25 de fevereiro de 2011

 

Em defesa da CPMF para financiar a saúde pública

Um governo que pretende reverter a brutalmente desigual distribuição de renda no Brasil, tem que ter na reforma tributária, socialmente progressiva, um instrumento insubstituível. A tributação é um meio fundamental para que a ação estatal se contraponha às tendências a concentração de renda do mercado.

Os recursos fundamentais do governo vêm da tributação que, no Brasil, tem um sistema extremamente injusto, que tributa mais aos que ganham menos e menos aos que ganham mais. Que privilegia os impostos indiretos em relação aos diretos.

A CPMF é um imposto direto, que cobra conforme o movimento de dinheiro, que não pode ser sonegado. Quando propôs a renovação da CPMF, na sua primeira versão, o governo não explicitava o destino dos recursos arrecadados, o que dificultou sua aprovação. Quando os campos de votação já estavam praticamente definidos, o governo apresentou a emenda segundo a qual a totalidade do arrecadado seria destinado para a saúde pública, mas já era tarde e a proposta foi derrotada.

Aquele que é talvez o tema mais agudo nas políticas sociais – extensão e a qualidade dos serviços de saúde publica – está desfinanciado, sem os recursos suficientes para garantir sua realização. É inevitável voltar ao tema, criar as condições favoráveis, mobilizando a massa da população – beneficiária direta de uma tributação desse tipo, que tem um profundo caráter redistributivo – para que o governo disponha dos recursos para dar o salto indispensável no atendimento da saúde da massa da população.

Fonte: Blog do Emir Sader – Agência Carta Maior

 

Belluzzo: relatório dos EUA é “a autópsia do sistema financeiro”

Em entrevista a Bob Fernandes e Marcela Rocha, do Terra Magazine, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo fala sobre os efeitos da crise que se prolonga neste 2011. Ele também analisa o contundente relatório do Congresso norte-americano que vasculhou as vísceras da crise econômica e financeira, nascida nos Estados Unidos e espalhada pelo mundo. Num estilo agudo que os incautos chamariam de "catastrofista", ele considera o sistema financeiro um "morto-vivo".

O documento — um calhamaço de mais de 600 páginas — foi elaborado por uma comissão formada por seis deputados do Partido Democrata e quatro do Partido Republicano. Segundo Belluzzo, “o relatório, que é muito bem feito, montado numa trilogia de depoimentos, descrição de fatos e análises, é uma autópsia do cadáver do sistema financeiro nos últimos 30 anos. É a autópsia de um morto-vivo, um zumbi que ainda pode voltar a nos assombrar”.

LEIA NA ÍNTEGRA EM TERRA MAGAZINE

 

Fundação Perseu Abramo lança livro: “O Brasil em transformação” durante os governos Lula

Organizado por Juarez Guimarães, novo título da coleção traça um panorama de políticas públicas no Governo Lula (2003/2010). O quinto volume da coleção propõe o registro das mudanças ocorridas no cenário das políticas sociais e inclusivas nas áreas de Educação, Cultura, Ciência & Tecnologia, Esportes e Juventude. A obra é resultado de uma parceria entre a Editora da Fundação Perseu Abramo, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e a Fundação Friedrich Ebert (FES).

Sob o olhar e a reflexão de ministros, altos dirigentes do governo federal, intelectuais e lideranças sociais vinculadas ao PT (Partidos dos Trabalhadores), durante os oito anos de Governo Lula, o quinto volume da coleção “2003-2010 O Brasil em Transformação” propõe o registro das mudanças ocorridas no cenário das políticas sociais e inclusivas nas áreas de Educação, Cultura, Ciência & Tecnologia, Esportes e Juventude.

Mantendo o conceito inicial dos quatro volumes anteriores, com avaliações, gravadas em áudio e depois adaptadas à linguagem escrita por um organizador de cada livro, o quinto título “A criação de um novo futuro na Educação, Cultura, Ciência & Tecnologia, Esportes e Juventude” é o ponto de partida para o debate e a discussão acerca de novas portas para a inclusão social, teoria exposta pelos organizadores do volume Juarez Rocha Guimarães e Natália Guimarães Duarte Sátyro.

Segundo os organizadores desta edição, durante os dois mandatos de Luiz Inácio “Lula” da Silva, popularizou-se na mídia, apenas o discurso e a imagem de políticas sociais voltadas para setores como distribuição de renda, planejamento familiar e geração de empregos. Apoiado em falas e o resultado de projetos, cada capítulo detalha a importância dos investimentos, do debate, e do processo de entendimento do Estado e da população, em áreas voltadas para o desenvolvimento artístico, intelectual, ético e esportivo, integrando assim, uma postura de diversidade.

Dividido em cinco áreas, “A concepção sistêmica da nova política educacional”, assinado pelo Ministro da Educação Fernando Haddah é o texto que abre a primeira parte do livro. Reflexões sobre “As novas políticas educacionais da inclusão e da diversidade social”, por Francisco Chagas; “A construção de uma política pública nacional e integrada para a educação”, de autoria de André Lázaro; “Os avanços da educação e seus desafios atuais” (Paulo Corbucci), e o texto de Selma Rocha intitulado de “A superação das políticas neoliberais na educação do Brasil”, compõem a conjuntura da primeira parte de artigos, dedicados à Educação.

Em Ciência & Tecnologia, dois artigos sobre “A construção de um Sistema de Inovação Industrial” e “Ciência & Tecnologia em um novo projeto de nação: diretrizes, metas e desafios”, assinados respectivamente por Luiz Antonio Elias e Newton Lima.

Pasta de destaque durante o governo, as pautas sobre cultura e políticas culturais, ganham o olhar e a análise de Juca Ferreira em “Uma revolução na política cultural”, “O desafio da construção de uma política pública nacional”, por Frederico Barbosa e “A superação da lógica mercadológica e a nova política pública da cultura”, de Morgana Eneile Almeida.

