30 de outubro de 2010

 

500 anos esta noite

De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.

De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.

De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.

Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?

Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.

No continente de esporas de prata e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.

As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.

Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.

Autor: Pedro Tierra
Fonte: Blog Lótus Egípcio

 

A melhor avaliação do debate morno da TV Globo eu li no blog Tijolaço

O Blog Tijolaço, do Brizola Neto, concluiu: “Vitória de Dilma em debate cauteloso”. Ele conseguiu captar quase tudo. Só lhe escapou a cutucada que Serra deu na educação da Bahia. Serra tem muita coragem de criticar a Bahia, ele que deixou para trás o caos na educação de São Paulo, prega claramente a privatização do setor, enfraquece as universidades federais.

Segue o texto:

Vitória de Dilma em debate cauteloso

É muito difícil que uma edição mal intencionada nos telejornais possa prejudicar o desempenho de Dilma no debate da Globo. O modelo criado pela emissora deixou os candidatos cautelosos e as respostas não foram muito além do que já vinha sendo dito nos programas eleitorais. mesmo assim, minha opinião é a de que Dilma se saiu significativamente melhor do que Serra.

E recebi uma informação de que isso foi também registrado dos grupos de pesquisa montados pela direção da campanha para avaliar o debate.

É muito bom que tenha sido assim, mesmo que, a esta altura, um empate não tivesse força para interferir nessa eleição e os indecisos nem são tantos assim que pudessem modificar o curso que aponta para a vitória de Dilma, de acordo com todos os institutos de pesquisa.

Só o que nos pode ameaçar é algum golpe de mídia – que tem pouco tempo para repercutir – e uma eventual acomodação que tire de nós a iniciativa, a alegria e o empenho na conquista final de cada voto e no clima de confiança que temos de transmitir aos eleitores.

Acho que Dilma foi bem,embora não tenha sido um massacre, que seria possível pela falta de credibilidade que Serra passa e por seu mau desempenho, sobretudo pela incapacidade de dar respostas objetivas. Sobretudo para quem trabalha ou se interessa pelo tema educação, ficou claro que Serra defende modelos privados de gestão na educação pública, que não costumam funcionar e que foram repudiados pelos educadores em São Paulo.

Dilma aproveitou diferentes perguntas para frisar programas do governo Lula importantes para a população, como o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, Minha Vida” e o “Bolsa Família”.

E também soube rebater Serra quando o tucano levantou falsas questões, como falta de crédito agrícola e a impossibilidade dos pequenos agricultores suportarem os juros.

Nesse momento, Dilma expôs com números a elevação do crédito e esclareceu que o juro para o agricultor é subsidiado e nada tem a ver com a taxa real de juros do país.

A questão da corrupção caiu para Serra, o que lhe permitiu falar duas vezes sobre o tema, mas como o eleitor escolhido para a questão era de Brasília, o tucano não se aventurou a críticas exacerbadas com medo que o ex-governador cassado e seu aliado José Roberto Arruda lhe caisse na cabeça. A cautela, aliás, foi a tônica do debate.

Serra não atacou como de outras vezes. Dilma também se conteve, mas deu algumas estocadas bem interessantes, sem exageros.

Dilma aproveitou para falar da profissionalização da Polícia Federal e da prisão de peixes grandes em suas operações, o que não acontecia antes no país. Ela também acuou Serra ao lembrar a Operação Sanguessuga, de combate ao desvio de dinheiro público na saúde, que envolveu a gestão do tucano.

Dilma também não perdeu a oportunidade de dar umas estocadas em Serra, como ao discutir política social, ressaltando que “quem cuida de pobre em São Paulo é o governo federal”.

Dilma disse que São Paulo tem 1,4 milhão de pessoas em condições de serem atendidas pelo Bolsa Família, e que o governo alcança 1,1 milhão, porque as outras 300 mil não foram cadastradas pelo estado (PSDB) ou pelo município (DEM).

Em relação às condições de trabalho dos professores da rede pública, Dilma destacou que não se pode estabelecer relação de atrito com os professores quando reivindicam melhores salários, tratando-os a cassetete, numa referência direta ao governo de Serra em São Paulo.

Dilma teve um pequeno problema na administração do tempo, muitas vezes não concluindo o raciocínio antes de ser interrompida pelo apresentador. Mas nada que comprometesse o seu desempenho ou a colocasse em desvantagem. E ainda teve o “erro” do cronômetro, que roubou 15 segundos da candidata. Ela soube administrar o protesto com a gentileza e deixou o Bonner descadeirado.

Nas considerações finais, Dilma enfatizou representar o projeto que tem foco principal nas pessoas e não nos números. Aproveitou para lembrar de sua tristeza com as calúnias que sofreu por meio de panfletos e telefonemas, que partiram da campanha de Serra, mas disse não guardar mágoas.

Em entrevista logo a seguir no Jornal da Globo disse esperar ter convencido os indecisos a seu favor. Serra teve a pachorra de falar da importância infundada da alternância no poder, fingindo ignorar que seu partido governa São Paulo há 16 anos.

Resumindo, acho que Dilma, que poderia ter empatado ou perdido de pouco, ganhou inequivocamente.

E vai vencer, no domingo, com a força do povo.

 

Militantes e eleitores de Dilma são convocados para intensificar a campanha

Ninguém deve viajar antes de votar em Dilma 13. A unanimidade das pesquisas é uma armadilha. Pesquisa não é voto e o voto é que ganha eleição.

O que dizem as pesquisas? A mais recente, do Datafolha, confirmou a vitória de Dilma por 56% a 44%. Está alinhada com as pesquisas Sensus, Vox Populi e Ibope.

Confiram as pesquisas: Vox Populi: Dilma 57% X Serra 43% (dia 25); Sensus: Dilma 58,6% X Serra 41,4% (dia 27); Ibope: Dilma 57% X Serra 43% (dia 28) e agora Datafolha: Dilma 56% x Serra 44%. (dia 29).

O jornalista Celso Marcondes, da revista Carta Capital pergunta: Estes dados apontam que o resultado já estaria definido?

O jornalista responde: Não, não dá para dizer isso, embora seja possível afirmar que a situação se estabilizou e que a apenas dois dias do pleito é muito difícil que um fato novo gravíssimo ocorra para reverter a possibilidade de vitória da petista.

Mas, com essa gente não dá para brincar. Estão transformando o papa em cabo eleitoral. Qualquer coisa é possível. Serra não sugere que as “meninas bonitas” facilitem "as coisas" conseguir voto? Tudo é possível.

A experiência manda dizer que a campanha da Dilma deve continuar com força máxima.

Nada de corpo mole. Pesquisa não é voto.

 

Candidato Serra chega às eleições como cafetão de "meninas bonitas"

Serra é um desastre. Ele pediu às “meninas bonitas” que facilitem as coisas para os homens de modo que eles votem nele. Para receber os “préstimos” das meninas bonitas os homens devem votar em Serra. É a mais pura cafetinagem. Não deixem suas filhas numa sala com Serra.

Que tipo de homem pede que mocinhas – e só as “bonitas” – usem a si mesmas em seu benefício? Serra não tem limites. Ele propôs uma corrente: “Se é menina bonita, tem que ganhar 15 votos. É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail, dizendo que vai ter mais chance quem votar em Serra”.

Vai ter mais chance do quê? O que as “meninas bonitas” devem dar para conseguir votos pro Serra?

Um menina escreveu no twitter: "Sou mineira, bonita, mas não tenho vocação pra trabalho de boldel”.

 

Goldman entendeu o recado do Papa para católico não votar em Serra

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), obviamente apoiador de Serra, avaliou como inadequada, no atual momento político, a recomendação feita pelo papa Bento XVI a bispos brasileiros para que orientem os fiéis a votar em candidatos que sejam contrários à descriminalização do aborto. É que a recomendação atinge em cheio a candidatura de Serra à presidência. Serra é abortista na vida pública e na vida privada, já que a mulher dele, Mônica Allende Serra, fez aborto como é de conhecimento geral.

O governador reconheceu ser legítimo o direito do líder da Igreja Católica de se pronunciar aos fiéis, mas considerou que a mensagem poderia ter sido proferida em outra ocasião. “Eu acho que é legítimo ele se pronunciar com seus adeptos em vários momentos, não neste”, afirmou o tucano. “O papa não deveria ter esse tipo interferência neste momento, no limite da campanha eleitoral”, disse Goldman.

Como apoiador inteligente de Serra (PSDB) o governador de São Paulo, se manifestou em posição oposta ao apoiador do tucano na Bahia, Antônio Imbassahy, que preferiu adotar o discurso da direita, criticando Frei Betto e Leonardo Boff.

 

Dom Angelico Sandalo afirma que tema do aborto foi usado para tirar distribuição de renda do debate eleitoral

Dom Angelico Sandalo foi bispo de Blumenau durante 9 anos. Exatamente hoje, 30 de outubro, ele está deixando a Diocese para assumir a Sub-Comissão Pró-Bispos da CNBB. Ele reafirmou que os católicos podem votar em Dilma Rousseff ou José Serra, não existindo, por parte da Igreja, qualquer tipo de veto a candidato ou partido. Para ele, é desonesto fazer o Papa de cabo eleitoral, por causa da declaração dele sobre aborto. O Papa já criticou outros temas como uso da propriedade e riqueza. “Não cabe a nós, bispos, apontar ou proibir determinado partido ou candidato, devemos deixar para a maturidade do eleitor a responsabilidade pela eleição”.

"O aborto é bandeira que a Igreja levanta no mundo todo, e a Igreja realmente é contra. Não há novidade nenhuma nisso e no fato de que nós devemos sempre orientar os fieis. Além dos mais, temos outros princípios morais, de justiça e ética a respeito da pobreza, do uso da propriedade, da riqueza que se acumula nas mãos de poucos, da miséria, da guerra, da corrida armamentista, enfim, de tudo que fere a dignidade humana. O leque é muito vasto. Mas resolveram só falar do aborto”, condena o religioso.

Na opinião de dom Angélico, Bento XVI estava apenas cumprindo protocolo da doutrina social da Igreja, sem intenções de manipular as eleições presidenciais no Brasil. Ele afirma que a responsabilidade episcopal é muito vasta e, ao receber visitas, Bento XVI tem falado de muitos assuntos, como o acúmulo de riqueza e a exploração de menores. Os “polemizadores do aborto” na verdade não querem é debater a distribuição de renda no Brasil.

29 de outubro de 2010

 

Bispo diocesano agradece ao Papa e defende o voto em Dilma, a favor da vida

Dom Luiz Carlos Eccel, bispo diocesano de Caçador (SC) foi direto ao assunto: “Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras! A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida. Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores”. O bispo conclamou: Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA. O dragão devastador não pode voltar ao poder”.

Leia na íntegra o texto de Dom Luiz Carlos Eccel:

O papa e a política

O Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações, porque o Estado Brasileiro é laico, mas seu povo é religioso, e isto precisa ser respeitado. Quando digo que o povo é religioso é porque está disposto a fazer a Vontade de Deus e não somente dizer: Senhor, Senhor..., como às vezes se pretende, de maneira especial dentro da própria Igreja.

