13 de julho de 2006

 

Cacau: teatro, mentiras e golpes rasteiros

Na região do cacau impera o câncer carlista. É um termo que os dicionários ainda vão registrar como câncer psicológico que persegue aqueles que aceitam a doutrina do coronelismo, com suas ações rasteiras, golpes baixos e mentiras sem escrúpulo. A conclusão é do sr. João Cândido Torres, publicada no blog www.eticailheus.com.br. Ele pergunta: a quem interessa no atual cenário causar dano à imagem do PT? Quem está por trás desta trama armada contra o ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões?

Está na hora de dar nomes aos bois. Há dois anos este tal Franco Timóteo retornou a Itabuna. Andava sempre pelos corredores do shopping contando suas aventuras pelo Acre, Rondônia e Bolívia. Sempre foi um jovem de comportamento duvidoso e ganhos sempre originados de meios ilícitos. A Polícia Federal já tem conhecimento disso, como ele ganhou e perdeu dinheiro nestes dez anos em que andou sumido.

Ao reaparecer, passou a freqüentar a casa de um indiano chamado Asharam, um fitopatologista que estuda a praga vassoura-de-bruxa e a monilia, outro mal da cacauicultura, e que pratica medicina ilegal em sua residência, que funciona também como uma espécie de cassino. Todo mundo sabe disso no bairro de Fátima, em Itabuna.

Asharam já foi candidato a vereador, ligado ao prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PFL), e alimenta um ódio mortal contra Geraldo Simões. Sua casa passou a ser freqüentada pelo criminoso confesso Luis Henrique Franco Timóteo e pelo filho de Fernando Gomes, Marcos Gomes, que é candidato a deputado estadual pelo PFL. Aí nasceu a versão do terrorismo biológico divulgado pela revista Veja.

O próprio indiano asharam já foi acusado de ser o disseminador da praga nos cacauais. Em Itabuna, sempre que alguém não gosta de alguém o acusa de ter espalhado a vassoura-de-bruxa. As hipóteses variam: na Ceplac já correu que foi este indiano; na UDR correu que foi gente de esquerda; também já se disse que foram países africanos para tirar o Brasil do mercado; a última foi esta armada pelo sr Franco Timóteo: espalhada para enfraquecer os coronéis e mudar o cenário eleitoral a favor do PT. O tema é um verdadeiro folclore em Itabuna.

Nem na época em que a Polícia Federal era controlada pelos radicais de direita da ditadura militar, se conseguiu apurar alguma coisa consistente. Mas ficou a folclórica versão da sabotagem criminosa. Agora, a coisa foi armada contra Geraldo Simões e o PT. A idéia inicial era atingir a imagem do presidente Lula, porque os armadores da trama achavam que Geraldo Simões era “íntimo” do presidente. Não deu certo e concentraram o foco no peixe menor.

Deputado estadual, duas vezes deputado federal, duas vezes prefeito de Itabuna, autor da emenda de bancada que conseguiu verbas para o projeto da barragem do rio Colônia, Geraldo Simões se tornou muito forte na região do cacau. É visível a armação política.

O sr Franco Timóteo procurou Helenilson Chaves. Foram vistos juntos diversas vezes. Alguns fazendeiros decidiram investir na história de Timóteo, que queria cobrar R$ 300 mil, mas acabou concordando em receber R$ 250 mil, depois reduzidos para R$ 200 mil.

Uma dura negociação. Helenilson Chaves conduziu Franco Timóteo para o governador Paulo Souto que, depois de se informar sobre Franco Timóteo, não levou a coisa em frente. Foram então a Juvenal Maynardi, que ajeitou o texto e cortou as gorduras das contradições mais exageradas. O Jornal Agora topou divulgar a história e daí saiu a articulação com a revista Veja.

