Bahia de Fato

Hoje (22), sexta-feira, às 10h da manhã, encontrei o ex-governador Waldir Pires entrando na agência Cidadela, do Banco do Brasil, em Salvador, em companhia de sua filha. Estava ótimo e conversador. Maria Alice Bittencourt, integrante da Superintendência das Mulheres da Prefeitura Municipal foi cumprimentá-lo e lembrou que ela era filha de um amigo dele. “Olá Dr Waldir, sou filha de José Bittencourt, que foi seu colega de escola”. Waldir Pires se abriu em sorrisos. “Então você é neta de Alexandre Bittencourt, que foi diretor da Estrada de Ferro e muito querido em Nazaré das Farinhas... ele era um grande intelectual (...) você tem ido à Nazaré? e por aí a conversa se deu.

Agora leia a nota publicada no jornalão O Estado de S. Paulo:

O Estado de S. Paulo
Waldir Pires é internado em Salvador
22/8/2008
O ex-ministro da Defesa Waldir Pires, de 82 anos, continua internado no Hospital Aliança, em Salvador, desde a noite de anteontem, quando deu entrada por volta das 20 horas, com fortes dores no peito. Ele foi atendido pela equipe do cardiologista Armênio Guimarães. Pires já governou por dois anos a Bahia nos anos 80 e comandou o Ministério da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.

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O Estadão errou duas vezes. Primeiro, ao dizer que Waldir Pires continuava internado. Segundo, santa ignorância, ao “informar” que Waldir Pires foi Ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso. Eu pensava que os redatores do Estadão eram minimamente bem-informados. Waldir Pires já foi ministro de João Goulart, já foi ministro da Previdência Social no Governo Sarney, já foi o titular da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério da Defesa no Governo Lula. Mas a nódoa de ter sido ministro da Saúde de FHC ele não teve não.

Não dá para levar esse jornalismo a sério. Amanhã eles publicam a errata.

O competente prefeito Fernando Pimentel (PT), ao aliar-se com o governador Aécio Neves (PSDB) para lançar a candidatura de Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura de Belo Horizonte, cometeu um erro que pode ser fatal: tentou passar por cima de lideranças mineiras de alta densidade como o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, como Luis Dulci, secretário Geral da Presidência da República e como Nilmário Miranda, ex-ministro dos Direitos Humanos e ex-presidente estadual do PT de Minas. A jogada é fruto da arrogância na política. Pode dar certo, mas tem tudo para dar errado.

Em consequência, as três lideranças do PT já não mais escondem o apoio a Jô Moraes, candidata do PCdoB à prefeitura de Belo Horizonte, uma histórica aliada do PT. A deputada federal Jô Moraes continua em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto. Nesta quarta-feira (20) o jornal O Tempo publicou a última pesquisa: Jô Moraes (PCdoB) com 21.5%; seguida de Leonardo Quintão (PMDB) com apenas 9.22% e em terceiro lugar Márcio Lacerda (PSB), com todo apoio de Fernando Pimentel e Aécio Neves, com apenas 8.68%. Na hipótese de um segundo turno, Jô Moraes ganharia de Márcio Lacerda.

Pimentel, com a máquina da prefeitura e a captura da militância petista com cargos públicos, e Aécio Neves, com seu poderio tipo trator, têm muita bala na agulha. Pode dar certo a arrogância política, mas tem tudo para dar errado. Se Jô vencer, Belo Horizonte só tem a ganhar.

Com o título "Em reunião com dissidentes, Jô crítica Lacerda" o jornal O Tempo de Belo Horizonte registrou o encontro da candidata a prefeita Jô Moraes (PCdoB) com importantes lideranças do PT, entre eles o ex-presidente estadual do PT mineiro, Nilmário Miranda. Na ocasião Jô Moraes defendeu o presidente Lula dos ataques do governador de Minas Aécio Neves.

Segue o texto:

A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PCdoB, Jô Moraes, e os dissidentes do PT disseram ontem que o candidato Marcio Lacerda (PSB) não dará prosseguimento aos programas do presidente Lula (PT), caso seja eleito prefeito da capital.

O motivo do ataque foram as críticas que o governador Aécio Neves (PSDB) fez nesta semana aos gastos do governo Lula. Jô e os petistas disseram que se Aécio conseguir eleger um candidato, pode colocar em prática projetos contrários aos defendidos por Lula, destoando também da gestão petista da capital, que há 16 anos administra a cidade.