Os dois últimos blocos de artigos destacam a importância dos investimentos e do novo olhar para as áreas de Esportes e Juventude. Textos assinados pelo Ministro dos Esportes Orlando Silva, Beto Cury e Severine Macedo, redimensionam a importância do olhar para a construção de novas vias de democratização.

SOBRE OS ORGANIZADORES

JUAREZ GUIMARÃES é professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Graduado em economia, fez mestrado em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi durante 12 anos editor do jornal da imprensa alternativa Em Tempo. É membro do conselho de redação da revista Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo.

NATÁLIA GUIMARÃES DUARTE SÁTYRO é cientista política com mestrado e doutorado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). É professora adjunta do Departamento de Ciência Política (DCP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desenvolve pesquisa e leciona na área de partidos, proteção social, análise de políticas públicas e desigualdade, com foco nos estados.

ELÓI ALFREDO PIETÁ é vice-presidente da Fundação Perseu Abramo. Duas vezes membro do Diretório Nacional do PT, prefeito de Guarulhos (2001 a 2008), vice-presidente de relações internacionais da Frente Nacional de Prefeitos (2006 a 2008), deputado estadual em São Paulo (1991 a 2000), vereador em Guarulhos-SP (1983 a 1990), sempre pelo PT. Foi militante de movimentos sociais, professor de Língua Portuguesa e atuou como advogado.

Ficha Técnica
Coleção 2003-2010 O Brasil em Transformação
Título: “A criação de um novo futuro na Educação, Cultura, Ciência & Tecnologia, Esportes e Juventude”
Editora: Editora Fundação Perseu Abramo
Organizadores: Juarez Guimarães, Natália Guimarães Duarte Sátyro e Elói Alfredo Pietá.
ISBN: 978-85-7643-092-6
Número de páginas: 152
Preço: R$ 30,00

 

Indígenas da Bahia pedem apoio ao deputado Emiliano (PT) e ao senador Walter Pinheiro (PT)

Os caciques das nações Pataxó e Tupinambá, do Extremo Sul da Bahia, escolheram o deputado federal Emiliano (PT-BA) e o senador Walter Pinheiro (PT-BA) para intermediação junto ao Governo Dilma. Eles denunciam, em documento, “grave situação de descaso social nas áreas fundiárias, de educação, saúde e sustentabilidade dos povos indígenas". O mesmo documento foi entregue ao Secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República, Paulo Maldos.

O grupo foi liderado pelo presidente da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (INPAT), Gerdion Santos do Nascimento, conhecido como "Aruã Pataxó". Ele denuncia a morosidade da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e sustenta que isso tem trazido sérios problemas às comunidades indígenas da região. "Vários territórios estão sob liminar para retirada dos índios de áreas historicamente ocupadas pelos índios sem uma posição firme da FUNAI", afirmou Gerdion. O senador Walter Pinheiro assegurou que vai articular junto ao Ministério do desenvolvimento Agrário (MDA) respostas ás demandas dos líderes indígenas.

O senador baiano, quando era secretário de Planejamento da Bahia, teve atuação reconhecida na implementação do novo mapeamento cartográfico do estado, que poderá auxiliar na identificação das terras indígenas, além de prevenir calamidades públicas, aperfeiçoar o recolhimento fiscal e auxiliar no desenvolvimento de planos diretores urbanos. Segundo Aruã Pataxó, atualmente cerca de 5.800 indígenas das Aldeias Pataxó do Extremo-Sul da Bahia ocupam territórios localizados nos municípios de Porto Seguro, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Belmonte e Itamaraju.

 

Sudoeste da Bahia vai ganhar 14 parques eólicos

Eu fiz promessa de não registrar no BAHIA DE FATO notícia do que VAI acontecer. Aqui deveria entrar somente o que JÁ aconteceu. É linha editorial. Mas, vou fazer uma exceção. A pedra fundamental dos 14 parques eólicos na região de Guanambi, Sudoeste da Bahia, foi lançada. O leilão foi vencido pela empresa RENOVA ENERGIA. O projeto prevê investimento de R$ 1,17 bilhão. Além de Guanambi, os parques eólicos contemplam Caetité e Igaporã. Será o maior complexo eólico do Brasil e em 2012 já teremos energia suficiente para atender 500 mil residências, ou seja, perto de dois milhões de habitantes.

A energia eólica é considerada limpa e inesgotável. Os contratos de compra e venda de energia foram formalizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e têm prazo de 20 anos. Inicialmente, cerca de 500 proprietários rurais da região que terão parte das terras arrendadas, serão contemplados com o projeto. No auge da produção energética, o número de empresários rurais poderá chegar a mil.

A partir de junho, os equipamentos que irão compor os três complexos começam a chegar às respectivas localidades via Porto de Ilhéus. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) já autorizou a construção dos 14 parques eólicos, que contarão com 184 máquinas aerogeradoras (cataventos) instaladas em três complexos nos municípios de Guanambi, Caetité e Igaporã.

As máquinas terão 80 metros de altura. Somente as pás (hélices) terão 40 metros, cada. Desde o início de fevereiro, 100 funcionários estão trabalhando no local. Até 2014, a Bahia deverá ter 34 parques eólicos que, quando estiverem em funcionamento, terão a capacidade de gerar de 977,4 MW, o suficiente para abastecer cerca de quatro milhões de residências.

Em julho deste ano será inaugurado o primeiro parque eólico na Chapada Diamantina, que terá capacidade para produzir 90 Mega Watts de energia, auxiliando no desenvolvimento de Brotas de Macaúbas e outros municípios da região. Mas essa é outra história.

 

Médicos ainda não chegaram ao interior da Bahia

A vereadora Leninha (PT), da cidade de Valente, região do semi-árido baiano, fez um levantamento preocupante sobre a distribuição de médicos na Bahia. Com base em informações do Conselho Regional de Medicina, dos 15.500 médicos inscritos, 10.250 trabalham na Região Metropolitana de Salvador, onde residem 3,8 milhões das 14,6 milhões de pessoas da Bahia – ou seja, 66% dos médicos trabalham numa área onde reside apenas um quarto da população.

