18 de agosto de 2006
Lula envia R$ 14,3 milhões para segurança da Bahia, contra minha vontade
SOU CONTRA porque sou autoritário, rancoroso, vingativo, porque penso igual ao senador Antônio Carlos Magalhães (PFL). Aos correligionários tudo, aos adversários políticos nada. Mas ninguém é perfeito. Voto em Lula mesmo assim, com essa mania dele de democracia. De querer governar para todos. Isso é bobagem.
Eu me lembro muito bem da administração Lídice da Mata. ACM cortou a verba estadual, fez a presidência cortar a verba federal e ordenou aos desembargadores-escravos da época para seqüestrarem o dinheiro do município de Salvador na boca do cofre. O resultado todos nós sabemos. A população passou quatro anos com o lixo nas ruas, sofrendo o diabo que o pão amassou, digo, comendo o pão que o diabo amassou.
Paulo Souto pensa como ACM, não entendo porque o presidente Lula autoriza essas coisas. Bem, ele é o presidente e eu sou apenas eleitor dele. Paciência. Temos essa pequena divergência.
Os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN), SE NÃO FOREM DESVIADOS, serão destinados à construção da Penitenciária de Vitória da Conquista. O projeto foi apresentado pela Secretaria da Justiça da Bahia. Já a verba do Corpo de Bombeiros vem do Fundo Nacional de Segurança Pública.
CONTRA A MINHA VONTADE, o Estado da Bahia recebeu, desde 2003, R$ 46,8 milhões da União para a área de segurança pública, entre recursos do Funpen e do FNSP. Isso é um grande desperdício.
Na área penitenciária, o governo federal firmou com o estado convênios no total de R$ 17,8 milhões. Os recursos vêm sendo aplicados na construção de duas penitenciárias, em Lauro de Freitas e Eunápolis, e na reforma de outros estabelecimentos penais do estado, instalação de sistemas de segurança eletrônica em presídios e implantação de programas de reintegração social do preso, penas alternativas e capacitação de servidores do sistema penitenciário.
CONTRA MINHA VONTADE, foram repassados mais R$ 29 milhões do FNSP ao estado da Bahia para compra de 53 viaturas, 717 armamentos letais – leia-se revólveres, pistolas e carabinas – e ainda 470 coletes. Vieram também recursos para aquisição de 923 equipamentos de informática, 278 equipamentos eletrônicos e 339 equipamentos de comunicação.
POR MIM DEIXAVA A BAHIA EXPLODIR. Com Lídice da Matta eles fizeram assim mesmo. E Paulo Souto aplaudia. Afinal, Paulo Souto é do time do senador ACM, pensa igual a ele, então para que facilitar a vida do governo da Bahia? O governo federal repassa a verba, beneficia a população, e a Propeg faz propaganda para enfiar mentira pela nossa goela abaixo. Dizer que tudo isso é obra do governo estadual. Etc e tal.
Não vou perdoar nunca o presidente Lula por essa mania de governar para todos!
Campanha do PFL baiano é traição a Alckmin
Continua rombo na campanha de Paulo Souto (PFL)
Roland Lavigne, o substituto de Coriolano Sales, nem de longe cobre o rombo na campanha do PFL. Roland Lavigne registrou sua candidatura a deputado federal, mas, não ativou sua campanha, amargurado com as sucessivas derrotas eleitorais na região do cacau. O desfalque na campanha de Paulo Souto com o desenlace da CPI dos Sanguessugas é muito grande. Caíram fora Reginaldo Germano e Zelinda Novaes, soutistas leais.
Mesmo o deputado Mário Negromonte (PP), que foi citado e escapou, ficou muito enfraquecido nesta campanha eleitoral. É triste vê-lo na TV pedindo voto para Paulo Souto.
Cada coligação partidária tem as bases que merece.
Pastoral da Criança, revolução silenciosa
D. Geraldo Majela não gosta de politizar a questão. Mas trata-se de uma silenciosa revolução social. E a Bahia ocupa o segundo lugar em atendimento. Por que? Porque os sucessivos governos das oligarquias regionais não adotam políticas públicas para dar melhores condições de vida à população pobre. Por oligarquia local leia-se: governo Paulo Souto e seus antecessores carlistas que dominam a máquina governamental há 40 anos.
Nestes 20 anos de Bahia, a Pastoral da Criança implantou suas bases em 386 dos nossos 417 municípios. Os números são espantosos. São 229.750 crianças pertencentes a 172.500 famílias e perto de 15 mil gestantes acompanhadas, mensalmente, pelos 30 mil líderes comunitários voluntários. Elas estão nos bolsões de pobreza das 5.853 comunidades rurais e urbanas onde a Pastoral da Criança conseguiu se implantar.
O índice nacional de mortalidade infantil é de 29,6 por mil nascidos vivos. O da Pastoral é de 13,7 por mil nascidos vivos. Trata-se, portanto, de uma verdadeira revolução social silenciosa, que provoca a mudança com a mobilização da própria comunidade. São ações de apoio às gestantes, incentivo ao aleitamento materno, vigilância nutricional, alimentação enriquecida, controle das doenças diarréicas e respiratórias, aplicação de remédios caseiros, estímulo à vacinação das crianças e gestantes, educação essencial e até mesmo prevenção de acidentes domésticos.
