8 de novembro de 2008

 

Nilmário Miranda é o novo presidente da Fundação Perseu Abramo

O Diretório Nacional do PT aprovou (7), por unanimidade, a nova direção e o Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo. A direção foi ampliada de quatro para seis membros e o ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, que ocupava a vice-presidência da FPA, foi aprovado pelos membros do DN como o novo presidente da fundação. Emiliano José (PT-BA) faz parte do novo Conselho Curador.

A nova diretoria da FPA é a seguinte: Nilmário Miranda, presidente; Eloi Pietá, vice-presidente e como membros efetivos foram eleitos Selma Rocha; Flavio Jorge; Iole Ilíada e Paulo Fiorilo.

O novo Conselho Curador será formado por: André Singer, Eliezer Pacheco, Emiliano José, Fernando Ferro, Filney Viana, Hamilton Pereira, Iriny Lopes, Jilmar Tatto, João Mota, José Lopes Feijó, Luiz Antonio de Carvalho (Luizão), Luiz Dulci, Luiz Pinguelli Rosa, Maria Aparecida Pires, Marina Silva, Miguel Rosseto, Newton Albuquerque, Nilceia Freire, Pedro Eugenio,Raimundinha, Ricardo Azevedo, Saturnino Braga, Severine Macedo, Tatau Godinho e Zilah Abramo.

7 de novembro de 2008

 

Loteamento de ricos invade área do Parque da Cidade

Passei no Loteamento Alto do Itaigara e vi uma coisa estarrecedora. A Associação de Moradores está invadindo parte do Parque da Cidade para construir um parquinho infantil. Já existe um parquinho infantil invadindo terreno do Parque da Cidade, mas, a Associação dos Moradores achou pouco e quer ampliar o parquinho ampliando a invasão. Nesta sexta-feira (7), uma caçamba despejou entulho, derrubando acintosamente a grade de proteção do Parque da Cidade. Começou o aterro de luxo.

Não tenho nada contra o lazer infantil dos filhos dos abastados moradores do Alto do Itaigara. Mas, o Parque da Cidade é um patrimônio de Salvador. Onde anda a Superintendência de Parques e Jardins (SPJ) da prefeitura do João? Falta de aviso não foi.

Está pensando que é mentira? Vá lá e veja. A rua Fernando Tuy fica entre a sede da Petrobras e o Parque da Cidade. No final da rua tem uma cancela com seguranças. Passe a cancela, suba a ladeira, vire à direita e mire no monte de entulho destinado a aterrar a encosta do Parque da Cidade.

6 de novembro de 2008

 

Para onde vai o dinheiro dos royalties da Petrobras?

O Correio da Bahia (06.11.08) publica reportagem importante. Para onde vai, afinal, a dinheirama dos “royalties” que os municípios baianos recebem da Petrobras? Madre de Deus recebe R$ 20 milhões; São Francisco do Conde recebe R$ 19,8 milhões; Esplanada recebe R$ 16,9 milhões; São Sebastião do Passe recebe R$ 11 milhões; Candeias recebe R$ 5,5 milhões; Alagoinhas recebe R$ 5,2 milhões, Araçás recebe R$ 4,6 milhões; Entre Rios recebe R$ 4,2 milhões e Cairu recebe R$ 4,1 milhões. Ao todo, há 268 municípios baianos que recebem royalties do petróleo.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulga pesquisa concluindo que os recursos distribuídos como royalties da exploração de petróleo têm baixo impacto no crescimento dos PIBs municipais e não contribuem para o fim das desigualdades. Ou seja, para os bolsões de pobreza é que não vão. Há muita corrupção e malversação do dinheiro público. E muito pouco é investido em educação e saúde.

Há uma maldição dos recursos naturais, afirma o pesquisador do IPEA. Polícia Federal neles.

 

A Mulher Necessária

Dia 15 de novembro, à tarde, a jornalista Maria Aparecida Torneros lança na Mega Store da Livraria Saraiva, no Shopping Salvador, seu livro de artigos e crônicas intitulado “A Mulher Necessária”. São mais de 100 textos que ela escreveu ao longo de 38 anos de profissão, publicados em jornais, inclusive A Tarde de Salvador, sites como Observatório da Imprensa, em revistas e blogs.