A concentração de médicos verificada na RMS se reproduz no interior. Os médicos que trabalham no interior se concentram nas cidades médias e estão assim distribuídos:

Barreiras (294 médicos), Bom Jesus da Lapa (84), Guanambi (270), Vitória da Conquista (543), Juazeiro (226), Paulo Afonso (144), Senhor do Bonfim (88), Jacobina (123), Serrinha (123), Alagoinhas (214), Irecê (160), Itaberaba (117), Cruz das Almas (125), Brumado (113), Jequié (237), Itabuna (466), Ilhéus (269), Santo Antônio de Jesus (254), Itapetinga (98), Eunápolis (251) e Teixeira de Freitas (288).

Por que os médicos não residem em cidades pequenas?

Os estudos apontam as péssimas condições de trabalho, os salários pouco compensadores e até a carência de médicos, já que desde a década de 1960 não se ampliava o número de vagas nas universidades. Durante décadas só havia na Bahia duas faculdade de Medicina, da UFBA e a Bahiana.

Como o Governo Wagner enfrenta essa realidade? Da mesma forma que os dois governos do ex-presidente Lula e agora da presidenta Dilma.

Com três ações estratégicas:

1)A implantação de hospitais regionais com serviços de média e grande complexidade;

2)A ampliação do número de vagas e implantação de novos cursos de Medicina;

3)A interiorização das universidades públicas federais e estaduais.

A estratégia vai gerando resultados. Foram criados os hospitais regionais de Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Subúrbio de Salvador, da Criança em Feira de Santana. E mais 34 unidades novas do SAMU foram inauguradas em 22 municípios e possibilitarão a implantação do SAMU regional de Jacobina, beneficiando uma população de cerca de 2,6 milhões de pessoas.

Os municípios beneficiados pelas 34 novas unidades do SAMU são: Feira de Santana, Eunápolis, Camaçari, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Vitória da Conquista, Itagimirim, Itabela, Catu, Jequié, Alagoinhas, Belo Campo, Cruz das Almas, Jacobina, Caldeirão Grande, Capim Grosso, Mairi, Morro do Chapéu, Ourolândia, Piritiba e Várzea do Poço.

Três universidades estaduais implantaram o curso de Medicina: a UEFS, em Feira de Santana, a UESB, em Vitória da Conquista e a UESC, em Ilhéus. Será criado mais um em Santo Antônio de Jesus pela UFRB e outro está sendo avaliado pela UFBa para Barreira.

Hoje existe universidade federal em Vitória da Conquista, Barreira, Cachoeira, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Juazeiro. A Uneb ampliou também o número de Campus e de cursos no interior da Bahia.
Para ter uma noção, 5.494 pessoas concorreram em 2010 a apenas 160 vagas, o que fez do curso de Medicina da Ufba o mais concorrido da seleção (34,3 candidatos por vaga).

A vereadora Leninha (PT) defende com unhas e dentes os avanços do Governo Wagner na SAÚDE.

Mas alimenta a esperança de Valente, sua cidade, ser beneficiada a curto prazo.

 

Frente Parlamentar pela liberdade de expressão, sim, MAS DE TODOS e não apenas de jornalistas e donos de jornais

Segundo o MANIFESTO da Frente Parlamentar o Brasil enfrenta um grande obstáculo para o efetivo exercício da liberdade de expressão. Um grande obstáculo é a ausência de políticas públicas, leis, que garantam a liberdade de expressão e o direito à comunicação.

Os deputados Emiliano José (PT-BA), Luiza Erundina (PSB-SP), Luiz Couto (PT – PB), Glauber Braga (PSB–RJ) e Francisco Praciano (PT–AM) lançaram quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, o manifesto de criação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação. Precisam de 171 assinaturas para que a frente seja formalmente criada.

O MANIFESTO da Frente Parlamentar pela liberdade de expressão esclarece:

“Hoje, as condições para o exercício dessa liberdade são muito desiguais, já que os canais de mídia, elementos-chave para a efetivação desse direito, estão nas mãos de alguns grupos econômicos cuja prática impõe sérios limites à efetivação da liberdade de expressão do povo brasileiro e é fortemente marcada pela prevalência de interesses privados em detrimento do interesse público.

Portanto, não basta denunciar e combater ações contrárias à liberdade de expressão; é preciso propiciar meios para que todos os cidadãos e cidadãs tenham condições de exercê-la. Assim, enquanto houver dificuldades ou impedimentos econômicos, culturais, sociais, técnicos e políticos para o exercício deste direito, é dever dos Poderes Executivo e Legislativo desenvolver ações no sentido de garantir que o maior número de cidadãos possa produzir, disseminar e acessar informações e cultura”.

LEIA O MANIFESTO NA ÍNTEGRA AQUI

 

Frente Parlamentar pela liberdade de expressão, sim, MAS DE TODOS e não apenas de jornalistas e donos de jornais

O MANIFESTO de partida da Frente Parlamentar da Comunicação é muito esclarecedor. A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação – assim se define – é uma iniciativa de deputados federais, em parceria com entidades da sociedade civil, e visa a promover, acompanhar e defender iniciativas que ampliem o exercício do direito humanos à liberdade de expressão e da comunicação.

Logo de cara, portanto, o conteúdo é diferente dos editoriais dos veículos de comunicação do país. Trata-se de liberdade de expressão, sim, mas de liberdade de expressão para todos e não somente para alguns jornalistas privilegiados e seus patrões.

Sobretudo, trata-se de garantir a liberdade de expressão que está prevista no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos artigos 5º e 220 da Constituição Federal, dispositivos que hoje enfrentam obstáculos no Brasil, com o monopólio existente. Daí a necessidade de uma Frente Parlamentar para legislar a favor da população garantindo mecanismos que respeitem o sagrado direito de liberdade de expressão, coisa que no Brasil só existe para poucos.

