19 de fevereiro de 2011

 

Finalmente, Exército deixa de financiar panfleto dos torturadores

Finalmente, depois de dez anos, o Exército Brasileiro anuncia que não vai mais bancar publicidade no Jornal Inconfidencia. Isso significa que o Exército não vai mais apoiar financeiramente o panfleto de extrema direita, controlado por militares da reserva, ex-torturadores dos tempos da ditadura, que doentiamente se deram a “missão” de combater a esquerda e o “comunismo” (leia-se PT).

Editado em Belo Horizonte, o Jornal Inconfidência é o porta-voz do autointitulado Grupo Inconfidência que, completamente fora do tempo, diz lutar contra “o comunismo e a corrupção”. O discurso ultrapassado é muito parecido com o do Grupo Guararapes, do Ceará. São militares antidemocráticos, defensores da ditadura militar e de seus métodos que incluíam a tortura, assassinatos e desaparecimentos de presos políticos. Nas charges do jornal eles chamam a Presidenta Dilma de “Dilmocréia”, o que é um crime militar.

Pois a Fundação Habitacional do Exército publicava “anúncios” no Jornal Inconfidência, uma forma corrupta de repassar verbas públicas para os golpistas da extrema direita militar. A farra acabou. A disciplina finalmente chegou ao Exército. Há alguns anos, o Jornal Inconfidência chegou a publicar uma ficha falsa sobre Dilma Rousseff, apontando-a como assaltante de banco. Foi a mesma ficha falsa publicada pela Folha de S. Paulo.

É o chega prá lá do Governo Dilma aos militares radicais de direita.

 

Jornalista condenado a pagar R$ 100 mil por calúnia contra filha de Lula

Decisão do ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), condenou o colunista Gilberto Luiz di Pierro, conhecido como "Giba Um", a indenizar Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do ex-presidente Lula, em R$ 100 mil por danos morais. O colunista publicou em seu site diversas notícias consideradas "de forte carga valorativa" (leia-se, calúnias) sobre Lurian e o ex-prefeito da cidade de Blumenau (SC), e atualmente deputado federal, Décio Lima (PT-SC).

Lurian e Décio Lima ajuizaram ação de indenização contra "Giba Um" devido a uma série de publicações em seu site expondo os dois com narrativas tendenciosas. Para Décio Lima, apesar dos danos causados à sua imagem e à de Lurian, a decisão repara, em parte, o mal causado pelas calúnias e inverdades proferidas pelo colunista.

Calúnia na imprensa brasileira sempre teve perna longa. Está na hora de encurtar as pernas dos caluniadores de plantão. Ninguém pode sair por aí escrevendo o que quiser contra a honra das pessoas, impunemente. E nem venham me falar de liberdade de opinião. A informação está no Portal do STJ.

 

Através de centros de referência, universidades podem desenvolver metodologia de tratamento de viciados em crack e outras drogas

Os investimentos feitos na Era Lula nas universidades federais e, em especial, no corpo docente dessas entidades, foram apontados pela presidente Dilma Rousseff como fundamentais para o enfrentamento ao crack. A avaliação foi feita na abertura do seminário (quinta, 17) sobre a implantação dos centros regionais de Referência em Crack e Outras Drogas.

Essa é uma droga que apresenta o desafio de não ter, no plano mundial, um acervo de conhecimento e acúmulo de metodologia de tratamento", disse Dilma Rousseff, dirigindo-se aos representantes de 46 instituições federais de ensino superior responsáveis pelos 49 projetos que capacitarão mais de 14 mil pessoas para atuar na área.

Por esse motivo, acrescentou a presidente, "a valorização dada pelo governo Lula às universidades federais contribui para essa devolução que os senhores podem fazer à sociedade brasileira. A participação [das universidades federais] é estratégica para o pioneirismo desses centros de referência". Ela ressaltou a importância dessas instituições para a capacitação de pessoal e para a definição de políticas de reinserção.

"Precisamos formar profissionais. Sabemos que essa é uma droga que tem uma capacidade de propagação muito elevada e que, atrás do eixo da prevenção, pelo qual precisamos impedir que mais pessoas sejam vítimas do crack, são necessárias intervenções visando tratamentos, clínicas e enfermarias especializadas, além de políticas de reinserção", afirmou.

"Vocês estão em um lugar privilegiado, que estrutura as condições de enfrentamento da droga, para compreender e entender seus mecanismos. Atrelar todas as variáveis dos diferentes saberes nesse projeto vai ser uma das maiores armas nesse enfrentamento", disse a presidente. "Espero que vocês decifrem para que a gente possa, em termos sociais, desenvolver o projeto", completou. (Agência Brasil).

18 de fevereiro de 2011

 

A mídia, o PIG, Globo na frente, não dá trégua ao ex-presidente operário

Saiu na revista CartaCapital que está nas bancas: “Um império contra um operário”, assinado pelo jornalista Maurício Dias. Imperdível.

