26 de outubro de 2012

 

Dois homens, dois projetos. Em jogo: a cidade do Salvador

Dois homens disputam a prefeitura de Salvador. Atrás deles há dois projetos políticos bastante distintos.

O projeto do DEM, com o candidato ACM Neto, é um projeto nascido da ditadura, tem uma história violenta e autoritária cujo líder brandia o chicote numa mão e a sacola de dinheiro na outra. O projeto do DEM não tem compromisso com a democracia, representa a volta ao passado. A Bahia não pode se esquecer de tanto arbítrio, perseguição e absolutismo. O projeto do DEM é o projeto neoliberal, um dos momentos piores do capitalismo, em que prevaleceu a idéia básica da desigualdade, que seria o motor para a economia. Um estado pequeno, fraco e a hegemonia do mercado.

O projeto do PT , com Pelegrino, é o oposto do projeto neoliberal, com distribuição de renda, programa Bolsa-Família, cotas nas universidades como política compensatória, ProUni, Pronaf, aumento de renda e emprego. Tudo isso foi combatido pelo projeto neoliberal de ACM Neto, do DEM, antes por Imbassahy. João Henrique tem sido a síntese da hegemonia do deus-mercado. Uma hecatombe para a cidade de Salvador. Desprezo pelo meio-ambiente, pela população negra, pelo transporte coletivo.

Os eleitores de Salvador vão escolher entre estes dois projetos. De um lado, ACM Neto do DEM, representando o deus-mercado, os especuladores do capital imobiliário. Do outro lado, Pelegrino do PT, em busca de uma cidade cada vez mais justa, cada vez mais igual.

ACM Neto do DEM é o projeto da exclusão social.

Pelegrino do PT é o projeto da inclusão social.

LEIA ABAIXO ARTIGO DO DEPUTADO EMILIANO JOSÉ NA ÍNTEGRA

 

Dois homens, dois projetos. Em jogo: a cidade do Salvador

Dois homens, dois projetos. Em jogo: a cidade do Salvador.
Por Emiliano José

Os indivíduos, na disputa política, por mais importantes que sejam, e o são, expressam, personificam projetos políticos. A história deles revela sua inserção num projeto de governo, numa idéia de sociedade, a opção por uma classe ou um conjunto de classes. Por mais que tentem esconder a sua concepção de mundo, aquilo que poderíamos chamar de ideologia, eles não conseguem. As palavras – estes bólidos de milhões de sentidos – e a própria história de cada um, facilmente identificável, ainda mais no mundo midiático em que vivemos, não permitem que ninguém mais esconda o seu projeto político de fundo.

Ao dizer isso, como breve introdução, estou me referindo a Salvador e ao nosso segundo turno. O que está em disputa, aqui, para além das características pessoais de cada um dos candidatos, são projetos políticos absolutamente distintos, e o esforço dessas últimas horas deveria ser para revelar que projetos são esses. Cada candidato, e não me escondo, digo logo que o meu é Nelson Pellegrino, deveria se esforçar para elucidar o seu projeto de cidade, no sentido amplo da palavra, e como esse projeto se inscreve na idéia geral de Nação e de mundo. A cidade, amplo senso, deve ser entendida assim, não pode ser vista de outro modo. O poder local não se desvincula do global.

Um projeto nascido da ditadura

O projeto de um e de outro são absolutamente distintos. Um, o de ACM Neto, se inscreve, para além de uma história oligárquica violenta, autoritária, cujo avô marcou a história da Bahia com a idéia de que para ganhar eleições, precisava de um chicote numa mão e uma sacola de dinheiro na outra, no projeto global do neoliberalismo, o que significa o privilégio dos interesses capitalistas privados contra os interesses das maiorias excluídas.

Se voltássemos ao período da ditadura, caberia lembrar que a carreira do avô foi lastreada, numa primeira fase, no apoio irrestrito que lhe davam os generais. Prefeito de Salvador e governador da Bahia duas vezes graças ao beneplácito dos militares, sem ter um único voto, isso entre 1967 a 1983.

Mas, creio que quanto ao autoritarismo, a truculência, a arrogância, o desrespeito com os cidadãos, a incapacidade de conviver com a divergência, a utilização da polícia para massacrar estudantes e operários, a perseguição a jornalistas, tudo isso, creio está relativamente claro para o nosso povo, e revela uma das matrizes do projeto político de ACM Neto, que ninguém se iluda, até porque ele faz questão de defender esse legado do avô, justiça se lhe faça.

