5 de fevereiro de 2011

 

Emiliano completa 65 anos de vida e 45 (anos) de luta política

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) completa hoje 65 anos. São, portanto, 45 anos de ação popular (ops), digo, ação política, resistência, ativismo pela democracia, justiça social e pelo socialismo.

Paulista de nascimento, baianíssimo de coração, Emiliano iniciou a luta contra a ditadura em São Paulo, como vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes (UBES). Perseguido, caiu na clandestinidade e se mudou para a Bahia nos anos 70. Em Salvador, foi preso, barbaramente torturado pelos psicopatas da ditadura e condenado a quatro anos de prisão, com suspensão dos direitos políticos.

O tempo passou. Acompanhei a trajetória política de Emiliano desde que ele saiu da prisão e virou jornalista. Ele começou a fazer jornalismo na Tribuna da Bahia, passou pelo Jornal da Bahia, sucursais de O Estado de S. Paulo, O Globo e pelas revistas Afinal e Visão. Na ditadura, particiamos juntos dos jornais alternativos Opinião, Movimento e Em Tempo.

Até hoje Emiliano exerce a profissão e publica artigos e reportagens em sites, revistas e jornais. Leio sempre seus artigos no site da revista Carta Capital e no jornal A Tarde.

A roda girou. Entramos juntos para a Faculdade de Comunicação da UFBA. De lá saiu doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Aposentou-se como professor depois de 25 anos na sala de aula. Já escreveu nove livros. O primeiro escrevemos juntos: "Lamarca, o capitão da guerrilha", aí ele não parou mais. Acaba de lançar "Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988".

Foi vereador, deputado estadual e agora deputado federal. Fiz todas as suas campanhas, escrevi os textos, corri atrás de gráficas. Durante a ditadura nós mesmos pichávamos os muros e colávamos os cartazes. De vez em quando corríamos dos ton ton macoute de ACM.

Juntos trabalhamos no governo democrático de Waldir Pires, combatemos o coronelismo na Bahia, batalhamos pelas vitórias de Lula, Wagner, e agora Dilma.

Pois é. O tempo passou, a roda girou. Rodopiamos que nem um dervish turco. Estamos os dois com 65 anos. E a história não acabou.

 

Desenbahia reserva R$ 20 milhões para financiamentos às prefeituras em 2011

A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) reservou R$ 20 milhões para empréstimos às prefeituras em 2011. Os recursos podem ser aplicados na aquisição de máquinas e equipamentos, em obras de infra-estrutura, na compra de ambulâncias, mobiliários para creches, escolas, postos de saúde e até modernização de praças e equipamentos públicos.

Parece pouco, mas, os R$ 17,5 milhões emprestados às prefeituras em 2010 correspondem a 63% do total de empréstimos concedidos por toda a rede bancária, pública e privada, aos municípios baianos. A dificuldade é que as operações precisam necessariamente ser aprovadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, que aplica critérios como capacidade de pagamento, limite de endividamento, gestão administrativa, contas aprovadas, pendências juntos aos órgãos fiscalizadores...

Com Luiz Caetano (PT) à frente da União das Prefeituras da Bahia, uma parceria institucional com a Desenbahia está na pauta. A oferta de crédito pode aumentar com o cultivo de boas gestões municipais.

Com informações da Agecom/Ba

 

Presidenta Dilma cumpre promessa de campanha e anuncia remédios de graça contra hipertensão e diabetes

Especialistas no tratamento do diabete e hipertensão (pressão alta) são unânimes ao elogiar o programa de distribuição gratuita de medicamentos contra essas doenças nas farmácias e drogarias conveniadas à rede Aqui tem Farmácia Popular, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff. O Brasil tem 11 milhões de diabéticos e 30 milhões de hipertensos.

“Toda grande caminhada começa com um primeiro passo. E esse passo foi dado ontem", resume o endocrinologista Saulo Cavalcanti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Até o dia 14 de fevereiro, todos os mais de 15 mil estabelecimentos credenciados em todo o país já terão adaptado seu sistema e poderão distribuir os onze itens da cesta de medicamentos contra diabetes e os seis contra pressão alta.

Para retirar os remédios é preciso apresentar receita médica. Cada vez mais comuns na população de todo o mundo, essas doenças não têm cura e, por danificarem os vasos sanguíneos, afetam diversos órgãos.

O Ministério da Saúde estima que do total de 11 milhões de diabéticos no país, 7,5 milhões sabem que são portadores e nem todos tratam adequadamente. A doença crônica é caracterizada pelo excesso de glicemia (açúcar) no sangue, que altera a pressão, aumenta muito as chances de infarto e derrame, prejudica os rins, traz problemas oculares (pode levar à cegueira) e está entre as principais causas de amputação dos membros inferiores, entre outras sérias complicações.

Para os diabéticos, o programa inclui dois medicamentos (glibenclamida e cloridrato de metformina e dois tipos de insulina, em diferentes dosagens. No total são onze itens. Segundo o presidente da SBD, a iniciativa deve ser aprimorada com a atualização e ampliação da cesta, com a inclusão de medicamentos e insulinas mais modernas e fitas medidoras das taxas de glicemia no sangue. Para isso, a SBD deverá se reunir nos próximos dias para redigir um documento a ser encaminhado ao Ministério da Saúde.

O cardiologista Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ressalta que a distribuição gratuita de seis medicamentos para o controle da pressão arterial (captopril, maleato de enalapril, cloridrato de propranolol, atenolol, hidroclorotiazida e losartana potássica) já era feita em Unidades Básicas de Saúde, por meio de um convênio entre União, estados e municípios.

"Só que nem sempre estão disponíveis nas farmácias de todos postos", diz. "Isso dificilmente vai acontecer nas farmácias comerciais participantes da rede, que geralmente têm várias versões do medicamento prescrito. Assim, fica muito mais fácil para o paciente obtê-los e seguir o tratamento ".

Dilma Rousseff fez essa promessa na campanha eleitoral.

Promessa cumprida.

 

Berlusconi, da Itália, chama ditador Mubarack de “homem sábio” e quer que seu sucessor “seja alguém como ele”

Li na Rede Brasil Atual num texto assinado pelo jornalista Flávio Aguiar: “(...) na sexta-feira passada, 4 de fevereiro, em Bruxelas, o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi reafirmou sua confiança em Hosni Mubarak, seja para continuar no poder até setembro, seja para até lá conduzir uma transição democrática.