Nunca foram boas as relações entre a mídia brasileira e o torneiro mecânico Lula, desde que, nos anos 1970, ele emergiu no comando das jornadas sindicais no ABC paulista, onde estão algumas das empresas do moderno, mas ainda incipiente capitalismo brasileiro. Em consequência, quase natural, o operário não foi recebido com entusiasmo quando, após três fracassos, venceu a disputa para a Presidência da República, em 2002.

Os desentendimentos se sucederam entre o novo governo e o chamado “quarto poder” e culminaram com a crise de 2005 quando televisões, jornais, rádios e revistas viraram porta-vozes da oposição que se esforçava para apear Lula do poder. Inicialmente, com a tentativa de impeachment. Posteriormente, após esse processo que não chegou a se consumar, armou-se um “golpe branco” em forma de pressão para o presidente desistir da reeleição, em 2006.

Lula ganhou e, em 2010, fez o sucessor. No caso, sucessora. Dilma Rousseff sofreu quase todos os tipos de constrangimentos políticos. Ela tomou posse e, no dia seguinte, foi saudada por deselegante manchete do jornal O Globo, do Rio de Janeiro: “Lula elege Dilma e aliados preparam sua volta em 2014”.

A reportagem era um blefe político. Uma “cascata” no jargão jornalístico. O jornal O Globo, núcleo do império da família Marinho, tornou-se a ponta de lança da reação conservadora da mídia e adotou, desde a posse de Lula, um jornalismo de combate onde a maior vítima, como sempre ocorre nesses casos, é o fato. Sem o fato abre-se uma avenida para suspeitas versões.

O comportamento inicial da presidenta, mar­ca­do por discrição e austeridade, foi uma surpresa para todos. O Globo inclusive. Não há sinais de que seja uma capitulação ao poder dos donos da mídia com os quais Dilma tem travado discretos diálogos. Armou-se circunstancialmente um clima de armistício. Na prática, significou um fogo mais brando, a provocar um visível recuo de comentaristas que eram mais agressivos com Lula. Soltam, porém, elogios hesitantes por não saberem até onde poderão seguir.

Esse armistício se sustenta numa visão de que as situações não são iguais. Dilma não é Lula. É claro que há diferenças entre o governo de ontem e o de hoje. No entanto, o carimbo pessoal da presidenta na administração do País faz a imprensa engolir a propaganda de que ela era um “poste”. Essa contradição se aguça na sequência dessa história. Dilma passou a ser elogiada e Lula criticado.

Alguns casos, colhidos da primeira página de O Globo ao longo de uma semana, expressam o que ocorre, em geral, em toda a mídia:

Atos de Dilma afastam governo do estilo Lula (6/2) – críticas ao ex no elogio ao governo Dilma.

Por qué no te callas? (8/2) – crítica atribuída a um sindicalista, mantido no anonimato, sobre apoio de Lula ao salário mínimo proposto por Dilma.

A fatura da gastança eleitoral (10/2) – a respeito de despesas do governo Lula com suposta intenção eleitoral.

Dilma aposenta slogan de Lula (11/2) – sobre a frase “Brasil, um país de todos”.

Herança fiscal de Lula limita o começo do governo Dilma – (13/2) – crítica a Lula ao corte no Orçamento proposto por Dilma.

Ela recebe afagos e ele, pedradas. Procura-se, sem muito disfarce, cavar um fosso entre o ex e a presidenta. Situação que levou Lula, na festa de aniversário do PT, a reagir:

“Minha relação com Dilma é indissociável”.

 

Neste domingo, 19h, na Rede Brasil, deputado Emiliano (PT-BA) defende regulação da mídia

Ao gravar entrevista para o programa VER TV, quinta (17), em Brasília, o deputado federal Emiliano José (PT- BA) defendeu a regulação da mídia como forma de democratizar a comunicação no País. “Não há censura. Ao contrário, a regulação é uma exigência da sociedade”.

O programa, mediado pelo jornalista Lalo Leal, conta também com a participação do professor Venício Lima (UNB) e de Samuel Possebon (Telaviva). Irá ao ar neste domingo (20), às 19h, na Rede Brasil, e na quarta (23), às 21h, na TV Câmara.

17 de fevereiro de 2011

 

30 deputados baianos votaram com Governo Dilma, 8 votaram pela demagogia

Na votação do salário mínimo, 30 deputados federais baianos votaram NÃO à emenda do PSDB que propôs salário mínimo de R$ 600, com todas as suas consequências funestas, como inflação e desemprego nas prefeituras municipais. Portanto, 30 deputados votaram com DILMA. Apenas oito parlamentares votaram SIM à emenda do PSDB. Votaram SIM à inflação e ao desemprego. É a turma do "quanto pior melhor". Da relação não consta o nome do deputado Cláudio Cajado. Em quem ele votou?

