26 de outubro de 2010

 

Farsa da bolinha de papel fez Serra perder pontos no IBOPE

Os estragos causados pela farsa da bolinha de papel atirada contra o candidato Serra (PSDB) não se revelaram na última pesquisa Vox Populi/iG divulgada segunda-feira (25). Dilma manteve a dianteira de 14 pontos, embora tenha caído 2 pontos percentuais e Serra apenas um ponto. A oscilação está praticamente dentro da margem de erro.

Entretanto, o diretor-presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, afirmou que a farsa da bolinha de papel na TV custou alguns pontos preciosos a José Serra nas intenções de votos, aumentando para 16% a vantagem de Dilma sobre Serra.

O estrago maior da grotesca montagem está se anunciando é nos intestinos da TV Globo. Fala-se de demissão do poderoso Ali Khamel após as eleições, por ter comprometido a credibilidade do império – que está sentindo o golpe. Ali Khamel apostou todas as fichas numa candidatura improvável e levou a campanha ao nível mais baixo da história republicana. A família Marinho sempre arranja um bode expiatório.

Os tecnocratas da Rede Globo não estão conseguindo avaliar o fenômeno da blogosfera. À armação de seu Departamento de Jornalismo reagem milhares de blogs de grandes nomes do jornalismo, ou não. Eles caem em cima e desmontam as mentiras televisivas, como a farsa da bolinha de papel, do falso perito Molina, de cada versão fraudulenta da TV Globo.

Como não consegue perceber o cerco da blogosfera, o mais provável é que a TV Globo leve até o fim seu alinhamento com a campanha eleitoral de Serra.

As atenções estão voltadas para a próxima sexta-feira, 29. Jornalistas detectaram um plano para comprometer o PT e a candidata Dilma Rousseff. Gente paga, vestida com camisas vermelhas, pretende criar um grande tumulto, com previsão de feridos, um dia de violência, que seria atribuída à militância petista.

Câmaras neles!

Comments:
Hora de vigilância e mobilização total por Dilma

A campanha eleitoral entra, nesta segunda-feira, na reta final. Nunca houve uma campanha tão sórdida quanto a preconizada pela direita e pelo neoliberal José Serra que – sem discurso e não podendo confessar seu programa privatizante, anti-estatista e antissocial – basearam sua propaganda em ataques e mentiras, no falso moralismo e na exploração do sentimento religioso dos brasileiros.

Tudo isso com muito dinheiro, muitos recursos e total apoio dos setores mais retrógrados da elite brasileira. Entre eles a medievalista Tradição, Família e Propriedade (TFP), que defende abertamente o retorno de formas de viver onde poucos mandam e o povo obedece cegamente. Como na Idade Média, quando os barões mandavam e o povo ficava à mercê de seus caprichos e arbítrios.

Ou velhos terroristas da extrema direita que atuaram na repressão da ditadura militar e se envolveram em atentados a bomba nos anos 80 contra os democratas que lutavam contra o regime dos generais. Estes são os aliados de José Serra, do PSDB e do DEM que, hoje, são a expressão mais visível dessa direita retrógrada e antipopular.

Para espalhar boatos anti-Dilma, montaram um caríssimo aparato de telemarketing que pode atingir 14 milhões de eleitores para difundir calúnias e preconceitos; em Minas Gerais este esquema vai levar a voz do senador eleito Aécio Neves a cinco milhões de eleitores pedindo votos para José Serra.

A baixaria que marcou a campanha desde os últimos dias do primeiro turno revela a falta de escrúpulos e o escárnio contra o eleitor que move a campanha tucana, baseada em calúnias e falsificações.

O eleitorfez uma experiência rica desde a primeira eleição presidencial dos tempos modernos, em 1989, e já não se deixa enganar. Com Fernando Collor e, depois, Fernando Henrique Cardoso, foi enganado e escolheu os partidários do atraso, do retrocesso e da humilhação nacional – escolheu o Brasil que dá errado, como corretamente diz o presidente Lula.

Desde 2002, contudo, experimentou o acerto – o Brasil que dá certo, completando a frase do chefe da nação – e viveu os benefícios da escolha correta. O Brasil voltou a crescer, livrou-se da tutela do FMI e do grande capital financeiro internacional, passou a falar de igual para igual com todos os países, dos truculentos como os EUA aos pacíficos, como a Bolívia; melhorou a situação do povo e abriu perspectivas novas de uma vida digna e da qual, hoje, os brasileiros se orgulham. Trocou o “complexo de vira-latas” dos tempos de FHC pelo orgulho nacional que hoje envolve a todos.

Mas não basta não se deixar enganar: é preciso dizer isso para todos, e convencer os iludidos da gravidade de fazerem escolhas insensatas e contra os interesses do Brasil, do povo e da economia que reencontrou o caminho do crescimento.

