5 de junho de 2010

 

Fiquei feliz com o crescimento de Dilma no IBOPE

O crescimento de Dilma agora é inquestionável. Serra e Dilma estão empatados com 37%. Isso significa que Dilma cresceu muito. Na última pesquisa do IBOPE Dilma tinha 32% contra 40% de Serra. A baixaria serrista não está pegando em Dilma. Em fevereiro o Ibope dava 28% para Dilma e 41% para Serra. O crescimento é espantoso. Na hipótese de segundo turno a pesquisa dá novo empate com 42% para cada candidato. Mas a pesquisa aponta uma vantagem para Dilma num segundo turno. É que 40% dos eleitores de Marina Silva iriam para Dilma e apenas 32% para Serra.

Dilma vai ser presidente. O programa Bolsa Família está salvo.

 

Dilma Roussef é a nova abolicionista que vem para libertar os pobres

Dilma Roussef será presidente da República. É uma revolução pacífica. Os vencedores serão os pobres e as mulheres. Dilma é o resultado da luta social pela emancipação feminina. Nesta caminhada política ela vai enfrentar o machismo institucional e a mentalidade atrasada de boa parte dos políticos brasileiros. Afinal, ela está ousando desafiar o poder dos homens. Lutando para se tornar presidente, com um objetivo básico de libertar os pobres da pobreza, Dilma é a nova abolicionista.

Sendo a nova abolicionista, ela é herdeira das precursoras da abolição da escravatura. Vejam que mulheres incríveis saíam às ruas outro dia mesmo, no final do século XIX, nos anos 800, exigindo a libertação dos escravos. Naquele tempo o poder político era exercido pela aristocracia masculina. Elas não sequer tinham direito ao voto.

Surgiram então mulheres maravilhosas que enfrentaram o o sistema estabelecido. Entre elas, destacam-se Maria Firmina dos Reis (1825-1917); Maria Josephina Matilde Durocher (1809-1893); Maria Amélia de Queiróz, que a história sequer registrou as datas de nascimento e morte; e, claro, Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Li sobre elas num artigo genial da socióloga Angela Alonso (USP).

Elas foram abolicionistas e prepararam o campo para a emancipação feminina contemporânea, da qual Dilma Roussef é uma síntese.

São nomes emblemáticos. Maria Firmina dos Reis, maranhense, mulata, solteira, professora, defendeu a abolição em jornais e no primeiro romance brasileiro de autora feminina: Úrsula (1859).

Maria Josephina Mathilde Durocher, criada no Rio de Janeiro, depois de enviuvar, matriculou-se na Faculdade de Medicina, onde mulher alguma tinha pisado até então. Foi ativa defensora da Lei do Ventre Livre, e a primeira mulher a assinar um manifesto pela libertação dos escravos.

Maria Amélia de Queiróz, professora, abolicionista apaixonada, fundou a organização Ave Libertas, em Recife, à qual se filiaram pelo menos 66 mulheres no Rio, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Amazonas. Elas coletavam recursos e patrocinavam fugas de escravos. Algumas, como Dilma Roussef contemporânea, se arriscaram até na clandestinidade.

E Chiquinha Gonzaga? Escandalizou a sociedade por seu espírito livre. Pianista em saraus e teatros, inventou suas conferências-concertos abolicionistas. Pregava cartazes, panfletava cafés. Chegou a vender suas músicas de porta em porta para alforriar um escravo músico.

Dilma Roussef poderia muito bem abrir sua campanha com a marcha-rancho de Chiquinha Gonzaga: Ô abre alas, que eu quero passar.


Abram alas para Dilma Roussef.

4 de junho de 2010

 

Há qualquer coisa de sinistro na figura do candidato José Serra...

O texto intitulado “No limite da irresponsabilidade” é da autoria do jornalista e escritor Izaias Almada. Ele começa dizendo que há qualquer coisa de sinistro em José Serra. Vou resumir.

O fato de Serra ter sido de esquerda e hoje ser de direita não o impressiona. O que o impressiona é a dissintonia entre o que Serra fala e o que faz. Inventa dados, distorce fatos, acusa sem provas, mente, age às escondidas.