VEJA QUEM VOTOU "NÃO" À EMENDA DEMAGÓGICA:

Acelino Popó PRB - Não
Alice Portugal PCdoB - Não
Amauri Teixeira PT - Não
Antonio Brito PTB - Não
Arthur Oliveira Maia PMDB - Não
Daniel Almeida PCdoB - Não
Edson Pimenta PCdoB - Não
Emiliano José PT - Não
Erivelton Santana PSC - Não
Felix Júnior PDT - Não
Geraldo Simões PT - Não
Jânio Natal PRP - Não
João Carlos Bacelar PR - Não
João Leão PP - Não
José Carlos Araújo PDT - Não
José Rocha PR - Não
Josias Gomes PT - Não
Lucio Vieira Lima PMDB - Não
Luiz Alberto PT - Não
Márcio Marinho PRB - Não
Marcos Medrado PDT - Não
Maurício Trindade PR - Não
Nelson Pellegrino PT Não
Paulo Magalhães DEM Não
Roberto Britto PP Não
Rui Costa PT Não
Sérgio Barradas Carneiro PT Não
Sérgio Brito PSC - Não
Valmir Assunção PT - Não
Waldenor Pereira PT - Não

APENAS OITO VOTARAM SIM PELO “QUANTO PIOR MELHOR”

Antonio Carlos Magalhães Neto DEM - Sim
Antonio Imbassahy PSDB - Sim
Fábio Souto DEM - Sim
Fernando Torres DEM - Sim
José Nunes DEM - Sim
Jutahy Junior PSDB - Sim
Luiz Argôlo PP - Sim
Oziel Oliveira PDT - Sim

A bancada baiana tem 39 deputados. Estava faltando o voto de um nesta lista. Um internauta me informou que o nome que falta é o do deputado Cláudio Cajado. Em quem ele votou?

 

O ex-presidente Lula estará mesmo isolado pela mídia?

O conhecido jornalista baiano Samuel Celestino, afirma, em artigo publicado hoje (17) em A Tarde, que o ex-presidente Lula estaria isolado pela mídia e o pano de fundo seriam as críticas seqüenciadas que ele fez e vem fazendo contra a mídia. Estaria mesmo o ex-presidente sendo censurado?

Fui conferir. No Valor Econômico, página A6, a principal matéria tem a manchete “Governo aperta cerco sobre governistas e amplia margem para votação dos R$ 545”. O assunto na mesma página mereceu mais dois títulos, um deles é “Temer sai em alta da votação do mínimo”, o outro é “Lula lembra angústia de definir reajuste em 2004”.

Então, fui checar na Internet. O blog Política Livre, principal concorrente do Bahia Notícias, manteve no alto da página durante horas a manchete “Lula recebe Maria da Conceição Tavares para almoço no Rio”. Deve ter copiado de algum site qualquer, pensei. Surpresa, a fonte era nada menos que a Folha de S. Paulo.

Parece que a opinião de Samuel Celestino não está correspondendo aos fatos. Torço para isso, porque seria lamentável se a mídia estivesse mesmo censurando o ex-presidente Lula por causa de suas críticas.

Que imprensa livre seria essa?

 

Maioria da Câmara dos Deputados escolheu política de valorização do salário mínimo e rejeitou demagogia

O plenário da Câmara aprovou quarta-feira (16), com apoio de ampla maioria da bancada do PT e da base aliada, o parecer favorável do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), ao projeto de lei (PL 382/11), do Executivo, que fixa em R$ 545 o salário mínimo para 2011.

Para o relator, a aprovação da proposta "representa a continuidade da política bem-sucedida de valorização do salário mínimo iniciada no governo Lula e que prossegue no governo da presidenta Dilma".

Além disso, acrescentou Vicentinho, é uma vitória do movimento sindical. "O valor de R$ 545 respeita o acordo firmado com as centrais sindicais para o período entre 2008 e 2011, de valorização do mínimo a partir da inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores. O governo cumpriu o acordo", disse Vicentinho.

O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), afirmou que a base do governo sai fortalecida com a aprovação da proposta. "A unidade da bancada petista e da base aliada foi fundamental para aprovarmos o mínimo de R$ 545".

De acordo com ele, "neste teste de governabilidade", a presidenta da República pode ficar tranquila. "Dilma Rousseff tem base coesa, que enfrentou o debate político, não cedeu", frisou o líder do PT.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), essa é também uma vitória do País. "Temos uma política consistente de recuperação do salário mínimo em vigor há oito anos. O Brasil ganha com essa votação e a Câmara se engrandece", disse.

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO

O texto aprovado estabelece diretrizes para a política de valorização do mínimo entre 2012 e 2015. Pelo projeto, a correção será feita pela soma do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes com a inflação do ano imediatamente anterior. Com isso, daqui a 10 meses o valor do salário mínimo poderá chegar a R$ 616. Isso é a afirmação de uma política e a certeza de sua aplicação com regras bem definidas pela primeira vez na história do país.

