5 de fevereiro de 2011

 

Emiliano completa 65 anos de vida e 45 (anos) de luta política

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) completa hoje 65 anos. São, portanto, 45 anos de ação popular (ops), digo, ação política, resistência, ativismo pela democracia, justiça social e pelo socialismo.

Paulista de nascimento, baianíssimo de coração, Emiliano iniciou a luta contra a ditadura em São Paulo, como vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes (UBES). Perseguido, caiu na clandestinidade e se mudou para a Bahia nos anos 70. Em Salvador, foi preso, barbaramente torturado pelos psicopatas da ditadura e condenado a quatro anos de prisão, com suspensão dos direitos políticos.

O tempo passou. Acompanhei a trajetória política de Emiliano desde que ele saiu da prisão e virou jornalista. Ele começou a fazer jornalismo na Tribuna da Bahia, passou pelo Jornal da Bahia, sucursais de O Estado de S. Paulo, O Globo e pelas revistas Afinal e Visão. Na ditadura, particiamos juntos dos jornais alternativos Opinião, Movimento e Em Tempo.

Até hoje Emiliano exerce a profissão e publica artigos e reportagens em sites, revistas e jornais. Leio sempre seus artigos no site da revista Carta Capital e no jornal A Tarde.

A roda girou. Entramos juntos para a Faculdade de Comunicação da UFBA. De lá saiu doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Aposentou-se como professor depois de 25 anos na sala de aula. Já escreveu nove livros. O primeiro escrevemos juntos: "Lamarca, o capitão da guerrilha", aí ele não parou mais. Acaba de lançar "Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988".

Foi vereador, deputado estadual e agora deputado federal. Fiz todas as suas campanhas, escrevi os textos, corri atrás de gráficas. Durante a ditadura nós mesmos pichávamos os muros e colávamos os cartazes. De vez em quando corríamos dos ton ton macoute de ACM.

Juntos trabalhamos no governo democrático de Waldir Pires, combatemos o coronelismo na Bahia, batalhamos pelas vitórias de Lula, Wagner, e agora Dilma.

Pois é. O tempo passou, a roda girou. Rodopiamos que nem um dervish turco. Estamos os dois com 65 anos. E a história não acabou.

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