Existem facções sociais, políticas e religiosas especializadas em fazer lavagem cerebral, deixando as pessoas sem convicções, mas com obsessões, e com a consciência invencivelmente errônea. Ficam semelhantes aos grãos de pipoca que levados ao fogo não estouram, e com mais fogo, mais duros ficam. Tornam-se donas da “verdade”. Estão até manipulando o texto do Papa, para justificar a sede do poder. (cf. http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp)

É a Vontade de Deus que nos salva e não a nossa, e sobre isto precisamos sempre nos exortar mutuamente, como diz o Apóstolo São Paulo. Portanto, que nossa fé seja sempre vivificada pela mútua exortação. Pode ocorrer de nos esquecermos que somos todos peregrinos caminhando para a Casa do Pai, e quando lá chegarmos, poderemos ouvir de Jesus o seguinte: “Afastai-vos de mim, vos que praticastes a injustiça, a maldade” (Lc13,27). Creio que ninguém vai querer ouvir isto naquela hora. Seu passaporte está em dia? Pode ter certeza de que a eternidade existe... Assim, busquemos alimentar nossa fé, sem esquecer, como diz o Papa, que ela deve implicar na política. A fé sem obras é morta, diz a Escritura Sagrada. E uma das obras que deve provir da fé, é o nosso voto consciente em pessoas que vão governar para o bem comum, respeitando a vida em todas as suas etapas e dimensões.

No mesmo dia em que li o discurso do Papa, assistindo ao telejornal, à noite, escutei o pronunciamento da candidata e do candidato à presidência do Brasil a respeito do discurso do Papa. Ambos concordaram com as Palavras do Papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro.

O Papa falou, também, que o voto deve estar a serviço da construção de uma sociedade justa e fraterna, defensora vida.

Como Bispo da Igreja Católica, e como cidadão brasileiro, fico feliz por saber que nosso Presidente tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos, o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana. Esta é a Vontade de Deus! E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade.

Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada.

Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos” (Jo 15,13).

Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras! A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida. Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores. E Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, e quem entregar sua vida por causa de mim, vai salvá-la”(Mt 10,39)

Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA. O dragão devastador não pode voltar ao poder.

Deus abençoe os leitores e eleitores, governos e governados. Saúde e paz a todos (as)!

Tudo o que você me desejar, eu lhe desejo cem vezes mais. Obrigado.

Caçador, 28 de outubro de 2010

Dom Luiz Carlos Eccel
Bispo Diocesano de Caçador

 

O recado do papa é claro: católicos não devem votar no Serra (PSDB)

O Papa Bento XVI acaba de se intrometer no processo eleitoral brasileiro. Ele aconselha que os bispos brasileiros, por sua vez, aconselhem os eleitores católicos sobre os candidatos, com base em preceitos morais sobre o aborto e eutanásia.

O recado é claro. O Papa exorta os fiéis católicos a não votarem no Serra. É que ele, em 1998, quando era ministro da Saúde, legalizou o aborto em duas situações – em caso de risco de vida para a mãe e em caso de gravidez por estupro. O Papa é contra o aborto mesmo nestes dois caos, Serra é a favor do aborto, logo, não votem em Serra.

Serra causou polêmica ao legalizar o aborto, nestas duas situações. À época inclusive ele foi acusado de atender reivindicações de grupos pró-aborto, por normatizar o aborto em casos já previstos em lei.

Mesmo permitido desde 1940, poucos serviços públicos faziam o aborto. A normatização deu respaldo político e técnico para que mais hospitais o realizassem.

Em 2001, quando Serra era ministro da Saúde, o governo federal começou a distribuir através dos estados e municípios a pílula do dia seguinte. Entidades católicas conservadoras foram a público denunciar que a pílula é abortiva.

Imaginem se o Papa fosse informado de que a mulher do candidato Serra tinha feito aborto. O papa certamente pediria a excomunhão de Mônica Allende Serra, por cometer infanticídio, já que a gravidez interrompida era de quatro meses.

Logo, o recado é claro. O Papa não recomenda o voto em Serra, o ministro abortista na vida privada e na vida pública.

Com informações do blog POR UM NOVO BRASIL.

 

Folha de S. Paulo omite “case” do aborto da mulher de Serra

O papo do Papa ressuscitou o discurso do aborto, abortado da campanha de Serra (PSDB) desde que ex-alunas divulgaram que Mônica Allende Serra, a mulher do candidato Serra, tinha confidenciado em sala de aula que tinha feito um aborto nos tempos do exílio.

A Folha de S. Paulo chegou a publicar uma consistente reportagem na Coluna Mônica Bergamo. Agora, ao retomar o assunto, diante da manifestação papal, contra o aborto e contra a eutanásia, a Folha de S. Paulo (sexta, 29) publica uma ilustração com o passo-a-passo do tema aborto na campanha eleitoral.

A arte da Folha conta tudo, quase tudo, pois, acintosamente, omite o caso do aborto da mulher do candidato Serra. O passo-a-passo da Folha cita o Plano Nacional de Direitos Humanos, a recomendação da CNBB, o programa governamental, o boicote do bispo de Guarulhos à campanha da Dilma, os ataques de Serra contra Dilma, inclusive a exploração rastaqüera de Mônica Allende Serra ao dizer que Dilma era a favor de “matar criancinhas”.

A Folha conta tudo o que é conveniente a sua cruzada eleitoral em favor de Serra, menos o fato que fez abortar o tema do aborto da campanha tucana: a divulgação do fato de Mônica Allende Serra ter feito aborto, segundo suas próprias palavras, ditas em sala de aula para suas alunas da Unicamp. E com muitas testemunhas. Impossível negar.

O fato motivou a retirada do tema aborto na campanha de Serra.

A Folha de S. Paulo está se destruindo. É visível a última tentativa de potencializar os votos católicos conservadores para Serra. É a última bala (de meleca) da Folha de S. Paulo.

28 de outubro de 2010

 

TSE suspende o “telemarketing da calúnia” contratado por Serra (PSDB)

A ministra Nancy Andrighi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar que suspende IMEDIATAMENTE o serviço de telefonia, realizado pela empresa Transit do Brasil S/A, em favor da candidatura do tucano José Serra.

O serviço de telemarketing, denunciado nos últimos dias por vários eleitores, divulgava informações caluniosas, difamatórias e mentirosas contra a candidata Dilma Rousseff (PT).

Eleitores e eleitoras de vários estados vêm recebendo diariamente ligações telefônicas com propaganda negativa contra a candidata Dilma Rousseff.

O "telemarketing da calúnia" foi denunciado no começo do mês por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. A campanha espalhava boatos por telefone, e-mails e panfletos ilegais.

Segundo o parecer, "a medida cautelar é necessária e premente, haja vista que tal propaganda irregular poderá causar estragos sem precedentes sobre a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores".

Os principais temas tratados na ligação dizem respeito ao aborto e ao caso Erenice Guerra. Segundo os telefonemas caluniosos, a candidata Dilma Rousseff seria a favor de que mulheres façam aborto, corrupta, chefe de quadrilha, baixarias deste tipo.

 

Dilma (PT) afirma que opinião do Papa sobre aborto tem que ser respeitada

A candidata do PT, Dilma Rousseff, declarou que a manifestação do papa Bento XVI sobre aborto precisa ser respeitada. Ela ressaltou que não acredita que a recomendação da Igreja Católica prejudique sua campanha.

"Eu acho que é a posição do papa e tem que ser respeitada. Encaro que ele tem o direito de manifestar o que ele pensa. É a crença dele e ele está recomendando uma orientação", comentou.

Vítima de uma campanha difamatória, no primeiro turno, em igrejas e templos religiosos de que defenderia o aborto, a presidenciável negou que exista relação entre esses rumores contra ela e a manifestação do pontífice.

"Vamos separar as questões. Eu não acho que o Papa tem nada a ver com isso. No Brasil, ocorreu outra coisa: uma campanha que não veio a luz do dia, quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações, calúnias e algumas feitas ao arrepio da lei porque a lei proíbe que isso ocorra. Ele veio a público e falou a posição dele", afirmou.

A candidata reafirmou que não pretende mudar a legislação vigente, que permite o aborto em caso de estupro e risco para a vida da mãe. Ela voltou a falar, no entanto, que essa é uma questão de saúde pública.

 

Dilma reafirma posição contra aborto e pede respeito à orientação do Papa

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (28) que respeita a posição do Papa Bento XVI, que disse que os bispos brasileiros têm o dever de emitir juízos morais em matérias políticas, mas declarou não ver relação entre a orientação e a “campanha” que a acusava de ser favorável ao aborto.

“Vamos separar as questões. Acho que o Papa não tem nada a ver com isso. Aqui ocorreu uma outra coisa, ocorreu uma campanha que não ocorreu à luz do dia. Quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações, de calúnias e algumas delas ao arrepio da lei”, afirmou a petista.

SEM LER A DECLARAÇÃO DO PAPA, SERRA APLAUDIU

O candidato a presidente José Serra (PSDB) comentou em Uberlândia (MG), a declaração do papa Bento XVI, condenando o aborto e conclamando os bispos brasileiros a orientarem politicamente os fiéis católicos.

Serra disse que não leu a declaração do papa na íntegra, mas que conhecia o seu teor. “O papa é um líder espiritual mundial da igreja católica, ele tem o pleno direito de emitir as suas diretrizes e orientações para os católicos do mundo.

(Ele) Tem plena liberdade de fazê-lo, é um guia espiritual muito importante, e a defesa da vida é algo que merece fazer parte das palavras do Papa, além do que é previsível, além do que é bom para o mundo ouvir isso: a defesa da vida”, disse o tucano.

 

O que dirá o candidato Serra (PSDB) a sua mulher sobre as declarações do Papa?

O candidato Serra está com um problemão. O Papa Bento XVI acaba de condenar o aborto e conclama os bispos a orientarem os fiéis católicos. Ele não mencionou diretamente as eleições de domingo no Brasil.

E qual é o problemão do candidato Serra? Ele vai ter que dizer a sua mulher, Mônica Allende Serra, que ela não obedeceu às diretrizes do Papa sobre o aborto. Todo mundo sabe que a mulher do Serra fez um aborto, numa gravidez de quatro meses.

Ou Serra rejeita as declarações do Papa sobre o aborto, ou faz um mea culpa diante do aborto da própria mulher. Serra é capaz de tudo. Vai confessar em segredo de confessionário e vai comungar.

Aborto? Nunca mais.

 

IBOPE: Dilma amplia vantagem para 14%

O jornal Estado de S. Paulo acaba de divulgar mais uma pesquisa realizada pelo IBOPE, por encomenda do jornal e da TV Globo.

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aumentou a vantagem dos 12% registrados no levantamento anterior, considerados apenas os votos válidos, para 14% na pesquisa de hoje.

Dilma tinha 56%, agora tem 57%. Serra possuía 44%, hoje registrou 43%. No total das intenções de voto, a petista lidera com 52% contra 39% do adversário.

5% disseram pretender votar em branco ou anular o voto e 4% estão indecisos.

Na pesquisa anterior, Dilma registrava 51% das intenções totais de voto contra 40% de Serra.

Os percentuais de brancos e nulos e de indecisos continua o mesmo.

82% dos eleitores afirmaram que seu voto é definitivo e 13% disseram que ainda podem mudar o voto, enquanto 5% não sabem ou não responderam a essa questão.

Para 80% dos entrevistados, o governo Lula é bom ou ótimo.

15% o consideram regular e 4%, ruim ou péssimo.

Foram realizadas 3010 entrevistas entre os dias 25 e 28 de outubro. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 37.596/2010. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. ( Com informações do Estadão).

