26 de julho de 2008

 

Onde fica a famosa verdade? pergunta Mino Carta aos jornalões...

Citando os jornais “Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo” o jornalista Mino Carta em editorial da revista CartaCapital (25/07/08), que está nas bancas neste final de semana, pergunta:

Por que a mídia evita evocar o passado do Opportunity, que de banco do PFL passou-se ao PSDB e floresceu à sombra do pássaro que não voa? Por que a mídia não contempla, em nome da verdade que enfaticamente afirma motivá-la, o papel do banco na duvidosa operação das privatizações? Por que a mídia insiste em circunscrever o caso ao escândalo do chamado mensalão como se os alvos, muito antes de Dantas, fossem o próprio presidente Lula, seu governo e o PT?

Abundam os porquês sem resposta. Por exemplo: por que a Folha de S.Paulo publicou em abril passado reportagem de Andréa Michael que deixou Dantas e Cia. de sobreaviso quanto aos rumos da operação do delegado Protógenes? É possível imaginar que o chefe de Andréa, o chefe do chefe, e o chefe de todos os chefes não tenham percebido a importância das informações trazidas pela repórter? Ou que tenham permitido a publicação sem sua autorização?

Não é possível dizer que o primeiro relatório do delegado Protógenes seja convincente nas passagens que dizem respeito à mídia. Falta substância, já foi escrito aqui. Sobra a impressão de que o policial não conhece os meandros desse labirinto. O comportamento midiático não deixa, entretanto, de ser estranho. Muito estranho.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTACAPITAL

25 de julho de 2008

 

Dirigir alcoolizado é crime. Viva a Lei Seca.

A classe média brasileira está revoltada. Até jornalistas, doutores e professores de boa formação moral não disfarçam a revolta. A Lei 11.705, que alterou o Código Nacional de Trânsito criminalizando a ingestão de bebida alcoólica ao volante fortaleceu a defesa da vida. Mas, a classe média está re-vol-ta-da.

Tem gente que sequer lê jornal. A tragédia gerada pelos acidentes de trânsito está fartamente quantificada. São 35 mil mortes por ano, 400 mil feridos, 1,5 milhão de acidentes, R$ 22 bilhões gastos com desastres nas estradas federais. Está justificada a política de tolerância zero.

A Lei Seca acompanha a tendência de vários países. Antes, acreditava-se que havia um “nível seguro” de álcool no organismo. Pesquisas revelaram que não existe este “nível seguro” em matéria de álcool. Mudanças culturais de parte da população terão que ser feitas.

Pessoalmente, eu também não gosto da idéia. É muito chato não beber na saída de fim-de-semana para poder andar de carro. É muito chato pagar táxi. É muito chato alguém da turma ter que servir de motorista sem beber. Ainda assim, saúdo o advento da Lei Seca.

Soube que advogados baianos estão fazendo cursinhos para defesa de seus futuros clientes, aqueles que violarem a Lei Seca. É um direito, mas todos os cidadãos devem se preocupar mais com seus deveres. Infelizmente, campanhas educativas não conseguiram sociabilizar os maus condutores, que se permitiam infringir as regras, pois não havia uma pena rigorosa.

Agora, quem for pego pelo bafômetro com uma margem entre 0,1 a 0,29 mg paga uma multa de R$ 957,20 e corre o risco de ter a carteira de habilitação suspensa de 12 a 24 meses; acima de 0,3 mg, além de pagar a multa e correr o risco de perder a habilitação, o infrator é levado para a delegacia, e responde criminalmente, podendo pegar uma pena que varia de 6 meses a 3 anos de detenção. O infrator só é liberado para responder em liberdade após pagar uma fiança entre R$ 300,00 e R$ 1.200,00. Através dessa medida punitiva e com o auxílio dos órgãos fiscalizadores, está acontecendo em todo o país, algo que antes seria inimaginável: prisão para condutor embriagado.

A classe média está revoltada. Mas quando todos visitam ou migram para os Estados Unidos tratam de se adaptar. Lá, o condutor bêbado é tratado com a mesma rispidez com que é tratado um criminoso. Quem dirige bêbado é um homicida em potencial.

Os legisladores brasileiros demoraram a legislar. Essa alteração na lei vinha sendo reivindicada há anos pela Federação Nacional das Associações de Detrans (Fenasdetran), uma entidade sediada em Salvador. A “Carta de Salvador Trânsito e Vida 2002”, por exemplo, defendeu mudanças dos artigos 165 e 276 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A Carta defendia que o “teor de alcoolemia fosse zero para condutores de veículos, como no Japão”.

A mesma proposta foi defendida no “IV º Congresso Brasileiro de Trânsito e Vida”, realizado em Brasília, em 2005, na “Carta de Brasília Trânsito e Vida 2005”. Na época, as propostas de especialistas foram enviadas para a Presidência da República e ministérios da Saúde, Justiça, Transportes e Cidades.