César Borges, o senador ACM e o deputado ACM Neto entram nessa história em represália a Geraldo Simões que, como presidente da Codeba, contrariou os interesses do grupo no caso do Terminal Portuário para transporte da soja do Oeste baiano. Como não conseguiram controlar a licitação pública para o Terminal Portuário decidiram embarcar nessa história do terrorismo biológico. Foi a gota d`água para a revista Veja e para facilidades na negociação dos custos com o jornalista Policarpo Júnior e o fotógrafo Schinnader.

Durante dois meses os dois freqüentaram a residência do indiano asharam, onde mora Franco Timóteo, e usaram como escritório a redação do Jornal Agora. A matéria foi publicada antes pelo jornal Diário do Sul, mas eram tantas as contradições que viraram piada em Itabuna. A revista Veja engavetou a matéria durante mais de um ano. Agora, em pleno ano eleitoral, decidiu desengavetá-la e publicar na edição de número 1961.

Uma comédia. O resto todo mundo sabe. Fernando Gomes, expert em improbidade administrativa, virou líder do cacau. César Borges repercutiu o assunto no Senado, ACM Neto na Câmara. A bancada carlista convocou uma CPI do Cacau, embora tenha sabotado a CPI dos Grampos. Os jornais comentam a farsa na maior seriedade. Se nada der certo, eles pelo menos adiam as dívidas bancárias que alguns sonham em tungar.

Por último, a revista Veja voltou à carga entrevistando duas pessoas bem conhecidas em Itabuna: Gilberto do Fumo, amigo do indiano Asharam, e que foi demitido da Ceplac porque traficava maconha, e Zé Zoinho, que se diz produtor, ex-candidato na coligação do prefeito Fernando Gomes, e que tem uma memória prodigiosa: 20 anos depois diz ter reconhecido as fotos de dois acusados de terrorismo biológico.

Que credibilidade tem essa denúncia da Veja, do PFL e de Fernando Cuma?

Fonte: João Candido Torres - fiscalizando@gmail.com e www.eticailheus.com.br

 

Alckmin é um perigo para a liberdade de imprensa

A Coligação PSDB/PFL de Geraldo Alckmin tentou censurar a Revista Brasil. Mas a liminar, pleiteada junto ao Tribunal Superior Eleitoral, foi negada. É engraçado. A Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a Rede Globo, a revista Veja, todos podem fazer abertamente campanha contra Lula. Mas a CUT paulista não pode, na ótica do PSDB/PFL, publicar uma revista. A Revista Brasil é uma publicação que pertence a 23 entidades sindicais. A edição número um foi feita em maio, lançada em julho e já está esgotada. A coisa é tão imbecil que o PSDB/PFL paulista pediu uma liminar para censurar uma revista já distribuída e esgotada.

A revista Brasil é símbolo da liberdade de imprensa no Brasil. Reafirma o compromisso do jornalismo com pautas de interesse público, na prestação de serviço e no prazer de leitura. O número 2 já está sendo distribuído. A extrema-direita não vai parar. O Tribunal Superior Eleitoral determinou a suspensão do jornal Sindiluta Unificado, do Sindicato Unificado dos Químico e Plásticos de São Paulo, a pedido do PSDB/PFL, inclusive a retirada do site na Internet. A democracia e a liberdade de expressão só servem então para a mídia das elites?

Minha gente, esse Alckmin é um perigo para a democracia!

 

Suposta sabotagem no cacau vira campanha eleitoral

Enquanto os deputados carlistas baianos aprovam uma inútil CPI do Cacau na Assembléia Legislativa, políticos e alguns produtores rurais, liderados por Fernando Gomes, aquele polêmico e suspeito prefeito de Itabuna, perito em improbidade administrativa, anunciam ato público para o próximo dia 21 de julho. Tanto deputados quanto produtores rurais querem apurar a denúncia do réu confesso Luiz Henrique Franco Timóteo, segundo a qual a vassoura-de-bruxa foi disseminada propositalmente na Bahia.

A Assembléia Legislativa é a mesma que sabotou a CPI dos Grampos, para apurar a quadrilha que se instalou na Secretaria de Segurança da Bahia. Estes deputados não são confiáveis. Esta CPI do Cacau cheira a politicagem eleitoreira. Liderados por Fernando Gomes, os cacauicultores pedem na estrada reparação por danos.

