9 de julho de 2006
Cacau: denúncia da Veja é pura armação política
Em sua trajetória auto-destrutiva, a revista Veja continua insistindo na invenção do terrorismo biológico contra a lavoura de cacau da Bahia. Alguns poucos jornalistas ainda insistem na canoa furada da revista Veja, por ignorância ou má-fé. A trama para envolver o PT é muito bem pensada. Pega-se uma antiga suspeita dos cacauicultores – da sabotagem na disseminação da praga vassoura-de-bruxa – e, com o mesmo método usado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) - de se auto-incriminar nos episódios do mensalão e da Lista de Furnas - arruma-se um suspeito confesso.
Conversei com antigos e experientes cacauicultores. Eles acham fantasiosa e anti-científica a denúncia do sr Luiz Henrique Franco Timóteo. O OBJETIVO MAIOR É REALMENTE TUNGAR OS FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS, com o argumento da suposta disseminação da praga com envolvimento de um órgão federal - a CEPLAC. Já conseguiram uma primeira vitória com o adiamento para dezembro da execução das dívidas.
CORRUPÇÃO & POLÍTICA
Corre na região que o denunciante levou R$ 200 mil para fazer esse serviço. Já a exploração política com o envolvimento dos nomes do ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões (PT) e militantes do partido foi obra do atual prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PFL), que já foi derrotado uma vez por Geraldo Simões e tenta a todo custo evitar a eleição do adversário político. Aliás, na edição da Veja com a segunda matéria sobre o assunto, a Carta do Leitor da revista publica uma carta de Fernando Gomes. Soa como uma confissão de culpa. Uma boa pista para a Polícia Federal.
A auto-denúncia feita pelo sr Luiz Henrique Franco Timóteo à Veja, dizendo que ele e outros quatro amigos teriam sido os responsáveis pela implantação da praga conhecida como vassoura-de-bruxa nos cacaueiros da Bahia, em 1988, com a finalidade de destruir os barões do cacau e conquistar o poder político na região, é muito fantasiosa, mas deixou “indignados” os cacauicultores da Bahia. A invencionice caiu como uma bomba na região. Afinal, foram 200 mil trabalhadores desempregados e um prejuízo de mais de US$ 15 bilhões em 15 anos.
A Polícia Federal está apurando a denúncia, a pedido do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões. O sr Franco Timóteo já foi ouvido. Mas salta aos olhos a armação política. A revista Veja embute nomes de políticos da extrema-direita ruralista como Ronaldo Caiado. A contestação à denúncia do sr Franco Timóteo parte principalmente de cientistas e pesquisadores. Regina Carvalho, pesquisadora de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa, em Brasília, por exemplo, afirma que um estudo feito nos cacaueiros contaminados no sul da Bahia mostra que a forma da doença encontrada não coincide com a endemia no Norte do país.
CONFISSÃO CONVENIENTE
A suspeita confissão do sr Franco Timóteo é muito conveniente politicamente ao prefeito Fernando Gomes, ao PFL baiano e à reacionária União Democrática Ruralista – UDR. Sintomática é a história da fazenda de um líder da UDR constar como exemplo na “reportagem”.
A vinculação que a revista faz da suposta primeira sabotagem com a ascensão política de Geraldo Simões, em 1992, é também muito conveniente, assim como a intriga da nomeação do acusados na prefeitura. É muito forte o cheiro de armação política. Os proprietários da revista e seus jornalistas corruptos estão destruindo uma publicação que já fez história no jornalismo brasileiro.
A Veja já tem uma outra pauta na redação. Trata-se da monilia, uma praga originada na Amazônia peruana, muito mais perigosa.
Um dia a revista vai dar um jeito de culpar alguém do Governo Lula, do PT ou quem sabe do MST. É esperar para ver.
Conversei com antigos e experientes cacauicultores. Eles acham fantasiosa e anti-científica a denúncia do sr Luiz Henrique Franco Timóteo. O OBJETIVO MAIOR É REALMENTE TUNGAR OS FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS, com o argumento da suposta disseminação da praga com envolvimento de um órgão federal - a CEPLAC. Já conseguiram uma primeira vitória com o adiamento para dezembro da execução das dívidas.
CORRUPÇÃO & POLÍTICA
Corre na região que o denunciante levou R$ 200 mil para fazer esse serviço. Já a exploração política com o envolvimento dos nomes do ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões (PT) e militantes do partido foi obra do atual prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PFL), que já foi derrotado uma vez por Geraldo Simões e tenta a todo custo evitar a eleição do adversário político. Aliás, na edição da Veja com a segunda matéria sobre o assunto, a Carta do Leitor da revista publica uma carta de Fernando Gomes. Soa como uma confissão de culpa. Uma boa pista para a Polícia Federal.
A auto-denúncia feita pelo sr Luiz Henrique Franco Timóteo à Veja, dizendo que ele e outros quatro amigos teriam sido os responsáveis pela implantação da praga conhecida como vassoura-de-bruxa nos cacaueiros da Bahia, em 1988, com a finalidade de destruir os barões do cacau e conquistar o poder político na região, é muito fantasiosa, mas deixou “indignados” os cacauicultores da Bahia. A invencionice caiu como uma bomba na região. Afinal, foram 200 mil trabalhadores desempregados e um prejuízo de mais de US$ 15 bilhões em 15 anos.
A Polícia Federal está apurando a denúncia, a pedido do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões. O sr Franco Timóteo já foi ouvido. Mas salta aos olhos a armação política. A revista Veja embute nomes de políticos da extrema-direita ruralista como Ronaldo Caiado. A contestação à denúncia do sr Franco Timóteo parte principalmente de cientistas e pesquisadores. Regina Carvalho, pesquisadora de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa, em Brasília, por exemplo, afirma que um estudo feito nos cacaueiros contaminados no sul da Bahia mostra que a forma da doença encontrada não coincide com a endemia no Norte do país.
CONFISSÃO CONVENIENTE
A suspeita confissão do sr Franco Timóteo é muito conveniente politicamente ao prefeito Fernando Gomes, ao PFL baiano e à reacionária União Democrática Ruralista – UDR. Sintomática é a história da fazenda de um líder da UDR constar como exemplo na “reportagem”.
A vinculação que a revista faz da suposta primeira sabotagem com a ascensão política de Geraldo Simões, em 1992, é também muito conveniente, assim como a intriga da nomeação do acusados na prefeitura. É muito forte o cheiro de armação política. Os proprietários da revista e seus jornalistas corruptos estão destruindo uma publicação que já fez história no jornalismo brasileiro.
A Veja já tem uma outra pauta na redação. Trata-se da monilia, uma praga originada na Amazônia peruana, muito mais perigosa.
Um dia a revista vai dar um jeito de culpar alguém do Governo Lula, do PT ou quem sabe do MST. É esperar para ver.