14 de janeiro de 2012

 

Da Privataria Tucana à Lista de Furnas


Não é só o escândalo da Privataria Tucana que é escancarado pelo jornalista Amaury Ribeiro. Logo em seguida virá, inescapavelmente, a Lista de Furnas, com os nomes dos políticos que usaram dinheiro público em eleições.

Se a Privataria Tucana praticamente tirou Serra das paradas, certamente a Lista de Furnas tira o Aecinho Neves do jogo presidencial. A Lista de Furnas é um documento central sobre a distribuição mensalões aos tucanos, inclusive muitos da Bahia. A Lista de Furnas existe, é verdadeira.

Os delegados da Polícia Federal Praxedes e Zamprogna (o do mensalão) concluíram investigação sobre a Lista, atestaram a autenticidade da dita cuja e, com uma relação de insignes indiciados, encaminharam tudo ao Ministério Público Federal. A bomba está nas mãos da Procuradora Andrea Bayão, do Ministerio Público Federal do Rio, onde fica a sede de Furnas.

O PSDB não tem mais candidatos à presidência, só resta chamar o jardineiro que dedurou os usuários da mansão de Brasília, aquele que derrubou um ministro da Fazenda, com a ajuda da grande mídia, claro.

Não me peçam para citar os nomes baianos que estão na Lista de Furnas. Por causa dela já perdi bons amigos.


13 de janeiro de 2012

 

Revista CartaCapital circula com especial sobre Nordeste


O Nordeste avança”, é a manchete da revista CartaCapital (7/12/1012). Após o ciclo dos programas sociais, a região aposta nas grandes obras e nos projetos industriais, para continuar a crescer acima da média nacional. O ciclo das políticas sociais dá lugar a uma segunda e, tudo indica, duradoura fase de desenvolvimento nordestino: a das grandes obras e indústrias. A revista chama de “segunda onda”, a fase nordestina após os programas sociais inflarem a renda, os investimentos em infraestrutura e novas fábricas que mudam o cenário regional.

A reportagem tem ainda tem um certo um espírito “sudestino” na feliz expressão do sociólogo Antônio Risério. Assim como existe o nordestino, existe o sudestino. Para CartaCapital o motor da economia nordestina está em Pernambuco e Ceará. À Bahia, coube uma referência de pé de página sobre o minério de Caetité, a ferrovia Oeste-Leste e as 35 milhões de toneladas que a Bahia transporta. Tem também uma página publicitária da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), que sequer é citada na reportagem. Para a CartaCapital, o microcrédito se resume ao Crediamigo do BNB e os financiamentos se resumem à Caixa e ao Banco da Amazônia. Não há nenhuma referência ao CrediBahia, programa de microcrédito estadual e seus congêneres existentes em cada estado da região Nordeste.

A revista pergunta a Antônio Risério: E o restante do Brasil, como vê o Nordeste? Ele responde: Há um novo olhar, sim, mas circunscrito a pequenos segmentos da sociedade: empresários, políticos, jornalistas, cientistas etc. Em plano de massas, não. A mudança ainda é muito pequena. A mentalidade sudestina (sim, assim como existem nordestinos existem sudestinos) de um modo geral, ainda é povoada por velhos estereótipos e preconceitos (...).

Pois não é uma visão sudestina, uma revista fazer reportagem sobre o Nordeste e não citar agências de fomento como a Desenbahia e suas congêneres estaduais? Quer dizer que só existe a Caixa, o BNB e o BASA...


12 de janeiro de 2012

 

Campanha "Amigos de Sara" começa em casa

O facebook de Thais Miranda registrou:

Entrei para os Amigos de Sara e fiz o teste para doação de medula
“É um ato simples. O pessoal do HEMOBA recebe muito bem. Preenchi um cadastro e doei 5ml de sangue. O objetivo é incluir a tipagem do meu sangue no Cadastro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Se houver compatibilidade com a medula de Sara ou de milhares de outras pessoas, uma vida será salva. Saí me sentindo bem de lá, como meu pai,... Oldack Miranda, jornalista, que está empenhado em divulgar a campanha na Bahia e no Brasil. Sara Mattos é filha do psiquiatra e psicanalista Euvaldo Mattos, uma baiana/francesa que viveu em Salvador até os 26 anos, hoje radicada em Londres. Uma rede de solidariedade está se formando, expandindo as coletas de sangue e aumentando as chances de se encontrar doadores de medula óssea.”

Sobre a Jornalista Mari Bião comentei:
A colega jornalista Mari Bião, filha de meu amigo/irmão Ricardo Mello, lembra por e-mail que o cadastro de compatibilidade dos doadores de medula óssea é nacional. Basta ir ao Hemocentro de cada estado e se cadastrar e coletar o sangue para análise da tipagem.
Mari Bião faz referência ao texto do BAHIA DE FATO sobre os Amigos de Sara. Obrigado querida.

