14 de julho de 2007

 

Blog do Zé Dirceu virou site

Às vésperas de completar um ano o blog do Zé Dirceu virou site. O endereço agora é www.zedirceu.com.br . Está melhor, mais completo e mais rápido. E as idéias continuam fervilhantes. A direita brasileira não vai eliminar muito facilmente o Zé Dirceu da vida política nacional. Se como blog virou referência, como site vai fazer um grande estrago. Naturalmente, o blog do Zé Dirceu continua dentro do site. (http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/). Na página de rosto do site tem um artigo de João Jorge, guerreiro do Olodum, intitulado Esperança no Rufar dos Tambores.

 

Feirantes e governo debatem futuro da Feira de São Joaquim

Representantes dos feirantes e do governo da Bahia estão reunidos neste sábado e domingo (14 e 15 de julho), no IPAC (Pelourinho) para discutir propostas para a Feira de São Joaquim. O objetivo é uma intervenção ampla na Feira, tendo como meta principal a sua preservação e valorização enquanto fenômeno cultural. É uma nova fase.

A Feira de São Joaquim passou décadas esquecida dos poderes públicos e chegou a ser ameaçada na administração Antônio Imbassahy (PFL). Pessoalmente, testemunhei a derrubada de um muro da vergonha construído por ele. Queria esconder a feira dos olhos da classe média. O então vereador Emiliano José (PT)participou da derrubada. Agora, reconhecida como patrimônio imaterial, luta por infraestrutura, segurança e melhorias nos boxes.

A primeira reunião ocorreu na verdade na sexta-feira, 13, com participação do Ministro da Cultura interino, Juca Ferreira, dos secretários estaduais Márcio Meirelles (Cultura) e Luiz Alberto Santos (Promoção da Igualdade), da presidente da Conder, Maria del Carmem, do presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, e da Fundação Gregório de Mattos, Paulo Costa Lima, e ainda políticos do bem, representantes de Governo e de organizações da sociedade.

Joel Nascimento, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes e Ambulantes de Salvador (Sindifeira) fala em resgatar a história dos saveiros, que vinham do Recôncavo para abastecer Salvador. Não basta tombar a feira como patrimônio cultural. Juca Ferreira fala em integrar a feira com a Baía de Todos os Santos. Márcio Meirelles fala em reurbanização, mas com fortalecimento da vida cultural que fervilha nos saberes e tradições. A Oficina Feira de São Joaquim promovida pelo MINC vai propor a forma e o financiamento da intervenção almejada.

São outros tempos, tempos de Wagner e Lula.

 

A Tarde comprova que não vale a pena ler jornal pela manhã

Lula tem razão. É melhor não ler jornais pela manhã. Aborrecem. Veja o caso do jornal A Tarde, deste sábado, 14. Forçando a barra na matéria intitulada “PAC privilegia prefeituras aliadas”, à página 18, o jornalista Flávio Oliveira vincula a escolha dos municípios beneficiados pelas obras do PAC, anunciadas em Salvador pelo presidente, a uma escolha política.

Tais municípios seriam administrados pelos “aliados” do governo e por isso teriam sido escolhidos. Evidentemente é uma mentira. Até um cego dá para ver que as cidades selecionadas seriam selecionadas fosse qual fosse a vinculação partidária. Salvador, se estivesse sendo administrada pelo DEM ou pelo capeta, teria que ser beneficiada, assim como as médias cidades baianas e a maioria da região metropolitana.

O jornalista ainda ouviu a ministra explicar os fundamentos baseados no impacto social, na concentração populacional, fatores elementares. O jornalista ouviu burocraticamente a ministra Dilma Roussef, mas o lead já estava pré-fabricado. Tarefa cumprida. A matéria depõe contra o currículo do jornalista porque se alinha ao que tem de pior na imprensa nacional. Não é apenas um equívoco, é uma mentira midiática e desinforma a população.

Como a dar razão a Lula, que aconselhou Wagner a não ler jornais pela manhã, o jornal A Tarde, na mesma edição do dia 14, em seu editorial intitulado “Maus Conselhos”, deturpa o que Lula disse e, de certa forma, fortalece o que realmente Lula disse. O presidente não aconselhou Wagner a não ler de forma generalizada, como dá a entender o texto. Lula aconselhou Wagner a não ler jornais pela manhã, para não começar o dia aborrecido.

O editorialista de A Tarde sequer leu o próprio jornal. Mesmo timidamente, A Tarde já noticiou que o prefeito Luiz Carlos Caetano, de Camaçari, teve seu nome retirado do processo gerado pela Operação Navalha pela juíza Eliana Calmon, a mesma que equivocadamente ordenou a prisão do prefeito, com base no relatório aloprado da Polícia Federal.

Ficou provado que Camaçari não tem obras com a Gautama, não tem contrato com a Gautama e nunca pagou nada à Gautama. A matéria do jornalista, o texto forçado, o título escolhido, o editorial com base em informações erradas, tudo isso reforça o conselho muito específico do presidente Lula. Não vale a pena ler jornal pela manhã, não comece o dia aborrecido.

13 de julho de 2007

 

Presidente Lula faz desagravo a Jaques Wagner e ao prefeito de Camaçari Luiz Carlos Caetano

LEIA A COBERTURA DO JORNAL A TARDE:

FLÁVIO OLIVEIRA
foliveira@grupoatarde.com.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou sua segunda passagem pela Bahia este ano para, em meio ao anúncio de verbas para o PAC do Saneamento e da Habitação no Estado, fazer um desagravo a dois antigos companheiros petistas, emprestando seu prestígio popular ao governador Jaques Wagner e ao prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.

O apoio a Wagner se deveu às vaias que o governador recebeu durante a caminhada do 2 de Julho.

Caetano foi detido na primeira fase da Operação Navalha da Polícia Federal, que investigou uma suposta quadrilha que fraudava obras públicas. A referência a Caetano foi curta. Apenas o apelo para que não ficasse triste e erguesse a cabeça. Caetano e auxiliares investigados pela PF foram excluídos pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do processo principal, que tramita em Brasília. Os fatos envolvendo a Prefeitura de Camaçari foram desmembrados do processo principal e enviados para apreciação do Tribunal de Justiça da Bahia.

O presidente dedicou mais tempo para dar conselhos ao governador Jaques Wagner. Lembrou que seu ex-ministro do Trabalho e, posteriormente, de Relações Institucionais, completou apenas seis meses de governo e enfrentou uma greve de 58 dias dos professores dos ensinos médio e básico.

Disse que não é contra a greve e que nunca seria, mas que uma greve não pode perder a racionalidade, afirmando afirmando que não se poderia esperar que um governo com seis meses resolvesse um arrocho salarial acumulado em mais de uma década.

E, tranqüilizando o companheiro, disse: “Vaia e aplauso são os dois lados da vida pública”.

Ainda sobre a greve, o presidente disse que é preciso ter inteligência para negociar e, em um rompante de ideologia, voltou a falar em governos de esquerda e direita e que, na Bahia, esta é, ao lado dos dois anos do governo Waldir Pires (seu atual ministro da Defesa), a experiência de um governo esquerdista na Bahia. Atualmente, Wagner enfrenta uma greve dos professores das universidades estaduais e uma paralisação de 48 horas (que se encerra à meia-noite de hoje) dos delegados.

CONSELHOS

Ainda durante o discurso, Lula deu vários conselhos ao governador. O principal deles foi o de não se irritar ou perder o sono com notícias negativas.

