2 de dezembro de 2006

 

Revista Carta Capital mostra o desmonte do carlismo

Imperdível. Assinada pelo jornalista Leandro Fortes, a revista Carta Capital que está nas bancas mostra, em matéria intitulada O Desmonte do Carlismo, como o PT e as forças políticas que apóiam Jaques Wagner estão enterrando o que de mais atrasado e corrupto existe na política brasileira. O jornalista lembra que em 40 anos o grupo encastelado no poder transformou o Estado em propriedade privada. O fato de Jaques Wagner ter vencido o governador pefelista Paulo Souto nas eleições estaduais deste ano deixou a certeza de duas coisas. A primeira, de que o eleitor baiano seguiu uma tendência nacional de desprezar o furor da mídia contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por extensão, relegar ao lixo da história a mesmíssima estratégia usada pelos carlistas na Bahia. A segunda, de que a tentativa de Souto de se descolar do carlismo, foi tímida o suficiente para ser interpretada como falsa pelo eleitorado local. Não é por menos.

A matéria na íntegra só na versão impressa. Vale a pena correr às bancas. Mas a revista disponibilizou em seu site um texto bastante generoso, que se segue:

O DESMONTE DO CARLISMO

O PT vitorioso quer acabar com o poder de ACM, o maior cacique político do País
Por Leandro Fortes, de Salvador

Antonio Carlos Magalhães, ao contrário do que se pensa fora da Bahia, não ganhou o apelido de “Toninho Malvadeza” por ser um político nascido e criado à sombra dos generais, durante a ditadura militar (1964-1985), à qual serviu com fidelidade canina. Também não foi por ter usado a máquina pública da administração da Bahia para criar um império pessoal. Um feudo com vassalos. Muito menos por ter perseguido adversários e jornalistas, alguns dos quais chegou a agredir fisicamente com o próprio punho. ACM tornou-se Malvadeza na década de 1950, quando era jovem e, como na canção do conterrâneo Gilberto Gil, “ia procurar porrada na base da vã valentia” no Campo da Pólvora, zona central de Salvador, onde morava.

Acostumado a bater a torto e a direito, ACM levou uma surra histórica nas eleições deste ano, eternizada na imagem desolada do velho coronel de cabeça branca, flagrado pela câmera de Luciano da Matta, do jornal A Tarde, de Salvador, na noite de 1º de outubro.

A imagem foi captada em um átimo de porta entreaberta no Palácio de Ondina, sede do governo da Bahia, onde ACM acompanhava, cabisbaixo, a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Naquela noite, quase madrugada, os computadores do TSE, em Brasília, tinham contabilizado quase 100% das urnas eletrônicas utilizadas no pleito. Desde cedo, no entanto, a maior surpresa anunciava-se, justamente, no terreiro de Antonio Carlos e da trupe pefelista mais aguerrida da nação.

Na Bahia, o candidato Jaques Wagner, do PT, caminhava para uma vitória ainda no primeiro turno das eleições. Concretizada a eleição do petista, o implacável ACM, reconhecido por aliados e adversários como Toninho Malvadeza, cuja liderança política forjou-se em três mandatos de governador, dois deles presenteados pelos generais da ditadura militar, sentou-se em um sofá e, então, caiu no mais puro desalento.

Por quatro décadas, descontados apenas dois anos do conturbado mandato de Waldir Pires no governo da Bahia, entre 1987 e 1989, o carlismo configurou-se como única força política do estado. Para tal, o grupo carlista estabeleceu uma relação privatizante entre a estrutura administrativa estadual e as diversas empresas da família, onde também abrigam-se até hoje parentes, aliados políticos e vassalos de toda ordem.

Acima de tudo isso, Antonio Carlos, quando ministro das Comunicações do governo José Sarney (1985-1990), deu-se de presente uma cadeia de televisão, a Rede Bahia, e, a partir dela, condenou a oposição local ao exílio do silêncio.

Foi, e ainda é, o mais poderoso coronel eletrônico do País.

A vitória do PT poderá lhe render, além de um ostracismo político irreversível, graves danos financeiros. O fato de Jaques Wagner ter vencido o governador pefelista Paulo Souto nas eleições estaduais deste ano deixou a certeza de duas coisas. A primeira, de que o eleitor baiano seguiu uma tendência nacional de desprezar o furor da mídia contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por extensão, relegar ao lixo da história a mesmíssima estratégia usada pelos carlistas na Bahia. A segunda, de que a tentativa de Souto de se descolar do carlismo, foi tímida o suficiente para ser interpretada como falsa pelo eleitorado local.