A Bahia é o segundo Estado em número de atendimentos residenciais mensais. Isso é muito triste. Revela o abandono. É verdade que nestes 20 anos houve grande avanço, mas a situação ainda é grave. Há 20 anos a mortalidade infantil na Bahia era de 70/80 mortos em cada mil nascidos vivos. Com o trabalho da Pastoral da Criança, a mortalidade infantil baixou para 14/15 mortos em cada mil nascidos vivos. É um milagre, principalmente com os governantes que temos.
17 de agosto de 2006
Emiliano convida para debate com Marilena Chauí
LEIA A ÍNTEGRA DO BOLETIM-CONVITE:
MARILENA CHAUÍ DEBATE MÍDIA E PODER
Marilena Chauí, professora de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), debate Mídia e Poder, dia 5 de setembro, terça-feira, às 19h30min, no auditório da Faculdade Visconde de Cairu, Barris. Vem a convite do professor da FACOM, Emiliano José, candidato a deputado federal pelo PT.
A Editora Fundação Perseu Abramo (SP) vai colocar à disposição os dois últimos livros da filósofa: “Simulacro e Poder – Uma Análise da Mídia” e “Cidadania Cultural: O Direito à Cultura”.
Marilena é titular do Departamento de Filosofia da USP. Suas áreas de especialização são História da Filosofia Moderna e Filosofia Política. Escreveu trabalhos sobre ideologia, cultura, universidade pública, além de obras sobre as filosofias de Merleau-Ponty e Espinosa. É autora de vários compêndios sobre o ensino da filosofia no país.
No auge da caça ao PT, em 2005, a imprensa a criticava por não querer falar. Então ela escreveu uma carta aos seus alunos, explicando que a mídia estava enviando a seguinte mensagem: “Somos onipotentes e fazemos seu silêncio falar. Portanto, fale de uma vez”.
Ela rejeitou a imposição. “NÃO FALO”. E citou as lições da luta contra a servidão de Étienne de La Boétie: “Não é preciso tirar coisa alguma do dominador, basta não lhe dar o que ele pede”. “NÃO FALO”.
Naquela oportunidade, Marilena Chauí avisou que falaria quando a sua liberdade determinasse que era hora de falar. Marilena Chauí decidiu falar para os estudantes da Bahia. Você está convidado por Emiliano a ouvir lições de liberdade.
”Na sociedade capitalista, os meios de comunicação são empresas privadas e, portanto, pertencem ao espaço privado dos interesses de mercado; por conseguinte, não são propícios à esfera pública das opiniões, colocando para os cidadãos, em geral, e para os intelectuais, em particular, uma verdadeira aporia, pois operam como meio de acesso à esfera pública, mas esse meio é regido por imperativos privados. Em outras palavras, estamos diante de um campo público de direitos regido por campos de interesses privados. E estes sempre ganham a parada”. (Marilena Chauí)
O presidente-operário é melhor que o presidente-doutor
Nesta quinta-feira, 17 de agosto, Emiliano, como candidato a deputado federal (PT-BA), falou pela segunda vez no programa eleitoral de TV e rádio. Em seus 15 segundos de tempo, Emiliano afirmou: “tivemos um presidente-doutor e o país foi ao fundo do poço. Foi preciso um presidente-operário, como Lula, para estabilizar a economia, acabar com a inflação, começar a distribuição de renda, fazer justiça social. É Lula, de novo, com a força do povo”. Com a declaração, Emiliano transmitiu ao público sua avaliação negativa dos oito anos do governo FHC e, em contrapartida, seu apoio ao Governo Lula pela conquista da estabilidade na economia e pelo avanço na política de redistribuição de renda.
No dia 15/08, terça-feira, no primeiro programa eleitoral de rádio e TV, da coligação Bahia de Todos Nós, Emiliano declarou em 20 segundos de tempo: “sou candidato a deputado federal. Mais que um projeto pessoal, acredito no projeto de transformação do Brasil, que está ocorrendo com Lula, e que seguramente vai ocorrer na Bahia com Wagner governador. Wagner e Lula, a melhor parceria para a Bahia”. Emiliano definiu, assim, sua posição de apoio ao projeto político-econômico de transformação social que o país atravessa com o governo Lula e se identifica com ele. Emiliano volta a participar no programa eleitoral no dia 21 de agosto.
O programa eleitoral, que não tem nada de gratuito porque as emissoras de rádio e TV recebem compensações fiscais, vai ao ar diariamente, das 13h às 13h25min e das 20h30 às 20h55. Os candidatos a governador, senador e deputado estadual terão seus programas exibidos às segundas, quartas e sextas. As terças, quintas e sábados estão reservadas para os candidatos a presidente e deputados federais.