A ÍNTEGRA DO MANIFESTO ESTÁ AQUI

24 de fevereiro de 2011

 

Manifesto da Frente Parlamentar de Comunicação

Os deputados federais Emiliano José (PT-BA) e Luiza Erundina (PSB-SP), que receberam de seus partidos a missão de articular a Frente Parlamentar de Comunicação, apóiam o MANIFESTO DA FRENTE PARLAMENTAR DE COMUNICAÇÃO divulgado em Brasília. O MANIFESTO defende a democratização da comunicação, a liberdade de expressão para todos e o fim do monopólio dos meios de comunicação no Brasil.

LEIA A ÍNTEGRA DO MANIFESTO AQUI

 

Se a oposição não apoiar nova CPMF para a saúde será responsável por uma verdadeira chacina

Mais cedo ou mais tarde o Brasil terá que enfrentar a questão do financiamento da saúde. Nova CPMF, velha CPMF, CSS, seja qual for o nome, é preciso arranjar mais recursos para o sistema público de saúde. É preciso definir um percentual da receita corrente bruta da União para a saúde. É preciso criar uma nova Contribuição Social para a Saúde (CSS). Se insistirem em negar recursos para a saúde do povo pobre brasileiro, o DEM, o PPS e o PSDB serão responsáveis por milhares e milhares de mortes.

Trata-se antes de tudo de tornar realidade o dispositivo da Constituição Federal de 1988. Antes da Constituição Cidadã, somente os trabalhadores que tinham carteira assinada e que contribuíam para a Previdência Social tinham acesso aos serviços básicos de saúde, que eram prestados pelo INAMPS (lembram-se?). O resto da sociedade ficava entregue aos hospitais filantrópicos. Isso deveria ter acabado com a Constituição Cidadã que universalizou o acesso aos serviços de saúde.

Se há fraudes, prendam os ladrões. Se há incompetência na gestão, mudem os gestores. Mas a questão central é o subfinanciamento, a falta de re-cur-sos. É por causa da falta de recursos que há filas nos hospitais.

À oposição cabe fiscalizar o serviço público da saúde. Mas, negar recursos para a saúde chega a ser um crime. Uma verdadeira chacina.

Os governadores sabem disso. Não querem e não podem ter as mãos sujas de sangue.

O Congresso Nacional precisa aprovar uma nova CPMF para a saúde, ou seja lá que nome for. O povo brasileiro merece.

23 de fevereiro de 2011

 

Dilma na cova dos leões

Quem lê o BAHIA DE FATO sabe que aqui não se elogia a mídia hegemônica gratuitamente. Aqui não se elogia gratuitamente nem o PT nem o Governo Dilma. Embora tudo o que o jornalista Leandro Fortes escreveu em seu artigo DILMA NA COVA DOS LEÕES, sobre a presença da presidenta nos 90 anos da Folha de S. Paulo, seja verdadeiro, há que considerar que Dilma é a presidenta da República, uma posição muito além de sentimentos pessoais. Pela posição que este jornalão ocupa, infelizmente, no cenário nacional, não seria correto politicamente ignorar o convite, assim como o convite de outros órgãos de comunicação do PIG. É preciso que a presidenta vá lá, na cova dos leões, não mostrar intolerância, não provocar o isolamento.

Leia o brilhante artigo de Leandro Fortes, de cuja conclusão eu discordo.

DILMA NA COVA DOS LEÕES

por Leandro Fortes, no blog Brasília, eu vi

Na íntegra do discurso de Dilma Rousseff proferido na cerimônia de aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, disponibilizado na internet pela página do Portal UOL, lê-se, não sem certo espanto: “Estou aqui representando a Presidência da República. Estou aqui como presidente da República”.

Das duas uma: ou Dilma abriu mão, em um discurso oficial, de sua batalha pessoal para ser chamada de “presidenta”, ou, mais grave, a transcrição de seu discurso foi alterada para se enquadrar aos ditames do anfitrião, que a chama ostensivamente de “presidente”, muito mais por birra do que por purismo gramatical.

Caso tenha, de fato, por conta própria, aberto mão do título de “presidenta” que, até então, lhe parecia tão caro, este terá sido, contudo, o menor dos pecados de Dilma Rousseff no regabofe de 90 anos da Folha.

Explica-se: é a mesma Folha que estampou uma ficha falsa da atual presidenta em sua primeira página, dando início a uma campanha oficial que pretendia estigmatizá-la, às vésperas da campanha eleitoral de 2010, como terrorista, assaltante de banco e assassina. A ela e a seus companheiros de luta, alguns mortos no combate à ditadura.
Ditadura, aliás, chamada de “ditabranda”, pela mesma Folha.

Esta mesma Folha que, ainda na campanha de 2010, escalou um colunista para, imbuído de sutileza cavalar, chamá-la, e à atual senadora Marta Suplicy, de vadia e vagabunda.

Essa mesma Folha, ora homenageada com a presença de Dilma Rousseff.

Digo o menor dos pecados porque o maior, o mais grave, o inaceitável, não foi o de submeter a Presidência da República a um duvidoso rito de diplomacia de uma malfadada estratégia de realpolitik. O pecado capital de Dilma foi ter, quase que de maneira singela, corroborado com a falsa retórica da velha mídia sobre liberdade de imprensa e de expressão.

Em noite de gala da rua Barão de Limeira, a presidenta usou como seu o discurso distorcido sobre dois temas distintos transformados, deliberadamente, em um só para, justamente, não ser uma coisa nem outra. Uma manipulação conceitual bolada como estratégia de defesa e ataque prévios à possível disposição do governo em rever as leis e normas que transformaram o Brasil num país dominado por barões de mídia dispostos, quando necessário, a apelar para o golpismo editorial puro e simples.

A liberdade de expressão que garantiu o surgimento de uma blogosfera crítica e atuante durante a guerra eleitoral de 2010 nada tem a ver com aquela outra, defendida pela Associação Nacional dos Jornais, comandada por uma executiva da Folha de S.Paulo. São posições, na verdade, antagônicas.

A Dilma, é bom lembrar, a Folha jamais pediu desculpas (nem a seus próprios leitores, diga-se de passagem) por ter ostentado uma ficha falsa fabricada por sites de extrema-direita e vendida, nas bancas, como produto oficial do DOPS. Jamais.