Eu apoio a Lei Seca. Eu tenho responsabilidade. Eu me revolto com a quantidade de gente morta nas cidades e nas estradas. Eu defendo mais bafômetros. Eu adoro beber, mas não às custas da impunidade de criminosos ao volante.

24 de julho de 2008

 

Bahia prepara presos para a liberdade com cidadania

Sair da cadeia é mais difícil do que entrar. Quando um presidiário sai da cadeia se depara com uma realidade diferente. Cadê minha família? Meus amigos? Meu trabalho, minha chance de trabalhar? Todos os que enfrentaram a prisão se perguntam. Mas, como disse a competente secretária de Justiça da Bahia, Marília Muricy, graças a Deus neste país não existe a pena de morte e nem a prisão perpétua.

É necessário, portanto, preparar os internos para a saída após o cumprimento da pena. É o que pretende o programa “Liberdade e Cidadania”, promovido pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia em parceria com o Instituto Avelar Brandão Vilela. O curso também funciona como remissão da pena - três dias de aulas assistidas correspondem a um dia a menos de prisão.

O cenário do curso “Liberdade e Cidadania” é na Colônia Lafayete Coutinho, no bairro de Castelo Branco, em Salvador. A colônia recebe até 283 condenados a penas em regime semi-aberto, com direito a sair para trabalhar e retornar diariamente.

O objetivo é preparar o sentenciado para o mercado formal ou informal de trabalho.
É assunto delicado, daí que os discursos saem emocionados. Dom Josafá Menezes, do Instituto Avelar Brandão Vilela, falava de liberdade, cidadania, dignidade. A secretária Marília Muricy dizia que “ser livre é um estado de espírito, uma capacidade de compreender a vida, nossos problemas e de descobrir em nós a semente da esperança”.

A Juíza titular da Vara de Execuções Penais, Andremara Santos, fortalecia a iniciativa governamental pelo “olhar diferenciado para homens e mulheres que cumprem pena mas que um dia vão viver em liberdade” e falava de proteção do Estado, igualdade de direitos, oportunidades e deveres”. Atentos, lá estavam o coordenador da Pastoral Carcerária Nilton de Oliveira e a vice-coordenadora irmã Maria de Fátima Nery. Lá estava Eliana Almeida, da Coordenação e Desenvolvimento da Ação Penal.

O curso “Preparando para a Liberdade”, que se inicia hoje, 24 de julho, terá o professor Milton Júlio falando sobre o tema “Pensar a Liberdade”; o filósofo José Antônio Saja (UFBA) falando sobre “Fortalecimento da auto-estima e do auto-conhecimento”; a professora Graciela Chantelein falando sobre “Relações e comportamento individual, interpessoal, familiar, social e profissional”; a professora Marta Alencar falando sobre “Dinâmica de auto-conhecimento”.

São muitos os professores, Leila Oliveira, Ricardo Cappi, Amanda Marques, Jane Montes, Denise Dornelles. Destaco a palestra de Vera Leonelli sobre “O exercício da cidadania – direitos e deveres”.

 

Governador Wagner não se mistura com atividades de lobista

A imprensa tanto insistiu que o governador da Bahia, Jaques Wagner, acabou tendo que desfazer insinuações grosseiras. Ser o “melhor amigo” do publicitário Guilherme Sodré Martins, acusado de fazer lobby para Daniel Dantas, não significa, e não significa mesmo, manter qualquer tipo de relação com as atividades profissionais do acusado. Até porque o governo da Bahia não mantém qualquer tipo de relação com o Grupo Opportunity e nem com a empresa do publicitário. A confusão deliberada vinha sendo alimentada pela Folha de S. Paulo e sua agência Folhapress.

O relatório da Polícia Federal constatou que o publicitário Guilherme Sodré Martins recebeu R$ 255 mil, em 2005, da Brasil Telecom, à época controlada pelo grupo Opportunity do banqueiro Daniel Dantas. A PF com a Operação Satiagraha concluiu que Sodré Martins seria o responsável pelos contatos políticos do banqueiro Daniel Dantas. Wagner afirmou que Sodré Martins não fez lobby junto ao governo da Bahia, em nome de Dantas. Se não há contratos com o governo não há motivo para lobby.

Jaques Wagner é muito franco. Ele afirmou que é mesmo muito amigo do publicitário Sodré Martins, que já foi casado com Fátima Mendonça, a primeira-dama da Bahia. Mas, amizade, amizade, negócios e política à parte. A vida profissional de cada um é independente da amizade pessoal. Segundo Wagner, Sodré Martins tem uma empresa que presta serviços ao banqueiro Daniel Dantas, e se tiver envolvido em alguma irregularidade deve ser investigado e responder na Justiça. Ponto final.

Mas a Folha de S. Paulo tem uma fixação contra o PT. A legítima advocacia de Luiz Eduardo Greenhalgh para Daniel Dantas é criminalizada nas páginas do jornalão. O pedido de informações de Greenhalgh a Gilberto Carvalho, Chefe-de-Gabinete do presidente Lula é criminalizado pelo jornalão. De repente, o fato de Guilherme Sodré, que é médico de formação, ter indicado o acupunturista Gu Han Chu, que tratou a bursite do presidente Lula, passa a ser incluído no texto da reportagem com um tom quase acusatório.