A grande mídia não gosta, faz editoriais contra, muxoxos, e o apresentador de TV chega a torcer o nariz por orientação da diretoria, mas os programas eleitorais são a garantia constitucional para efetivação da democracia representativa brasileira, sem a cobrança dos preços impagáveis que os candidatos teriam que bancar com as tabelas de mercado dos jornais, rádios e TVs da rede privada. Há ainda as inserções (semelhantes aos chamados comerciais) a que os candidatos têm direito e que também geram compensações fiscais para os meios de comunicação.
16 de agosto de 2006
Justiça pune revista Veja por calúnias e difamações
Mentiras da Veja foram parar na Justiça. Por decisão do Juiz Hélio Egydio M. Nogueira, da 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a revista Veja foi condenada a publicar direito de resposta requerido pela Itaipu Binacional, pela matéria "inverídica e ofensiva" contra a imagem da empresa e seu diretor-geral brasileiro Jorge Samek.
Na edição nº 1946, de 8 de março de 2006, Veja publicou matéria de capa sob o título "Mensalão II", com dois subtítulos epigrafados de "Fitas Explosivas", na qual acusou Itaipu de ter perdoado uma multa milionária da empresa Voith Siemens, em troca de favores.
A Justiça Federal reconheceu que Veja publicou conteúdo alterado de gravação de conversa telefônica, de forma a transformar uma mera especulação em verdade absoluta. Na sentença, o juiz reconheceu que Itaipu provou a regularidade da execução do contrato com o Consórcio Ceitaipu, que constrói suas duas últimas unidades geradoras.
Além do mais, o juiz observou que a acusação de Veja era totalmente improcedente, tendo em vista que a Itaipu sequer tem contrato direto com a empresa Voith Siemens e, portanto, não poderia perdoar dívida alguma.
Com informações do site InvestNews
Coriolano sales deu baixa na campanha de Paulo Souto
No primeiro dia de programa eleitoral (15/08) a coligação que apóia Paulo Souto (PFL) ao desgoverno da Bahia colocou no ar pelo menos um parlamentar citado na Lista dos Sanguessugas e ainda investigado pelo Ministério Público Federal e CGU – Mário Negromonte (PP). Robério Nunes, do PFL, também citado na Lista dos Sanguessugas, é outro que ainda vai entrar no programa eleitoral de Paulo Souto, já que desistiu da candidatura a federal, para ser candidato a deputado estadual. Dá na mesma.
Com a anunciada desistência de Zelinda Novaes (PFL), deputada federal baiana citada na Lista dos Sanguessugas, Paulo Souto perde mais uma importante correligionária de sua campanha. O programa eleitoral na TV é o espelho da política brasileira. No primeiro dia de programa, Severiano Alves (PDT), que apóia Alckmin para presidente, embora investigado pelo escândalo das ambulâncias e considerado inelegível pelo TCU por suas contas não aprovadas quando era prefeito de Saúde (BA), apareceu na TV falando de... ética e ensinando o povo a votar.
A MÍDIA NÃO GOSTA
A grande mídia não gosta, faz editoriais contra, muxoxos, e o apresentador de TV chega a torcer o nariz por orientação da diretoria, mas os programas eleitorais são a garantia constitucional para efetivação da democracia representativa brasileira, sem a cobrança dos preços impagáveis que os candidatos teriam que bancar com as tabelas de mercado dos jornais, rádios e TVs da rede privada. Há ainda as inserções (semelhantes aos chamados comerciais) a que os candidatos têm direito e que também geram compensações fiscais para os meios de comunicação.
No primeiro programa eleitoral (15/08), o presidente Lula fixou sua mensagem nas conquistas e realizações de seu governo. O programa eleitoral, que não tem nada de gratuito porque as emissoras de rádio e TV recebem compensações fiscais, vai ao ar diariamente, das 13h às 13h25min e das 20h30 às 20h55. Os candidatos a governador, senador e deputado estadual terão seus programas exibidos às segundas, quartas e sextas. As terças, quintas e sábados estão reservadas para os candidatos a presidente e deputados federais.
O que Emiliano disse no primeiro dia de programa na TV
No primeiro programa eleitoral (15/08), o presidente Lula fixou sua mensagem nas conquistas e realizações de seu governo. O programa eleitoral, que não tem nada de gratuito porque as emissoras de rádio e TV recebem compensações fiscais, vai ao ar diariamente, das 13h às 13h25min e das 20h30 às 20h55. Os candidatos a governador, senador e deputado estadual terão seus programas exibidos às segundas, quartas e sextas. As terças, quintas e sábados estão reservadas para os candidatos a presidente e deputados federais.
A grande mídia não gosta, faz editoriais contra, muxoxos, e o apresentador de TV chega a torcer o nariz por orientação da diretoria, mas os programas eleitorais são a garantia constitucional para efetivação da democracia representativa brasileira, sem a cobrança dos preços impagáveis que os candidatos teriam que bancar com as tabelas de mercado dos jornais, rádios e TVs da rede privada. Há ainda as inserções (semelhantes aos chamados comerciais) a que os candidatos têm direito e que também geram compensações fiscais para os meios de comunicação.