Ao comparecer ao aniversário da Folha, a quem, imagina-se, deve ter processado por conta da ficha falsa, Dilma se fez acompanhar de um séquito no qual se incluiu o ministro da Justiça. Fez, assim, uma concessão que está no cerne das muitas desgraças recentes da história política brasileira, baseada na arte de beijar a mão do algoz na esperança, tão vã como previsível, de que esta não irá outra vez se levantar contra ela. Ledo engano. Estão a preparar-lhe uma outra surra, desta feita, e sempre por ironia, com o chicote da liberdade de imprensa, de expressão, cada vez mais a tomar do patriotismo o status de último refúgio dos canalhas.

Dilma foi torturada em um cárcere da ditadura, esta mesma, dita branda, que usufruiu de veículos da Folha para transporte e remoção de prisioneiros políticos – acusação feita pela jornalista Beatriz Kushnir no livro “Cães de guarda” (Editora Boitempo), nunca refutada pelos donos do jornal.

A presidenta conhece a verdadeira natureza dos agressores. Deveria saber, portanto, da proverbial inutilidade de se colocar civilizadamente entre eles.

 

Irresponsabilidade da Folha agride agora neurocientista Miguel Nicolelis

Desta vez, a vítima da irresponsabilidade jornalística da Folha de S. Paulo, na coluna Painel, foi nada mais, nada menos que o respeitado neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke (EUA) e fundador do Instituto de Neurociências de Natal (RGN).

A coluna Painel simplesmente inventou uma declaração do neurocientista sobre o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante. O (a) jornalista da Folha não se deu sequer ao trabalho de telefonar e checar a tal “informação”. Milhares de e-mails entupiram a caixa do neurocientista em solidariedade.

No dia seguinte, a Folha tentou remendar a malfeitoria midiática, mas, como não consegue mesmo enxergar um palmo à frente do nariz, a emenda foi pior que o soneto, o que gerou uma carta do neurocientista ao jornalão.

LEIA A MATÉRIA DO VI O MUNDO

Professor Miguel Nicolelis: A quem interessar possa
por Conceição Lemes
Blog Vi o Mundo, editado pelo jornalista Luiz Carlos Azenha

No último domingo, 20 de fevereiro, a seção “Painel” da Folha de S. Paulo, publicou esta nota sobre o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, nos EUA, e fundador do Instituto de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte.

Água...De início crítico à nomeação de Aloísio Mercadante, pois Ciência e Tecnologia não deveria “virar prêmio de consolação para quem perdeu eleição”, o neurocientista Miguel Nicolelis mudou de tom depois de aceitar convite do ministro para presidir a Comissão do Futuro. No Twitter, além de elogiá-lo, passou a torpedear o governo tucano de São Paulo, alvo do petista na campanha de 2010.
...e vinho. De Nicolelis, sobre as chuvas na capital: “Os desmandos dos últimos 20 anos estão levando SP ao limite! Até quando?


Quem conhece a trajetória e o caráter do professor Nicolelis ficou injuriado. A nota, além de faltar com a verdade, é caluniosa. A sua caixa postal ficou entupida de mensagens de solidariedade a ele e de repúdio à Folha, que não se deu ao trabalho de, por telefone ou e-mail, checar as informações para saber se procediam.

“Muito triste constatar que seus julgamentos morais são feitos a partir de critérios que imperam no varejo da política brasileira e ao seu redor”, escreveu Nicolelis à jornalista responsável pelo “Painel”. “Achar que eu mudaria minha opinião sobre qualquer coisa referente à ciência brasileira baseado numa nomeação para um serviço voluntário, à frente de uma comissão temporária, ou é muita ingenuidade, ou má fé.

Sua insinuação maldosa e precária (não há fatos que a suportem) não só não procede, como é risível. Fica aqui o registro do meu protesto pela sua intenção maldosa de insinuar que minhas opiniões estão à venda. Fale pela senhora, não por mim! E se quiser expressar minhas opiniões na sua coluna social, me pergunte primeiro! Muito mais digno, honesto e profissional seria!”

A jornalista respondeu. Prontificou-se a publicar os esclarecimentos do professor a partir de um texto que ele enviou. Por ser grande para os padrões da seção, seria resumido, mas mantendo o espírito.

Na terça-feira, 22 de fevereiro, foi publicada então esta nota:

Outro lado 1 O neurocientista Miguel Nicolelis afirma que, sem prejuízo de suas críticas à administração de São Paulo, nas mãos do PSDB, não mudou de opiniões políticas e tampouco reviu suas restrições ao modelo de gestão da ciência no Brasil depois de ter assumido a função, não remunerada, de presidente da Comissão do Futuro do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Outro lado 2 Nicolelis acrescenta que, quando condenou o uso da pasta como “prêmio de consolação” para quem perdeu a eleição, não emitia juízo de valor sobre Aloysio Mercadante (PT), cujo desempenho como ministro ele diz não ter ainda elementos para avaliar.


O “Painel” não assume o erro nem esclarece quase nada.

“Se a jornalista da Folha me conhecesse pessoalmente, saberia que há 9 anos desenvolvo um trabalho voluntário, não remunerado, em prol da educação científica e da ciência brasileira”, continua indignado Nicolelis. “Na minha profissão, o único bem que nos cabe é a nossa reputação e idoneidade, portanto, considero vil, leviano, o que o jornal fez.”

Por isso, segue a íntegra do texto que o professor enviou à Folha:

Em resposta à nota publicada no Painel de 20/02, gostaria de declarar que, em momento algum, alterei quaisquer das críticas feitas ao atual modelo de gestão da ciência brasileira em decorrência do recente convite, feito pelo senhor Ministro da Ciência e Tecnologia, para presidir a Comissão do Futuro, proposta por esse ministério.

Quando disse, em entrevista ao Estado de S. Paulo, em dezembro passado, que o Ministério da Ciência e Tecnologia não podia ser considerado como um prêmio de consolação, não estava emitindo nenhum juízo de valor sobre a pessoa do senhor ministro Aloízio Mercadante, mas simplesmente reivindicando o reconhecimento do novo governo à importância fundamental da área de ciência e tecnologia para o desenvolvimento do Brasil.