Penso que a Folha de S. Paulo subestima em demasia a inteligência de seus leitores.

23 de julho de 2008

 

Portugal contabiliza 14 mil abortos legais em um ano, nenhuma morte

O blog “Mulheres de Olho”, do Instituto Patrícia Galvão, que acompanha as conquistas das mulheres, especialmente no campo da saúde sexual e reprodutiva, repercute o balanço de um ano de aborto legal em Portugal. O blog “Mulheres de Olho” acompanha a também a postura dos candidatos, os programas partidários, as políticas públicas e o debate na mídia sobre o direito das mulheres. Como a Igreja Católica está misturando desonestamente a questão da “ficha suja” e a posição sobre o aborto da parte dos candidatos, o blog “Mulheres de Olho” assume grande importância nestas eleições.

Para quem não sabe, o blog “Mulheres de Olho” é uma iniciativa do Instituto Patrícia Galvão Comunicação e Mídia, organização sem fins lucrativos, fundada em 2002. O instituto luta por transformações culturais, sociais, políticas e legislativas que tornem a sociedade brasileira mais democrática, plural, não-sexista e não-racista, e atua em parceria com redes, ONGs e movimentos sociais, sob a coordenação da socióloga Ângela Freitas.

14 MIL ABORTOS LEGAIS EM PORTUGAL

A imprensa portuguesa acaba de divulgar o balanço das interrupções legais voluntárias de gravidez. É o balanço do primeiro ano da legalização do aborto em Portugal. Ao todo, foram 14 mil abortos legais

Alguns dados que chamam a atenção:

7.895 é o número total de interrupções voluntárias da gravidez feitas entre Janeiro e 30 de Junho deste ano

6.287 foram abortos realizados nos primeiros seis meses da nova lei, entre 15 de Julho e 31 de Dezembro de 2007

6.299 é número total de gestações interrompidas por mulheres entre os 25 e os 34 anos - a faixa com o maior número de casos - no primeiro ano de vigência da Lei do Aborto

Apenas 72 adolescentes com menos de 15 anos, neste primeiro ano de despenalização, fizeram aborto; o número aumenta para um total de 1553 interrupções da gravidez em jovens na faixa etária entre os 16 e os 19 anos

NÃO HÁ REGISTROS DE MORTE DE MULHERES.

Leia mais:

MULHERES DE OLHO


INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO

22 de julho de 2008

 

Pimentel e Aécio não precisavam ler o que saiu hoje na Folha

Coluna: Eliane Cantanhede
Título: Jô Moraes

Folha de S. Paulo - 22/7/2008

Você já ouviu falar em Jô Moraes? Nem eu. Mas ela é deputada federal e está em primeiro lugar nas pesquisas para a Prefeitura de Belo Horizonte, contra tudo, contra todos e muito particularmente contra o governador Aécio Neves, do PSDB, e o prefeito da capital, Fernando Pimentel, do PT.

Jô Moraes parece ter tudo contra. Mulher e paraibana num Estado machista e bairrista, é filiada ao PCdoB, partido pequeno e um tanto extemporâneo, e enfrenta dois Golias. Mesmo que acabe perdendo a eleição - o que parece muito mais natural até onde a vista alcança -, ela já fez uma proeza.

E uma proeza sobretudo por chacoalhar a espetacular aliança tucano-petista, construída à revelia da cúpula nacional do PT e dos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência). Ilustres desconhecidos no cenário nacional, os dois são bastante influentes em Minas, onde tentam ocupar o vácuo de liderança, essa, sim, efetiva e forte, do ex-prefeito Célio de Castro, afastado da política por um derrame em 2001 e morto no domingo.

Aécio e Pimentel enfrentaram todas as resistências, mantiveram a união e lançaram o nome de Márcio Lacerda, do PSB, para ser "imbatível". Mas ele está em... terceiro lugar! Em resumo, fizeram das tripas coração para chegar a uma vitória acachapante e cheia de significado sobre a conturbada relação atual e as possibilidade futuras entre PSDB e PT, mas não contavam com isso: a força deletéria da divisão petista sobre o ânimo do eleitorado e a emergência de Jô Moraes.

E o vice José Alencar? Dizem que também está com ela. Minas, portanto, continua produzindo os melhores momentos desta eleição. A espetacular costura PT-PSDB, o ciúme dos ministros mineiros, a surpresa da líder das pesquisas. É difícil Aécio e Pimentel perderem essa. Mas, se perderem, vai ser um vexame histórico.

 

Emiliano conta como foi seu encontro com Jesus Cristo, o torturador

Entremeando citações do livro "Sem Sangue", de Alessandro Baricco, o ex-preso político Emiliano José lembra a angústia que sofreu ao ser avisado de que iria ser removido para São Paulo. Na Penitenciária Lemos Brito, da Bahia, ser avisado de alguma viagem era o mesmo que voltar para a tortura. Ele se preparou para o pior. Eram dias nervosos. A ditadura caçava Lamarca no sertão da Bahia. Com medo, muito medo foi tranportado num camburão até a Base Aérea de Salvador. Entrou no avião militar e lá estava Fleury. Não teve dúvidas. Estava voltando para a OBAN, para a tortura.