E o que é mais grave: quando questionado sobre um dado concreto como a gripe suína, por exemplo, faz afirmações destituídas de um mínimo de bom senso. É que Serra afirmou que para se evitar a gripe suína basta a pessoa não ter contato muito próximo com os porquinhos.

Almada cita Luiz Nassif: o que Serra anda dizendo, o linguajar chulo, as bobagens diplomáticas não batem com seu histórico de sujeito racional, cartesiano. A impressão que fica é que Serra tem mais ambição que competência. Mais vontade que discernimento.

José Serra parou no tempo. Não percebeu que o mundo mudou. Ele representa um perigoso retrocesso para o Brasil. Está no limite do suicídio político.

Parafraseando um ilustre membro do governo FHC durante a entrega de boa parte do patrimônio nacional às empresas privadas nos oito anos de seu mandato: José Serra está no limite da irresponsabilidade.

QUER LER NA ÍNTEGRA? AQUI.

 

Site Conversa Afiada anuncia livro que compromete Serra com privataria

É isso. José Serra (PSDB) vai precisar muito mais que uma ave-maria recitada pelo padre Marcelo, para atravessar o purgatório.

O jornalista Paulo Henrique Amorim (site Conversa Afiada) anuncia o livro “Os porões da privataria”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que será lançado logo após a Copa do Mundo.

É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na IstoÉ sobre a CPI do Banestado.

Não se trata de dossiê. Trata-se uma investigação profunda, com base em documentos oficiais e de fé pública, ou seja, da Justiça. Fazem parte do processo encaminhado à Justiça por Antero Paes e Barros e pelo relator da CPI do Banestado, José Mentor.

Amaury Ribeiro Jr descobriu quem recebeu dinheiro pela privataria. Surge o nome de Gregório Marin Preciado, ex-sócio e primo do Serra.

As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos.

Paulo Henrique Amorim também esclarece: não foi a Dilma quem falou da empresa da filha do Serra com a irmã do Dantas. Foi o site Conversa Afiada que esmiúça as relações entre Serra e Dantas.

O livro revela quem pagou e quem recebeu propina.

LEIA O PREFÁCIO DO LIVRO “OS PORÕES DA PRIVATARIA” NA ÍNTEGRA

 

Serra vai precisar de uma ave-maria, um pai-nosso e um creio-em-deus-padre

Serra, o candidato do PSDB à presidência anda tão mal das pernas que encomendou ao cantante padre Marcelo uma ave-maria. O padre atendeu, mas com o rosto frio, muito distante da animação de sempre.

Com o que vem por aí, uma ave-maria somente não basta para salvar a candidatura tucana. O respeitado jornalista Amaury Ribeiro Jr está anunciando o lançamento de um livro que ele levou dez anos investigando, dentro e fora do Brasil.

Amaury rastreou e comprovou, com documentos oficiais obtidos na Justiça, as interligações entre privatizações, campanhas eleitorais, empresas de fachada em paraísos fiscais e movimentações milionárias de dólares feitas por PARENTES, AMIGOS E HOMENS DE CONFIANÇA de José Serra.

O site CONVERSA AFIADA, do Paulo Henrique Amorim publicou o prefácio do livro de 14 capítulos. O tema virou editorial do site da Agência Carta Maior. Com a ajuda do Globo, da revista Veja e o silêncio misericordioso da Folha, Serra partiu para desqualificar previamente a bomba.

Serra vai precisar mesmo muito mais que uma simples ave-maria. Vai precisar do rosário inteiro.

 

PT aciona Serra judicialmente para que explique acusações contra Dilma

NOTA DE INTERESSE PÚBLICO

O PT nacional vai propor na Justiça hoje, sexta-feira (4) interpelação judicial contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.

A interpelação tem por objetivo o esclarecimento, por parte do candidato tucano, acerca das declarações que tem feito à imprensa em que atribuiu ao PT e à candidata Dilma Rousseff a elaboração de um suposto dossiê, no qual seriam reunidas denúncias contra ele.