Não é por menos. O governador pefelista é uma típica criatura do carlismo, um engenheiro alçado da burocracia interna do estado, mas sempre se esforçou para ter melhores modos que os de seu criador. Registre-se como ato de coragem o fato de ele ter retirado do gabinete uma foto gigante de ACM para trocá-la, à guisa de sutil distanciamento, por uma de Luís Eduardo Magalhães.

Paulo Souto também livrou o Palácio de Ondina da prática pública e cotidiana de botinadas, tão cara ao seu mentor político, mas, no fim das contas, mantiveram-se em funcionamento todos os esquemas do carlismo. Desmontá-los, portanto, será a duríssima tarefa de Jaques Wagner a partir de 1º de janeiro de 2007.

LEIA A ÍNTEGRA NA REVISTA IMPRESSA, QUE JÁ ESTÁ NAS BANCAS

1 de dezembro de 2006

 

Prefeito petista de Senhor do Bonfim recebe prêmio do UNICEF

Carlos Brasileiro (PT), prefeito do município baiano de Senhor do Bonfim, foi um dos prefeitos do Semi-Árido do Estado da Bahia escolhidos pelo Unicef para receber o prêmio da entidade, concedido a municípios que desenvolvem programas de proteção à criança e adolescente. A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto e coube ao ministro da Educação, Fernando Haddad entregar o prêmio a Carlos Brasileiro, ao lado da representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier.

Estavam presentes à solenidade no salão Oeste, do Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o Secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, os governadores do Piauí, Wellington Dias, do Rio Grande do Norte, Wilma Faria, e a senadora Patrícia Saboya, representando a Frente Parlamentar pela Infância.

Ao todo 146 prefeituras foram agraciadas em todo o Brasil, sendo 14 da Bahia . Além de Senhor do Bonfim, foram contemplados América Dourada, Andorinha, Antonio Gonçalves, Barrocas, Caculé, Conceição do Coité, Cordeiros, Ibotirama, Irecê, João Dourado, Nordestina, Palmas de Monte Alto, e São Domingos.

Segundo Carlos Brasileiro o prêmio significa "o reconhecimento do compromisso do município aliado à melhoria dos indicadores sociais pelas políticas sociais engajadas no avanço das condições de vida das crianças e adolescentes, desde a saúde, educação, nutrição, merenda escolar, registro civil, educação ambiental, entre outros direitos, além de atividades culturais".

"O Selo UNICEF é uma iniciativa para que os municípios garantam uma vida melhor para suas crianças e seus adolescentes. O que o Selo nos mostra é que quando estimulados e apoiados, esses municípios são capazes de revolucionar a situação de suas crianças", afirma a representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre.

No Semi-árido brasileiro vivem 33 milhões de pessoas - desses, 13 milhões são crianças e adolescentes. Os indicadores sociais na região são os mais graves do País. Para ajudar a reverter essa situação, o UNICEF trabalha em parceria com governos municipais, estaduais e federal, organizações da sociedade civil, como ASA, Resab e Andi, e empresas, como a Petrobrás.

30 de novembro de 2006

 

Folha continua com campanha difamatória contra tudo e todos

A Folha de S. Paulo continua sua campanha difamatória contra Lula, o PT e o resto do mundo. Dia 30/11 publicou a manchete “Com doações ocultas, PT repassa R$ 18,5 mi a Lula”. O título sugere alguma ilegalidade, para quem não está bem informado. Não há ilegalidade alguma. Todos os partidos adotam procedimento igual. Quem quer doar para seu candidato e não quer que seu nome apareça, por qualquer motivo, faz a doação ao partido político, que repassa a doação ao candidato. Normal e legal. A Folha de S. Paulo está muito doente. Seus redatores agora viraram legisladores ou alguma coisa parecida com a “consciência” da nação. A Folha diz que a prática legal da doação ao partido político “oculta” os nomes dos doadores como se isso fosse um crime. Mas a prática não é vedada pela legislação eleitoral. Não há nenhuma burla a nenhuma lei. De qualquer forma, esses doadores “ocultos” como diz a Folha serão conhecidos quando os partidos prestarem contas à Justiça Eleitoral. A Folha é um saco com esse moralismo rasteiro.