Os reajustes do salário mínimo, segundo o texto, serão estabelecidos pelo Executivo, por meio de decreto, o qual divulgará a cada ano os valores mensal, diário e horário do salário mínimo, correspondendo o valor diário a um trinta avos e o valor horário a um duzentos e vinte avos do valor normal.

Até 31 de dezembro de 2015, pelo texto aprovado, o Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a política de valorização do salário mínimo para o período de 2016 a 2019 e a meta, de acordo com o relator, deputado Vicentinho, "é chegar a 2023".

Com informações do site PT na Câmara Federal

 

Presidenta Dilma saiu vitoriosa da votação do salário mínimo

Venceu o bom senso. A Câmara dos Deputados aprovou com ampla adesão, na noite de quarta-feira, a proposta de R$ 545 para o salário mínimo deste ano e deu ao governo Dilma Rousseff sua primeira vitória parlamentar. Agora, o texto vai ao crivo do Senado.

Após mais de quase dez horas de debates e votações, os deputados aprovaram o modelo de cálculo do reajuste do salário mínimo proposto pelo governo, que leva em conta a variação do PIB de dois anos antes e a inflação acumulada nos 12 meses anteriores.

Os parlamentares rejeitaram as emendas propostas pelo PSDB, que defendia piso de R$ 600, e a do DEM, de R$ 560. A emenda tucana, inspirada em promessa eleitoreira do candidato derrotado à Presidência José Serra, caiu com 376 votos contrários, 106 favoráveis e 7 abstenções.

A proposta oportunista do DEM, apresentada pelo baiano ACM Neto, foi rejeitada por 361 votos e ratificada por 120, com 11 abstenções. Qualquer um dos lados necessitaria de 257 votos.

Com a aprovação do salário mínimo de R$ 545, o governo manda mais um sinal aos agentes econômicos de que pretende levar adiante o esforço fiscal e manter a inflação sob controle. Na semana passada, a área econômica anunciou corte de 50 bilhões no orçamento deste ano.

 

Governo Dilma venceu com folga propostas demagógicas do PSDB e do DEM

Por ampla margem, a presidente Dilma Rousseff saiu vencedora quarta-feira (16) de sua primeira grande votação na Câmara dos Deputados. Com a puxada dos votos das bancadas do PT e do PMDB, as duas maiores da Casa, ela aprovou a proposta de R$ 545 para o salário mínimo neste ano, após a rejeição de duas emendas da oposição.

A proposta segue para o Senado, onde a decisão deve ser feita na próxima semana. Se não sofrer alterações, deve ser sancionada até o fim do mês no Palácio do Planalto.

Com apoio de 100% dos deputados do PMDB, o governo derrubou facilmente as emendas para elevar o valor a R$ 600 (promessa eleitoreira de campanha do PSDB) e R$ 560 (proposta pelo DEM de ACM Neto).

Elas foram derrubadas por larga margem: 376 votos a 106, no primeiro caso (PSDB); e 361 a 120, no segundo caso (DEM).

 

Veja quem teve responsabilidade e quem não teve ao votar salário mínimo

A maioria da bancada federal baiana tem responsabilidade e compromisso com o povo brasileiro. A maioria não cedeu à tentação demagógica de aumentar o salário mínimo acima dos R$ 545 propostos pelo governo federal, com risco de desequilibrar as contas, gerar inflação e estourar as prefeituras municipais.

Naturalmente, o autor da emenda do PSDB foi o deputado ACM Neto, do DEM. Perdeu na Câmara Federal como era previsível. A proposta governamental foi aprovada por 376 votos, 106 votaram por puro oportunismo político no salário de R$ 600; a proposta de R$ 560 do DEM foi derrotada por 361 a 120 otos, e sete se abstiveram.

Da bancada baiana, oito parlamentares irresponsáveis votaram a favor das emendas do PSDB (R$ 600) e do DEM (R$ 560) e 18 votaram contra, coerentemente, votando portanto a favor da política segura de valorização do salário mínimo.

OS OITO IRRESPONSÁVEIS DO SIM

Antonio Carlos Magalhães Neto

Fábio Souto

Fernando Torres

José Nunes

Oziel Oliveira

Luiz Argôlo

Antonio Imbassahy

Jutahy Junior

OS 18 VOTOS COERENTES DO NÃO

João Leão

Roberto Britto

João Carlos Bacelar

José Rocha

Acelino Popó

Márcio Marinho

Jânio Natal

Erivelton Santana

Emiliano José (PT)

Geraldo Simões (PT)

Josias Gomes (PT)

Luiz Alberto (PT)

Nelson Pellegrino (PT)

Rui Costa (PT)

Sérgio Barradas Carneiro (PT)

Valmir Assunção (PT)

Waldenor Pereira (PT)

Antonio Brito

16 de fevereiro de 2011

 

Deputado Emiliano (PT-BA) destaca papel de microempresas para economia nacional

Em pronunciamento na Câmara Federal nesta quarta-feira (16), o deputado Emiliano José (PT-BA) destacou o papel das pequenas e microempresas e os pequenos negócios para a economia brasileira.