O PT reafirma que nunca sua direção nacional nem a coordenação da campanha de Dilma Rousseff determinaram a elaboração de qualquer dossiê a respeito.

As especulações a cerca do suposto dossiê estão sendo alimentadas pela oposição numa tentativa desesperada de buscar reverter um quadro eleitoral adverso.

José Eduardo Dutra
Presidente Nacional do PT

 

Não tem dossiê do Serra, o que tem é muita informação sobre ligações perigosas com cervejarias

Ninguém entendia porque José Serra fazia campanha apenas contra o cigarro. Não tocava nos abusos em comerciais de cerveja, muito menos a favor do consumo responsável. Serra sempre foi leniente com a indústria de bebidas alcoólicas, desde seu tempo de ministro da Saúde.

A explicação é simples. Serra tem o rabo preso. O Grupo Garantia pagou bolsa de estudo da filha do Serra, em Harvard. O Grupo Garantia faz parte da InBev, hoje a maior cervejaria do mundo, incluindo Brahma, Antactica e uma belga, logo, não dá para fazer campanha de restrições ao álcool.

Os interesses de Serra com as cervejarias vêm de longe.

O atual presidente da SABESP, Gesner de Oliveira, é um homem-chave no esquema dos bastidores da campanha eleitoral de José Serra (PSDB/SP). Sempre fez o elo de ligação entre os tucanos e o poder econômico.

Gesner de Oliveira estava à frente do CADE no governo demo-tucano de FHC/Serra. A forma como o CADE beneficiou a AmBev foi escandalosa. O parecer que autorizou a compra da Antárctica – estabelecendo o maior monopólio da história do país, na área de bebidas e alimentos – é uma página vergonhosa na história do direito econômico brasileiro.

A cervejaria e o Grupo Garantia têm vasto relacionamento com o tucanato. Vários diretores transitaram entre cargos no governo FHC e a diretoria do grupo. Sempre foi grande financiadora oficial de campanha, doando a quase todos os partidos, mas em volume significativamente maior para tucanos. E é grande financiadora do Instituto FHC.

A afinidade é tamanha que muitas das agências de publicidade e marqueteiros que fizeram campanhas para a cervejaria, também fizeram campanhas políticas para os tucanos.

Não se trata de dossiê nenhum. São fatos e notícias que a imprensa oculta, mas que circulam fartamente na Internet. As relações de José Serra com as cervejarias não são transparentes.

Tem lama neste pedaço.

3 de junho de 2010

 

Waldir Pires tem chapa: Wagner, Lídice e Walter Pinheiro senadores e Emiliano José para deputado federal

Waldir Pires é um cidadão exemplar. Como ele gosta de dizer, embora esteja no outono da vida, não se omite da participação política do alto de seus 80 anos. Disputou a pré-candidatura ao Senado com Walter Pinheiro e perdeu. Salvou, assim, o que de mais precioso o Partido dos Trabalhadores tem: a democracia interna. Como um militante íntegro, imediatamente anunciou o apoio a Wagner governador da Bahia, Lídice e Walter Pinheiro senadores. Desnecessário reafirmar o seu apoio a Dilma Roussef.

Ouvi outro dia o ex-deputado federal Emiliano José (PT-BA) na Rádio Cruzeiro (AM 590), ao radialista Moisés Bisesti, dizer alto e bom som:

“Todos sabem que eu acompanhei e defendi o nome do ex-governador Waldir Pires para nos representar no Senado. No PT é assim. A gente disputa, discute, decide e após a decisão nós estamos com quem o partido escolheu. Eu considero Walter Pinheiro uma figura extraordinária, nos representa muito bem na chapa”.

Segundo Emiliano José, a decisão não provoca nenhum tipo de fissura no Partido dos Trabalhadores.

“Iludem-se os que de fora imaginem que há algum tipo de fissura. Waldir estará firmemente no palanque ao lado de Pinheiro, Lídice da Mata, Jaques Wagner e Dilma Rousseff. Assim como todos os que apoiaram Waldir. Estaremos firmes ao lado da chapa que agora disputará ao Senado”.