"Quando ele (Aécio) critica os gastos públicos está criticando os investimentos na área social, na ampliação das escolas públicas, do ensino profissionalizante. Se ele tem este pensamento, o partido dele, quando chegar na prefeitura, vai querer dar uma outra orientação que não esta do governo do presidente Lula", ressaltou Jô.

O petista Rogério Correia, dissidente do partido, pediu ao prefeito Fernando Pimentel (PT) - que também apóia Lacerda - que cobre explicações de Aécio sobre as críticas ao governo Lula. "Faço um desafio ao prefeito Fernando Pimentel, ao presidente municipal do PT (Aluísio Marques) e ao outro candidato para que possam vir a público defender o presidente Lula. Eles não fazem porque estão apoiando esta crítica que o governador tem feito", argumentou.

Correia, Jô e Chico Simões, outro dissidente petista, fizeram campanha ontem no aglomerado Ventosa. Em seguida, os três se reuniram com o ex-presidente estadual do PT, Nilmário Miranda. Simões acusou o PSB de ser um partido "laranja". "O PSB infelizmente é um partido de aluguel que está a serviço de interesses particulares de uma meia dúzia de pessoas", disse.

Os dissidentes do PT confirmaram a participação na campanha comunista até o fim do pleito. Correia informou que irá pedir ao Diretório Nacional do PT que tome medidas para punir Pimentel e seu grupo porque eles estariam desobedecendo orientação nacional da sigla de não permitir a união eleitoral com o PSDB.

Acordo
A comunista Jô Moraes confirmou ontem que fechou acordo com o candidato do PMDB, Leonardo Quintão, para caminharem juntos em um eventual segundo turno. Quintão também confirmou o acordo ontem. Mesmo atrás de Jô nas pesquisas ele se diz otimista. "Acho que vou crescer e passar a Jô, e espero que ela cumpra o combinado de me apoiar, porque sou eu que vou para o segundo turno", disse o peemedebista.

Leonardo Quintão conta que no dia 15 de setembro irá fazer um grande evento de campanha com as presenças de caciques do seu partido como Michel Temer, Henrique Eduardo Alves e Pedro Simon.

Fonte: Jornal O Tempo - 18/08/2008

O blog da Juliana Weis recomenda o blog Bahia de Fato. Estou em muito boa companhia. Juliana Weis também recomenda o blog Amigos da Presidenta Dilma; Amigos do Presidente Lula; Consciência Política; Kika Martins, Bodega Cultural; Tudo em Cima; Aposentado Invocado e Desabafo País. Todos eles pilotados por blogueiros inteligentes, críticos e bem posicionados no pântano da Internet. Temos algo em comum: apoiamos Lula, detestamos a revista Veja e lemos Carta Capital. Visite o blog da Juliana que tem link pra todos eles.

Eu também recomendo o blog Juliana Weiss

O ex-governador da Bahia, Waldir Pires, continua internado no Hospital Aliança, em Salvador. Mas vai para casa hoje à noite, quinta (21). Na noite de ontem (quarta, 20) ele sentiu dores fortes no peito. Era uma angina pectoris. Foi levado para a UTI do Aliança, mas não precisou fazer nenhuma intervenção cirúrgica. Por cuidado da família, ele fica durante o dia de hoje internado. O ex-deputado Emiliano José (PT) esteve ontem à noite com ele, na UTI. Waldir Pires só lamentou não ter podido fazer a palestra que estava programada para o Teatro Diplomata. Mas estava conversando e sorrindo. Como sempre.

Essa baixa a campanha de Walter Pinheiro (PT) à prefeitura de Salvador não vai ter!

O presidente Lula está certo. Os estudantes riquinhos que criticam os novos rumos da educação brasileira são uns babacas. Ao inaugurar o campus universitário em Juazeiro do Norte, no Ceará, o presidente se inflamou e disse a verdade. BA-ba-cas. Eles não entendem ou fingem não entender a revolução do Governo Lula na área da educação.

Quem combate o Programa Universidade Para Todos – PROUNI - não passa de um babaca. “Quando criamos o Prouni tinha um tipo de gente que fazia discurso assim contra o governo: "ah, estão privatizando a educação", "ah, estão dando dinheiro para universidade particular". Ou seja, os babacas não percebiam que estávamos fazendo uma revolução na educação brasileira", afirmou o presidente Lula.

MAIS BABACAS - Também são babacas os estudantes riquinhos que reclamam do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI – que aumenta de 12 para 18 a média de alunos por professor nas universidades federais.

"Aí tinha um tipo de estudante daqueles que vocês sabem, que vai para a reitoria querer bater no reitor. "Ah, 18 alunos, é muita gente na sala de aula, 18 alunos vai atrapalhar a educação". O babaca rico que já estudava não queria que o pobre tivesse a chance", disse, evocando o discurso de ricos e pobres, e dizendo que prefere governar para os últimos.