O livro conta com três prefácios: um, do publicitário e poeta Theo Drummond, outro do jornalista baiano Vitor Hugo Soares e um terceiro escrito pelo advogado, ex-deputado e ex-ministro sempre lúcido José Dirceu. Atualmente, Maria Aparecida trabalha na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP).

Poemas de Aparecida Torneros AQUI

 

Jornal A Tarde registra anistia política de Gildo Lacerda

Tenho pesquisado na Internet. O jornal A Tarde, de Salvador, até o momento (06.11.08) foi o único a registrar em todo o Brasil a anistia política a Gildo Lacerda, na coluna Tempo Presente, assinada pelo jornalista Levi Vasconcelos.

Segue o texto:

Estado pede desculpas

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu anistia ao ex-dirigente da Ação Popular (AP) Gildo Lacerda, torturado e assassinado em outubro de 1973 - há 35 anos - nos porões do DOI-CODI de Recife. O pedido foi requerido pela jornalista baiana Mariluce Moura, companheira de Gildo, e pela filha do casal, Tessa Moura. Em nome do Estado brasileiro, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abraão, pediu desculpas à família pelo sofrimento causado. Com nome falso, Cássio, Gildo Lacerda foi preso em Salvador, onde vivia clandestinamente (e trabalhou no Jornal da Bahia). Morreu sob tortura, e seu corpo, enterrado em cova rasa, nunca foi devolvido à família.

NOTA DESTE BLOG - E é a estes assassinos psicopatas que o ministro Gilmar Mendes, do STF, quer beneficiar com a Lei da Anistia. Violações contra os direitos humanos como estas são imprescritíveis. A humanidade não pode esquecer.

 

Médico, político e multibilionário, gostava de jovens virgens e pagava à vista

A história de vida de Dr. Antônio Luciano Pereira Filho, médico, banqueiro, industrial, deputado federal (PSD), morto em 1990, dá filme. Dr. Luciano foi o homem mais rico de Minas Gerais. Deixou um patrimônio de US$ 3 bilhões de dólares, 12 empresas, 40 mil imóveis em Belo Horizonte, onde era dono de todos os cinemas, 600 fazendas, 240 mil cabeças de gado, três hotéis de luxo, três pequenos aviões.

Dr Luciano tinha uma mania. Gostava de meninas virgens, pobres e as seduzia por dinheiro. Pagava à vista. Sua fortuna foi dividida entre 38 filhos de 25 mulheres diferentes. Apenas três eram legítimos, filhos de D. Clara Catta Preta, tradicional família mineira. O problema é que apareceram mais 20 herdeiros com exame positivo de DNA e o inventário emperrou. E olhe que um filho que teve com a própria filha não entrou no inventário.

Dr. Luciano foi tão poderoso que fez por conta própria uma transposição das águas do rio São Francisco de 7 km de extensão, para irrigar seus canaviais. O desvio do leito do rio só foi descoberto há poucos meses, por técnicos do Ministério da Integração Nacional que preparavam uma viagem do ministro Geddel Vieira Lima.

A ardente vida amorosa do bilionário mineiro faz do falecido ACM um recatado cidadão. Também há disputa na partilha de seus bens. Partindo também da Medicina amealhou fortuna por outros meios, inclusive uma rede de comunicação completa com jornal, TVs e rádio. Mas, no quesito sexual, o falecido senador se contentou em se servir da filha de 20 anos de um juiz, como é de conhecimento público.

5 de novembro de 2008

 

A Folha inverte o sentido dos fatos e desinforma sobre o programa “Luz Para Todos”

O jornalista e professor (USP) Bernardo Kucinsky mostra como a Folha de S. Paulo torce os fatos. Ele analisa a manchete do dia 30 de outubro de 2008: “Luz para todos não cumpre a meta de dois milhões”. O jornalão ilustra a matéria com uma foto do Congresso Nacional na escuridão. Com uma ilustração que nada tem a ver com a história, o jornal chama de fracassado um programa que os próprios números da reportagem revelam estar sendo um dos maiores sucessos do Governo Lula. A Folha acha que somos todos idiotas.