 

Senador eleito xinga repórter de “pelego filho da puta”

O jornalista João Peres, da Rede Brasil Atual e da Revista do Brasil, escreveu uma carta para responder a ofensa do senador eleito Aloysio Nunes (PSDB) e pediu retratação.

Segundo o jornalista, Aloysio Nunes, da cúpula do candidato Serra, o chamou de “pelego filho da puta”, pouco antes do debate entre os presidenciáveis na Rede Record, na última segunda-feira.

Covardão, o tucano admitiu ter xingado o jornalista apenas de “pelego”, mas negou a segunda ofensa. Ele afirmou que o repórter era “insolente” e classificou a declaração de João Peres como “mentira petista”.

O jornalista respondeu com a carta intitulada “Senador, não tenho obrigação de me curvar ao poder”.

Entre o senador tucano e o jornalista, fico com o jornalista. Ele afirma que não mentiu e que não tem relação com o PT. É um profissional.

Quem diria, heim, Aloysio Nunes, ex-militante do PCB, ex-guerrilheiro do grupo de Marighella, aonde está chegando em sua degradação política. Ele é o padrinho político do Paulo Preto, o cara que sumiu com R$ 4 milhões da campanha do Serra.

Toda solidariedade ao jornalista agredido.

 

Jornalistas defendem liberdade de expressão para todos

Conforme programado, jornalistas e sindicalistas promoveram quarta-feira (27) um ato de solidariedade à Revista do Brasil, Jornal da CUT, Rede Brasil Atual e blogs independentes que foram vítimas de censura e perseguição. Trata-se de uma tentativa de calar a imprensa dos movimentos sociais. Em particular, o presidente da CUT, Artur Henrique criticou o pedido à Justiça, por parte do PSDB e DEM, para suspender a circulação da Revista do Brasil.

O ataque organizado e judicializado à liberdade de expressão, por parte do PSDB e do DEM, atinge muitos órgãos da imprensa, mas ele pediram segredo de Justiça e não há denúncias na mídia. Os patrões da mídia acham que eles tem direito de colocar Serra, Dilma, Fernando Henrique Cardoso nas capas de suas publicações, mas negam este direito para as revistas que defendem os interesses dos trabalhadores.

Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, destacou a seriedade e os motivos que levaram ao lançamento da Revista do Brasil. "Quando criamos a revista não foi para contrapor a grande mídia. Foi para dar informação de qualidade para os trabalhadores", afirma.

"Quando li a revista que depois foi suspensa, com um conteúdo que nenhuma outra revista tem, como a matéria sobre suicídio e assédio moral, eu tive certeza da decisão acertada de criar a Revista do Brasil para informar de verdade", afirmou Nobre. Para ele, a grande imprensa já caiu em descrédito.

No mesmo sentido, Juvandia Leite, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, avalia que há interesse de "calar o projeto" da revista, que chega a 360 mil pessoas, e que partidos e grandes empresas de comunicação "não podem controlar". "Os meios de comunicação têm dono. O problema não é o fato de terem interesses. O problema é que não dizem isso", criticou Juvandia.

O diretor da Gráfica e Editora Atitude, empresa responsável pela Revista do Brasil e pelo site Rede Brasil Atual, Paulo Salvador, elencou os veículos de comunicação e profissionais que nos últimos dez dias "sofreram atentados à liberdade de expressão". Na lista estão, além da Revista do Brasil, do repórter João Peres da Rede Brasil Atual, que sofreu xingamentos por parte do senador eleito pelo PSDB-SP Aloysio Nunes, a TV Record, os blog dos jornalistas Paulo Henrique Amorim, de Luiz Carlos Azenha e de Renato Rovai.

Também lembrou da tentativa de suspensão do blogue do Artur e do processo contra os profissionais do blogue "Falha de S. Paulo". O diretor citou ainda as demissões arbitrárias de jornalistas e articulistas pelo grupo Abril, por O Estado de São Paulo, pelo Diário do Nordeste e o caso do apresentador de TV de Goiás que se demitiu ao vivo em consequência de censura.

BLOG SUSPENSO - O jornalista Lino Bocchini e o designer Mario Bocchini, do blog Falha de S. Paulo, suspenso por liminar obtida pela Folha de S. Paulo, contaram ao público sobre o processo que estão sofrendo pelo jornal que não compreendeu a crítica bem-humorada dos profissionais.

"O processo da Folha contra nosso trabalho é uma loucura completa. Seria como cassar a Globo porque o Casseta & Planeta faz paródia do Lula", relaciona Lino. Além de suspender a veiculação do blog, o jornal conseguiu liminar para cassar o endereço na internet e impedir a utilização de qualquer endereço parecido.

O processo de 88 páginas que o jornal move contra Lino e Mário alega uso indevido da marca e pede indenização por danos morais. "Não somos ligados a nenhum partido ou entidade. Só achamos a Folha um jornal ruim", explicaram às centenas de pessoas presentes ao ato por liberdade de expressão.

Com a suspensão do blog, os profissionais criaram novo site para se defenderem das alegações da Folha. "Abrimos o desculpeanossafalha.com.br para mostrar tudo para as pessoas analisarem por si mesmas", indicam.

 

Turma de Serra privatizou patrimônio nacional a preço de banana

O PT vai propor no Congresso Nacional que sejam investigadas as privatizações antinacionais ocorridas nos governos de Fernando Henrique Cardoso. O depoimento do jornalista Amaury Martins Ribeiro, na policia Federal, fez o assunto retornar à superfície. Ele investigou o processo de privatização das empresas de telecomunicações na gestão FHC e revelou que há indícios fortes de lavagem de dinheiro, envolvendo, desde a filha e o genro de Serra, Gregório Marin Preciado e também Sérgio Ricardo de Oliveira - um dos principais articuladores da campanha de Serra.

Segundo o deputado federal, Fernando Ferro, líder da bancada federal do PT, "essas denúncias, como outras que envolvem os tucanos, tem encontrado o silêncio da maior parte da mídia, por cumplicidade ou omissão. Por isso, com a retomada da normalidade dos trabalhos do Legislativo, em novembro, o líder Fernando Ferro proporá à Bancada do PT uma ação específica para apurar de vez os escândalos que pontuaram as privatizações no governo FHC. "O jornalista Amaury Ribeiro Junior reacendeu a suspeita que pairava sobre o assunto desde que Aloysio Biondi fez uma radiografia da entrega do País pelo PSDB e o ex-PFL, atual DEM".

O líder da bancada do PT observou que a década de 90 foi marcada pelo neoliberalismo, em que as empresas podiam tudo e o Estado, nada. "FHC seguiu à risca as ordem recebidas do centro do império, que queria destruir os Estados periféricos para fazer prevalecer exclusivamente interesses de empresas privadas. Felizmente, esta onda foi contida , no Brasil, com a eleição de Lula em 2002, fenômeno que se refletiu em toda a América Latina, com a eleição de governos democráticos e populares".

Os dois governos Lula resgataram o papel do Estado, propiciando a implementação de políticas públicas que coloquem o interesse nacional e popular acima dos interesses dos grupos privados. "Antes , o Estado fora apropriado por uma parcela da elite brasileira, que visava privilegiar apenas grupos econômicos nacionais e internacionais. Hoje, a situação mudou, o interesse da população brasileira está acima de tudo", disse. Lembrou que o enfrentamento da crise mundial eclodida em 2008 só foi possível, no Brasil, graças à política que tinha sido feita antes, de fortalecimento do Estado. "Se fosse à época de FHC e Serra, o Brasil teria ido para a UTI".

27 de outubro de 2010

 

ASA Brasil divulga carta de apoio a Dilma

A Articulação no Semiárido (ASA Brasil), formada por mais de mil organizações da sociedade civil que atuam na região, e muito conhecida por seu programa “Um milhão de cisternas” divulga à sociedade uma carta de apoio à candidata Dilma Rousseff.

A ASA Brasil critica a tradicional política coronelista das oligarquias e “reconhece no Governo Lula um espaço de diálogo com os movimentos sociais que permitiu a ampliação da ação da rede e o fortalecimento da luta pela dignidade das famílias do Semiárido. Através do trabalho da ASA, mais de um milhão e meio de pessoas têm garantido o acesso à água de qualidade”.

“Não podemos permitir que este segundo turno se torne numa ameaça de retrocesso no campo do diálogo entre governo e sociedade, no controle social das políticas públicas e especialmente no que se refere às políticas de convivência com o Semiárido”, relata a carta.

Mais à frente, o documento grifa: “A ASA acredita que estas condições serão continuadas e ampliadas a partir da eleição de Dilma Rousseff para a Presidência do Brasil”

LEIA CARTA ABERTA NO SITE ASA BRASIL

 

Serra desce a ladeira depois que baixaria sobre aborto perdeu espaço

O candidato Serra (PSDB/DEM) não deve estar muito satisfeito com sua mulher, Mônica Allende Serra. Depois que o aborto feito pela improvável primeira-dama veio a público, a exploração eleitoreira do assunto teve que ser abandonada. Enquanto o tema era dominante na mídia adestrada, Serra crescia, quando o tema perdeu força, Serra iniciou sua via-cruxis.

Ao comentar a pesquisa CNT/Sensus, que deu 17,2% de vantagem para Dilma (PT), o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, observou que a retomada de Dilma nas pesquisas, de modo geral, se deve à mudança dos temas nos debates. “A discussão de valores, como o aborto, perdeu força e voltou a discussão de propostas. Dilma ganhou vantagem com isso”, afirmou.

Além da queda, o coice. Como se não bastasse, a sordidez como a seríssima questão do aborto foi explorada pela campanha de Serra, a todo momento ressurge. Agora mesmo, uma interessante carta pública dirigida pelo cidadão Carlos Torres Moura, um mineiro indignado, ao jornalista Ricardo Noblat, fez retornar o tema profundamente desconfortável para o casal Serra.

“Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV”, lembrou o mineiro.

SORDIDEZ E COVARDIA
E então vem o incômodo assunto: “Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma”.

Carlos Moura continua:”Esse cambapé da candidata a primeira-dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais."

E finaliza, assim: “A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.

“A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros”, arremata Carlos Torres Moura em sua carta a Noblat.

É isso. Graças à Internet, a mulher de Serra, Mônica Serra, que teve o desplante de afirmar em passeata que Dilma “mata criancinha”, teve que se recolher, sumir. E graças à Internet esta sordidez toda hora volta à tona.

 

Serra planeja tumulto e PT de São Paulo recorre à polícia

O Diretório do PT em São Paulo registrou, na Polícia Civil, boletim de ocorrência de preservação de direitos, para tentar evitar que o partido seja responsabilizado por eventuais tumultos em atos de campanha do PSDB nesta semana - a última da campanha eleitoral para a Presidência da República.

A decisão foi tomada depois que militantes e a filósofa Marilena Chauí denunciaram articulações para ligar a campanha de Dilma Rousseff (PT) a um tumulto nos próximos e últimos eventos de Serra (PSDB).

Um tumulto está planejado para ocorrer na caminhada do PSDB prevista para sexta-feira, 29, em São Paulo. A militância apurou que os tucanos pretendem infiltrar falsos militantes petistas na caminhada de Serra para provocar violência. O plano é “tirar sangue”.

A militância petista está sendo orientada a evitar qualquer tipo de confronto e provocação. Há um precedente. A carreata tucana se encontrou com a carreta petista em Diadema, no último sábado (23). Os tucanos avançaram em cima da carreta do PT. Deu enorme trabalho para evitar o confronto.