"Eu digo todo dia: governo para todos, não discrimino ninguém. Mas faço como a minha mãe. Se eu tiver um bife, não tem um filho mais bonito que vai comer sozinho não. Todos vão dar uma lambidinha."

MAIS VERDADES - Lula culpou seus antecessores pela violência urbana ao dizer que "a política econômica estabelecida neste país nos últimos 40 anos fez gerar duas gerações de jovens sem oportunidades". Então lembrou ser o oitavo filho de uma família pobre, na qual "ninguém virou bandido, nem nunca roubou um centavo".

Depois, falava da frustração de não ter podido estudar mais - ele não tem curso superior - quando então confidenciou que, se pudesse, teria optado pela economia. Num momento de preocupação com a inflação e freqüentes críticas de bastidores à atuação do ministro Guido Mantega (Fazenda), ele alfinetou: "Porque economista é uma beleza. Quando economista é oposição, ele tem solução para tudo. Quando ele chega no governo, não tem solução para nada".

O presidente ironizou o desempenho da seleção nas Olimpíadas, ao dizer que "se os jogadores da seleção olímpica tivessem a mesma garra que os estudantes do Prouni, a gente teria agora que disputar medalha no domingo". Alguém da platéia lembrou que o futebol feminino ainda está na disputa.

"Ah, as mulheres são as mulheres... Por isso é que eu sou cada vez mais mulher", aproveitou. Ao seu lado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), tida como o nome do PT para 2010, sorriu. Ao fim do discurso, Lula disse esperar que quem vier depois dele seja melhor. A platéia, formada na maioria por petistas e simpatizantes do governo, interrompeu sua fala aos gritos de "Dilma, Dilma".

Fonte: Com informações da Folha de S. Paulo

Embora a revista Veja se esforce para desclassificar a educação no Brasil, que não anda mesmo muito boa, mas merece um debate sério, o Governo Lula não tem medido esforços para avançar na qualidade do ensino. Lembro-me da ampliação das universidades federais pelo país afora, lembro-me da decisão governamental de fazer retornar o ensino de Filosofia e Sociologia. Agora, o presidente sanciona a lei 11.769 que ordena a obrigatoridade do ensino de música na educação básica.

A opinião do compositor Felipe Radicetti, publicada em A Tarde, sintetiza tudo: “A sanção deste projeto de lei cria um novo paradigma. A presença da música nas escolas tem uma importante função de mediação das relações sociais, mas também é importante pelo caráter de transdisciplinaridade que ela tem. A música pode auxiliar na matemática, no português, na história, na geografia, quer dizer, pode permear todas as matérias”.

Daniela Mercury festejou: “Acompanhei todas as etapas desse processo, fui a Brasília, junto com outros artistas, para um encontro com o ministro da Educação, Fernando Haddad e, um dia antes da sanção do presidente Lula, entrei em contato, novamente, com o ministro e com nosso presidente para pedir que o projeto fosse sancionado. Finalmente, nossas crianças voltam a ter no currículo escolar a disciplina Música”.

Evidentemente, a sanção da lei não esgota o assunto. Não somente os educadores, mas toda a sociedade deve debater qual a educação musical que serve melhor ao Brasil. A música é um direito da criança. Hoje, impera o analfabetismo musical. Como disse a professora baiana de Música, Carmen Mettig, a música socializa, educa, disciplina, harmoniza, equilibra o sistema nervoso, trabalha o emocional, a sensibilidade”.
Felizmente, o ministro Fernando Haddad, da Educação, é aberto ao diálogo. Começa agora uma nova etapa, a da construção de metodologia e da capacitação de professores.

Deu no site Bahia Notícias, do jornalista Samuel Celestino:

O candidato tucano Antônio Imbassahy foi mal orientado e, em conseqüência, impediu, a partir de decisão judicial, que seu nome fosse citado na Rádio Metrópole, o que é uma mordaça e ameaça à liberdade de imprensa. Se considerasse prejudicado em sua imagem o processo seria outro, e não a mordaça.

Esse tipo de processo não dá certo e jamais dará. Mário Kertész passou a chamá-lo de "o Inominado", aquele de nome impronunciável. Pior para o candidato. Foi por um caminho errado e acabou escorregando. É a tal história do dito popular: "Quem não sabe rezar, xinga Deus".

No primeiro dia de programa eleitoral, o candidato a prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PSDB) partiu logo para propostas. É que tem pouco tempo de TV.