Chamando o ditador egípcio de "homem sábio", Berlusconi foi mais longe. Para não correr o risco de ser mal interpretado, deixou claro que suas palavras não implicavam necessariamente o desejo de que Mubarak se eternizasse no poder, mas sim incluíam a possibilidade de que seu sucessor fosse "alguém como ele".

UAU! Sílvio Berlusconi, Berlusconi...não é aquele do país cuja politicagem pretende que o Brasil extradite o ex-ativista Cesare Battisti ?

 

Banco do Brasil e Votorantim fortalecem microcrédito em Cachoeira, São Félix e Maragogipe

O Banco do Brasil (BB) assinou acordo de cooperação técnica com o Instituto Votorantim para o desenvolvimento de ações sustentáveis em comunidades com baixos indicadores socioeconômicos, por meio da oferta de microcrédito, considerado um instrumento de alavancagem para o desenvolvimento em regiões carentes.

O programa vai atuar em 10 municípios do Brasil, três deles na Bahia: Sobradinho (DF), Belmiro Braga (MG), Ibiúna (SP), Juquiá (SP), Tapiraí (SP), Cachoeira (BA), Maragogipe (BA), São Félix (BA), Vidal Ramos (SC) e Rio Branco do Sul (PR).

A meta é estender a parceria a 45 municípios até 2012. A parceria contra com R$ 2,2 milhões para o microcrédito. À medida que os projetos forem sendo aprovados pelos gerentes do Banco do Brasil, os desembolsos serão ampliados. Entre as atividades produtivas a serem estimuladas estão artesanato, apicultura, bovinocultura de leite e horticultura.

Em 2010, o BB reduziu para menos de 1% ao mês as taxas de juros, elevou de 48 para 60 meses o prazo de pagamento e ampliou de três para seis meses a carência para o pagamento das linhas de microcrédito.

 

Sem credibilidade, ex-deputado Aleluia tenta politizar apagão

Sem-mandato, derrotado ao Senado, tentando escalar posição num DEM decadente, o ex-deputado federal José Carlos Aleluia, da Bahia, vocifera na imprensa contra a presidenta Dilma Rousseff, que nada tem a ver com o acidente que provocou o blecaute no Nordeste. Não vai colar.

Pelo contrário, a presidenta determinou que o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobrem das empresas responsáveis pelo blecaute o reforço das operações de manutenção dos equipamentos, redes de transmissão e distribuição de energia. A presidenta também ordenou ao presidente da Aneel, Nelson Hübner, que aumente a fiscalização preventiva no sistema da Região Nordeste.

A presidenta exige que providências sejam tomadas imediatamente.

Acidentes sempre ocorrerão. O que não dá para aceitar é apagão ocorrido por falta de planejamento, como aconteceu na Era FHC, governo que era apoiado pelo então deputado federal Aleluia, que agora felizmente perdeu as eleições e foi para casa.

4 de fevereiro de 2011

 

PT faz 31 anos com 1,5 milhão de filiados

Prestes a completar 31 anos de existência, o Partido dos Trabalhadores (PT) conta hoje com 1.419.277 filiados. Para comemorar a data, o partido realizará ato político na quinta-feira (10) com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será homenageado.

Também estarão no evento ministros, governadores, parlamentares, membros do diretório nacional, além de lideranças de todo o país. Durante a solenidade a direção nacional do PT restituirá ao ex-presidente Lula o cargo de presidente de honra do partido.

Organizado no início da década de 80 por sindicalistas, intelectuais, estudantes, líderes de movimentos sociais e de trabalhadores rurais, além de parlamentares de esquerda, o PT foi criado para dar voz às lutas reivindicatórias dos trabalhadores por melhores condições de vida e lutar pelo restabelecimento da democracia no Brasil.

O PT está à frente do comando do país pela terceira vez - dois mandatos do ex-presidente Lula e, agora, com Dilma Rousseff. O partido governa cinco estados (Acre, Bahia, Distrito Federal, Sergipe, Rio Grande do Sul) e 560 municípios.

No legislativo federal, o partido tem a maior bancada na Câmara, 89 deputados eleitos, e detém a segunda bancada no Senado, com 14 senadores. Conta ainda com 149 deputados estaduais e 4.166 vereadores.

Organizado em aproximadamente 4 mil diretórios municipais e com mil comissões executivas provisórias, o partido tem 60 mil dirigentes distribuídos por todo o país.

Como fica a cara do Bornhausen que disse que ia “acabar com essa raça”?

 

Pelo fim da intolerância religiosa

por Mara Sílvia Jucá Acácio

A Constituição Federal garante liberdade religiosa a todo cidadão brasileiro. Isso inclui o direito de escolher a religião que deseja e o de expressar as tradições e ritos da crença escolhida. Mas, nas comunidades afro-religiosas do Brasil isso não vem ocorrendo há anos.

Em cada canto do país, adeptos das diversas religiões "ditas verdadeiras", fazem suas próprias leis, perseguindo adeptos da Umbanda e do Candomblé, por pensarem não serem estas, "religiões verdadeiras", mas quem pode dizer o que é verdadeiro ou falso quando se trata de religiosidade? O "verdadeiro" está na fé de cada um, está nas boas ações, no entender o outro como seu igual, suprimindo as diferenças, respeitando o livre arbítrio.

Em todo o Brasil grupos afro-religiosos unem-se para pedir o fim da discriminação e intolerância religiosa. Tem sido comum, caminhadas e fóruns, nos quais, o segmento afro-religioso, e até artistas, intelectuais e representantes de várias crenças, denunciam o preconceito e a perseguição por parte de outros grupos religiosos ou não.

Cotidianamente, lê-se nas revistas e jornais que os ataques são "sistemáticos", inclusive pelos veículos de comunicação, por meio de programas evangélicos que mostram as religiões de matriz africana e ameríndias, como religiões do diabo.

O segmento afro-religioso convive com ofensas e com o desrespeito a sua crença; em cada esquina, vândalos depredam as oferendas aos orixás, que são simbologias importantíssimas para os afro-religiosos, dentre outros tipos de desrespeito e depredação.

Quem mais sofre com a intolerância e o preconceito são as crianças e as mulheres; as crianças, na escola, onde o ensino religioso prega a religião cristã ou protestante, ao bel prazer dos professores, que sem pensar nas drásticas conseqüências de suas palavras para o psicológico de seus alunos, dizem a estes que os que não são católicos ou protestantes não são filhos de Deus.