"Esse setor representa hoje 99% das unidades de negócio no Brasil. Não é mais sinônimo de um circuito secundário da vida econômica. Ele emprega aproximadamente 60% da mão de obra com carteira assinada. Isso, sem contar os milhares de trabalhadores que ainda não têm carteira assinada", ressaltou.

O discurso foi a propósito de uma reunião promovida pelo Sebrae/Bahia, a convite do diretor-superintendente da Bahia, Edival Passos, com os deputados da bancada baiana. "Foi lá que ouvimos esse diagnóstico rico e que nos convida a persistir na política de incentivar os pequenos empreendimentos, inclusive o empreendedorismo individual, e a economia solidária, política que se afirmou durante os oito anos do governo Lula e que persistirá sob o governo da presidenta Dilma".

Para Emiliano, o Sebrae tem cumprido um papel essencial nessa política. "Tem como missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo.

Na Bahia, o Sebrae tem abraçado essa missão com muita seriedade e convicção porque compreendeu que essa nova fase da economia brasileira, iniciada em 2003, uma economia fundada na distribuição de renda, no crescimento econômico com repartição da renda, só se realiza com o fortalecimento dos pequenos negócios, tão importantes para o crescimento econômico e especialmente para a distribuição da renda".

 

Xangai canta hoje (16) na varanda do SESI do Rio Vermelho

O cantador Xangai se apresenta hoje, quarta-feira (16), às 21h30, no JequitiBar, espaço do Teatro SESI Rio Vermelho, a convite do Projeto Rede na Varanda. É uma quarta-feira baiana de boa música e poesia. O projeto, comandado pelos músicos baianos Amadeu Alves e Fabrício Rios, recebe no palco cantadores, poetas e compositores.

Xangai, como todo mundo sabe, filho e neto de sanfoneiro, é uma figuraça que nasceu no sertão baiano, aprendeu a cantar com vaqueiros e cantadores. Cantador, trovador, violeiro, gravou, além dos discos individuais, um inesquecível em parceria com Renato Teixeira e dois volumes do disco "Cantoria", resultado de um show ao lado de Elomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo realizado em 1984.

O courvert artístico já foi R$ 10, agora é R$ 15. É o preço do sucesso. Eu pago.

 

Jutahy Jr (PSDB-BA) ataca e Emiliano (PT-BA) defende Governo Wagner

O Portal Bahia Notícias divulgou duas notas, uma com críticas do deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), outra com a defesa do deputado Emiliano (PT-BA). Não vai ser fácil a vida de oposicionista de Jutahyzinho. Seguem as notas:

1 - EMILIANO: 'JUTAHY OPINA SEM LER MENSAGEM DE WAGNER'

O deputado federal Emiliano José (PT), em contato com o BN, rebateu as críticas feitas pelo colega de parlamento, Jutahy Oliveira (PSDB), que acusou os governos federal e estadual de cometerem estelionato na campanha eleitoral do ano passado, por conta do atraso nas obras da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, que pode se prolongar ainda mais. “Se há estelionato, não é nem da presidente Dilma, nem do governador Wagner”, afirmou o petista. Emiliano se mostrou surpreso com a declaração do oposicionista. “O deputado Jutahy já foi mais cuidadoso em suas declarações. Ao que parece, ele nem chegou a ler a mensagem do governador Wagner na abertura dos trabalhos na Assembleia”, disse. Para ele, o governador não afirmou que a obra estava ameaçada. “O deputado teve uma interpretação que considero fantasiosa. As obras não estão ameaçadas. O governador apenas fez um alerta, e anunciou que a presidente Dilma visitará as obras da Ferrovia Oeste-Leste em julho. Falou ainda do complexo intermodal e do novo aeroporto, portanto, Wagner conduz rigorosamente as obras, com respeito ao meio ambiente”, garantiu.(João Gabriel Galdea)

2 - PORTO SUL: JUTAHY CRITICA POSTURA DE WAGNER

A declaração – fora do protocolo – do governador Jaques Wagner sobre o lobby do interesse privado na obstrução das obras da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, proferida terça-feira (15), na abertura dos trabalhos da Assembleia, indignou o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA). Em contato com o BN, ele criticou a demora do projeto que estaria “sendo enrolado” pelo governo por oito anos. “Na campanha eleitoral a obra foi anunciada como iniciada, licitação feita, ordem de serviço, e tudo. Agora, para nossa surpresa desagradável, Wagner anuncia que essa obra está correndo risco e sofre ataques de interesse privados e de outros estados. Ora, quando foi anunciada, era evidente que a obra já tinha a garantia de ser feita. Essa questão [ambiental] sempre existiu. Cabe ao governo encontrar soluções”, declarou. Jutahy se mostrou surpreso com a ameaça e afirmou que, embora defenda o projeto, considerado a mais importante obra de infraestrutura do estado, não deixará de denunciar o que houver de errado. “Isto é um crime contra a Bahia. Demonstra o grau de estelionato que o estado sofreu no processo eleitoral. Estelionato da campanha da candidata Dilma. Foi uma farsa cometida pelo governo”, atacou.