Os programas eleitorais são um espelho do que é a política brasileira. No primeiro dia apareceram os candidatos Severiano Alves (PDT) e Mário Negromonte (PP), na coligação que apóia a candidatura de Paulo Souto à reeleição. Ambos foram citados na Lista dos Sanguessugas.
Outro do PFL, Robério Nunes, incluído na Lista dos Sanguessugas para investigação do Ministério Público Federal, certamente vai sair no programa de TV. Paulo Souto acaba de perder a atuação de seu correligionário, Coriolano Sales, do PFL de Vitória da Conquista, que ganhou as manchetes ao anunciar a renúncia ao mandato por comprovado envolvimento no esquema das ambulâncias superfaturadas. Não está muito claro se renunciou também à candidatura. Paulo Souto perdeu também os votos de Zelinda Novaes (PFL), outra deputada federal baiana que desistiu da candidatura pelas mesmas razões.
15 de agosto de 2006
Marta Suplicy vem a Salvador para jantar de adesão da campanha de Valmir Assunção (PT)
Promessas a João Pedro, meu neto
Em seu berço, prometo zelar pela paz de seu sono. Prometo lhe dar banho, lhe enxugar, lhe fazer sorrir, trocar suas fraldas, cantar cantigas de ninar inventadas na hora, ficar só olhando, contemplando seu rosto perdido no tempo, beijar seus cabelos, suas mãozinhas e pezinhos nos momentos de aflição.
Prometo lhe embalar na hora do sono e compreender sua resistência ao dormir, que viver acordado é bom. Prometo fotografar seus melhores momentos e gozarmos juntos a brisa fresca do mar da Bahia.
Prometo, como Ana prometeu a seu neto Gabriel, procurar não cometer os mesmos erros que cometi com sua mãe quando era criança. E, se cometê-los, reconhecer os erros e sempre me retratar. Prometo lhe levar ao médico e ao dentista e lhe dar todas as vacinas recomendadas, as espirituais e as intelectuais, como Ana Miranda prometeu a seu neto Gabriel.
Prometo lhe acompanhar à escola, às melhores escolas, lhe incentivar a pintar, a desenhar, a gostar de ler livros, de ser livre e bom, a compreender que o amor e a tolerância devem existir entre os seres, e a ter amigos, muitos amigos, árabes, judeus, mexicanos, norte-americanos, evangélicos, católicos, espíritas, mães de santo e filhos de santo, pobres e ricos, brancos, negros, mestiços, e a comer verduras e legumes. Como Ana Miranda prometeu a Gabriel.
Prometo lhe acompanhar às aulas de dança, para que aprenda a falar a linguagem do corpo e às aulas de violão, para que aprenda a ouvir a linguagem da alma. Prometo lhe ensinar a argumentar, para que a paz se sobreponha à desrazão da violência.
Prometo que você nunca passará fome ou privação, mas saberá sempre que alguém estará passando fome e privação, e que é preciso dividir o pouco que se tem e o que se tem a mais. Como Ana Miranda prometeu a Gabriel.
Prometo lhe levar sempre ao parque da cidade, ao zoológico e à praia e prometo, como Ana prometeu, ver o dragão, o besouro e o animal dentro de nós.
Ah! Também prometo aceitar sua futura namorada e sua escolha profissional.
Prometo que vou saber lhe ouvir, ter sempre muita paciência, carinho, compreensão, doçura e suavidade, a dizer não, só de vez em quando, para não tirar a autoridade de sua mãe e de seu pai, mas com o coração partido. Como Ana Miranda prometeu a Gabriel.
Prometo nunca abandonar minhas crenças políticas e lutar para realizá-las para que possa deixar para você, mais que um velho apartamento no Rio Vermelho, riquezas interiores.
Prometo cultivar em você o amor pelo Brasil e pela língua portuguesa. E prometo lhe fazer conhecer o estrangeiro, ter amor por outras pátrias e línguas, de modo que você também se sinta um cidadão do mundo.
Prometo lhe levar ao teatro, ao cinema e à biblioteca. Também prometo lhe levar ao Pelourinho e a vibrar com a dança da capoeira. E prometo deixar você navegar em meu computador.
Como Ana Miranda prometeu a Gabriel, prometo não dissipar meu dinheiro comprando coisas desnecessárias, e também não guardar dinheiro demais, porque usura é pecado mortal.
Prometo continuar votando consciente e com esperança, sem nunca perder a ternura, lhe contar estórias inventadas e lhe revelar quem foi Che Guevara.
Como Ana prometeu a Gabriel, prometo lhe ensinar a não jogar papel na rua, não deixar de olhar e ouvir os passarinhos nas árvores, não trabalhar de mais nem de menos, de modo que tenha sempre tempo para você.
Prometo acreditar nos sonhos, mesmo sendo o sonho um grande risco. E procurar sonhar na medida certa. Prometo lhe levar a Minas, contemplar os profetas de Aleijadinho em Mariana, subir as ladeiras de Ouro Preto, se encantar com o belo horizonte da Serra das Mangabeiras.
