23 de setembro de 2011

 

Ator Wladimir Brichta faz primeira doação para campanha da CAMAPET

Foi linda a noite de sexta-feira (22). Às 19h, um happy hour disparou a campanha de mobilização coletiva para fortalecimento da Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet). Quem doar qualquer valor a partir de R$ 5 reais, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) dobra a doação. Aproveitei e revi velhos companheiros, Eliana Rollemberg, a Diretora Executiva da CESE, Vanusa Gazar, coordenadora do Programa Estadual Recicla Bahia, o deputado federal Emiliano José (PT-BA), e muitos ex-presos políticos que viram a CESE nascer há 38 anos, como eu, José Carlos Zanett, Cleuza Zanetti e o advogado Ruy Patterson.

A Camapet é conhecida na Bahia e no mundo pela delicadeza de suas peças de bijuteria criadas com material reciclado. Seus artesãos e designers convertem garrafas pet em requintados e delicados colares e pulseiras. Organizaram um desfile com dois cadeirantes à frente e lindos rapazes e moças e, claro, algumas animadas velhinhas e velhinhos da terceira idade. Desfilaram todos com graça e leveza. O ator Vladimir Brichta gravou um vídeo de apoio e fez a primeira doação. Ele foi representado pelo pai, Arno Brichta, veterano de luta contra a ditadura e professor da UFBA.

Além das bijuterias, a Camapet também produz objetos artesanais como porta-retratos, luminárias e poltronas. Todo o material é vendido na loja da Cooperativa, em feiras e eventos com temáticas que ressaltem a conscientização do meio ambiente. Formada por jovens, catadores de materiais recicláveis da comunidade de Alagados/Itapagipe, a Camapet busca ainda o resgate da autoestima dos cooperados e a conscientização e mudança de comportamento em relação aos resíduos sólidos despejados no meio ambiente.

Quem desejar contribuir com o projeto basta entrar no site http://www.lucron.com.br/ e adquirir um cupom eletrônico. O valor da doação será dobrado pela CESE!

Sabe quando você volta pra casa com a alma leve? Foi assim que voltei.

 

PT de Candeal elege sindicalista rural para presidência

Dirigentes do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) estiveram no município de Candeal para acompanhar o processo de escolha da Comissão Provisória do partido.

O encontro municipal aconteceu (13) na sede do Partido dos Trabalhadores, rua Coronel José Rufino, e contou com a participação de militantes, simpatizantes, lideranças sindicais e comunitárias, além de dois representantes estaduais - Adolpho Loyola e Aldenira Soares de Sena (Aldinha).

Para os dirigentes estaduais (Adolpho e Aldinha) responsáveis por acompanhar o processo de renovação da direção do partido local, “é bom saber que pessoas bem intencionadas estão assumindo o partido com a finalidade de fortalecê-lo, transformando-o numa organização política fundamental para os trabalhadores”.

Os filiados presentes, depois de acalorado debate sobre a conjuntura política local e os desafios estratégicos do partido, elegeram a nova direção provisória: o secretário geral do Sintrafc, Givanildo de Araújo Braz – popular Gil Braz (presidente); a ex-diretora do Sintrafc, Maria Bernadete Soares de Sena – vulgo dona Dete (vice-presidente), o presidente do grupo de samba Veterano de Ouro, Pedro Paulo (tesoureiro); o comerciante e ex-candidato a prefeito em 2008, Bernardino Nunes Cerqueira (secretário geral); o atual coordenador regional da EBAL de Feira de Santana, Raimundo Nonato de Souza Vacareza (secretário de formação).

“São três os objetivos políticos da nova direção. A transformação da atual comissão provisória em diretório municipal. A construção de plano de ação para subsidiar o trabalho político do partido. A inserção política do PT no debate sobre os rumos políticos de Candeal. Essas as tarefas imediatas colocadas para a direção recém eleita”, assinalou o presidente eleito Gil Braz.

O PT continua crescendo na Bahia.

22 de setembro de 2011

 

PT comemora na Câmara Federal a Comissão Nacional da Verdade

A Câmara dos Deputados aprovou quarta-feira (21) o PL 7376/10, que cria a Comissão Nacional da Verdade, que terá o objetivo de investigar violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1985. A matéria foi aprovada em regime de urgência - sem passar pelas comissões temáticas - e agora seguirá para o Senado.

Ao final da sessão, os deputados petistas celebraram a decisão, reivindicação antiga de militantes e organizações de direitos humanos, juntamente com familiares de ex-presos e desaparecidos políticos da ditadura encerrada em 1985.

