17 de março de 2011

 

Totalmente idiota o patrulhamento contra brilhante projeto cultural de Maria Bethânia

O cineasta Andrucha Waddington, diretor do projeto “O mundo precisa de poesia”, da cantora Maria Bethânia, considerou um “patrulhamento idiota” os ataques na mídia contra o projeto cultural. Em entrevista ao jornalista Cláudio Leal, na revista digital Terra Magazine, o cineasta esclarece tudo. Os incentivos à cultura são para todos. Afinal, quem colocaria dinheiro para fazer um produto com 365 vídeos de poesias? O projeto é excelente, e tem muita gente com inveja e má-fé. Leia matéria na íntegra:

Andrucha ataca "patrulhamento idiota" contra Maria Bethania

Claudio Leal

"É um patrulhamento idiota". Diretor do projeto "O mundo precisa de poesia", da cantora Maria Bethânia, o cineasta Andrucha Waddington reage, indignado e em voz alta, aos ataques à artista, que sofre críticas por ter conseguido a autorização do Ministério da Cultura (MinC) para arrecadar R$1,3 milhão através da lei de incentivo.
O debate sobre o blog esteve no topo dos assuntos mais comentados no Twitter, nesta quarta-feira (16), e abriu uma nova polêmica com o MinC.

"As leis de incentivo à cultura são para todos. Quem colocaria dinheiro para fazer um produto comercial com 365 vídeos de poesias? Esses projetos precisam de leis de incentivo è cultura, porque senão jamais serão feitos", argumenta Andrucha, em conversa com Terra Magazine. Sócio da Conspiração Filmes e diretor de "Eu Tu Eles", ele diz que cada vídeo custará R$ 3.562.

- É uma equipe que vai ter fotógrafo, produtor, maquiador, figurinista, equipamentos... Cada programa está custando R$ 3.562. São 365 programas. Um programa por dia. Trabalho de um ano. A gente vai produzir mais de 600 minutos - ou seja, o equivalente a cinco longas-metragens. No Brasil, um longa-metragem está custando entre quatro e sete, oito milhões de reais, tirando "Tropa de Elite" - afirma.
Para Andrucha, a mídia deveria falar justamente dos méritos do projeto. O cineasta insiste: há um patrulhamento contra a cantora.


- É um projeto absolutamente lindo, não entendo porque existe esse patrulhamento em cima de nomes como a Bethânia. Ela foi absolutamente atacada hoje por ser ter sido autorizada a captar (recursos) para um projeto do qual ela faz parte. Tem muita gente envolvida.

Ele afirma que não se trata apenas de "um blog". Haverá postagens no YouTube e a divulgação do material, de junho de 2011 a junho de 2012.

- Não vejo cabimento. Esse é um projeto que não tem caráter comercial, é absolutamente cultural. É ambicioso porque é um volume de conteúdo muito grande, para trazer pro público os maiores poetas de língua portuguesa.

Nos pequenos filmes, a cantora pretende misturar música e poesia, num prolongamento da turnê do espetáculo "Bethânia e as palavras", financiado pela Icatu Seguros.

Entre os autores selecionados, o padre Antônio Vieira, Cecília Meireles, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen, o moçambicano José Craveirinha, Ferreira Gullar e Caetano Veloso. Bethânia gravaria também canções como "Dança da Solidão", de Paulinho da Viola, e "Estranha forma de vida", de Amália Rodrigues.

Nas gravações de cerca de dois minutos, Andrucha usará a fita beta analógica. O roteirista do blog será o antropólogo Hermano Vianna, que participou da única incursão do compositor Caetano Veloso pela blogosfera, no "Obra em progresso", de 2008. Viana e Elias Andreato colaboram com a artista nos espetáculos poéticos.