Prometo amar as flores, as plantas, os bichos, e prometo não demorar no banho para que as águas não desapareçam de uma fonte límpida. Prometo não cortar nenhuma árvore e, quando construir minha casa no sítio, plantar mais árvores do que aqueles arbustos que derrubei.
Prometo andar a pé com você, sair de carro com atenção, dirigir de olho no mundo, comprar produtos orgânicos e naturais. Prometo não lhe oferecer refrigerantes e prometo lhe dar refrigerantes se não lhe convencer que suco de frutas frescas é mais saudável.
Prometo lhe dar livros de poemas, de Pablo Neruda, e contos de Guimarães Rosa, e não esquecer a poesia que existe em você e no mundo que lhe cerca.
Prometo que essas não serão promessas vãs e, se forem, prometo pedir perdão pela fraqueza de avô, como Ana Miranda me ensinou em seu lindo texto “Promessas a Gabriel”, publicado um dia na revista Caros Amigos. (Oldack de Miranda)
Pesquisas mostram queda constante de Paulo Souto (PFL)
O candidato do PFL ao governo do Estado da Bahia, Paulo Souto, caiu quatro pontos porcentuais em relação à última pesquisa realizada pelo Ibope, há um mês. No novo levantamento, divulgado na noite desta segunda-feira, 14, pelo telejornal BA-TV, Souto aparece com 52% dos votos, contra 56% do mês passado. Em maio, o atual governador tinha 65%. Apesar da queda constante, se a eleição fosse hoje, o pefelista ainda seria reeleito no primeiro turno. Mas a eleição não é hoje e o horário eleitoral de TV começa hoje (15). Com essa tendência, Wagner vai para o segundo turno. E aí muda tudo.
Wagner tem tudo para levar a disputa ao segundo turno. Em 2002 começou a campanha eleitoral com 2% e chegou a 38,3%. Naquela época, mal tinha tempo no programa de TV. Agora tem tempo maior que o governador-candidato. Contava com sete prefeitos, agora parte com 70 prefeitos. Saiu com uma coligação política limitada ao PT-PCdoB e agora costurou a maior coligação política do país, com o PMDB e outros partidos menores. Em 2002, o prefeito Imbassahy (PFL) estava no auge em Salvador, agora quem está no auge é João Henrique (PDT), que apóia Wagner abertamente, juntamente com os prefeitos petistas de Camaçari e Lauro de Freitas, as principais cidades da Região Metropolitana. Wagner conta também com a fragmentação do PFL visivelmente cansado com o mandonismo de 30 anos de carlismo.
Tudo vai depender do comportamento do eleitorado diante do programa eleitoral da TV. Se o eleitor perceber que tudo que o Governo Lula fez e faz pela Bahia tem a marca de Wagner, ele cresce e vai para o segundo turno. Se a eleição fosse hoje Paulo Souto ganharia, mas a eleição não é hoje, e o candidato do PFL está em queda constante. Pesquisa não é voto e “especialista” não tem bola de cristal.
Na campanha para o Senado, João Durval (PDT), o candidato apoiado informalmente pelo PT e oposições baianas, se mantém à frente de Antônio Imbassahy (PSDB), mas dentro da margem de erro. O pedetista soma 27% dos votos contra 24% do tucano. O pefelista Rodolfo Tourinho, candidato laranja do senador ACM, é o preferido para 4% do eleitorado, tão inexpressivo quanto o candidato do PSOL que tem 3%.
14 de agosto de 2006
Lula vence Alckmin em todas as regiões da Bahia
LEIA A NOTÍCIA DE A TARDE:
Com um olhar sobre os resultados registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nota-se: Lula nunca foi mal na Bahia. Desde 1989, quando se candidatou a primeira vez, sempre teve mais de 30% no primeiro turno. Cresceu e goleou Serra em 2002 com 55,2% contra 16,8%. Agora, apesar do mensalão, nunca esteve tão bem.
A pesquisa A TARDE / Campus deu números ao que políticos de todos os matizes já haviam detectado e falavam abertamente ou “em off”, a depender da conveniência: o franco favoritismo do presidente no Estado, o mesmo quadro de todo o Nordeste. Está com 60,1% das intenções de voto contra 16% de Geraldo Alckmin, o seu concorrente mais próximo, e 12,4% de Heloísa Helena, candidata do PSOL.
“Tenho andado pela Bahia afora e onde se vai, é só o que se vê. E olhe que não vou de avião. Vou de carro. A única coisa que nos resta saber é dos números finais”, diz o deputado federal João Leão (PP), que apóia Lula para presidente e Paulo Souto para governador.
Outro dado relevante é revelado pela pesquisa. Tradicionalmente, o grosso do eleitorado de Lula vinha dos grandes centros urbanos. Nos grotões, os pontos mais longínquos da capital, perdia. Agora, ganha disparado nos dois: 58% na Região Metropolitana de Salvador e 60,9% no interior.