Serra quer derramar sangue para levar ao programa eleitoral de TV.

 

69,7% dos entrevistados da pesquisa CNT/Sensus acham que Dilma (PT) vai ganhar

A pesquisa CNT/Sensus, divulgada esta manhã (27), apurou dois resultados reveladores.

Primeiro, a rejeição de Serra é altíssima, com 43%, contra 32,5% de Dilma.

Segundo, 69,7% dos entrevistados, independente de quem vão votar, acham que Dilma vai ganhar a eleição para presidente.

Apenas 22,3% acham que Serra vai ganhar.

Como a pesquisa foi realizada entre sábado (23) e segunda (25), a repercussão do mais recente debate televisivo entre os presidenciáveis, promovido pela Rede Record no último domingo, não foi medido. Mas as demais baixarias da semana passada foram.

DILMA TEM 17,2% DE FRENTE SOBRE SERRA

Na análise apenas dos votos válidos (que excluem nulos e brancos), Dilma ficou com 58,6% ante 41,4% de Serra. A frente de Dilma é de 17,2%. A margem de erro é de 2, 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgada hoje (27), aponta a candidata do PT, Dilma Rousseff com 51,9% das intenções de voto contra 36,7% do tucano José Serra. Por este critério a frente de Dilma é de 15,2%. Brancos e nulos totalizaram 4,7% e indecisos, 6,8%.

Na modalidade espontânea - em que os candidatos não são identificados aos entrevistados - Dilma teve 50,4% das intenções de votos e Serra obteve 35,7%.
Por este método a frente de Dilma fica em 14,7%.
Outros nomes citados pontuaram 0,3% e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ainda foi citado por 0,2% dos entrevistados. Os votos brancos e nulos somaram 4,6% e os que não sabem ou não responderam correspondem a 8,9%.

TEMA DO ABORTO PERDEU FORÇA

Na avaliação do presidente da CNT, Clésio Andrade, a retomada de Dilma nas pesquisas se deve à mudança na discussão entre os candidatos nos últimos dias. “A discussão de valores, como o aborto, perdeu força e voltou a discussão de propostas. Dilma ganhou vantagem com isso”, afirmou.

Realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, a pesquisa entrevistou 2.000 eleitores em 24 Estados, com sorteio aleatório de 136 municípios, e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37609/2010, no dia 20 de outubro.

DILMA VENCE NA MAIOR PARTE DAS REGIÕES

Em comparação com o levantamento da CNT/Sensus anterior, a candidata Dilma Rousseff apresentou aumento na expectativa de votos em todas as regiões do país, com exceção do Sul, onde o tucano José Serra ainda mantém a liderança.

No Norte e Centro-Oeste, que representam 15,1% do eleitorado, a petista obteve 50,7% das intenções de voto contra 40,4% de Serra. No levantamento anterior, a ex-ministra tinha 42,1% contra 52,6% do tucano.

No Nordeste, onde estão 28% do eleitores, Dilma aparece com 66, 3% e Serra com 25,5%. Na avaliação anterior, Dilma tinha 57,5% e Serra, 34,8%.

No Sudeste, onde que concentra 42,4% do eleitorado, a candidata recebeu 48,4% das intenções de votos ante 36,7% de Serra. Na pesquisa passada, Dilma tinha 44,2% e Serra, 41,6%.

E no Sul, que possui 14,6% dos eleitores, o candidato do PSDB cresceu mais: passou de 45,1% para 54%, enquanto a petista caiu de 38,2% para 35,4%.

 

Pesquisa CNT/Sensus dá vantagem para Dilma de 17,2%

A pesquisa CNT/Sensus, que foi a campo de 23 a 25 de outubro, portanto depois de todas as mais recentes baixarias, apurou 58,6 % de intenções de votos válidos para Dilma (PT) e 41,4% para Serra (PSDB/DEM).

Uma vantagem para Dilma de 17,2% sobre Serra.

Na modalidade espontânea – sem apresentação dos nomes - Dilma foi a 50,4% contra Serra 35,7%, o que dá 14,7% de vantagem para Dilma (PT).

A pesquisa CNT/Sensus perguntou: “independente de quem o sr. Vota, quem o Sr acha que vai ganhar as eleições para presidente?”.

69,7% responderam que Dilma vai ganhar. 22,3% responderam que Serra vai ganhar.

A pesquisa completa está no site do Instituto Sensus.

 

Carta de um brasileiro a um blog anti-lulista, anti-petista e serviçal

A carta do mineiro aposentado Carlos Moura dirigida ao jornalista Ricardo Noblat está no Conversa Afiada, no Tijolaço, no Escrevinhador e, a essa altura, em toda a blogosfera livre. Uma linda carta de um brasileiro que repudia agressão gratuita ao presidente Lula. Merece ser lida.

Noblat

Quem é você para decidir pelo Brasil (e pela História) quem é grande ou quem deixa de ser? Quem lhe deu a procuração? O Globo? A Veja? O Estadão? A Folha?

Apresento-me: sou um brasileiro. Não sou do PT, nunca fui. Isso ajuda, porque do contrário você me desclassificaria, jogando-me na lata de lixo como uma bolinha de papel. Sou de sua geração. Nossa diferença é que minha educação formal foi pífia, a sua acadêmica.

Não pude sequer estudar num dos melhores colégios secundários que o Brasil tinha na época (o Colégio de Cataguases, MG, onde eu morava) porque era só para ricos. Nas cidades pequenas, no início dos sessenta, sequer existiam colégios públicos. Frequentar uma universidade, como a Católica de Pernambuco em que você se formou, nem utopia era, era um delírio.

Informo só para deixar claro que entre nós existe uma pedra no meio do caminho.

Minha origem é tipicamente “brasileira”, da gente cabralina que nasceu falando empedrado. A sua não. Isto não nos torna piores ou melhores do que ninguém, só nos faz diferentes. A mesma diferença que tem Luis Inácio em relação ao patriciado de anel, abotoadura & mestrado. Patronato que tomou conta da loja desde a época imperial.

O que você e uma vasta geração de serviçais jornalísticos passaram oito anos sem sequer tentar entender é que Lula não pertence à ortodoxia política. Foi o mesmo erro que a esquerda cometeu quando ele apareceu como líder sindical.

Vamos dizer que esta equipe furiosa, sustentada por quatro famílias que formam o oligopólio da informação no eixo Rio-S.Paulo – uma delas, a do Globo, controlando também a maior rede de TV do país – não esteja movida pelo rancor. Coisa natural quando um feudo começa a dividir com o resto da nação as malas repletas de cédulas alopradas que a União lhe entrega em forma de publicidade. Daí a ira natural, pois aqui em Minas se diz que homem só briga por duas coisas: barra de saia ou barra de ouro.

O que me espanta é que, movidos pela repulsa, tenham deixado de perceber que o brasileiro não é dançarino de valsa, é passista de samba. O patuá que vocês querem enfiar em Lula é o do negrinho do pastoreio, obrigado a abaixar a cabeça quando ameaçado pelo relho.

O sotaque que vocês gostam é o nhém-nhém-nhém grã-fino de FHC, o da simulação, da dissimulação, da bata paramentada por láureas universitárias. Não importa se o conteúdo é grosseiro, inoportuno ou hipócrita (“esqueçam o que eu escrevi”, “ tenho um pé na senzala” “o resultado foi um trabalho de Deus”). O que vale é a forma, o estilo envernizado.

As pessoas com quem converso não falam assim – falam como Lula. Elas também xingam quando são injustiçadas. Elas gritam quando não são ouvidas, esperneiam quando querem lhe tapar a boca.

A uma imprensa desacostumada ao direito de resposta e viciada em montar manchetes falsas e armações ilimitadas (seu jornal chegou ao ponto de, há poucos dias, “manchetar” a “queda” de Dilma nas pesquisas, quando ela saiu do primeiro turno com 47% e já entrou no segundo com 53) ficou impossível falar com candura.

Ao operário no poder vocês exigem a “liturgia” do cargo. Ao togado basta o cinismo.

Se houve erro nas falas de Lula isto não o faz menor, como você disse, imitando o Aécio. Gritos apaixonados durante uma disputa sórdida não diminuem a importância histórica de um governo que fez a maior revolução social de nossa História. E ainda querem que, no final de mandato, o presidente aguente calado a campanha eleitoral mais baixa, desqualificada e mesquinha desde que Collor levou a ex-mulher de Lula à TV.

Sordidez que foi iniciada por um vendaval apócrifo de ultrajes contra Dilma na internet, seguida das subterrâneas ações de Índio da Costa junto a igrejas e da covarde declaração de Monica Serra sobre a “matança de criancinhas”, enfiando o manto de Herodes em Dilma.

Esse cambapé de uma candidata a primeira dama – que teve o desplante de viajar ao seu país paramentada de beata de procissão, carregando uma réplica da padroeira só para explorar o drama dos mineiros chilenos no horário eleitoral – passou em branco nos editoriais. Ela é “acadêmica”.

A esta senhora e ao seu marido você deveria também exigir “caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade”.

Você não vai “decidir” que Lula ficou menor, não.

A História não está sendo mais escrita só por essa súcia de jornais e televisões à qual você pertence. Há centenas de pessoas que, de graça, sem soldos de marinhos, mesquitas, frias ou civitas, estão mostrando ao país o outro lado, a face oculta da lua. Se não houvesse a democracia da internet vocês continuariam ladrando sozinhos nas terras brasileiras, segurando nas rédeas o medo e o silêncio dos carneiros.

Carlos Torres Moura
Além Paraíba-MG

 

Datafolha: Dilma mantém vantagem de 12 pontos

Dilma Rousseff (PT) aparece com 56% dos votos válidos e Serra (PSDB/DEM) obtem 44%. Uma vantagem de 12 pontos percentuais para Dilma. A nova pesquisa Datafolha (26), contratada pelo jornal Folha de São Paulo e Rede Globo, mantém o resultado da pesquisa anterior. No total dos votos, Dilma tem 49% e Serra 38%. Na pesquisa anterior, no total das intenções de voto, Dilma tinha 50% e Serra 40%. A oscilação está dentro da margem de erros.

DILMA GANHA NO SUDESTE - No Sudeste, Serra perdeu três pontos percentuais e agora é derrotado pela candidata Dilma (PT) por 44% a 40%. No Sul, ele perdeu dois pontos percentuais, mas ainda vence Dilma - que cresceu dois pontos - por 48% a 41%.

DILMA GANHA NO NORDESTE - No Nordeste, ponto forte da petista, a distância entre os dois adversários, que oscilaram negativamente um ponto, ficou a mesma da pesquisa passada (37 pontos, ou 64% a 27%). Foram entrevistados 4.066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

Marilena Chaui: Serra é uma ameaça à República e à democracia.

OUÇA AQUI

26 de outubro de 2010

 

Blog Tijolaço resgata denúncia de Emiliano (PT-BA) contra o “Gregório do Serra”

Veio mesmo na hora certa. O Blog Tijolaço deu a manchete:

“Serra não é Lacerda. E o Gregório dele é branco e rico”.

Gregório Fortunato, o controverso chefe da guarda presidencial de Getúlio, morreu pobre e preso, acusado de ser o mandante do atentado da rua Tonelero.

