9 de julho de 2010

 

José Serra (PSDB) é uma ameaça viva à liberdade de imprensa

José Serra não gosta de imprensa livre. A uma pergunta inteligente da jornalista Miriam Leitão, respondeu com quatro pedras nas mãos. A uma pergunta do jornalista Heródoto Barbeiro, da TV Cultura, sobre pedágio, respondeu com a demissão do jornalista do cargo de apresentador do programa Roda Viva.

O Diretor de Jornalismo da TV Cultura, Gabriel Priolli, depois de planejar uma reportagem sobre os pedágios da estradas paulistas, foi chamado à sala do vice-presidente de conteúdo da emissora, Fernando Vieira de Mello, e foi obrigado a derrubar a pauta. Uma semana depois foi demitido.

A maior ameaça à liberdade de imprensa não é o PT, nem a Fenaj, é Serra, o candidato tucano à presidência. Vade retro satanás.

Ao apoiar Serra, a grande mídia está dando um tiro no pé.

A ira de Serra contra a imprensa é tão visível que será impossível ao programa partidário de campanha não abordar a questão dos pedágios nas estradas.

 

Charge preconceituosa contra Dilma agride mulheres brasileiras

Com os amigos que tem, Serra não precisa de inimigos. Importantes lideranças feministas divulgaram NOTA DE REPÚDIO à charge do cartunista Nani, reproduzida no blog do jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo. A ilustração preconceituosa e ofensiva apresentava Dilma Roussefff como prostituta, com um desenho de extremo mau gosto. Diante da chuva de protestos, a charge foi retirada do ar. O PT e a Coordenação de Campanha da Dilma estudam medidas legais a serem tomadas contra os autores.

A charge escandalizou também lideranças de esquerda que respeitavam o cartunista Nani. Cecilia Sadenberg, professora doutora da Universidade Federal da Bahia assinou a NOTA DE REPÚDIO. Jandira Feghali, do Comitê Central do PCdoB disse que nunca esperava uma desqualificação da mulher de tal nível, reforçando o preconceito contra a mulher e a política.

O PT e a Coordenação de Campanha de Dilma Rousseff estudam medidas contra uma charge preconceituosa de Nani, reproduzido no blog do jornalista Josias de Souza, da Folha de S.Paulo. O desenho, de extremo mau gosto, compara a candidata a uma garota de propaganda, em analogia ao suposto relaxamento de algumas de suas propostas de governo.

O preconceito contra a mulher está em sintonia com o espírito machista da campanha tucana. O candidato José Serra (PSDB), quando sabatinado pela Folha de S. Paulo, ao responder sobre a questão do aborto, considerado pelos movimentos feministas como uma questão de saúde pública e direito da mulher, afirmou que o aborto legal seria uma “carnificina”.

NOTA PÚBLICA REPÚDIO

“A charge do cartunista Nani reproduzida no blog do jornalista Josias de Sousa no dia 8 de julho de 2010 é absurda, indigna e ofensiva não só à dignidade da candidata Dilma Rousseff, mas a todas as mulheres brasileiras independentemente de suas escolhas político-partidárias.

Só numa mídia em que ainda predominam valores machistas é possível veicular “impunemente” uma charge tão desqualificadora das mulheres e tão discriminadora com as profissionais do sexo, as quais ainda se constituem como objeto de usufruto masculino.

Além do desrespeito e deselegância presentes na charge sobre a mulher na política, cujo alvo é uma candidata que tem uma história de luta contra o conservadorismo e as injustiças sociais, a ilustração reforça o preconceito sexista em relação às mulheres na política, desqualificando-as e fortalecendo o poder masculino.

Por onde irá se conduzir a ética dos comentaristas e chargistas políticos no vale-tudo da campanha eleitoral abrigados sob o teto da liberdade de imprensa?

Brasília, 8 de julho de 2010

Cecilia Sadenberg - Professora Doutora do UFBA
Lourdes Bandeira – Professora Doutora da UNB
Hildete Pereira de Melo- Professora Doutora da UFF
Severine Macedo – Secretária Nacional da Juventude do PT
Liege Rocha - Secretaria Nacional da Mulher do PCdoB
Marcia Campos - Presidente da Fedim
Elza Campos - Coordenadora Nacional da UBM
Madalena Ramirez Sapucaia - Professora da PUC/RJ

8 de julho de 2010

 

Emiliano debate desafios do sindicalismo com líderes da CUT Bahia

Deu no site CUT Bahia. Cerca de 150 dirigentes sindicais participaram quarta-feira (7) da Plenária da Plataforma da CUT-BA para 2010, em Salvador, no Marazul Hotel (Barra). O evento contou com uma mesa intitulada “CUT e os desafios da classe trabalhadora na disputa de projetos de desenvolvimento na Bahia e no Brasil”, composta pelo presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, pelo candidato a deputado federal Emiliano José (PT-BA - 1331) e pela diretora executiva da CUT, Elisângela Araujo.