Algemado, ouviu um policial chamar: Jesus Cristo. Era o torturador Dirceu Gravina. Ao ler a revista CartaCapital Emiliano o reconheceu pela foto. Então ele tinha participado da caçada a Lamarca? Emiliano ficou ouvindo. Eles tinham medo do capitão Lamarca. Falavam de medo. O avião fez uma escala no Rio. O torturador Jesus Cristo continuou no avião.

Emiliano desembarcou em São Paulo e foi para a OBAN. O medo era voltar para a tortura. Conseguiria agüentar novamente sem falar? Corria 1971. No final do ano Emiliano estava de volta à Bahia, à Penitenciária Lemos Brito onde ficou por quatro anos. O relato do terror está no artigo intitulado "Sem Sangue", publicado no site da revista CartaCapital.

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Juiz De Sanctis amarelou diante da grande imprensa

Fausto Martin De Sanctis é o nome do juiz que vem condenando criminosos de colarinho branco. Foi ele que mandou para a cadeia Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta. Condenou e mandou confiscar os bens do ex-banqueiro do Banco Santos, Edelmar Cid Ferreira, e o mesmo fez com o ex-empresário Ricardo Mansur, ex-dono do Mappin. Tambén condenou o megatraficante colombiano Juan Carlos Abadia a 30 anos de prisão, o doleiro Toninho da Barcelona a dez anos, o contrabandista Lobão a 22 anos. A lista de criminosos de colarinho branco é extensa.

Mas, falta alguém na relação. O juiz De Sanctis não decretou a prisão preventiva da jornalista Andrea Michel, do jornal A Folha de S. Paulo. A jornalista, ao publicar reportagem com informações obtidas de forma ilegal, tumultuou a operação em andamento contra o Grupo Opportunity. A serviço de quem estava a jornalista? Defendia quais interesses? A jornalista pagou pelas informações? Quem é o melhor amigo da jornalista da Folha? Os donos da Folha sabiam que a jornalista estava tendo acesso a informações confidenciais?

Como o juiz De Sanctis se recusou a decretar a prisão preventiva da jornalista, a Justiça e a sociedade nunca saberão as implicações e relações perigosas mantidas pela repórter Andrea Michael. Que democracia é esta?

Juízes não deveriam se atemorizar diante da imprensa. Boa parte da imprensa brasileira é podre. Eu defendo que a Polícia federal grampeie os telefones de todos os jornalistas da grande mídia. Ou isso ou façam Daniel Dantas falar sobre suas relações com jornalistas. Ele paga ou pagou Diogo Mainardi, da revista Veja, citado nos relatórios da Polícia Federal? Perguntar não ofende.

 

Memorial presta homenagem a baiano que morreu na luta armada

O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, inaugurou (18/07/08), em Osasco (Grande São Paulo) o Memorial em homenagem a José Campos Barreto, João Domingues da Silva (ambos do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco) e Dorival Ferreira (do Sindicato da Construção Civil de Osasco). Eles eram operários e militantes de organizações de esquerda, mortos durante a ditadura. A solenidade faz parte do projeto "Direito à Memória e à Verdade", promovido pelo Governo Lula. A homenagem foi realizada em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos e a Prefeitura de Osasco.

O Memorial foi construído em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos e prefeitura de Osasco e integrou a extensa programação da semana “1968 – Memórias de uma História de Luta”, que celebra os 40 anos da greve que mobilizou 12 mil trabalhadores de algumas das principais fábricas da cidade, em 1968. Entrou para a história como “Greve de Osasco”. O movimento tinha como objetivo combater a ditadura militar e melhorar as condições de vida dos trabalhadores. A história dessa luta foi revivida em uma semana de debates e comemorações.

QUEM É JOSÉ CAMPOS BARRETO

Boa parte do desfecho trágico da luta de José Campos Barreto foi contada no livro "Lamarca, o Capitão da Guerrilha" da autoria dos jornalistas Emiliano José e Oldack Miranda. José Campos Barreto foi assassinado em 17 de setembro de 1971, em Pintada, localidade rural do município de Ipupiara, nas proximidades de Brotas de Macaúbas, junto com Carlos Lamarca, o capitão do exército brasileiro que se engajou na luta armada contra o regime militar.

Mais velho dos sete filhos de José de Araújo Campos Barreto e Adelaide Campos Barreto, ainda muito jovem foi enviado a um seminário em garanhuns, Pernambuco, onde ficou por quatro anos. Aos 13 anos já discutia política. Em 1963 decidiu não mais voltar ao seminário. Em 1964, mudou-se para São Paulo e serviu o exército no ano seguinte, no Quartel de Quitaúna. Estudou em Osasco, no Colégio estadual e na Escola Normal Antônio Raposo Tavares, tornando-se presidente do Círculo estudantil Osasquense. trabalhou com operário e destacou-se como importante liderança no Sindicato dos Metalúrgico de Osasco, em 1968.