Gregorio Preciado, o controverso parceiro de Serra nos negócios apontados como irregulares na CPI do Banestado – sepultada pelo então Senador Antero Paes de Barros, como mostrei antes, que depois de perder o mandato ganhou um emprego de Conselheiro da Sabesp, empresa de esgotos (e água) de São Paulo -, está longe da miséria que marcou o final da vida do “anjo negro” (ou devo evitar a expressão, como diz o Serra, por ser “racista”?).

Além daquelas confusões, o Gregório do Serra está metido em outras.

Ele é acusado de ter se beneficiado de uma ajuda do ex-governador baiano Paulo Souto para comprar, em condições nebulosas, a paradisíaca ilha do Urubu, ao largo de Trancoso, litoral Sul da Bahia.

Em março de 2009, o deputado Emiliano José, da Bahia, disse da tribuna da Câmara:

- De acordo com as informações fornecidas à imprensa pelo advogado César Oliveira, no Processo nº 359.983-3, ao final do seu governo, o governador Paulo Souto doou a Ilha do Urubu aos herdeiros da família Martins, posseiros da área em questão.

Quatro meses depois, os herdeiros venderam essas terras ilegalmente – teriam que preservá-las por 5 anos -, por R$1 milhão, ao empresário Gregório Marin Preciado. Segundo Oliveira, mais ou menos 1 ano depois, Gregório Preciado revendeu o terreno a um megaespeculador belga, Philippe Meeus, por R$12 milhões.

Para o advogado, no mínimo, houve leniência por parte do Estado. O terreno vale, hoje, R$50 milhões, pois se trata de uma das áreas mais valorizadas da América Latina.

Nas denúncias, César Oliveira informa ainda que “Gregório Marin Preciado, espanhol, naturalizado brasileiro, é casado com a prima de José Serra, Governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República.

O Sr. Gregório Marin Preciado responde a uma ação penal do Ministério Público Federal por uma dívida de R$55 milhões, que foi perdoada irregularmente pelo Banco do Brasil. Ele tomou também um empréstimo de R$5 milhões no Banco do Brasil e deu a Ilha do Urubu como garantia, enquanto litigava com a família Martins, disputando a posse da Ilha.

Serra não conseguiu chegar aos pés de Lacerda, em matéria de talento em servir à direita, como fez o “Corvo” com Vargas. Mas, em matéria de gregório, reconheçamos, saiu-se muito melhor.

LEIA NA ÍNTEGRA EM TIJOLAÇO

 

Aloysio Nunes (PSDB), senador eleito, xinga repórter da Rede Brasil Atual

Segunda-feira (25), à noite, o senador eleito Aloysio Nunes (PSDB), ao ser informado que o repórter João Peres trabalhava para a Rede Brasil Atual e Revista do Brasil, perdeu a compostura e xingou o profissional de imprensa.

Na ocasião, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) considerou inaceitável a postura do ex-secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo. “Parece que eles, percebendo que já perderam o jogo estão ficando descontrolados”. É uma postura inadmissível, disse ela.

Antes do debate entre candidatos à Presidência da República, o tucano foi abordado pelo repórter João Peres, da Rede Brasil Atual e da Revista do Brasil. O pedido era de uma breve entrevista para avaliar expectativas para o encontro entre presidenciáveis, procedimento de praxe no estúdio das emissoras.

Ao ser informado, Aloysio Nunes passou a chamar o jornalista de "pelego", além de outras ofensas.

A deputada lembra que a função pública exige de seus titulares a consciência de que são "referência", e não responsáveis por "deseducar". Por isso, o que ela aponta como "erros de uma pessoa pública" têm peso maior do que os de outras pessoas.

"A meu ver, nós temos responsabilidade pela educação política do povo, que ainda tem déficit de formação política. Precisamos de postura para trazer a juventude para o debate. O jovem de hoje não se envolve com política por estar desacreditado. Um comportamento como esse, de agressão verbal a um profissional que está trabalhando, só piora a nossa luta", pondera.

"Não interessa de onde é o jornalista que está nos abordando. Eles (membros do PSDB) não falam dos monopólios da mídia quando deveriam falar. A forma como eles se comportam e reagem é totalmente contraditória ao discurso de liberdade de expressão e de imprensa que eles tanto pregam", alfineta Erundina.

O comportamento é visto pela parlamentar como uso de "dois pesos e duas medidas". "Se for discutir sobre quem é o veículo, ainda assim é um desrespeito ao jornalista que está fazendo a abordagem. É um profissional que está buscando notícias, que tem como objetivo confrontar fatos, está no legítimo direito de exercer sua atividade profissional", analisa.

Será que Aloysio Nunes tem compostura para ser senador da República?

 

PV se une ao PT em ato pró-Dilma na Bahia

Dirigentes do Partido Verde na Bahia reforçaram o apoio à candidatura Dilma Rousseff (PT), Dos 17 membros do Diretório regional 12 decidiram apoiar Dilma e quatro ficaram neutros. Apenas um – o problemático deputado federal Luiz Bassuma que saiu derrotado das urnas – declarou isoladamente apoio ao candidato Serra (PSDB).

O ato político foi realizado no Hotel Fiesta segunda-feira (25). Os discursos dos dois partidos estavam afinados. O presidente regional do PT, Jonas Paulo, disse que “o PV significa um aporte importante e sempre esteve conosco. É um partido que nos traz reforço com bandeiras emblemáticas”. O presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, por sua vez, declarou “que Dilma tem comprometimento com as questões ambientais”.

Na avaliação de Ivanilson Gomes, num primeiro momento muitas pessoas que votaram em Marina no primeiro turno pensaram em votar em Serra, agora no segundo turno. Mas, com a tomada de posição do PV isso está mudando. Ele anunciou que a visita de Dilma em Vitória da Conquista, hoje (26), seria acompanhada dos verdes. Ele ressaltou que Dilma se comprometeu com a maioria dos 42 pontos apresentados pelo PV.

O deputado federal Edson Duarte (PV) disse que Dilma foi sensível às bandeiras do PV, não só as ambientais como também as da sustentabilidade. De acordo com o parlamentar, Maranhão e Bahia foram peças-chave para o apoio da maioria do PV a Dilma. Para ele, a decisão de apoiar Dilma foi a mais coerente. “Não somos de ficar em cima do muro. Meu voto sempre foi declarado e desta vez não seria diferente. Meu voto seria de Dilma, independente de qualquer coisa.

 

Os cães de guarda do Serra em ação

O site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, reproduziu texto de Emiliano José: “Os cães de guarda do Serra em ação”.

Emiliano avalia que os próximos dias até 31 de outubro, domingo, serão fundamentais para o destino do Brasil. Ninguém pode se enganar. A mídia vai estrebuchar. A mídia no Brasil é uma das mais partidarizadas do mundo. Poucas famílias controlam poderosos complexos midiáticos, como Globo, Folha, Estadão e Abril.

Como bem diz Lula, o problema são as versões. A mídia brasileira conspirou ontem e vai continuar conspirando amanhã. Não esperemos nenhuma atitude séria, honesta do partido político midiático., que o deputado Fernando ferro chamou de Partido da Imprensa Golpista (PIG). Quem quiser ler um pouco sobre o Grupo Folha, basta ler “Cães de Guarda – jornalistas e censores”, da jornalista Beatriz Kushnir.

PARA LER MAIS...

 

Aqui estão os 13 principais compromissos de Dilma com o Brasil

Dilma Rousseff apresentou ao Brasil seus 13 compromissos políticos. Eles são a garantia da governabilidade e refletem a força dos 11 partidos da coligação, que se expressa em mais de 50 senadores e mais de 350 deputados federais. Não são metas, são diretrizes gerais que apontam a linha que vai nortear o governo.

Veja abaixo os 13 compromissos sintetizados:

•Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente

•Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais

•Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil

•Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustentável

•Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade

•O governo Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores

•Garantir educação para a igualdade social, cidadania e o desenvolvimento

•Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica

•Universalizar a saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS

•Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros

•Valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais

•Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime

•Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo

 

“Serra representa o Brasil submisso aos interesses dos EUA”

Deu na revista digital Carta Maior. “Serra representa o Brasil submisso aos interesses dos EUA”. Este é o título da entrevista reproduzida na revista Carta Capital. O historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira afirma que o processo eleitoral brasileiro está infectado por uma intensa campanha terrorista e uma guerra psicológica promovido pela direita e por grupos de extrema-direita, como TFP, Opus Dei e núcleos nazistas do Sul do país. Para Moniz Bandeira, projeto representado por José Serra é o “do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses aos estrangeiros”.

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Valor Econômico entra na picaretagem da má informação

É sabido que o Grupo Folha sacrificou a credibilidade da Folha de São Paulo nesta campanha eleitoral. Dava impressão de que o Grupo Folha estava poupando o Valor Econômico.

Infelizmente, a manchete e reportagem da página A5 de hoje, segunda-feira (25), não deixam margem a dúvidas. Também o Valor Econômico afunda na lama eleitoreira.

Vejam a manchete: “Esquerda do PT preocupa estrangeiros”. Uma página inteira para produzir uma manchete contrária a Dilma Rousseff, sem citar quem são os gestores e que “grande fundo de pensão estrangeiro” é esse.

Reportagem do anonimato. Sem citar nomes, sem citar fontes. Nomes de gestores e fundo são substituídos por uma referência genérica, eles, os gestores, o fundo, os estrangeiros...

Esse pessoal do Valor Econômico deve achar que o empresariado é idiota.

 

Marqueteiros de Serra vão forjar atos de violência para culpar PT

Isso é muito grave. Mas, quem já teve a coragem de inventar e fazer circular na Internet uma falsa fala de Dilma com o nome de Jesus Cristo, quem já usou a trágica realidade do aborto no Brasil como arma eleitoral e quem tentou forjar um ataque com base em uma bolinha de papel, atirada por algum irresponsável contra Serra, é bem capaz de planejar e executar ato violento, com pessoas vestindo camisas vermelhas, para culpar o PT.

A trama está programada para acontecer no comício de Serra, na próxima sexta-feira (29). A informação chegou aos ouvidos da filósofa Marilena Chauí, que tratou de denunciar publicamente diante de mais de 2 mil pessoas presentes ao ato dos intelectuais e artistas em apoio a Dilma Rousseff.

Segundo Marilena Chaui, o plano dos participantes da armação seria "tirar sangue" durante o comício. As cenas seriam usadas na TV sem que a campanha petista tivesse tempo de responder. Há testemunhas que ouviram dois homens dizer: “Nós vamos acertar tudo, trazer o pessoal vestido com camisetas do PT, carregando bandeiras do PT, para atacar e tirar sangue no comício do Serra”.

Os malfeitores planejam reproduzir o caso Abílio Diniz. Em 1989, um dos seqüestradores do empresário Abílio Diniz, obrigado a vestir uma camisa vermelha do PT, foi filmado e fotografado e o desmentido só foi ocorrer depois das eleições, quando Fernando Collor de Mello já estava eleito.

Tudo é possível na campanha do Serra, “que já passou do deboche para a obscenidade, e já recrutou o que há de mais reacionário, tanto na extrema-direita quanto em meios religiosos”, disse a professora. O alerta da professora coincide com os avisos do jornalista Tony Chastinet sobre o perigo da campanha de Serra usar esse tipo de recurso para associar o PT à violência, na reta final de campanha.