Prometeu criar 100 novos postos de saúde, sem precisar de verbas federal e estadual. Também prometeu construir nada menos que mais três novas maternidades.

As rimas do jingle chamaram atenção: “Experiênciahy, esperançahy, competênciahy, mudatudahy, tavoltandoahy, Imbassahy”.

Como ficou oito anos na prefeitura de Salvador, seria o caso de perguntar:

Imbassahy, por que então não fez tudoissoahy?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu aprovar a extensão da licença-maternidade para seis meses, segundo informou hoje (20) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista a emissoras de rádio do estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no programa Bom Dia, Ministro.

“O presidente já decidiu que vai aprovar, não vai vetar esse projeto de modo que esse benefício seja estendido a todas as mulheres brasileiras”.
Mantega disse que teve de mostrar ao presidente “quanto custa o negócio”. Ele disse que é fácil aprovar uma lei que traz um benefício, mas a Fazenda tem de dizer quanto vai custar isso para a União.

“O custo disso é de R$ 800 milhões por ano. E eu sou obrigado, como ministro da Fazenda, a dizer ao presidente: 'Olha vai custar isso e, portanto, temos que ter verba no nosso orçamento para viabilizar”.

Fonte: Agência Brasil

No primeiro dia do programa eleitoral, segundo o jornal Valor Econômico (20/08/08), “em Salvador, o prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por tabela, do governador da Bahia, Jaques Wagner, foi usado de forma explícita pelos vereadores da chapa encabeçada pelo PT no horário eleitoral: "Vote no time de Lula e Wagner" era o slogan da coligação.

Já o programa de Walter Pinheiro (PT) e da vice Lídice da Mata (PSB) foi dirigido àqueles que votaram em Lula e em Jaques Wagner. "Viu como o Brasil mudou e como a Bahia está mudando?", destacou a locutora.

“Já o DEM usou a imagem do senador Antonio Carlos Magalhães de forma comedida e sutil, como quem pisa em ovos. Mostrou fotos de um ACM jovem, responsável pela reforma que restituiu à Câmara de Vereadores a sua fachada original. O primeiro vereador a aparecer no programa foi Paulo Magalhães Jr., que disse que junto com ACM Neto, seu primo candidato a prefeito pelo DEM, será possível melhorar a cidade”.

Será lançado na Bienal do Livro, em São Paulo, nesta quinta-feira, 21 de agosto, o livro de artigos e crônicas, da poetisa e jornalista Maria Aparecida Torneros, intitulado "A mulher necessária". São mais de 100 textos, distribuídos em 230 páginas, que ela escreveu ao longo de 38 anos de profissão e foram publicados em jornais como A Tarde, de Salvador, em sites como Observatório da Imprensa, em revistas e blogs.

O livro conta com três prefácios: um, do publicitário e poeta Theo Drummond, outro do jornalista baiano Vitor Hugo Soares e um terceiro escrito pelo advogado, ex-deputado e ex-ministro José Dirceu. Aliás, no site do Zé Dirceu tem um excelente depoimento dela sobre os “idos de 68”. O livro será lançado também, no Rio de Janeiro, em 2 de setembro. Atualmente, Maria Aparecida trabalha na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP).

Em Salvador , o lançamento será em novembro.

POEMAS DE APARECIDA TORNEROS AQUI

Sobre a matéria de capa da revista Veja: "O inssino do Brasiu é ótimo"

A VEJA, como já sabemos, é capaz de tudo. Até de se superar. Pois é isso que faz essa semana com sua edição a respeito da educação no Brasil, com direito a capa. Mandou fazer uma pesquisa entre os pais e professores e como eles aprovaram o ensino brasileiro - a revista ficou indignada.

Para ela o ensino não só vai mal - o que é uma obviedade - como precisa ser comparado com o ensino de 5, ou 10, ou 20 anos atrás, porque o fato de estar hoje dirigido para formar cidadãos constitui-se, para a revista, em uma violência, quase uma ditadura.

VEJA defende a neutralidade no ensino, e quer que os professores e professoras - estas, maioria - ensinem objetivamente aos estudantes de forma politicamente neutra, já que o Estado é laico.

A revista propõe deixar para a TV, as emissoras de rádio, a imprensa, enfim a própria e as demais revistas, o papel de formar a consciência dos estudantes e cidadãos, como se fosse possível um Estado sem ideologia e sem um discurso nacional sobre a história do pais.

Quer que se aja em relação a educação como se não existisse a história oficial no Brasil e em todo mundo, começando pelos países desenvolvidos, democráticos como dirá a VEJA.