E que, quando acordasse “acabrunhado”, não lesse jornal. Também pediu que nunca deixasse algum assessor lhe telefonar depois das 22 horas com notícia ruim. A receita, segundo o presidente, seria, nos dias ruins, caminhar e ouvir o povo, que vai dar a certeza de que governar para os mais humildes é gratificante.

Lula foi o último a falar. Antes dele, falaram o governador Jaques Wagner, os ministros Geddel Vieira Lima (PMDB, Integração Nacional) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e os prefeitos de Salvador, João Henrique (PMDB); de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT); e de Vera Cruz (Nicandro Macedo). Muitos dos prefeitos presentes levaram suas próprias claques. Petistas aplaudiram Caetano e Moema.

Mas os aplausos mais sonoros foram dirigidos a Edson Almeida, de Simões Filho, e a João Henrique. Os entusiastas do peemedebista levaram cartazes escritos João e gritavam o nome do prefeito a cada vez que era citado. As mesmas pessoas também gritaram o nome de Geddel.

Esta mobilização em torno dos peemedebistas ocorre no momento em que João Henrique assiste à possibilidade de perder o apoio do PT. Correntes internas do PT defendem a saída do partido da prefeitura e lançamento de candidato próprio em 2008.

298 MILHÕES PARA HABITAÇÃO

ADILSON FONSÊCA
darocha@atarde.com.br

Cansados das promessas não cumpridas por governos anteriores, comunidades de oito áreas na periferia de Salvador tiveram as esperanças renovadas com o anúncio de que receberão obras, equivalentes a investimentos de R$ 298 milhões.

O anúncio foi feito, ontem, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a Salvador, e as obras integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na área de habitação, urbanização e saneamento básico.

Dos R$ 1.369.106.940 destinados pelo PAC à Bahia, divididos por 20 municípios, a maior parte vai para o setor de saneamento, que terá R$ 830.556.366,80, ficando o setor de urbanização e habitação com R$ 538.550.573,10, dos quais R$ 298.321.937,00 virão para oito comunidades, em sua maioria, da periferia de Salvador.

Conforme explicou a presidente da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), Maria Del Carmen, as obras serão voltadas para a requalificação de moradias, infra-estrutura e urbanização. “De uma forma indireta, essas obras se revestirão de melhorias habitacionais, pois essas comunidades passarão a contar com infra-estrutura urbana que não tinham”, disse.

Das oito comunidades que serão contempladas pelos recursos do PAC, duas delas – São Marcos e Nova Constituinte – são consideradas as mais degradadas pela Secretaria Municipal de Habitação. Segundo a secretária Ângela Maria Gordilho, nas duas comunidades, a prefeitura vai implantar os dois primeiros projetos piloto de habitação em Salvador, beneficiando duas mil em São Marcos (Baixa Fria e Baixa de Santa Rita) e 500 famílias em Nova Constituinte.

EXPECTATIVA – Na comunidade de Nova Constituinte, entre os bairros de Periperi e Alto de Coutos, no subúrbio ferroviário de Salvador, os moradores estão descrentes, apesar do anúncio de que o local será beneficiado com obras no valor de R$ 42 milhões.

Segundo a dona-de-casa Sônia Dias de Jesus, 45 anos, “aqui nem mais a esperança chega”. Ela faz alusão à Rua Esperança de Periperi, que consta como asfaltada na Prefeitura do Salvador, mas jamais recebeu obras. Outro morador, João Alberto Vieira da Silva, 39 anos, lembra que a última obra foi feita por um candidato a vereador, que fez um recapeamento improvisado na rua principal do bairro.

OBRAS PARADAS

No bairro de São Marcos, as comunidades da Baixa Fria e Baixa de Santa Rita aguardam há mais de quatro anos a realização de obras. Agora, com o anúncio de que terão R$ 35 milhões, a situação tende a mudar, explica o representante da União Nacional por Moradia Popular, Sérgio Bucão.

Em Nova Constituinte, a última obra de urbanização e saneamento foi feita na gestão da ex-prefeita Lídice da Mata (1992 a 1995), com a abertura de um trecho do Canal do Paraguari. O bairro surgiu como uma invasão de ex-moradores de áreas de riscos de desabamento nas regiões de Pau da Lima e São Marcos, em 1986.

Já na comunidade de Jardim das Mangabeiras, em Cajazeiras VIII, a promessa de obras no valor de R$ 39 milhões não consegue esconder a desconfiança dos próprios moradores. É que em fevereiro do ano passado, o governo do Estado, por meio da Conder, anunciou obras no valor de R$ 3 milhões para melhorias urbanísticas no local.

“As obras começaram em fevereiro e pararam em outubro”, disse a líder comunitária da ONG Visão Mundial, Sônia Souza Ferreira.

 

Estado ganha mais de R$ 1 bilhão para obras

Assim a Tribuna da Bahia noticiou Lula na Bahia:

Tribuna da Bahia – Sexta-feira, 13 de julho de 2007

O presidente Lula anunciou ontem à tarde, em Salvador, um investimento de R$ 1,36 bilhão em obras de saneamento básico e urbanização de favelas em 21 municípios baianos – previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – e ainda comunicou a prorrogação, até dezembro, da dívida dos produtores. O presidente se comprometeu a estudar um programa de recuperação da lavoura cacaueira para o qual o governador Jaques Wagner pediu R$ 2 bilhões.

Como os técnicos já dominam o manejo e o sistema de clonagem, este dinheiro investido ao longo de oito anos, segundo Wagner, faria com que a Bahia voltasse a ser exportadora de cacau – produto que atualmente importa. “O preço está bom no mercado internacional, é hora de tratarmos da recuperação da lavoura”, disse o governador.

O presidente também ressaltou que serão finalizados o projeto do Salitre, em Juazeiro, e o Baixio de Irecê. “Esses dois projetos de irrigação são de extrema importância para a Bahia”. O anúncio foi feito durante a cerimônia de assinatura de acordos entre o governo federal e o governo do Estado, realizada no Teatro Castro Alves (TCA), no Campo Grande, que contou com a presença dos ministros baianos Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Waldir Pires (Defesa), Márcio Fortes (Cidades), além da “dama de ferro” Dilma Rousseff (Casa Civil), que é coordenadora do PAC.

Do total de R$ 1,36 bilhão, R$ 830,6 milhões serão destinados aos projetos de saneamento e R$ 538,5 para urbanização de favelas. A maior parte deste investimento vem do governo federal: R$ 1,2 bilhão (88%). Em contrapartida, o governo do Estado investirá R$ 137,7 milhões e caberá aos 21 municípios apenas 2% de investimento, ou seja, R$ 25,9 milhões.

Além de Salvador, os projetos também contemplam mais 20 municípios: Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Santo Amaro, São Félix, Simões Filho, São Francisco do Conde, Vera Cruz, Vitória da Conquista, Barreiras, Cachoeira, Camaçari, Cruz das Almas, Feira de Santana, Itaparica, Madre de Deus, Maragogipe e Muritiba.