O deputado Paulo Teixeira (SP), líder do PT na Câmara, enalteceu a deliberação da Câmara. "Estamos vivendo um dia histórico com a aprovação da Comissão da Verdade, que nos permitirá conhecer a nossa história e avançarmos na consolidação da nossa democracia", afirmou o líder. Ele fez menção especial ao ex-ministro Paulo Vannuchi, que foi um dos titulares da Secretaria de Direitos Humanos durante o governo Lula e um dos formuladores do projeto.

Os líderes partidários chegaram a um acordo que permitiu a inclusão de duas emendas dos partidos de oposição ao texto do Executivo, referentes à composição do órgão.

Na avaliação do deputado Emiliano José (PT-BA), a decisão da Câmara homenageia as vítimas do período ditatorial:

"É um momento de redenção, de recuperação da nossa história, em que sentimos os ecos das vozes dos nossos companheiros que se foram. Foram muitos os que tombaram e foram mortos pela ditadura e nós tínhamos que ser dignos da memória e da luta deles. E estamos sendo com essa aprovação da Comissão da Verdade", declarou, emocionado, Emiliano José, que foi preso e torturado durante quatro anos pelo regime militar.

Comissão Especial de
Mortos e Desaparecidos Políticos



O deputado federal Emiliano José (PT-BA) foi escolhido terça-feira (20), para integrar a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Durante sua 54ª reunião, que aconteceu em Brasília, a Comissão Especial aproveitou a oportunidade para manifestar seu apoio à aprovação do Projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão da Verdade.

Instituída pela Lei 9.140/95, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos tem o objetivo de reconhecer e localizar pessoas desaparecidas que participaram ou foram acusadas de participar do período das atividades políticas entre setembro de 1961 e agosto de 1979.

A Comissão também dá conta de pessoas que morreram por causa não-natural em dependências policiais nesse período.

Ex-preso político, Emiliano José foi perseguido e torturado no período da ditadura militar no Brasil. É também autor de livros sobre Carlos Marighella e Carlos Lamarca, dois dos principais integrantes da resistência ao golpe militar.

21 de setembro de 2011

 

Poucos deputados federais podem abrir a boca para falar de corrupção

A maior parte do Congresso Nacional está atolada na lama. Poucos parlamentares podem abrir a boca, por não ter o rabo preso. O deputado Federal Emiliano José (PT-BA), petista, governista, está entre essa minoria ética. Recentemente, ele fez um pronunciamento na Câmara Federal, rejeitando jogar lenha na fogueira dos cínicos da mídia e de certa classe média “cansada”. Ao contrário, mostrando o intenso trabalho de combate à corrupção levado a efeito pelo Governo Dilma.

O deputado Emiliano José foi direto aos fatos:

1) Até julho último, já perderam o cargo efetivo 3.297 servidores federais, e entre esses perto de 300 ocupantes de altos cargos (dirigentes e superintendentes de estatais, secretários e subsecretários de ministérios, altos assessores, procuradores e fiscais da Receita, gerentes e coordenadores de setores da administração). As expulsões ocorrem, sempre, após instauração de Processo Administrativo, na forma da lei, após o devido contraditório e ampla defesa.

Para viabilizar toda essa ação, o Governo criou, inicialmente, o Sistema de Corregedoria da Administração Federal, com uma Corregedoria em cada Ministério e uma coordenação central na CGU. A seguir, lançou um Programa de Capacitação em Processo Disciplinar, que já capacitou mais de 8 mil servidores nos diversos órgãos, no país inteiro, de modo a que os gestores não deixem de instaurar os processos que se recomendam, alegando, como se fazia no passado, falta de pessoal qualificado.

Desse modo, a Administração deixa de ficar apenas à espera da punição pela via judicial (que demora muito, devido à morosidade da Justiça) e passa a dar efetividade às previsões da lei para as sanções que ela própria (a Administração) pode e deve aplicar, contribuindo para a reversão da histórica cultura da impunidade.

2) Também foi implantado neste Governo o mecanismo das Sindicâncias Patrimoniais para a verificação de enriquecimento ilícito por parte de agentes públicos, nos casos de evolução patrimonial incompatível com a renda. Das centenas de investigações preliminares já realizadas, seja em decorrência de denúncias, seja como consequência da análise de milhares de declarações de bens de servidores, mais de uma centena de Sindicâncias Patrimoniais já foram instauradas de 2005 para cá.