Da mesma forma, desde o convite e anúncio formal do mesmo, no último dia 13/02, não emiti nenhuma declaração ou qualquer avaliação da presente gestão do MCT. Dessa forma, estranha-me ler nesse jornal a insinuação que, um convite para presidir, de forma voluntária e não remunerado, uma comissão temporária, destinada a elaborar e disseminar ideias que possam contribuir para o futuro da ciência brasileira, tenha servido como forma de cercear minhas opiniões.

Na realidade, o objetivo dessa comissão é levantar todas críticas ao modelo vigente e propor soluções eficazes para que a ciência brasileira possa contribuir decisivamente para o desenvolvimento social e econômico do país.

Sinceramente,
Miguel Nicolelis

A Folha mais uma vez briga com a verdade factual, aprontando outra das suas.

 

Nordeste será prioridade no Governo Dilma, afirma deputado Emiliano José (PT-BA)

Deu no blog BAHIA TODA HORA. O deputado federal Emiliano José (PT-BA), em pronunciamento na Câmara Federal, terça-feira (22), disse que Dilma Rousseff seguirá o caminho aberto pelo ex-presidente Lula e manterá o Nordeste como uma prioridade de seu governo. Exemplo disso é a garantia, manifestada pela própria presidente, de que a região não sentirá o impacto do corte de R$ 50 bilhões do Orçamento da União.

Emiliano lembrou ainda que, segundo a presidente, os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento I e II, para as obras voltadas à realização da Copa do Mundo, previstas no PAC da mobilidade urbana, e para o Programa Minha Casa Minha Vida, estão preservados e assegurados integralmente.

“A presidenta anunciou ainda a criação da Secretaria Nacional de Irrigação, que deverá estar voltada especialmente para expandir as áreas irrigadas do Nordeste”, assegurou o deputado, para quem o Nordeste deverá ainda ser objeto de uma atenção especial advinda da política de erradicação da miséria.

“Afinal, estamos falando de uma região que durante séculos sofreu a marginalização da maioria dos governos. Agora, sob o Governo Lula, nos últimos anos, a região tem crescido mais do que o resto do País como decorrência das políticas adotadas. E sob o Governo Dilma isso deve continuar, sem dúvida. Se é verdade que nos últimos anos a região cresceu, derrotando tantas oligarquias, há ainda uma longa caminhada pela frente”.

LEIA NA ÍNTEGRA NO BLOG BAHIA TODA HORA

 

Frente parlamentar vai debater e propor novo marco regulatório da comunicação

O deputado Emiliano José (PT-BA) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), em articulação conjunta, estão organizando a “Frente Parlamentar em Defesa da comunicação”. A principal missão do agrupamento parlamentar será a discussão e proposição de um novo marco regulatório para o setor de comunicação no país. Os principais objetivos são: democratização da comunicação, a liberdade de expressão e o fim do monopólio dos meios de comunicação no Brasil.

"Estamos muito atrasados nos aspectos da comunicação no Brasil. Temos uma legislação que data de 1962. Desde então, ocorreram profundas transformações no campo das comunicações no Brasil e no mundo. Precisamos atualizar a nossa legislação para assegurar a liberdade de expressão e a democratização do direito à comunicação", afirmou o deputado Emiliano José. A primeira reunião foi feita nesta terça-feira (22) e outra já está prevista para a próxima semana.

De acordo com o deputado Francisco Praciano (PT-AM), o tema da comunicação deverá estar no centro dos debates do Congresso Nacional nesta legislatura. O petista criticou o monopólio da comunicação no país e disse que irá trabalhar, no âmbito da frente, para atualizar a legislação da comunicação no Brasil. "A frente tem que funcionar como um impulso à construção de um novo marco regulatório para o setor", defendeu. O deputado Luiz Couto (PT-PB) também participou da reunião de trabalho.

Uma das principais articuladoras, a deputada Luiza Erundina (PSB- SP) explicou que a Frente Parlamentar fará uma ponte permanente entre os interesses da sociedade civil organizada e o parlamento no que diz respeito à democratização da comunicação no país. "Vamos trazer para este debate todas as entidades que militam em prol da democratização da comunicação e da liberdade de expressão no país. Queremos acompanhar e influenciar o processo de debate dentro da Câmara sobre o novo marco legal das comunicações", defendeu.

Para o deputado federal baiano, Emiliano José, escolhido como principal interlocutor do PT para assuntos de comunicação, o debate tem também como objetivo aumentar o número de pessoas que produzem conteúdos de informação, além de ampliar a diversidade de canais de comunicação, gerando assim, mais opções para a população. "Hoje com o advento da internet, não há jeito de a produção ser exclusividade da mídia hegemônica. Nós queremos ampliar ao máximo a propriedade, queremos criar milhares de produtores de conteúdo. É preciso ter diversidade de informações, dando mais respeito a produção regional, só assim poderemos democratizar efetivamente a comunicação no Brasil".

Segundo informações do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ainda este ano, o governo federal deve enviar, ao Congresso Nacional, a Lei da Comunicação. Diante disso, membros da Frente Parlamentar buscam informações sobre o projeto e antecipam os debates sobre o marco regulatório.

 

Novela do SBT pretende resgatar cenas de tortura na TV

A novela “Amor e Revolução” do SBT está com estréia marcada para 4 de abril. Pela primeira vez o período da ditadura militar, incluindo os porões da tortura, será o pano de fundo de uma telenovela. Seria puro oportunismo político, se algum personagem se confundir com a ex-militante de esquerda Dilma Rousseff, o que é negado pelo roteirista Tiago Santiago, mas, também, poderia prestar um grande serviço à Nação (em tempos de Comissão da Verdade), se trouxer à tona a barbárie da tortura adotada como política de Estado pelos militares terroristas que tomaram o poder com o Golpe de 1964.