15 de fevereiro de 2011

 

A Tarde; donos acomodam crise

Deu no Observatório do Direito à Comunicação
Editado por Pedro Caribé


Demitido pelo jornal A Tarde no último dia 8 de fevereiro por pressões do mercado imobiliário, o repórter Aguirre Peixoto aceitou retornar ao trabalho sem qualquer punição, abono sobre os dias afastado e usufruto imediato de banco de horas por 13 dias. O anúncio oficial do retorno foi feito terça-feira, 15, às 12h, e atenua uma das maiores crises de credibilidade do jornal A Tarde perto de completar 100 anos.

Municiados pelas redes sociais, membros da redação realizaram mobilização singular na história do veículo e do jornalismo baiano para a direção desfazer da demissão. As máquinas chegaram a parar por duas horas e meia durante um dia, três assembléias foram realizadas com média de duração de duas horas, uma comissão foi responsável por estabelecer diálogo com a direção e a possibilidade de estado de greve só foi desfeita na segunda-feira, dia 14, quando Aguirre foi negociar seu retorno.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, há 17 anos no jornal, recorda de revoltas pontuais, mas nada que se iguale as reivindicações atuais. Já Celso Schroeder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), vai além, para ele nos últimos dez anos essa é mais simbólica manifestação da categoria no país: “O mais comum era o contrário, abatimento e frustação”.

O veículo passa por uma crise financeira e transformou o desligamento de Aguirre como primeiro passo de reformulação. A família Simões, dona do impresso, se desligará em breve da direção de jornalismo, uma nova consultoria irá aportar no antigo vespertino e ficará incumbida de rever as diretrizes jornalísticas. Durante a crise o editor-chefe Florisvaldo Matos pediu demissão após quase três décadas de redação, pois não foi consultado pela direção.

O A Tarde busca se adequar a redução das vendas e dos anunciantes, em especial do mercado imobiliário. Para a presidente do Sinjorba, os empresários diminuíram os anúncios após série de reportagens envolvendo corrupção entre a prefeitura e o mercado imobiliário na autorização de licenças para construção, a Transcon.

Também em crise política e financeira, a prefeitura teve que paralisar as licenças concentradas na orla soteropolitana.

Aguirre responde a quatro interpelações judiciais por escrever matéria sobre ilegalidade na licença ambiental no Parque Tecnovia do Governo do Estado em parceria com empreiteira Patrimonial Saraíba, responsável pelas ações contra o repórter. O empreendimento é situado na Avenida Paralela, uma das mais longas e movimentadas da capital, detentora de uma considerável reserva de Mata Atlântica, paulatinamente destruída para construção de condomínios de luxo.

Marjorie atesta que nos últimos anos se tornaram recorrentes matérias sobre o setor imobiliário engavetadas ou reformuladas a pedido dos chefes da redação. A sede do jornal situada no moderno centro comercial de Salvador, a Avenida Tancredo Neves, está na mesa de negociação com as construtoras. Avaliado em mais de R$ 100 milhões, a venda do terreno pode dar novo gás aos negócios dos Simões.

Concorrência popularesca

Além das pressões do mercado imobiliário, o A Tarde foi ultrapassado pelo concorrente Correio* (antigo Correio da Bahia) que pertence aos familiares do falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães (ACM). O Correio* é vendido por R$ 0,50, adotou linguagem popularesca e desde outubro de 2011 tem um concorrente do Grupo A Tarde, denominado Massa, comercializado no mesmo preço e com linha editorial mais apelativa.

Todos os dias uma mulher é exposta com trajes erotizados na capa do Massa, ao lado de notícias sobre violência, Big Brother Brasil, serviços e afins.

O A Tarde é tido como maior sobrevivente de longo ciclo de repressão ao jornalismo local. Quando instaurado o AI-5 em 1968 o então líder Jornal da Bahia, do ex-comunista João Falcão, passou a ser perseguido pelo então prefeito da capital, ACM, e sofreu boicote dos anunciantes até ser vendido e fechar as portas na década de 1990 como um pasquim popularesco.

O A Tarde não se manifestou à repressão ao Jornal da Bahia e herdou boa parte dos seus leitores.

Na década de 1990 o A Tarde se tornou símbolo de autonomia em relação a ACM e o empresários que o circundavam, passou a se desvencilhar de história conservadora e adotar uma linha editorial mais progressista, como na eleição de Lídice da Mata à prefeitura da capital em 1992.

Em 2009 a Justiça lhe concedeu uma indenização de R$ 10 milhões mais juros e correção monetária, por discriminação publicitária sofrida durante o governo César Borges (1999-2002).