Tanto assim que na última segunda-feira (24), o PT foi levado a registrar Boletim de Ocorrência (B.O.) no 45º DP em São Paulo, contra um grupo com uniformes da “Turma do Bem” distribuindo material irregular contra Dilma Rousseff, na Praça Luis Neri, em Perus, São Paulo. Cinco foram presos em flagrante.

 

Farsa da bolinha de papel fez Serra perder pontos no IBOPE

Os estragos causados pela farsa da bolinha de papel atirada contra o candidato Serra (PSDB) não se revelaram na última pesquisa Vox Populi/iG divulgada segunda-feira (25). Dilma manteve a dianteira de 14 pontos, embora tenha caído 2 pontos percentuais e Serra apenas um ponto. A oscilação está praticamente dentro da margem de erro.

Entretanto, o diretor-presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, afirmou que a farsa da bolinha de papel na TV custou alguns pontos preciosos a José Serra nas intenções de votos, aumentando para 16% a vantagem de Dilma sobre Serra.

O estrago maior da grotesca montagem está se anunciando é nos intestinos da TV Globo. Fala-se de demissão do poderoso Ali Khamel após as eleições, por ter comprometido a credibilidade do império – que está sentindo o golpe. Ali Khamel apostou todas as fichas numa candidatura improvável e levou a campanha ao nível mais baixo da história republicana. A família Marinho sempre arranja um bode expiatório.

Os tecnocratas da Rede Globo não estão conseguindo avaliar o fenômeno da blogosfera. À armação de seu Departamento de Jornalismo reagem milhares de blogs de grandes nomes do jornalismo, ou não. Eles caem em cima e desmontam as mentiras televisivas, como a farsa da bolinha de papel, do falso perito Molina, de cada versão fraudulenta da TV Globo.

Como não consegue perceber o cerco da blogosfera, o mais provável é que a TV Globo leve até o fim seu alinhamento com a campanha eleitoral de Serra.

As atenções estão voltadas para a próxima sexta-feira, 29. Jornalistas detectaram um plano para comprometer o PT e a candidata Dilma Rousseff. Gente paga, vestida com camisas vermelhas, pretende criar um grande tumulto, com previsão de feridos, um dia de violência, que seria atribuída à militância petista.

Câmaras neles!

 

Dilma tem 57% dos votos válidos contra 43% de Serra, segundo Pesquisa Vox Populi/iG

A menos de uma semana das eleições, pesquisa Vox Populi/iG deu 57% dos votos válidos para Dilma Rousseff (PT) contra 43% para Serra (PSDB). Por esse critério, a distância entre os dois candidatos é de 14 pontos percentuais.

Em números totais, Dilma obteve 49% contra Serra 38%, uma frente de 11 pontos. Nas duas hipóteses Dilma ganha a eleição. Aplicada nos dias 23 e 24, a pesquisa já refletiu os efeitos do debate da semana anterior e do tumulto no Rio que gerou o “ataque” da bolinha de papel jogada na careca de Serra.

A Pesquisa Vox Populi/iG foi publicada segunda-feira (25). Em relação à pesquisa anterior, Dilma oscilou dois pontos para baixo e Serra um ponto para baixo. O número de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco ainda é de 6% - mesmo índice contabilizado na última pesquisa. Houve, no entanto, aumento do número de eleitores indecisos ou que não responderam ao questionário, de 4% para 7%. Ainda assim, 88% dos eleitores afirma, porém, que já tem certeza da decisão tomada.

DILMA GANHA NO NORDESTE E SUDESTE
A região onde a candidata do PT tem a maior vantagem em relação ao adversário tucano é o Nordeste: 64%, contra 27%. O Sul é a única região em que Serra tem vantagem sobre a petista: 47% a 39%. No Sudeste, onde está concentrada a maior fatia do eleitorado, ela venceria por 44% a 40%.

MAIORIA ENTRE HOMENS E MULHERES
Entre os homens, 53% votam em Dilma e 36% em Serra. Estão indecisos ou votam branco e nulo 10% dos eleitores masculinos. A diferença diminui entre as mulheres. Dilma tem 46% e Serra 40% do voto feminino. Indecisas e votos brancos e nulos somam 14%.

DILMA GANHA ENTRE RELIGIOSOS
Num momento em que temas religiosos ganharam destaques na campanha, a pesquisa aponta também que Dilma venceria o rival entre eleitores católicos (51% a 39%), católicos não praticantes (53% a 35%) e evangélicos (44% a 41%). Entre os eleitores que não têm religião, a vantagem da petista é de 46% a 38%.

25 de outubro de 2010

 

Luis Nassif desmascara cascatas da revista Veja

A revista VEJA faz jornalismo Mister M. Na base da mágica e da prestidigitação, trucagem, no popular, a velha cascata. O post de Luis Nassif tem o título: "As ilusões perigosas da revista Mister M”. A revista Veja blefa mais uma vez: não existe fita provando que o secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, tenha falado o que a revista Veja disse que ele falou. Não existe grampo, nem legal, nem ilegal, só cascata.

A revista Veja publicou uma reportagem de 1.581 palavras das quais apenas 14 realmente interessariam se fossem verdadeiras: "Não agüento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês". A suposta frase foi atribuída ao secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, ganhou destaque na capa da revista, que circulou no sábado (23), e reproduzida instantaneamente no programa de José Serra na TV.

Se fosse verdadeira, a frase revelaria um fato gravíssimo, de interesse público e com evidentes repercussões no processo eleitoral. Seria motivo para uma rigorosa investigação policial e uma ação do Ministério Público, com vistas a esclarecer que pedidos seriam esses, a quem aproveitavam, quais seriam os alvos, quem seriam os agentes e os mandantes da produção de dossiês.

Ocorre que nem a frase foi pronunciada nem Veja tem como sustentar a veracidade do que destacou na capa (gostosamente reproduzida por Estadão, Globo e Folha). A negativa de Abramovay está escondida no quinto dos nove longos parágrafos da matéria.

JORNALISMO ILUSIONISTA
Trata-se de mais uma reportagem ao estilo Mister M, que tem caracterizado a produção recente da que já foi a mais importante revista brasileira. É o jornalismo ilusionista, que recorre a uma série de truques para distrair a atenção do leitor e fazê-lo acreditar nos poderes mágicos da reportagem mentirosa.

O primeiro truque, clássico, é socorrer-se do testemunho de sua fonte, o ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior. Veja sabe que Tuma Júnior não tem credibilidade para sustentar uma acusação desse teor. Ele foi afastado do governo numa investigação sobre seu envolvimento na concessão fraudulenta de vistos a estrangeiros. É um rancoroso.

O outro truque de Veja é misturar o suposto de diálogo entre AbramovaY e Tuma Júnior com uma fitalhada de conversas pela metade envolvendo o próprio Tuma, o ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto e sua chefe de gabinete Gláucia de Paula.

UMA REVISTA MALANDRA
Veja recebeu mesmo algumas fitas. Malandramente, porém, a revista induz o incauto a acreditar que as 14 palavras atribuídas a Abramovay fazem parte do mesmo lote de fragmentos de conversas gravadas.

Veja dá-se ao desplante de afirmar que as conversas teriam sido "gravadas legalmente", como tantas outras fitas que chegam às redações desviadas ilegalmente de inquéritos policiais e do Ministério Público. Nesse caso, a revista teria de informar de que inquérito ou ação penal elas teriam sido extraídas, mas não pode fazê-lo porque sabe que isso é falso.

Elas reproduzem fragmentos de conversas entre mais de duas pessoas. Não são grampos, são escutas ambientais, feitas por alguém presente no local da conversa – e Romeu Tuma Júnior é o mínimo múltiplo comum de todas essas conversas.

Se Veja tivesse a fita com a frase atribuída na capa a Abramovay – as 14 palavras que realmente interessam – este áudio já estaria circulando, no site da própria revista, na rede de blogs auxiliares da desinformação, na CBN, no Jornal Nacional e no programa de José Serra.

MALADRAGEM DO “PERITO”
Antes que o desavisado preste atenção a esse detalhe, está na hora de chamar uma dançarina ao palco. Ricardo Bolina, o perito multiuso, entra em cena para atestar a veracidade das gravações obtidas com exclusividade por Veja. Seu lado é apresentado em fatias, é um biquíni que mostra muito, mas, esconde o essencial: ele não comprova coisíssima nenhuma.

Vamos exibi-lo quadro a quadro, como está no facsimile da revista:

1) O perito recebeu dois arquivos de áudio
2) O perito tem de verificar se as vozes de Luiz Paulo Barreto e Pedro Abramovay ocorrem nessas amostras e se houve algum tipo de montagem
3) O perito constata que não houve alteração ou trucagem nos arquivos
4) O perito constata que as vozes dos arquivos conferem com as de Abramovai e Barreto, numa comparação com entrevistas dos dois personagens veiculadas na televisão.

PERCEBEU O TRUQUE?
Nem o perito diz nem veja mostra que o áudio examinado contém as 14 palavras que realmente interessam e que foram peremptoriamente negadas. Diz apenas que recebeu uma gravação com a voz de Abramovay dizendo sabe-se lá o quê.

Há muito tempo que Veja não faz jornalismo, faz prestidigitação, fiando-se em duas máximas: as mãos são mais rápidas que os olhos; se colar, colou.

É triste lembrar que esta já foi a mais importante e mais acreditada publicação da imprensa brasileira. Veja não passa hoje de uma revistinha mandraque, para iludir os incautos e os que pagam para assistir seu espetáculo mambembe.

FICO IMAGINANDO O QUE VIRÁ NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA MISTER M.

 

Roda Viva com governador Wagner será às 21h na Bahia

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), é o entrevistado do programa Roda Viva que será exibido pela TV Cultura/TVE, hoje, segunda-feira, às 21 horas (horário da Bahia). O programa é apresentado pela jornalista Marília Gabriela, com a participação de dois jornalistas fixos: Paulo Moreira Leite e Augusto Nunes e terá como convidados Mônica Bergamo e Luís Fernando Rila.

TAMBÉM NO TERRA - O Terra, maior empresa de Internet da América Latina, transmite ao vivo, nesta segunda-feira, às 19h, entrevista com Jaques Wagner, diretamente do estúdio do Terra TV. O petista foi reeleito governador da Bahia no primeiro turno com 63,83% dos votos. Ele irá falar sobre seus planos para o segundo mandato e a disputa presidencial.

 

Quarta-feira, 27, Dia Nacional de Mobilização Dilma Presidente

A Executiva Nacional do PT aprovou, quarta-feira, 27 de outubro, como o Dia Nacional de Mobilização, com o objetivo de aglutinar a militância petista, em conjunto com os partidos que apoiam a candidatura Dilma Rousseff e os movimentos sociais, para a arrancada final da campanha.

Leia a íntegra da nota:

No dia 31 de outubro, domingo, o povo vai teclar 13 e confirmar a continuidade do projeto político que governou o Brasil desde 1º de janeiro de 2003.

Para isso, é necessário que o Partido dos Trabalhadores se mantenha em permanente ação.

Cada um de nossos 1 milhão e 400 mil filiados.

Cada um de nossos 60 mil dirigentes nacionais, estaduais, municipais e setoriais.

Cada um de nossos 4.193 vereadores, 558 Prefeitos e 535 Vice-Prefeitos, 149 Deputados Estaduais e 88 Deputados Federais e 13 Senadores eleitos.