Ao todo, 700 mil famílias serão beneficiadas com as obras, que prevêem ampliação dos sistemas de abastecimento de água e de esgoto sanitário da RMS, despoluição da Baía de Todos os Santos com a recuperação de mananciais, erradicação de palafitas, remoção de moradias em áreas de risco e revitalização do Rio São Francisco. “Nós queremos contratar essas obras ainda este ano. Por isso, priorizamos aquelas cidades, em sua maioria com mais de 150 mil habitantes, que tinham projeto básico, licença ambiental e regularização fundiária. E quero destacar a articulação do governador Jaques Wagner para conseguirmos estar assinando esses projetos aqui”, ressaltou a ministra-chefe da Casa Civil.

O presidente Lula chegou a Salvador em plena onda de greves, como a dos professores universitários que ainda persiste e a recém-paralisação deflagrada pelos delegados de polícia. Em seu discurso, o presidente Lula aconselhou o governador Jaques Wagner a ter calma, a ouvir o povo nas ruas, mas não perder noites de sono por conta de matérias contrárias ao seu governo.

“Não leia jornal de manhã, tome café primeiro, vai trabalhar, quando o sangue estiver quente você pode ler o jornal. Vai sair uma matéria amanhã contra você, deixa sair. Não perca uma noite de sono por isso. Não fique com azia porque isso mata, você tem que ficar tranqüilo para governar. Quando você estiver aperreado, me ligue, terei sempre um bom conselho. Agora, quando o meu conselho não prestar, vai andando na rua e comece a perguntar para o povo as coisas. Certamente, com a sabedoria anônima do povo brasileiro, eles vão saber dizer as coisas boas que você tem que fazer”, disse o presidente, ressaltando que o governador não precisa se preocupar com a parceria com o governo federal. “Se eu trouxe dinheiro para o governo deles, vou trazer muito mais para o seu governo”.

No entanto, Lula condenou a onda de greves no Estado e fez um apelo aos sindicalistas. “Vocês sabem que eu jamais serei contra greve, porque fiz a primeira greve depois do regime militar. Agora, é preciso que a greve não perca a racionalidade. O companheiro Wagner tem seis meses de governo, já pegou uma greve de 58 dias. As pessoas não podem querer que alguém, que ainda está montando a máquina de governo, seja obrigado a ter condições de recuperar os prejuízos que as pessoas fizeram durante anos quando a direita governava nesse Estado, nesse município e nesse País”. (Por Raiane Verissimo)


Geddel Vieira dá o tom político da festa

Numa solenidade em que as atenções estavam mais voltadas para as cifras bilionárias do PAC e as obras programadas para beneficiar dezenas de cidades baianas com serviços essenciais, coube ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, dar o tom político que agitou a platéia. O ministro começou com uma autocrítica, defendeu com veemência a transposição do São Francisco e terminou exaltando a importância da aliança entre o PT e seu PMDB, em nome da “continuidade das grandes transformações que vivem a Bahia e o Brasil”.

Chamado, segundo ele, de surpresa para discursar, Geddel dirigiu-se ao “fraternal e queridíssimo amigo” governador Jaques Wagner para dizer que tem na vida a postura de “ouvir argumentações e posições” e, se for o caso, mudar as suas, o que ocorreu em muitas oportunidades de sua trajetória política. Assim, tendo passado de adversário a colaborador do presidente da República, atestou que “Lula é grande, porque sabe absorver os que dele discordam” e, “com um coração do tamanho do Brasil, trabalha sempre voltado para os que pouco ou nada têm, nem mesmo a esperança de dias melhores”.

O ministro beirou o poético quando comentou a transposição do São Francisco, descrevendo a terrível seca que castiga o Nordeste setentrional, “onde até os mandacarus erguem seus braços esquálidos aos céus, pedindo clemência a Deus”. E justificou a posição que adotou, de apoio ao projeto, ao qual foi contrário no passado: “Graças a Deus não sou doido. E não sendo doido, não tenho idéia fixa”. Do ponto de vista técnico, criticou os que condenam a transposição, afirmando, que “levar para regiões necessitadas 1,6% das águas do rio, águas que seriam jogadas no Oceano Atlântico, não significa matar o São Francisco”.

Referindo-se ao grupo político que governou a Bahia nos últimos 16 anos, Geddel disse que seus integrantes “agora atacam a transposição, mas nunca colocaram um centavo no orçamento” para fazer alguma coisa pelo rio ou pelas populações de suas áreas de influência. Para demonstrar as novas práticas políticas em voga no Estado, citou os recursos destinados, na própria solenidade, ao município de Juazeiro, cujo prefeito, Misael Aguilar, estava presente, no palco, ao lado do presidente Lula e demais autoridades. “Quem diria que Misael, um prefeito do PFL, poderia estar aqui?’, perguntou.

Em outras circunstâncias políticas, disse ele, adversários não teriam vez na distribuição de verbas que, em última instância, existem para beneficiar a população, seja qual for o partido no poder. E lembrou a importância de, numa época adversa, “ter dado as mãos a Jaques Wagner, trabalhado para unir o PT ao PMDB, ao PSB de Lídice da Mata, ao PCdoB de Daniel Almeida”, numa aliança que entende deve ser mantida “para o melhor futuro da Bahia” – afirmação que envolve, necessariamente, as eleições de 2008 e 2010. (Por Luis Augusto Gomes)

 

Lula "dá força" a governo de Wagner

Com esse título, assim a Gazeta Mercantil noticiou Lula na Bahia:

José Pacheco Maia Filho - Gazeta Mercantil - 13/7/2007

O presidente libera recursos para o estado e lembra que o amigo só tem 6 meses de mandato. O anúncio feito ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de R$ 1,369 bilhão de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em obras de saneamento básico e habitação (urbanização de favelas) em 21 das 417 cidades baianas foi uma tentativa de levantar o moral do governador Jaques Wagner.

Depois da surpreendente vitória e a grande expectativa criada em torno de sua eleição, o amigo do presidente e ex-ministro de Relações Institucionais não vive um bom momento em sua administração. Áreas prioritárias de sua plataforma política, como educação e saúde, não decolaram como se esperava nesses primeiros 132 dias de mandato do petista que derrotou nas urnas o "carlismo" do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA).

A experiência sindical do governador parece não estar funcionando muito nas negociações com os servidores públicos. Os professores da rede estadual de ensino ficaram no semestre passado 58 dias em greve, quase comprometendo o ano letivo de centenas de milhares de estudantes.

Os professores voltaram ao trabalho no último dia 3, mais para evitar a possibilidade da perda do ano letivo do que satisfeitos com a proposta do governo de reajuste de 4,5% para os profissionais mais graduados e 17,5% para equiparar o salário dos demais ao salário mínimo. Uma agravante que poderá causar a volta da greve é que os salários dos professores foram cortados e até ontem não haviam sido restituídos. "Nunca nos governos anteriores isso tinha acontecido", reclama o professor Romualdo Câmara.

Na saúde, depois de suspender o sistema de contratação de serviços médicos por meio de cooperativas, alegando prejuízo ao erário, o governo baiano não conseguiu preencher as 3.955 vagas abertas com o cancelamento dos contratos. Criou um caos no atendimento e está voltando a terceirizar os serviços a um custo mais alto.

Os problemas não se limitam à educação e saúde. A segurança também não está deixando a população satisfeita. O número de homicídios no estado aumentou 28% este ano. Os delegados, agentes, peritos e escrivão ameaçam parar a polícia civil nos próximos, caso não tenham reivindicações salariais atendidas.