Fato recente, aconteceu com meu netinho de sete anos, na escola onde estuda, só porque ele ainda não está batizado em nenhuma religião. Quanto as mulheres, que têm de usar trajes na cor branca no período de suas obrigações, são taxadas de macumbeiras e seguidoras do diabo.

É fácil verificar que a idéia de intolerância religiosa parte da visão que muitos têm de que a sua religião é que é a verdadeira, e não abrem mão deste padrão, não se dão a chance de conhecer as outras culturas, outras religiões; contribuindo assim para o desrespeito com as demais religiões existentes, muitas delas, mais antigas que o catolicismo e que o protestantismo.

Tolerância religiosa significa reconhecer que cada povo, cada cultura, cada comunidade tem o direito de possuir sua própria religião e um modo próprio de reverenciar suas divindades. O que é padrão para um, pode não ser para outros, e ninguém tem o direito de impor qualquer religião ou crença a quem quer que seja.

Tolerância significa aceitar o que parece errado, entender que o que é errado para uns, também tem sua verdade para outros; verdade esta que não é melhor nem pior do que qualquer outra verdade, e que deve ser respeitada não por bondade ou tolerância, mas, principalmente, por acreditar que todos os grupos humanos possuem iguais poderes de ligação com a natureza divina; afinal, "ligação" ou "re-ligação" nada mais é do que "religião".

Mara Sílvia Jucá Acácio, Profª substituta do Centro de Ciências Sociais e Educação - DLLT -Curso de Letras-UEPA e mestranda em Linguística da UFPa

Fonte: Boletim da CESE

 

Deputadas federais apontam fim da “invisibilidade" das mulheres

A Bancada Feminina da Câmara dos Deputados realizou, logo na quinta-feira (3), a primeira reunião das parlamentares eleitas em 2010, com a presença de 23 deputadas. As parlamentares discutiram a necessidade de reapresentação da PEC 590/2006 na Câmara, que pretende garantir representação proporcional de cada sexo na composição das mesas diretoras da Câmara, do Senado e das comissões, garantindo pelo menos uma vaga para cada sexo. O tempo de invisibilidade das mulheres terminou.

As deputadas definiram uma agenda de mobilização para discutir o empoderamento da mulher no Congresso Nacional. No dia 15 de fevereiro próximo elas farão reunião para tratar da pauta prioritária da Bancada para o ano de 2011. Na reunião decidiram também pela realização da uma sessão solene no dia 1º de março em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. As outras atividades serão decididas no dia 15 de fevereiro.

Este será um ano especial para as mulheres brasileiras. As mulheres ocupam com maior força os espaços públicos sendo que, hoje, a política brasileira conta com o olhar feminino para promover melhorias na qualidade de vida de todos e todas. Foi preciso uma mulher ser eleita presidenta da República para a Câmara dos Deputados incluir uma mulher na composição da mesa diretora.

Percebe-se a mudança. Na Assembléia Legislativa da Bahia, por exemplo, a bancada feminina terá peso maior. Até nas reuniões dos políticos dá para notar. Na primeira Reunião Plenária do mandato do deputado federal Emiliano José (PT-BA), realizada em 29 de janeiro, na mesa composta por seis pessoas, havia três mulheres: a vice-presidenta do PT baiano. Aldenina Sena, e as vereadoras Vânia Galvão (PT de Salvador) e Leninha (PT de Valente). Meio a meio.

3 de fevereiro de 2011

 

Em carta, Battisti pede liberdade para construir 'sociedade justa no Brasil', por meios pacíficos

O ex-ativista político italiano Cesare Battisti pede liberdade em carta a congressistas e ao povo brasileiro. Detido no presídio da Papuda, em Brasília (DF), o ex-ativista nega as acusações de assassinato feitas pela Justiça italiana e afirma querer colaborar com a "construção de uma sociedade justa, no Brasil, por meios pacíficos".

Battisti foi condenado por quatro supostos homicídios na década de 1970 na Itália, portanto, há 40 anos. O julgamento foi feito a revelia, na década de 1980, quando ele estava no exílio, fora do país e seus acusadores exerceram a DELAÇÃO PREMIADA. Desde 2007, está detido no Brasil e seu caso é motivo de divergências entre medidas do Executivo e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em dezembro, Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar o pedido italiano de extradição. A questão foi remetida ao STF, que deve apreciar o tema. A expectativa é de que o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, volte a se posicionar pela extradição. Seria uma vergonha e a quebra de uma tradição de o Brasil conceder refúgio e asilo.

A carta foi entregue ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) na manhã desta quinta (3), em visita feita pelo parlamentar à penitenciária. Suplicy é defensor da permanência em liberdade de Cesare Battisti no Brasil.

Battisti afirma, na carta, que sua militância no grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), na Itália, nunca provocou "ferimentos ou a morte de qualquer ser humano".

LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA

Aos senhores e às senhoras senadoras e senadores, deputados e deputadas federais e ao povo brasileiro,

De forma humilde, desejo transmitir aos representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional um apelo para que possam me compreender à luz dos fatos que aconteceram na Itália desde os anos 70, nos quais eu estive envolvido.

É fato que nos anos 70 eu, como milhares de italianos, diante de tantas injustiças que caracterizavam a vida em nosso país, também participei de inúmeras ações de protesto e, como tal, participei dos Proletários Armados pelo Comunismo. Nestas ações, quero lhes assegurar que nunca provoquei ferimentos ou a morte de qualquer ser humano.

Até agora, nunca qualquer autoridade policial ou qualquer juiz me perguntou se eu cometi um assassinato. Durante a instrução do processo e o julgamento onde fui condenado à prisão perpétua, eu me encontrava exilado no México e não tive a oportunidade de me defender.

Durante os últimos 30 anos, no México, na França e no Brasil, dediquei-me a escrever livros e as atividades de solidariedade às comunidades carentes com as quais convivi.

Os quase 20 livros e documentários que produzi são todos relacionados a como melhorar a vida das pessoas carentes, e como realizar justiça social, sempre enfatizando que, o uso da violência compromete os propósitos maiores que precisamos atingir.

Desejo muito colaborar com estes objetivos de construção de uma sociedade justa, no Brasil, por meios pacíficos, durante o resto de minha vida.