"Bethânia e as palavras" - o gérmen do projeto polêmico - será apresentado em mais quatro capitais: Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Quem levar um livro em bom estado de conservação, terá direito a meia-entrada. As obras e 5% da renda serão doados para instituições de ensino. Há alguns anos, Bethânia realiza visitas a escolas públicas para recitar seus poetas preferidos e divulgar textos em língua portuguesa.

Fonte: Terra Magazine

 

Regulação da mídia pode proteger direito à liberdade de expressão, defende estudo da UNESCO

A regulação da mídia não se contrapõe à liberdade de expressão, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que divulgou quinta-feira (17) estudo sobre o papel da regulação do setor na consolidação das democracias e na garantia de acesso à informação.

“Um setor de radiodifusão sem regras específicas e exatas seria prejudicial à liberdade de expressão, a começar do aspecto técnico. É fundamental estabelecer critérios e condições para que as frequências sejam distribuídas de forma racional e equitativa, que as emissoras contempladas representem a diversidade da sociedade e possam operar sem interferências”, aponta o estudo “Liberdade de Expressão e Regulação da Radiodifusão”.

A Unesco defende a regulação dos serviços de rádio e TV para garantir a diversidade e o pluralismo, mas destaca a necessidade de independência dos órgãos reguladores para que o processo não sofra interferência política ou pressões comerciais.
Nesse contexto, cabe ao Estado criar condições para que os setores privado, público e comunitário tenham espaço para se desenvolver e para que não haja concentração ilegal que restrinja os direitos de telespectadores e ouvintes.

Em outro ensaio, a Unesco aponta a possibilidade de autorregulação do setor como uma alternativa ao controle do Estado, mas com algumas garantias para proteger a liberdade de expressão.

A proteção contra a interferência de governos e a melhoria dos padrões profissionais, estimulada pela concorrência, estão entre os aspectos positivos da regulação interna do setor, segundo o documento.

“No entanto, a autorregulação não é uma questão simples, pois impõe requisitos em todos os âmbitos das organizações de comunicação: aos jornalistas, aos seus editores e gestores, à abordagem na produção de conteúdo e ao comportamento geral da empresa”, diz um trecho do estudo “A Importância da Autorregulação da Mídia para a Defesa da Liberdade de Expressão”.

Para evitar que esse modelo de regulação sirva apenas aos interesses do mercado e das empresas de comunicação, os autores apontam a necessidade de haver obrigações transparentes de todos os atores do setor, focadas na proteção da liberdade de expressão. O cumprimento deve ser atestado publicamente, em relatórios “claros e objetivos” para que a sociedade faça parte do controle. (Agência Brasil).

 

I Encontro de Blogueiros pela Democratização da Mídia

Vem aí o I Encontro de Blogueiros pela Democratização da Mídia, programado para Fortaleza, nos dias 28 e 29 de maio. Grandes nomes da imprensa nacional e da política brasileira vão participar. Os debates vão girar em torno do marco regulatório da mídia, liberdade de imprensa para todos, banda larga, mídias alternativas, blogs, twitter, facebook, Orkut, sistemas e mídias digitais, mídia convencional.

Daniel Pearl, do Blog da Dilma, informa que Paulo Henrique Amorim, Geórgia Pinheiro, Franklin Martins, Luiza Erundina, Rachel Marques e Plínio Bortolotti estarão presentes. A entrada é franca. O evento é organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé – Núcleo Ceará e Revista Nordeste. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail blogdadilma13@gmail.com ou pelo fone 85 96207430, falar com Daniel.

16 de março de 2011

 

Em Carta Capital, Emiliano (pt-ba) defende a regulação da mídia pelo estado democrático de direito

O artigo do deputado federal Emiliano José (PT-BA) sob o título “A mídia na ordem do dia” foi publicado originalmente no site CONVERSA AFIADA, do jornalista Paulo Henrique Amorim.

Mas, a revista Carta Capital, do admirável jornalista Mino Carta, decidiu editá-lo, obviamente pela importância política do texto.