Ao exigir neutralidade do Estado o que os donos da revista querem é que eles possam controlar a formação cívica e cidadã dos brasileiros e brasileiras. Eles detêm o monopólio dos meio de informação e no exercício deste não permitem essa pluralidade, neutralidade e objetividade que exigem do Estado.

Fonte: site do Zé Dirceu

Sobre a matéria de capa da revista Veja: "O inssino no Brasiu é ótimo".

Ao afirmar que, através do professor, o Estado se impõe como autoridade e o aluno não tem como se defender do poder deste, VEJA (leia nota acima) parece estar se referindo aos meios de comunicação no país. Estes, sim, impõem o que querem.

Através deles o cidadão não é informado sobre os fatos, mas sim, já os recebe com uma avaliação e com a posição política dos comentaristas e articulistas de nossos jornais escritos, dos telejornais e dos noticiosos de rádio.

Ao defender que a formação política de cada um é uma questão individual e familiar, a revista se supera de novo. Faz essa defesa como se ela e os outros meios de comunicação não fossem hoje no Brasil o principal meio de formação da cidadania.

REALIDADE SOCIAL E ECONÔMICA IMPÕE-SE A ESSAS TENTATIVAS

Felizmente, não conseguem convencer a maioria sobre suas idéias, exatamente porque existe uma grande pluralidade de agentes políticos e sociais, como partidos políticos, entidades, escolas, as famílias e as empresas.

Esta vida em sociedade e a realidade social e econômica do país se impõem às tentativas da mídia de formar a opinião da cidadania, como ela sonha fazer - e faz com uma parte de seus leitores.

O que a VEJA quer é manter a visão da história do país e do mundo que predominava nas escolas quando a sociedade não era democrática e quando as classes trabalhadoras não tinham ocupado seu lugar na vida política, econômica e social do país.

A revista quer uma escola ensinando a história oficial dela, das classes dominantes e não a história real do Brasil e do mundo de hoje.

Fonte: site de Zé Dirceu

O publicitário Washington Olivetto é insuspeito para falar. Nunca aceitou fazer propaganda política. Por várias razões. Não gosta da ingerência dos palpiteiros de comitês. Não concorda com o “obrigatório” do programa eleitoral. Mas, ele afirma que a propaganda na TV ainda tem forte impacto. Não nas camadas jovens, mas em muitas camadas populares de um país continental. Com os escândalos de caixa 2 em campanhas publicitárias políticas ele acha que as verbas milionárias vão sumir e o conteúdo será revalorizado. Também acha que o “denuncismo” na TV está esgotado.

Albino Rubim, doutor em comunicação da Universidade Federal da Bahia, avalia que os candidatos têm que interagir com os meios de comunicação na Era da Mídia. E a TV ocupa um espaço privilegiado, tanto pelo impacto audiovisual quanto pela amplitude da difusão. Daí a importância dos palanques eletrônicos do horário eleitoral obrigatório e gratuito, um espaço para a conquista do voto.

Ou seja, o programa eleitoral pode ser chato para uma parte da classe média e até em determinado momento para o povão. Mas é pelo programa eleitoral que a opinião será formada, meio caminho para a decisão do voto.

Começa hoje o horário eleitoral. Serão 45 dias de propaganda no rádio e TV. É muito pouco tempo para uma verdadeira exposição de projetos políticos. Mas os donos das emissoras acham uma eternidade. Não se pode condenar o horário eleitoral gratuito. Tendo grande audiência comercial ou não. É a chance para que 130 milhões de eleitores nos 5.500 municípios do Brasil ouçam alguma informação sobre os 15 mil candidatos a prefeito e 350 mil candidatos a vereador.

O horário eleitoral democratiza as oportunidades, mais que no sistema dos EUA onde os candidatos dependem do poder econômico, numa democracia só para ricos.

Tenho algumas dúvidas. Será mesmo que os políticos conseguem engabelar os eleitores? Não terá o eleitor aprendido alguma coisa em 20 anos de horário eleitoral? A engenharia dos marqueteiros é realmente definitiva para persuadir ou seduzir o eleitor? Conseguirá, por exemplo, o candidato do DEM, ACM Neto, em Salvador, iludir o eleitorado e convencê-lo que ele realmente é o que representa o “novo”?

O desenvolvimento e a geração de emprego são os grandes desafios dos gestores públicos, e os candidatos a prefeito precisam estar preparados para enfrentá-los. A solução está espalhada Brasil afora: as micro e pequenas empresas, que hoje representam 97,5% do total de empresas do país e empregam formalmente 51% da força de trabalho, o que equivale a 13,2 milhões de empregos com carteira assinada e 38% da massa salarial.