Cesare Battisti
Papuda, 03/02/11

FONTE: Rede Brasil Atual

 

Como deputado federal, Emiliano (PT-BA) desembarca em Salvador

O jornalista, professor e escritor Emiliano José (PT-BA) tomou posse como deputado federal nesta quinta-feira (3), às 14h, no plenário da Câmara Federal. E nesta sexta-feira (4) já se reúne, em Salvador, com a bancada federal da Bahia. O parlamentar reafirmou que, em Brasília, vai atuar na defesa dos interesses do Estado da Bahia, dos trabalhadores e dos mais pobres.

"Vou trabalhar naquelas áreas que eu sempre atuei na minha história política, nos direitos humanos, educação, comunicação, meio ambiente e cultura, que são áreas prioritárias para mim, além dos embates naturais da vida política e que nós enfrentaremos. Sempre na linha de defender os interesses do povo Bahia e do Brasil, sobretudo dos trabalhadores e do povo mais pobre", ressaltou.

Esta é a segunda vez que Emiliano exerce o mandato de deputado federal. A primeira foi entre 2009 e 2010, como suplente, em substituição ao deputado Nelson Pelegrino (PT-BA). Além disso, ele já havia exercido os cargos de deputado estadual, vereador (sendo líder da bancada do PT), foi presidente e vice-presidente do PT-Bahia e integrou o Diretório Nacional do partido.

Em virtude do afastamento dos deputado titulares, que se licenciaram para ocuparem cargos no Executivo, nos estados, ou no município, tomaram posse quinta-feira (3), vários deputados da bancada do PT.

São eles: Fernando Marroni (RS), suplente de Maria do Rosário (RS), ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência; Chico D'Angelo (RJ), suplente de Luiz Sérgio (RJ), ministro da Secretaria de Relações Institucionais; Emiliano José (BA), suplente de Afonso Florence (BA), ministro do Desenvolvimento Agrário; Sérgio Barradas Carneiro (BA), suplente de Zezéu Ribeiro (BA), secretário de planejamento da Bahia; e Nazareno Fonteles (PI), suplente de Átila Lira (PSB-PI).

 

São Paulo e Minas deveriam instituir salário mínimo de R$ 600 reais

O Blog do Nilmário pergunta: “Quem não se lembra de José Serra (PSDB) propondo salário mínimo de R$ 600 em plena campanha eleitoral?

A legislação permite que estados estabeleçam salário mínimo regional superior ao salário mínimo nacional.

Como duas maiores economias regionais do país, São Paulo e Minas Gerais bem que poderiam instituir o salário mínimo de R$ 600.

Seria uma boa maneira de demonstrar que a promessa de Serra e do PSDB não se tratava de uma vulgar demagogia eleitoral.

FONTE: Blog do Nilmário

 

“Cesare Battisti não é apenas Cesare Battisti, e só não enxerga quem não quer”

Segue na íntegra o Editorial do jornal Brasil de Fato:

Senhores Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi, Brasília não é Addis Abeba

Finda a guerra fria, “o perigo comunista” já não mais funcionava como instrumento de submissão dos povos aos EUA. Logo, porém, fabricou-se um novo flagelo, o “terrorismo internacional”, cujo lançamento envolveu grande pirotecnia: no dia 11 de setembro de 2001, o Mundo amanheceu sob o impacto da derrubada das Torres Gêmeas, o que permitiu, já no mês seguinte, a invasão do Afeganistão; do Iraque, em 2003; as atuais ameaças ao Irã e uma série infindável de desmandos dos EUA mundo afora.

Toda a diplomacia desenvolvida pela chefa do Departamento de Estado, Condoleezza Rice, e hoje levada adiante pela senhora Hillary Clinton, tem como alicerce e jogo de cena “o combate ao terrorismo”.

São considerados terroristas todos os que se oponham às regras do grande capital.

Em nosso país, os desdobramentos mais visíveis dessa política são: a criminalização e massacre dos movimentos sociais e dos pobres em geral, e a ofensiva contra aqueles que resistiram ao golpe de 1964 e ao regime por ele implantado, antes que os liberais – na segunda metade dos anos 1970 – resolvessem desmontar a ditadura que eles próprios haviam construído.

Sim, somos todos “terroristas”.

SOBRE CESARE BATTISTI

Em termos legais, as acusações contra Battisti e o pedido de sua extradição, já tiveram sua improcedência suficientemente comprovada. Battisti não cometeu os atos pelos quais Roma tenta condená-lo e execrá-lo enquanto exemplo para todo o povo italiano e o mundo.

Está mais que certo, também, que nos anos 1960-1970 a Itália não era sequer uma democracia conforme entende e diz propor oficialmente o establishment capitalista – exceto se quisermos criar ad hoc o estatuto das “democracias excepcionais”, ou das “democracias emergenciais”.

No entanto, Battisti não é um inocente. É fundamental ficar claro: Battisti era sujeito de um projeto político que – com erros e/ou acertos – se batia contra as injustiças sociais, e no qual a igualdade entre os homens não se subordinava à liberdade. Toda sociedade em que a liberdade se construa às custas da negação da igualdade, será sempre uma sociedade onde a exploração e opressão dos mais fracos pelos mais fortes serão os alicerces da sua legalidade.

Ou seja, do nosso ponto de vista, mais que ilegal, é ilegítima a entrega de Battisti à Itália dos senhores Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi que, hoje, incapazes de invadir Addis Abeba, como o fizeram seus ancestrais políticos em 1935, tentam sitiar Brasília.

As condenações de Cesare Battisti, Alfred Dreyfus (1894), Mata Hari (1917), Ethel e Julius Rosenberg (1951) pertencem todas a uma mesma estirpe de crimes: a criação de bodes expiatórios (seguida de “punição exemplar”) que justifiquem os fracassos das políticas da direita. Os resultados perseguidos e induzidos são sempre as nacional-patriotagens, as ondas de xenofobia, de fascismos, etc.

BATTISTI NÃO É APENAS BATTISTI

Battisti NUNCA foi apenas Battisti.

Sua condenação e extradição, mais que necessidade do neofascismo italiano, será marco da ascensão da ultra-direita em todo o mundo, espetáculo capaz de unificar e fazer crescer essa ultra-direita que emerge dos escombros do neoliberalismo.