No Blog Bahia de Fato: Campanha de doação de medula em marcha
O psicanalista, professor de História e Filosofia, Cláudio Carvalho, conduziu na quarta-feira (4), dez potenciais doadores de medula óssea ao HEMOBA. São Funcionários do Planserv. Pena que não tenha sido fotografado para expor o ato de solidariedae coletiva na rede social. A campanha dos Amigos de Sara está andando, mesmo que não apareça na mídia. O pessoal do HEMOBA recebe com muita competencia e carinho os doadores.

Foi o que consegui pesquisar na blogosfera. Mas, sei que a campanha vai longe. Os "Amigos de Sara" copiam as notícias e enviam por suas malas diretas.

 

Adelmo Oliveira indicado para Prêmio Moacyr Scliar de Literatura, Categoria Poesia


O poeta baiano Adelmo Oliveira, meu amigo de coração, foi indicado para concorrer ao Prêmio Moacyr Scliar de Literatura 2012, criado pelo governo do Rio Grande do Sul, em homenagem ao médico, escritor e acadêmico gaúcho, falecido em fevereiro de 2011.

É a primeira vez que o prestigioso Prêmio Moacyr Scliar inclui a Categoria Poesia. Fazem parte da Comissão Julgadora Heloisa Buarque de Holanda, Ricardo Vieira Lima, Antônio Carlos Secchin, Armindo Trevisan e Carlos Felipe Moisés.

Adelmo Oliveira concorre com a obra “Canto Mínimo e Poemas da Vertigem, editado pela Escrituras, com orelhas assinadas por Ildásio Tavares (1949-2010). Entre os inscritos estão os poetas Adélia Prado, Mariana Ianeli, Marina Colassanti, Armando Freitas Filho e Ferreira Gullar. O páreo é duríssimo.

“Canto Mínimo e Poemas da Vertigem” me impressionou pela emoção dos poemas. São muito fortes. É meu livro de cabeceira. Leiam um deles, este foi dedicado a Miguel Carneiro, poeta e amigo baiano do reino da ficção.

Soneto da visitação do caos

Armagedom!...
Armagedom!...

Quando eu morrer daqui a dois mil anos
Nem queiras te lembrar do que vivi
Tu sofrerás as penas que sofri
Espumas que se quebram pelos oceanos

Quando eu morrer daqui a dois mil anos
Tua imagem será a que perdi
A minha dor será a que senti
Julgado e condenado pelos desenganos

Metáfora sinistra do meu cérebro
Me tornarei viajante do Universo
Como uma sombra atrás de um pesadelo

Armagedom!...Armagedom!...Sobre os penhascos
cavalos voam incendiados pelos cascos
ateando fogo nos planetas e nos astros...

 

"Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no minimo também é injusto no muito" - Lc 16, 10 -

A tradução de Lucas 16,10 aqui foi enviada pelo meu fiel amigo, grande poeta da Bahia, radicado em Santo Amaro do Ipitanga, vulgo município Lauro de Freitas.

 

Aquele que é justo nas coisas pequenas será também justo nas grandes. E quem é injusto (iníquo, infiel) nas coisas pequenas, também o será nas grandes. Lc 16, 10

A tradução de Lucas me foi enviada por Venício A. de Lima. Não é minha. Longe o tempo em que fiz vestibular de Direito na UFMG, que exigia provas escrita e oral de latim. O recado para os militantes da política fica mais claro em português, espero.

11 de janeiro de 2012

 

‎"Qui fidelis est in minimo et in majori fidelis est et qui in modico iniquus est et in majori iniquus est." Lc 16, 10


Amanheci pensando nisso, provocado por um e-mail de meu amigo Venício A. de Lima. Muita gente que milita na política precisa pensar nisso.

10 de janeiro de 2012

 

Revista B+ destaca performance do CrediBahia


A 11ª edição da revista de negócios B+, dirigida por Cláudio Vinagre, registra na seção Bloco de Notas (página 19): “Microcrédito bate recorde em novembro”, referindo-se ao Programa de Microcrédito do Estado da Bahia (CrediBahia), financiado pela Desenbahia e administrado pela SETRE, que, já em novembro, bateu seu recorde de microempréstimos, liberando R$ 4,1 milhões, apesar das dificuldades enfrentadas em setembro e outubro com a greve dos bancários, que impedia o repasse de recursos.

O CrediBahia somou R$ 33,9 milhões, em novembro, ultrapassando a sua meta de liberar R$ 28 milhões em 2011. Marcelo Mesquita, o Gerente de Microfinanças da Desenbahia afirmou que somou-se a este resultado positivo a aplicação de R$ 5,5 milhões em instituições não-governamentais operadoras de microcrédito, como bancos comunitários e cooperativas.

A revista B+ tem artigos de Nelson Cadena (mídia), do publicitário Carlos Sarno e uma grande cobertura em arte e entretenimento. Um boa reportagem de Larissa Seixas aborda o projeto dos atores Bete Coelho e Ricardo Bittencourt de fundar a Companhia de Teatro BR116 com objetivo autossustentável, sem dependência exclusiva de de subsídio governamental. Uma rede social foi criada para captação de recursos. “Os caminhos normais são áridos e dificultosos”, afirma Bete Coelho.