Na Cobrasma, protagonizou um de seus mais conhecidos feitos: quando a fábrica foi cercada, durante a greve de 1968, de cima de um vagão, discursou aos soldados, explicando as razões do movimento. Chegou a paralisar a tropa por um momento. De posse de uma tocha acesa, ameaçou explodir o tanque de combustível da fábrica. A tropa hesitou e muitos operários conseguiram escapar da polícia. Cerca de 400 foram detidos. Barreto sofreu espancamentos já no ato da prisão. Permaneceu 98 dias entre os cárceres do DEIC e do DOPS, até ser libertado por força de um habeas-corpus. Em 1969, militando na VPR voltou ao sertão baiano. Depois deslocou-se para o Rio de Janeiro e voltou à Bahia, onde passou a militar no MR-8. Com a chegada de Lamarca ao Estado, foi designado para acompanhá-lo e com ele ficou até a morte. Lamarca e Barreto foram mortos por agentes do DOI-CODI da 6ª Região Militar, chefiados pelo general Nilton de Albuquerque Cerqueira.

Seus restos foram levados para Brotas de Macaúbas e jogados no campo de futebol. Os agentes comemoraram, dando rajadas para o alto, gritando vitória e chutando os cadáveres. Depois, os corpos foram colocados em um helicóptero e transportados para Salvador. O livro "Dos Filhos deste Solo", da autoria do ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, em parceria com o jornalista Carlos Tibúrcio, registra à página 415 que José Campos Barreto foi enterrado no cemitério Campo Santo, em Salvador, segundo o Atestado de Óbito assinado pelo legista Dr Charles Pittex.

O press-release distribuído pela Assessoria de Comunicação da SEDH contém algumas imprecisões. O blog de Zé Dirceu reproduz a informação da SEDH com os mesmos erros. O principal deles é informar que o corpo de José Campos Barreto nunca foi encontrado. O Decreto 2.318, assinado por Fernando Henrique Cardoso em 5 de setembro de 1997, indenizou quatro irmãos da família Campos Barreto ( Olival, Ana, Olderico e Edival)pelo assassinato de José Campos Barreto com o valor de R$ 124.110,00. Os irmãos também foram indenizados pela morte de Otoniel Campos barreto (também assassinado na operação de cerco ao capital Carlos Lamarca) com o valor de R$ 137.220,00. Foi o reconhecimento oficial da responsabilidade do estado na morte dos militantes políticos de oposição.

MILITANTES MORTOS NA TORTURA

Os militantes da VAR-Palmares, João Domingues da Silva e Fernando Borges de Paula Ferreira foram interceptados por policiais civis por volta da meia noite do dia 29 de julho de 1969, na avenida Pacaembu, em São Paulo. Na versão oficial, os policiais suspeitaram do veículo utilizado por ambos. Fernando teria morrido imediatamente e João Domingues, apesar de gravemente ferido, conseguiu escapar, refugiando-se na casa de uma irmã, em Osasco, onde foi preso no mesmo dia.

Filho de Eliza Joaquina Maria da Silva e Antônio José da Silva, o operário João Domingues tinha sido, ao lado de seu irmão Roque Aparecido da Silva, um dos líderes da greve realizada em Osasco (SP) pelos trabalhadores metalúrgicos, em julho de 1968, passando a ser constantemente ameaçado de prisão e morte. Nascido em Sertanópolis (PR), desde os 10 anos, ajudava o pai no trabalho com o gado, onde viviam, em Jataizinho (PR). Aos 12 anos, trabalhava no matadouro de Ibiporã (PR) e, aos 13, em Osasco, num açougue. Militou nas organizações de esquerda Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e VAR-Palmares.

Ao ser preso na casa da irmã, foi levado para o Hospital das Clínicas, onde os médicos submeteram-no a uma delicada cirurgia. Mesmo correndo risco de vida, agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) transportaram-no para o Hospital Geral do Exército, onde iniciaram um processo de interrogatório e torturas que culminou com sua morte, no dia 23 de setembro.

Filho de Alvina Ferreira e Domingos Antonio Ferreira, nascido em Osasco (SP), Dorival Ferreira era militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Operário, era filiado ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Osasco e Região – do qual foi candidato à presidência em 1965. Casado, pai de seis filhos, Dorival morreu aos 38 anos, após ser preso pelos agentes do DOI-CODI/SP. Na noite de 2 de abril de 1970, agentes de segurança invadiram sua casa, aos tiros, em Osasco. A versão oficial alegou que ele morreu em tiroteio.

As provas que contrariam a versão oficial vieram do Instituto Médico Legal (IML), da perícia técnica e do DOPS. Nas declarações do pai de Dorival, prestadas ao delegado do Deops Edsel Magnotti, no dia 2 de junho, consta que ao chegar na casa do filho só encontrou policiais que lhe disseram que Dorival tinha sido preso, sem informar para onde fora levado. Também veio do DOPS uma ficha de Dorival, com data de 30 de abril de 1970, informando que ele morreu em 3 de abril do mesmo ano, isto é, no dia seguinte à sua prisão.