3) Mas o Governo não se preocupou apenas com as infrações cometidas por agentes públicos. Na maioria das vezes, a corrupção envolve, pelo menos, um corrupto e um corruptor, e é preciso agir nos dois lados. Nesse sentido, o Governo passou a aplicar a lei também contra as empresas corruptoras. Várias delas, construtoras, fornecedoras de ambulâncias, de equipamentos médicos e locadoras de mão de obra jáforam declaradas inidôneas e, com isso, proibidas de contratar com a Administração Pública.

A título de exemplo, lembramos aqui de algumas dessas empresas, pilhadas em irregularidades graves nas suas relações com a Administração Pública: são os casos da Construtora Gautama (envolvida na Operação Navalha), das empresas do Grupo Planam (envolvidas com a chamada Máfia das Ambulâncias/Operação Sanguessuga) e do Grupo Conservo, tercerizadoras de mão-de-obra flagradas na Operação Mão-de-obra, da Polícia Federal.

E para dar transparência às punições (de modo a que não venham as mesmas empresas a ser contratadas por outros entes federativos) a CGU criou o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), com as punições aplicadas por Estados, pelo TCU e por todos os órgãos que quiserem integrar o Cadastro.

4) A CGU e a Polícia Federal atuam juntas em operações especiais, que ora nascem dos trabalhos da CGU, comunicadas à Polícia quando há indícios de crime, ora resultam de inquéritos policiais, em que a CGU é chamada a participar.

De 2004 até agosto último, a PF realizou mais de 1,5 mil operações, com a prisão de quase 17 mil pessoas, das quais mais de 2 mil agentes públicos dos mais variados níveis hierárquicos: juízes, parlamentares, procuradores, policiais etc.

Entre as operações especiais que tiveram participação da CGU, destacamos algumas:

Gafanhoto, Mamoré, Guabiru, Confraria, Campus Limpo, Sanguessuga, Vampiros, Navalha etc. Buscando sempre a articulação com os demais órgãos de defesa e controle do Estado Brasileiro, a CGU instituiu o procedimento de envio sistemático dos resultados de suas auditorias e dos seus processos administrativos disciplinares ao Ministério Público, - onde, como vimos, não há mais um engavetador-geral - para adoção das medidas cabíveis na esfera judicial Ações Criminais e Ações Cíveis de Improbidade; com a AGU a articulação também é intensa e crescente, apresentando resultados positivos no combate à corrupção. Prova disso são as centenas de ações de improbidade ajuizadas anualmente pela AGU com fundamento nos trabalhos da Controladoria.

E com o Tribunal de Contas da União não poderia ser diferente: além da articulação formal, que decorre das normas constitucionais, avançou-se muito respeitadas as diferenças da função e do papel de cada um para o compartilhamento de informações, intercâmbio de conhecimento técnico e a integração de sistemas.

Leiam os relatórios. De 2003 para cá, mais de 12 mil Tomadas de Contas Especiais (TCE) foram instauradas pelos Ministérios e entidades federais, examinadas pela CGU e encaminhadas ao TCU, envolvendo o retorno potencial da ordem de R$ 6,8 bilhões aos cofres públicos.

A TCE é um instrumento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir-se de prejuízos que lhe forem causados. A TCE objetiva, especificamente, quantificar os prejuízos e identificar os responsáveis, para efeito de ressarcimento).

Vamos ser honestos. Até 2002 não havia nada disso. A partir de 2003 é que a Polícia Federal começou a agir com independência.

2003? Era o governo Lula começando. Governo do PT. Quem cobra do PT precisa pelo menos ler os relatórios.

 

Renovando promessas a João Pedro, meu neto

Como a escritora Ana Miranda prometeu um dia a seu neto Gabriel, a você, que vai crescer num mundo conturbado, prometo lhe dar a mão, para que nunca sinta medo ou insegurança.

Em seu berço, prometo zelar pela paz de seu sono. Prometo lhe dar banho, lhe enxugar, lhe fazer sorrir, trocar suas fraldas, cantar cantigas de ninar inventadas na hora, ficar só olhando, contemplando seu rosto perdido no tempo, beijar seus cabelos, suas mãozinhas e pezinhos nos momentos de aflição.

Prometo lhe embalar na hora do sono e compreender sua resistência ao dormir, que viver acordado é bom. Prometo fotografar seus melhores momentos e gozarmos, juntos, a brisa fresca do mar da Bahia.