 

Folha de S. Paulo mente mais uma vez sobre Lula

A capa do jornalão paulista "Folha de São Paulo" ataca mais uma vez com manchete mentirosa. A Folha de S. Paulo mostra hoje (29/11) a matéria “Setor bancário deu maior doação à campanha de Lula". Segundo a informação equivocada da Folha os bancos foram os principais financiadores da campanha de reeleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com doações que somam R$ 10,5 milhões. A Folha mentiu. A campanha de Lula recebeu um total de R$ 8,5 milhões A campanha de Alckmin recebeu R$ 9,95 milhões.

O jornal Valor Econômico com a matéria "Vale foi maior doadora à reeleição" desmente a Folha de S. Paulo. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi a maior doadora à campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não o setor bancário. A mineradora, privatizada em 1997, doou R$ 4,05 milhões (....) As doações legais foram feitas por meio de duas empresas controladas pela Vale do Rio Doce.

A imprensa continua deturpando notícias sobre Lula, louca para provocar o que eles chamam, em off, de "terceiro turno". Essa gente ainda não assimilou a derrota nas urnas e creio que vai jogar sujo, até que alguém tome alguma providência. Qual? Não sei! Mas é preciso parar essa "fábrica de meias-verdades", quando não de mentiras completas e deslavadas.

Vejam que Geraldo Alckmin recebeu mais e de mais bancos. Por que enfatizar no título somente as doações para a campanha do Lula? É querer forçar a barra, não é mesmo? A notícia é verdadeira, mas a edição dela é que é um tanto maliciosa. É uma meia-verdade.

Leia a manchete do site de noticias Último Segundo do IG: "A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi a maior doadora à campanha da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."

A lista dos doadores das campanhas de Alckmin e Lula, divulgado pelo site IG o jornal Valor Econômico, prova que a Folha de São Paulo mentiu.

LEIA MAIS http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

29 de novembro de 2006

 

Manchete da Folha de S. Paulo mostra decadência

”Publicidade oficial ajuda a bancar TV de filho de Lula” . Esta é a capa da Folha de S. Paulo de terça-feira (28/11/). É o fiel retrato da decadência da grande mídia nacional. A Folha ataca o filho do Presidente Lula requentando uma matéria já requentada da famigerada revista Veja.

É o desespero e ódio dos pilantras da mídia que não conseguem aceitar que já não podem mais manipular a grande maioria do povo brasileiro. Visto que fracassaram na campanha eleitoral, já que não conseguiram derrotar Lula e o PT, os safados da Folha, num misto de falta de assunto e jornalismo sensacionalista publicam matérias atacando a honra de familiares do Presidente, fazendo acusações baseadas em suposições sem apresentar prova alguma.

A parte boa disso, é que cada dia mais a Folha, Veja, Estadão, O Globo tendem a perder cada vez mais assinantes e anunciantes, visto que a credibilidade de tais veículos chega a níveis insignificantes.

Talvez seja por isso que o PSDB, através do criador do valerioduto Senador Eduardo Azeredo, quer calar os Blogs com o tal projeto de controle da Internet, pois aqui a mentira, a calúnia e a safadeza não têm vez. (...)

Por GuinaFonte http://www.tribunapetista.blogspot.com/

28 de novembro de 2006

 

Sanguessugas baianos estão escapando da punição

A CPI dos Sanguessugas acusou 72 deputados de envolvimento com as máfia das ambulâncias. Eles desviaram dos cofres públicos mais de R$ 100 milhões. Dia 6 de dezembro, o Conselho de Ética da Câmara começa a votar processos por quebra de decoro parlamentar. O primeiro da fila, relatado pela deputada Ann Pontes (PDMB-PA) recomendará a absolvição de Celcita Pinheiro (PFL-MT).

Somente mais cinco processos devem ser analisados até o fim da atual legislatura, em 1º de fevereiro, e outros cinco reabertos na próxima, referentes a deputados reeleitos. O restante, no total de 56, deverá ir para o arquivo — o que beneficiará os processados, que manterão os direitos políticos e possibilidade de disputar novas eleições em 2008 e 2010.