Até então, este papel de resgatar a verdade dos porões da ditadura coube ao cinema. Foram muitos filmes. Primeiro, veio “Cabra Marcado para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho, depois veio “Lamarca” (1994), de Sérgio Rezende, resgatando a história com base no livro “Lamarca, O Capitão da Guerrilha”, da autoria dos jornalistas Emiliano José e Oldack Miranda. Seguiram-se “O que é isso, companheiro” (1997), de Bruno Barreto; “O ano em que meus pais saíram de férias” (2006), de Cao Hamburguer; “Zuzu Angel” (2006), de Sérgio Rezende; “Batismo de Sangue” (2007), de Helvécio Ratton; “Cidadão Boilesen” (2009), de Chaim Litewski. “Anos Rebeldes” (1992) foi uma série da TV Globo inspirada na obra “1968, o ano que não terminou”, de Zuenir Ventura.

Telenovela mesmo, tendo como pano de fundo os “anos de chumbo”, está sendo anunciada pelo SBT. Cenas de tortura foram “vazadas” no YouTube. Os torturados estão dependurados no pau-de-arara, com roupas íntimas, o que é uma delicadeza do diretor, já que os psicopatas torturavam as pessoas nuas, como forma de humilhação, além da dor dos choques elétricos, dos socos, das latinhas, da cadeira-do-dragão. É um alívio saber que a novela terá vilões (os torturadores) e heróis (os torturados que lutavam contra a ditadura), embora a proposta não seja uma novela de terror, só violência, mas sim uma história de amor.

22 de fevereiro de 2011

 

PCdoB responde às calúnias do decadente Estadão

A direção nacional do PCdoB divulgou Nota Oficial chamando de 'arremedo de reportagem' a série publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo com supostas denúncias ao ministro dos Esportes Orlando Silva e ao programa Segundo Tempo.

Leia abaixo:

“Estadão ataca PCdoB para golpear o governo Dilma

Na suas edições de 20 e 21 de fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou um arremedo de reportagem tão extenso quanto falso no qual ataca com calúnias a honorabilidade do Partido Comunista do Brasil e de um dos seus dirigentes, Orlando Silva, ministro do Esporte. Visivelmente esse movimento pretende atingir o Ministério do Esporte para golpear por extensão o nascente governo da presidente Dilma Rousseff.

Apoiado tão somente na manipulação grosseira de um amontoado de 'estórias', o referido texto afirma de modo criminoso que o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, “além de dividendos eleitorais, transformou-se num instrumento financeiro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)”. Para sustentar esta mentirosa afirmação diz que entidades apartidárias e ONGs com as quais o Partido não tem vínculo algum seriam “subordinadas” a ele e mero biombo para supostas ações ilícitas. Mas não se apresenta nenhuma prova, nenhum fato que comprove denúncia tão grave.

E mais. Não se atendeu ao procedimento básico do jornalismo que mereça esse nome: ouvir 'o outro lado'. No texto não há a palavra do PCdoB, não foi ouvida a defesa da direção nacional do PCdoB, apenas de passagem a do ex-presidente do Partido da seção do Distrito Federal. Utilizaram de forma parcial e distorcida a nota esclarecedora dos fatos emitida pelo Ministério do Esporte.

Vamos ao mérito. O Programa Segundo Tempo tem a finalidade de oferecer a crianças e adolescentes, sobretudo, de famílias de baixa renda, atividades esportivas e recreativas como meio de inclusão social. Conforme afirmou o Ministério do Esporte, desde 2003 os governos do ex-presidente Lula e, agora, o governo Dilma já aplicaram mais de 1 bilhão de reais para torná-lo realidade.

Esse programa já atendeu 1 milhão de jovens. Ainda segundo o Ministério o programa se realiza por meio de convênios com mais de duas centenas de instituições de governos estaduais e de prefeituras e, também, de entidades populares e ONGs. E rigorosamente nenhuma triagem ou distinção de referência partidária é feita para que sejam estabelecidos esses convênios.

O que fez a pretensa reportagem? Ela 'pinçou' neste amplo universo determinadas entidades servindo-se de um critério muito usado à época das ditaduras, ou seja, o da “caça aos comunistas”. Então o dito texto informa, ou melhor, denuncia, que em tal entidade há nove comunistas filiados, naquela outros tantos e por aí segue. E sem apresentar nenhuma evidência, nenhuma prova, estampa a calúnia que vincula as finanças do Partido com a atividade dessas entidades.

Desse modo, o pretenso 'furo' jornalístico se revela um arranjo, um enredo mentiroso.
O PCdoB na atualidade, decorrente de seu programa partidário e do convite advindo de méritos na sua atuação política, tem quadros e lideranças no exercício de responsabilidades públicas nas distintas esferas de governo.

Nessa atividade se orienta pela política de que seus membros no exercício de funções públicas, seja em postos legislativos, sejam em cargos nos executivos, devem se pautar pelo rigoroso cumprimento da legislação e orientações administrativas inerentes às funções exercidas e não confundir, sob qualquer justificativa, o exercício de sua função de governo com sua atividade partidária.

Neste trabalho, tem como princípio e como prática o rigoroso zelo pelo patrimônio público. Demonstração disso é que não há nada que os desabone. O trabalho por eles realizado é fiscalizado e aprovado nos termos da lei. Já o Partido como instituição tem toda sua movimentação contábil e financeira aprovada pelos órgãos competentes da República.

O que levaria o Estadão a publicar em duas edições seguidas um ataque tão artificial quanto sórdido ao PCdoB?

Primeiro - O conservadorismo reacionário não admite que forças progressistas, de esquerda, como o Partido Comunista, ganhem força crescente na democracia brasileira.

Segundo - Por um preceito elementar da 'guerra'. Pelos flancos se atinge o objetivo principal. O Ministério do Esporte sequer existia como tal em 2003. De lá para cá pela importância de sua atividade e pelos méritos dos titulares de sua gestão – entre os quais destaca-se o trabalho do ministro Orlando Silva – a pasta adquire progressivamente a relevância que a sociedade atribui ao tema. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 serão marcas destacadas da agenda nacional e do governo federal. Portanto, o objetivo desta pseudo reportagem é atingir o governo da presidente Dilma Rousseff numa área das mais simbólicas para seu mandato.