SURPRESA
Melhor ainda, quanto mais pobre é a área, mas Lula desponta bem. No nordeste baiano, por exemplo, região do semiárido, uma das mais problemáticas socialmente falando, ele tem 72,2% das intenções de voto. Na área, um resultado surpreendente. Em segundo lugar está Heloísa Helena, com 15%. Alckmin vem em terceiro, com 11,7%. Alckmin tem o seu melhor desempenho no centro-norte baiano, com 24,3%. Lá, Lula tem 52,6%.
O tucano também está bem no sul da Bahia, área que vai de Ilhéus a Nova Viçosa. É onde Lula está pior, um pior relativo, diga-se: ele tem lá 51,3%.
Outra área em que o tucano goza de boa parte das simpatias do eleitorado é no extremo oeste baiano, celeiro agrícola, onde esteve no mês passado (em Barreiras, precisamente) pregando contra a política agrícola do governo, motivo de intensos protestos dos produtores.
Mesmo assim, Lula ostenta 67,5% na região. No centro-sul, o presidente tem 66,7%. Alckmin, com 11,7% e Heloísa Helena com 11,4%, empatam.
COM SOUTO
Os esforços do governador Paulo Souto e do senador Antonio Carlos Magalhães para empurrar o candidato tucano parece que não surtiram efeito até agora. 59,8% dos eleitores de Souto também votam com Lula. Claro que entre os eleitores de Wagner esse número sobe para 75,3%.
Outro dado curioso é o fato de que 62,2% dos que consideram a administração de Paulo Souto ótima/boa votam em Lula. Também votam 58,5% dos que consideram regular e 61,3% dos que acham ruim-péssima, algo explicável levado-se em conta que os que assim pensam, na maioria, são eleitores de Wagner.
Mas no que depender dos baianos Lula está mesmo com a bola toda. Dos que consideram a administração do presidente ótimaboa, 83,9% votam no próprio, da mesma forma que 47.7% dos que acham regular. Entre os que dizem ser ruim-péssima 45.9% preferem Alckmin e 30,4% Heloísa Helena.
Na disputa, 53,5% acham o PSDB o partido mais simpático e apenas 3,9% gostam do PT.É paradoxal, mas é assim. ( L. V.) .
Souto lidera com folga mas venceria no segundo turno?
Não há absolutamente nada que possa prever, com alguma garantia, qual vai ser o comportamento do eleitorado baiano a partir do programa eleitoral de TV que começa neste dia 15 agosto. Como em eleição no Brasil tem mais “especialista” que em jogo de futebol, os comentários da mídia são no sentido da consolidação dos votos de Souto. A estratégia de Wagner de ganhar na região metropolitana com mais de 500 mil votos de frente, para compensar a diferença com o interior, pode ainda se concretizar.
Tudo dependerá do programa eleitoral, do esforço de campanha, dos 70 prefeitos que apóiam a candidatura de Wagner, dos partidos políticos que integram a coligação mais ampla de oposição já construída na Bahia, do racha que vai ocorrendo nas hostes carlistas e da conscientização do eleitorado baiano de que tudo que Lula fez e faz pela Bahia tem o dedo de Wagner.
Ainda acho que Wagner vai para o segundo turno e vai ganhar as eleições. Pesquisa não é voto e "especialista" não tem bola de cristal.
Lula garante revitalização e transposição do São Francisco
13 de agosto de 2006
Por um novo Congresso Nacional sem os 300 picaretas
Este é um Congresso contaminado pela corrupção e safadeza. Deputados e senadores se envolveram em fraudes e geraram a Lista de Furnas e a Lista dos sanguessugas. Sobra pouca gente que não se envolveu em escândalos. Este Congresso Nacional está cheio de parlamentares sem escrúpulos. Ancorados covardemente na imunidade parlamentar injuriam, caluniam e difamam autoridades, inclusive debocham da instituição republicana que é a Presidência da República. Deputados e senadores do PFL e PSDB, em particular, exacerbaram-se nesta canalhice. Este Congresso Nacional acabou. Vamos eleger outro Congresso Nacional, sem os 300 picaretas.
O presidente Lula está certo. A imunidade parlamentar não pode ser usada para proteger políticos da safadeza. Um Congresso desse quilate não tem condições de votar reforma política alguma. A coisa é tão absurda que o deputado ACM Neto se acha no direito de achincalhar o presidente, e seu avô desclassificado de chamar o presidente da República de ladrão. Já o aprendiz de feiticeiro, José Carlos Aleluia, acha que pode chamar o presidente de cínico. A imunidade parlamentar foi feita para proteger parlamentares do arbítrio, e não para acobertar safadezas.
O Brasil vai eleger outro Congresso Nacional, mas, se nada mudar, o único caminho para uma reforma política verdadeira é um Assembléia Constituinte exclusiva. Essa turma acostumou-se a legislar em causa própria. Vejam as CPIs, os conselhos de ética, os partidos políticos, não punem, não condenam nem expulsam ninguém. Aqui, é o Reino da impunidade. Como é possível aceitar que os parlamentares trabalhem apenas dois dias na semana? Afinal, para que senadores com oito anos de mandato e não quatro? Isso está uma esculhambação muito grande.
O Brasil precisa de um novo Congresso Nacional. Este, já era!