Projeto sem compromisso com a democracia

Ele representa a idéia de restauração, a idéia da ordem, no pior sentido – o que ele pretende, como sempre pretendeu o avô, é a supressão da democracia, a supressão de direitos, sufocar a organização da população, da sociedade civil. Ninguém apóia uma ditadura com tanto fervor à toa. E ninguém defende aquele legado à toa.

Não há, da parte dele, ACM Neto, compromissos com a democracia, salvo frases de fachada. Houvesse, e ele teria que negar, com ênfase, tudo aquilo que na política foi feito por seu avô, e ele, ao contrário, reafirma tudo. A Bahia, e menos ainda Salvador, não pode ter se esquecido de tanto arbítrio, tanta perseguição, tanto absolutismo, e tudo isso amparado num rastejar permanente diante dos generais.

Para que não nos estendamos, chegado o momento da superação da ditadura, uma superação que seguiu a tradição das transições por cima a que o Brasil se acostumou ao longo da história, e passado o governo Sarney, houve o primeiro ensaio de um governo neoliberal no Brasil, com Fernando Collor, defendido apaixonadamente por ACM até o último instante. Ali firmava-se um pacto ideológico profundo entre um coronel oligárquico e o neoliberalismo que dava os seus primeiros passos no Brasil. Esse pacto nunca foi rompido.

Projeto neoliberal

Afinal, o neoliberalismo, como se sabe, foi um piores momentos da história recente do capitalismo. Não estou discutindo o socialismo, falo da história do capitalismo. O neoliberalismo, para dizer rapidamente, prega a idéia básica de que a desigualdade é profundamente saudável. Quanto maior a desigualdade, melhor para os ricos, melhor para o desempenho da economia.

A desigualdade é um motor essencial para a economia. A exclusão dos mais pobres é uma receita essencial. O Estado deve ser o menor possível – a glorificação do Estado mínimo tornou-se moda – e os pobres devem se virar por si mesmos. Em todos os países onde predominou o neoliberalismo, a privatização virou uma febre, o desemprego tornou-se mérito, e não um problema.

Desemprego, pobreza, saúde, educação não são problemas do Estado. Cada um cuide de si, é a lei de Murici. Todos se lembram, e tenho certeza que não com saudades, de Margareth Thatcher, de Ronald Reagan, de Helmut Khol, que lideraram projetos neoliberais na Inglaterra, nos EUA e na Alemanha, e se quiserem lembrar de outra triste figura, mais próxima de nós, falemos de Pinochet, que fez do Chile um laboratório inicial do neoliberalismo.

A escola de ACM Neto

É dessa escola, é desse projeto que participa ACM Neto, é a essa escola que se filiou o avô quando se vinculou com tanta paixão a Fernando Collor de Mello, que foi, de certa maneira, a antessala do neoliberalismo no Brasil, que chegará tardiamente, mas agora mais solidamente ao País sob o manto protetor de um intelectual que antes se apresentava como de esquerda, Fernando Henrique Cardoso.

Este é que colocará em prática, com muito rigor e aplicação, o projeto neoliberal, com todas as suas cores, com todo seu rigor, com sua fúria privatista, com a idéia do Estado mínimo, com o estimulo ao desemprego, com a manutenção das taxas de desigualdade social, com a subordinação aos centros do capital internacional, com a privataria tucano-demoníaca, com as seguidas idas ao FMI, com seu incrível rastejamento diante dos grandes do mundo, com uma política que quase leva o Brasil à falência.

O projeto que defende a desigualdade social como pilar do modelo brasileiro é o neoliberalismo de FHC. Se ACM sempre defendeu isso ao longo de sua história, encontrava ali a sua melhor expressão. A exclusão de milhões de baianos dos resultados do desenvolvimento, o endeusamento do crescimento sem vincular tal crescimento à distribuição de renda, era o que ACM havia feito na Bahia quando governou.

Tornou a Bahia a campeã da fome, a campeã da exclusão, a campeã nacional do analfabetismo, a campeã do desemprego, e agora aparecia um intelectual a dizer que tudo aquilo estava certo, que tudo aquilo devia continuar em escala nacional.