Terceiro - Certa linha editorial da mídia nacional não admite programas do governo federal direcionados aos mais pobres. Sabemos a oposição, por exemplo, que o Bolsa Família sofreu e ainda sofre por parte de vários veículos de comunicação. O Programa Segundo Tempo pretende levar o esporte às crianças e aos jovens da periferia, das favelas, do interior pobre e distante. Por isso recebe ataques como este.

O Partido Comunista do Brasil tem quase 90 anos de atuação ininterrupta na história brasileira. Possui um legado de construção da nação e de defesa resoluta da democracia. É uma legenda respeitada pelos aliados e mesmo pelos adversários. A reação já utilizou as mais diferentes armas para tentar excluí-lo da vida política nacional, inclusive a tortura e o assassinato dos quais foram vítimas centenas de dirigentes e militantes, sobretudo, na luta para que a nação viesse a desfrutar da democracia que hoje o país respira. Desta feita, a mídia é usada para enfraquecê-lo, mas o resultado será nulo, dado o caráter falso, inverídico deste amontoado de mentiras a que o Estadão denomina de reportagem.

Direção Nacional do PCdoB
São Paulo, 21 de fevereiro, 2011”

 

Michael Moore convoca estudantes de Wisconsin (EUA) à rebelião

"Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida", diz Michael Moore em carta enviada a estudantes do Estado de Wisconsin, que saíram às ruas contra um projeto para cortar direitos trabalhistas dos funcionários públicos do Estado.

Milhares de servidores públicos unidos a grupos estudantis realizaram protestos sábado (19) em frente ao Capitólio do estado norte-americano do Winsconsin, na cidade de Madison. Foi o quinto dia de manifestações contra um projeto de lei apresentado pelo novo governador, o republicano Scott Walker. O objetivo do projeto é cortar gastos do orçamento estadual através da supressão de direitos trabalhistas em todo o Estado. O suposto equilíbrio das contas do Estado ocorreria com a anulação dos convênios coletivos com os funcionários públicos.

Entusiasmado com a mobilização dos estudantes, o cineasta Michael Moore enviou uma CARTA ABERTA para eles pedindo que se rebelem. “Aaqui, nos EUA, os jovens são mandados a obedecer, sentar e deixar que os adultos maduros e velhos comandem o show”.

“Vamos mudar isso! Estou abrindo, na minha página, um “JORNAL DA ESCOLA” [orig. "HIGH SCHOOL NEWSPAPER", em http://mikeshighschoolnews.com/]. Ali, vocês podem escrever o que quiserem, e publicarei tudo. Também publicarei artigos que vocês tenham escrito e que foram rejeitados para publicação nos jornais das escolas de vocês. Na minha página vocês serão livres e haverá um fórum aberto, e quem quiser falar poderá falar para milhões”.

LEIA ÍNTEGRA EM CARTA MAIOR

 

O que Dilma NÃO disse sobre a Folha de S. Paulo

Como presidenta da República, Dilma Rousseff não poderia se furtar a comparecer à cerimônia comemorativa dos 90 anos do jornalão. Ela declarou que o governo deve saber conviver com as críticas para existir democracia e que deve haver um convívio civilizado com a multiplicidade de opiniões, crenças e propostas. "Livre, plural e investigativa, a imprensa é imprescindível para a democracia num país como o nosso que, além de continental, agrega diferenças culturais."

Mas, eu fiquei pensando mesmo foi sobre o que Dilma NÃO DISSE sobre a Folha. Por exemplo, quando ela e os militantes de esquerda, armada ou não, estavam dependurados no pau-de-arara, nos porões da ditadura militar, os veículos da Folha serviam de suporte à repressão terrorista. E notas indignas diziam que militantes assassinados na tortura tinham sido mortos em tiroteios inexistentes. E o que a Folha dizia de Dilma na campanha eleitoral, então, não dá nem para repetir.

21 de fevereiro de 2011

 

Artigo “Dilma e Lula” de Emiliano é destaque no blog O Recôncavo, do Charles Carmo

LEIA AQUI O RECÔNCAVO

20 de fevereiro de 2011

 

"Socar a cara de jornalista que te calunia é também uma forma de expressão"

Jornalistas e colunistas informam, denunciam e esclarecem, mas também desinformam, acobertam, manipulam, ofendem, mentem, e conspiram. Jornalistas e colunistas no Brasil são mais demônios do que anjos e cabe a você, leitor, ouvinte ou telespectador, decifrar a intenção e o interesse envolvidos.

Jornalista ou colunista que critica e persegue determinado governo porque “recebe por fora” de um político corrupto, sujo e mau-caráter, não é jornalista ou colunista com ética e que mereça a nossa confiança e credibilidade. É também jornalista ou colunista tão ou mais corrupto, tão ou mais sujo e mau-caráter que o seu contratante e ambos merecem cadeia.

Vou sempre advogar a tese de que se deve quebrar a qualquer momento o sigilo fiscal e bancário de jornalistas e colunistas. O mesmo vale para todos os políticos, juízes, promotores, desembargadores, policiais e funcionários públicos em geral.

Quem não deve não teme!

Quem participa direta ou indiretamente da gestão pública não pode ter segredos para com o povo e sua conduta ilibada deve ser comprovada sempre.

Mais um lembrete:

Socar a cara de jornalista ou colunista que te calunia é também uma forma de liberdade de expressão. Todo ofendido tem o direito de “expressar” sua revolta, sua mágoa, sua indignação.

Pedro R. Lima, professor

 

Presidenta Dilma escreve: Brasil, país do conhecimento, potência ambiental

Hoje, já não parece uma meta tão distante o Brasil se tornar país economicamente rico e socialmente justo, mas há grandes desafios pela frente, como educação de qualidade.

Há 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.

O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.

Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico.
Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade.

Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.

Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.

Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.

Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.

Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.

Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.

Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.

No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.

Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.

Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural.

Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.

DILMA ROUSSEFF é a presidenta da República.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?