Mais do que nunca Zé Dirceu está vivo
Ele reconhece que Lula saiu mais fortalecido da crise política com o reconhecimento da maioria da sociedade pelo governo progressista que comanda. Zé Dirceu é incrível, pode se dar ao luxo de negar entrevista à Folha de S. Paulo, como negou. É que a Folha força a barra, escreve por tortuosos caminhos. Zé Dirceu tem também criticado a Rede Globo.
No Jornal Nacional o casal 20 da Globo chamou Lula de candidato e não de presidente. Pela Constituição Federal Lula é o presidente do Brasil, queira ou não os entrevistadores da Globo. Além de desrespeito à instituição é falta de educação. Os dois empregados da TV Globo gastaram todo o tempo com o tema da crise política, tema negativo, e deixaram apenas 30 segundos para Lula falar de propostas de governo, como candidato que é.
A manipulação da notícia é muito clara. Por essas e outras o povo não acredita no que sai na TV, muito menos nos jornais. Se acreditasse Lula estaria liquidado, mas está no topo.
Leia o Blog do Zé Dirceu - http://blogdodirceu.blig.ig.com.br
Carta Capital e Vox Populi mostram a força do pobre nas eleições
Nesta terceira rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, Lula (PT) venceria a eleição com 45% das intenções de voto, contra 24% de Geraldo Alckmin (PSDB); 11% de Heloísa Helena (PSOL); 1% de Cristovam Buarque (PDT) e 1% de Rui Pimenta (PCO). Nenhum dos demais candidatos atinge 1%. Lula conta com 58% de apoio entre os eleitores de baixa escolaridade e 63% entre aqueles de baixa renda.
LULA CRESCEU 15 PONTOS
Em relação à pesquisa de julho, Lula cresceu 15 pontos porcentuais entre esses eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental e 17 pontos porcentuais na faixa de renda familiar de apenas um salário mínimo.
São dois indicadores incontestáveis de que Lula se sustenta na base da pirâmide social. Uma estatística do eleitorado divulgada em julho pelo Tribunal Superior Eleitoral, tendo como referência o grau de instrução, mostra que (sem contar cerca de 8 milhões de analfabetos) há um contingente de quase 54 milhões de eleitores no Brasil com o primeiro grau completo e o primeiro grau incompleto. Os 58% de apoio a Lula, nessa faixa, traduzem aproximadamente 30 milhões de votos.
Não se trata de acentuar a disputa polarizada entre o candidato dos pobres contra o candidato dos ricos, que, certamente, inspirou o slogan do petista: “A força do povo”. A candidatura de Lula transita nas classes mais altas com mais desenvoltura do que a de Alckmin entre os mais pobres. Lula tem, por exemplo, 27% de intenção de voto entre os eleitores que ganham acima de dez salários mínimos, considerados “mais ricos”. E chegou, agora, a 25% de apoio entre os que têm ensino superior.
CENÁRIO DE CONFRONTO DE CLASSES
A disputa de 2006 (muito mais do que em 2002), com um candidato de origem operária em busca da reeleição, está inserida num cenário de confronto de classes. Embora quase nunca explicitado. A moldura do choque das candidaturas se dá, principalmente, porque o anti-lulismo cresceu entre a população mais rica, que, depois da crise do caixa 2 (quando o PT foi apanhado com a boca na botija), passou a empunhar a bandeira da ética.
O problema é que a fisionomia desse movimento está marcada pela presença de velhos conhecidos dos eleitores. Enfim, contaminada por figuras que enriqueceram na política à sombra do silêncio imposto pela truculência da ditadura militar. A votação do candidato tucano, por outro lado, ajuda a compor esse quadro.
Alckmin também tem votos entre os eleitores mais pobres. Poucos, no entanto. Na pesquisa de julho, ele obteve 9% das intenções de voto entre os eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental. Em agosto, quase dobrou o apoio nesse segmento e chegou a 17%. O candidato tucano ampliou a vantagem sobre Lula nos eleitores de escolaridade elevada. Em julho, ele tinha 30% (Lula estava com 20%); em agosto Alckmin subiu para 38% (Lula cresceu para 25%).
ANTIGOS PRECONCEITOS VOLTAM
Esse bolsão de eleitores, onde se confina a população mais privilegiada (classe média e classe alta), passa pouco da casa dos 7 milhões. Forma o grupo dos que têm curso superior completo ou incompleto, segundo a estatística do TSE. Na população eleitoral com renda familiar acima de dez salários mínimos, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin está 9 pontos porcentuais à frente de Lula: 32% contra 23%. Essa situação acirrou antigos preconceitos sociais.
Segundo essas vozes, tocadas pelas palpitações do coração e não pela razão, o apoio a Lula nas camadas mais baixas seria decorrente da ignorância, falta de instrução e emoção. Em qualquer grupo de eleitores haverá quem seja levado pela emoção. A maioria, no entanto, sempre vota por interesses concretos. Trata-se do mesmo grupo (ampliado) de pessoas que em 1994 e em 1998 assegurou a vitória a Fernando Henrique Cardoso, graças aos efeitos provisórios do bem-sucedido Plano Real. Em 2002, Lula ganhou em razão dos danos colaterais do plano, como, por exemplo, o alto nível de desemprego.