A CPI apontou Celcita Pinheiro (PFL-MT) como beneficiária de R$ 50 mil que foram repassados a ela em troca de emendas ao Orçamento que pudessem beneficiar a Planam, no fornecimento de ambulâncias superfaturadas para prefeituras. Os colegas de Celcita concluíram que não há provas contra ela porque os cheques recebidos não tinham FUNDOS. Celcita do PFL quebrou o decoro parlamentar, mas vai ficar por isso mesmo.

VEJA A RELAÇÃO DOS SANGUESSUGAS BAIANOS QUE SERÃO INOCENTADOS

Coriolano Sales (PFL-BA) - Recebeu R$ 172.438,00 do esquema. A maior parte do valor, R$ 120 mil, não foi repassado em dinheiro. O deputado recebeu uma 'máquina de jornal' que, segundo a CPI, está em poder do parlamentar.

Jonival Lucas (PTB-BA) - Recebeu R$ 7.300,00 do esquema. O valor é referente a 10% da emenda apresentada pelo parlamentar para a compra de ambulância. O próprio deputado entrou em contato com o prefeito para acertar detalhes da licitação beneficiando a Planam.

Reginaldo Germano (PP-BA) - Recebeu R$ 129 mil do esquema. Do total, R$ 50 mil foram repassados em dinheiro vivo para o parlamentar; o restante foi depositado na conta pessoal e de assessores do deputado.

Robério Nunes (PFL-BA) - Recebeu R$ 10 mil na conta de uma pessoa indicada pelo parlamentar. Outros R$ 15 mil foram pagos diretamente ao parlamentar em dinheiro vivo.

 

Paulo Souto mantém o discurso atrasado e melancólico

O governador da Bahia (até dezembro), Paulo Souto, acaba de inaugurar uma fábrica de sapato no sertão da Bahia. Em Santa Luz. Vi o noticiário oficial da TV-E. São algumas dezenas de empregos, é verdade. Paulo Souto não resistiu e repetiu seu derrotado discurso de campanha. Segundo ele, SÓMENTE a implantação de fábricas vão gerar empregos para tirar os milhões de brasileiros da miséria. Para bom entendedor, se SOMENTE a indústria pode gerar empregos e tirar os excluídos da miséria, de nada adianta o Bolsa Família. Paulo Souto é coerente. Ele e seu partido, o PFL, são contra o Bolsa Família, que eles chamam de Bolsa Esmola.

Por ignorância ou má fé, o PFL continua criticando o Bolsa Família. No Senado, o PFL cometeu a estupidez de aprovar um 13% salário para os beneficiários do Bolsa Família, mesmo sabendo que é inconstitucional, já que não se trata de relação trabalhista. O objetivo é jogar uma casca-de-banana para Lula. Nada mais do que isso. O negócio deles é a hegemonia do mercado. A mão invisível.

No segundo mandato de Lula, sob as bênçãos de 58 milhões de votos, os investimentos e o combate à miséria vão continuar, mas com o foco em geração de renda e emprego. E não necessariamente através da criação de fábricas. Pode ser através de investimentos em infra-estrutura e educação, por exemplo.

O fato é que o orçamento do Ministério de Desenvolvimento Social triplicou nos últimos quatro anos, com Lula. De R$ 22 bilhões em 2006, deve chegar a R$ 24 bilhões no ano que vem. Em 2002, a área social tinha R$ 8 bilhões para investir, menos que os recursos destinados este ano somente ao Bolsa-Família, programa que alcançou 11 milhões de lares em outubro. O total de famílias pobres calculado pela Secretaria Nacional de Renda e Cidadania do Ministério de Desenvolvimento Social é de 11,1 milhões de famílias.

Passada a fase mais crítica, de atendimento às necessidades básicas da população dos maiores grotões da miséria, o Bolsa-Família agora levará para o restante do país o que já acontece nas cidades-piloto do programa. Em municípios como Acauã e Paulistana, no Piauí, os contemplados freqüentam cursos profissionalizantes, formam cooperativas e expandem a economia local.

Em Acauã, onde 87% da população têm acesso ao Bolsa-Família, mais de 90% dos habitantes votaram em Lula. Na cidade-piloto do Fome Zero, Guaribas, o percentual de eleitores chega a 94%. Não é à toa que no Nordeste Lula obteve quase 80% dos votos.