É a esse projeto que se vincula ACM Neto, e justiça se lhe faça, insista-se, ele defende o legado do avô, com todas as suas conseqüências.

Um adversário da igualdade

Nós, o PT e os partidos aliados, sempre nos opusemos às trágicas conseqüências do neoliberalismo. E ACM Neto, desde o primeiro momento, foi contra o nosso modelo de crescimento com distribuição de renda, sempre foi contra o Bolsa-Família, foi contra a política de cotas, contra o Prouni, contra o Pronaf, contra qualquer coisa que significasse aumento do emprego e da distribuição de renda, e maior participação dos negros na vida do País, como comprovado está.

É um adversário desse projeto de inclusão social que está em curso no Brasil, que já conseguiu melhorar efetivamente a vida de mais de 70 milhões de brasileiros pobres, projeto que nós queremos estender a Salvador, depois de tantos desastres, inclusive de governos vinculados a ele, como o de Imbassahy, para além de ter participado até o último instante do governo de João Henrique, cuja hecatombe a cidade de Salvador conhece.

Qual o projeto de cidade de ACM Neto, considerando ser inimigo visceral de um projeto que tanto tem melhorado a vida do povo brasileiro e ser um adepto tão ideologicamente consistente do projeto neoliberal de mundo?

Uma cidade entregue aos interesses privados, à especulação do capital imobiliário que andará desordenadamente. Uma cidade que não leva em conta a imensa maioria da população. Uma cidade que despreza o seu meio ambiente. Uma cidade que despreza a população negra. Uma cidade que não cuida dos transportes públicos, que não dá prioridade ao transporte coletivo, que fará o que fez Imbassahy, projetando um metrô calça curta, que deu no que deu até hoje.

Uma cidade que não cuida do emprego, tal e qual pregam os seus ideólogos, que dizem que quanto mais desemprego melhor para a economia e para o lucro dos grandes. Uma cidade cujo prefeito não dialogará com a sociedade civil. Uma cidade que persegue os camelôs e os pequenos comerciantes. Uma cidade que não cuida dos bairros pobres. Uma cidade que acentua a desigualdade. Essa seria a cidade de ACM Neto.

Uma cidade cada vez mais justa

O nosso projeto sabe o que é cuidar do povo. Sabe, tem provado que sabe. O governo Lula, o governo Dilma, o governo Wagner, todos eles, tem mostrado a prioridade com a nossa gente, especialmente com nossa gente mais pobre. São governos de inclusão. Todos os governos anteriores, de que ACM Neto e seu avô participaram, são o avesso disso. Nós queremos uma cidade que enfrente o desafio da profunda desigualdade que nos aflige.

Quando se fala em parceria, em time, é isso que se quer dizer: é a parceria de um projeto que quer um Brasil e uma cidade de Salvador cada vez mais justa, cada vez mais igual, sem que se eliminem suas extraordinárias e ricas diferenças culturais. Salvador pode e vai enfrentar suas desigualdades.

Não vai se submeter à brutalidade de um projeto que não tem a visão de que essa cidade só é viável se todos participarem da sua vida, de opinarem diariamente sobre seu destino, de contribuírem democraticamente para definir os seus rumos, marcas de nossas administrações, tanto das do PT quando dos aliados que tem compromissos com a democracia e a participação popular.

Falamos, assim, de um projeto de exclusão, de um projeto que quer o povo fora dele, o de ACM Neto, e o nosso, o de Pellegrino, que pretende, como o fez Lula, como está fazendo Dilma, como está fazendo Wagner, que o povo seja senhor de seu destino, e que participando da vida da cidade, nos anime, como tenho certeza o fará Pellegrino, a desenvolver políticas públicas cada vez mais inclusivas, a garantir que os mais pobres tenham mais acesso a serviços públicos de qualidade, saúde, educação, cultura, lazer, que haja crescimento econômico, emprego, distribuição de renda.

Tenho convicção que Pellegrino, por encarnar esse projeto, pode fazer de Salvador uma cidade feliz, uma cidade solidária, que poderá fazer na mais bela cidade do Brasil aquilo que Lula e Dilma e Wagner fizeram e estão fazendo no Brasil e na Bahia. Pellegrino, ao contrário de ACM Neto, tem uma história de luta nessa cidade, tem trajetória de luta lado a lado com seu povo.