RACIONAIS OU IGNORANTES?
É uma regra: no Brasil, ninguém ganha eleição presidencial sem o apoio eleitoral da maioria pobre que significa, no total, cerca de 60 milhões de votos. Há quem faça diferença. Quando votaram em Fernando Henrique, eram racionais; quando votam em Lula, são ignorantes. Só rindo. Por sinal, nesta reta final da campanha (a propaganda eleitoral gratuita começa no dia 15 de agosto) em que a esperança da oposição vem da antena da tevê, é oportuna a lembrança do Plano Real, que favoreceu uma das raras viradas eleitorais no Brasil.
Em 1994, o petista Lula puxava o apoio da maioria até o mês de julho. Durante o horário eleitoral gratuito, o tucano FHC valeu-se do sucesso do plano e potencializou seus efeitos. A força da candidatura estava no plano e não na telinha. Antes disso, em 1986, o então presidente José Sarney fez um truque que favoreceu eleitoralmente o PMDB. Lançou, em março, o Plano Cruzado e insistiu nele, embora seus efeitos tivessem se esgotado, para virar o jogo em muitos estados a partir dos programas eleitorais.
ECONOMIA SOPRA A FAVOR DE LULA
Em ambos os casos, os governantes foram os favorecidos. É possível que Lula se beneficie desta vez. Os números da economia sopram a favor dele, ainda que as previsões do setor produtivo a respeito do PIB de 2006 não sejam tão otimistas quanto as do governo. Ainda esta semana, quando quatro institutos de pesquisa apontaram a subida de Lula e a queda de Alckmin, a economia botou mais um trunfo na mão do presidente: o mais baixo índice do risco-Brasil. Desceu para pouco mais de 200 pontos. Um recorde histórico. Essa queda, para Lula, foi tão comemorada quanto a queda nos porcentuais de Alckmin.
A avaliação do desempenho do governo e do governante é considerada uma das mais importantes na definição do voto. Considera-se que a possibilidade de influência da campanha eleitoral para a oposição guarda uma relação estreita com a popularidade do governante.
PRESIDENTE ESTÁ BLINDADO
Se for verdade, o presidente estaria quase blindado, segundo os dados da pesquisa Vox Populi. A avaliação de Lula à frente do governo retornou quase aos patamares eufóricos dos primeiros meses de governo. Ele conta com uma avaliação positiva de 41%, com 37% de regular e 21% de negativo. Por outro lado, a avaliação do governo é de 54%, ante 34% de desaprovação. As duas situações em que houve mudanças exploradas com sucesso pelo horário eleitoral surgiram a partir de dois fatos relevantes: os planos Cruzado e Real. A mídia multiplicou os efeitos. A pesquisa Vox Populi mostra que a tevê tem força. Mas não a força absoluta.
A FORÇA DA TV
Segundo a pesquisa, 54% dos eleitores dizem que se informam sobre política “assistindo ao noticiário na tevê”. A telinha é, também, a segunda referência dos entrevistados: 28%. Em seguida, os eleitores fazem a cabeça, politicamente, dentro de casa, em conversa com familiares e amigos (tabela na edição impressa).
Exceto pelo porcentual de rejeição, em que Alckmin vence Lula, todas as outras variáveis favorecem a candidatura do petista. É claro que a situação não é imutável. Até agora, porém, para mudá-la só mesmo um fato imponderável. (Maurício Dias).
Gabeira fala bobagem e PSB reage à altura
Estadão tentar desabonar jantar de campanha de Palocci
É evidente que a intenção do repórter era a de encontrar alguma coisa que desabonasse o jantar de Palocci. O Estadão chama o jantar de campanha de jantar-comício. Não entendi bem porquê. Novamente é clara a intenção de ironizar a presença de 500 eleitores e amigos de Paloccci, o ex-ministro da Fazenda que deve ter irritado muito a elite brasileira por ter estabilizado a economia, criado as bases para o menor-risco Brasil, a menor inflação da história e a melhor distribuição de renda que já existiu até o momento, mas que se viu obrigado a se afastar do centro do poder por ter caído numa armadilha grotesca em que usaram os serviços de um esperto e nada inocente francenildo que ninguém mais lembra o nome.
O jornalão da reacionária burguesia paulista teve o trabalho de contar quantas vezes Palocci citou o nome do presidente Lula – 11 vezes – sugerindo sei lá o quê. Informação idiota. Obviamente Antonio Palocci será reeleito, já que o eleitorado não é tão estúpido quanto o repórter do Estadão. A Assessoria de Imprensa do evento bem que tentou afastar os jornalistas bicões. Palocci ainda chegou a dizer: “vocês são bem-vindos, mas já falei tudo”. Foi então que o repórter adepto do jornalismo-molecagem hegemônico no Brasil teve a idéia de pesquisar quem pagou e quem não pagou convite...mas que imbecil.