Paulo Souto com seu capitalismo capenga na cabeça só consegue enxergar a montagem de fábricas. Até que todo o Brasil explodisse sua economia para gerar emprego para os miseráveis, toda uma geração de crianças estaria perdida, vitimada pela fome. Não dá para esperar somente a economia, o desenvolvimento... como se diz mesmo?...sustentável.

O PFL precisa se informar melhor. Não pode continuar a ser contra o povo. Chega a ser uma desumanidade. Com aumento na renda mensal, alguns beneficiários do Bolsa Família estão na ante-sala da classe média. Com a oportunidade de estudo, filhos de desempregados são matriculados em cursos profissionalizantes. Surgem manicures, cozinheiras, vendedoras, ao lado de maridos agricultores, que garantem com a roça a subsistência da família.

Dizer que o Bolsa Família é esmola ou que vicia o cidadão é mais um absurdo das elites políticas (e algumas religiosas) do Brasil. O segundo Governo Lula se prepara para enfrentar o desafio da pobreza nas grandes cidades. As metrópoles devem ser priorizadas, sem redução do Bolsa Família no interior. O fluxo migratório tem que ser retido. Não há tempo nem dinheiro para montar fábricas em busca do pleno emprego.

No fundo, no fundo Paulo Souto, ACM, PFL, eles acreditam é no Milagre Econômico da ditadura, quando a economia cresceu, mas os benefícios nunca chegaram aos cidadãos pobres do Nordeste.
Paulo Souto devia calar a boca. Está falando demais. E mal.

27 de novembro de 2006

 

Algumas revistas brasileiras são podres

Semana passada, Istoé, Época e Veja faturaram dando capa de garotas que morreram por anorexia. As três revistas trataram como espetáculo e de forma apelativa a morte de pelo menos duas jovens. Ora, as mesmas revistas não se cansam de faturar reportagens sobre dietas da moda, numa total irresponsabilidade. Mas não se pode criticar nem censurar. É a liberdade de imprensa, segundo o patronato e os jornalistas de aluguel.

A revista Carta Capital percebeu do que se alimentam as três revistas e publicou em forma de publicidade a diferença. Enquanto as três revistas faturavam a desgraça alheia, a Carta Capital discutia assuntos relativos à economia, ao racismo e ao fim dos votos serviçais dos grotões. A publicidade toca fundo. “Você conhece uma revista pelos assuntos que ela escolhe e pela forma de tratá-los”, diz o texto. É por isso que leio a Carta Capital.

Aliás, o pitbull da revista Veja, jornalista Policarpo Júnior reapareceu. Policarpo é quem assinou duas matérias inventadas sobre uma fantasiosa disseminação, por parte de petistas, da praga vassoura-de- bruxa que dizimou a cultura do cacau na Bahia. A principal fonte da matéria é um homem visivelmente desequilibrado e mentalmente deficiente, como se viu na CPI do Cacau instalada na Assembléia Legislativa da Bahia.

Convocado a prestar depoimento, o jornalista da revista Veja não compareceu. Recusou-se como cidadão a contribuir na apuração da verdade. O inquérito da Polícia Federal concluiu que as denúncias não procediam. Com o passar dos dias, viu-se que se tratava apenas de uma armação do marketing político do carlismo. O objetivo era atingir, não somente o PT na região, mas chegar até ao presidente Lula. Deu errado. O povo percebeu a mutreta e o principal acusado, ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões, foi eleito deputado federal.

A nova investida do jornalista Policarpo Júnior é contra o ministro Waldir Pires. Vê-se que o objetivo é atingir o ministro de inatacável biografia. Toda vez que a revista Veja quer servir ao senador ACM ela escala Policarpo Júnior. Triste, muito triste.

 

Pistoleiro da ditadura matou 492 pessoas e está solto

O Nome da Morte (Editora Planeta), livro do jornalista Klester Cavalcanti, conta a história do ex-pistoleiro profissional Júlio Santana, maranhense responsável pelo assassinato de 492 pessoas. Não é ficção. Júlio Santana é uma pessoa real, está solto e sequer é procurado pela polícia. Durante os 32 anos em que viveu como pistoleiro ele não somente executou 492 pessoas, como também anotou tudo numa caderneta, o nome da vítima, o nome do mandante, o valor recebido e a data do “serviço”.

