a política do século 21.

A matéria na íntegra, assinada pelos jornalistas Ronney Argolo e Bruno Nogueira, está no caderno Dez do jornal A Tarde de 14/04/2009.

 

Pedro Simon com Dilma para o que der e vier

Ao jornalista Tales Faria, Editor Chefe do Jornal do Brasil, o senador Pedro Simon (PMDB) fez a seguinte declaração sobre Dilma Roussef:

Pergunta – Quer dizer que no segundo turno o senhor vota na gaúcha Dilma Roussef, mesmo sendo ela do PT?
Pedro Simon – “Olha, não é só porque a Dilma é gaúcha. É porque eu a conheço e sei que ela é muito boa. Vai se sair melhor do que Lula, caso seja eleita.

Pergunta – Pôxa, o senhor é mesmo fã da Dilma...
Pedro Simon – “Não se trata disso. O caso é que ela é muito competente. Há um governo antes da Dilma e, outro, depois que ela assumiu a Casa Civil. Você pode falar de corrupção em qualquer lugar, mas lá na Casa Civil não tem nada disso. Veja esse Programa de Aceleração do Crescimento, esse PAC, não tem nada demais. É uma junção de um monte de coisas que já tinham por aí. Qual é a diferença? A diferença é Dilma. Ela faz mil casas populares numa favela do Rio, coloca um grande posto de saúde, um baita colégio, um tremendo ginásio de espoetes. Tudo isso os governos fazem por aí às centenas, sem grandes resultados. Mas a Dilma junta tudo num mesmo lugar, e ainda coloca um teleférico nesta favela criando uma cidade com qualidade de vida razoável. Isso é competência. Antes do PAC o dinheiro passava de um lado para o outro sem aparecer nada.

Agora as coisas aparecem. Eu acompanho o trabalho da Dilma por longa data. Como Secretária de Fazenda do governador Alceu Collares (PDT), vi as reuniões de que ela participou para tentar salvar o governo, seu esforço aqui nos ministérios em Brasília. Depois, como secretária de Energia go governador Olívio Dutra (PT), também soube mostrar a que veio. Tanto que virou ministra das Minas e Energia do Lula sem que ninguém aqui em Brasília a conhecesse. E foi novamente muito bem. Brigou o tempo inteiro para evitar que o José Sarney (PMDB-AP) indicasse qualquer um para lá. Ela só quis nomes técnicos. O resto do governo é que fica colocando esse rebotalho do PMDB que está aí.

Pergunta – O senhor acha que se eleita a Dilma não vai colocar o rebotalho do PMDB na administração?
Pedro Simon – Tenho certeza de que ela fará o possível para evitar que essa parcela do PMDB estrague o seu governo.

Fonte: Gazeta Mercantil (14/04/2009)

 

Inimigo da Bahia planta nota na Folha de S. Paulo

Não sei quanto ou o que a jornalista Renata Lo Prete (coluna Painel) ganhou para aceitar uma nota tão imoral contra a Bahia. E o pior é que já tem “formador de opinião” replicando a molecagem como se fosse a coisa mais séria do mundo. Renata Lo Prete escreveu hoje (terça, 14)que “prefeitos do interior da Bahia “ – assim mesmo sem citar um nome, no mais descarado anonimato – relatam que Rolemberg Pinto (e aí vem o veneno: assessor especial do presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli) está fazendo propostas de apoio junino às prefeituras. Mas acrescenta que propõe uma troca: a prefeitura assume o compromisso de contratar uma das empresas indicadas por Rolemberg.

Espero que Rolemberg Pinto, em função desta nota mentirosa e imoral, não recue de seu trabalho de apoio às festas juninas. Sim, as festas juninas são muito importantes para os municípios do Recôncavo Baiano, tanto pelo aspecto cultural, quanto pela dinamização da economia local. E o apoio da Petrobras é fundamental para que as festas aconteçam com as prefeituras atingidas pela redução do FPM. Quem passou essa babaquice para Renata Lo Prete é inimigo dos prefeitos, do povo da Bahia, do São João. Difícil saber a serviço de quem está. Cai cai balão na bolsinha da jornalista?.