O Luz para Todos atingiu, até a semana anterior à publicação da matéria, nada menos que 1,744 milhão de famílias. São famílias, por definição, localizadas em regiões remotas, pequenos vilarejos que as concessionárias não serviam por não ser econômico. Mesmo se ficasse só nisso, já seria um feito excepcional. Não só pelo número absoluto de famílias e comunidades beneficiadas, mas também pelo fato de quase 90% da meta ter sido alcançada - meta essa que já era bastante ambiciosa.

A deformação foi tão grande que o jornal escondeu a lembrança de que o ano ainda não terminou. Só lá em baixo, no pé da reportagem, separada propositalmente do argumento principal da narrativa, está a informação de que já há mais R$ 13 bilhões em contratos fechados, sendo R$ 9,4 bilhões do governo federal, R$ 1,6 bilhão dos governos estaduais e R$ 1,9 bilhão das concessionárias. O sucesso é tanto que o Ministério de Minas e Energia já pensa em ampliar a meta em mais 1,1 milhão de famílias entre 2009 e 2010.

LEIA NA ÍNTEGRA E SE IRRITE COM A FOLHA

 

Um espião da CIA disfarçado de jornalista no Brasil

Larry Rother é um jornalista americano infiltrado no Brasil, o mesmo que um espião da CIA infiltrado no jornalismo. É um perfil clássico do agente da CIA na América Latina. Eles se disfarçam de consultores e diplomatas nas embaixadas ou de jornalistas. Geralmente se casam com brasileiras para legalizar a estadia. Larry Rother é muito conhecido por suas trapalhadas. Numa delas, fez uma reportagem sobre obesidade entre os brasileiros para seu jornal, o New York Times, e ilustrou a matéria com fotos de turistas tchecas gordinhas nas praias do Rio de Janeiro.

Agora, ele juntou todas as trapalhadas e publicou um livro chamado “Deu no New York Times”. O livro ganhou desproporcionais oito páginas na revista Veja. E por que isso? Porque recupera ataques ao presidente Lula e a várias autoridades brasileiras. Uma das tarefas da CIA é tentar desmoralizar os governantes latino-americanos como preparação para intervenções brancas, ou não. As fotos que ilustram as “matérias” na revista Veja são sintomáticas: o presidente Lula com cara de bêbado numa festa da cerveja, o rosto sombrio de Márcio Thomaz Bastos, Marco Aurélio Garcia chamado de trapalhão, um Antônio Palocci com o olhar vesgo envolvido em supostos crimes, mais uma tentativa de desmoralizar o deputado José Genoíno “que teria falado” na tortura e até outra tentativa de desacreditar a obra e a pessoa do arquiteto (comunista) Oscar Niemeyer.

As fotos da revista Veja correspondem ao conteúdo dos textos de Larry Rother levados às páginas do New York Times. Do ponto de vista político são visceralmente antipetistas e antilulistas. A revista Veja quer transformar o espião da CIA em vítima. É que a sociedade brasileira se manifestou a favor da expulsão do agente secreto disfarçado de jornalista quando ele atacou o presidente Lula. O agente transformou um simples hábito de beber do presidente-operário num perfil de um presidente com “problemas” com a bebida. O agente foi salvo pelo Poder Judiciário que nós sabemos como funciona no Brasil.

O jornalista Larry Rother ficou tão famoso com seus ataques à cultura e à política brasileiras que passou a disputar celebridade com outro colega seu do New Iork Times, Jayson Blair, que publicou durante anos matérias inventadas e acabou desmascarado em 2003. Contra Larry Rother pesam acusações sérias, como a de abusar sexualmente de índiazinhas na Amazônia e participar da conspiração para derrubar o presidente Hugo Chávez, da Venezuela, que era acusado de beber “mais que o presidente Lula”.

Como porta-voz da direita radical e golpista no Brasil, a revista Veja (na edição datada de 05.11) não somente abre espaço para a propaganda anti-Brasil do agente Larry Rother (com direito a chamada de primeira página), como também publica trecho do livro em seu site. Um lixo. Acho que ele voltou para casa. Não deixou saudades.