O ex-prefeito Geraldo Simões, candidato a deputado federal pelo PT, requereu investigação à Polícia Federal. Mas isso não dá palanque, e o senador César Borges, sempre escalado para o serviço sujo do PFL, reclama da Polícia Federal por antecipação. A prefeitura de Itabuna deu uma estranha e ilegal “doação” em dinheiro para a campanha do cacau. Enquanto isso, o sr Luiz Henrique Franco Timóteo gasta seus R$ 250 mil que ganhou para assumir essa armação indecente com a cumplicidade da revista Veja. Claro que na pauta da “reparação” está a tungada nos empréstimos bancários.

O assunto é grave, mas não dá para levar essa gente muito a sério!

12 de julho de 2006

 

Site dos gerentes da CEF entrevista Emiliano

Uma bela entrevista com o deputado Emiliano José (PT) foi postada no site http://agecefba.com.br da Associação dos Gerentes da Caixa Econômica Federal do Estado da Bahia. Segundo Emiliano, se Alckmin ganhar a eleição, a Caixa Econômica Federal será privatizada, seus trabalhadores convidados a pedir demissão voluntária ou demitidos sumariamente. Mas, se o presidente Lula for reeleito, vai continuar a caminhada da CEF para sua completa reestruturação. Desde que os ataques ao Governo Lula e ao PT começaram a oposição – PFL e PSDB – tentou causar estragos à imagem da instituição, tudo como parte da estratégia de desmoralização visando o golpe final da privatização. Essa é a análise que o deputado estadual, candidato a deputado federal, faz da CEF no atual quadro político. Ele defende a intervenção do Estado, através da Caixa, para combater as desigualdades sociais.

Confira a primeira pergunta do site da Agecefba:

PERGUNTA - A Caixa Econômica Federal corre perigo em conseqüência das eleições presidenciais?

EMILIANO JOSÉ – Corre muito perigo. Assim como o Banco do Brasil e qualquer outra empresa estatal. O neoliberalismo dominou a mente de boa parte da oposição. Se num grande azar da Nação o candidato da direita neoliberal, Geraldo Alckmin, ganhasse a eleição, fatalmente a Caixa Econômica seria privatizada, com grandes prejuízos ao patrimônio do Brasil. Se o presidente Lula for reeleito certamente a caminhada de modernização, reestruturação e orientação social da instituição será mantida. São duas correntes em luta e resultado de eleição a gente só sabe quando os votos são contados.

LEIA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA NO SITE DOS GERENTES DA CEF

 

Wagner, presidente Lula e Stevie Wonder brilham na Bahia

Como não poderia deixar de ser, o candidato ao governo da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi à Base Aérea de Salvador (11.07) recepcionar seu amigo presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Na quarta-feira (12.07) não desgarrou do presidente e o acompanhou ao Centro de Convenções para a abertura da II Conferência Internacional de Intelectuais da África e da Diáspora, um evento promovido pelo Brasil em parceria com a União Africana. Até sexta-feira, 14 de julho, os participantes de 40 países africanos vão debater o tema “A Diáspora e o Renascimento Africano”. Lula, em seu pronunciamento, afirmou que é preciso superar a herança histórica da pobreza, da discriminação racial e da exclusão social numa sociedade onde há falta de democracia e solidariedade. Parecia até que estava falando para os “intelectuais” racistas do Brasil que lutam contra as cotas e o Estatuto da Igualdade Racial.

Segundo o presidente, “os intelectuais e a sociedade civil da África e da Diáspora são protagonistas dessa tarefa”. Também disse que a presença de líderes do continente africano em Salvador – ao todo são 7 chefes de Estado – demonstra que os temas que estão sendo discutidos ganharam prioridade na agenda do Brasil e dos países africanos. “Viemos a Salvador consolidar o diálogo permanente entre a África e as regiões onde sua gente e civilização deixaram no país”. Em debate estão temas como saúde, educação, religião, comércio ciência e tecnologia.