 

Vereador de Salvador (PMDB) ataca jornalista Patrícia França

O vereador Alan Sanches (PMDB), de Salvador, não aprendeu nada com seu líder Geddel Vieira Lima. Inconformado segundo o jornal A Tarde “com a repercussão negativa na opinião pública, depois que a imprensa baiana denunciou a decisão dos vereadores de contratar mais 41 assessores com salários de R$ 4.267,88” o presidente da Câmara, vereador Alan Sanches (PMDB) acusou a repórter do jornal A Tarde de “distorcer” e “colocar suas versões” nos fatos.

Com versão ou não da jornalista, o fato é que os vereadores de Salvador estão extrapolando. É um verdadeiro escândalo a contratação de mais 41 assessores. Todo mundo sabe que os cargos são preenchidos por cabos eleitorais. O tragicômico disso tudo é que Alan Sanches (PMDB) foi eleito com um discurso de transparência e moralidade. Mas para fazer a Câmara Municipal recuar, foi preciso que o Ministério Público considerasse “irregulares” as novas contratações – que já foram revogadas. Ponto para a imprensa. Ponto para o MPE.

Toda solidariedade à jornalista Patrícia França.

 

Emiliano José (PT-BA) pode assumir mandato de deputado federal

A Secretária de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Marília Muricy, pediu ao governador Jaques Wagner para sair. Doutora em Filosofia do Direito, ela pretende voltar à Universidade Federal da Bahia. A imprensa noticia com insistência que o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) poderá ser nomeado para o cargo.

Caso confirmada a indicação do deputado Nelson Pelegrino, o atual Assessor do governador Jaques Wagner, Emiliano José, assume o mandato de deputado federal.

Será um bom reforço à bancada federal da Bahia, que já havia perdido Walter Pinheiro (PT) nomeado Secretário do Planejamento do Estado da Bahia. Emiliano José já foi deputado estadual (duas vezes), e vereador por Salvador. Foi presidente do PT da Bahia. Durante 25 anos ministrou aulas na Faculdade de Comunicação da UFBa, é jornalista e tem oito livros publicados.

12 de abril de 2009

 

Zé Sérgio Gabrielli encontra os velhos companheiros da cadeia

Ser presidente da Petrobras não é fácil. Quase não sobra tempo para encontrar os amigos. Mas, Zé Sérgio Gabrielli tem seu tempo muito organizado. Vai à praia na Barraca do Luciano, em Pituaçu, e circula de calça jeans e camisa esporte em Salvador.

No último sábado (11) dividimos a mesa na festa de aniversário de Magno Burgos, na Casa da Barra, em Salvador. Carlos Sarno (EngenhoNovo Publidade), José Carlos Zanetti (CESE), Jorge Almeida (cientista político do PSOL), Emiliano José (Assessor do governador Jaques Wagner), Paulo Pontes (primeiro condenado à morte na ditadura militar), e Oldack Miranda, jornalista. O que esta turma tem em comum?. Todos são ex-presos políticos, velhos companheiros. Depois chegaram Edson Barbosa (Link Publicidade) e Sérgio Gaudenzi (ex-Infraero).

O pessoal ficou lembrando os causos de cadeia. Magno Burgos, que estava festejando seus 80 anos, era o mais velho de todos. Os presos políticos tinham 19 e 20 anos. Quando Emiliano José chegou à Penitenciária Lemos de Brito, na Bahia, tinha 25 anos e já era considerado “velho”, experiente, veterano. Imaginem então como era visto Magno Burgos, com seus 40 e poucos anos, vereador antes do golpe militar. No mínimo, um sábio ancião.

Como de costume, o pessoal analisou a conjuntura e formulou as estratégias políticas, assim num piscar de olhos. Todo mundo pesou os prós e contras enfrentados por Dilma Roussef e todo mundo caiu de pau na Folha de S. Paulo, que saiu com aquela matéria mafiosa sobre a Dilma “guerrilheira”. Falou-se de tudo, menos de petróleo.

ZÉ SÉRGIO GABRIELLI NA CAPA DA TEORIA & DEBATE

Por falar em petróleo, a revista Teoria & Debate (março/abril), da Fundação Perseu Abramo tras o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli na capa. Em entrevista a Wladimir Pomar, ele avalia as boas condições do Brasil superar a crise. Também fala sobre biocombustíveis, projetos da Petrobras, as relações com países da América Latina, os investimentos e as mudanças adviandas dos seis anos de Governo Lula na estatal do petróleo.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?