Emiliano defende a regulação dos meios de comunicação. E o faz como cidadão, militante, jornalista, professor de Comunicação por 25 anos e, agora, como deputado federal destacado pela liderança do PT para articular a “Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação”.

"Não há Estado contemporâneo que não se preocupe com a regulação dos meios de comunicação. Como são essenciais à construção cotidiana da democracia, os meios audiovisuais têm que ser regulados pelo Estado de Direito democrático, como ocorre nos países de democracia considerada avançada.

Curioso é que no Brasil quando se fala em regulação, alguns meios sentem-se agredidos, como se isso não fosse próprio do Estado democrático, como se isso não ocorresse em nações civilizadas e de democracias muito mais longevas do que as nossas. É que o uso do cachimbo faz a boca torta.

As poucas famílias que controlam nossa mídia considerada hegemônica acostumaram-se com uma regulação completamente anacrônica, defasada, sem qualquer conexão com a contemporaneidade, uma legislação inteiramente desconectada de uma sociedade midiatizada e que, por isso mesmo, não pode ficar à mercê da boa ou má vontade dos controladores privados dos meios audiovisuais.

Uma sociedade midiática, onde os meios audiovisuais são impressionantemente majoritários, e invadem, para o mal ou para o bem, todas as classes sociais e todas as idades, não pode prescindir de uma legislação que dê conta de todas as novas e impressionantes singularidades desse admirável mundo novo. Que regule esse mundo".

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTA CAPITAL

 

No site CONVERSA AFIADA, Emiliano (PT-BA) defende a Ley de Medios, como diz Paulo Henrique Amorim

O jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim postou em seu portal CONVERSA AFIADA artigo do deputado federal Emiliano José (PT-BA) intitulado “A mídia na ordem do dia”. Na apresentação, Paulo Henrique Amorim elogia Emiliano e debocha (e bote deboche nisso) do deputado Antonio Palocci (PT-SP), a quem chama de Tony Palocci, “colonista da Globo e defensor da ALCA”. Esse Paulo Henrique Amorim é fogo...

Segue o texto do CONVERSA AFIADA:

O Conversa Afiada publica artigo (excelente) que o bravo jornalista e deputado pelo PT da Bahia, Emiliano José, escreveu por encomenda deste ansioso blog, ao saber que o líder do partido, Paulo Teixeira, o tinha designado para cuidar da Ley de Medios.

Emiliano, uma pessoa educada, não faz referência ao Tony Palocci.

Quem faz é este ansioso blogueiro.

Porque Tony, defensor da ALCA, é colonista (*) licenciado do Globo, e, segundo a presidenta, foi quem salvou a Globo de uma concordata.

Vamos ao bravo Emiliano:


A mídia na ordem do dia

Emiliano José*

Os últimos anos têm sido pródigos em mudanças no Brasil. E elas ocorrem não aos saltos, mas por força de uma nova hegemonia que se vai construindo, que se vai tecendo pouco a pouco, conquistando corações de mentes, e vão se desenvolvendo, sobretudo, depois que o presidente Lula tomou posse em 2003. O que quer dizer que são resultado do milagre da política. Esta, no dizer de Hannah Arendt, é a única com possibilidades de produzir milagres, e certamente ela, ao dizer isso, não queria agredir aos homens e mulheres de fé, que não se discute.

Temos já outra Nação, com mais autonomia, com auto-estima elevada, exercendo a sua soberania, distribuindo renda, começando a enfrentar os nossos gigantescos problemas sociais. A presidenta Dilma dá sequência, com muito vigor, ao projeto iniciado em 2003, especialmente preocupada com o combate à pobreza extrema, ainda tão presente em nosso País. Ainda há muito que mudar. E cito problemas que teremos que enfrentar, como o da necessidade da reforma política e o da regulação dos meios de comunicação audiovisuais.