Prometo procurar não cometer os mesmos erros que cometi com sua mãe quando era criança. E, se cometê-los, reconhecer os erros e sempre me retratar. Prometo lhe levar ao médico e ao dentista e lhe dar todas as vacinas recomendadas, as espirituais e as intelectuais, como Ana Miranda prometeu a seu neto Gabriel.

Prometo lhe acompanhar à escola, às melhores escolas, lhe incentivar a pintar, a desenhar, a gostar de ler livros, de ser livre e bom, a compreender que o amor e a tolerância devem existir entre os seres, e a ter amigos, muitos amigos, árabes, judeus, mexicanos, norte-americanos, evangélicos, católicos, espíritas, mães de santo e filhos de santo, pobres e ricos, brancos, negros, mestiços, e a comer verduras e legumes.

Prometo lhe acompanhar às aulas de dança, para que aprenda a falar a linguagem do corpo e às aulas de violão, para que aprenda a ouvir a linguagem da alma. Prometo lhe ensinar a argumentar, para que a paz se sobreponha à violência.

Prometo que você nunca passará fome ou privação, mas saberá sempre que alguém estará passando fome e privação, e que é preciso dividir o pouco que se tem e o que se tem a mais. Como Ana Miranda prometeu a Gabriel.

Prometo lhe levar sempre ao parque da cidade, ao zoológico e à praia e prometo, como Ana prometeu, ver o dragão, o besouro e o animal dentro de nós.

Ah! Também prometo aceitar sua futura namorada e sua escolha profissional.

Prometo que vou saber lhe ouvir, ter sempre muita paciência, carinho, compreensão, doçura e suavidade, a dizer não, só de vez em quando, para não tirar a autoridade de sua mãe e de seu pai, mas com o coração partido. Como Ana Miranda prometeu a Gabriel.

Prometo nunca abandonar minhas crenças políticas e lutar para realizá-las para que possa deixar para você, mais que um velho apartamento no Rio Vermelho, riquezas interiores.

Prometo cultivar em você o amor pelo Brasil e pela língua portuguesa. E prometo lhe fazer conhecer o estrangeiro, ter amor por outras pátrias e línguas, de modo que você também se sinta um cidadão do mundo.

Prometo lhe levar ao teatro, ao cinema e à biblioteca. Também prometo lhe levar ao Pelourinho e a vibrar com a dança da capoeira. E prometo deixar você navegar em meu computador.

Como Ana prometeu a Gabriel, prometo não dissipar meu dinheiro comprando coisas desnecessárias, e também não guardar dinheiro demais, porque usura é pecado mortal.

Prometo continuar votando consciente e com esperança, sem nunca perder a ternura, lhe contar estórias inventadas e lhe revelar quem foi Che Guevara.

Como Ana, prometo lhe ensinar a não jogar papel na rua, não deixar de olhar e ouvir os passarinhos nas árvores, não trabalhar de mais nem de menos, de modo que tenha sempre tempo para você.

Prometo acreditar nos sonhos, mesmo sendo o sonho um grande risco. E procurar sonhar na medida certa. Prometo lhe levar a Minas, contemplar os profetas de Aleijadinho em Mariana, subir as ladeiras de Ouro Preto, se encantar com o belo horizonte da Serra das Mangabeiras.

Prometo amar as flores, as plantas, os bichos, e prometo não demorar no banho para que as águas não desapareçam de uma fonte límpida. Prometo não cortar nenhuma árvore e, quando construir minha casa no sítio, plantar mais árvores do que aqueles arbustos que derrubei.

Prometo andar a pé com você, sair de carro com atenção, dirigir de olho no mundo, comprar produtos orgânicos e naturais. Prometo não lhe oferecer refrigerantes e prometo lhe dar refrigerantes se não lhe convencer que suco de frutas frescas é mais saudável.

Prometo lhe dar livros de poemas, de Pablo Neruda, e contos de Guimarães Rosa, e não esquecer a poesia que existe em você e no mundo que lhe cerca.

Prometo que essas não serão promessas vãs e, se forem, prometo pedir perdão pela fraqueza de avô, como Ana Miranda me ensinou em seu lindo texto “Promessas a Gabriel”, publicado um dia na revista Caros Amigos. (Oldack de Miranda, 2006).

20 de setembro de 2011

 

Dilma combate a corrupção: contra fatos não há argumentos

Como se sabe, os governos de Lula e Dilma investiram bastante em políticas públicas de transparência e prevenção da corrupção. É de reconhecimento mundial que medidas repressivas isoladas não detêm a corrupção.

