25 de novembro de 2006

 

Blogosfera lulista versus jornalismo de insulto

Caia Fittipaldi é pesquisadora da USP. Com o título “A blogosfera lulista e a reeleição do presidente” ela publica ensaio sobre o papel importante que a militância exerceu na campanha eleitoral pela Internet. Aborda também o papel decisivo da trapaça da Rede Globo para impor ao país o segundo turno. A notícia virou, mais que nunca, objeto cenográfico. “Jornalismo de insulto” é o termo de Luis Nassif, recuperado por ela, para explicar o espantoso noticiário dos jornalões, colunistas dublês de marqueteiros, reproduzidos pela Rede Globo contra o presidente Lula. Caia Fittipaldi aprofunda a reflexão sobre a ação dos internautas militantes lulistas (blogosfera lulista) que enfrentaram bravamente a mídia.

Ela propõe pensar sobre a blogosfera lulista, para se começar a entender melhor o campo e os personagens deste importante diálogo político de confrontação social radicalmente democrática, que está sendo construído no Brasil. Este confronto democrático está sendo operado por multidões de bravos guerreiros e seus teclados pessoais e domésticos. E sem nenhuma ou pouquíssima repercussão nos jornalões e na TV, claro.

A Internet já afetou a democracia no mundo. No Brasil, afetou a democracia para melhor. É evidente que os veículos de comunicação que se construíram ao longos dos últimos 50 anos não são democráticos, nem jamais visaram a qualquer aperfeiçoamento da democracia. São muito ruins. A Internet dá voz e palavra aos cidadãos-eleitores. A enganação que sempre nos chegou pela TV e jornais vai sendo substituída por novos espaços, novos discursos. Caia Fittipaldi viaja. Vai a Marx, Gutemberg e a Paul Virilio, um crítico pessimista da Internet e da sociedade internética, para fundamentar explicações.

A íntegra do texto está em www.emilianojose.com.br

Reproduzido de ABCDmaior

24 de novembro de 2006

 

Jornal Nacional está sob suspeita

Alguns orkuteiros bem-intencionados ensaiaram fazer campanha junto ao Unibanco, para questionar o patrocínio ao JN da Rede Globo, que tanta desinformação está fazendo descer pela goela abaixo dos brasileiros. Principalmente contra o PT e o Governo Lula. O mesmo movimento foi ensaiado em torno do Sul América Seguros que financiava o podcast do Diogo Mainardi, da revista Veja. É inútil. Jorge Konder Bornhausen é banqueiro e tem muitas ações no Unibanco. Seu irmão, Roberto Konder, é presidente do Conselho de Administração do Unibanco Holding S.A. Há uma estreita vinculação entre o PFL/PSDB e o jornalismo partidarizado do Jornal Nacional. É a nossa “imprensa livre”.

 

Com porta de saída, ou não, viva o Bolsa Família

Não me canso de repetir: apoio Lula por causa de sua política assistencialista. Dos 190 milhões de brasileiros, 70% sobrevivem com renda mensal inferior a dois salários mínimos. Não é possível, em sã consciência, ser contra os programas sociais do Governo Lula. Se isso é populismo, sou populista.

As mais recentes críticas da Igreja Católica ao Bolsa Família soam como pura hipocrisia. Não exijo sequer que o governo Lula aponte necessariamente as “portas de saída” para os beneficiários do Bolsa Família. Desde que me entendo por gente, políticos, partidos, economistas e burocratas pregam um desenvolvimento que nunca chega.

Antes de Lula, os excluídos passavam fome enquanto as elites pesquisavam e debatiam. Depois de Lula, grande parte dos excluídos é socorrida enquanto as elites debatem e pesquisam. É óbvio que o objetivo é praticar uma política pública que gere renda, segundo a esquerda. Ou que o mercado produza riquezas, segundo a direita. O que não é mais possível é admitir a fome. Lula não admite a fome. Apoio Lula.

Em artigo recente intitulado O Mendigo da Esquina, Frei Betto lembra que o Estado burguês acolhe o pobre como cidadão e reconhece todo os seus direitos. Nenhum bispo da CNBB jamais admitirá que o mendigo da esquina não tenha direito à saúde, à educação, ao trabalho e à moradia.

Mas o fato é que o Estado burguês abandona o pobre na vida real e não lhe assegura acesso a esses direitos elementares. Trágico é que este mesmo Estado não perde de vista o pobre com seu braço repressivo. Se violar a lei será punido. Na verdade, o Estado só tem olhos para os ricos.

O Brasil precisa injetar na Saúde os R$ 70 bilhões anuais previstos na Constituição e 5% do PIB na educação. O Brasil precisa incrementar seu Plano Nacional da Reforma Agrária, dar terra para quem trabalha, fortalecer a agricultura familiar, criar empregos. Mas, enquanto tudo isso não vem, fome nunca mais. Com porta de saída ou não viva o Bolsa Família e os padres de barriga cheia da CNBB que se danem.