Martiniano Costa lembrou as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores nas diversas regiões da Bahia e a importância da construção de um documento que aponte os desafios para a Bahia sob a ótica do movimento sindical baiano. “Vivemos em um estado com dimensões continentais, com: a fruticultura da região de Juazeiro; no Oeste, a cultura da soja; no Extremo Sul, eucalipto; o cacau no Centro-sul; o Pólo Petroquímico na Região Metropolitana de Salvador. Precisamos construir uma pauta de reivindicações que nos coloque como sujeitos do desenvolvimento, pensar o desenvolvimento que queremos. Para não voltarmos aos erros do passado, precisamos pensar efetivamente o que queremos para o futuro”, disse.

Emiliano José fez um resgate histórico do panorama político do Brasil nas últimas décadas e falou sobre a importância do movimento sindical para o desenvolvimento social do país e para o embate com os governos em todas as esferas. Ele ressaltou ainda a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais como uma bandeira civilizatória e democrática, que deve ser colocada como prioridade nas pautas de pressão do Congresso Nacional. “Temos um projeto de desenvolvimento que queremos para esse país: acabar com a miséria absoluta e continuar com políticas que combinam desenvolvimento econômico, com emprego e distribuição de renda”, ressaltou.

Elisângela fez uma avaliação do papel do governo Lula para a classe trabalhadora, ressaltando que o Brasil conseguiu avanços, mas que são inúmeros os pontos de enfrentamento a serem pensados, entre os quais o fator previdenciário e a correlação de forças para a efetivação da reforma agrária. “Nosso papel é o de continuar pressionando para que o governo continue fazendo a mudança do Brasil, em especial do Nordeste. Já começamos a ter políticas de transferência de renda, a mudar a cara do Brasil, com acesso à água, a bens de consumo. Mas ainda temos muito a conquistar”, disse.

O ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Afonso Lourenço, a ex-dirigente da CUT-BA, Maria Madalena Firmo, a vereadora de Valente Leninha (PT-BA) fizeram saudações à mesa. Leninha falou sobre a necessidade de que a CUT esteja atenta a esse momento, com o seu olhar voltado para a classe trabalhadora. “Somos CUT não apenas por compormos a diretoria, mas por entendermos e assumirmos o projeto político da Central”, enfatizou.

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Você viu? Prefeito do DEM declara apoio a Dilma e ataca tucanos

Deu na Agência Estado. O prefeito de Tanabi (SP), José Francisco de Mattos Neto, do DEM, roubou a cena no jantar de empresários e políticos em apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Além de declarar o apoio à candidata, o prefeito fez duras críticas aos governos tucanos no Estado de São Paulo. "São duas décadas de desmonte do Estado e de sucateamento do serviço público", disse Mattos Neto.

Segundo ele, Dilma é a mais preparada para a Presidência. O prefeito afirmou ainda, sem citar o seu partido, que a atual direita vai acabar no País e que vai haver uma nova direita "que escreve Brasil com ''s'' e que sabe negociar".

7 de julho de 2010

 

Emiliano (PT) entra na luta para salvar o Código Florestal Brasileiro

Como candidato a deputado federal pelo PT da Bahia, Emiliano (1331) se declarou crítico do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB), que modifica o Código Florestal Brasileiro. Mais de 70 deputados da bancada ruralista, que representa os interesses do agronegócio, estão tentando enfraquecer a mais importante lei de proteção ambiental do país. Se o relatório do líder comunista for aprovado integralmente, entre 70 milhões e 80 milhões de hectares deixarão de ser protegidos. A proposta é equivocada porque ameaça inaugurar uma temporada de desmatamento sem precedentes no Brasil

Segundo Emiliano (PT), a proposta do relator merece o repúdio da sociedade organizada do Brasil e, de modo especial dos ambientalistas preocupados com o desenvolvimento sustentável e de organizações sociais que querem preservar as áreas florestais do País. O Brasil é o quarto maior contribuinte mundial ao "efeito estufa" e 75% deste efeito vem das queimadas/desmatamentos. Não se trata de Reforma Agrária e justiça no campo, mas de esquartejar o código conforme o interesse dos modernos latifundiários.

A revisão profunda do Código Florestal faz parte de uma estratégia dos ruralistas visando desregulamentar esta e outras leis, como a Lei dos Crimes Ambientais, colocando em seu lugar um novo código ambiental, sob o argumento de que assim se terá a oportunidade de recolocar na legalidade milhares de produtores que vêm desmatando irregularmente os biomas.