Extraditar Battisti ou não lhe conceder sua condição plena de asilado (com direito, portanto, à garantia da sua segurança), será mais um modo de legitimar todo esse vergar-se radicalmente para a direita que experimentamos hoje, e que nos traz sempre à lembrança, os anos 1930.

A xenofobia varre a Europa e os EUA, assumindo expressões aparentemente diferenciadas: seja através da aprovação pelo Parlamento italiano de rondas de cidadãos (milícias paramilitares) para denunciar e seqüestrar estrangeiros com entrada ou permanência ilegal no país e entregá-los em seguida à polícia; seja pelas medidas decididas na França, que permitem (ordenam e consumam) a expulsão dos ciganos; ou o muro construído pelos EUA em sua fronteira com o México. Em Portugal, Espanha, Grécia – como na Itália e em toda a Europa Meridional e EUA, a progressiva perda de postos de trabalho e de direitos sociais dos assalariados tem como contrapartida o ódio aos imigrados.

Mas não apenas de xenofobia se alimenta o neofascismo: há poucos anos, o Congresso dos EUA “flexibilizou” o conceito de tortura, e passou a indicar seu uso em “determinadas circunstâncias”.

Nas eleições suecas de 2010, pela primeira vez desde 1945, a ultra-direita elegeu representação no Parlamento e, na Holanda, a mesma ultra-direita ameaça formar maioria entre os parlamentares. A Itália, no entanto, segue na vanguarda: o Parlamento de Roma fez o senhor Silvio Berlusconi primeiro-ministro, provando que a Liga Norte, famosa pela sua origem fascista, mas hoje considerada de centro-direita (!), retoma seu antigo prestígio e rumo.

Na América Latina, apesar da euforia que despertam governos de centro-esquerda, o Haiti permanece ocupado há quatro anos; o golpe contra o presidente Manuel Zelaya, de Honduras, foi absorvido e naturalizado pela comunidade internacional, do mesmo modo que a não distante invasão do território do Equador por tropas do narco-estado colombiano; as tentativas de golpes contra os governos da Venezuela, Bolívia, Paraguai em anos recentes e, este ano, no Equador. Também a nova política de militarização da Zona do Canal, no Panamá, é “natural”.

Battisti não é apenas Battisti.

E só não enxerga, quem não quer.

2 de fevereiro de 2011

 

Eu li no CONVERSA AFIADA: “Emiliano e as enchentes, prefeito tem que controlar imobiliárias”

Eu li no CONVERSA AFIADA do jornalista Paulo Henrique Amorim: “Emiliano e as enchentes – prefeito tem que controlar imobiliárias”. O artigo se intitula “Respeito à natureza”.

LEIA NO CONVERSA AFIADA

 

Cesare Battisti: “Meu julgamento é político”

Em entrevista exclusiva ao jornal BRASIL DE FATO, o refugiado e ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso no Brasil desde março de 2007, ressalta que seu julgamento fugiu da esfera jurídica, depois que virou moeda de troca da política internacional e munição para atacar o governo federal, a ponto de colocar em xeque a soberania nacional e as competências da Presidência da República. Politização às escondidas, demonização midiatizada.

Battisti está ligado. Pelo SBT acompanhou o escândalo contínuo de Berlusconi com suas prostitutas. A mídia fabricou um monstro que nada tem a ver com Cesare Battisti. É um escritor, professor de redação, perseguido pelo Estado italiano e pelo Judiciário brasileiro. Não existe país no mundo onde a extradição de alguém não seja decidida pelo presidente da República. O ex-presidente Lula decidiu pela não extradição e o STF quer decidir o contrário. Pura política. Agora, pretendem afetar o governo Dilma.

A extradição de Cesare Battisti abriria um precedente, já que italianos nunca foram extraditados. Battisti acha que a ameaça da Itália de retaliação é um blefe. A Itália sempre foi um blefe. É a Itália quem precisa do Brasil. Ele se define como anarco-comunista, um anarco-marxista e considera o leninismo acabado. Seus inimigos são ex-torturadores que querem esconder os anos de chumbo. A mídia se esforça para ignorar o contexto histórico. Ele não considera a luta armada viável e acha que a revolução socialista passa pela cultura e pela educação.


LEIA NA ÍNTEGRA NO BLOG FAZENDO MÉDIA

 

Novo presidente da Câmara, Marcos Maia, é um dos “100 cabeças do Congresso”


O deputado Marcos Maia (PT/RS), reeleito presidente da Câmara Federal, tem uma trajetória de luta em defesa dos trabalhadores. Obteve seu primeiro mandato em 2005, relegeu-se em 2006, foi vice-líder do PT entre 2006 e 2009 e ocupou o cargo de vice-presidente da Câmara em fevereiro de 2009 a dezembro de 2010, quando assumiu a presidência da Casa, com a renúncia do deputado Michel Temer (PMDB-SP).


Nas eleições de 2010, Marco Maia conquistou seu terceiro mandato ao obter 122.134 votos, colocando-o entre os dez deputados federais mais votados pelos gaúchos.

Maia teve o desempenho reconhecido pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que o indicou pelo quarto ano consecutivo como um dos "100 Cabeças do Congresso".

Na Câmara, o trabalho do deputado esteve focado em quatro áreas: políticas públicas (saúde, educação, assistência social); trabalho; transporte e agricultura familiar.

Sempre na defesa dos trabalhadores, apresentou projeto de lei visando a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário. Atuou na defesa da licença-maternidade de 180 dias para as trabalhadoras, entre outras ações.

Marco Maia nasceu na cidade de Canoas (RS) e tem 46 anos. Exerceu as profissões de metalúrgico, torneiro mecânico e industriário.

Foi dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos.

Atuou como Secretário Estadual de Administração e Recursos Humanos e presidiu a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). É filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT-RS) desde 1985.

Nada tem de “baixo clero”, como o Estadão divulgou e jornalistas incautos reproduziram.

 

Com 375 votos o petista Marco Maia é o novo presidente da Câmara dos Deputados

Eleito com 375 votos o deputado Marco Maia (PT/RS) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. Portanto, 137 deputados não votaram nele. A base governista conta com 311 parlamentares. Logo, 64 votos vieram da oposição. Entretanto, mesmo sem estes votos da oposição, Marcos Maia ganharia com um total de 211 votos. Jair Bolsonaro, da extrema-direita obteve 9 votos, Chico Alencar, da extrema-esquerda obteve 16 votos e o picareta do Sandro Mabel (PR) levou 106 votos. Três debilóides votaram em branco.