A diáspora – mais de 12 milhões de africanos que foram espalhados pelas Américas com a escravidão e o tráfico negreiro – é assunto central do simpósio. Diáspora, do grego diasporá, significa a dispersão desses povos pela força dos colonizadores escravocratas. O presidente Lula voltou a cobrar das nações ricas mais solidariedade à África. Sintomático que a fala de Lula tenha se dado 48 antes dele embarcar para uma reunião com o Grupo G8, que congrega as nações mais ricas do mundo.

"Parece que ninguém hoje tem responsabilidade. Parece que não aconteceu nada, que a África é pobre porque é um continente negro; que a África é pobre porque não tem escola; que a África é pobre porque não tem desenvolvimento e ninguém assume a responsabilidade de dizer que a África é pobre porque, durante mais de 300 anos, mulheres, crianças e jovens eram tornados escravos para construir algumas das nações que são ricas hoje".

Quase, quase Stevie Wonder rouba a cena, ao cantar no gogó e defender no Brasil a divulgação da História da África.

11 de julho de 2006

 

Wagner recebe apoio em Barreiras e Canavieiras

Depois do ato político (8.07) em que recebeu apoio dos prefeitos das principais cidades da Grande Salvador, Wagner foi ovacionado ao chegar em Barreiras, no Oeste da Bahia. A comitiva integrada pelo candidato a vice-governador, Edmundo Pereira, e pelo presidente do PMDB da Bahia, deputado Geddel Vieira Lima, foi recebida festivamente e em carreata pelas ruas da cidade, até a 24ª Exposição Feira Agropecuária. Eles foram recepcionados pela vice-prefeita Nilza Lima (PT), pela vereadora Regina Figueiredo (PMDB) e pelos ex-prefeitos de Mansidão, Misael Gomes e Pedrão, de Cotegipe.

A calorosa campanha continuou no domingo (9.07) no sul do Estado. Em Canavieiras Wagner e Edmundo foram recepcionados pelo ex-prefeito Almir Melo e por lideranças da região. Juntos, eles participaram do encerramento das festividades em louvor a São Boaventura, padroeiro da cidade. Durante os festejos Wagner e Edmundo receberam ainda o apoio do ex-prefeito Boaventura Cavalcanti. Assim como Almir Melo, ele integrava o grupo carlista, que está rachando em todo o interior da Bahia.

 

Emiliano dispara campanha eleitoral

Emiliano José (PT), candidato a deputado federal com o número 13 31, disparou sua campanha eleitoral. Uma grande reunião plenária de Salvador e Região Metropolitana, dentro da melhor tradição coletiva da esquerda, será realizada no próximo dia 22 de julho, sábado, das 8h às 14h, no Teatro Jorge Amado, na Praça da Pituba. O Teatro Jorge Amado, do curso UEC, tem entradas pela rua Manoel Dias da Silva e pela rua São Paulo. As bases pediram um local de mais fácil acesso. Todos os convidados defendem uma radical renovação no Congresso Nacional e acenam com a biografia inatacável do deputado Emiliano.

Segundo os coordenadores do Comitê Eleitoral Deputado Federal Emiliano – PT, a reunião plenária visa a debater estratégias políticas, táticas eleitorais e propostas concretas para estruturação e desenvolvimento da campanha eleitoral, assim como a inserção ativa nas campanhas de Lula presidente, Wagner Governador e João Durval Senador. Também serão debatidas as ações conjuntas com os candidatos a deputado estadual. Além do número 1331, Emiliano já tem um slogan: Um deputado de luta. O Comitê será instalado no Largo de Santana, 68, defronte do Acarajé da Dinha. Marina Mazzei vai atender pelo telefone 3334 6328, depois de inaugurado.

É preciso renovar o Congresso Nacional, eleger parlamentares combativos e fazer o Poder Legislativo se voltar para a real defesa dos interesses maiores do povo brasileiro. E participar das reuniões plenárias dos candidatos é um exercício de cidadania ativa.

Emiliano pra deputado federal, minha gente!!!