E esse nosso projeto poderá, pela capacidade que tem Pellegrino, unir todos aqueles que tem interesse nos destinos da cidade, recuperando uma tradição ancestral, que vem dos gregos. A cidade é de todos, deve contar com a participação de todos. E mais: as políticas públicas devem privilegiar os que mais precisam do governo, sem deixar de compreender que o governo é de todos.

Repito um slogan que usei em minha campanha de vereador em 2000, vamos eleger Pellegrino para garantir um novo sonho feliz de cidade.

25 de outubro de 2012

 

Poeta faz súplica na Internet: não permitam a volta do carlismo

Lula Miranda, poeta, um dos nomes da poesia marginal na Bahia nos anos 1980, cronista da imprensa independente, “exilado” em São Paulo, um retirante dos tempos do carlismo, faz uma súplica em artigo publicado no portal Carta Maior, sob o título “Salve Salvador”: “mas logo agora que o povo de Salvador poderia reconstruir a sua cidade e sua dignidade, agora com o apoio do governo estadual e do governo federal... logo agora, quando a sorte parecia nos sorrir finalmente, novamente nos assombra e ameaça a sombra do retrocesso?. É uma lástima. Salvem Salvador!”.

LEIA EM CARTA MAIOR
http://www.cartamaior.com.br/templates/analiseMostrar.cfm?coluna_id=5832


 

Condenação de Zé Dirceu é um erro judiciário do STF

O jornal O Globo entrevistou o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Ele acredita que o pai, José Dirceu, vai dar a volta por cima, apesar da condenação e que o PT não foi prejudicado nas eleições, como provam os 17 milhões de votos no primeiro turno. “A mídia dizia que teríamos um PT antes e depois de Lula, antes e depois de Dilma, e agora antes e depois do mensalão. Mas, as eleições provam que o PT é um só. A oposição e parte da mídia vivem em outro mundo. A pauta da população não é a do STF. O eleitor percebeu a má intenção de quem tentou usar o mensalão eleitoralmente”.

Segundo ele – também penso assim – o Judiciário cedeu à influência da mídia, julgou com dois pesos e duas medidas. Essa história de mensalão surgiu com o PSDB. Por que só o José Dirceu? Por que só o PT? O filho de Zé Dirceu considera que houve um massacre no processo. E por que julgamento em período eleitoral? Eu perguntaria mais: e os 190 processos contra políticos criminosos engavetados no STF?

LEIA A ENTREVISTA

http://mobilizacaobr.ning.com/profiles/blogs/zeca-dirceu-diz-que-o-pai-vai-dar-a-volta-por-cima-apos-condenado


23 de outubro de 2012

 

Amanhã, quarta-feira (24), Lula volta a Salvador para apoiar Pelegrino (13)

O ex-presidente Lula desembarca em Salvador amanhã, quarta-feira (24), para participar da campanha de Pelegrino prefeito.

Da programação consta uma carreata no Subúrbio Ferroviário, a partir das 10h. A concentração será na Calçada, Cidade Baixa, no largo da estação ferroviária. Está programado também um ato público no Clube Paripe, no subúrbio, a partir das 13h. O dia termina com o debate na TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, a partir das 21h.

Hoje, terça-feira (23), foram realizadas quatro caminhadas em diferentes pontos da cidade. Pela manhã, no bairro do 2 de Julho e outra em 7 Portas. Agora à tarde, Pelegrino e a candidata a vice-prefeita, Olívia Santana, caminham com moradores de Boa Vista do São Caetano e de São Gonçalo do Retiro.

Na quinta-feira (25) estão programadas caminhadas nos bairros de Pau da Lima, Nova Brasília, Massarandura e Lobato.

Sexta-feira (26) Pelegrino (PT) lidera a Grande Caminhada do Bonfim, com saída na Praça dos Mares, às 8h da manhã. Do Bonfim Pelegrino se desloca para visitas aos bairros IAPI e Jardim das Margaridas. À noite participa do último debate, na TV Bahia, afiliada da Rede Globo, às 21h.

 

Pelegrino vai ganhar eleição com o voto dos baianos mais pobres

Chega a ser visível em Salvador. Carros de luxo, cada vez mais, expõem o número do candidato do DEM - ACM Neto. A classe média alta não quer o PT na prefeitura municipal. A estratégia de Pelegrino (PT) de realizar comício com a presidenta Dilma Rousseff nas Cajazeiras é sintomático. Os votos vieram e virão dos bairros populares. E virão mais ainda quando o ex-presidente Lula comparecer na Liberdade, o bairro negro de Salvador. Pesquisa IBOPE comprada pela TV Bahia não terá condições de mentir todo o tempo.