Compreensão

O presidente Lula, em seu discurso, ontem, pediu paciência com Wagner. Argumentou que o governador tem apenas seis meses de mandato. Para ele, é preciso haver racionalidade nas greves. "Não sou contra a greve. Fui o primeiro a fazê-las no governo militar, mas é preciso compreender que Wagner ainda está ajustando a máquina e não dá para fazer em seis meses o que não foi feito em 30 anos", afirmou.

Lula aconselhou Wagner a não se "avexar". "Se eu trouxe recursos para o governo passado, muito mais vou trazer para você", disse, lembrando que o presidente não escolhe o partido que vai ajudar, nem a cidade nem o estado, mas age de acordo com a necessidade do povo. Neste momento, aproveitou e citou os nomes dos prefeitos de outras legendas adversárias, como Fernando Gomes (DEM) e Misael Aguilar (DEM), que estavam tendo suas cidades contempladas com recursos do PAC.

As palavras de Lula não puderam ser ouvidas pelas centenas de trabalhadores e servidores públicos insatisfeitos, que estavam com faixas de protesto, do lado de fora do sofisticado Teatro Castro Alves, palco da cerimônia. No momento em que as autoridades ainda chegavam à solenidade, o servidor Noel Lima manifestava sua frustração com Lula e Wagner: "Eles não estão atendendo às nossas expectativas".

No palco do teatro, a cada frase de efeito, Lula era aplaudido efusivamente.O único partido que se destacava nas camisas dos presentes, que se localizavam ao fundo do teatro, era o PMDB. Os peemedebistas, ministro da Integração Regional, Geddel Vieira Lima, e o prefeito de Salvador, João Henrique, também eram saudados entusiasticamente. Geddel reafirmou seu compromisso com o projeto de transposição do Rio São Francisco.

 

Lula disse que Nordeste não pode ser reprodutor de pobre

Assim o jornal O Estado de S. Paulo noticiou Lula no Nordeste

Angela Lacerda, O Estado de S. Paulo - 13/7/2007

Ao anunciar ontem, em Olinda, a liberação de R$ 1,4 bilhão de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento e urbanização de favelas em 20 municípios pernambucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “o Nordeste não pode continuar sendo a faixa no mapa brasileiro reprodutor de pobre”.

“Não queremos tirar nada de ninguém, queremos nos recolocar no mapa deste país”, afirmou ele, ovacionado pela platéia que lotou o Teatro Guararapes.
“Temos o direito de crescer. Nós, nordestinos, não somos apenas exportadores de pobres para os Estados mais ricos, não queremos ser só pedreiros, queremos ser engenheiros, médicos”, disse o presidente, ao defender investimento em educação.
Lula se antecipou a uma provável demora na realização das obras, que vão beneficiar 800 mil famílias no Estado, e pediu paciência. “É mais difícil do que a galinha para botar um ovo”, comparou, referindo-se à burocracia e aos trâmites a serem percorridos.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse esperar que ainda neste ano as obras do PAC em todo o Brasil tenham início. Em Pernambuco, “se tudo correr bem”, elas deverão começar a se concretizar a partir de fevereiro de 2008. Com as contrapartidas do Estado e dos municípios, as obras representam no Estado um total de R$ 1,6 bilhão.

“Quando a gente sair daqui, a obra não vai começar”, afirmou o presidente, ao pedir o esforço de governo estadual e prefeitos. “O que estamos dizendo aqui, para os prefeitos e o governador, é que o projeto de vocês é bom, está avaliado, vocês têm projeto executivo e projeto básico, o dinheiro está disponibilizado”, explicou, lembrando que o segundo passo é fazer todo o processo para licitação.

“E sabe o que acontece na licitação? Você faz, aí o empresário A ganha, o B perde. O B vai para a Justiça, aí a Justiça pára. Às vezes fica seis, sete anos. As vezes está tudo bem, aí o Tribunal de Contas diz que tem um problema. Pára. Quando está tudo mais ou menos bem, aparece um companheiro representando o instituto ambiental do Estado ou nacional e diz que está errado. Com todas essas paradas, às vezes demora um ano, dois anos, e a coisa não acontece. É complicado.”

“Esse programa (o PAC) precisa dar certo”, disse, para criticar “a mediocridade de algumas pessoas” que torcem por seu fracasso. “Mas se eu fracassar, o fracasso não é meu, o prejudicado será o povo deste país”, argumentou Lula, para ironizar: “Os que hoje querem me prejudicar, quando eu não for mais presidente, vão me convidar para fazer palestras para eles, e vão me pagar.”

AMIGOS

Mais tarde, em Salvador, onde também apresentou investimentos PAC na Bahia, Lula fez questão de mostrar proximidade com o governador Jaques Wagner. “Ficam dizendo que somos amigos, mas que não trago dinheiro para cá”, afirmou, em discurso no Teatro Castro Alves. “Mas eles vão ver que, se eu trouxe dinheiro para a Bahia no outro governo, vou trazer muito mais agora.”

O presidente fez a defesa de Wagner, que enfrenta greves de professores e pressão para aumentar salários do funcionalismo. “O povo da Bahia precisa entender que não é em seis meses de governo que você vai conseguir construir o que a direita destruiu por 40 anos neste Estado.” E sugeriu ao governador para não ficar tão incomodado com notícias ruins sobre sua administração. “Faz o seguinte: não leia jornal de manhã, para o dia começar bem”, brincou.

FRASES

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente

“Temos o direito de crescer. Nós, nordestinos, não somos
apenas exportadores de pobres para os Estados mais ricos, não queremos ser só pedreiros, queremos ser engenheiros, médicos”

“Por que o Nordeste tem de ser por mais um século a parte atrasada do Brasil?”

“Os que hoje querem me prejudicar, quando eu não for mais presidente, vão me convidar para fazer palestras para eles e vão me pagar”

 

Lula disse que Nordeste não pode exportar apenas pobre

Assim o jornal O Globo noticiou Lula em Pernambuco:

Letícia Lins - O Globo - 13/7/2007

Presidente critica burocracia e diz que é mais complicado e sofrido tocar obras do que galinha botar ovo

Em visita a Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o
Nordeste não pode exportar apenas pobres e continuar sendo a "faixa do mapa brasileiro reprodutor de pobres", ao anunciar os 20 municípios e as obras beneficiadas com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) no estado.

Lula também fez críticas severas à burocracia, que dificulta a liberação de verbas e o andamento de obras do PAC.

- Eu tenho as costas calejadas de tanto apanhar. No Nordeste, quando não se morre de fome até os 5 anos, pode ter certeza de que se vai viver bastante. E essa é uma lição de vida. Sei que tem gente que reclama. Que é até contra aprovação de zona de processamento de exportação no Senado, porque a ZPE vai acabar com a indústria de não sei onde. Mas o que queremos é tornar o Brasil mais equânime - disse.

- Não queremos tirar nada de ninguém, mas nos recolocarmos no mapa deste país. Não queremos ser apenas exportadores de pobres para os estados mais ricos. Não queremos ser só pedreiros, queremos ser engenheiros, médicos. Daí porque temos que investir em educação no Nordeste, na formação de doutores - disse.

Obras de saneamento e urbanização

Em meio aos entraves que têm retardado obras como a transposição do Rio São Francisco e das usinas do Rio Madeira, Lula criticou a burocracia brasileira e fez um apelo a governadores e prefeitos para que, juntamente com a sociedade, assumam o compromisso de lutar contra o problema, que provoca morosidade na administração pública. Lula fez o comentário ao anunciar, em Recife, a liberação de R$1,415 bilhão do PAC para Pernambuco, a maior parte para serviços de saneamento básico e a urbanização de favelas próximas a córregos e rios.