É especificamente sobre a regulação dos meios de comunicação que pretendo me debruçar nesse artigo. E o faço porque tenho me preocupado com isso desde há muito, dada a minha condição de cidadão, militante, jornalista e professor de Comunicação, e, também, pelo fato de o líder de minha bancada na Câmara Federal, deputado Paulo Teixeira, ter me destacado para contribuir na articulação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo direito à comunicação, ao lado de parlamentares de partidos diversos, entre os quais destaco a deputada Luiza Erundina, que sempre se dedicou à luta pela democratização da comunicação no Brasil.

Não é necessário estender-me muito para dizer da importância dos meios audiovisuais ou da mídia enquanto um todo, incluindo a impressa. Desde o seu surgimento em sua forma mais moderna, a imprensa ocupou um papel essencial na construção ou desconstrução de hegemonias políticas. E ocupou o centro também da construção de novas formas de convivência, de existência na humanidade. A mídia é construtora de uma nova sociabilidade. Por isso mesmo, não há Estado contemporâneo que não se preocupe com a regulação dos meios de comunicação, especialmente, nos tempos que vivemos, regulação dos meios de comunicação audiovisuais.

Como são essenciais à construção cotidiana da democracia, os meios audiovisuais têm que ser regulados pelo Estado de Direito democrático, como ocorre nos países de democracia considerada avançada. Curioso é que no Brasil quando se fala em regulação, alguns meios sentem-se agredidos, como se isso não fosse próprio do Estado democrático, como se isso não ocorresse em nações civilizadas e de democracias muito mais longevas do que as nossas. É que o uso do cachimbo faz a boca torta.

As poucas famílias que controlam nossa mídia considerada hegemônica acostumaram-se com uma regulação completamente anacrônica, defasada, sem qualquer conexão com a contemporaneidade, uma legislação inteiramente desconectada de uma sociedade midiatizada e que, por isso mesmo, não pode ficar à mercê da boa ou má vontade dos controladores privados dos meios audiovisuais. Uma sociedade midiática, onde os meios audiovisuais são impressionantemente majoritários, e invadem, para o mal ou para o bem, todas as classes sociais e todas as idades, não pode prescindir de uma legislação que dê conta de todas as novas e impressionantes singularidades desse admirável mundo novo. Que regule esse mundo.

Parece incrível, mas é verdadeiro: o Código Brasileiro de Telecomunicações, instituído pela Lei 4.117, é de 1962. Isso mesmo, não errei na data. É de quase meio século atrás. Quando, por exemplo, a televisão não era ainda o meio hegemônico. Quando as emissoras de rádio e os jornais tinham uma extraordinária importância. O Código sofreu alterações em 1967, sob a ditadura militar, e naturalmente para aplainar o caminho de uma sociedade que começaria a viver a idéia de um País em rede. No final de 1969, início dos anos 1970, surge a Rede Globo, alcançando todo o Brasil, para dar suporte político à ditadura, como todos o sabem.

Como um código desses pode dar conta dessa avassaladora presença dos meios audiovisuais, agora cada vez mais miniaturizados, concentrados em minúsculos aparelhos, admirável mundo novo da convergência digital, que pode chegar, de uma forma ou de outra, aos mais ricos e aos mais pobres, e cuja influência é gigantesca? Não pode mais. Decididamente, não pode.

Não se aceita mais que um País, com tamanha diversidade social, política e cultural, com tantas vozes e discursos, tão multifacetado, com uma cultura plural, riquíssima, se veja submetido a monopólios que insistem num pobre discurso único, de baixo nível. Democratizar a comunicação é respeitar a Constituição que veda monopólios. Democratizar a comunicação é dar voz a tantos atores sociais silenciados. Democratizar a comunicação é ampliar a propriedade dos meios para além dos monopólios. A democracia é que reclama isso.

O governo Lula, na reta final ano do segundo mandato, começou a discutir o problema. Teve a coragem de convocar a I Conferência Nacional de Comunicação. Isso mesmo, a primeira. E olhe que o Brasil realiza conferências populares uma atrás da outra. Mas a comunicação estava fora da agenda, não entrava na nossa pauta política. E, também, sob a direção do ex-ministro Franklin Martins, começou a elaborar um anteprojeto de regulação dos meios audiovisuais e o concluiu, deixando claro que não se iria tratar dos meios impressos. Esse anteprojeto está nas mãos do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações.