23 de novembro de 2006

 

PFL está sabotando o Bolsa Família, por cima, no Senado e, por baixo, nas prefeituras

O PFL está tentando destruir o programa Bolsa Família em duas frentes. Uma por cima, outra por baixo. Por cima, o PFL aprova no Senado um inviável 13º salário para os beneficiários do programa, o que custaria aos cofres públicos cerca de R$ 700 milhões. É inconstitucional pagar 13º salário a beneficiários de programas sociais. Trata-se apenas de mais uma demagogia dos senadores do PFL, tendo à frente o carcomido ACM.

Por baixo, prefeitos do PFL continuam fraudulentamente incluindo seus parentes na relação de beneficiários. A mais recente denúncia feita pelo jornal A Tarde revela que Reinaldo Oliveira, prefeito de Quijingue, do PFL , eleitor de ACM e Paulo Souto, incluiu sua neta e sua nora na relação do Bolsa Família. A mãe da “criança necessitada”, Chiara Santana Ferreira, é casada com Eduilson Oliveira, filho do prefeito.

Há também na relação do Bolsa Família de Quijingue o nome de Suzimare Andrade, funcionária municipal, mulher do comerciante Rogério Matos, dono da Rocas Auto Peças. “A necessitada” acaba de concluir o curso de Direito em Aracaju. As informações foram passadas ao jornal A Tarde pela ONG Sociedade Livre, mas estão expostas no site da CEF e do Fome Zero. Essa gente precisa ser presa, artigo 171.

A fiscalização pela sociedade e imprensa é o único caminho para salvar o Bolsa Família do PFL. A sociedade organizada e a imprensa deveriam também esclarecer à opinião pública que é inconstitucional, por não ter natureza trabalhista, a concessão de 13% para beneficiários de programas sociais. Pura safadeza.

O Bolsa Família está sendo sabotado, pelo PFL. E os padres da CNBB estão sendo cúmplices desta tramóia. Deus não há de permitir tamanha injustiça.

Pelo PT, os recursos do Bolsa Família devem aumentar no Orçamento de 2007.

22 de novembro de 2006

 

PT expulsa mafioso, falta PFL expulsar os seus

O empresário Valdebran Padilha, um dos envolvidos no caso do dossiê com informações ligando o ex-ministro José Serra (PSDB) à máfia dos sanguessugas, foi expulso do PT no último sábado (18). A decisão partiu do Diretório Municipal do PT de Cuiabá (MT), ao qual Padilha era filiado desde setembro de 2004. Votaram pelo afastamento 35 dos 37 membros do diretório. Duas abstenções.

Agora, a sociedade brasileira aguarda com ansiedade a expulsão das fileiras do PFL do senador ACM, envolvido em tudo que tem de falcatrua na Bahia e no Brasil. Da violação do painel do Senado à apropriação de dois portos na Baía de Aratu. Também aguarda-se a expulsão do PFL do ex-deputado Coriolano Sales, aquele que renunciou por envolvimento com a mesma máfia dos sanguessugas.

 

Frente PPS/PFL escolhe Petrobras como a próxima vítima

Derrotado nas urnas, dirigente fracassado do PPS, Roberto Freire acaba de juntar os trapos com o PMN e o PHS, criando um “novo” partido chamado Mobilização Democrática (MD). Também junta-se novamente ao PFL para fazer oposição ao segundo mandato do presidente Lula.

Para inaugurar o “novo” partido escolheu a Petrobrás como alvo. Plantou reportagem sobre supostas irregularidades com as verbas sociais da Petrobrás no jornal O Globo e a Agência Globo se encarregou de espalhar o assunto pelo Brasil. Depois da armação na mídia faz um pronunciamento propondo a fiscalização da Petrobrás.

A tática é velha. No Senado, imediatamente seu parceiro ACM fez coro. O derrotado senador baiano, desequilibrado como sempre, chegou a falar em “utilização” da Petrobrás como “aparelho partidário”. Como a idéia do Roberto Buzato da OAB, do golpe branco pelo impeachment não deu certo, a articulação PPS/PFL parte para o ataque à Petrobrás.

Engraçado é que o senador ACM, proprietário da TV Bahia filiada à Rede Globo, fala que “o povo está anestesiado pela propaganda oficial” que, normalmente, é veiculada pela Rede Globo. Tanto a TV Bahia e a Rede Globo deveriam recusar a propaganda oficial para não ajudarem na “anestesia” ao povo brasileiro.