Na nova legislatura, o PT é o partido com a maior bancada, 89 ao total. Baseado nisso, Marco Maia defendeu durante toda a campanha, a proporcionalidade para os cargos da Mesa Diretora. “A proporcionalidade é fundamental para a valorização do Parlamento e da democracia brasileira”.

Maia aproveitou ainda para agradecer as declarações de apoio, que somaram 21 partidos. “Esses partidos representam nossa democracia e a força desta Nação. Todos juntos vamos construir uma gestão de diálogo, de transparência e consenso pelo Brasil”.

O petista exaltou em seu discurso, ainda como candidato, o povo brasileiro por ter concedido aos deputados o direito de representá-los. "O povo brasileiro é o motivo de todos estarmos aqui".

Deus o ouça.

1 de fevereiro de 2011

 

Blog da Elinalva voltou das férias com força total

O blog “Elinalva vê, lê e recomenda” estava fazendo falta. Já voltou das férias, e voltou com tudo.

CONFIRA AQUI

 

Deputado ACM Neto vai liderar o rebotalho do DEM na Câmara Federal

Não vai a lugar algum. O deputado federal baiano ACM Neto (DEM) derrotou seu colega do Paraná, Eduardo Sciarra, na disputa pela liderança do partido na Câmara por 27 a 16 votos. A vitória de Neto é a mesma do grupo do presidente nacional do partido, Rodrigo Maia, a ala que apóia Aécio Neves. Perdeu a ala ligada a Serra, a turma do Jorge “vamos derrotar a raça do PT” Borhausen.

Ops, mas, Aécio e Serra não são do PSDB? É isso mesmo. O outrora poderoso DEM, herdeiro das legendas que sustentavam a ditadura militar, não tem projeto próprio, está em plena decadência e se consome em disputar qual tendência do PSDB vai apoiar. Um típico partido-satélite.

O jornalista Fernando Rodrigues, na Folha (29/01/2011), publicou interessante artigo sobre o "Partidocídio do DEM". Segundo ele, "nascido das oligarquias, sem ligação orgânica com um setor da base da sociedade, o DEM parece ter optado por um partidocídio (...)não importa quem seja o líder na Câmara. A legenda sairá mais fraca. Lula disse uma vez desejar extirpar o DEM. Sem querer, foi premonitório”.

O DEM é uma legenda em decadência. Em 1998 (ainda como PFL) elegeu 105 deputados federais. Em 2002 elegeu 83 deputados. Em 2006, elegeu 65 deputados e em 2010 apenas 43.

A Bahia rejeitou o DEM. Em 1998, eram 20 deputados federais, em 2002 eram 19, em 2006 caíram para 13 e, agora, em 2010 foram eleitos apenas 6 deputados federais. E ainda acumulou a fragorosa derrota de José Carlos Aleluia ao Senado. ACM Neto lidera na Câmara Federal um partido de perdedores.

Os civis que apoiaram a ditadura militar (e seus flhotes) vão para a lata de lixo da história. Só para finalizar, o DEM nasceu da antiga ARENA, o partido da ditadura militar. Depois virou PDS, depois PFL e, como diz Fernando Rodrigues “numa tentativa patética de melhorar a imagem, transmutou-se em Democratas”.

É essa bancada patética que ACM Neto vai liderar.

 

Minha senadora Lídice da Mata (PSB) deu uma bela entrevista ao jornal A Tarde

Moro na Bahia desde 1972, descontando um ano de cadeia na ditadura, nunca tive um senador para chamar de meu. Sempre engoli senadores reacionários, conservadores e muitos bandidos. Agora tenho. Lídice da Mata é a primeira senadora eleita na história da Bahia, coerentemente de esquerda. Ela concedeu uma bela entrevista à jornalista Ludmila Duarte, do jornal A Tarde (31/01/2011), o que significa que nem tudo está perdido na mídia.

Lídice da Mata elogiou a meta de Dilma Rousseff de construir 6.000 creches no Brasil. Parece simples, mas, vai mexer com a vida de muitas famílias. Desde que atendam a trabalhadoras que não podem pagar creches particulares. Creches públicas podem ter importante função educativa, permitindo que filhos de trabalhadores possam disputar posições no futuro em condições de igualdade com crianças das creches privadas.

Lídice elogia as conquistas femininas na Era Lula. Temos um Plano Nacional de Políticas Públicas para a Mulher, em plena execução, com metas em saúde, emprego, educação. Temos ações para garantir vagas de emprego, com ênfase para a mulher negra, para combater a discriminação histórica. Temos ações para combater a violência contra a mulher, sem falar da Lei Maria da Penha.

Sob um odioso cerco político-administrativo nas esferas estadual e federal – encetado pelo famigerado e falecido ACM – ela foi a primeira mulher à frente da prefeitura de Salvador. Foi difícil porque o big boss dominava até o Poder Judiciário. Era uma terra sem lei e os recursos municipais eram seqüestrados nos bancos. Ainda assim, ela imprimiu sua marca abrindo espaço para o movimento social, para o povo, obras viárias importantes e a Fundação Cidade Mãe. O cerco era estratégico. O chefe da máfia baiana tentava evitar que a esquerda voltasse a ganhar a prefeitura de Salvador. De alguma forma, o mal venceu.

Salvador está um lixo, deformada pelas construtoras, falida pela incompetência. O PSB de Lídice, o PT de Wagner, o PCdo B, meus partidos estão fora dessa tragédia. Mas, ainda não perdi a esperança. Pelegrino prefeito. Ops.

31 de janeiro de 2011

 

Garoto argentino de 16 anos foi assassinado pelos terroristas do Exército Brasileiro, em 1974

Ninguém sabe se a presidenta Dilma vai se encontrar com Lilian Ruggia, em Buenos Aires. Psicóloga, 56 anos, ela busca há 36 anos o corpo de seu irmão Henrique Ernesto Ruggia, assassinado por militares brasileiros, quando tinha 18 anos. Ele é um dos seis argentinos oficialmente reconhecidos como desaparecidos políticos por obra e graça da ditadura brasileira, numa emboscada em Foz do Iguaçu.