E esse novo marco regulatório, cujo conteúdo ainda não conheço, certamente terá que discutir a concentração dos meios de comunicação audiovisuais nas mãos de poucas famílias, a propriedade cruzada desses meios (ou seja, diferentes meios de comunicação nas mãos de um único grupo), o fato de tantos meios audiovisuais se encontrarem nas mãos de políticos, as dificuldades para a constituição de rádios e tevês comunitárias, a importância do fortalecimento de um setor público audiovisual a exemplo do que ocorre nos países mais desenvolvidos, a regulamentação dos artigos da Constituição que asseguram, por exemplo, o respeito aos direitos humanos e a obrigatoriedade da produção regional entre tantos outros temas. Uma discussão, como temos defendido no início das articulações para a constituição da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo direito à Comunicação, que conte com participação popular, com entidades que têm se dedicado a essa luta e à luta pelo respeito aos direitos humanos por parte dos meios audiovisuais, useiros e vezeiros em desrespeitar tais direitos.

Por ser um assunto maldito, que estava fora da pauta política, ainda há temor em tratar dele no Congresso Nacional, para além dos parlamentares eventualmente afinados com os lobbies dos monopólios. A bancada do meu partido, no entanto, estará firme nessa luta pela democratização dos meios de comunicação. E sei que bancadas como a do PSB, do PC do B, do PSol penso que também a do PDT, espero também que do PV e de outros partidos, deverão de dedicar a essa luta. Torço e luto para que toda a base aliada do Governo da presidenta Dilma se una em torno do novo marco regulatório quando ele chegar à Câmara Federal. Nossa bancada já está nessa luta. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

*jornalista, escritor, deputado federal (PT/BA)

Confira no portal CONVERSA AFIADA

 

PT unifica discurso sobre reforma política

Os líderes do PT na Câmara e no Senado, deputado Paulo Teixeira (SP) e senador Humberto Costa (PE), respectivamente, definiram em reunião ampliada (15) que o PT irá defender, tanto na Câmara quanto no Senado, as deliberações sobre a reforma política aprovadas no 3º Congresso Nacional do PT, em 2007.

Entre as propostas estão o financiamento público e exclusivo de campanha; o voto em lista pré-ordenada; a fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais com a adoção das federações partidárias.

Também presentes à reunião no Senado, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda e o Secretário-Geral do PT Nacional, Elói Pietá, além de representantes das comissões da reforma política da Câmara e do Senado. Todos concordaram com o rumo que será adotado pelo partido no debate da reforma política já instalado na Câmara e no Senado.

Entre outras propostas, ficou acertado que o PT irá buscar o apoio da sociedade civil organizada sobre essas questões. Para o líder Paulo Teixeira, "o PT deverá fazer uma interlocução com os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil organizada, além de outros partidos políticos, para viabilizar a reforma do sistema político brasileiro".

EMILIANO DEFENDE PARTICIPAÇÃO POPULAR

A criação da Comissão Especial na Câmara Federal para tratar da reforma política foi destacada pelo deputado Emiliano José (PT-BA) em discurso (15). “Esta Casa está debruçada sobre a reforma política. E essa pauta não é nova. Mas não houve uma disposição verdadeira de mexer em profundidade com esse vespeiro. E o chamamos vespeiro porque no momento da decisão todos parecem fugir do enfrentamento do problema”, criticou.

Ele explicou que a reforma política profunda que o PT defende deverá ter pontos como: financiamento público das campanhas e dos partidos; votação em lista; fidelidade partidária; abolir as coligações nas eleições proporcionais; fim do poder normativo da Justiça Eleitoral; um novo código eleitoral; diminuição de exigências para a elaboração de leis de iniciativa popular; e mudança do papel das casas legislativas: a Câmara deve ter como tarefa principal a proposição de leis e o Senado deve ser a casa revisora por excelência.

