12 de janeiro de 2007

 

MDF denuncia Raul Jungmann, mas, e as manchetes?

Não estou vendo as escandalosas manchetes na Folha, revista Veja e Estadão.

O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) acaba de ser denunciado pela Procuradoria da República do Distrito Federal por desvio de recursos públicos em contratos de publicidade do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O esquema de desvio - que envolve outras oito pessoas – ocorreu entre os anos de 1998 e 2002, quando Jungmann era ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Na ação do MP, também são citadas e processadas as empresas RRN Comunicação e Marketing, Casablanca Comunicação e Artplan Comunicação. Segundo o Ministério Público Federal, os contratos de publicidade firmados entre o Incra e as empresas Casablanca e Artplan causaram prejuízos de cerca de R$ 33 milhões aos cofres públicos.

O esquema ocorreu principalmente por meio de subcontratações sucessivas e superfaturadas, sem qualquer procedimento licitatório ou fiscalização.

De acordo com o MP, na prática, toda a parte de assessoria de imprensa dos contratos de publicidade era executada sem licitação pela RRN Comunicação, subcontratada pelas empresas Casablanca e Artplan. Por sua vez, a RRN também subcontratava outras empresas para prestar os serviços.

Entre os problemas encontrados pelo MPF estão termos aditivos irregulares, subcontratação de empresas fantasmas, compra de notas fiscais frias, pagamento por serviços não prestados e superfaturamento, entre outros.

Se a notícia fosse referente a um deputado do PT as manchetes seriam tão fraquinhas?

10 de janeiro de 2007

 

OAB se livra do reacionário Roberto Busato

No dia 31 de janeiro, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se liberta. Sai o direitista tucano catarinense Roberto Busato e entra no lugar dele o sergipano Cezar Britto. A direita brasileira perde, assim, um dos mais importantes aparelhos na luta sem tréguas e sem ética que travou, em 2005 e 2006, contra o povo, o presidente Lula e a democracia brasileira. Nestes dois anos a gloriosa OAB sofreu uma escandalosa utilização partidária. Sem disfarces.

Cezar Britto, sobrinho do ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, é um advogado trabalhista de 44 anos. Ele assume o posto máximo da entidade com posições progressistas. Fará, com certeza, um contraponto ao perfil conservador e reacionário de Roberto Busato, muito mais adequado, por sinal, à tradição da entidade que, em 1964, apoiou o golpe militar que derrubou João Goulart da Presidência da República.

O mais forte adversário de Cezar Britto seria Aristóteles Ateniense, atual vice-presidente. Mas ele anunciou, na última sessão da OAB, que estava fora da disputa. As derrotas que sofreu nas seccionais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Piauí e Acre foram vitais para a decisão que tomou.

Na gestão Roberto Busato, a OAB agiu como se fosse a primeira pinça da estratégia da oposição – leia-se PSDB e PFL - ao avançar sobre o poder. Em seus subterrâneos nasceu a idéia golpista do pedido de impeachment de Lula. Os advogados fascistas esbarraram, no entanto, na popularidade do presidente. E dali não passaram.

A segunda pinça materializou-se nas ações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, a certa altura, propôs em tom de imposição que Lula deveria desistir da reeleição. O desfecho dessa história é conhecido.

Há duas manchas na história da OAB. Uma, quando a ordem apoiou o golpe militar de 1964. A segunda, quando foi utilizada por Busato para defender o golpe branco do impeachment contra o presidente Lula.

 

ACM e Paulo Souto fogem da Lavagem do Bonfim

Já é do conhecimento público que ACM não irá à festa do Senhor do Bonfim, nesta quinta-feira, 11. Alguns jornalistas e blogueiros puxa-sacos tentam passar a desculpa segundo a qual ele teme ser hostilizado por petistas.

Na verdade, ACM e seus correligionários do PFL sempre utilizaram a fé popular para fazer política. Como perdeu o poder na Prefeitura de Salvador, para João Henrique, e no Governo do Estado, para Jaques Wagner, ele não tem como se aproveitar da Lavagem do Bonfim neste ano.

Com toda a corda, o que ganharia o PT ao hostilizar um derrotado? Não se chuta cachorro-morto como se sabe. ACM, Paulo Souto e toda a corja fora do poder não vão à Lavagem do Bonfim com medo da reação popular. Eles não sabem como iria reagir o povo e arrumaram a desculpa do medo do PT.

É desnecessária também a presença dos representantes do carlismo deputados ACM Neto, Fábio Souto e José Carlos Aleluia.

A festa é do povo, de João Henrique e de Jaques Wagner.

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