O Guia do Candidato Empreendedor 2008 foi lançado oficialmente na Câmara Federal (08/08/08). Lá estão sugestões para promoção do desenvolvimento local por meio de incentivos aos micro e pequenos negócios, conforme estabelece a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - a Lei do Supersimples. É um item básico na administração pública, junto com saúde, educação, segurança e infra-estrutura.

No caso de Salvador, os candidatos a prefeito têm outro desafio. Na Bahia existe o Programa Estadual de Microcrédito. Ele beneficia diretamente o trabalhador autônomo e está presente em 142 municípios, menos na capital. O Programa é executado pela parceria entre a Secretaria do Trabalho e Renda (SETRE), Desenbahia, Sebrae e prefeituras municipais. Até hoje nenhum prefeito de Salvador levou a sério a implantação do microcrédito na cidade. Dá muito trabalho e poucas manchetes.

Novela é uma coisa muito chata, noticiário de TV é outra coisa chatíssima dado o grau de manipulação da realidade. O horário eleitoral também é muito chato. Na televisão quase tudo é chato. Mas certos intelectuais, jornalistas, formadores de opinião, acham que o horário de TV é mais chato que o resto. É que defendem o ponto de vista dos donos das emissoras de TV. Horário eleitoral é chato para eles porque atrapalha o faturamento. Eles só têm compromisso com o faturamento, anúncios, propaganda, a outra mentira sutil, às vezes nada sutil. Tem hora que também acho chato o horário eleitoral, mas, é a forma mais eficiente para que a população tome contato com os candidatos. Jornal impresso também é chato, mas a população tem que ler para se informar, mesmo que as notícias sejam seletivas e editorializadas. Rádio é chatérrimo, mas é um ótimo instrumento de registro geral de queixas populares. Acho chato ler jornal, mas leio. Acho chato ouvir certas emissoras, mas ouço. Acho chato certas colunas de jornal, mas leio. Se acho tudo chato por que não assistir ao programa eleitoral? Hoje, Walter Pinheiro, candidato do PT à prefeitura de Salvador, abre o horário eleitoral. Vou ouvir o que tem a dizer.

O bispo de Barra, dom Luis Cappio, erra ao misturar o exercício da cidadania com sua crença religiosa. É um homem de bem, mas, está cada vez mais confuso. Não sabe agora em quem votar, se no candidato do PT, se no candidato do PP. Diz estar arrependido por ter votado no PT por causa do episódio grotesco de sua greve de fome contra a transposição do rio São Francisco. Em Barra, o PT apresenta a candidatura do advogado Aurélio Soares de Andrade. O bispo afirma que se votar no Aurélio Soares de Andrade não é pelo PT, mas sim pela pessoa do Aurélio Soares de Andrade. A outra alternativa é votar no engenheiro conservador Artur Silva Filho, do PP. Por vias das dúvidas, nenhum deles fala nada sobre a transposição das águas do rio São Francisco. Afinal, o bispo tem muita influência na cidade. Dom Luis Cappio transformou as águas do rio São Francisco em sua crença religiosa. Confunde a administração do município que engloba gestão de verbas públicas, atenção para o povo, manutenção da cidade e tudo o mais com a transposição das águas do rio. Continua confuso esse bispo.

O Bolsa Família injeta na Bahia R$ 1,2 bilhão por ano. A Bahia é o estado que mais recebe recursos do programa, que é gerenciado pelo ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Semana passada o ministro Patrus Ananias veio à Bahia dar uma força à campanha de Walter Pinheiro, candidato do PT à prefeitura de Salvador.

O ministro Patrus Ananias, do Bolsa Família, foi filmado na caminhada de Walter Pinheiro em Periperi, Subúrbio Ferroviário. É justo que empreste sua imagem à campanha do PT. O Programa Bolsa Família é do PT, o ministro Patrus Ananias é do PT, Walter Pinheiro é 13, do PT. Continuo achando que o cenário eleitoral vai mudar radicalmente.

Mas, a disputa é dura. Os candidato ACM Neto, do DEM, e Imbassahy, do PSDB, resolveram agora copiar as boas práticas de gestão das prefeituras do PT pelo país afora. Eles tentam se apropriar de propostas das administrações do PT de Belo Horizonte e Porto Alegre.

ACM Neto tem a cara-de-pau de dizer que vai “aumentar” a cobertura do Plano de Saúde da Família (PSF). Ora, o DEM sempre considerou a saúde como gasto. Eles pregam o estado mínimo, a privatização da saúde. Não é verdade o que ele afirma. Está enganando a população. Imbassahy ficou oito anos na prefeitura de Salvador e promete descentralizar a administração. Mas, como? Por que não fez?