A Compamhia BR116 já se apresentou em mais de 12 cidades, de vários estados, com espetáculos vitoriosos como “O Homem da Tarja Preta”, “O Terceiro Sinal” e “Cartas de Amor para Stalin”


 

No Brasil quem paga impostos são os pobres e tem gente rica que reclama de barriga cheia


Tem gente na Internet que fica choramingando com a barriga cheia, como fazem a alta classe média e o empresariado brasileiro. Querem tudo, mas, não querem pagar impostos. É necessário ver como o governo gasta os impostos. O IPEA publicou há pouco tempo um estudo intitulado “Gastos sociais explicam aumento das despesas da União nos últimos dez anos”, da autoria de Wellton Máximo.

A expansão das despesas primárias da União, nos últimos dez anos, tem sido provocada pelo aumento dos gastos com transferência de renda e com repasses para estados e municípios. Segundo o estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a redistribuição de renda por meio de gastos sociais é a principal causa do crescimento dos gastos federais nesse período.

O argumento de alguns economistas de que o governo federal é gastador não se confirma. Isso porque a análise dos dados de execução orçamentária da União mostra que o gasto direto do governo com a compra de bens e serviços e o pagamento de salários do funcionalismo manteve-se praticamente estável em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), entre 2001 e 2011.

A transferência de renda às famílias respondeu por 71,1% do crescimento das despesas da União nos últimos dez anos. Esse aumento, no entanto, não é sustentado pelo Programa Bolsa Família, principal programa de redistribuição de renda em vigor, mas pelas aposentadorias, auxílios e pensões pagos pela Previdência Social.

São direitos adquiridos pelos trabalhadores brasileiros.

Os benefícios do INSS responderam por 33,1% do crescimento das transferências às famílias em relação ao PIB, entre 2004 e 2010. Em segundo lugar, veio o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial, com contribuição de 26,5%. Os benefícios assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) representaram 16,2%. Os gastos com o Bolsa Família ficaram apenas em quarto lugar, com 12%.

A elevação desses gastos tem sido o principal fator de redistribuição de renda no país e tem sido importante para expandir o mercado consumidor interno, que garante o crescimento da economia brasileira mesmo com o agravamento da crise internacional. "Trata-se, fundamentalmente, da expansão da cobertura da estrutura de proteção social consagrada na Constituição de 1988 e que, no período recente, não somente tem cumprido um papel importante, mas também de dinamismo macroeconômico", destacou o estudo.

Outro fator que contribuiu com a elevação dos gastos federais nos últimos anos foi o aumento da transferência para estados e municípios, que representou 25,2% da alta nos gastos federais em relação ao PIB nos últimos dez anos. Esse aumento, no entanto, não se deve aos impostos que a União é obrigada, pela Constituição, a compartilhar com as prefeituras e os governos estaduais. Segundo a pesquisa, as transferências vinculadas a programas de saúde e educação puxaram esse crescimento de 2001 a 2011.

São também direitos adquiridos dos trabalhadores e do povo brasileiro.

Diferentemente das transferências para convênios e realização de obras, os repasses para a saúde e a educação estão vinculados a alguma previsão legal de distribuição de recursos entre os entes da Federação.

No caso da saúde, o Ipea atribui o aumento das transferências à Emenda Constitucional 29, que especifica a aplicação em saúde pelos governos estaduais e municipais. Na educação, o estudo destaca a complementação da União para o financiamento do ensino básico de estados e prefeituras por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Em contrapartida, as despesas diretas do governo ficaram praticamente estáveis na comparação do PIB.

Nesse período, os investimentos federais vêm aumentando desde 2004, embora permaneçam abaixo de 1% do PIB. Depois de terem a participação no PIB reduzida significativamente, nos primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os salários cresceram em 2008 e 2009 por causa da política de reajustes nesses dois anos. Desde então, informou o Ipea, os gastos com o funcionalismo estão estabilizados.

O aumento dos investimentos e dos salários, no entanto, foram compensados pela redução dos gastos administrativos. Segundo o Ipea, o consumo intermediário do governo (gastos com bens e serviços) caiu em 2003 e 2004 e mantém-se estável até hoje na comparação com o PIB.

Apesar de ressaltar a importância do aumento dos gastos sociais para manter o dinamismo da economia brasileira, o Ipea criticou a maneira como esse processo tem sido conduzido. Isso porque a alta dos gastos sociais ocorre à custa da elevação da carga tributária. "Apesar do avanço da estratégia redistributiva, há crescentes questionamentos sobre as condições fiscais de sua sustentação no médio e longo prazo", questionou o estudo, que pede a realização de uma reforma tributária que diminua o peso dos impostos sobre as camadas mais pobres da população.


Ou seja, caros chorões de barriga cheia, quem para mais imposto no Brasil é o pobre. Uma reforma tributária não pode reduzir impostos horizontalmente. Seria aprofundar as injustiças sociais.




9 de janeiro de 2012

 

Portal Política Livre está de cara nova

O site do jornalista Raul Monteiro está de cara nova e com muitas novidades, inclusive TV. Vale a pena conferir, um espaço democrático.

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http://www.politicalivre.com.br/

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