“O centro disso é o combate ao financiamento privado. Creio que esse método, o do financiamento privado, não contribui em nada para o fortalecimento do Estado democrático. Do meu ponto de vista, não interessa aos políticos e não interessa aos empresários. Se não for possível uma reforma com a profundidade que o meu partido defende, ao menos que se encontrem os mecanismos de garantir o financiamento público”.

Segundo ele, com o predomínio do financiamento privado, a política vai se tornando cada vez mais o reino de uma elite. “É olhar para a representação política nesta Casa e concluir que há uma super-representação dos setores endinheirados, das classes dominantes do Brasil e uma óbvia sub-representação dos setores mais pobres, da classe trabalhadora, dos mais pobres, das mulheres, dos negros, dos agricultores familiares, de tantos que poderiam estar representados nesta Casa, e não estão. E não poderão estar com esse sistema”.

DESAFIOS

Emiliano acentuou que o País não pode continuar com as eleições mais caras do mundo. “E ostentamos eleições assim sabendo dos enormes desafios que temos pela frente para tornar o Brasil um país sem pobreza, como o quis o presidente Lula, como o quer a presidenta Dilma”.

E criticou: “Eleições caras como as nossas, num país como o nosso, com os desafios sociais que temos pela frente, são obscenas, constituem uma afronta. O que se quer é avançar, continuar caminhando na construção de um País cada vez mais justo, continuar as conquistas da revolução democrática que estamos realizando no Brasil desde 2003”.

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Emiliano acredita ainda que a reforma política precisa de participação decisiva dos setores populares. “O Congresso Nacional pode ser oxigenado pela pressão organizada de setores cada vez mais amplos da sociedade civil. A reforma política não deveria ser, não deve ser, assunto exclusivo dos políticos, daqueles que têm assento no Congresso Nacional”.

Na opinião dele, as classes trabalhadoras devem expor seus pontos de vista. “Devem ser protagonistas dessa reforma, sob pena de ela, novamente, não produzir os efeitos necessários para o aprofundamento da democracia no Brasil. A representação democrática é um assunto de todos os brasileiros. A contínua construção do Estado democrático é um assunto de todos. E a reforma política é parte essencial dessa construção cotidiana”.

LEIA DISCURSO NA ÍNTEGRA

 

Zulu Araújo escreve sobre “racismo, cultura e cidadania” na revista digital Terra Magazine

Na revista Terra Magazine, o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, o baiano Zulu Araújo - arquiteto, produtor cultural e militante do movimento negro brasileiro – condena as agressões racistas sofridas pelo cantor Márcio Vitor, no Carnaval de Salvador. Ele estranha a mudez das autoridades da Bahia. Afinal, racismo é crime. Toca a zabumba que a terra é nossa, Zulu.

LEIA NA ÍNTEGRA EM TERRA MAGAZINE

15 de março de 2011

 

Albino Rubim vai lançar livro de bolso sobre “Políticas culturais e o Governo Lula”

A Editora Fundação Perseu Abramo, em parceria com o PT da Bahia, planeja lançar, em Salvador, o livro do atual secretário de Cultura da Bahia, Antonio Albino Rubim Canelas, intitulado “Políticas culturais e o Governo Lula”, da coleção “O Brasil em Debate”, em edição de bolso. O lançamento vai ocorrer dia 4 de abril próximo com um ciclo de debate, em local a ser ainda determinado.

No site da Editora Fundação Perseu Abramo está escrito: “O livro que Albino Rubim nos apresenta sobre as conquistas do campo cultural nos oito anos de governo Lula, mediante as tristes tradições que encontramos na gestão cultural desde há muito tempo, traz nas entrelinhas um acúmulo vivenciado por ilustres e anônimos da produção de Cultura e gestão pública petista. E diz, ainda, como a colaboração de muitos partidos, movimentos, cidadãos e cidadãs brasileiras moldaram idéias e conceitos garantindo uma experiência rica em participação popular para um novo modelo de gestão cultural em construção”.