Cada um de nossos governadores eleitos no primeiro turno. E todos os que foram candidatos e contribuíram para com a nossa vitória.

Cada um e todos nós temos uma única tarefa de hoje até o dia 31 de outubro: garantir a continuidade das mudanças e eleger Dilma Presidente do Brasil.

Todo dia é dia de Dilma.

Todo dia é dia, toda hora é hora de panfletagem, carreata, passeatas, plenárias e visitas a eleitores.

É preciso deixar claro para o povo: não se trata apenas de uma disputa eleitoral.

Trata-se de defender a soberania nacional contra os que querem fazer nosso país voltar a ser Submisso a interesses estrangeiros.

Trata-se de defender a democracia contra os que querem calar o povo.

Trata-se de defender a igualdade contra os que querem impedir que os trabalhadores tenham direito a emprego, salário digno e boas condições de vida, incluindo habitação, saúde e educação.

Trata-se de defender o Brasil.

É por isso que a Comissão Executiva Nacional do PT convoca toda a militância do PT, em conjunto com os partidos que apóiam Dilma e com os movimentos sociais, a realizar no dia 27 de outubro, próxima quarta-feira, o DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO para a arrancada final da campanha.

Vamos juntos garantir a vitória de Dilma!

Viva o povo brasileiro, viva o Brasil!

Brasília, 19 de outubro de 2010.
Comissão Executiva Nacional do PT

 

Manifesto dos economistas da Bahia em apoio a Dilma

Nós, economistas, signatários deste documento, vimos manifestar nosso apoio à Eleição DILMA PRESIDENTE.

Apoiamos Dilma porque acreditamos que como presidente do Brasil ela vai levar o país a um novo ciclo de desenvolvimento, cujas bases foram criadas nos últimos oito anos do governo. Dilma participou de todas as etapas do governo e coordenou seus principais programas. Nestes dois mandatos em que esteve ao lado de Lula, o Brasil mudou para melhor e vai seguir mudando.


1º) O Brasil passou a viver um novo ciclo de crescimento econômico. A média de crescimento anual do PIB foi de 4,2% entre 2003 e 2008. A projeção do Ministério da Fazenda, para o período 2009/2014, é de um crescimento 6,5% ao ano. Houve um salto no patamar de crescimento em relação às duas décadas anteriores.

2º) Mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada foram gerados. No governo anterior, o Brasil gerou cinco milhões de empregos formais. O salário mínimo foi valorizado e os ganhos acima da inflação ultrapassaram 50%. Com mais empregos formais aumentou a cobertura da previdência social protegendo os trabalhadores durante e após a sua vida laboral.

3º) O estado retomou seu papel como promotor e indutor do desenvolvimento, fortalecendo o patrimônio público e as empresas estatais. Neste contexto, as empresas e os bancos públicos passaram a ter papel fundamental na política de desenvolvimento nacional e no desenvolvimento das regiões.

4º) Lançado em 2007 o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) marca o retorno ao planejamento, que fora esquecido desde a década de 70, enquanto instrumento de formulação, gestão e execução das ações do estado e do investimento público, articulando projetos sociais, de infraestrutura e medidas institucionais para ampliar o ritmo de crescimento da economia. Em três anos o PAC teve mais de 46% das ações concluídas com R$ 302,5 bilhões investidos.

5º) Nas negociações coletivas, os trabalhadores conquistaram aumentos reais de salário. Como resultado deste crescimento e da geração de empregos, a massa salarial dos trabalhadores das regiões metropolitanas passou de R$ 15,2 bilhões, em janeiro de 2003, para R$ 21,7 bilhões em março deste ano - um aumento real de 42%.

6º) Criado em outubro de 2003, o Programa Bolsa Família atendeu 12,6 milhões de famílias. Do total de 14,2 milhões de crianças e jovens beneficiados pelo Bolsa Família, 95% cumprem a freqüência escolar exigida pelo Programa.

7º) De 2003 a 2010, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) teve seus recursos multiplicados quase sete vezes. Para a safra 2010/2011, estão sendo destinados R$ 16 bilhões para financiamento da produção, envolvendo custeio da safra, investimentos em máquinas, equipamentos ou infraestrutura de produção.

8º) Na Educação, sabemos que ainda há muito que fazer para atingirmos o padrão de qualidade que desejamos. Entretanto, as bases estão lançadas. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), criado em 2007, pretende triplicar os recursos aplicado no setor. Foi criado o FUNDEB (Fundo da Educação Básica), que multiplicou por dez os recursos destinados à educação básica.

9º) Foram criadas 14 universidades federais e 117 campi/unidades. A educação profissional técnica e tecnológica foi retomada com a criação e ampliação dos Institutos Federais. Recursos foram destinados aos estados para ampliação de suas redes de educação profissional. Além destas, outras ações importantes foram direcionadas à educação infantil, transporte e alimentação escolar, ProUni e Financiamento Educacional do Ensino Superior.

10º) Como resultado do crescimento econômico e das políticas de distribuição de renda, as desigualdades sociais e regionais diminuíram. De 2003 para cá, milhões de brasileiros elevaram seu padrão de renda, sendo que 24 milhões saíram da pobreza absoluta. A previsão é de que, nesta década que se inicia, o Brasil pode erradicar a pobreza e se tornar a quinta maior economia do planeta.

11º) A economia se estabilizou, a inflação foi domada e pagamos a dívida com o FMI. O ajuste fiscal garantiu a redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB). Estes indicadores garantem que o governo terá, nos próximos anos, uma margem maior para administrar as contas públicas, realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento do país e reduzir significativamente as taxas de juros.

12º) O Brasil vem exportando mais desde 2003, diversificando os mercados de destino e ampliando suas parcerias com a América Latina, a Ásia e a África. Com isso, vem ganhando mais autonomia, sem deixar de lado, contudo, os Estados Unidos e a União Européia como parceiros comerciais. Hoje, o Brasil goza de prestígio e respeito internacional e é tido como uma economia sólida e de grandes perspectivas.

13º) Pela primeira vez, o Brasil, passou a exportar mais petróleo e derivados do que importa com um superávit de US$ 592 milhões. O Pré-Sal vai dinamizar toda a economia brasileira contribuindo para a geração de milhões de empregos. O Fundo Social vai destinar parte das riquezas geradas pelo Pré-Sal para ações de combate à pobreza e para a saúde, a educação, a cultura, o meio ambiente e a ciência e tecnologia.

Assine este manifesto

 

Jornalistas organizam ato contra censura e em defesa da liberdade de expressão

Sob comando do PSDB, a oligarquia paulista ameaça a democracia e a liberdade de expressão. O ataque mais recente partiu da campanha de Serra (PSDB), com estranhas liminares concedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinando a interrupção da distribuição de duas revistas que incomodaram o candidato: o Jornal da CUT e a Revista do Brasil (Editora Atitude). O mais ridículo é que o Comitê de Serra requereu “segredo de justiça” para a censura.

Um ato público de protesto contra a censura e em defesa da liberdade de expressão será realizado nesta próxima quarta-feira (27) em São Paulo, no Auditório Azul do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na rua São Bento, 413, Centro.

O protesto ocorre após uma sucessão de ataques e tentativas de cerceamento de liberdade e exercício da livre prática de opinião e jornalismo, garantida pela Constituição Federal.

Foram vários os ataques às liberdades constitucionais:

Primeiro, a retirada do ar do auto-intitulado blog Falha de S. Paulo, que fazia paródia do jornal Folha de São Paulo, através de ação judicial movida pela própria Folha de São Paulo. A lei só vale para os programas humorísticos da Rede Globo?

Segundo, a tentativa unilateral da vice-procuradora-geral do Ministério Público Federal, Sandra Cureau, de intimidar a revista Carta Capital;

Terceiro, a demissão da jornalista e psicanalista Maria Rita Kelh, do Estado de S. Paulo, após escrever artigo contra o preconceito de certo segmento da sociedade contra os cidadãos beneficiados pelo programa Bolsa Família.

Quarto, demissão do editor da revista National Geographic do Brasil, do Grupo Abril, Felipe Milanez, por ter ele criticado revista do grupo no twitter

Várias entidades organizam o protesto, entre as quais o Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, CUT, Editora Atitude e Frente Paulista pela Democratização das Comunicações.

A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) preferiu não se posicionar sobre a censura à edição de outubro da Revista do Brasil. A ANJ é um túmulo. Não é de se estranhar. A ANJ é presidida por Judith Brito, fiel funcionária do Grupo Folha, que recentemente declarou que o papel da imprensa no Brasil é fazer oposição.

 

Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos

Hoje, segunda-feira (25), às 19 horas, acontece a cerimônia de entrega do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, 32ª edição, uma das premiações jornalísticas mais longevas do País.

A comissão julgadora recebeu mais de 300 trabalhos vindos de todas as regiões brasileiras. No total são 10 categorias – rádio, jornal, TV reportagem, TV documentário, TV imagem, fotografia, arte, revista, rádio e internet – todos com reportagens relacionadas aos direitos humanos. O evento acontece no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca), em São Paulo (SP).

Desde 2009, o Prêmio Vladimir Herzog elege também um tema que aborda a violação dos chamados direitos humanos intangíveis: questões que mesmo indiretamente vão na direção contrária da garantia de preservação dos Direitos Humanos. Este ano a comissão escolheu o tema “Saúde como direito do cidadão”. Foram aceitas reportagens de qualquer mídia que mostraram a questão da baixa qualidade dos serviços de assistência à saúde, o desrespeito às leis relacionadas ao direito dos cidadãos, entre outros. Para 2011, a comissão organizadora já escolheu o novo tema: “Coleta e tratamento de esgoto: um direito violado”.

Instituído em 1979, o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Comitê Brasileiro de Anistia, Comissão de Direitos Humanos da OAB, Comissão de Justiça e Paz da Cúria Metropolitana/SP, Associação Brasileira de Imprensa, Federação Nacional dos Jornalistas e Instituto Vladimir Herzog.

