25 de fevereiro de 2011

 

Médicos ainda não chegaram ao interior da Bahia

A vereadora Leninha (PT), da cidade de Valente, região do semi-árido baiano, fez um levantamento preocupante sobre a distribuição de médicos na Bahia. Com base em informações do Conselho Regional de Medicina, dos 15.500 médicos inscritos, 10.250 trabalham na Região Metropolitana de Salvador, onde residem 3,8 milhões das 14,6 milhões de pessoas da Bahia – ou seja, 66% dos médicos trabalham numa área onde reside apenas um quarto da população.

A concentração de médicos verificada na RMS se reproduz no interior. Os médicos que trabalham no interior se concentram nas cidades médias e estão assim distribuídos:

Barreiras (294 médicos), Bom Jesus da Lapa (84), Guanambi (270), Vitória da Conquista (543), Juazeiro (226), Paulo Afonso (144), Senhor do Bonfim (88), Jacobina (123), Serrinha (123), Alagoinhas (214), Irecê (160), Itaberaba (117), Cruz das Almas (125), Brumado (113), Jequié (237), Itabuna (466), Ilhéus (269), Santo Antônio de Jesus (254), Itapetinga (98), Eunápolis (251) e Teixeira de Freitas (288).

Por que os médicos não residem em cidades pequenas?

Os estudos apontam as péssimas condições de trabalho, os salários pouco compensadores e até a carência de médicos, já que desde a década de 1960 não se ampliava o número de vagas nas universidades. Durante décadas só havia na Bahia duas faculdade de Medicina, da UFBA e a Bahiana.

Como o Governo Wagner enfrenta essa realidade? Da mesma forma que os dois governos do ex-presidente Lula e agora da presidenta Dilma.

Com três ações estratégicas:

1)A implantação de hospitais regionais com serviços de média e grande complexidade;

2)A ampliação do número de vagas e implantação de novos cursos de Medicina;

3)A interiorização das universidades públicas federais e estaduais.

A estratégia vai gerando resultados. Foram criados os hospitais regionais de Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Subúrbio de Salvador, da Criança em Feira de Santana. E mais 34 unidades novas do SAMU foram inauguradas em 22 municípios e possibilitarão a implantação do SAMU regional de Jacobina, beneficiando uma população de cerca de 2,6 milhões de pessoas.

Os municípios beneficiados pelas 34 novas unidades do SAMU são: Feira de Santana, Eunápolis, Camaçari, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Vitória da Conquista, Itagimirim, Itabela, Catu, Jequié, Alagoinhas, Belo Campo, Cruz das Almas, Jacobina, Caldeirão Grande, Capim Grosso, Mairi, Morro do Chapéu, Ourolândia, Piritiba e Várzea do Poço.

Três universidades estaduais implantaram o curso de Medicina: a UEFS, em Feira de Santana, a UESB, em Vitória da Conquista e a UESC, em Ilhéus. Será criado mais um em Santo Antônio de Jesus pela UFRB e outro está sendo avaliado pela UFBa para Barreira.

Hoje existe universidade federal em Vitória da Conquista, Barreira, Cachoeira, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Juazeiro. A Uneb ampliou também o número de Campus e de cursos no interior da Bahia.
Para ter uma noção, 5.494 pessoas concorreram em 2010 a apenas 160 vagas, o que fez do curso de Medicina da Ufba o mais concorrido da seleção (34,3 candidatos por vaga).

A vereadora Leninha (PT) defende com unhas e dentes os avanços do Governo Wagner na SAÚDE.

Mas alimenta a esperança de Valente, sua cidade, ser beneficiada a curto prazo.

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