Tudo se resume na política de redistribuição de renda dos governos petistas. O Bolsa Família, por exemplo, que completou 9 anos neste 20 de outubro, garantiu que os brasileiros pobres passassem a ter três refeições por dia. Ao entregar o cartão do Bolsa Família para a mulher, titular do benefício, além da alimentação, o programa do PT assegurou remédios, material escolar e higiene às crianças da família.

O cartão magnético nas mãos da mulher das famílias gerou o fim da dependência aos chefes políticos locais. E mais, ao contrário dos críticos do DEM e do PSDB, o efeito multiplicador do programa ajudou o Brasil na crise financeira mundial de 2008. Os preconceitos foram sepultados, não houve o tal “efeito preguiça” entre os beneficiários, a freqüência escolar das crianças aumentou, assim como a realização de exame pré-natal, vacinação e amamentação.

Nove anos depois de lançado pelo presidente Lula, o Bolsa Família beneficia 50 milhões de pessoas, a um custo de 0,46% do PIB. O Brasil passou a ser modelo para o mundo. A presidenta Dilma progrediu e já fala na superação da miséria extrema com o programa Brasil Sem Miséria e depois com o Brasil Carinhoso. A miséria já foi reduzida em 40%.

Os mais pobres de Salvador estão com Pelegrino 13. É difícil saber por que?

 

Hoje (23), terça-feira, às 18h, no Hotel Fiesta, intelectuais, professores e profissionais liberais lançam manifesto de apoio a Pelegrino prefeito, 13.

O Manifesto de Apoio a Nelson Pelegrino começou a circular com nomes importantes. Na primeira versão que me chegou vi os nomes de Carlinhos Cor das Águas (compositor), Geraldo Sobral, jurista, ex-presidente da OAB, Joaci Goes, empresário, José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e atual secretário do Planejamento da Bahia, José Carlos Capinam (compositor), Joviniano Neto, professor, Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, Naomar Almeida, professor e ex-reitor da UFBA, Saul Quadros Filho (OAB), Gerônimo (Cantor), Pedro Formigli, jornalista, Stella Barros, empresária, Zonita Nogueira, desembargadora, Ubiratan Castro, professor e antropólogo, Walter Pinheiro, senador, José Gomes Brito, Marcelo Duarte. Muita gente, não dá para citar todos.

Hoje, na reunião do Fiesta, o Manifesto de Apoio a Pelegrino vai ganhar milhares de assinaturas.

LEIAM O MANIFESTO

TODOS JUNTOS POR SALVADOR
Manifesto de Apoio a Nelson Pelegrino

A eleição de Nelson Pelegrino para a Prefeitura de Salvador representa a opção pela política democrática que está transformando o país para melhor, e tem na distribuição de renda e na redução das desigualdades um instrumento garantidor do desenvolvimento com estabilidade econômica e inclusão social. É um projeto que se contrapõe às velhas práticas concentradoras de riqueza que maltrataram a cidade e segregaram o seu povo.

Para impedir qualquer retrocesso, precisamos eleger um prefeito que governe com amplo apoio da sociedade e cujo projeto propõe uma nova lógica de administração pública, a recuperação da autoestima do soteropolitano, o resgate de suas raízes e do seu legado histórico-cultural. O programa de governo de Pelegrino, baseado em três grandes eixos estruturantes (desenvolvimento local e sustentável, inclusão social e afirmação de direitos e gestão democrática e eficiente) é capaz de devolver à cidade a sua histórica natureza acolhedora, torná-la mais segura e propiciar qualidade de vida.

Advogado militante, reconhecido pela defesa de legítimas causas sociais, é um parlamentar ficha limpa de expressiva representatividade e, com o apoio de sua vice, Olívia Santana e da renovadora bancada de vereadores recém-eleita, ele estará habilitado a por em prática o seu programa de governo e promover as transformações que a cidade reclama. Porque tudo isso faz de Pelegrino a opção que se coloca para governar a primeira capital do Brasil, apoiamos a candidatura exigida pelo momento e no dia 28 de outubro estaremos todos juntos para mudar Salvador.