 

Jornal A Tarde encerra crise ao readmitir repórter demitido por empreiteiras

O repórter de política de A Tarde, Aguirre Peixoto, 23, aceitou voltar a trabalhar no jornal A Tarde, após ter sido demitido no dia 8 de fevereiro, por visível pressão do setor imobiliário. A decisão foi tomada pelos diretores Sylvio Simões e Renato Simões, que fizeram assim o bom senso voltar ao centenário e respeitado jornal.

O jornalista Aguirre Peixoto aceitou o emprego de volta, depois da decisão da diretoria de revogar a suspensão de 30 dias. O profissional vai desfrutar 13 dias do banco de horas e não terá o salário cortado por causa dos dias em que esteve afastado da empresa.

Os jornalistas de A Tarde decidiram suspender o estado de greve em assembléia geral.

Mas, agora, quem vai aceitar pauta sobre construção civil, meio ambiente, depredação do verde de Salvador?

Sugestão de pauta: Atrás da Petrobrás, no condomínio Alto do Parque, Itaigara, uma construtora está erguendo um prédio de salas comerciais em pleno bairro residencial e no meio da mata do Parque da Cidade. Uma imoralidade que a prefeitura do João autorizou, ilegalmente, sem parecer do IBAMA.

14 de fevereiro de 2011

 

Câmara dos Deputados presta homenagem a Rubens Paiva, ex-deputado morto na tortura

A Câmara dos Deputados convida para a abertura da exposição “Não tens epitáfio, pois és bandeira”, sobre o desaparecido político e ex-deputado Rubens Paiva, a ser realizada quarta-feira (16), às 11 h, no Hall da Taquigrafia. Na ocasião, também será lançado o livro Segredo de Estado - o desaparecimento de Rubens Paiva, do jornalista e escritor Jason Tércio.

Rubens Paiva é um dos símbolos dos desaparecidos políticos brasileiros. Ex-deputado federal, empresário, cassado por defender o governo legítimo de João Goulart, pagou com sua vida pela solidariedade aos que eram perseguidos pela ditadura.

A mostra, iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade e seu objetivo é resgatar a trajetória de vida e a obra do ex-deputado, desaparecido em 1971 durante o regime militar. A mostra já passou pelo Rio de Janeiro e agora traz à Câmara momentos da vida familiar e profissional de Rubens, assim como momentos na sua batalha pela democracia.

Comissão de Direitos Humanos

Rubens Beyrodt Paiva foi preso pela repressão em 20 de janeiro de 1971. Foi assassinado na tortura, sob comando do brigadeiro João Paulo Burnier, da Aeronáutica. Era casado com Eunice Paiva, com quem teve cinco filhos: Marcelo Rubens Paiva, escritor e jornalista, e quatro mulheresd: Vera Silvia Facciolla Paiva (psicóloga e professora); Maria Eliana Facciolla Paiva (jornalista, editora de arte e professora); Ana Lucia Facciolla Paiva (matemática e empresária); e Maria Beatriz Facciolla Paiva (psicóloga e professora).

Em 1962, Rubens Paiva foi eleito deputado federal pelo PTB. Ele integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava as atividades do IPES-IBAD, órgão que financiava palestrantes anti-comunistas no Brasil. A CPI descobriu que muitos cheques eram depositados nas contas de alguns militares. Com o golpe militar de 1964 seu mandato foi cassado.

Rubens Paiva se exilou na Iugoslávia e na França. Ousou voltar por conta própria ao Brasil e passou a exercer engenharia e a cuidar dos negócios. Fundou com o editor Fernando Gasparian o Jornal de Debates e foi diretor do Última Hora de São Paulo. Sempre mantinha contatos de solidariedade com os exilados.

Não era a favor da luta armada, nem pertencia a nenhuma organização de esquerda. Por erro de interpretação, agentes do DOI-CODI prenderam Rubens Paiva que, segundo eles, poderia saber onde estava o capitão Lamarca, o homem mais perseguido do país. Morreu na tortura.

Em 1996, o governo federal reconheceu Rubens Paiva legalmente como morto, mas, mesmo com a realização de escavações em locais em que possivelmente teria sido enterrado, seu corpo até hoje não foi encontrado.

 

Prefeituras não suportarão salário mínimo maior que R$ 545 sem demissões

O governo federal vai cobrar fidelidade da base aliada e exigir que os parlamentares votem a favor de R$ 545 como valor do salário mínimo reajustado. Serão considerados dissidentes todos aqueles que votarem diferente da proposta governamental. Ao jornal A Tarde (Sucursal de Brasília), o deputado federal Emiliano José (PT-BA) afirmou que “a proposta do Executivo é baseada num acordo entre o governo e as centrais sindicais e existe uma consciência das lideranças sobre esse procedimento político”. Ele advertiu que as prefeituras municipais não suportarão aumento maior que o proposto, sob pena de demissões.