Júlio Santana era o mateiro que orientava os militares brasileiros nas matas do Araguaia nos anos 70. Foi ele quem atirou no braço do então jovem guerrilheiro José Genoíno (hoje deputado federal reeleito do PT), capturado e torturado, e foi ele quem apertou o gatilho para executar a guerrilheira Maria Lúcia Petit da Silva, capturada viva.

Júlio Santana, assim como os demais assassinos e torturadores do Exército Brasileiro, vive na impunidade. Mora em um sítio com mulher e filhos, em endereço secreto. É mais um bandido, que serviu a ditadura militar, que escapou. O Nome da Morte vai virar filme, a ser produzido pelo ator Wagner Moura, que deve interpretar o pistoleiro na tela. Vicente Amorim será o diretor. Vamos torcer para que o cinema não transforme em herói um assassino confesso.

A revista Carta Capital de 29/11/06 trata do assunto em matéria intitulada “Crimes nas Prateleiras”.

 

Grande imprensa agora ataca a Petrobras

É um exemplo de irresponsabilidade e mau jornalismo as matérias veiculadas pelos jornais o Globo (RJ) e Folha de S. Paulo (SP) tentando mostrar um suposto favorecimento da estatal a ONGs que seriam ligadas ao PT e a empresas que doaram recursos a campanhas eleitorais de candidatos deste partido. É pura armação. Basicamente, é um “jornalismo” servil ao PFL. Planta-se a notícia fajuta e o político do PFL a leva para a tribuna.

Receita antiga. As matérias fajutas falam de contratos em torno de R$ 31 milhões. Mas são 70 mil fornecedores. Muito fácil encontrar entre eles alguém ligado ao PT, como seria muito fácil encontrar alguém ligado ao PFL ou ao PSDB. Os jornalões e os jornalistas de aluguel querem comprometer uma empresa que investe R$ 22,6 bilhões com grande impacto na economia.

A máfia da imprensa divulgou que a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) - receberia R$ 268 milhões para formação de 70 mil profissionais nos próximos dois anos. É mentira. A Abemi não receberá dinheiro algum. Os recursos serão repassados diretamente para as instituições que vão treinar os profissionais.

Mas, numa coisa os dois jornais têm razão. É preciso apurar contratos da Petrobrás que beneficiam certas instituições em nome de programas sociais, como a Fundação Roberto Marinho. É preciso apurar quanto o jornal “O Globo”, “TV Globo” e revista “Época”, do mesmo grupo, levam das verbas publicitárias da estatal.

Mais do que nunca é preciso democratizar a mídia.

 

Manchete da Folha vira caso de polícia

A Folha de S. Paulo chafurda na lama. A Polícia Federal desmentiu a manchete do jornal deste domingo (26), com informações improcedentes contra o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP). Diz a manchete da Folha – que preenche seis colunas de sua primeira página e cujo assunto consome boa parte do Caderno Brasil: “Para PF, Berzoini mandou comprar dossiê”.

A matéria relaciona-se ao caso da suposta compra de um dossiê, ocorrido no primeiro turno das eleições, com documentos que ligariam o ex-ministro José Serra (PSDB) à máfia dos sanguessugas. Ao ser informado da notícia, o advogado de Berzoini, Fernando Tibúrcio, telefonou para o delegado da PF Diógenes Curado, que preside o inquérito, e obteve deste a informação de que o conteúdo da “reportagem” não procede.

O relato da conversa entre Tibúrcio e Curado foi feito por Berzoini aos jornalistas que acompanharam a reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo. O deputado afirmou que vai estudar as medidas judiciais cabíveis contra o jornal.

Ouvido pelo site G1, da Globo, o delegado da Polícia Federal Diógenes Curado Filho, responsável pela investigação do dossiê, disse que não acusou o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, de ter ordenado a compra do dossiê. “A Polícia Federal não disse isso”, afirmou.
Sua declaração desmente manchete da Folha de S.Paulo.

Os leitores da Folha estão sistematicamente sendo enganados pelo jornalismo marrom. Há um sistemático erro de jornalismo sempre contra o PT e o Governo Lula. E há jornalistas envolvidos nestes sistemáticos “erros”. A redação se corrompe.