- Entre vir aqui, dizer que tem o dinheiro, o governo dizer que tem o projeto, a gente assinar, até terminar o processo de licitação, com o corpo de leis, com o Tribunal de Contas, com muita coisa, leva de quatro a cinco meses para começar a obra. É mais difícil do que a galinha botar o ovo. É complicado. Lá ela sofre. Ela sofre, mas bota o ovo. Aqui a gente sofre e o ovo demora mais tempo do que deveria - reclamou, lembrando que, se tudo correr bem, até fevereiro as obras estarão iniciadas.

Protestos e aplausos em Recife

Lula falou para mais de 1.300 pessoas, no maior auditório do Centro de Convenções de Pernambuco, onde esteve acompanhado de quatro ministros. Ele chegou em meio a protestos isolados. Vários movimentos colocaram faixas no local, como "Qual a diferença entre Lula e FHC? Todos enganaram para chegar ao poder", "Presidente, não tente tirar dos servidores o que sempre defendeu, o direito de greve" e "Comprar na Caixa, hoje um sonho, amanhã um pesadelo". No entanto, o presidente foi aplaudido mais de seis vezes em seu discurso.

Ao defender a necessidade da urgência das obras, Lula disse que sabe o que é acordar com "a merda boiando na ponta do nariz". O presidente, que ao se mudar para São Paulo chegou a morar em cortiço sem abastecimento e em casas facilmente inundáveis a cada temporada de chuva, disse entender a pressa da população.

- Saí de uma casa e fui morar em uma outra nova, com cheiro de tinta, em julho de 1963. Mas, em janeiro de 1964, acordei à meia-noite com rato disputando espaço com barata, a merda boiando na ponta do nariz, a água batendo no colchão. Vivi isso na década de 60, e hoje, em 2007, ainda tem gente enfrentando esse problema porque não foi feito o que deveria ter sido feito pelos governantes - disse.

Lula a Severino: "Eu sei o que é a vingança da elite"

No final, Lula, que já tinha pedido paciência à sociedade devido à burocracia estatal, apelou para um outro tipo de paciência, dessa vez contra acusações que atingem as autoridades, dirigindo-se ao governador Eduardo Campos (que já respondeu por suposto envolvimento no escândalo dos precatórios) e ao ex -presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), que estava na platéia - Severino renunciou ao cargo, no escândalo do mensalinho, para escapar da cassação.

- Eu sei o que é a vingança da elite brasileira. Você já passou por isso, Eduardo. Estou vendo daqui o Severino, que também já passou por isso. Eu sei o que é muitas vezes o ódio de classe demonstrado desnecessariamente. Mas estou com 60 anos e sou um homem sem ódio. Ninguém vai me deixar nervoso. Só tenho um objetivo: provar que o país pode dar certo, que o povo pode viver melhor - disse.

 

Lula defende criação de ZPEs no Nordeste

Assim o jornal Valor Econômico noticiou Lula na Bahia:

Carolina Mandl e Patrick Cruz - Valor Econômico - 13/7/2007

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a criação das Zonas de Processamento das Exportações (ZPEs) como forma de reduzir as disparidades existentes entre o Nordeste e as demais regiões do país. "Queremos um Brasil equânime. Temos [nós, os nordestinos] o direito de crescer. Não queremos tirar nada de ninguém, mas não somos apenas exportadores de pobres. Queremos exportar engenheiros e médicos. Não queremos nenhuma parte do Brasil atrasada", disse o presidente, que é pernambucano, durante evento no Recife para o lançamento dos investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As ZPEs prevêem a isenção de impostos em certas regiões, desde que a maior parte da produção das empresas lá instaladas seja voltada para a exportação. No fim de junho, o Senado aprovou um projeto que faz alterações na lei que criou as ZPEs, que é de 1986. O projeto prevê 17 áreas com vantagens tributárias. Agora, o presidente da República deve fazer alguns vetos ao projeto, enviando depois ao Congresso uma medida provisório que o complementará.

Durante o evento em Pernambuco, o presidente Lula anunciou os investimentos do PAC em saneamento e habitação. O Estado receberá R$ 1,4 bilhão em recursos do governo federal, o que corresponde a 85% de tudo que será aplicado. O restante, outros R$ 257,8 milhões, serão contrapartidas municipais e estaduais. A previsão é que as obras comecem já neste ano. Ao todo, serão contemplados no Estado 20 municípios, sendo que 11 deles fazem parte da região metropolitana do Recife. A expectativa do governo é que 800 mil famílias sejam beneficiadas com os projetos.

Em Salvador, Lula preferiu dar conselhos e afagos públicos ao governador baiano, Jaques Wagner, do PT. O governador entrou em rota de colisão com os professores da rede pública estadual durante a greve da categoria, com quase dois meses de duração.

"Wagner, eu sei que você esteve chateado no Dois de Julho (data cívica da Bahia), quando os professores te vaiaram. Eu também fico chateado à vezes, mas não podemos desanimar. Tem dias em que a gente acordo esmorecido, mas temos que seguir em frente", disse o presidente. Ao derrotar o ex-governador Paulo Souto (DEM), então favorito, nas últimas eleições, Wagner passou a ser tido como um dos nomes que podem disputar a sucessão de Lula em nas eleições de 2010.
Ainda dirigindo-se ao governador, o presidente sugeriu que Wagner "não permita que assessores te liguem depois das dez da noite para dar notícia ruim. Não fique com azia, porque isso mata. Quando estiver aperreado ? , me ligue".

O presidente liderou a comitiva que passou pela Bahia para lançar no Estado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de habitação e saneamento. Os investimentos prometidos para o Estado somam R$ 1,369 bilhão. Eles se distribuem em 21 municípios, alguns deles administrados por prefeitos de partidos de oposição, como o Democratas (DEM), o que foi enaltecido por Lula como símbolo de que a decisão na distribuição dos recursos foi apenas técnica. "Não é critério político-partidário, político-religioso nem político-futebolístico", disse o presidente.

 

PAC na Bahia prioriza saneamento e habitação

ESTE É O MEU GOVERNO

Nove cidades da região metropolitana de Salvador e os cinco municípios baianos com população superior a 150 mil habitantes vão ter prioridade na implantação das verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. As principais obras serão em saneamento e habitação.

A região metropolitana de Salvador vai receber investimento em saneamento nas cidades de Barreiras, Cachoeira, Camaçari, Candeias, Cruz das Almas, Feira de Santana, Itaparica, Madre de Deus, Maragojipe e Muritiba, Salvador, Santo Amaro, São Félix, São Francisco do Conte, Simões Filho, Vera Cruz e Vitória da Conquista.

"O PAC é um programa que contempla um novo modelo de desenvolvimento, porque nós não queremos puro e simplesmente o crescimento do país. Nós queremos o crescimento do país com o crescimento de sua população", afirmou Dilma. "Por isso o PAC é também um programa de distribuição de renda e isso fica claro quando se trata de levar água tratada e esgoto para a população do país principalmente aquela que vive nas regiões
metropolitanas".