4 de novembro de 2008

 

O cinismo macabro da oposição ao Governo Lula

Desde que a crise financeira internacional se instalou o governo brasileiro reagiu prontamente. No geral, as medidas foram saudadas com entusiasmo pelo setor industrial. A “Carta do IEDI” analisou as medidas com lucidez. Também o sistema bancário reagiu positivamente às medidas governamentais.

Entretanto, se o caro amigo pretende se informar sobre a política econômica recomenda-se consultar o Diário Oficial da União (DOU), buscar a informação diretamente nas fontes, pois a grande mídia, em geral, tem se prestado a confundir a opinião pública, com o único propósito de desqualificar a ação das autoridades econômicas.

A mídia executa uma estratégia de desmoralização, faz alusões ligeiras, imputa afirmações falsas. A mídia desenha um perfil de autoridades vacilantes, omissas e levianas. Quer provocar um clima de desconfiança contra o governo.

A grande mídia não se conforma em ver o Brasil de Lula preparado para enfrentar a crise. São os golpistas de sempre. Total desfaçatez e absoluta falta de princípios na mídia. Há jornais que publicam editoriais de um cinismo macabro. Eles falam até numa suposta “gastança”. Não admitem que poucos países no mundo se encontram em posição tão sólida como o Brasil.

Leia a crítica do jornalista, advogado e deputado Rui Falcão (PT-SP)

 

Solidariedade a Mário Kertész, o grampeado

Está virando motivo de grande gozação na cidade. O radialista Mário Kertész está divulgando que foi grampeado pelo PT. O deputado Heraldo Rocha (ex-PFL) pediu uma “investigação profunda” na Assembléia Legislativa da Bahia. Seu pedido foi reforçado pelo líder do DEM na Assembléia, deputado Gildásio Penedo. Só pode ser gozação.

O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Paulo Rangel, ironizou a denúncia feita pelo deputado Heraldo Rocha (DEM). “Nós acabamos de ouvir uma fala aqui talvez de um dos deputados que mais entendam de grampo nesta Casa. Um deputado que acabou com uma CPI sobre os grampos em apenas 40 segundos”. Ele se referia ao abafamento de uma CPI para apurar os grampos ordenados pelo falecido ACM e executados por conhecidos delegados. Daí o apelido de ACM Neto, o grampinho.

Na Bahia, todo mundo sabe quem entende de grampo. Como o deputado Paulo Rangel, “quero me solidarizar com o radialista Mário Kértesz, porque não tivemos a oportunidade de limpar a Polícia Civil do jeito que deveríamos. Não parte do nosso governo. Não parte de nenhum senador nosso. Nenhum deputado de nosso partido tem autorização para grampear qualquer cidadão”.

Inventa outra Marão!

 

Comissão de Anistia declara Gildo Lacerda anistiado político

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu, nesta quinta-feira (23), a anistia ao ex-dirigente da Ação Popular (AP), Gildo Lacerda, torturado e assassinado em outubro de 1973 – há 35 anos – nos porões do DOI-CODI de Recife. O pedido foi requerido pela jornalista baiana Mariluce Moura, companheira de Gildo Lacerda e pela filha do casal, Tessa Moura. Em nome do Estado brasileiro, o presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrahão, pediu desculpas à família por todo o sofrimento causado.

Hoje, o ex-secretário Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, me telefonou informando sobre a reunião de quinta-feira da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça. Ele esteve presente ao ato que reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro na tortura e assassinato de Gildo Lacerda pelos monstros morais do Exército Brasileiro em tempo de ditadura. Mariluce Moura, na petição inicial, não solicitou indenização pecuniária, mas, foi convencida por Nilmário Miranda a fazer um aditamento requerendo o direito.

Eu fui a última pessoa a ver Gildo Lacerda com vida. Estávamos presos no Quartel do Barbalho em Salvador. Éramos torturados no refeitório dos oficiais do Exército com um rádio ligado ao volume máximo. Gildo Lacerda foi transferido para a sede do DOI-CODI em Recife, onde foi barbaramente torturado e assassinado. Seu corpo enterrado em cova rasa nunca foi devolvido à família.

A imprensa brasileira até agora (04.11) não deu um registro sequer sobre a anistia a Gildo Lacerda.