26 de novembro de 2006

 

Militantes da mentira são praga a infestar a mídia

Com uma ponta de inveja, adorei o texto de Lula Miranda na Agência Carta Maior. Os militantes da mentira são mesmo uma praga a infestar a grande imprensa. A praga é tamanha que consagrados jornalistas migram para a Internet, como Luis Nassif, Mauro Santayana, Mino Carta e Paulo Henrique Amorim. Como diz Lula Miranda, FHC nunca mais, ACM nunca mais, eles todos vão para a lata de lixo da história com Alckmin, Bornhausen, Jereissati, Severino Cavalcante, Jefferson de tal, Roberto Freire, Fernando Gabeira, Raul Jungmann e Michel Temer, entre outros.

LEIAM O ARTIGO E DESOPILEM O FÍGADO:
Os militantes da mentira caem em desgraça
Lula Miranda
Agência Carta Maior
Em um editorial recente, o jornal Folha de S.Paulo chamava de “militantes da mentira” todos os jornalistas, artistas e intelectuais que ocupavam espaço na mídia para defender o governo Lula – um espaço, diga-se, diminuto, exíguo diante das generosas páginas e minutos de TV utilizados, sem trégua ou limites quaisquer, para achincalhar o presidente, seu partido e seu governo. Não se passaram nem duas semanas do dia da publicação desse editorial e ficamos todos sabendo, de fato, onde estão abrigados os autênticos militantes da mentira – muitos deles, como não poderia deixar de ser, nas páginas da própria Folha, nas páginas do Estadão, da Veja e do Globo. E, claro, na tela do nosso big brother: a rede Globo de televisão. No caso da Folha, a carapuça lançada ao ar voltou, tal qual um bumerangue, e se assentou confortavelmente sobre a cabeça dos que, com a arrogância e autoritarismo contumazes de uma elite anacrônica, haviam inicialmente a atirado.

A matéria de capa da edição de nº 415 da revista CartaCapital é histórica (leia também a edição de nº 416). Serve como uma espécie de divisor de águas para o nosso jornalismo. Nela, ficou evidenciado que jornalistas, acumpliciados com seus chefes imediatos, e nem tão imediatos assim, mentiram e falsearam informações desavergonhadamente, ferindo gravemente o código de ética da profissão no episódio do vazamento das fotos do dinheiro que supostos petistas utilizariam para comprar o dossiê Serra/Barjas/Vedoin. Não se trata de ser contrário à divulgação das fotos, de evidente interesse jornalístico, ou de não preservar o sagrado sigilo da fonte (assegurado pela Constituição). Não se trata disso. Mas sim de utilizar-se de uma mentira, subscrevendo-a, para esconder a farsa e as intenções políticas de um delegado contraventor a serviço de interesses escusos. E, o mais grave, escrever e publicar (ou levar ao ar) matérias feitas sob medida para dar credibilidade a essa armação. Esse é o “xis” da questão. Isso é gravíssimo e exigiria, sem dúvida, algum tipo de punição e retratação dos envolvidos.

Porém, Mister OFF [referência a Otávio Frias Filho] calou-se. Da Folha viu-se apenas uma frágil e insuficiente manifestação no Painel do Leitor em resposta a uma carta de um leitor. A manifestação do ombudsman, em sua coluna semanal, foi por demais condescendente para com o jornal – também absolutamente insuficiente, a meu ver. Já Ali Kamel, da rede Globo, manifestou-se à farta. Mas seus argumentos foram um a um desconstruídos ou desmentidos por diversos jornalistas – tais como Paulo Henrique Amorim, Mino Carta e Ricardo Boechat, da TV Bandeirantes. Como Frias, na Folha, Kamel é o “Ratzinger” da Globo – o guardião da doutrina da fé. Que fé? A fé do Opus Dei. A fé dos “Ratzingers”. A Fé da direita. A fé das elites conservadoras, retrógradas. A fé dos escravocratas – de antanho e dos dias atuais.

Os “militantes da mentira”, na verdade, são como uma praga a infestar a grande imprensa. Praga que já compromete, de certo modo, não só a colheita de toda uma geração (de jornalistas, não de camponeses, que fique claro), mas toda a plantação – por assim dizer. E, por mais grave, acaba por devastar/desertificar o próprio solo. Metáforas à parte, o fato é que com tanta mentira, manipulação e desonestidade não há credibilidade que resista. E sem credibilidade não há veículo da imprensa que sobreviva ao tempo e à verdade factual, que com o tempo se impõe.