O texto de apresentação também comenta: “A construção de programas de governo na área da cultura é uma tradição para o campo de esquerda. Não somente para eventuais promessas de campanha que constituem metas aplicáveis na disputa eleitoral, mas porque são fruto da construção plural junto à sociedade na disputa de um projeto de país”.

O BRASIL EM DEBATE

A idéia é debater as mudanças ocorridas durante o Governo Lula.

O volume 1, da autoria do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), com o título “Governo Lula e o Combate à Corrupção”, apresenta as formas e mecanismos para prevenir e combater a corrupção construídas durante o Governo Lula, o controle do uso dos recursos públicos.

O volume 2, da autoria de Márcio Pochmann, presidente do IPEA, com o título “Desenvolvimento, Trabalho e Renda no Brasil – Avanços recentes no emprego e na distribuição dos rendimentos”, analisa o retorno do tema da ocupação da mão-de-obra e da injustiça na repartição da renda à agenda nacional, os rumos do trabalho antes e durante a hegemonia do neoliberalismo, e o ponto de ruptura com o Governo Lula.

O volume 3, da autoria de Glauco Faria, com o título “Governo Lula e o novo papel do Estado brasileiro”, analisa a reorientação do Estado após a vitória do presidente Lula, o resgate do planejamento de longo prazo e maior participação do estado em todas as áreas, fundamental para o desenvolvimento econômico e social, além do fortalecimento dos bancos públicos e das empresas estatais.

O volume 4, da autoria do ministro Aloysio Mercadante, com o título “Governo Lula e a construção de um Brasil mais justo” analisa de forma sucinta as principais políticas de Lula, com paixão política, mas alicerçada em análises e informações sólidas e consistentes. O objetivo é iluminar a discussão normalmente irracional e desinformada sobre o Governo Lula, fortalecendo o debate democrático.

13 de março de 2011

 

QUEM TEM MEDO DA VERDADE?

Quem tem medo da verdade? Este é o título da reportagem na revista Carta Capital, assinada por Cynara Menezes.

"Temos diante de nós uma oportunidade de ouro: a de colocar em pratos limpos quem é democrata de fato no País e quem usa a democracia como uma bandeira de conveniência.

Durante oito anos, a grande imprensa brasileira cobrou do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fictícios atentados contra a liberdade de expressão.

Acusavam Lula de possuir “anseios autoritários”. Nunca antes na história viram-se jornais tão zelosos do sagrado direito do cidadão de se informar.

Mas quem agora, dentre estes baluartes da democracia, será capaz de se posicionar ao lado da presidenta Dilma Rousseff em favor da instalação da Comissão da Verdade, que pretende apurar os crimes cometidos durante a ditadura? Ou isto não é direito à informação?

Dilma tem manifestado a auxiliares seu interesse em proporcionar uma satisfação oficial do Estado a familiares e vítimas da ditadura, como fizeram nossos vizinhos na Argentina, Chile e Uruguai.

Faz parte da agenda da ex-guerrilheira, presa e torturada, destacar-se na defesa dos Direitos Humanos. A titular da pasta, ministra Maria do Rosário, declarou, de chegada, ser assunto prioritário do governo a instalação da comissão. Mas foi só a presidenta assumir que sumiram das páginas mais “liberais” de nossa imprensa os artigos dos colunistas fixos em defesa da comissão. Foram suplantados por textos em defesa da… Defesa, o poderoso ministério que abriga os militares das três Forças".

A jornalista cobra da Folha de S. Paulo uma posição e acusa o Estado de S. Paulo de silenciar sobre o assunto.

Quem tem medo da verdade?

Vale a pena ler na íntegra em CARTA CAPITAL

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