LEIA ABAIXO NOTA SOBRE MORTE DE GILDO LACERDA

 

Agente provocador da Receita Federal tentou constranger o governador da Bahia

Algum agente provocador da Receita Federal decidiu constranger o governador Jaques Wagner, em sua chegada ao Aeroporto Internacional de Salvador, ao retornar da viagem aos EUA para inauguração da linha Miami-Salvador.

O governador deixou na sala VIP seus convidados, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, o governador de Sergipe, Marcelo deda e diretores da American Airlines e foi atender a fiscalização.

O agente provocador da Receita Federal afirmava que havia um notebook na mala do governador da Bahia. A mala foi aberta na presença de Jaques Wagner e não havia nenhum notebook.

O que devia ser apenas uma grande festa transformou-se em motivo de aborrecimento. A Receita Federal precisa apurar essa sacanagem. Quem foi o moleque que decidiu constranger o governador da Bahia?

NOTA DA REDAÇÃO - A fonte dessa nota é o site Bahia Negócios, de Geraldo Vilalva. Mas, depois soube que ele tirou a informação do site do Cláudio Humberto. Sinto informar que tem 99% de chance de ser mentira.

3 de novembro de 2008

 

Paulistas (ou serão baianos?) vão ver Riachão no Sesc Pompéia

Riachão vai sambar nos dias 7 e 8 de novembro (sexta e sábado) no palco do SESC Pompéia, às 21h. Vale como aniversário, já que ele faz 87 anos no dia 14 de novembro. E vai cantar ao lado de outros nomes expressivos do samba baiano: Mariene de Castro, Nelson Rufino e Roberto Mendes.

Será a primeira vez que Riachão vai cantar em São Paulo, depois da tragédia em que ele perdeu a mulher, dois filhos, genro e cunhada em desastre de automóvel no Rio de Janeiro.

Clementino Rodrigues no Garcia, em Salvador e tem um modo especial de compor suas músicas, assim como quem faz uma crônica. São letras irreverentes, com baianas, malandros e capoeiristas atrevidos. Muita coisa da antiga Salvador que nem existe mais.

Foi o primeiro compositor baiano a ser gravado no Rio, após Dorival Caymmi, ainda nos anos 50. “Meu patrão”, “Saia rota” e “Judas traidor” foram músicas interpretadas por Jackson do Pandeiro

Nos anos 70, em plena ditadura militar, Riachão teve um samba proibido pela censura. “Barriga vazia” era o nome cuja letra falava de miséria: “Eu de fome vou morrer primeiro/você, de barriga cheia, também vai morrer um dia”.

Já vi o filme “Samba Riachão” de Jorge Alfredo. É uma viagem. Entre seus sucessos incluem-se “O samba da Bahia” (1973, com Batatinha e Panela); “Sonho de malandro” (1981); Humanonechum (2000). Não se pode esquecer “Cada macaco no seu galho”, gravada por Caetano e “Vá morar com o diabo”, gravada por Cássia Eller.

Os paulistas vão assistir o projeto “Bahia de todos os sambas”. Aí tem partido alto, samba de coco, samba canção e samba do Recôncavo.

Fonte: Blog balaio do Kotscho

 

Taxista desinformado prega volta ao passado na Rádio Metrópole

A Rádio Metrópole abre seus microfones para todo tipo de reclamação popular. É um bom serviço público. O diabo é quando os saudosos das trambicagens do carlismo se manifestam. Outro dia, um suposto taxista (anônimo) reclamava da suspensão do financiamento de táxis pela Desenbahia e terminava o choro com uma exclamação: ah! Que saudade de ACM.

Então fui conferir. O Protáxi nasceu quando o carlismo dominava o extinto Desenbanco, em 1994. Neste ano financiou 740 taxistas. No ano 2000 não passou de 316 táxis. Nunca financiou mais de mil táxis por ano. Em 2008, o Protáxi financiou 1.511 taxistas, mais que o dobro de seu primeiro ano. No passado, a burocracia era tanta que sobravam recursos. Agora, com a agilização da papelada, a demanda é logo atendida antes do final do ano. Todo o orçado é gasto.