Mas nem só de militantes da mentira sustenta-se a nossa mídia. Graças, em grande parte, ao número cada vez maior de usuários da internet, a vida inteligente ousa vicejar em outros sítios e campos – remetendo-nos de volta à nossa metáfora inicial de plantações, colheitas e lavouras. Em outras palavras: nem só de grande imprensa sobrevive a mídia. Outros campos verdejam mais além. Outras lavouras nem tão arcaicas.

Provectos jornalistas, inicialmente consagrados pela grande mídia, como Luis Nassif, Mauro Santayana, Mino Carta e Paulo Henrique Amorim, migraram para mídias alternativas como blogs, bligs, sites, agências de notícias e outros meios. Aí reside, hoje, a graça da mídia. A internet é hoje, finalmente, uma mídia cheia de graça, cheia de encantos, elegância, frescor, airosidade.

Não à toa, recebi, na semana passada, alguns depoimentos de amigos, leitores e “blogueiros” que me diziam já não encontrar um exemplar sequer de CartaCapital nas bancas – os jornaleiros diziam-lhes que já tinham vendido todo o “reparte”. Em contrapartida, pilhas de Veja, Folha e Estadão mofavam, jaziam inertes, sem vida, nas bancas – sim, pois são os nossos olhos e mentes que lhes dão vida e sustentação, sem a nossa legitimação eles não existem. Há de chegar o dia em que todos se dêem consciência de que esses jornais e essa revista só servem mesmo para embalar peixe ou legumes na feira. O lugar desses veículos é, pois, no fim de feira, a lata de lixo.

Assim como é a lata de lixo da história o lugar de certos personagens da nossa política. Oligarcas como ACM, Jorge Bornhausen, FHC, Tasso Jereissati, Severino Cavalcante, Roberto Jefferson – e que esse seja o lugar deles, de fato (o lixo da história), e não apenas a redentora metáfora do descarte que aqui se anuncia. Os políticos velhacos, nefastos e a imprensa sórdida em seu devido lugar: a lata de lixo da história.

Quem sabe assim consigamos nos livrar dessa “raça” para sempre. Quem sabe possamos ver transformadas em realidade as palavras de um certo emir (o nosso Emir - o Sader). Quem sabe esse, que afinal traz no nome a sina, o “sema”, a dignidade de ser um descendente do Profeta – e é, sem dúvida, um militante da verdade –; quem sabe seja ele mesmo o porta-voz da palavra, santa e sábia dos deuses. Repitamos com ele, pois. Repitamos com fé, força e vontade – com galhardia, com coragem. Repitamos em conjunto, em uníssono – como uma espécie de mantra, como uma espécie de oração. Repitamos todos:

“FHC nunca mais. [ACM, Alckmin, Bornhausen, Jereissati, Severino Cavalcante, Jefferson, todos os coronéis, seus capatazes e capitães do mato (Roberto Freire, Fernando Gabeira, Raul Jungmann, Michel Temer), nunca mais]. Nunca mais ricos governando em nome dos ricos, com falsas promessas para os pobres. Nunca mais um governo vassalo dos EUA. Nunca mais um governo que criminaliza os movimentos sociais. Nunca mais um governo que desmantela e privatiza o patrimônio público. Nunca mais um governo que dissemina a educação privada em detrimento da educação pública, que promove a mercantilização da cultura. Nunca mais FHC [e seus iguais]. Nunca mais tucanos-pefelistas. Nunca mais governos que concentram ainda mais a renda no Brasil, que vendem a Amazônia para ser vigiada pelas raposas do Império. Nunca Mais!”

Gritemos todos em uníssono, com vigor e alma, como uma única voz: nunca mais! Nunca mais! O que nos remete ao corvo de Poe, que foi bater suavemente aos seus umbrais, como “uma visita tardia” a acalentar-lhe a alma tão sofrida, e lhe disse, ao final do seu famoso poema (e parece dizer-nos também agora): “Libertar-se-á... nunca mais!"

Nunca mais militantes da mentira a contaminar a alma e a consciência do povo desse país! Nunca mais.

Nunca mais a direita no poder nesse país! Nunca mais.

Nunca mais. Nunca mais.

Fonte: http://agenciacartamaior.uol.com.br/

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