As propostas sugerem: reduzir a reserva legal na Amazônia de 80% para 50%; reduzir as áreas de preservação permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro; anistia aos crimes ambientais, sem tornar o reflorestamento da área uma obrigação e - medida considerada extremamente grave pelo movimento social -, transferir a legislação ambiental para o nível estadual, removendo o controle federal. Há um aspecto grave: retirar a obrigação de reserva legal para propriedade da Amazônia deixa de proteger 70 milhões de hectares de vegetação nativa, e compromete as metas que o Brasil assumiu em Copenhague, de reduzir em até 39% as emissões de gás projetadas para 2020.

Emiliano entrou na luta para salvar o Código Florestal Brasileiro

 

Livro conta a história dos advogados que defenderam presos políticos na ditadura militar de 1964

O livro “Advogados e a ditadura de 1964 – a defesa dos perseguidos políticos no Brasil”, publicado pela Editora Vozes em parceria com a Editora PUC (RJ), ganhou espaço na Agência Brasil. O livro foi organizado pelos historiadores da PUC (RJ), Fernando Sá e Oswaldo Munteal, e pelo professor da FGV, Paulo Emílio Martins.

A obra reúne textos sobre 15 advogados de presos políticos que atuaram na ditadura militar de 1964. Há também o depoimento de presos políticos sobre o relacionamento com seus advogados e uma iconografia. A pesquisa durou dois anos e envolveu mais de 30 pesquisadores de todo o Brasil.

O livro contém relatos sobre Sobral Pinto, Heleno Fragoso, Técio Lins e Silva, Hélio Bicudo, Marcelo Cerqueira, Antonio Modesto da Silveira, Marcello Alencar, Airton Soares, Dalmo Dallari, Eny Moreira, George Tavares, Luiz Eduardo Greenhalgh, Mário Simas, Sigmaringa Seixas e Wilson Mirna.

Eles atuaram de forma voluntária e gratuita. É o resgate da trajetória de profissionais do Direito que ajudaram a construir a democracia brasileira. Como lembra Sobral Pinto, “o advogado só é advogado quando tem coragem de se opor aos poderosos de todo gênero que se dedicam à opressão pelo poder”. O livro inverte a tendência brasileira do esquecimento por parte das novas gerações e se constitui em valioso material para estudo nas escolas de direito.

O ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos no primeiro Governo Lula, Nilmário Miranda, candidato a deputado federal pelo PT de Minas Gerais, comentou em seu blog que, à exceção de Sigmaringa Seixas, que é do eixo Rio-São Paulo e lamentou a ausência de alguns gigantes que atuaram em Minas Gerais, como fAonso Cruz, Geraldo Magela, Fahid Taan Sab, como o paraense Egídio Sales, a extraordinária Mércia Albuquerque e Oswaldo Lima Filho, em Pernambuco. De São Paulo ele lembrou nomes como Belisário dos Santos, Rosa Carvalho e Virgílio Enei.

ADVOGADOS DA BAHIA
Na realidade, há uma lista enorme de corajosos profissionais do Direito que atuaram na defesa dos presos políticos. Na Bahia, quem mais tem se lembrado dos bravos advogados é o ex-preso político e jornalista Emiliano José, também candidato a deputado federal pelo PT. Há vários artigos e depoimentos de Emiliano José sobre os advogados Jayme Augusto de Guimarães Souza, Ronilda Maria Lima Noblat, José Borba Pedreira Lapa, todos falecidos e ainda Joaquim Inácio Santos Gomes, vivo, mas bastante esquecido diante da importância que teve na defesa dos presos políticos da ditadura. Inácio Gomes foi meu advogado. Pedreira Lapa foi advogado de Emiliano José.

“Lapa, o defensor dos presos políticos”, é o título de um artigo de Emiliano José, publicado em outubro de 2009, no jornal A Tarde, de Salvador.

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A questão social não pode ser artefato de campanha eleitoral, ensina Dilma Rousseff

Ao receber uma Medalha de Honra na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff alfinetou o adversário José Serra, que se deu ao trabalho de assinar um ridículo documento se comprometendo a manter e ampliar o programa Bolsa-Família.

“Vou ressaltar meu compromisso com a questão social, que foi e sempre será o que nos distingue dos nossos adversários. Não há apenas cores, mas duas visões de mundo. A questão social não pode ser vista como um artefato eleitoral, a ser esquecido e abandonado na primeira oportunidade”, disse Dilma Rousseff. De fato, Dilma não precisa assinar documento nenhum. O outro é que precisou. E isso é sintomático.