Contra a força do dinheiro dos poderosos que cercam José Serra – aliado da direita e candidato preferido da grande finança internacional e do imperialismo – o povo tem a força maior da mobilização, da defesa nas ruas e praças da candidatura da continuidade e do avanço das mudanças, representada por Dilma Rousseff.

Estes dias que precedem a batalha final do dia 31 – e nunca a palavra batalha foi tão bem empregada como no embate eleitoral deste ano – serão tempos de vigilância contra mentiras e baixarias. Um tempo de mobilização total, democrática e avançada; da afirmação da luta do povo contra os atentados da extrema direita e contra a volta ao passado de desemprego e empobrecimento. Da proteção do Brasil contra governos que se ajoelham diante de imposições estrangeiras. Tempo de escolha da verdade contra a mentira. Dias de defesa do voto em Dilma Rousseff para confirmar, mais uma vez a derrota que o povo já impôs aos neoliberais em 2002 e 2006. (Ed. Vermelho)hasta
 
Rogério Cerqueira Leite: Genéricos e outros mistérios

Como consequência da Guerra das Malvinas, quando a Argentina, por ter abdicado da produção própria de fármacos, ficou desabastecida de medicamentos, o governo militar brasileiro aprovou um programa, por mim proposto, de desenvolvimento dos princípios ativos (fármacos) dos 350 remédios constituintes da farmácia básica nacional.

* Por Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Estimava-se que, em dez anos, seria possível desenvolver, por engenharia reversa, pelo menos 90% desses produtos. De fato, em pouco mais de três anos, cerca de 80 processos já haviam sido desenvolvidos e 20 produtos já estavam sendo produzidos e comercializados por empresas brasileiras.

O sucesso inicial desse projeto permitiu que fosse iniciada por mim, nesta Folha, uma campanha de esclarecimento sobre medicamentos genéricos, o que não teria sentido sem a produção própria de fármacos.

Precipitadamente, o governo Itamar Franco tentou lançar a produção de genéricos. O poderoso cartel de multinacionais de medicamentos se insurgiu. Ameaçou-nos de desabastecimento, de verdadeira guerra. Derrotou e humilhou o Ministério da Saúde.

Poucos anos depois, esse cartel não somente cedeu prazerosamente ao ministro José Serra, então na pasta da Saúde, como até fez dele seu "homem do ano".

Seria o costumeiro charme do ministro? Seu sorriso cândido? Senão, qual o mistério?

Como consequência da isenção de impostos de importação para o setor de química fina, da infame lei de patentes e de outras obscenidades perpetradas pela administração FHC, mais de mil unidades de produção no setor de química fina, dentre as quais cerca de 250 relativas a fármacos, foram extintas. Além do mais, cerca de 400 novos projetos foram interrompidos.

Os dados foram extraídos de boletim da Associação Brasileira de Indústria da Química Fina. Em poucos anos, o deficit da balança de pagamentos para o setor saltou de US$ 400 milhões para US$ 7 bilhões. Quem acha que, com isso, Serra não merece o título de homem do ano das multinacionais de medicamentos?

Também os "empresários" brasileiros do setor de genéricos têm muito a agradecer ao ex-ministro da Saúde, pelas suas margens de lucro leoninas. Basta ver os imensos descontos oferecidos por quase todas as farmácias, que com frequência chegam a 50%. Os genéricos do Serra nada têm a ver com os genéricos que planejamos.

E o tão aclamado programa de Aids do Serra? É compreensível que todos os seres humanos, e talvez também o ministro Serra, tenham se comovido profundamente com a súbita e aterrorizante explosão da Aids. Que oportunidade sem par para políticos demagógicos!

A ONU homenageou o então ministro Serra pelo mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de Aids de todo o planeta. Países ricos, com PIB per capita dez vezes maiores que o nosso, ficavam muito aquém do Brasil. Como foi possível? E por que será que, nesse mesmo período, os recursos orçamentários destinados ao saneamento básico não foram usados?

O então dispendioso tratamento de um único doente de Aids correspondia à supressão de recursos para saneamento básico que salvariam centenas de crianças de doenças endêmicas, com base em uma avaliação preliminar. Será que Serra desviou recursos do saneamento básico? Mistério!

Mas persiste o fato de que, durante a administração Serra na Saúde, os recursos destinados ao saneamento, à época atribuídos a esse ministério, não foram aplicados.

Mesmo sem contar mistérios como aqueles dos "sanguessugas" e da supressão do combate à dengue no Rio, entre outros, considero pífia, eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde.

* Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 79, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.

Fonte: Folha de S.Paulo
 
Dilma terá que reformular a política ambiental, depois deste episódio.Ficou provado que os TUCANOS são animais muito sensíveis podem ser extintos quando atacados.Uma simples bolimha de papel, gera traumatismo craniano, seguido de depressão, surto de mentiras, e desequilíbrio emocional. Para salvar os tucanos da extinção eles terão que ser muito protegidos. Talvez a solução seja a criação destas aves em cativeiro; gaiolas.
 
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