Com informações da Agência Brasil

 

Lula disse para Wagner não se "avexar" que vem mais

“Não se ‘avexe’, Wagner, porque tem muita coisa que ainda vai acontecer na Bahia”. Com esta frase, tentando imitar, com bom humor, o sotaque baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ao governador Jaques Wagner a liberação de mais recursos para a realização de obras e ações no estado, além dos R$ 1,369 bilhão anunciados (12) para as áreas de saneamento e habitação pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na solenidade, realizada no Teatro Castro Alves, em Salvador, Lula adiantou os planos do governo federal de desenvolver ações no estado com recursos do Fundo Nacional de Habitação do Interesse Social (FNHIS), além da retomada dos projetos de irrigação do Baixio de Irecê e Salitre, em Juazeiro. Ele falou ainda de ações específicas voltadas para as comunidades indígenas e quilombolas e para as cidades com até 50 mil habitantes.

SOLUÇÃO PARA CACAU

Animado, o presidente ainda garantiu a Wagner: “A questão da dívida do cacau será definitivamente resolvida”, respondendo à atenção especial solicitada pelo governador baiano, que discursou antes do presidente.

O chamado PAC do Cacau está na agenda dos despachos de Lula com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Em todo o país, o PAC prevê investimentos de R$ 504 bilhões até 2010. Segundo Lula, o PAC só foi possível graças à estabilidade econômica atingida no país.

“A casa está arrumada, com inflação controlada, sem a gente depender mais de estrangeiros, mas apenas da nossa capacidade, e este programa é apenas a grande primeira experiência do modelo de desenvolvimento que nós queremos fazer”, afirmou.

CONSELHO DE LULA

Para que as obras da primeira etapa do PAC das áreas de saneamento e habitação deslanchem o mais rápido possível, Lula sugeriu a Wagner constituir o quanto antes um conselho gestor. “Isto porque não há, historicamente, o interesse de se investir em saneamento, porque simplesmente são obras que, apesar do grande impacto, não aparecem, pois os tubos ficam enterrados, não permitindo aos políticos afixar uma placa”. Segundo Lula, de 1998 a 2001, não foram realizados sequer um investimento na área no país.

Lula também disse a Wagner que os gestores precisam se comportar como mãe. “Ela pode ter dez filhos, mas estará sempre atenta a qual deles estará precisando realmente mais dela, mesmo que os outros chorem”.

A metáfora foi usada para citar o caso da greve dos professores. “Eu jamais serei contra a greve, até porque venho do movimento sindicalista, mas também não se pode perder a racionalidade, querendo que alguém faça em seis meses o que não foi feito em 30 anos”, completou.

Ao encerrar o discurso, Lula deu novos conselhos ao amigo baiano:

“Portanto, companheiro Wagner, estamos vivendo um momento único no país e não podemos desanimar, mesmo quando querem nos acordar cedo tentando dar más notícias. Quando fizerem isso com você, me ligue pois só terei notícias boas para a Bahia”.

Com informações da AGECOM

 

PAC de Lula destina R$ 1,369 bilhão para 21 municípios da Bahia

Cerca de 700 mil famílias baianas de 21 municípios do estado serão beneficiadas com obras de saneamento e habitação orçadas em R$ 1,369 bilhão. Os recursos do Programa de aceleração do Crescimento (PAC) foram confirmados (12), em Salvador, pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Serão 21 municípios beneficiados, sendo nove deles na região metropolitana. Outros cinco municípios do interior com mais de 150 mil habitantes, além de sete com população menor que essa faixa também estão na lista. Os sete foram escolhidos pela alta incidência de mortalidade infantil, doença de chagas e malária.

As obras serão contratadas até o final desse ano. “Os critérios para a escolha desses municípios foram o fato deles já terem projetos básicos com licença ambiental prévia e regularização fundiária”, explicou a ministra Dilma Roussef.
Na região metropolitana de Salvador as obras terão como foco a despoluição da Baía de Todos os Santos e a ampliação do sistema de esgotamento sanitário de áreas degradadas. Na capital, por exemplo, serão beneficiadas áreas como a Baixa do Soronha, no bairro de Itapuã e o Jardim Nova Esperança.

Os municípios beneficiados pelo PAC na Bahia são; Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Santo Amaro, Simões Filho, Vitória da Conquista, Barreiras, Cachoeira, Camaçari, Candeias, Cruz das Almas, Feira de Santana, Itaparica, Madre de Deus, Maragogipe, Muritiba, São Félix, São Francisco do Conde, Vera Cruz.

Com informações da AGECOM -

 

Aos colegas jornalistas que repassam o lixo das agências de notícia sem pensar

DECÁLOGO PARA FALAR MAL DE HUGO CHÁVEZ

1. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel do Estado, desqualificado e enterrado por nós há tempos.

2. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele se diz anti-imperialista e esse é um tema proibido na mídia há tempos.

3. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele funda um novo partido, quando martelamos todos os dias que todos os partidos são iguais, que são negativos, que sempre refletem interesses de grupinhos.

4. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel da política, quando todo o trabalho cotidiano da mídia é para dizer que a política é irrecuperável, que só a economia vale a pena.

5. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele vende petróleo subsidiado aos países que não podem pagar o preço do mercado - inclusive a pobres dos Estados Unidos -, o que evidentemente fere as leis do mercado, pelo qual tanto zela a midia.

6. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele é um mau exemplo para os militares, que só devem intervir na política quando seja necessário um golpe militar e nunca para defender os interesses de cada nação.

7. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele ataca a mídia privada e fortalece a mídia pública. Porque ele acabou com o analfabetismo na Venezuela, tema sobre o qual devemos calar. Porque ele vai diminuir a jornada de trabalho em 2010 para 6 horas e esse tema é odiado pelos patrões.

8. Devo falar mal de Hugo Chávez porque assim me identifico com os interesses do dono do meio em que trabalho, garanto o emprego, fortaleço os partidos e as empresas aliadas do patrão.

9. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele faz com que se volte a falar do socialismo, depois que nos deu muito trabalho tratar de enterrar esse sistema, inimigo do capitalismo, a que estamos profundamente integrados.

10. Devo falar mal de Hugo Chávez (e de Evo Morales e de Lula e de todos os não brancos), senão eles vão querer dirigir os países, os jornais, as televisões, as empresas, o mundo. Será o nosso fim.

Emir Sader - http://www.cartamaior.com.br/

12 de julho de 2007

 

Agora, há cinco empresas da Bahia na Lista Suja do trabalho escravo

No Brasil há 192 empresas na Lista Suja do Trabalho Escravo oficializada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e divulgada em parceria com o Instituto Ethos e a ONG Repórter Brasil.

A Lista Suja do trabalho escravo acaba de ser atualizada. Antes, eram quatro, agora, são cinco da Bahia. A nova empresa baiana que entrou na lista ocupa o número 30 da relação das 192 empresas. O novo patrão escravista é Antônio Paulo de Andrade, dono da Fazenda Guací, Zona Rural de Baianópolis.

Elas foram flagradas explorando trabalhadores em condições de trabalho análogas à escravidão. As outras empresas são: Ferro Gusa União Ltda do município de Cotegipe produz carvão vegetal; Ernesto Dias Filho, dono da Roda Velha Agro Indústria Ltda (São Desidério) e Eustáquio da Silveira Vargas (São desidério) produzem café e João Henrique Meneghel (Correntina) produz algodão.

FERRO GUSA – A Indústria e Comércio de Ferro Gusa União Ltda (Cofergusa), dona da Fazenda Campo Largo do Rio Grande, detinha três (03) trabalhadores na produção de carvão vegetal, em Cotegipe.