Emiliano esclareceu ainda que Waldir não se aposentou “de maneira alguma” e nem acabou para a vida política. “Muito pelo contrário. Nós saudamos esta decisão do PT como mais uma demonstração do nosso esforço democrático, da nossa vida democrática, da nossa capacidade de debate e de decisão. Está decidido e nós estaremos juntos como sempre estivemos”, ressaltou.

Acho Emiliano José um político elegante. Isso é raro. Fiquei aqui pensando por que cargas d’água ele estava reafirmando a continuidade da ação política de Waldir Pires. Todos que acompanharam de perto a trajetória política de Waldir Pires sabem que ele é um ser político, somente vai abandonar a ação política ao morrer. Assim mesmo nos restará sua memória e seu exemplo de estadista.

Só então me dei conta que o jornalista Samuel Celestino, do jornal A Tarde, vem sugerindo que Waldir Pires se candidate a deputado federal. A sugestão é de boa fé. Entretanto, em diversas ocasiões, ouvi Waldir Pires defender em plenárias a candidatura de Emiliano José a deputado federal.

Eu e Alberto Dourado, entre outros, sugeríamos que Emiliano voltasse a ser deputado estadual, para fortalecer o apoio parlamentar ao segundo governo Wagner. Foi Waldir Pires que virou a mesa e levou o coletivo de Emiliano a apoiar a candidatura à Câmara Federal. E nem se falava em Waldir senador.

Portanto, Waldir Pires já tem candidato a deputado federal. É Emiliano José. Para homens como Waldir Pires, política não é carreirismo.

 

Serra contrata revista Veja para forjar notícia sobre suposto dossiê

Não existe dossiê de nada. Esse golpe publicitário é velho. A revista Veja encomendou, ao seu jornalista encarregado sempre do serviço sujo, uma reportagem maluca sobre um suposto dossiê que seria destinado a “atingir Serra”.

A reportagem maluca inventa coisas, fala até de Clinton, e tira conclusões num ilógico exercício mental, uma colcha de retralhos. O cara fez tudo sem sair do computador. Quem conhece Serra sabe que é coisa de Serra. O cara é bruto. Passou, portanto, a fase do “Serra paz e amor”, passou também a fase do Serra biruta de aeroporto. Agora fala o Serra verdadeiro, o direitista, amoral, golpista, mentiroso. Combinou com a Veja a invenção do inexistente dossiê, e rapidamente culpou a Dilma, o Mercadante e o Berzoini. É muita xaropada.

O mais triste disso tudo é que a mídia compra a xaropada. A imprensa baiana, por exemplo, usa os textos distribuídos pelas agências Estado, Globo e Folha. E todas elas replicam a matéria da revista Veja, sem qualquer questionamento. São uma fábrica de factóides eleitorais. Mas, eles estão aí para vender jornal, não é?

Aliás, para quem tem memória curta, o empregado da Veja que assina a tal matéria maluca é o mesmo que assinou duas matérias inventando que a praga vassoura-de-bruxa que matou a lavoura do cacau na Bahia nada mais era que obra de uma “célula” do PT. E isso com base num cara que todo sabe que é doido de jogar pedra. Pode?

Serra ainda nem começou a soltar suas patifarias. E no meio da mentirada ainda tem a desfaçatez de usar o nome da própria filha, Verônica, para mostrar um olhar de “indignação’. Esse olhar indignado é importante para a TV e para as fotos.

2 de junho de 2010

 

Gilberto Gil: tem áreas do PV que não são flor que se cheire...

Em entrevista à Folha de S. Paulo (02/06), Gilberto Gil afirmou: “Juca (Ferreira) é ministro. Ele entende que há necessidade de dar apoio ao presidente Lula nestas eleições. Além do mais, tem desavenças com partes do PV. Tem áreas do PV que não são flor que se cheire...”

1 de junho de 2010

 

Que Brasil é este dos 5% que nunca apóiam Lula?