Na área da prevenção o Brasil tem avançado, de modo inédito, em todos os itens que compõem o cardápio recomendado nas convenções internacionais. Ou se lê e dobra a língua ou se continua fazendo deboche e piadinhas. Estamos numa democracia.

No que o Brasil tem avançado:

1)Incremento da Transparência - Partindo de uma situação de visível atraso nesse campo, já que em 2003 a transparência por aqui era praticamente nenhuma, nosso país se transformou, nesse período, em referência internacional, em modelo que vem sendo copiado por outros países em matéria de transparência das contas e gastos públicos.

2)A CGU lançou, em 2004, o Portal da Transparência, que é dos mais completos sites existentes no mundo em seu gênero. O objetivo é dar visibilidade, na internet, às despesas do Governo, com todos os detalhes de cada programa, de cada verba e de cada beneficiário, mês a mês, nome por nome, acessível a qualquer cidadão, sem necessidade de senha nem cadastro prévio. E, mais importante ainda: em linguagem cidadã, isto é, inteligível pelo cidadão comum. Lembro, registro aqui que a medida foi tomada quando a CGU era dirigida por Waldir Pires, exemplo de lutador e de homem público.

3)Esse importante instrumento de controle social dos gastos públicos abriga hoje cerca de 1,2 milhão de unidades de informações, envolvendo a aplicação de recursos orçamentários superiores a R$ 8,5 trilhões(de 2004 a 2009). E do ano passado para cá, as despesas do Governo são lançadas diariamente no Portal. Isto é; tudo, absolutamente, tudo que se empenhou ou liquidou hoje estará exposto no Portal amanhã. Isso é algo inédito no mundo. Repito: algo inédito no mundo.

A iniciativa tem sido motivo de sucessivos convites recebidos pelo Brasil para apresentá-la em países os mais diversos e em eventos da ONU e da OCDE, ocorridos desde Nova York até Astana (no Casaquistão), passando por Lima, Viena, Bruxelas, Haia, Doha (no Catar) dentre outras.

O Portal já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio da ONU como uma das cinco melhores práticas no campo das estratégias de prevenção e combate à corrupção ao redor do mundo.

Isso faz desmoronar as intrigas e arengas da oposição. Demonstra que o Brasil, sob os governos de Lula e Dilma, constitui exemplo para o mundo quando se trata de transparência da coisa pública e combate á corrupção.

Meu deputado Emiliano José (PT-BA) levou o assunto para a Câmara Federal, mas os 300 picaretas não estão interessados e os jornalistas fingem que não sabem.

 

E o povo? Onde está o povo?

O veterano e respeitado colega de jornalismo, Albenísio Fonseca, sobre minhas anotações acerca do discurso demagógico sobre o combate à corrupção no Brasil, pergunta onde fica o povo nisso tudo. Ele diz que o “povo” é uma abstração. Povo, multidão, ajuntamento, comunidade, classes sociais, seja lá o que for, o cidadão comum existe. E como se sabe, há técnicas para auscultar o que pensa. Pululam por aí pesquisas de opinião.

Em meados de 2009, encomendada pela Universidade Federal de Minas Gerais, que não tem hegemonia partidária de ninguém, uma pesquisa do instituto Vox Populi apontou que 75% dos brasileiros sabem que nos últimos cinco anos o que cresceu não foi a corrupção, e sim a apuração dos casos de corrupção, que costumavam ficar escondidos. Esse tipo de opinião popular contrasta com a opinião publicada na mídia, emitida por algumas poucas dezenas de jornalistas que insistem no mantra obcecado de que “o governo nada faz para combater a corrupção”.

É óbvio que a “guerra” contra a corrupção não tem fim. É um processo e é permanente. Ao contrário do que certa mídia tenta passar para a sociedade, quem estuda um pouquinho sabe que as causas da corrupção no Brasil tem raízes mais profundas que o financiamento de campanhas eleitorais. Todos nós acompanhamos como se deu o processo de acumulação de capital, por exemplo, da famiglia ACM em pelo menos quatro décadas. Quem estudou um pouquinho sabe da necessidade de uma reforma na burocracia estatal e nas leis processuais penais que são hoje a garantia da impunidade.

Percebo que no Governo Dilma não está havendo acomodação e tolerância. Vou mais longe. No plano internacional, o Brasil vem se tornando referência na implementação de medidas de prevenção e combate à corrupção. O Brasil foi muito bem avaliado pela OEA, OCDE e UNODC, da ONU.