RODA VELHA Velha Agro Ind. Ltda, de propriedade de Ernesto Dias Filho, situada na Rodovia BR 020. Km 84, Estrada da Roda Velha, em São Desidério produz café e envolveu 745 trabalhadores em condições de escravidão.

EUSTÁQUIO DA SILVEIRA Vargas, da Fazenda Laranjeira I, Zona Rural, em São Desidério, aprisionou 39 trabalhadores no cultivo de café.

JOÃO HENRIQUE MENEGHEL, da Fazenda Guará do Meio, localizada no km BR 020, km 60, com envolvimento de 68 trabalhadores de Correntina.

ANTONIO PAULO de Andrade, dono da Fazenda Guací, Zona Rural de Baianópolis.

A Lista Suja divulgada pelo Governo Lula foi montada com base no Cadastro de Empreendedores da Portaria 540 de 15/10/2004. Dessa forma, as empresas signatárias do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo podem consultar se determinada propriedade está na relação.

A ferramenta é de grande importância para que o setor empresarial cheque com rapidez quais fazendas devem ser suspensas das listas de fornecedores.

O acesso a esse banco de dados é livre e as informações são constantemente atualizadas com base nas informações fornecidas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

CONFIRA O SITE QUE LUTA CONTRA O TRABALHO ESCRAVO
http://www.reporterbrasil.org.br/

 

PT abre espaço na TV para Caetano se defender contra prisão arbitrária

A mesma juíza que assinou a ordem de prisão do prefeito Luiz Carlos Caetano, de Camaçari, foi a mesma juíza que reconheceu a inocência do prefeito na Operação Navalha. A mesma imprensa que deu manchetes escandalosas, em linchamento moral que se tornou rotina no país, é a mesma que se recusa a repor a verdade em destaque igual. Está provado que Camaçari não tem contrato com a Gautama, não tem obras com a Gautama e nunca pagou nada à Gautama

Nesta quarta-feira, 10, o PT cedeu espaço de TV para Luiz Carlos Caetano se comunicar com a Bahia e o Brasil. Falta agora apurar quem são os policiais federais incompetentes que “investigaram” a empreiteira Gautama e provocaram o surgimento do CIRCO DO TERROR na imprensa.

 

Cisternas, poços e artesianos e água do São Francisco vão garantir água para o Nordeste

Tenho o maior respeito pelo bispo de Barra, d. Luiz Cappio. Respeitosamente, tenho minhas divergências com ele. As obras de transposição das águas do rio São Francisco são irreversíveis. Não será um punhado de sem-terra e índios que vai impedi-las. Estamos falando de uma população a ser beneficiada em torno de 12 milhões de pessoas. Estamos falando de perenização de açudes que irão evitar o colapso hídrico para grandes cidades como Campina Grande, Fortaleza e Mossoró, por exemplo.

Continuo achando que o Governo Lula precisa fazer uma ampla campanha publicitária de esclarecimento, em rede nacional, para desfazer a rede de intriga e desinformação formada peta TV Bahia e TV-E durante o governo Paulo Souto (DEM). A idéia dos poços artesianos e cisternas do projeto ASA é boa. São soluções complementares, que garantem água para agricultura familiar e não são excludentes ao projeto da integração das bacias. A Igreja faz campanha para construção de 1 milhão de cisternas.

As cisternas, poços artesianos e novas adutoras serão a base para expansão do projeto Água Para Todos. A Codesvasf se prepara para licitar R$ 30 milhões em obras pelo Água Para Todos. Cerca de 1.800 comunidades serão beneficiadas. Nenhuma solução basta por si só no Nordeste semi-arido. De 25 mil poços já perfurados, por exemplo, há uma grande quantidades com água saloba, ou seja, com alto teor de salinidade. O Governo Lula está atento para projetos alternativos.

Lula vai vencer a demagogia eleitoreira e o fundamentalismo religioso.

11 de julho de 2007

 

HISTÓRIA FUZILADA - I

Mais repercussão sobre a reportagem de CartaCapital (edição 451) sobre a justa indenização aos familiares do capitão Carlos Lamarca, assassinado pelo Exército Brasileiro em 1971, no sertão da Bahia. Mais críticas à sabujice da grande imprensa. E uma pergunta incômoda: “Quem do Exército pode dizer aos brasileiros onde está Rubens Paiva “desaparecido” pela tortura nos porões sombrios do golpe militar de 64?”

SEGUE O TEXTO DO LEITOR DE CARTACAPITAL (EDIÇÃO 452):

Que as carpideiras porta-vozes de nossa força verde-oliva protestem contra o reconhecimento de Lamarca como vítima da ditadura de 64 é um fato que não deve surpreender ninguém. O lastimável é a sabujice da grande imprensa a essa força, ao deturpar as evidências históricas de que o capitão foi vítima de execução sumária. Foi com esse tipo de abordagem que a imprensa, ao longo da história, ajudou a mitificar heróis de barro, como os genocidas da Guerra do Paraguai, e a desqualificar aqueles que lutaram contra a injustiça e a exploração. Os combatentes do Quilombo dos Palmares, da Cabanagem, da Balaiada, de Canudos, heróis autênticos não tiveram, ao menos, um enterro digno. A história se repete como farsa. Quem do Exército pode dizer aos brasileiros onde está Rubens Paiva, “desaparecido” pela tortura nos porões sombrios do golpe de 64?
(Carlos Henrique Vicente, São Paulo, SP)

 

HISTÓRIA FUZILADA II

Continua repercutindo a reportagem de CartaCapital (edição 451) sobre a justa indenização e pensão à viúva e filhos do capitão Carlos Lamarca, assassinado por oficiais do Exército Brasileiro no sertão da Bahia, em 1971. Mais críticas à imprensa que se agachou à versão dos militares.

SEGUE O TEXTO DA CARTA DO LEITOR DE CARTACAPITAL, EDIÇÃO 452:

È estarrecedora a posição tomada pela grande mídia em relação à justa concessão de indenização e pensão à esposa e filhos do revolucionário Carlos Lamarca, dada pela Comissão de Anistia. Por trás dessa posição reacionária escondem-se saudosistas do finado regime militar e sua máquina de repressão, além de sádicos, defensores do status quo e os terroristas da história. Afinal, a mídia branca praticou verdadeiro atentado à história e divulgou visões anacrônicas. (Auri Arnaldo Bittencourt da Rosa, Biguaçu, SC).

9 de julho de 2007

 

Imprensa brasileira mente sobre Venezuela

Outro dia li, na revista Caros Amigos, um comentário do publicitário Agnelo Pacheco, dono da Agência de Publicidade Agnelo Pacheco Comunicações sobre a Venezuela. Ele disse que esteve em Caracas, e viu que na classe média e na classe C Hugo Chávez é um Deus, porque está dando condições de vida melhor do que a Venezuela do passado.

E Agnelo Pacheco não é nenhum petista, nenhum esquerdista, é um publicitário muito bem colocado em São Paulo. Então fiquei pensando aqui com meus botões se a imprensa brasileira não está fazendo o leitor de besta.

Quase todos os jornais chamam Hugo Chávez de “ditador”, e todo mundo minimamente informado sabe que Hugo Chávez foi eleito numa eleição intensamente vigiada por organismos internacionais.