Henrique Ernesto Ruggia, os irmãos Joel e Daniel Carvalho, Onofre Pinto, José Lavecchia e Vitor Carlos Ramos, todos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foram atraídos ao Brasil por um agente duplo infiltrado e fuzilados.

O dossiê “Brasil Nunca Mais” documentou os assassinatos. Até hoje Lilian Ruggia procura pelo corpo do irmão. Cada dia fica mais distante a punição desses psicopatas fardados. Aos poucos eles vão morrendo de velhice.

 

Dilma Rousseff mantém decisão de Lula sobre extradição de Cesare Battisti

A mídia brasileira é exageradamente envolvida com o caso da extradição do ex-militante italiano Cesare Battisti. E nem um pouco envolvida na justa punição aos assassinos e torturadores do Exército Brasileiro nos anos de chumbo.

A presidenta é firme em sua posição. Em carta ao presidente da Itália ela classificou de injustas as críticas e manifestações contra o Brasil, diante da decisão do presidente lUla de não extraditar o ex-militante Cesare Battisti.

A Folha de S. Paulo (Eliane Cantanhede) o chama de terrorista, por supostos fatos que ocorreram na década de 1970. Há mais de 40 anos.

O presidente da Itália se revela "desiludido e amargurado" com o Brasil. Como se o Brasil tivesse julgando as instituições italianas ao dar asilo a uma pessoa.

Battisti foi condenado à prisão perpétua, por supostos assassinatos cometidos quando era militante da ultra-esquerda armada. Não é mais terrorista, é um escritor de contos policiais. Ele nega as acusações de antigos colegas favorecidos pela DELAÇÃO PREMIADA.

A resposta da presidenta não poderia ser outra. A posição adotada pelo Brasil foi baseada em Parecer da Advocacia Geral da União. Não envolve julgamento sobre a justiça e muito menos sobre a democracia italiana.

O que dá medo é que, pelo andar da carruagem, ao STF caberá a palavra final. A Folha de S. Paulo já julgou o caso. Pela porta-voz da famiglia Frias, Eliane Cantanhêde, resta apenas marcar a data da entrega de Battisti.

Até o doidão do Berlusconi recuou após subir o tom das críticas. Nada vai afetar os laços de amizade do Brasil com a Itália.

Se o STF se dobrar à pressão da mídia, lá vai Battisti para a prisão, 40 anos depois.

Catanhêde e seus patrões nada dizem os militares torturadores do Brasil. Afinal, para eles, foi apenas uma ditabranda, não mais que 400 presos políticos assassinados. Mas que merda.

 

O fantasma brasileiro é fardado

Em sua revista Carta Capital, Mino Carta assina Editorial sobre “O fantasma fardado e outras histórias”. Como ele diz, a presidenta Dilma Rousseff parte hoje (31) para a Argentina. Vai inclusive se encontrar com as “mães da Plaza de Mayo”, aquelas valentes cidadãs cujos filhos foram assassinados ou desapareceram durante a ditadura militar de lá. Hoje, as “mães da Plaza de Mayo” freqüentam a Casa Rosada, bem recebidas pela presidenta Cristina Kirchner, EM UM PAÍS QUE PUNIU OS ALGOZES, A COMEÇAR PELOS GENERAIS DITADORES.

Segundo Mino carta, há quem diga que ela se arrisca a uma saia-justa. Provavelmente, se trata de uma previsão dos ambientes fardados. Ele lembra que, em seu discurso de posse, Dilma mostrou-se orgulhosa do seu passado de guerrilheira e homenageou os companheiros mortos na luta. Conta com o aplauso de Carta Capital e deste blog BAHIA DE FATO.

A viagem a Buenos Aires indica que Dilma Rousseff pretende aprofundar o debate sobre as gravíssimas ofensas aos direitos humanos, cometidas ao longo dos anos de chumbo.

Escreve Mino: “Já li mais de uma vez comparações entre o número de mortos e de desaparecidos brasileiros e argentinos, de sorte a justificar que a nossa foi DITABRANDA. Bastaria um único assassinato. A violência de todo modo foi a mesma, sem contar que nossos torturadores deram aula aos colegas do Cone Sul, habilitados por sua extraordinária competência”.

Para Mino carta, o fantasma brasileiro é fardado e não há cidadão graúdo que não o tema, e também muitos miúdos.

Resta lembrar que Fernando Henrique Cardoso se manifesta agora favorável à abertura dos arquivos da ditadura. Surpresa. Foi ele quem referendou a proposta do general Alberto Cardoso, que comandava seu gabinete da Segurança Institucional, de manter INDEVASSÁVEL a rica documentação por 50 anos.

Esqueçam o que Fernando Henrique disse...

 

Estadão faz a cabeça dos blogs baianos de política

É lamentável. Os dois principais blogs baianos especializados em política deixaram-se pautar pelo Editor de Política do Estadão, o velho e conservador jornalão paulista do PIG. Os editores do “Política Livre” e do “Bahia Notícias” repetem sem pensar a grosseira queimação do Estadão, que taxou de “baixo clero” o atual presidente da Câmara Federal, candidato a reeleição, deputado federal Marcos Maia (PT).

No intestino da notícia está o velho preconceito contra os líderes políticos de origem operária. Marcos Maia, como o ex-presidente Lula, tem formação de trabalhador metalúrgico, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, foi presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, ex-secretário de Administração do Estado, ex-presidente da Trensurb e da Associação Nacional dos Transportes Públicos. Foi reeleito deputado federal por três vezes e é o atual presidente da Câmara dos Deputados. ´

É candidato favorito á reeleição. Nada tem de “baixo clero”. A não ser que o Estadão identifique origem metalúrgica como “baixo clero”. Lula também foi vítima deste tipo de preconceito, e como foi. Lula era o “ignorante”, “bêbado”, “falastrão” e outros adjetivos criados nas redações do PIG.

O deputado federal Marcos Maia é muito bem articulado, angariou apoios para sua candidatura, tem circulado o Brasil fazendo campanha e é pleno favorito.

O ataque grosseiro do Estadão era previsível. Mas achei um suspanto (susto com espanto) que jornalistas baianos bem formados tenham entrado nessa armadilha ideológica.