 

Não basta a cor da pele, tem que ter conciência quilombola

O Conselho Quilombola da Bacia e Vale do Iguape, com sede em Santiago do Iguape, aprazível distrito de Cachoeira, às margens do rio Paraguaçu, tem um coordenador de Projetos Produtivos e Meio Ambiente chamado Ananias Nery Viana. Ligado politicamente ao prefeito de Cachoeira do PFL e ao polêmico padre Barturi, através de uma ONG chamada Fundipesca, representa os interesses políticos do padre Piazza, Secretário da Pobreza do Governo Paulo Souto (PFL). E não disfarça.

O sr Ananias Nery tem espaço privilegiado na Secretaria da Reparação (SEPPIR) da ministra Matilde Ribeiro e sempre apresenta “projetos culturais” à Petrobrás e Banco do Brasil, pelo programa DRS – Desenvolvimento Regional Sustentável. Até apicultor já virou, embora seu forte seja a dança folclórica.

Na prática, usa recursos do Governo Lula para fazer campanha eleitoral contra Lula. Recursos federais para fazer campanha para Paulo Souto. Agora está se aproximando dos gerentes do Banco do Brasil. Mais uma frente para financiar a campanha contra o presidente Lula. Domingo último, 9 de julho, na comunidade Engenho da Praia, recebeu a visita do pessoal do BB. É uma festa. Não acho isso certo não. Mas o poder seduz. Qualquer dia desse vou contar essa história, com nomes.

 

Politicagem engana aposentados com aumento irreal

A politicagem de quase 300 picaretas do Congresso Nacional, que votaram um aumento de 16,67% para aposentados, sem previsão orçamentária, confirma uma verdade: é preciso mesmo renovar o Congresso Nacional. Estes parlamentares não representam os interesses da Nação. Com o objetivo de apenas causar desgaste eleitoral ao presidente Lula, os picaretas votaram a mentira. Evidentemente o presidente Lula, que tem responsabilidade, iria vetar, como vetou, a demagogia parlamentar. Um reajuste de 16,67% para todos os aposentados é impossível pagar, pois gera um gasto extra de R$ 7 bilhões nas contas do Tesouro.

O mais grave é que sequer reivindicar tal aumento os aposentados reivindicaram. Foi a mais pura manobra eleitoreira de parlamentares irresponsáveis. Entre eles os que estão metidos até o pescoço com escândalos, fraudes, lista de Furnas, sanguessugas. O Governo Federal pode pagar o que foi negociado com as associações de classe: 5% para aposentados e pensionistas do INSS que recebem mais de um salário-mínimo. O presidente Lula prova que tem responsabilidade e merece um segundo mandato, ao não levar em conta desgaste eleitoral. Mais importante é o Brasil.

Os 300 picaretas do Congresso Nacional acham que os aposentados são idiotas políticos, imbecis, que não percebem a manobra eleitoreira.

É tão vergonhosa a participação da imprensa nessa sujeira toda que nem vou comentar.

 

Presidente Lula de novo na Bahia

O presidente Lula está de novo voltando à Bahia, onde anuncia-se que pretende dar força à candidatura de Jaques Wagner ao governo. É fundamental para o futuro da Bahia e do Brasil quebrar a espinha dorsal da extrema-direita política que prega abertamente o golpe militar e a rebelião das forças armadas. Mas, desta vez, o presidente Lula não vem fazer política, nem inaugurar obras. Ele vem para abrir a II Conferência dos Intelectuais da África e da Diáspora Negra, que vai debater o renascimento do continente africano. Chega dia 11 de julho, pernoita em Salvador e, no dia 12, quarta-feira, no Centro de Convenções, abre o simpósio internacional e participa de reuniões bilaterais com vários chefes de Estado.