ACM Neto promete respeitar o candomblé. Mas, como? Seu candidato a vice-prefeito é Márcio Marinho, pastor da Igreja Universal, aquela que demoniza e persegue o candomblé ACM Neto está mentindo, para o eleitor ou para o bispo Marinho.

Essa vai ser a campanha eleitoral da enganação! Tadinho do povo.

Antônio Imbassahy (ex-PFL e hoje PSDB) administrou Salvador por oito anos. Depois dele veio João Henrique (PMDB), que está sofrendo muitas críticas de Imbassahy. A última de Imbassahy foi fazer o "compromisso" de transformar o Hospital João Batista Caribé em maternidade. É o caso de se perguntar a Imbassahy, por que não fez antes?

A Tribuna da Bahia publicou hoje (18), na coluna Raio Laser, que a imprensa não se solidarizou com Mário Kertész pela mordaça com que o candidato do PSDB, Antônio Imbassahy, calou a Rádio Metrópole. A imprensa não sei, mas o blog Bahia de Fato se manifestou em primeira mão. É uma verdadeira censura à imprensa via judicialização da campanha eleitoral. Essa de proibir a simples menção do nome Imbassahy é um verdadeiro atentado.

De volta dos Estados Unidos, onde se encontrava a passeio, Mário Kertész falou de tudo, menos de Imbassahy. Terá o neotucano silenciado o velho guerreiro?

LEIA A NOTA EDITORIAL DO JORNAL METRÓPOLE

Imbassahy consegue liminar que proíbe Metrópole de falar a seu respeito

É público e notório que nem todo mundo tem estrutura para agüentar críticas. E se essas críticas são, na verdade, a mais pura realidade, a carapuça pode caber direitinho. Antonio Imbassahy, duas vezes prefeito de Salvador e ex-cria carlista, reafirmou que no seu DNA ainda estão os resquícios do modo de governar do seu antigo tutor.

Em uma ação judicial contra a Rádio Metrópole, ele conseguiu liminar proibindo a emissora de emitir opinião a seu respeito, seja positiva ou negativa. A liminar foi concedida em 12 de agosto pelo juiz Everaldo Cardoso de Amorim do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia e comunicada a emissora no dia 14. Em caso de descumprimento, a pena é de R$10 mil.

A atitude é um tanto radical, já que a emissora não foi procurada pelo candidato em nenhum momento, e questionável já que Imbassahy pousa de democrata e se alia a partidos de esquerda.

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima questionou a atitude. “A iniciativa não me surpreende. Isso é da própria origem dele. Imbassahy está revestido dessa nova pele, de cordeiro, mas ele é filho adotivo do carlismo”, afirmou.

Geddel disse ainda que a atitude do candidato a prefeito não o surpreendeu. “Ele já entrou na Justiça para cassar a candidatura de João, pediu ao Judiciário uma busca na sede do PMDB e agora está censurando uma rádio. O candidato do PSDB precisa controlar o seu nervosismo", criticou.

Os advogados do neotucano alegam que o candidato se sentiu ofendido porque o apresentador Mário Kertész, durante o Jornal da Bahia no Ar e Jornal do Meio Dia dos dias 5 e 8, comentou que o candidato não havia permitido que sua esposa Márcia Imbassahy concedesse entrevista ao Jornal da Metrópole. Vale ressaltar que a justificativa dada pela assessoria do candidato é que Márcia é uma mulher tímida e que por isso preferia se calar.

O Grupo Metrópole reforça seu compromisso em informar a toda a população os assuntos referentes a cidade. Mais do que isso, reforça os espaços para que todos se manifestem, inclusive àqueles que preferem nos calar ao invés de se defender.

LEIA NOTA DO BLOG BAHIA DE FATO

Imbassahy usa a tática da mordaça contra Rádio Metrópole

O autoritarismo faz parte do DNA de Antônio Imbassahy (ex-PFL), candidato do PSDB à prefeitura de Salvador. Atendendo representação do candidato tucano, a Justiça Eleitoral simplesmente PROIBIU que a Rádio Metrópole faça qualquer menção ao nome “Imbassahy”. Mário Kertész e os demais radialistas não podem falar o nome “Imbassahy” nem contra nem a favor.