Eu estava outro dia lendo um artigo do economista Marcelo Neri, da FGV. Ele fazia comentários sobre a “Era Lula vista no espelho dos indicadores sociais”. Ao comentar a nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE), que investiga o padrão de consumo das famílias brasileiras, seus gastos com alimentos e suas fontes de rendimentos, ele chegou a várias conclusões. As duas últimas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) permitem uma rica medição da Era Lula.

1) O crescimento da renda familiar média divulgado pelo IBGE é de 10,8% entre as duas POFs, a de 2002 e a de 2009. Com a redução do tamanho das famílias de 3,62 para 3,3 pessoas, a renda familiar per capita (que é o que importa para o bem-estar) cresceu 21,7%.

2) Segundo a POF, a renda dos 10% mais pobres subiu 42,1%. A renda dos 10% mais ricos subiu 13,3%. Ou seja, o bolo da renda cresceu, mas, cresceu com mais fermento entre os mais pobres.

3) A proporção de pessoas pobres caiu entre as duas últimas POFs de 18% para 10%. E a proporção de famílias que tinham dificuldade de chegar até o final do mês com o orçamento caiu de 85% para 75%.

4) De maneira geral os indicadores projetam uma imagem ainda grotesca de nossos problemas sociais. Mas houve melhoras desde 2003. Permanece o alto nível da desigualdade brasileira.

Imagino que José Serra também leu os relatórios das POF de 2002 e 2009. Daí sentir necessidade de assinar um documento se comprometendo a manter e ampliar o Bolsa-Família. Ele sempre foi contra, mas, como os indicadores sociais revelam melhoras substanciais na Era Lula, para que remar contra a maré?

Dilma está tranqüila, já que se propõe a continuar a Era Lula. E pode até alfinetar o tucano.

Tá vendo aí por que voto em Dilma?

 

Dilma Rousseff vai ser vovó, acabou a imagem da Dilma durona que a mídia explora

O Último Segundo do IG desenhou o perfil de Dilma Roussefff. A fama de durona não está resistindo às transformações da campanha. Ao contrário do que a mídia espalhava, a “durona” foi buscar apoio na família para entrar na disputa presidencial. A mídia já fala em “ex-ministra linha dura”. Agora, com a informação de que vai ser vovó, acaba de vez a imagem de mulher “brava de temperamento forte” exaustivamente explorado.

Quem resiste a fazer as vontades da netinha? Ser vovó é mais eficiente que suavizar a imagem, perder peso, mudar o guarda-roupa, penteado elegante, maquiagem diária e cirurgia plástica. Quando se decidiu a ser candidata a presidente, Dilma foi logo a Porto Alegre para buscar apoio do ex-marido e da filha Paula, que está grávida de Gabriel, que vai nascer em setembro.

Dilma, presidente do Brasil, vovó coruja.

6 de julho de 2010

 

Quanto vale a cultura baiana? pergunta o blog do Geddel em busca de votos

De maneira oportunista e desinformada, Geddel Vieira Lima, em seu blog, embarcou na história de preservação do Teatro Jorge Amado.

Num post intitulado "Quanto vale a cultura baiana?" o Blog do Geddel fala em “luta desigual em defesa da casa de espetáculos cênicos” e em “ameaça do teatro ir a leilão” o que considera “um ataque ao nosso patrimônio cultural”.

Conversa eleitoreira, equivocada e desinformada. O Teatro Jorge Amado não está ameaçado de ir a leilão. O teatro JÁ FOI a leilão judicial, promovido pela Justiça do Trabalho, para ressarcir direitos trabalhistas de empregados do curso de inglês UEC, que não pagou o financiamento, nem os salários dos empregados.

A Desenbahia soube do leilão judicial e arrematou o prédio da sede do curso UEC, no qual está instalado o Teatro Jorge Amado. Se a Desenbahia não tivesse arrematado o prédio, certamente qualquer outra empresa já o teria feito, sem qualquer compromisso em manter o teatro.

Portanto, ao contrário do que afirma o blog do Geddel, a única ESPERANÇA de salvação do Teatro Jorge Amado reside na própria Desenbahia que arrematou o prédio do falido curso de inglês UEC levado a leilão judicial.

Aliás, a Desenbahia arrematou o prédio porque ele era a garantia real de um empréstimo tomado ao extinto Desenbanco pelo curso UEC. Perdeu os dedos para não perder a mão.

EM RESUMO: Desta forma, é o contrário do que Geddel afirma em seu blog. Não há nenhum ataque ao Teatro Jorge Amado à vista. O ataque já ocorreu. E a esperança é a Desenbahia.

De posse do prédio dado como garantia real ao empréstimo tomado ao extinto Desenbanco, a Desenbahia foi procurada por produtores culturais, o Secretário da Cultura Márcio Meirelles à frente, e fez um ACORDO para que o Teatro Jorge Amado garanta sua pauta de espetáculos até dezembro deste ano. Meirelles ganhou tempo em busca de uma solução.