Confira a agenda oficial do presidente na Bahia
A agenda extra-oficial Wagner não informou

DIA 11 DE JULHO DE 2006

19h30 Chegada na Base Aérea de Salvador
20h30 Chegada no Museu de Arte Moderna
21h30 Jantar no MAM com chefes de estado e vice-presidentes
23h Fim do jantar

DIA 12 DE JULHO DE 2006

8h00 Saída do Hotel
8h30 Reuniões Bilatérias no Centro de Convenções
10h Início da Cerimônia
11h Mesa Redonda
13h Fim da mesa redonda e retorno ao hotel
13h45 Almoço Privado
15h10 Encontro com presidente de Cabo Verde
16h00 Encontro com Presidente da Guiné
16h40 Encontro com Primeira Ministra da Jamaica
17:30 Encontro com Presidente do Senegal

 

ACM critica PMDB e se diz "guardião da moralidade"

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) criticou (10.07.06) o apoio informal de parte do PMDB à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. "É gravíssimo que um partido e o governo que praticou tantas sandices, que roubou, venham com os mesmos métodos afrontar a nação. Estou como guardião da moralidade", afirmou Magalhães.

Ops! Guardião da moralidade?

Ele comanda com chicote e mão-de-ferro o PFL da Bahia, partido campeão em roubos, desvios, fraudes, todo tipo de falcatruas nas prefeituras da Bahia, conforme os relatórios da CGU. Sob sua influência a OAS corrompeu parlamentares e ainda corrompe. Sem explicar como, se tornou dono de jornal, rede de TV e de emissoras de rádio. Desapareceu com a lista dos que votaram contra e a favor do deputado Luis Estevão, jogando a ética na lata do lixo. Mamou na Bahiatursa, de onde foram desviados R$ 300 milhões. Fraudou o painel do Senado, sendo obrigado a renunciar ao mandato. Comandou a quadrilha do grampo na Bahia, xeretando telefones dos adversários políticos e da ex-amante. Apropriou-se de dois portos marítimos na Baía de Aratu, usando laranjas e dinheiro público, conforme acaba de denunciar o deputado Emiliano José (PT-BA).

Guardião da moralidade? É muito cinismo, minha gente!

10 de julho de 2006

 

Por que Wagner vai ganhar a eleição na Bahia

A melhor cobertura do ato político (sábado, 8 de julho) que reuniu os principais prefeitos da Grande Salvador, em apoio à candidatura de Jaques Wagner ao governo da Bahia, foi do site O Vermelho, do PCdoB. No Hotel Fiesta, discursaram os prefeitos de Salvador, João Henrique (PDT), de Camaçari, Luis Caetano (PT), de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), de São Francisco do Conde, Antônio Pascoal (PP), de São Sebastião do Passe, Tânia Portugal (PCdoB), de Simões Filho, Edson Almeida (PL) e ainda Maria Maia, ex-prefeita de Candeias, além de 300 lideranças políticas, deputados e vereadores, incluindo os presidentes dos partidos que integram a coligação Bahia de Todos Nós (PT, PCdoB, PMDB, PMN, PPS, PSB, PTB e PV).

Os prefeitos Luís Caetano e Moema Gramacho lançaram o desafio: garantir às candidaturas de Wagner (PT) e do vice-governador, Edmundo Pereira (PMDB), uma vantagem de 1 milhão de votos sobre o governador Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição. A vantagem na Região Metropolitana de Salvador será decisiva, pois no interior baiano é mais forte o controle coronelista imposto pelo carlismo. Um terço do eleitorado da Bahia está concentrado em Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, que estão entre as dez maiores cidades baianas.

Desde 2002, quando as oposições divididas perderam , as coisas mudaram. Em 2002, quando saiu de 2% e chegou a 38,3%, perdendo por 300 mil votos, Wagner não teve apoio de nenhum prefeito da Região Metropolitana e muito menos de Salvador. Ainda assim obteve em Salvador 223 mil votos A MAIS que o candidato do PFL. Em 2002, Wagner obteve uma frente de 243 mil votos na Região Metropolitana. Agora, ele construiu uma grande aliança política só comparável à coligação que elegeu Waldir Pires em 1986, com um milhão e 500 mil votos de frente.