O professor Stuart Gilman, por exemplo, consultor da ONU e do Banco Mundial e uma das maiores autoridades do mundo no tema anticorrupção, tem afirmado repetidas vezes, de público, que considera a CGU como centro de excelência e referência para outros países.

Como disse o deputado federal Emiliano José (PT-BA), com base num consistente relatório, fornecido pelo íntegro jornalista Pedrinho Formigli, não por acaso o Brasil foi classificado em oitavo lugar em um ranking de 85 países que tiveram o grau de transparência de seus orçamentos públicos analisado pelo International Budget Partnership (IBP), uma ONG com sede em Washington. O Brasil é o país melhor posicionado da América Latina.

Eu não vou me prestar a ser massa de manobra da oposição e de certa mídia para ir para as ruas “protestar” contra a corrupção, fazendo o teatrinho dos “indignados”.

19 de setembro de 2011

 

Eu me solidarizo com o governo do Brasil na luta contra a corrupção

Certa imprensa tenta confundir as coisas. O governo do Brasil se dedica ao combate à corrupção e as manchetes soam como se o governo fosse responsável por elas. Um jornalismo irresponsável, refém de partidos de oposição, confunde o clamor do povo pela ética no trato do dinheiro público com manifesto de indignados insinceros.

A oposição não tem projeto político para o país e ocupa seu tempo numa política indigente de denuncismo, escondendo sua incapacidade de pensar o Brasil. O cinismo é tanto que os números utilizados para “provar” a corrupção são retirados dos próprios sites governamentais.


Ao contrário da oposição e da mídia partidarizada, o governo Dilma Rousseff, seguindo a estratégia dos governos de Lula, tem projeto político para a Nação.

Ninguém mais questiona as mudanças nas condições de vida de boa parte do povo brasileiro. A inclusão de milhões de brasileiros ao processo de distribuição da riqueza explica, em grande parte, porque as virulentas reportagens denunciando atos de corrupção não sensibiliza as grandes massas.

Uma parte da classe média que nunca engoliu o PT, Lula e Dilma, alimenta o coro dos “indignados” na Internet.

Aos poucos, o povo brasileiro vai se dando conta que o problema da corrupção é mundial, globalizado, afetando praticamente todos os países do planeta. O governo brasileiro tem participado de todas as iniciativas, tratados, acordos internacionais para enfrentar a corrupção, através da ONU, da OEA, e da OCDE.

Há menos de 15 dias, executivos federais estiveram aqui em Salvador para treinar funcionários das agências de fomento contra os esquemas de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Na Desenbahia, acompanhei as palestras pessoalmente.

É uma grosseira falsidade afirmar que os governos Lula não combateram a corrupção. Os números da Controladoria-Geral da União (CGU) são transparentes.

Novamente, valho-me de um discurso do deputado federal Emiliano José (PT-BA), com base em consistente relatório da CGU:

1º) Desde 2003, o Governo Lula adotou a decisão política fundamental de investir no fortalecimento dos órgãos de controle e de investigação, tais como a CGU, a Polícia Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) Isso se traduziu, concretamente, por exemplo, no incremento substancial do número de policiais e de auditores, na recomposição salarial dessas categorias, no reequipamento desses órgãos e, mais importante, na absoluta independência de atuação dessas instituições;

2º) A decisão política de abrir as portas e as informações do Poder Executivo ao amplo escrutínio do Ministério Público, de modo a que este pudesse melhor cumprir sua função constitucional, bem ao contrário do que ocorria até então, conforme é público e notório. Com Lula e Dilma, os procuradores-gerais escolhidos foram, sempre, os indicados pelo voto da categoria e deram todas as mostras de sua total autonomia, como o país inteiro tem testemunhado;

3º) A imprensa jamais teve tamanha liberdade de acesso às informações sobre as investigações e sobre a execução dos gastos públicos, mercê do aumento cada vez maior da transparência na Administração Federal;

4º) A radical mudança na forma de operação dos organismos de controle do Estado, que passaram a atuar de forma integrada e articulada, embora cada um no seu papel: a CGU, a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, o COAF, a Receita Federal, entre outros.

É claro que as instituições não se transformam e nem se purificam da noite para o dia. As velhas práticas não são erradicadas apenas pela vontade de mudar ou pela decisão de fazê-lo. Isso não se faz por um ato. Trata-se de um processo. O importante é que os Governos de Lula deram início à transformação e que ela está em marcha.

Ficar, portanto, choramingando pela imprensa, não acrescenta nada à luta contra a
corrupção enfrentada pelo governo Dilma, nas entranhas do Estado.

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