21 de julho de 2008

 

Anúncios na TV estimulam a má alimentação, revista Veja não está nem aí

O jornal A Tarde (20/07/08), de Salvador, publica uma reportagem bem fundamentada sobre anúncios na TV que estimulam a má alimentação, com base numa pesquisa feita pelo Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição (Opsan), da Universidade de Brasília. A pesquisa revela que 72% das peças publicitárias de alimentos veiculam mensagens de produtos de altos teores de gorduras trans, açúcares e sal, que fazem mal à saúde.

Já revista Veja (23/07/08), em sua total irresponsabilidade de sempre, defende em editorial “a publicidade livre e responsável” com um argumento de má fé: “a publicidade não causa obesidade, alcoolismo ou acidente de trânsito”. A revista Veja aplaude a criação de uma tal Frente Parlamentar da Comunicação Social para”combater a sanha regulatória que deseja pôr obstáculos à circulação de informações no âmbito da propaganda”. Em resumo, a revista Veja não quer normas e regulamentos em defesa da saúde da população.

A pesquisa da Universidade de Brasília analisou 128.525 peças publicitárias colhidas em 4.108 horas de televisão. As propagandas chamam atenção para fast food, guloseimas, sorvetes, refrigerantes e biscoitos doces. Estes alimentos provocam crescente e assustador índice de doenças crônicas como obesidade, hipertensão e diabetes. A publicidade mira nos horários de programas infantis, onde 50% das peças publicitárias são de alimentos. É preciso conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se alimentar bem, mas, como a família e a escola vão concorrer com a televisão?

A revista Veja pelo menos tem a cara-de-pau de reconhecer em editorial que é a publicidade que viabiliza, do ponto de vista financeiro, a liberdade de imprensa e a difusão de cultura e entretenimento. Aí está a coisa. Viabilização financeira. Cerca de 15% do total de peças publicitárias nas revistas relacionam-se a produtos alimentícios. Nas revistas infantis a propaganda de alimentos chega a 18%.

De um lado, está o Ministério da Saúde, apresentando pesquisas para que o Parlamento aprove regulamentações, normas legais. Em muitos países a publicidade de alimentos em TV já é proibida. Em outros há controles de horários.

Do outro lado está a revista Veja, a serviço de indústrias poderosas, que não se importam de prejudicar a saúde da população. É preciso ficar de olho no lobby da mídia e da indústria de alimentos. A saúde da população é um dos pilares da democracia. A revista Veja vira isso pelo avesso. Para ela, a publicidade sem regras é um dos pilares da democracia.

 

Cria de ACM, Dantas se projetou na era FHC

Deu na Folha de S. Paulo:
Segunda-feira 21/07/08

Na era Lula, ao ser barrado por Gushiken, banqueiro passou a contratar advogados ligados a petistas para ter acesso ao Planalto. No governo Collor, chegou a ser cogitado como possível ministro e teria participado da reunião que decidiu confisco de cruzados novos.

Daniel Valente Dantas, 53, um baiano que saiu do seu Estado como um empresário modesto, em pouco mais de 20 anos passou por todos os governos federais desde os anos 90 com a marca de arrecadar tanto aliados quanto inimigos de vários partidos.

Dantas chegou ao Planalto ainda no governo José Sarney (1985-1990), pelas mãos do conterrâneo Antonio Carlos Magalhães, do então PFL, morto no ano passado, a quem foi indicado pelo economista Mário Henrique Simonsen.

A proximidade com o poder e o desempenho no mercado de finanças à frente do banco Icatu lhe renderam espaço privilegiado de articulador da política de privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O que, mais tarde, lhe garantiu a continuidade dos seus negócios no governo Lula.

Nascido numa família da oligarquia baiana, Dantas começou cedo nos negócios. Aos 17 anos, criou uma fábrica de sacolas com amigos. Passou pelas indústria têxtil e de turismo, foi dono de posto de gasolina e ainda trabalhou na empreiteira Odebrecht como engenheiro, curso pelo qual se graduou na Universidade Federal da Bahia.

No Rio, onde fez mestrado em economia, conheceu Simonsen, por meio de quem se aproximou do PFL de ACM. Depois de fazer uma especialização no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos EUA, voltou ao Brasil e passou pelo Bradesco, indo logo em seguida para o banco Icatu.

Já na direção do banco, seus contatos políticos rendiam acesso a dados que o levaram a vencer grandes especuladores do mercado de ações. Quando o governo Fernando Collor (1990-1992) estava para começar, Dantas foi citado como possível ministro, o que não se confirmou. Ele teria participado, a convite de Simonsen, da reunião em que Collor decidiu pelo bloqueio dos cruzados novos. Antes do confisco, fez dinheiro com exportações e investiu em soja e café.