Em 2002, Wagner partiu com apoio de apenas sete prefeitos, agora parte com o apoio de 70 prefeitos. Em 2002, Wagner teve 2 minutos de horário eleitoral na TV e no rádio. Agora tem 9 minutos, 30% a mais que o candidato do PFL. As oposições cresceram, o PFL encolheu. Assim como uma ampla coligação elegeu Waldir Pires, também o prefeito atual de Salvador, João Henrique, foi eleito por uma ampla aliança, com uma frente de 800 mil votos sobre o pefelista César Borges.

Minha gente!!!Com a simpatia declarada do presidente Lula, com uma ampla coligação, com o Bolsa Família, a Farmácia Popular, a expansão da Universidade Federal da Bahia, os investimentos pesados do Governo Federal, via empresas e bancos estatais, Wagner tem tudo para ser governador.

 

Governo Lula muda região de Itapetinga com projeto Rio Catolé

Muito boa a matéria do jornalista Juscelino Souza, da sucursal de A Tarde de Vitória da Conquista, na edição de domingo, 9 de julho. A um custo de R$ 5,5 milhões, aprovados pelo Ministério das Cidades, Itapetinga começa a tratar seus esgotos, com a despoluição do rio Catolé. O Governo Lula, através da FUNASA, aprovou mais R$ 800 mil para separar esgotos sanitários dos esgotos fluviais. A CEF aprovou empréstimo para a contrapartida municipal. No início de 2006, o Ministério do Meio Ambiente já havia aprovado R$ 500 mil para o projeto Catolé com Vida, para refazer a mata ciliar do rio. O exemplo governamental gerou um movimento chamado Amigos da Mata Ciliar, que trabalha por benefícios que se estendam a Barra do Choça, Caatiba e Itambé, também banhados pelo rio Catolé. O Ministério Público e a Câmara de Vereadores já estão se mexendo.

Não há notícia de um vintém do Governo da Bahia neste movimento de recuperação do meio ambiente da região Sudoeste. Isso ajuda a entender porque Lula está lá em cima nas pesquisas e Wagner cresce em sua campanha ao governo baiano.

 

Incrível, a revista Veja falou uma verdade sobre Lula

Toda vez que a revista Veja circula, as pessoas de bom-senso ficam se perguntando qual será a próxima reportagem com alguma calúnia, difamação ou injúria endereçada diretamente contra Lula ou o PT. A revista deve estar despencando ladeira abaixo porque, na edição de 12 de julho, aquela em que envenena o público contra as igrejas evangélicas, saiu com um terço de uma página falando a verdade sobre o presidente Lula. Li várias vezes tentando identificar onde estava a armadilha do texto para desqualificar o presidente Lula, com base no crescimento de seu patrimônio pessoal que dobrou de tamanho nestes quase quatro anos. No fundo, a desacreditada publicação tenta se reequilibrar com uma notícia verdadeira em busca de alguma credibilidade. Vai dar muito trabalho.

Segundo a revista, se há algo a criticar no presidente, não será pela revelação de seu patrimônio e de suas opções de investimentos. Em 2002, o presidente Lula informou que tinha um patrimônio de R$ 423 mil reais. Para esta eleição, listou um patrimônio de R$ 840 mil reais. O presidente Lula aplicou bem sua poupança. Investiu em ações de empresas estatais, como nove entre dez brasileiros fazem. Claro que a revista está é pregando sua ideologia capitalista. Mas, pelo menos desta vez, usou informações verdadeiras. Também não é absurda a matéria sobre a inflação, o elefante que virou formiga. Lula deverá ser o governante com a menor inflação da história.

As deformações editoriais da revista Veja, nesta edição citada, ficam por conta das matérias contra José Dirceu, contra o Congresso Nacional (com um foco exclusivamente voltado para processos que tramitam contra parlamentares, como se todos os citados fossem de antemão culpados) e uma absurda matéria sobre as cotas e o Estatuto da Igualdade Racial, como se estes dois avanços da sociedade fossem um convite ao ódio racial e não o contrário, duas iniciativas compensatórias de injustiças históricas contra os afrodescendentes brasileiros. A revista Veja é racista, odeia os pobres e os negros. Não é uma leitura recomendável. Eu leio por absoluta necessidade profissional. Mas um dia vou parar com isso também.