Premiados e menções honrosas de cada categoria:

Categoria Fotografia
Vencedor = Tortura em domicílio, de Guto Kuerten, Diário Catarinense
Menção Honrosa = De frente para o crime, de Weimer Carvalho, Jornal O Popular de Goiás
Menção Honrosa = Morta ao sair da delegacia, de Ney Douglas Marques, Empresa Novo Jornal – Rio Grande do Norte/RN

Categoria Rádio
Vencedor = Infância perdida, de Fabiana Maranhão, Sofia Costa Rego, Vanessa Beltrão e Vanessa Cortez, Rádio Jornal (PE)
Menção Honrosa = Desaparecidos... feridas que não cicatrizam, de Letícia Cardoso e Rodrigo Lira, Rádio CBN Vitória (ES)
Menção Honrosa = Poder que abusa, Carlos Morais, Fábio de Figueiredo Mendes, e Glynner Freire Brandão Costa, Rádio Jornal Recife AM 780 (Sistema Jornal de Comércio)

Categoria Jornal
Vencedor = Crimes de maio, de Renato Santana, Jornal a Tribuna (Santos-SP)
Menção Honrosa = Diários da liberdade, de Paula Sarapu, Jornal o Dia (Rio de Janeiro)
Menção Honrosa = Inquisição - no rastro dos amaldiçoados, de Demitri Túlio, Luis Henrique Campos, Cláudio Ribeiro, Ana Mary C. Cavalcante e Fátima Sudário, Jornal O Povo (Fortaleza-CE)

Categoria livro
Vencedor = O Cardeal e o repórter - histórias que fazem História, de Ricardo Carvalho, Editora Global
Menção Honrosa = Não foi por acaso - A história dos trabalhadores que construíram a Usiminas e morreram no massacre de Ipatinga, de Marcelo Freitas, Comunicação de Fato Editora

Categoria Internet
Vencedor = O Verbo se fez vida, de Inês Calado, JC Online
Menção Honrosa = Filhos do tremor - Crianças e seus direitos em um Haiti devastado, de Marcelo Bauer (webdocumentátio)
Menção Honrosa = Infância perdida, de Fabiana Maranhão, Sofia Costa Rego, Vanessa Beltrão e Vanessa Cortez, JC Online

Categoria Arte
Vencedor = Crime e Castigo, de Fernando de Castro Lopes, Correio Braziliense
Menção Honrosa = Fidel solta um passarinho, de SAMUCA - Samuel Rubens de Andrade, Diário de Pernambuco

Categoria TV/Reportagem
Vencedor = Infância roubada, Fabiana Maranhão, Sofia Costa Rego, Vanessa Beltrão e Vanessa Cortez, TV Jornal do Comércio (SBT)
Menção Honrosa = Combate à tortura - CDHM (parte 1 e 2), Hanna Costa, Adson Sousa Palma, Fábio Henrique Pedrosa, Luciana César Cordeiro Couto e Sebastião Vicente TV Câmara
Menção Honrosa = Presídios - sobrevivendo no inferno, Thatiana Brasil, Célio Galvão e equipe, Rede de Televisão Record

Categoria TV Documentário
Vencedor = Raça Humana, de Dulce Queiroz e equipe, TV Câmara
Menção Honrosa = Paredes pintadas, de Pedro Santos e equipe, TV UFSC
Menção Honrosa = Pistolagem: tradição ou impunidade?, de Paulo Garritano, Gélson Domingos e Carlos Alexandrino, TV Brasil

Vencedor = Rebelião Fundação Casa, de Carlos Velardi, EPTV/Rede Globo (Campinas)
Menção Honrosa = Série Sertão Nordestino, de Kaká Trovo (Carlos Renato Trovó), TV Clube/Bandeirantes (Ribeirão Preto)

Categoria Revista
Vencedor = Escravas da moda, de Maria Laura Neves, Revista Marie Claire
Menção Honrosa = Grupos de extermínio matam com a certeza da impunidade, de Tatiana Merlino, Revista Caros Amigos
Menção Honrosa = Terra sem lei, de Carlos Juliano Barros , Revista Rolling Stones

Categoria Especial – Saúde como direito do cidadão
Vencedor = Hanseníase: a marca do estigma, de Solange Calmon e equipe, TV Senado (DF)
Menção Honrosa = Feirão do aborto, de Eduardo Faustini e equipe, Programa Fantástico - TV Globo
Menção Honrosa = Amor nos tempos da Aids, de Pâmela Oliveira, Jornal O Dia (RJ)

 

Até tu, Samuel?

Com muito atraso, li um comentário de Samuel Celestino, no site Bahia Negócios, intitulado “Carta contra aborto para ganhar voto”.

Ele recrimina a candidata Dilma Rousseff “que tinha uma posição sobre o aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo e depois mudou (a do aborto está gravada)”.

Além de aceitar e louvar o jogo eleitoreiro da campanha de Serra – que vem usando abertamente a religião e a grave questão do aborto como tática eleitoral -, em conflito lógico insanável, o comentarista afirma que o objetivo da candidata Dilma Rousseff seria, como de fato é, segurar os votos evangélicos e católicos. Ora, o de Serra também.

Samuel se aventura em afirmar que lhe parecia uma tentativa inviável, essa de segurar os votos dos evangélicos e católicos.

A julgar pelas pesquisas, a realidade derrotou o achismo de Celestino. A reação de Dilma diante do tema aborto – um grave problema que afeta a vida de 3,5 milhões de mulheres brasileiras, por ano – se contrapôs à ação perniciosa, anti-ética do candidato Serra, que, ele sim atrás dos votos católicos (conservadores) e evangélicos (pentecostais) escolheu esse caminho reacionário.

Tais temas sequer são apropriados numa disputa presidencial. É o atraso, alimentado pelos comentaristas da velha mídia. Deus deveria passar longe dessa disputa. E a questão do aborto não pode ser decidida pela posição pessoal de candidatos, a não ser que fossem candidatos a ditadores, o que já seria outro conflito lógico insanável.

Diante de tanta coisa séria, ficam aí jornalistas escavando contradições da candidata que teria “duas caras”, que teria “gravado” – santo Deus, que crime horrível - depoimento sobre a legalização do aborto da parte de Dilma. Diz Celestino que “não fica bem” para quem “honra” o que diz e pensa.

Eu penso o contrário. Mudar o pensamento é normal. Mudar as posições políticas é normal. O que não é normal é mudar os fatos históricos, falsificar a História, como Serra vem fazendo no trajeto dessa campanha. Quando ministro da Saúde, Serra legalizou o aborto em casos específicos, como sabemos. Quando exilado no Chile, aceitou o aborto da sua mulher, Mônica Allende Serra, grávida de quatro meses, como solução na vida privada.

Discordo de Samuel Celestino, quando ele afirma que a candidata Dilma “ficou muito mal” na foto do aborto. Mudar é essencial na vida e na política. E depois a sociedade decide, não a simples vontade do Rei.

Samuel Celestino termina afirmando que “enquanto a candidata petista se contorce entre suas verdades e mentiras, Serra fica à distância”. Fica à distância sorrindo e dizendo para si: “eu tenho a mídia, posso dizer o que quiser”.

24 de outubro de 2010

 

Aborto da mulher de Serra (PSDB) continua a repercutir na Internet

Apesar da decisão do PSDB de sumir com Mônica Allende Serra, mulher do candidato José Serra (PSDB), da campanha eleitoral, a questão do aborto continua a ocupar espaço na Internet. Desde que uma ex-aluna da psicóloga Mônica Serra revelou que a candidata a primeira-dama tinha feito aborto (revelação feita na sala de aula), o tema foi morrendo na imprensa, como a que indicar que o Comitê Eleitoral de Serra consegue mesmo pautar a mídia.

O aborto de Mônica Serra repercutiu imensamente porque ela fazia campanha afirmando que “Dilma mata criancinha”, numa alusão de baixo nível a um suposto apoio de Dilma à legalização do aborto, mesmo depois de Dilma repetir mil vezes ser contra o aborto - que ela considera uma questão de saúde pública no Brasil, tal a gravidade.

A reportagem que mais me impressionou foi da Coluna Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. “Mônica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna” esse foi o título. O discurso do candidato Serra, de se declarar contra o aborto por seus “valores cristãos”, afundou na lama. Sua mulher, Mônica Serra, nunca faria um aborto sem seu conhecimento. Ele sabia do aborto da própria mulher e, mesmo assim, introduziu na campanha o tema do aborto, para ganhar os votos dos religiosos conservadores.

Eu entendo porque a Mônica Allende Serra fez aborto, na época da ditadura militar. Sou até solidário com o casal. Abortar uma gravidez de quatro meses deve ser dureza. O que não entendo é porque Serra entrou nessa furada de usar o aborto para ganhar votos. Logo ele, que assinou a normatização do aborto legal quando era ministro da Saúde.

Agora, a própria Folha de São Paulo retoma a questão ao entrevistar Frei Betto. O frade, muito respeitado por sua seriedade, afirmou que o modo como foi introduzida a questão do aborto nesta campanha eleitoral está plantando a semente do fundamentalismo religioso no Brasil. Um vírus oportunista contamina a campanha eleitoral. Pior, três bispos desesperados e oportunistas, à revelia da CNBB, alimentaram esse oportunismo ao aceitarem o jogo do candidato Serra (PSDB).

Para Frei Betto, mais importante que o tema do aborto é a Igreja se posicionar sobre as políticas sociais do governo Lula “que evitam a morte de milhões de crianças.

“O que uma parcela conservadora da igreja se esquece é que políticas sociais evitam milhões de abortos. Porque as mulheres, quando fazem, é por insegurança, frente a um futuro incerto, de miséria, de seus filhos. Esses 7,5 anos do governo Lula certamente permitiram que milhares de mulheres que teriam pensado em aborto assumissem a gravidez. Tiveram seus filhos porque se sentem amparadas por uma certa distribuição de renda”.

A ENTREVISTA COM FREI BETTO ESTÁ NO BLOG DO SARAIVA

 

Emiliano José (PT) critica campanha eleitoral sem ética de Serra (PSDB)

O jornalista, escritor e professor Emiliano José (PT), embora tenha ficado na segunda suplência de deputado federal, continua mais do que nunca ativo na campanha de Dilma Rousseff.

Neste sábado (23) ele fez palestra, a convite, durante o 6º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção (SINDTICC/CUT) e na sexta-feira (22) participou de um ato político dos gerentes da Caixa Econômica em favor de Dilma Rousseff.

No Congresso (Hotel Sol Bahia Atlântico) dos trabalhadores da construção, ao analisar o desenvolvimentismo desde a Era Vargas, criticou os governos de Fernando Henrique Cardoso, quando a precarização do trabalho atingiu seu auge, e mostrou como os governos do presidente Lula mudaram o cenário desastroso pelo qual passou o Brasil e o mundo do trabalho. Ele não alisou na crítica à imprensa brasileira que, com raras exceções, faz campanha aberta contra Dilma, sem ética e na base de boatos e mentiras.

No ato político da Associação dos Gestores da Caixa Econômica da Bahia (Hotel Fiesta), Emiliano desancou a campanha suja que o candidato Serra (PSDB) está patrocinando, alimentando preconceitos contra mulheres, pobres, homossexuais e ressuscitando a extrema-direita e seus torturadores. Para Emiliano (PT), Serra representa o caminho da privataria, da ameaça às estatais como CEF, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Petrobras. Também compareceram ao ato os deputados federais Zezéu Ribeiro (PT) e Nelson Pelegrino (PT) e o deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB).

MAIS INFORMAÇÕES NO SITE EMILIANO

 

Os cães da mídia ladram e Dilma segue em frente

Deu na Agência Brasil. “Dilma rebate Veja e exige provas de novas acusações”. A candidata Dilma rebateu as acusações publicadas pela revista Veja. A revista inventou que ela teria solicitado dossiês de não sei o quê à Secretaria Nacional de Justiça. A reportagem tipicamente caluniosa e eleitoreira afirma que tem gravações de conversas que “comprovam” as denúncias. Mas, não mostra nada. Dilma exigiu que a revista mostrasse as provas.

A candidata repudiou esse tipo de acusação sem provas às vésperas da eleição. A revista ainda envolveu o nome do Secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que obviamente desmentiu a revista.

O secretário Nacional de Justiça, órgão ligado ao Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, desmentiu as informações publicadas em Veja. Abramovay informou que a revista se recusou a mostrar a suposta gravação, embora tenha “reproduzido” supostos diálogos telefônicos.

Em nota oficial, o Ministério da Justiça também rebateu o vazamento de informações envolvendo a Polícia Federal (PF).

Pelos resultados dos institutos de pesquisa, a revista Veja fracassa em sua tentativa grotesca de interferir na campanha eleitoral, inventando escândalos inexistentes.

Falta apenas uma semana para as eleições. A revista Veja agora só tem uma bala.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?