Contatos políticos

Um dos principais economistas do PFL, atual DEM, no qual cresceu graças às boas relações com o grupo de ACM, Dantas fez parte, em 1994, do grupo que analisou o Plano Real criado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso. Foi um dos responsáveis pela análise e montagem do plano econômico do governo PSDB-PFL.

Em 1996, quando o banco Opportunity começa a operar, Dantas já havia se aproximado de Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES (1993-1995) e do Banco Central (1995), que se tornou seu sócio no banco. A irmã, Verônica Dantas, expert na área jurídica, foi outra sócia.

O surgimento do Opportunity tem na origem os bons contatos de Dantas com os tucanos: foram seus aliados no partido que o estimularam a entrar no processo de privatizações do sistema Telebrás. Montou o CVC Opportunity, com recursos do Citigroup, e atraiu a Telecom Italia e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil).

Tanto em suas sociedades quanto nas relações que mantinha com partidos políticos, Dantas sempre se utilizou das divisões internas para conquistar espaço. Foi assim na sua transferência do Bradesco, com o empresário Almeida Braga, para o Icatu. Dentro do PSDB, usou o desentendimento com o senador Tasso Jereissati (CE) para se aproximar de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações.

O grampo telefônico de Mendonça de Barros e André Lara Resende, presidente do BNDES na época da privatização das teles, escancarou a extensão do poder de penetração de Dantas no governo tucano.Em 2004, a Folha revelou que a BrT, do Opportunity, contratou a Kroll para investigar a Telecom Italia. A empresa espionou funcionários do governo Lula, entre eles os ex-ministros Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo) e José Dirceu (Casa Civil) e Cássio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil.

Começaram disputas entre a Telecom Italia e os fundos de pensão com o Opportunity sobre a administração da BrT. Em 2002, um acordo foi anunciado. A Telecom Italia transferiu metade de suas ações com direito a voto na BrT ao Opportunity, para que a Tim (que ela controla) pudesse inaugurar sua rede de telefonia celular. O acordo lhe dava o direito de recomprar as ações.

Em 2003, a Telecom Italia tentou retornar ao bloco de controle da BrT. Foi impedida pelo Opportunity. Contrariada, a Telecom Italia entrou na Justiça. A Folha revelou ainda que o Citigroup tinha conhecimento da espionagem. Em 2005, a Anatel determina a volta da Telecom Italia ao bloco de controle da BrT. Chega a um acordo com o Opportunity e entra em conflito com os fundos, que se aliaram ao Citigroup, pelo controle da Brasil Telecom.

Dantas é abandonado pelo Citigroup, que destituiu o Opportunity como gestor do fundo CVC Opportunity, que controlava BrT, Telemig Celular, Amazônia Celular e o Metrô do Rio. O Citi passa a controlar as empresas telefônicas em parceria com os fundos Previ, Petros, Funcef e outros.

Na era petista, seu modus operandi foi adaptado. Ao encontrar resistência ferrenha de Gushiken, um dos ministros mais próximos de Lula no primeiro mandato e claro defensor dos fundos de pensão, contratou dois advogados com pontes no novo governo: Antonio Carlos de Almeida Castro, amigo de Dirceu, e Roberto Teixeira, compadre de Lula.

O banqueiro também teve o apoio do então diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto, e do à época tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Em 2005, a CPI dos Correios revelou que três empresas controladas por Dantas repassaram R$ 150 milhões ao esquema do empresário Marcos Valério - ajudando a sustentar o esquema do mensalão.

Original está na Folha

 

Lula e Wagner são os grandes eleitores de Walter Pinheiro

A pesquisa Vox Populi/A Tarde revelou detalhes interessantes. Em Salvador, o candidato que tiver apoio do presidente Lula aumenta em 50% a chance de ganhar. O candidato que tiver apoio do governador Jaques Wagner aumenta em 36% a chance de ganhar. O candidato para quem Geddel Vieira Lima pedir voto reduz em 24% a possibilidade de Ganhar. Walter Pinheiro (PT) começa assim a colar sua imagem em Lula e Wagner. Não está na pesquisa, mas, Imbassahy (PSDB), coitado, não pode colar sua imagem a FHC. Seria um desastre. E ACM Neto está colando sua imagem ao cadáver do avô. É mórbido, mas está dando certo.

 

Folha não quer que PT defenda Governo Lula, pode?

A sanha anti-petista da Folha de S. Paulo compromete seu jornalismo. A manchete da página A12 da edição de segunda-feira (21/07/08) afirma que “PT indica jornal do governo Lula como munição eleitoral”. A Folha tenta criminalizar uma publicação do Governo Federal prestando contas à sociedade. Chega a ser ridículo. O jornal impresso “Mais Brasil para Mais Brasileiros” foi lançado pelo Governo Federal em maio de 2008, mas, desde 2005 há edições regulares. Sua versão na Internet é atualizada sistematicamente. Quem quiser pesquisar o Governo Federal basta acessar o site do Governo federal.