 

Dia 22 de outubro senti na carne e na alma o terror de Estado

O Blog do Nilmário registrou lá de Belo Horizonte:

“No dia 22 de outubro de 1973 agentes da ditadura prenderam em Salvador Gildo Lacerda; sua companheira Mariluce Moura, grávida; Oldack Miranda (meu irmão); Nádia Miranda; e outros. Foi a última vez que Mariluce viu seu companheiro.

No dia 28 de outubro ele e José Carlos da Mata Machado morreram sob torturas em Recife no DOI-CODI do Exército Brasileiro. A filha de Gildo e Mariluce não conheceu o pai. O corpo de Gildo jamais foi devolvido à família.

A família Mata Machado teve mais sorte: conseguiu ter o corpo com o compromisso de não abrir o caixão, para que as marcas da tortura não fossem vistas.

Mariluce fez este relato do ocorrido há exatos 39 anos depois, hoje na Reitoria da UFMG, durante a audiência pública da Comissão Nacional da Verdade, perante um auditório lotado de jovens. Inclusive uma grande delegação de jovens secundaristas do Colégio Santo Antônio”.

NÃO TEM COMO ESQUECER
Resisti durante muitos anos a requerer indenização ao Estado por violações de meus direitos civis e políticos. Em agosto deste ano, finalmente, dei entrada no Requerimento de Anistia e Reparação na Secretaria da Comissão da Anistia, Ministério da Justiça.

Não há mesmo como esquecer tudo aquilo. Em maio de 1972 cumpri pena de seis meses na Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora. Minas Gerais. Foi o resultado de um julgamento à revelia, sem direito a defesa, num tribunal militar da ditadura.

Em 1973 vim para a Bahia. Mas, no dia 22 de outubro, fui novamente preso pelo DOI/6ª RM. Fui levado à sede da Polícia Federal e depois transferido para o Quartel do Barbalho.

No Quartel do Barbalho, fiquei preso numa cela ao lado da cela onde estava Gildo Macedo Lacerda. Os torturadores nos alternavam. Ora eu era levado para a sala de tortura, ora Gildo Macedo Lacerda era arrastado pelo pátio, já que tinha uma grave infecção no pé. Obrigado a ficar em cima de latinhas cortantes, e levando pancadas e choques elétricos, os torturadores encapuzados do Quartel do Barbalho me informaram que tinham matado José Carlos Novais da Mata Machado e Gildo Macedo Lacerda.

Fui transferido por avião da FAB para Recife, transportado encapuzado numa rural-willis e levado para uma instalação militar, onde novamente fui submetido a mais violências, incluindo pau-de-arara e choques elétricos. “Você nos escapou em 1972, mas agora vamos descontar”, disse-me um deles. Não havia mais contatos a confessar, quase dois anos haviam se passado desde minha saída da mata do Vale do Pindaré-Mirim, no Maranhão. Para sobreviver, falar alguma coisa, tive que inventar descrições de pessoas que não existiam e nomes imaginários. Eles me torturaram por pura vingança. Anos depois, em 1998, soube que era a sede do DOI-CODI, onde muitas mortes na tortura ocorreram. O escritor Samarone Lima, em seu livro intitulado “Zé” (Maza Edições) descreveu com detalhes as instalações do DOI-CODI de Recife, onde José Carlos Novais da Mata Machado foi martirizado. Era a sucursal do inferno. Eu estava lá. Também não consegui ver os rostos dos torturadores, usavam capuzes. Do Recife me transportaram de volta a Salvador, onde me mantiveram no Quartel de Amaralina.

As mortes dos companheiros Gildo Lacerda e Mata Machado estão registradas no “Dossiê Tortura Nunca Mais” e detalhadamente descritas no livro “Dos filhos deste Solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio.

Fui preso em 1973 porque acolhi solidariamente em minha casa um velho companheiro de escola e militância política, José Carlos Novais da Mata Machado, contemporâneo na Faculdade de Direito da UFMG, em situação de risco e insegurança, junto com sua mulher Madalena Prata Soares. E por manter encontros com Gildo Macedo Lacerda, em Salvador.

No dia 28 de outubro de 1973, em plena sessão de tortura no Quartel do Barbalho, um militar encapuzado me disse em gargalhadas: “Oldack, o Gildo e o José Carlos já eram”.

