13 de julho de 2007
Lula defende criação de ZPEs no Nordeste
Assim o jornal Valor Econômico noticiou Lula na Bahia:
Carolina Mandl e Patrick Cruz - Valor Econômico - 13/7/2007
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a criação das Zonas de Processamento das Exportações (ZPEs) como forma de reduzir as disparidades existentes entre o Nordeste e as demais regiões do país. "Queremos um Brasil equânime. Temos [nós, os nordestinos] o direito de crescer. Não queremos tirar nada de ninguém, mas não somos apenas exportadores de pobres. Queremos exportar engenheiros e médicos. Não queremos nenhuma parte do Brasil atrasada", disse o presidente, que é pernambucano, durante evento no Recife para o lançamento dos investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As ZPEs prevêem a isenção de impostos em certas regiões, desde que a maior parte da produção das empresas lá instaladas seja voltada para a exportação. No fim de junho, o Senado aprovou um projeto que faz alterações na lei que criou as ZPEs, que é de 1986. O projeto prevê 17 áreas com vantagens tributárias. Agora, o presidente da República deve fazer alguns vetos ao projeto, enviando depois ao Congresso uma medida provisório que o complementará.
Durante o evento em Pernambuco, o presidente Lula anunciou os investimentos do PAC em saneamento e habitação. O Estado receberá R$ 1,4 bilhão em recursos do governo federal, o que corresponde a 85% de tudo que será aplicado. O restante, outros R$ 257,8 milhões, serão contrapartidas municipais e estaduais. A previsão é que as obras comecem já neste ano. Ao todo, serão contemplados no Estado 20 municípios, sendo que 11 deles fazem parte da região metropolitana do Recife. A expectativa do governo é que 800 mil famílias sejam beneficiadas com os projetos.
Em Salvador, Lula preferiu dar conselhos e afagos públicos ao governador baiano, Jaques Wagner, do PT. O governador entrou em rota de colisão com os professores da rede pública estadual durante a greve da categoria, com quase dois meses de duração.
"Wagner, eu sei que você esteve chateado no Dois de Julho (data cívica da Bahia), quando os professores te vaiaram. Eu também fico chateado à vezes, mas não podemos desanimar. Tem dias em que a gente acordo esmorecido, mas temos que seguir em frente", disse o presidente. Ao derrotar o ex-governador Paulo Souto (DEM), então favorito, nas últimas eleições, Wagner passou a ser tido como um dos nomes que podem disputar a sucessão de Lula em nas eleições de 2010.
Ainda dirigindo-se ao governador, o presidente sugeriu que Wagner "não permita que assessores te liguem depois das dez da noite para dar notícia ruim. Não fique com azia, porque isso mata. Quando estiver aperreado ? , me ligue".
O presidente liderou a comitiva que passou pela Bahia para lançar no Estado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de habitação e saneamento. Os investimentos prometidos para o Estado somam R$ 1,369 bilhão. Eles se distribuem em 21 municípios, alguns deles administrados por prefeitos de partidos de oposição, como o Democratas (DEM), o que foi enaltecido por Lula como símbolo de que a decisão na distribuição dos recursos foi apenas técnica. "Não é critério político-partidário, político-religioso nem político-futebolístico", disse o presidente.
Carolina Mandl e Patrick Cruz - Valor Econômico - 13/7/2007
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a criação das Zonas de Processamento das Exportações (ZPEs) como forma de reduzir as disparidades existentes entre o Nordeste e as demais regiões do país. "Queremos um Brasil equânime. Temos [nós, os nordestinos] o direito de crescer. Não queremos tirar nada de ninguém, mas não somos apenas exportadores de pobres. Queremos exportar engenheiros e médicos. Não queremos nenhuma parte do Brasil atrasada", disse o presidente, que é pernambucano, durante evento no Recife para o lançamento dos investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As ZPEs prevêem a isenção de impostos em certas regiões, desde que a maior parte da produção das empresas lá instaladas seja voltada para a exportação. No fim de junho, o Senado aprovou um projeto que faz alterações na lei que criou as ZPEs, que é de 1986. O projeto prevê 17 áreas com vantagens tributárias. Agora, o presidente da República deve fazer alguns vetos ao projeto, enviando depois ao Congresso uma medida provisório que o complementará.
Durante o evento em Pernambuco, o presidente Lula anunciou os investimentos do PAC em saneamento e habitação. O Estado receberá R$ 1,4 bilhão em recursos do governo federal, o que corresponde a 85% de tudo que será aplicado. O restante, outros R$ 257,8 milhões, serão contrapartidas municipais e estaduais. A previsão é que as obras comecem já neste ano. Ao todo, serão contemplados no Estado 20 municípios, sendo que 11 deles fazem parte da região metropolitana do Recife. A expectativa do governo é que 800 mil famílias sejam beneficiadas com os projetos.
Em Salvador, Lula preferiu dar conselhos e afagos públicos ao governador baiano, Jaques Wagner, do PT. O governador entrou em rota de colisão com os professores da rede pública estadual durante a greve da categoria, com quase dois meses de duração.
"Wagner, eu sei que você esteve chateado no Dois de Julho (data cívica da Bahia), quando os professores te vaiaram. Eu também fico chateado à vezes, mas não podemos desanimar. Tem dias em que a gente acordo esmorecido, mas temos que seguir em frente", disse o presidente. Ao derrotar o ex-governador Paulo Souto (DEM), então favorito, nas últimas eleições, Wagner passou a ser tido como um dos nomes que podem disputar a sucessão de Lula em nas eleições de 2010.
Ainda dirigindo-se ao governador, o presidente sugeriu que Wagner "não permita que assessores te liguem depois das dez da noite para dar notícia ruim. Não fique com azia, porque isso mata. Quando estiver aperreado ? , me ligue".
O presidente liderou a comitiva que passou pela Bahia para lançar no Estado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de habitação e saneamento. Os investimentos prometidos para o Estado somam R$ 1,369 bilhão. Eles se distribuem em 21 municípios, alguns deles administrados por prefeitos de partidos de oposição, como o Democratas (DEM), o que foi enaltecido por Lula como símbolo de que a decisão na distribuição dos recursos foi apenas técnica. "Não é critério político-partidário, político-religioso nem político-futebolístico", disse o presidente.