O blog do Geddel Vieira Lima mente irresponsavelmente. Afirma que “por pendências de financiamento de capital junto à Desenbahia, o Teatro irá a leilão”. Menos verdade. O empréstimo tomado ao extinto Desenbanco data de 1995. A Desenbahia foi fundada em 2001. Impossível, portanto. Na verdade, a Desenbahia herdou o crédito podre do Desenbanco. É muito diferente. Não há "pendência". O que há é a LEI que precisa ser obedecida.

Entretanto, a LEI obriga toda instituição financeira a leiloar bens tomados como garantia contratual de financiamentos inadimplidos. Se Geddel afirmar por demagogia que ele não leiloaria o prédio para recuperar o crédito, ele está afirmando que cairia na ilegalidade e na irresponsabilidade com o patrimônio público. Ia virar RÉU.

ESPERTAMENTE, o blog do Geddel usa indevidamente a imagem do saudoso escritor Jorge Amado que prestigiou a inauguração do Teatro Jorge Amado, assim como outros artistas plásticos da Bahia. E desfia a rica experiência do teatro como argumento.

Mas, pregar a partir daí a ilegalidade e a ruína do recurso público, em nome da cultura baiana, vai uma longa distância.

Geddel entra na picaretagem em busca de votos. É assim que ele administraria a Bahia?

Será que na Bahia o crime financeiro dá voto?

 

Lula e Wagner levam benefícios a Valente e prefeito quer esconder

A vereadora Leninha do PT de Valente, no semi-árido baiano, botou a boca no trombone. A comunicação da Prefeitura Municipal de Valente engana o eleitor. Diz que realizou obras, mas quem paga? Governo Lula e Governo Wagner, embora as placas só assinem prefeitura municipal.

O Informativo impresso não toca nos governos federal e estadual que pagaram as obras: calçamento de ruas, padaria comunitária, casa do mel, compra de máquina niveladora, construção de praças nos povoados, reforma do aeroporto, acesso a água potável e eletrificação rural, esgotamento sanitário, reforma do estádio municipal aquisição de viaturas policiais, ônibus escolares e veículos para saúde.

A lista de obras é imensa. Também são citadas construção de quadras poliesportivas, 180 casas populares, cinco postos de saúde do PSF, construção de colégio estadual. Tudo financiado pelos governos federal e estadual. Lula e Wagner. Mas a prefeitura afirma que são obras do prefeito Ubaldino Amaral (PSC), que apóia Paulo Souto do DEM. Ubaldino é formado na escola do carlismo. Como sabe mentir, como sabe enganar a cidade. Ninguém merece.

Chega a ser uma fraude não dizer ao povo de Valente quem construiu tanta coisa. Lula e Wagner.

LEIA NA ÍNTEGRA ARTIGO DE LENINHA DE VALENTE

 

Eu voto em Dilma porque...só ano passado aumentou em 50 mil o número de alunos negros nas universidades

Eu voto em Dilma porque ela apóia o PROUNI. Só no ano passado, com a política de cotas e com o Programa Universidade para Todos (ProUni), aumentou em quase 50 mil o número de alunos negros nas universidades brasileiras. No primeiro semestre de 2009, houve um acréscimo de 5% no número de estudantes negros nas instituições de ensino superior.

Em sua primeira edição, no ano de 2004, o ProUni foi o principal responsável pela inserção maciça dos afrodescendentes, ao oferecer 46 mil bolsas de estudo para o sistema de cotas, o que significou 41,5% das 112 mil vagas disponibilizadas pelo programa.

Eu voto em Dilma porque ele quer combater o fenômeno da exclusão educacional que atinge de maneira mais forte o aluno negro. Dilma quer ampliar as ações afirmativas. Quer ampliar o programa de concessão de bolsas de Mestrado e Doutorado para apoiar a produção científica de estudantes negros. Serra é contra.

Ó pai ó porque eu voto em Dilma presidente

 

Em voto em Dilma porque...em sete anos, mais negros entraram nas universidades do que nos últimos 20 anos

Dilma é a continuidade do governo Lula. E o governo Lula implantou o sistema de cotas para negros e pardos nas universidades federais brasileiras em 2004, na Universidade de Brasília (UnB).

Na época, menos de 2% do percentual de estudantes universitários brasileiros eram negros, apesar de representarem mais de 46% da população brasileira. Hoje, já são quase um milhão de estudantes negros em cursos superiores e 17 universidades federais mantém sistema de acesso por meio de cotas.

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) indica que, durante os últimos sete anos, mais jovens negros ingressaram em universidades públicas do que nos vinte anos anteriores.