Neste ano, em outubro todas as solicitações pertinentes foram atendidas. Os financiamentos realmente só voltam em janeiro de 2009. Por motivos que não remetem a saudade nenhuma de ACM:

1) As montadoras provocaram uma retração na oferta com férias coletivas. Sem veiculo, de nada adianta financiamento.

2) Como são recursos do Orçamento do Estado ocorreu o esgotamento da verba, pelo atendimento agilizado de todas as solicitações.

3) Como é dinheiro público, oriundo do Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (Fundese), o capital precisa ser retroalimentado pelo pagamento das parcelas dos financiamentos, por força legal.

Não há porque sentir saudades de ACM, a não ser da parte de uma pequena patota que financiava e não pagava, mesmo com os juros subsidiados pelo governo.

 

Governo Lula beneficia Salvador com programa “Medicamento em Casa”

Não há risco de não dar certo. Mesmo em fase piloto, o projeto “Medicamento em Casa” não depende em nada da prefeitura municipal de Salvador. O objetivo é garantir acesso da população baiana a medicamentos essenciais. Trata-se de uma parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) do governo Wagner e o Ministério da Saúde do Governo Lula. Com este programa, os portadores de doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes, são assistidos pelo SUS e recebem remédios contínuos em casa.

O projeto-piloto do “Medicamento em Casa” está sendo executado em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Teixeira de Freitas, beneficiando 113 pacientes. A meta inicial é atender 10 mil pacientes em mais 10 municípios baianos. Hipertensão e diabetes são patologias que mais matam no país. A meta geral é chegar a 100 municípios baianos até 2010.

Como disse, não há risco de não dar certo. O programa “Medicamento em Casa” passa longe da gestão do prefeito João Henrique (PMDB).

 

Há 35 anos os malditos torturaram e mataram Gildo Lacerda

Não dá para esquecer aquele 22 de outubro de 1973. Os malditos me prenderam em casa e me levaram para a sede da Polícia Federal, em Salvador. Ali me encontrei com muitos amigos, entre eles, a jornalista Mariluce Moura e seu companheiro Gildo Lacerda. Ela estava grávida de 2 meses. Eu e Gildo Lacerda fomos levados para o Quartel do Barbalho. Fomos torturados com choques elétricos durante dias seguidos.

Do Quartel do Barbalho, Gildo Lacerda foi levado para o DOI-CODI do Recife, onde foi brutalmente assassinado. Era o dia 28 de outubro de 1973. Nesse dia, um torturador me disse durante a sessão de espancamento, com o rosto coberto por um capuz, que Gildo “já era”. No dia 1º de novembro, Cid Moreira anunciava no Jornal Nacional, com a maior seriedade, que José Carlos Novaes da Mata Machado e Gildo Lacerda tinham sido mortos a tiros por um homem alto e louro. Era a descrição de Paulo Stuart Wright, outro dirigente da Ação Popular, assassinado na tortura. O corpo de Gildo Lacerda nunca foi devolvido à família.

Da minha cela, no Quartel do Barbalho, via Gildo sendo empurrado com violência em direção ao refeitório dos oficiais. Ele estava com o pé inflamado, arrastava a perna. Quando ele voltava da sessão de tortura, eu era levado. Foi a última vez que vi Gildo Lacerda.

Entrei e sai daquele inferno sem ver a cara dos torturadores. Quando eu estava sem capuz eles estavam encapuzados. Vi tanta barbaridade que nunca me senti com disposição para reivindicar compensação por meus direitos violados, nem mesmo pelos seis meses de prisão na Penintenciária de Linhares.

Mas, estou começando a rever minha atitude. Não dá para esquecer.

 

O Brasil precisa derrubar a ditadura da mídia

Em seu blog Conversa Afiada, o jornalista Paulo Henrique Amorim postou uma mensagem permanente: em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.

Estamos numa ditadura da mídia. O Brasil é a única democracia do mundo que tem três jornais – Globo, Folha e Estado -, uma rede de TV com 50% da audiência e 70% da publicidade, e uma revista fascista como a Veja com tanto faturamento.
O professor Venício Lima tem um livro intitulado “A mídia e as eleições de 2006” que explica como essa ditadura da mídia tem efeitos perniciosos.