Quase todos os jornais dizem na maior cara-de-pau que Chávez está implantando uma “ditadura” na Venezuela. Mas, abro a Folha de S. Paulo (27/06/07) e leio na manchete que “estudantes invadem hotel da equipe brasileira da Copa América e fazem manifestação para criticar o governo venezuelano”.

Que ditadura estranha é essa? Quando, aqui no Brasil, havia ditadura militar, manifestação de estudante de crítica ao governo levava era muita porrada. Está me dando a impressão de que a Folha de S. Paulo não está dizendo a verdade sobre a Venezuela.

Está me dando a impressão que os “estudantes” que clamam por “liberdade de expressão” são na verdade funcionários da RCTV, aquela emissora de TV que não teve sua licença renovada pelo governo.

A imprensa brasileira está mentindo aos seus leitores sobre a Venezuela. Quem vai lá vê que a vida melhora, quem vai lá vê que o povo apóia Chávez.

8 de julho de 2007

 

Ibope mostra que 66% dos brasileiros apóiam modo de Lula governar. A mídia fascista vai pirar de vez.

Pois é. Pesquisa Ibope revela que popularidade de Lula aumentou e que a vida do brasileiro melhorou. Divulgada fartamente (6/07) ela mostra que continuam em alta os índices de popularidade do presidente Lula e de nosso governo.

Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados consideram o governo bom ou ótimo. Para 33%, é regular, e apenas 16% acham a administração federal ruim ou péssima.

Se Lula tem de 66% da população, que aprovam sua maneira de governar. Os que desaprovam são apenas 30%.

Ela mostra ainda que a expectativa dos brasileiros em relação ao segundo mandato do presidente Lula melhorou em relação ao último levantamento feito em abril.

Há três meses, 30% dos entrevistados diziam que o segundo seria melhor que o primeiro. Agora, 37% deles apostam em uma melhora.

Outros 41% acreditam que as duas gestões serão iguais e apenas 20% apostam que o segundo mandato será pior do que o primeiro.

VIDA MELHOROU E BRASILEIRO GOSTA DE LULA

Lula é aprovado por 50% dos brasileiros porque a vida do povo melhorou, disse a diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari, em entrevista a Paulo Henrique Amorim. Mais comida na mesa.

“O eleitorado, de maneira geral, está fazendo uma avaliação do presidente com coisas concretas da sua vida”, explicou Cavallari.

A pesquisa CNI/Ibope mostra que 50% dos eleitores consideram o governo Lula ótimo e bom. Por outro lado, a aprovação de Lula sofre resistência na região Sul e para aqueles que têm curso superior. Na região Sul, 36% avaliam o governo Lula como ótimo e bom; 25% como regular e 38% como ruim e péssimo.

Já no Nordeste, Lula tem aprovação de 61%. “Lula tem uma aprovação maior do que a média nacional quando menor é a escolaridade da população brasileira e quanto mais localizado no Nordeste esse eleitor”, afirmou Cavallari.

O POVO JULGA LULA PELO GOVERNO NÃO PELA MÍDIA

MÁRCIA CAVALLARI – Temos observado que desde o início, desde que o Presidente Lula assumiu o primeiro mandato, ele hoje tem o patamar de avaliação, ótimo, bom, regular, ruim e péssimo, está no patamar que ele obteve na primeira pesquisa que nós fizemos em março de 2003. Então, ao longo dos anos de março de 2003 até agora veio no começo do mandato, do primeiro mandato essa avaliação de 51% depois veio caindo, com os escândalos do mensalão teve uma baixa, em 2005, em 2006 se recupera, em dezembro de 2006 há uma bolha decorrente do otimismo em relação à rejeição e do grande número de votos que ele teve e em abril a gente detecta que essas avaliações retomam o patamar de setembro de 2006 e agora em junho se confirma que ele está numa situação bastante estável.

PAULO HENRIQUE – Agora, deixa eu perguntar a você. Também há uma certa estabilidade, se eu posso usar essa palavra, na posição da mídia brasileira que é majoritariamente, para não dizer 95%, contra o Presidente Lula. Essa posição da mídia não afeta de maneira nenhuma, o que explica esse fenômeno?

MÁRCIA CAVALLARI – Bom, o que nós percebemos ao longo da campanha e agora também nessas pesquisas é que o eleitorado de maneira geral está fazendo uma avaliação do Presidente com coisas concretas da sua vida e não nas questões da mídia. As questões da mídia é claro que aparecem, mesmo nessa pesquisa a gente pergunta quais foram as principais notícias envolvendo o Presidente Lula, aparece fortemente o Vavá, a questão das acusações envolvendo o seu irmão, aparece a questão da crise aérea, mas na verdade a avaliação dele está vindo muito mais decorrente de melhoras na sua vida, pessoas percebendo melhoras na sua vida.

COM CRISE AÉREA E VIOLÊNCIA POVO CONFIA

Mesmo com problemas como a crise aérea ou questões ligadas à violência, a confiança no presidente chegou a 61%, cinco pontos percentuais a mais que dados do mesmo período de 2006. No início do primeiro mandato, o grau de confiança chegava a 76%, o maior de toda a série histórica. A desconfiança em Lula é de 35% em junho, patamar estável em relação a abril de 2007.

Reeleito em outubro de 2006, Lula havia conseguido passar expectativa de um melhor segundo governo para 57% dos entrevistados pela CNI/Ibope na ocasião. Hoje, vinte pontos percentuais a menos, 37% esperam que a segunda gestão seja melhor que a primeira e 20% têm a expectativa de que será pior. Outros 41% prevêem que será igual.

POVO APÓIA PROGRAMAS SOCIAIS

Quando avaliado por áreas específicas, o governo Lula tem maior aprovação no campo social, com destaque para o combate à fome e à pobreza (com 58% de aprovação) e para as políticas de saúde e educação (avaliação positiva de 55%). Em relação à segurança pública, no entanto, a desaprovação chega a 61%, enquanto a aprovação chega a apenas 35%.

Ainda no que diz respeito a áreas específicas, o combate à inflação é o único item no campo econômico com saldo positivo de avaliação, e a atuação do governo em relação aos impostos amarga o maior saldo negativo de todo o levantamento, com 38 pontos e 65% de rejeição.

O combate à inflação é aprovado por 50% dos entrevistados e desaprovado por 42%. As políticas voltadas à taxa de juros têm 51% de desaprovação, mesmo índice computado pelo combate ao desemprego, ainda considerado insatisfatório para a maioria da população.

 

Jacarandá da Bahia, um blog criativo e inteligente

Como sou slow. Nunca tinha entrado no blog Jacarandá da Bahia - Madeira de Lei. Entrei no Jacarandá da Bahia através do blog Os Amigos do Presidente Lula, uma antiga relação de amor e aliança política. É altamente criativo. Gostei da mulher loura e pelada montando no cavalo em plena praia com a ajuda do negão. Tem também uma foto do capitão Lamarca, herói do povo brasileiro. Só vendo o blog.

Jacarandá da Bahia recomenda o blog BAHIA DE FATO, retransmite algumas matérias e assim a rede da boa informação vai se formando em contraponto às mafiosas revistas semanais (exceto CartaCapital) e a grande mídia. O blog Jacarandá da Bahia recomenda também os blogs Vi o Mundo, Tempero da Bahia, Os Amigos do Presidente Lula, Ética Ilhéus, Desabafa País, Zé Dirceu, entre outros, tudo gente boa.

http://jacarandadabahia.blogspot.com/

http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

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