 

Reunião Plenária dispara mandato popular do deputado federal Emiliano (PT-BA)

Eleito deputado federal pelo PT da Bahia, Emiliano José, antes mesmo de tomar posse, convocou sua primeira reunião plenária, para reafirmar posições, planejar o mandato e dar voz aos que correram o trecho. Aconteceu sábado (29) no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador. À mesa, o ex-governador Waldir Pires, o superintendente da Secretaria da Educação e membro do Diretório Nacional do PT, Zé Maria, a vice-presidente do PT baiano, Aldenira Sena, as vereadoras Vânia Galvão (Salvador) e Leninha (Valente). Foi um sufoco. Mais de 300 pessoas lotaram o auditório, representantes de 42 municípios e 20 bairros da capital.

Como representante da “velha guarda” fiquei lá atrás, admirado com a organização da Plenária. José Carlos Zanetti, outro pioneiro do mandato parlamentar de Emiliano (éramos do comitê em 1982 quando lançamos Emiliano deputado estadual pelo PMDB), deu seu recado e foi muito aplaudido. Ele quer Emiliano colado com os movimentos sociais. Emiliano abriu os discursos reafirmando seu alinhamento com Dilma Rousseff na luta “pela erradicação da miséria”. E obviamente seu alinhamento com o governo democrático de Jaques Wagner “que segue a mesma linha de Lula e Dilma. A luta não pára”.

Waldir Pires, importante apoiador da candidatura, ressaltou o momento simbólico da primeira reunião plenária. Uma oportunidade de diálogo, interação, conversas, reafirmações de rumos. “Emiliano tem talento, competência, lealdade, um parlamentar que vai representar a Bahia e o Brasil com dignidade”. A vereadora Leninha, do PT de Valente, cidade plantada em pleno semi-árido da Bahia, definiu a luta pela cidadania e direitos humanos como o cerne do mandato. O dirigente Zé Maria pediu um mandato-modelo, como referência para a militância petista. A dirigente Aldenira Sena salientou o formato original do PT fazer campanha e a vereadora Vânia Galvão abordou a luta pela democratização da comunicação.

MARATONA POLÍTICA

Acompanhar Emiliano é como participar de uma maratona política. Na véspera da Plenária, sexta-feira (28), ele lançou seu livro “Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988”, na Livraria Cultura do Shopping Salvador. Parei de contar o público quando passou dos mil. Era uma pequena multidão de apoiadores, amigos, políticos, autoridades, simpatizantes. A livraria registrou mais de 400 livros vendidos.

Lá estavam o ex-governador Waldir Pires, o Secretário estadual da Cultura, Albino Rubim, o Secretário Estadual da Comunicação, Robson Almeida, o Secretário estadual da Educação, Oswaldo Barreto, os deputados federais Nelson Pelegrino e Zezéu Ribeiro (agora secretário do Planejamento da Bahia), o deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB), o ex-deputado estadual, Adelmo Oliveira, o prefeito de Boninal, Eudes Paiva, a Reitora da UFBA, Dora Leal, vereadoras Vânia Galvão, Leninha e Marta Rodrigues, vereadores Carballal, Maurício (Barro Alto) e Toinzinho (Itamaraju). Dezenas de lideranças política do interior, artistas e intelectuais. É difícil nomear.

O novo livro é baseado na tese de doutorado de Emiliano defendida na Faculdade de Comunicação da UFBA. O autor pesquisou o discurso da mídia na década de 1988 a 1998 e mostra como a imprensa mergulhou de cabeça na desconstrução da Constituição de 1988 e na implantação do projeto neoliberal no Brasil. A obra foi editada pela Edufba em parceria com a Assembleia Legislativa da Bahia e tem prefácio do professor doutor Albino Rubim, atual secretário de Cultura da Bahia.

Na mesma oportunidade, foi lançada a 2ª edição de "Imprensa e Poder - ligações perigosas". Na sua trajetória como escritor, Emiliano completou agora a publicação de nove livros. Além das duas obras citadas acima, ele já havia escrito: “Marighella: o inimigo número um da ditadura militar”, “Lamarca: o capitão da guerrilha”, este em parceria com Oldack Miranda, “Galeria F - lembranças do mar cinzento” (volumes I, II e III), “As asas invisíveis do padre Renzo” e “Narciso no fundo das galés”.

AS FOTOS ESTÃO NO PORTAL DO EMILIANO

30 de janeiro de 2011

 

Secretário da Justiça da Bahia associa Ali Kamel a racismo. Saravá.

Paulo Henrique Amorim, em seu portal CONVERSA AFIADA, apresenta o novo secretário de Justiça da Bahia para o mundo. Almiro Sena é promotor de justiça e coordenador do Grupo e Atuação Especial de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Ministério Público da Bahia.

Para ele, na sociedade racista brasileira o normal é ser branco. Talvez seja confessadamente o primeiro secretário de governo no Brasil fiel da religião umbandista. Sena é autor do livro “A cor da pele”, do Instituto Memória Editora. Em seu livro ele afirma que a negação do racismo é discurso eficiente para sua disseminação. Sena examina a obra de um autor de um trabalho sub-científico chamado “Nós não somos racistas”, do famigerado Ali Kamel, da Rede Globo.

Sobre Kamel, diz Sena: “… o discurso da negação termina por reforçar a existência do racismo, pois, além de obstar a sua desconstrução ideológica entre o grupo discriminador, tem o efeito, peculiarmente perverso, de dificultar, mais ainda a conquista da igualdade material por parte do grupo discriminado, já que contesta qualquer medida concreta de redução de desigualdade entre ambos. Ademais, novamente, avilta à dignidade dos que são historicamente ofendidos pelo racismo, transformando-os, aos olhos dos incautos, nos ‘verdadeiros racistas’".

Como se sabe, Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da História da Globo, se vale do púlpito da Globo para combater as cotas nas universidades, com a obstinação de um cruzado. Sena, porém, não escreveu o livro para combater Kamel. Ele tem mais com que se preocupar. E demonstra com um zelo profissional irreparável como, por exemplo, a ideologia da “eugenia” e sua derivação “eugenia social” se impôs ao pensamento conservador brasileiro.

Sena desconstrói o sub-argumento (Kamel é um dos usuários) conservador de que depois da Abolição não houve obstáculos legais à ascensão do negro. Isso no capítulo “A condescendência da legislação brasileira com o racismo”.

Sena não poupa nem o gênio do Padre Vieira. Racista, mas genial.

Kamel é de outra grei.

Paulo Henrique Amorim faz uma saudação: Saravá, governador Wagner!

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