Esperem só para ver o que essa ditadura da mídia fez com as eleições de 2008. A mídia conservadora toma partido, faz política, oposição ao governo Lula, manipula as pesquisas de intenção de voto.

O Brasil ainda não resolveu o problema da democratização da comunicação. A ditadura da mídia continua a ser questão central na aleijadinha democracia brasileira. E não é uma coisa que um partido só possa resolver. Não me venham culpar o presidente Lula. É como a campanha das Diretas Já. A Nação tem que se mobilizar.

2 de novembro de 2008

 

Emiliano lança livro sobre Victor Meyer, um revolucionário baiano

Autor de livros sobre Lamarca, Marighella e padre Renzo - o religioso que se solidarizava com os presos políticos da ditadura militar - o escritor e jornalista Emiliano José acaba de anunciar mais uma obra. Trata-se do terceiro volume de “Galeria F, Lembranças do Mar Cinzento”, com o resgate da memória de “Victor Meyer, um revolucionário”, pela Caros Amigos Editora. Com prefácio do ex-secretário Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, a obra traça o perfil de Victor Meyer, um revolucionário baiano que militava na organização clandestina Política Operária – Polop, uma corrente de esquerda que denunciava o stalinismo hegemônico nas esquerdas brasileiras.

O lançamento de "Victor Meyer, um revolucionário" será no próximo dia 21 de novembro, uma sexta-feira, às 18h, no espaço do Memorial da Câmara Municipal de Salvador, localizado no sub-solo da prefeitura municipal. Victor Meyer faleceu precocemente, aos 52 anos, perdeu muitos amigos assassinados, mas, sobreviveu e tornou-se um acadêmico da Universidade Católica de Salvador e da UFBa. Como afirma Nilmário Miranda, também ele um ex-integrante da Polop, “foi um intelectual que nunca se prosternou ao deus dinheiro”. Em anexo, o livro se enriquece com o texto “Fragmentos de memória da Polop na Bahia”, da autoria do engenheiro Orlando Miranda.

Emiliano José afirma que ao ler alguns escritos de Victor Meyer “foi tomado pelo encanto, deslumbramento diante deles. Pela acuidade científica e pelo modo particular, sereno e terno de abordar alguns temas. Victor sabia tratar daqueles tempos de terror e de sombras com especial talento e sensibilidade”.

As memórias dos ex-integrantes da Polop revelam figuras conhecidas na Bahia como os irmãos Gustavo Falcon e Peri Falcon, os sindicalistas Olívia Braga e Ivan Braga, João Henrique Coutinho, Orlando Miranda e Tânia Miranda entre outros. Também revelam as origens políticas de figuras nacionalmente conhecidas como Dilma Roussef, Marco Aurélio Garcia, Raul Pont, assim como de intelectuais influentes como Eder Sader, Emir Sader, Juarez Guimarães, Antônio Risério, Jorge Nóvoa, Moniz Bandeira, para citar algumas.

O livro de Emiliano redescobre a Polop, suas dissidências que optaram pela luta armada, até o embarque no Partido dos Trabalhadores (PT). Também revela as contribuições de Meyer à imprensa. Na Gazeta Mercantil desenvolveu críticas à reforma da Previdência, teorizou sobre o domínio do capital fictício, revelou a subordinação do Estado à lógica rentista e a redução dos mecanismos de autodefesa dos estados capitalistas. Na revista da Universidade Estadual de Feira de Santana, em 1997, discute a internacionalização dos bancos brasileiros. Segundo Emiliano, Meyer deixou um grande legado teórico.

 

Desembargadores sob suspeita de venda de sentenças

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar as suspeitas de envolvimento de magistrados na máfia da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia, denunciada na Operação Janus, tocada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPE). O pedido foi feito pelo ministro Gilson Gipp, corregedor Nacional de Justiça, junto à 2a. Vara Especializada Criminal de Salvador, onde se encontra o processo. Um pedido de investigação havia sido negado no Superior Tribunal de Justiça, sob a alegação de falta de provas. Mas há informações de que o CNJ teria recebido cópia do relatório completo da Operação Janus, motivo porque decidiu apurar as suspeitas na Bahia. A coisa é feia.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?