O reajuste do salário mínimo será votado quarta-feira (16). O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccareza (PT-SP) disse que “a orientação é uma só. Todos devem votar a favor da proposta de reajuste do salário mínimo de R$ 545. A oposição pode até apresentar outras emendas, mas a proposta que o governo apóia é esta de R$ 545. Se o PSDB e o DEM votarem acima deste patamar, estarão colocando em dificuldades pelo menos dez governos estaduais e um grande número de prefeituras.

O deputado federal Nelson Pelegrino (PT-BA) comentou que a fórmula existente hoje para o reajuste é a mesma que permitiu ao longo dos últimos oito anos o salário mínimo saltar de US$ 100 para US$ 300, “um ganho real de quase 60%. Ele lembra que já está acertado para 2012 um reajuste de pelo menos 13% no valor do mínimo.

 

Emiliano no jornal A Tarde: “Dois estilos, um só programa, Dilma e Lula”

LEIA NA ÍNTEGRA

13 de fevereiro de 2011

 

Apenas a TV-E comentou a demissão de Aguirre Peixoto pelo jornal A Tarde

A jornalista Malu Fontes, doutora em comunicação da UFBA e comentarista do programa TV-E Revista, provavelmente, foi a única pessoa a comentar a demissão do repórter Aguirre Peixoto, de A Tarde, por exigência de empresários da construção civil. Não deixa de ser irônico que exatamente a TV pública da Bahia tenha rompido o silêncio corporativo que a mídia se impõe nestas ocasiões.

Nem jornais, nem emissoras de TV transmitiram o fato, exceção para algumas emissoras de rádios, e a TV-E (cujo slogan é “A TV que você quer ver”). Na verdade, o grosso do conteúdo da notícia sobre a demissão do jornalista, por pressão das empreiteiras, foi produzido pelas redes sociais: twitter, facebook, blogs empresariais e pessoais.

O comentário da professora Malu Fontes foi ao ar dia 11 de fevereiro, no dia seguinte já estava no YouTube. Ela primeiro falou sobre a tendência do jornalismo de protestar sempre contra casos de censura à imprensa de parte do poder público. Quase nunca chama-se atenção para a responsabilidade da área privada, dos empresários. Nem sempre as notícias que mais se destacam nos bastidores dos meios de comunicação são aqueles efetivamente publicados.

Segundo ela, no Brasil adotou-se um método aleijado de se atribuir todo e qualquer tipo de censura ao poder público, aos políticos. Nas últimas eleições, por exemplo,, grande parte do debate girou em torno da suposta tentativa do governo em estabelecer o controle do conteúdo da mídia, caso Lula fizesse a sucessora, Dilma.

O argumento era a proposta de um marco regulatório para as novas formas de comunicação surgidas com as novas tecnologias como Internet, Ipad, celular etc. Passada a eleição hoje se tem clareza da necessidade dessa regulação. Mas ocorreu todo aquele clima de acusação contra o poder público, os políticos, o Congresso, de ameaça à liberdade de expressão.

Malu Fontes comentou que as pessoas se esquecem de que as genis (a personagem de Chico Buarque que todos jogam bosta) são sempre os governantes e os políticos, mas não olham para as mazelas e defeitos do mercado, dos empresários, da iniciativa privada. Afinal, não há corrupto sem corruptor. A corrupção é uma relação de dois lados.

Em Salvador (naquela semana), o fato mais relevante dos meios de comunicação esteve ausente das manchetes dos jornais e dos telejornais.Provavelmente, ninguém tomaria conhecimento da demissão do repórter Aguirre Peixoto se não fossem as redes sociais. Nos meios de comunicação empresariais privados reinou o silêncio. O repórter foi demitido por escrever sobre um fato corriqueiro em Salvador, onde as empreiteiras mandam e desmandam, como se não houvesse regulação para preservação do verde e da acessibilidade do trânsito.

As pessoas só ficaram sabendo do fato em função das redes sociais. Mas, o grande público, que consome informação pelos meios de comunicação tradicionais pouco ficou sabendo. Esse episódio dá bem a medida de que não é o poder público que devemos temer. Quando o governo pede a cabeça de um jornalista a mídia arma um escândalo, mas, quando é a iniciativa privada, os donos dos meios de comunicação impõem o silêncio.

VEJA O COMENTÁRIO DE MALU FONTES NO YOUTUBE

 

Você só pensa em grana...

De Zeca Baleiro,
poeta genial, no CD Líricas

você só pensa em grana meu amor
você só quer saber quanto custou a minha roupa
custou a minha roupa
você só quer saber quando que eu vou
trocar meu carro novo
um novo carro novo meu amor
você rasga os poemas que eu te dou
mas nunca vi você rasgar dinheiro
você vai me jurar eterno amor
se eu comprar um dia o mundo inteiro
quando eu nasci um anjo só baixou
falou que eu seria um executivo
e desde então eu vivo com meu banjo
executando os rocks do meu livro
pisando em falso com meus panos quentes
enquanto você ri no seu conforto
enquanto você me fala entre dentes
poeta bom meu bem poeta morto

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