Ricardo Kotscho, em seu blog, levantou uma curiosa questão. Como ele diz, vale uma pesquisa, uma tese acadêmica, uma investigação científica. Ou até mesmo uma reportagem de capa. Afinal, que Brasil é este dos 5%?

Kotscho escreveu: Entra pesquisa sai pesquisa, lá estão os 5%, do mesmo tamanho, que consideram o governo Lula ruim ou péssimo. A aprovação do presidente Lula e do governo pode variar de 70% a 80%, a depender do instituto, os restantes ficam na categoria regular, mas, invariavelmente, aparecem os 5% de insatisfeitos, com o governo e com os rumos do país, e tanto faz que esteja acontecendo um momento bom ou ruim.

Na minha opinião, mesmo sem pesquisar, dá para imaginar quem são estes 5%. Entre eles estão os militares torturadores e os militares influenciados pelos militares torturadores. Aí estão os que se situam no topo da classe média alta. Os ricos, que não gostam de pagar impostos, reclamam de tudo, chegados a um racismo explícito e um ódio à pobreza. São os reacionários de sempre, pessimistas. Entre eles estão os formadores de opinião da mídia brasileira, com certeza. As Eliane Catanhede da vida, as Myriam Leitão, as Dora Kramer. Entre eles está uma boa parte dos leitores da revista Veja.

Ricardo Kotscho tem outra interpretação: “Mais do que um posicionamento político-partidário ou mesmo ideológico, como à primeira vista indicam as pesquisas, creio que se trata de um fenômeno psíquico, algo mais ligado aos sentimentos do que à razão, ao comportamento humano de um núcleo duro que é do contra porque é do contra, quaisquer que sejam suas motivações”.

Acrescenta Kotscho: “Em termos absolutos, estes 5% representam mais ou menos 9 milhões de brasileiros, o mesmo universo dos que lêem habitualmente jornais e revistas da grande mídia, o que pode representar uma primeira pista para entendermos seu pensamento”.

LEIA NA ÍNTEGRA NO BALAIO DO KOTSCHO

 

Emiliano José é o mais influente do PT baiano no twitter

O jornalista, escritor e professor Emiliano José é o primeiro colocado entre os petistas baianos no twitter e está entre os cinco mais influentes políticos da Bahia na rede social. O ranking é feito pelo site www.twitterank.com.br e está baseado em três fatores: a influência, medida a partir da interação com os followers; popularidade (uma pessoa popular é aquela que é muito seguida); e envolvimento, que é levado em conta os retweets e menções. Hoje, o ex-deputado federal Emiliano José conta com mais de 2100 seguidores.

No Brasil, o uso da internet por políticos aumentou consideravelmente. A autorização do uso da internet nas campanhas contribuiu para o aumento do interesse dos parlamentares na rede. A candidata à Presidência Dilma Rousseff (@dilmabr) com apenas um dia no twitter estava com mais de dez mil seguidores, contabilizando hoje mais de 70 mil. Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos graças à grande mobilização de sua campanha que conseguiu transpor dos computadores e celulares para as ruas e urnas.

Conheça o twitter @Emiliano_Jose

Mais informações em www.emilianojose.com.br

31 de maio de 2010

 

Assembléia Legislativa da Bahia vai lançar livro sobre Chico Pinto

Está nos melhores sites e blogs da Bahia. A Assembléia Legislativa da Bahia, como parte da coleção “Gente da Bahia”, vai lançar ainda este ano o perfil biográfico de Chico Pinto, o político baiano (de Feira de Santana) que desafiou a ditadura militar. O livro é da autoria da jornalista Ana Teresa Baptista, que pesquisou e recolheu depoimentos emocionantes, reveladores e inéditos de políticos como Emiliano José, Lídice da Mata, Waldir Pires, Haroldo Lima, Adelmo Oliveira, Alceu Barros, entre outros. Ela ouviu amigos e familiares.