9 de julho de 2006

 

Cacau: denúncia da Veja é pura armação política

Em sua trajetória auto-destrutiva, a revista Veja continua insistindo na invenção do terrorismo biológico contra a lavoura de cacau da Bahia. Alguns poucos jornalistas ainda insistem na canoa furada da revista Veja, por ignorância ou má-fé. A trama para envolver o PT é muito bem pensada. Pega-se uma antiga suspeita dos cacauicultores – da sabotagem na disseminação da praga vassoura-de-bruxa – e, com o mesmo método usado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) - de se auto-incriminar nos episódios do mensalão e da Lista de Furnas - arruma-se um suspeito confesso.

Conversei com antigos e experientes cacauicultores. Eles acham fantasiosa e anti-científica a denúncia do sr Luiz Henrique Franco Timóteo. O OBJETIVO MAIOR É REALMENTE TUNGAR OS FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS, com o argumento da suposta disseminação da praga com envolvimento de um órgão federal - a CEPLAC. Já conseguiram uma primeira vitória com o adiamento para dezembro da execução das dívidas.

CORRUPÇÃO & POLÍTICA
Corre na região que o denunciante levou R$ 200 mil para fazer esse serviço. Já a exploração política com o envolvimento dos nomes do ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões (PT) e militantes do partido foi obra do atual prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PFL), que já foi derrotado uma vez por Geraldo Simões e tenta a todo custo evitar a eleição do adversário político. Aliás, na edição da Veja com a segunda matéria sobre o assunto, a Carta do Leitor da revista publica uma carta de Fernando Gomes. Soa como uma confissão de culpa. Uma boa pista para a Polícia Federal.

A auto-denúncia feita pelo sr Luiz Henrique Franco Timóteo à Veja, dizendo que ele e outros quatro amigos teriam sido os responsáveis pela implantação da praga conhecida como vassoura-de-bruxa nos cacaueiros da Bahia, em 1988, com a finalidade de destruir os barões do cacau e conquistar o poder político na região, é muito fantasiosa, mas deixou “indignados” os cacauicultores da Bahia. A invencionice caiu como uma bomba na região. Afinal, foram 200 mil trabalhadores desempregados e um prejuízo de mais de US$ 15 bilhões em 15 anos.

A Polícia Federal está apurando a denúncia, a pedido do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões. O sr Franco Timóteo já foi ouvido. Mas salta aos olhos a armação política. A revista Veja embute nomes de políticos da extrema-direita ruralista como Ronaldo Caiado. A contestação à denúncia do sr Franco Timóteo parte principalmente de cientistas e pesquisadores. Regina Carvalho, pesquisadora de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa, em Brasília, por exemplo, afirma que um estudo feito nos cacaueiros contaminados no sul da Bahia mostra que a forma da doença encontrada não coincide com a endemia no Norte do país.

CONFISSÃO CONVENIENTE
A suspeita confissão do sr Franco Timóteo é muito conveniente politicamente ao prefeito Fernando Gomes, ao PFL baiano e à reacionária União Democrática Ruralista – UDR. Sintomática é a história da fazenda de um líder da UDR constar como exemplo na “reportagem”.

A vinculação que a revista faz da suposta primeira sabotagem com a ascensão política de Geraldo Simões, em 1992, é também muito conveniente, assim como a intriga da nomeação do acusados na prefeitura. É muito forte o cheiro de armação política. Os proprietários da revista e seus jornalistas corruptos estão destruindo uma publicação que já fez história no jornalismo brasileiro.

A Veja já tem uma outra pauta na redação. Trata-se da monilia, uma praga originada na Amazônia peruana, muito mais perigosa.

Um dia a revista vai dar um jeito de culpar alguém do Governo Lula, do PT ou quem sabe do MST. É esperar para ver.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?