Em encontro com negros e negras do PT, em Brasília, a candidata do PT, Dilma Rousseff, defendeu a manutenção das políticas afirmativas e de cotas. Segundo ela, nos últimos anos o governo teve grandes avanços nesse campo, mas é preciso fazer mais. “O que nos une é o compromisso de que vamos continuar fazendo políticas afirmativas e de cotas, queiram eles ou não queiram”, afirmou Dilma.

Taí por que eu voto em Dilma

 

Mário Alves, jornalista morto na ditadura militar, ganha memorial na ABI

A notícia está na Agência Brasil. O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, inaugurou segunda-feira (5), na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, um memorial em homenagem ao jornalista Mário Alves, morto durante a ditadura militar. Este 21º ato do governo Lula em memória a personalidades e lideranças ligadas à esquerda que lutou contra a ditadura militar. Outros dez memoriais serão inaugurados.

Filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), Mário Alves fundou em 1968 o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), ao lado de militantes históricos como Jacob Gorender e Apolônio de Carvalho. Secretário-geral do PCBR, ele dirigiu os jornais Novos Rumos e Voz Operária.

Foi preso pelos militares em duas oportunidades, em junho de 1964, quando ficou um ano detido, e em 16 de janeiro de 1970. Desta vez, foi levado para o Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) e morto, um dia depois, no quartel do Exército da Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, zona norte do Rio.

Mário Alves morreu sob violentas sessões de tortura.

O presidente da ABI, Maurício Azedo, ressaltou a importância de Mário Alves para o jornalismo brasileiro. "Ele é merecedor de todas as homenagens, pelo exemplo que deu de militância social contra a ditadura e de grande intelectual. Foi diretor do jornal do Partidão [PCB], Novos Rumos, onde se destacou pela capacidade de refletir sobre a realidade brasileira e de formular propostas", assinalou Azedo.

MAIS INFORMAÇÕES NA AGÊNCIA BRASIL

 

O Jornal Feira Hoje Online foi atacado por piratas da Internet

Durante dois dias o Jornal Feira Hoje teve seu endereço alterado por piratas da Internet. Costumo sempre visitar o site Jornal Feira Hoje, que tem posição política, mas, noticia tudo com muita responsabilidade.

Domingo (4) e segunda (5) o acesso ao site ficou alterado. Os piratas burlaram o sistema de segurança e introduziram um código malicioso redirecionando o Jornal Feira Hoje para uma página da Internet com conteúdo inadequado.

O Blog Bahia de Fato se solidariza com o Jornal Feira Hoje e todos os seus profissionais de imprensa através da pessoa do editor-chefe Carlos Augusto.

Resta um consolo. Se o site Jornal Feira Hoje fosse um zero à esquerda, ninguém se interessaria em sabotar o veículo de comunicação.

Vale ressaltar que o Editorial do dia é “Presidente Lula, o legado do crescimento e as eleições de 2010”. Entre seus colunistas estão os jornalistas Emiliano José e Oldack Miranda.

LEIA JORNAL FEIRA HOJE

4 de julho de 2010

 

A Tarde confirma: Jaques Wagner deixa Hospital Espanhol e passa bem

O jornal A Tarde Online publicou agorinha nova matéria sobre a saúde do governador Jaques Wagner. Segundo A Tarde, “o Governador do Estado, Jaques Wagner, foi liberado por volta das 18h do Hospital Espanhol, na Barra, onde se submeteu a uma série de exames de rotina neste domingo (4). Na saída da unidade médica, Wagner e o médico responsável pelo caso, o cardiologista Ângelo Castro Lima, concederam entrevista coletiva esclarecendo os boatos que circularam na internet dando conta de que o governador havia sofrido um infarto.

Castro Lima informou que Wagner vinha sentindo dores de cabeça e, por esse motivo, realizou uma tomografia na semana passada. Com o objetivo de retirar qualquer dúvida sobre possíveis problemas de saúde, o cardiologista solicitou a realização de uma bateria de exames clínicos e de uma arteriografia neste domingo. "O governador está em perfeitas condições de saúde, pronto para desempenhar suas funções laborativas", disse.

Wagner deu entrada neste domingo no Hospital Espanhol por volta das 9h, acompanhado da primeira-dama Fátima Mendonça e já retornou ao Palácio de Ondina no início desta noite. "Fiz um exame normal para me preparar para a campanha, por isso ninguém foi avisado. Estou saindo agora e amanhã volto ao trabalho", reforçou o governador.

Como os boatos sobre um possível infarto se disseminaram na rede e a notícia ganhou repercussão nacional, a primeira-dama do país, Marisa Letícia, o radialista e ex-prefeito de Salvador, Mário Kertész, e o governador de Sergipe, Marcelo Déda, chegaram a telefonar para Wagner a fim de se certificarem do estado de saúde do governador.