Um dos ícones da esquerda durante o regime militar, o ex-deputado federal Francisco Pinto (1930-2008), integrante da chamada “ala autêntica” do MDB, foi cassado duas vezes. A primeira em 1964, quando era prefeito de Feira de Santana, e a segunda em 1974, quando era deputado federal. O motivo usado pelo regime militar foi o discurso que Pinto fez no plenário da Câmara contra a visita do ditador chileno, Augusto Pinochet, ao Brasil, a convite do ditador sanguinário Ernesto Geisel.

Chico Pinto foi uma vítima da ditadura militar. Era odiado pelos fascistas de farda, embora mantivesse muitos contatos com a ala nacionalista do Exército. Ele foi preso, cassado e torturado. Sempre se colocou entre os mais votados do Congresso Nacional e contra ele nunca ninguém levantou a menor suspeita. Foi um líder de massa, responsável por concorridos comícios em Feira de Santana e Salvador. Durante um bom tempo resistiu à ditadura integrando Tendência Popular, agrupamento que incluía os “Pintistas”, o PCdoB e lideranças independentes como Adelmo Oliveira e Emiliano José.

(Com informações dos sítes Feira Hoje e Política Livre).

 

Cai a República da Barraca do Luciano

O publicitário e jornalista Diogo Tavares (ou será o contrário?) fez circular o seguinte texto sobre a demolição odiosa, arbitrária (embora acobertada pela judicialização que acomete o País), anti-popular e estranha. Faço minhas as suas palavras. E não me venham falar em favelização da Orla de Salvador, já que sob ameaça de ir ao chão ninguém se arriscaria mesmo a investir em conservação e melhorias. Os senhores do capital conseguiram desalojar os barraqueiros, coisa que nenhum prefeito conseguiu, manipulando uma arcaica lei que fala de "domínios de Marinha".

SEGUE O TEXTO:

“BARRACA NÃO VENDE CERVEJA, VENDE ILUSÕES”
(Luciano, em carta indignada à cervejaria, que queria saber quantos engradados da bebida ele vendia).

Dono de uma das barracas de praia que marcaram época em Salvador, Luciano completou ontem 60 anos. A festa foi no Aconchego da Zuzu, no fim de linha do Garcia, pois a barraca do aniversariante está sendo desmontada. Atingido pela sanha reguladora e careta que assola a capital baiana, Luciano recebeu a intimação de que tudo será demolido em dez dias.

Para evitar o que ocorreu na primeira leva de demolições, com comerciantes tendo produtos, móveis e eletrodomésticos jogados na rua, o proprietário iniciou o desmonte.

Falar da Barraca do Luciano, em Pituaçu, é falar de um reduto de artistas, intelectuais e profissionais liberais que sempre encontraram ali um lugar ao sol, com abrigo para os olhos, para o paladar e não seria exagero dizer para o coração.

Tanto que, com a liderança do primeiro-ministro Nivaldo Lariú, autor consagrado do Dicionário de Baianês, a barraca ganhou uma Constituição e foi elevada à condição de República. Numa das bienais literárias, eu mesmo cheguei a relançar um livro no espaço cultural praiano.

Mas nem todo serviço prestado à cultura soteropolitana, a legalidade e a Constituição puderam evitar a queda da República. As alternativas de continuar no lugar, com a licitação e a possível restrição de espaço (pensam em colocar as barracas no canteiro central da avenida) deixaram Luciano um pouco desanimado, pensando em partir para um plano B.

Enquanto isso não acontece, restou aos muitos amigos comemorar as seis décadas de Luciano. Para marcar a data, Lariú e a artista-plástica Janete Kislansky fizeram e distribuíram um livrinho para os convidados com frases do aniversariante.

É uma prova de que, além de membro da Confraria do Chapéu, nosso caro amigo é um poeta que se esqueceu de escrever versos. E que venha o plano B, pois, se os palestinos não desistiram até hoje, não vão ser os cidadãos da República da Barraca do Luciano que vão se dar por vencidos.

PS -

"A beleza natural é infinita, mas cabe à beleza poética fazer a junção entre a natureza e o humano"

(Luciano, observando o horizonte após a demolição das barracas).

http://pautapariu.zip.net/

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