28 de janeiro de 2013

 

Prefeito João ganhava R$ 10 mil, prefeito ACM já ganha R$ 18 mil...


O salário de ACM teve o maior reajuste entre os prefeitos. Já começou a esculhambação? O que é isso minha gente. Uma cidade falida pode pagar ao prefeito essa fortuna? Para o DEM a responsabilidade pelo aumento é da gestão passada. Me engana que eu gosto. A matéria saiu no portal Bahia247:

Segue o texto:

Bahia 247 - Muita gente reclama, mas tem se tornado comum o aumento salarial de vereadores e prefeitos em final de mandato para vigência no próximo.

Ao todo, parlamentares e alcaides de 12 das 26 capitais (Brasília não conta porque não tem prefeito nem vereador) começaram 2013 com salários maiores e o percentual mais alto de reajuste foi o de ACM Neto (DEM), de Salvador.

O democrata recebeu seu primeiro salário no valor de R$ R$ 18.038,10, valor 73,4% superior aos rendimentos de João Henrique (PP), cuja remuneração mensal era de R$ 10.400.

A aprovação do aumento foi feita pela Câmara Municipal no intervalo entre o primeiro e o segundo turno das eleições de outubro passado. Projeto foi aprovado por unanimidade e o reajuste é válido além do prefeito e dos próprios vereadores, para os secretários municipais.

Assessoria de imprensa de ACM Neto disse à imprensa que a responsabilidade pelo aumento é da legislação passada.

Apesar de o democrata ter o maior reajuste, o prefeito mais bem pago do Brasil é o de Curitiba, Gustavo Fruet, que recebe R$ 26.723,13 por mês.

Depois de ACM Neto, estão entre os maiores aumentos, em ordem, Florianópolis (52,3%), Natal (42,8%), Aracaju (40,3%), Campo Grande (36%), Teresina (27,9%), Porto Velho (27,1%), Vitória (24,6%), Belo Horizonte (22,8%), João Pessoa (22,2%), Macapá (13,2%) e Belém (12,7%).

http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/91752/Salário-de-ACM-teve-maior-reajuste-entre-os-prefeitos.htm

 

A alienação parental e a infância em risco

Autor: Cláudio Carvalho

O trabalho do terapeuta não deveria se esgotar no atendimento clínico ao escutar os pacientes no consultório. Penso, particularmente, ser essa uma visada ética a nortear o trabalho de quem se dispõe a diminuir a quota de sofrimento humano. A posição do psi não se esgota na escuta dos conflitos privados, mas é, sobretudo, um campo privilegiado na apreensão da vida social. Sendo a matéria-prima do nosso trabalho a fala do paciente, é impossível destacá-la do discurso coletivo, uma vez que esse discurso é o emaranhado dos mais variados fios a tecer o nosso laço social.

Neste sentido, a inserção discursiva no social pode ser outra forma de atuação dos profissionais desse campo. Fui mobilizado a escrever esta coluna por me deparar cada vez mais, no discurso social, com a questão da alienação parental. Durante muito tempo, esse foi um assunto a ser tratado entre quatro paredes: na arena da disputa conjugal ou nas queixas dirigidas ao terapeuta. Hoje, o tema aparece com uma frequência cada vez maior na imprensa e até no horário nobre da novela das oito, “Salve Jorge”, da Rede Globo.

Depois da Lei da Alienação parental 12.318, sancionada pelo presidente Lula, em 2010, foi criado um mecanismo de amparo às crianças vítimas dos conflitos gerados quando da dissolução da vida conjugal; sendo os filhos muitas vezes a moeda de barganha justamente de quem se esperava proteção.

A irresponsabilidade dos adultos no ambiente privado pode encontrar na lei e nos agentes responsáveis pelos cuidados com a infância (Poder Judiciário, Ministério Público, Conselhos Tutelares) o limite a essa forma perversa de se utilizar da inocência infantil com o objetivo de atingir o ex-cônjuge, ampliando o conceito de risco na infância na direção inversa: da cena publica na polis para o recôndito lar.

Dos agentes do Estado, espera-se o cumprimento do papel social que lhes cabe, lançando mão do rigor da lei todas as vezes nas quais a questão se fizer presente. Porque ao terapeuta, fora do consultório, só resta o testemunho alusivo aos efeitos deletérios e ao risco para as crianças no seu processo de subjetivação.

Claudio Carvalho é psicanalista, analista-membro e vice-presidente da Associação de Psicanálise da Bahia e autor do livro O Educador e o Psicanalista: Um diálogo do Cotidiano.

Texto publicado no jornal A Tarde. Salvador, 24/1/2013.

 

Por que a imprensa não publica relatórios financeiros?

 “Tal como os demais grupos de interesse, a imprensa depende em larga medida das políticas de Estado, inclusive para se manter como grupo econômico fechado, sem transparência, que não publica relatórios financeiros nem presta contas a nenhum órgão interno aos sistemas jornalísticos. É o poder mais irresponsável entre as instituições da democracia. Os favores de que necessita – isenções fiscais, cotas de publicidade, renegociação de empréstimos bancários – são favores arcaicos, primários, próprios de um estágio de desenvolvimento econômico e social atrasado”.

Quem disse isso foi o filósofo e cientista políticos Wanderley Guilherme dos Santos (IUPERJ) num artigo publicado em 2006, na revista Carta Capital, cujo exemplar encontrei perdido em minha estante. Pior, “ao contrário de outros grupos de interesses e dos partidos políticos, a imprensa recusa-se a admitir que suas opiniões possam ter origem em interesses particulares e que entretém preferências partidárias, sustentando que se utiliza apenas de seu valor de uso, isto é, de representação da realidade. Há muito da realidade que não está na imprensa e há muito da imprensa que não está na realidade”.
Atualmente, o recurso político essencial da imprensa deixou de ser seu valor de uso e se transferiu para seu valor de troca, assim como os demais grupos de interesse. É o ator político brasileiro mais bem-sucedido, suplantando os grupos de interesse do capital, do trabalho, dos burocratas, das igrejas, das forças armadas e das ONG`s. A imprensa perdeu a inocência. Como valor de troca, ela forma opinião, agenda e impulsiona demandas, cria obstáculos oi facilita o exercício dos governos a que se opõe ou apóia. “É a instituição da democracia que menos se modernizou, arcaica por natureza”.

É cruel. O serviço prestado pela mídia como negócio (...) consiste em garantir que não provocará instabilidade política (...) arranjo típico das sociedades de celerados (...) ela vende omissão. Falta aqui uma imprensa livre.
Volto à pergunta: se é negócio, valor de troca, por que não publica relatórios financeiros, não paga impostos e ainda vive às custas do Estado?

Hoje eu acordei azedo!

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