Ainda na saída do hospital, o governador demonstrou contrariedade com o ocorrido. "Lamento que o mercado tenha se precipitado. Em minha opinião, quando se trata de um assunto desses (saúde), deveria haver mais cuidado", avaliou. (Com informações da Patrícia França e redação de Danielle Villela, do A TARDE On Line).

 

Blog Política Livre confirma: Wagner foi ao Hospital Espanhol para exames programados

O Blog Política Livre, do Raul Monteiro, acrescentou uma informação ao desmentido. O governador Jaques Wagner (PT) foi mesmo ao Hospital Espanhol hoje (4) pela manhã para exames programados há uma semana. Wagner estava sentindo dores de cabeça, o que foi investigado por uma equipe médica.

Os exames indicaram que Wagner tem uma mancha no cérebro, de caráter congênito, que não afeta seu estado geral e nem está associada à cefaléia. Trata-se uma má formação vascular que não representa maiores problemas de saúde.

Os médicos recomendaram a Wagner uma dieta balanceada, nada de álcool e muito exercício físico regular. Wagner foi liberado logo após os exames. A presença de Wagner no Espanhol provocou uma onda de boatos. Tinha jornalista que já noticiava infarte, uma precipitação própria de nossa imprensa. Foi logo desmentido pela assessoria de imprensa.

Ah! A hipótese de aneurisma foi logo descartada.

 

Governador Wagner (PT) faz exames de rotina e boataria come solta

O Blog Bahia Notícias, do Samuel Celestino, já apurou: o governador Jaques Wagner concluiu seus exames rotineiros que estavam marcados no Hospital Espanhol e já se encontra no Palácio de Ondina, articulando como sempre. Os rumores que circularam na manhã deste domingo (4) partiram de suposições sem lastro. “Há pouco conversei com Fátima Mendonça que, como sempre, estava com elevado astral e rindo com a confusão, embora desagradável por todos os motivos”, comentou Celestino.

 

Revista Carta Capital apóia Dilma porque “simplesmente é a melhor candidata”

Mino Carta dispensa apresentação. Figura entre os maiores jornalistas do Brasil. Como Diretor de Redação da revista Carta Capital ele assina Editorial explicando por que apóia Dilma Roussef. Simplesmente porque é a melhor candidata, mas, também, porque ela lutou contra a ditadura militar, pela competência, seriedade, personalidade lealdade ao presidente Lula. Porque ela é a garantia de continuidade de um governo vitorioso e popular, aprovado pela população, que promoveu a distribuição de renda e um crescimento econômico quase chinês. A Carta Capital apoiou Lula em 2002 e 2006. E agora apóia Dilma. Em suma, quem ler a revista Carta Capital sabe que não está comprando gato por lebre, como acontece com a maior parte dos jornais e revistas do país.


É um Editorial digno de se ler:

Por que apoiamos Dilma?

Por Mino Carta, em Carta Capital

“Resposta simples: porque escolhemos a candidatura melhor. Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.

O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.

De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.

E aqui, em ocasiões diversas, esclareceu-se o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente e expandem.

E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valer-se das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.

Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria.

Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.

Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista.

Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...

Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária.

Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.

E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos.

E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti.

Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora".

 

Análise independente sobre Datafolha conclui que Lula tem muito fôlego para transferir votos (para Dilma)

Ao contrário do que a Folha de S. Paulo espalha, o presidente Lula tem ainda um enorme fôlego para transferir votos para Dilma Roussef.

Li Blogão do Pereira que foi ao Blog do Alê. A fonte é boa. Alexandre Porto sempre faz boas análises sobre o cenário econômico.

A partir da pesquisa Datafolha que mostra um suposto empate técnico entre Dilma e Serra, ele fez um exercício estatístico focado na relação entre o nível de informação do entrevistado e a intenção de voto. Para medir a primeira variável, ele usou a pergunta: “Pelo que você sabe, qual destes candidatos o presidente Lula está apoiando?” . Esta é a pergunta que melhor avalia o nível de conhecimento do que ocorre na campanha, que informa o nível de conhecimento dos candidatos.

Alexandre Porto afirma o seguinte:

Uma olhada pelas tabelas me permite afirmar que a transferência de votos do presidente Lula para sua candidata, Dilma Rousseff, está longe de ter acabado. Eu diria até que os votos puramente justificados como transferência pessoal, mal começaram a ser transferidos. A razão é simples. Serra vence Dilma com mais vantagem justamente nos cortes sócio-econômicos com menos informação, ao contrário, entre os mais informados Dilma vence ou os dois candidatos se encontram em empate técnico.