Como lembra o Blog do Nilmário, o corpo do Gildo Lacerda jamais foi devolvido para a jornalista baiana, sua mulher, que estava grávida quando foi presa. Assim, a filha, Tessa, nunca pode conhecer o pai. Sequer garantiram á família o direito de enterrar seu parente morto.

Já o corpo de José Carlos da Mata Machado foi devolvido à família, dentro de uma urna lacrada, com o compromisso de não abrirem. Familiares abriram a urna, e encontraram um corpo dilacerado pela tortura, os olhos furados, as orelhas e a língua cortadas.

E eu estive lá, no local em que José Carlos foi martirizado. São lembranças terríveis e que nunca serão esquecidas. Ditadura Nunca Mais.

22 de outubro de 2012

 

Emiliano José explica porque só há saída através da política

Em artigo publicado hoje (22/10) no jornal A Tarde, com o título “Solidão e Política”, o jornalista, escritor, doutor em comunicação, no exercício do mandato de deputado federal (PT-BA), Emiliano José, recorre a Aristóteles, segundo o qual o homem é um animal político. Mas é em Hannah Arendt que ele se apóia para defender que a política surge, não NO homem, mas, ENTRE os homens. E que o sentido da política é a liberdade. É através da política que o homem pode agir e impor sempre um novo começo.

“Faço essa introdução tomando de empréstimo noções de Hannah Arendt para repor a importância e a dignidade da política, que vem sendo permanentemente bombardeada nos tempos que vivemos, com ou sem razão. Em geral, nesse bombardeio, misturam-se alhos com bugalhos, e a crítica justa perde-se junto com equívocos que terminam por desqualificar inteiramente a política, como se ela não fosse uma necessidade da vida entre os homens”, escreve Emiliano.

Não há saída individual e a solidão na livra os homens da política. “É no espaço público que o homem assume a responsabilidade pelo mundo, compartilha com os outros essa responsabilidade, coloca sobre seus ombros o destino comum. É com a política que ele abre caminho constantemente para uma convivência fraterna, o que não quer dizer isenta de conflitos e de diferenças, partes constitutivas da vida democrática, parte da política. Penso nos tantos que imaginaram ter encontrado seus oásis com o exercício de qualquer espécie de solidão. Podem até imaginar ter encontrado a paz por algum tempo”.

O mundo reclama o concurso de todos. Não há saída à margem

LEIA A ÍNTEGRA EM


 

Pesquisa IBOPE vira instrumento de campanha eleitoral

Quem pode acreditar nela? A pesquisa do IBOPE, instituto que vem “errando” escandalosamente, foi encomendada, quer dizer, paga, pela TV Bahia, de propriedade do candidato do DEM, ACM Neto. Não deu outra. A pesquisa da TV Bahia deu 47% para o proprietário da TV Bahia, ACM Neto, e 39% para Pelegrino, candidato do PT em Salvador.

Poucos dias antes, como uma espécie de vacina contra críticas, o IBOPE divulgou pesquisa com 4% de diferença a favor de Pelegrino (PT).

Quem se lembra de 2006? Este mesmo IBOPE dava 48% para Paulo Souto (DEM) e 31% para Jaques Wagner (PT). Pois Wagner (PT) ganhou no primeiro turno.

Que credibilidade pode ter uma pesquisa do IBOPE encomendada e paga pela TV Bahia, pertencente à família Magalhães e da qual o candidato ACM Neto (DEM) faz parte como proprietário?

Pesquisas suspeitas do IBOPE têm ocorrido em outros lugares, como em Foz do Iguaçu e Curitiba, no primeiro turno.

Em Foz do Iguaçu, dois dias antes da votação, o IBOPE apontava o candidato Chico Brasileiro (PCdoB) com 52% das intenções de voto, contra 45% de Reni Pereira (PSB). Pereira, do PSB, acabou eleito com 54% contra 45% de Brasileiro.

Em Curirtiba, o IBOPE apontou Ratinho Júnior (PSC) com 34% das intenções de voto contra 29% de Luciano Ducci (PSB). Com tais números iriam ao segundo turno. O que aconteceu? Quem chegou em segundo lugar, com 27% dos votos foi o candidato apoiado pelo PT, Gustavo Fruet (PDT), que aparecia no IBOPE com apenas 24%.

Tem muita coisa estranha nestas pesquisas do IBOPE.

Adivinhe o que é?

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