É muita burrice política. A proibição não incluiu o jornal nem o site. O jornal semanário Metrópole foi parado na rotativa para mudança de capa. Agora, a manchete de capa é: A Tática da mordaça: contestado, e apavorado, Imbassahy não suporta críticas e censura a rádio Metrópole. De Nova York, onde se encontra a passeio, o dono da emissora, Mário Kertész, sugeriu aos radialistas que somente mencionem “aquele candidato com nome de praia”. É que no Litoral Norte da Bahia tem uma praia chamada Imbassahy.

Distribuído gratuitamente o semanário Metrópole, naturalmente, não vai dar para quem quer.

ACM Neto aprendeu bem a baixaria na política com seu falecido avô ACM. Sábado, distribuiu para a mídia de Salvador uma foto de uma cadeira vazia. Disse que era a cadeira do candidato-prefeito João Henrique (PMDB), que não pode comparecer por motivo de doença ao debate promovido pela Federação dos Trabalhadores do Estado da Bahia (Fetrab).

Instantes depois, demagogicamente, ACM Neto teatralizou um festival de puxões de orelhas em sua assesoria. Disse que não vai "tolerar" este tipo de procedimento na equipe. Quem não te conhece que te compra. Baixaria é com a famiglia mesmo. Para quem ja declarou diante das telas de TV que iria "dar uns tapas no presidente Lula" isso é fichinha.

O falecido ACM adorava dar uns chutes nos assesores. Não vai chutar ninguém não?

Desde a década de 1920 até o ano de 1986 as pessoas diagnosticadas com hanseníase, mais conhecida como lepra, eram internadas compulsoriamente em hospitais-colônias. Elas tiveram seus direitos violados e em conseqüência o Governo Lula está indenizando todos que sofreram essa violência. Na Bahia existiu uma colônia.

Entretanto, do total de 1.297 casos de indenização aprovados, pela Comissão Interministerial de Avaliação (Hanseníase), para concessão de pensão vitalícia apenas um caso é da Bahia. Das duas uma, ou na Bahia não existiu internamento compulsório de leprosos ou está havendo algum descaso institucional. Parece que indenização a leproso não dá voto, nem gera leitor tal o silêncio da mídia...

Um balanço feito pela Comissão da Secretaria Especial dos Direitos Humanos revela que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, apresentam o maior número de pessoas que receberam o benefício. No primeiro semestre deste ano, 382 processos foram aprovados pela comissão, 124 retirados para diligências e 18 indeferidos.

O benefício da pensão vitalícia de R$ 750 mensais é exclusivo para as pessoas que foram afastadas do convívio social e familiar e ficaram confinadas pelo estado em hospitais-colônia até 31 de dezembro de 1986.

A história da hanseníase no Brasil é feia. Bem nazista. Desde a década de 20 até 31 de dezembro de 1986, as pessoas doentes eram obrigadas pelo Estado a se isolarem ou se internarem em hospitais-colônias, para evitar o contato com outras pessoas.

Assim, elas eram afastadas de suas famílias e todo o seu círculo social, onde dificilmente conseguiriam se reinserir. O isolamento era feito sem levar em consideração a idade da pessoa, mesmo crianças eram levadas para as colônias, independentemente de autorização própria ou do responsável. Após o período de confinamento obrigatório, algumas dessas pessoas tentaram se reinserir na sociedade, porém o preconceito impediu essa integração e, por fim, muitas precisaram voltar para as antigas colônias que se transformaram em vilas residenciais.

Comissão da Hanseníase AQUI

O primeiro passo para fortalecer as políticas sociais do governo federal é ter à frente das prefeituras pessoas aliadas ao presidente Lula. É preciso garantir que a população tenha acesso a programas como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada que dá um salário-mínimo aos idosos. Assim falou o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ao acompanhar o candidato do PT à prefeitura, Walter Pinheiro, numa caminhada em Periperi, no Subúrbio Ferroviário, na manhã de sábado (16). À tarde, Patrus e o governador Jaques Wagner abriram a 19ª Conferência Mundial de Serviço Social, no Centro de Convenções da Bahia.

Presente, a candidata a vice-prefeita, deputada federal Lídice da Mata (PSB), ressaltou que Walter Pinheiro, que nasceu e cresceu no bairro Escada, do subúrbio, tem legitimidade para representar a região. O mesmo não se pode dizer de ACM Neto, do DEM, que nasceu em berço de ouro e foi fazer marketing eleitoreiro dormindo uma noite em Periperi, faltou dizer. Na caminhada de Walter Pinheiro estavam os deputados petistas Nelson Pelegrino, Luis Bassuma e Yulo Oiticica, além do secretário Estadual da Educação, Adeum Sauer, e do secretário de Desenvolvimento Social, Walmir Assunção.