Entre as mulheres, na pesquisa estimulada (página 26), Serra vence Dilma por 45% a 30%. Por outro lado, entre os homens é Dilma que leva vantagem de 46% a 34%. Nesse corte gênero, 82% dos homens sabem que Dilma é a candidata de Lula, contra apenas 67% no sexo feminino. Na pergunta espontânea Serra tem 19% entre homens e 19% entre mulheres, empate. Já Dilma tem 30% e 15% respectivamente, o dobro entre os homens.

O mesmo se dá entre os eleitores com nível de escolaridade fundamental, onde apenas 64% sabem que Dilma é a candidata de Lula. Nesse corte educacional, que representa quase 50% dos pesquisados, Serra vence por 41% a 37%. No corte renda familiar, entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos, que representam 48% dos pesquisados, Serra também vence por 40% a 37% de Dilma. Entre estes, apenas 65% sabem qual é o nome da candidata de Lula.

São esses os três cortes com menor grau de conhecimento e nos três Serra lidera de forma até surpreendente, na medida em que o governo Lula historicamente tem apoio maior entre as classes mais baixas, que mais se beneficiaram das políticas sócio-econômicas do governo.

Excetuando o corte gênero, é de se acreditar que grande parte desse eleitorado mais desinformado (cerca de 25%) está concentrado entre aqueles que mais tendem a seguir a orientação do presidente Lula. Provavelmente será esse eleitorado o alvo prioritário das propagandas petistas no período daqui pra frente.

Outro ponto a ser analisado é o grau de transferência pela pergunta que procura saber qual a relação entre o apoio do presidente Lula e seu voto (página 39). Escolheram a opção "levaria a escolher esse candidato com certeza", 41% dos pesquisados e 24% responderam "talvez levaria a votar nesse candidato".

Bastaria Dilma consquistar 1/3 dos que responderam "talvez" para vencer a eleições ainda no primeiro turno. E parece não ser tão difícil, pois nada menos do que 17% dos que declaram voto em José Serra no questionário estimulado, responderam que votariam com certeza no candidato de Lula e 30% escolheram a opção "talvez". O eleitorado de Dilma parece ser bem mais consistente, na medida em que 76% dizem que com certeza votariam no candidato apoiado por Lula.

Teoricamente, o grau de transferência entre os mais bem informados é menor do que entre os mais pobres e com menor grau de instrução. Se Dilma já alcançou o candidato da oposição, em algumas pesquisas já até o ultrapassou, mesmo não sendo tão conhecida e não sendo reconhecida como a candidata do presidente Lula, é de se esperar que a transferência de votos de Lula para Dilma ainda tenha muito o que avançar.

Será que Serra conseguirá reverter essa tendência impedindo essa transferência ou aumentando a vantagem que tem em outros setores mais bem informados?

 

A mídia golpista vai insistir no empate e no segundo turno, com ajuda dos institutos de pesquisa

Muitos “especialistas” serão ouvidos. Muitas pesquisas de intenção de voto falarão em “empate” entre Dilma e Serra. Muitos “formadores de opinião” da grande imprensa vão insistir no segundo turno. Farão propaganda aberta a favor do candidato Serra e irão ajustando suas “opiniões” à medida que seus argumentos se tornem insustentáveis diante dos fatos. Até o “potencial” de transferência de voto do presidente Lula será minimizado, como se fosse possível prever qual vai ser o comportamento do eleitor diante de um pedido de voto de Lula.

A nova fase de enrolação dos institutos foi inaugurada com a pesquisa Datafolha. Empate técnico entre Dilma (38%) e Serra (39%) anuncia o Grupo Folha. Empate técnico repetem os jornais regionais macaqueando as agências de notícia. Ah! Já a pesquisa espontânea com Dilma com 22% e Serra com 19% não merece nenhuma manchete, pelo contrário, eles chamam atenção para o fato de Serra ter saído de 14% e Dilma de 19% para a atual posição. Cada qual diz o que quer, cada jornal dá a manchete que seus leitores merecem.

O tal “potencial” de Lula transferir voto para Dilma diminuiu para 10%. Nesta conta entram os 5% que declaram voto em Lula, os 4% que votariam em que Lula indicar e o 1% que vota no “candidato do PT”. Mas será que entra os 91% do Amazonas que saúdam o Governo Lula?

E a rejeição de Serra? Não tem importância, embora seja o campeão com 24% contra os 20% de Dilma. O importante para eles é considerar que a rejeição de Serra caiu de 27% para 24%.

A Folha de S. Paulo continua sua campanha a favor de Serra. Outro dia entrevistou dois “especialistas”, ambos prevendo segundo turno, uma matéria programada para gerar a manchete “Analistas prevêem segundo turno”. Analistas quem cara-pálida? DOIS analistas seria mais acertado dizer.

A sorte de Dilma é que o eleitor brasileiro não está dando importância aos jornais, muito menos às TVs.

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