Também acho que a Petrobrás deve ser fiscalizada, tudo deve ser fiscalizado, a começar das verbas repassadas pela Petrobrás à Fundação Roberto Marinho. Sabe-se lá o que a Organização Globo estará fazendo com os recursos da Petrobrás?

21 de novembro de 2006

 

Todos que ofenderam Lula perderam nas eleições

Os campeões das ofensas pessoais nas campanhas eleitorais perderam no voto. O povo brasileiro rejeitou a tática da calúnia e da difamação.

O senador Arthur Virgilio (PSDB) conseguiu menos que 5% em sua campanha para governador do Amazonas. Lula teve 86,80% dos votos válidos no Amazonas

ACM, senador da Bahia (PFL) não elegeu seu candidato a senador (venceu João Durval), e nem para governador (venceu Jaques Wagner do PT em primeiro turno). Lula teve 78,08% dos votos válidos na Bahia

Eduardo Paes (PSDB) ficou em quinto lugar na eleição para governador do Rio de Janeiro. Lula teve 69,69% dos votos válidos no Rio.

Heloisa Helena (PSOL – Alagoas) teve 6% de votos no primeiro turno. O presidente Lula se elegeu com 61,45% dos votos válidos em Alagoas.

Garibaldi Alves (PMDB) não se elegeu governador do Rio Grande do Norte e os votos do presidente Lula foram a 69,73%.

Moroni Torgan (PFL) perdeu a vaga no Senado, no Ceará, para Inácio Arruda (PC do B), e Lula teve 82,38% dos votos válidos.

De presente, em 2007, o Brasil e Congresso Nacional vão se ver livre de:

Jorge "este raça" Bornhausen
José “apagão” Jorge
Rodolfo Tourinho
Antero Paes de Barros
Juvêncio da Fonseca
Heloísa Helena
Deputada Zulaiê Cobra
Deputado Babá
Deputada Maninha
Pauderney Avelino

E ainda de:

Roberto Jefferson, cassado, e que não conseguiu eleger sua filha deputada pelo Rio de Janeiro, torrando aqueles 4 milhões de reais que ele alega ter "ganho" no suposto mensalão!!!

Deus é brasileiro.

19 de novembro de 2006

 

Governo Lula responde ao ataque da Igreja ao Bolsa Família. Fome nunca mais.

Quem fala o que quer, ouve o que não quer. O bispo católico Aldo Pagotto afirmou que o Bolsa Família “vicia” o cidadão. Esse era o mote usado pela campanha da direita contra Lula e o PT. O candidato Paulo Souto, do PFL baiano, entrou nessa e sifu. Dom Geraldo Majella vai pelo mesmo caminho.

Há da parte deles um profundo desconhecimento sobre o programa e um arraigado preconceito contra as famílias mais pobres nas declarações dos bispos. É um direito dos pobres a proteção contra a fome, ocasionada por nosso sistema econômico absurdamente injusto.

O Bolsa Família veio para acabar com a fome enquanto as elites políticas e religiosas debatem em assembléias gerais, parlamento e jornais qual o melhor caminho para o crescimento do país com a distribuição de renda que nunca vem.

A CNBB faz críticas, mas, não mostra pesquisas. O Ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, tem pesquisas e elas não apontam para o “vício” dito pelos padres. As pesquisas revelam que as famílias atendidas recuperam a auto-estima e buscam uma vida melhor, o que era impossível passando fome. A Igreja Católica precisa conhecer melhor a pobreza.

 

A moda agora é bater no Bolsa Família

Na campanha eleitoral, o candidato Paulo Souto, do PFL, bancou o bobo político e chegou a criticar o programa Bolsa Família, que transfere renda para famílias carentes, que passam fome. Deu no que deu, perdeu para Jaques Wagner, do PT, que se esforçava para vincular sua imagem ao Bolsa Família.

Passada a campanha, a Igreja Católica através da CNBB começa a bater no Bolsa Família. Padres e bispos não passam fome, como os ricaços do PFL, e podem se dar ao luxo de combater o programa de transferência de renda do Governo Lula.

Assim como o PFL perdeu votos, os padres da CNBB vão perder devotos.

O Bolsa Família é definitivo. Com o PT no poder a meta é fazer com que ninguém passe fome no Brasil. Os recursos orçamentários para os programas de transferência de renda vão aumentar. Não há caminho de volta, por mais que as elites religiosas e capitalistas forcem.

O Portal Terra agora edita uma entrevista com economista maluquete do PNUD que afirma que a prioridade é investir na água, não na fome. Este também não passa fome, não sabe o que é isso e fala bobagem. Não há contradição entre saneamento básico e proteção social contra a fome. É coisa de quem quer aparecer, ou está a serviço do radicalismo anti-povo do PFL ou dos padres reacionários.

O povo brasileiro decidiu que o Bolsa Família fica. Fome, nunca mais.

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