Como a campanha do PT pretende, legitimamente, vincular a imagem de seus candidatos ao presidente Lula e ao Governo Lula o site do partido faz um link para o jornal do governo. O site do PT faz uma recomendação: “o jornal traz as principais ações e políticas do Governo Lula, peça o seu”. O jornal está disponível para consulta, impressão, aquisição e distribuição. Daqui a pouco a Folha de S. Paulo vai dizer que o partido do governo não pode defender o governo. E tem jornalista que assina essa merda de matéria.

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Walter Pinheiro (PT), o candidato que tem menor índice de rejeição em Salvador

Em 2006, as pesquisas de intenção de voto apontavam que Jaques Wagner iria perder a eleição. Ele ganhou. Agora a pesquisa Vox Populi/A Tarde indica 8% de intenção de votos para Walter Pinheiro, candidato do PT/PSB. Pode ganhar. A liderança de ACM Neto tem seu limite com 18% de rejeição, índice só batido pelo prefeito João Henrique que tem 36% de rejeição. Walter Pinheiro, que tem o menor índice de rejeição – apenas 6% - tem tudo para crescer. Mais uma vez o governador Jaques Wagner tem razão. Pesquisa só vai mesmo dizer alguma coisa depois que o programa de TV começar. A sucessão hoje está indefinida e o quadro equilibrado.

 

ACM e o sanguinário ditador Garrastazu Médici

O Correio da Bahia está em plena campanha para endeusar o falecido senador ACM. Os tradicionais puxa-sacos foram convidados a prestar depoimentos em suas páginas. Um Caderno Especial mostra a intimidade de ACM com Juracy Magalhães, que o introduziu na vida política e a quem ele traiu. A pior lembrança, entretanto, é da visita do ditador sanguinário, responsável pelo assassinato e desaparecimento de pelo menos 300 opositores da ditadura militar, general Emílio Garrastazu Médici, tratado pelo Correio da Bahia como “presidente”. Presidente um cacete. Ditador desprezível, assassino, torturador com quem ACM mantinha estreitas relações.

 

Impugnação de Lídice da Mata é factóide judicial

Não passa de factóide judicial, o pedido de impugnação da candidatura de Lídice da Mata a vice-prefeita na chapa de Walter Pinheiro, o candidato do PT à prefeitura e Salvador. Embora a promotora Márcia Varjão tenha feito o pedido, a justificativa é inexistente. Basta Lídice da Mata apresentar um simples papel provando que a multa imputada a ela pelo TRE, na eleição passada, no valor de R$ 21.282,00 foi parcelada e a primeira parcela já foi paga. Promotores deviam aproveitar melhor o tempo de trabalho pago com dinheiro público. Pelo menos deu manchete no jornal A Tarde (21). Melhor para Lídice.

 

Ibope mostra que Jô Moraes, do PCdoB, lidera em Belo Horizonte

A primeira pesquisa eleitoral IBOPE em Belo Horizonte mostrou Jô Moraes, candidata do PCdoB à prefeitura da capital mineira, à frente com 17% das intenções de voto. E ainda tecnicamente empatada com o candidato Leonardo Quintão (PSB) que obteve 14% das intenções de voto. Márcio Lacerda, candidato lançado pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) em aliança com o governador Aécio Neves (PSDB) obteve apenas 8%.

A aliança PT/PSDB proposta em Minas foi vetada pela Direção Nacional do PT. Entretanto, foi levada à prática. Isso provocou um racha no PT mineiro. Forças políticas vinculadas aos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento e Combate à Fome) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência da República) passaram a apoiar a candidata do PCdoB, Jô Moraes, uma antiga aliada.

A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e Estadão e divulgada sábado (19). Pelo menos na pesquisa de partida, os mineiros estão rejeitando o carreirismo político.

20 de julho de 2008

 

Pesquisa Vox Populi mostra que em Salvador a campanha eleitoral está indefinida

Conforme previsão do governador Jaques Wagner, ante de setembro as pesquisas eleitorais não revelarão muitas novidades. Somente com algum tempo de campanha pela TV poderemos ter algum sinal. Os primeiros 15 dias de campanha, sem programa de TV e com uma campanha frouxa nas ruas, mostram que a situação está muito indefinida. Os três primeiros colocados estão embolados na faixa de empate técnico, na margem de erro da pesquisa.

Segundo a analista de pesquisa da VOX Populi, Patrícia Amorim, os números mostram que o cenário sucessório de Salvador ainda não está consolidado. “Há uma briga boa. Existe uma tendência, mas o empate técnico e a taxa de indecisos na espontânea somado aos 46% que, mesmo tendo escolhido um candidato, admitem poder trocar de voto indicam que a disputa segue indefinida”, disse.

Segundo o estudo, ACM Neto (DEM) registra 26% das intenções de voto na pesquisa estimulada, quando o eleitor é apresentado à lista de candidatos. Em segundo lugar aparece Antonio Imbassahy (PSDB), com 24%, seguido do prefeito e candidato à reeleição João Henrique Carneiro (PMDB), com 18%. Os três estaõ em situação de empate técnico.

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